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PREVALÊNCIA DE LESÕES INTRAEPITELIAIS E CÂNCER DO COLO UTERINO DE MULHERES ATENDIDAS NOS POSTOS DE SAÚDE DE TEIXEIRA DE

FREITAS-BA, ANO 2010

Claudia Pereira da Silva¹ Sebastião Monteiro de Carvalho²

RESUMO

O câncer de colo do útero representa uma neoplasia maligna que ocorre com frequência no Brasil causando número de óbitos. O diagnóstico do câncer cervical consiste no exame citológico de Papanicolaou, exame colposcópico e exame histopatológico. Com o objetivo de verificar geral prevalência de lesões intra- epiteliais e câncer do colo uterino pelo diagnóstico colpocitológico de 3.529 pacientes atendidas nos Postos de Saúde de Teixeira de Freitas no período de janeiro a junho de 2010. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica com levantamentos de dados e interpretação de resultados dos exames citopatológicos. Resultados encontrados após analises realizadas nos 3.529 laudos citopatológicos, 3168 (90%) foram benignos, 177 (5%) foram NILM, 59 (1,7%) foram ASC-US, 10 (0,2%) foram ASC-H, 21 (0,5%) foram HSIL, 3 (0,1%) foram CA, 78 (2,2%) foram LSIL e 13 (0,3%) o material insatisfatório. E analisando o método Histopatológico em relação a taxa de positividade/negatividade para lesões do colo uterino, obtivemos como resultado:

35% (35/100) laudos positivos e 65% (65/100) laudos negativos.Os positivos estavam assim distribuídos: 66% (23/35) para LSIL e 34% (11/35) para HSIL.

Palavras-chave: câncer; colo de útero, prevenção; citologia.

¹Graduada em Farmácia pela Faculdade Cesmac, Especialista em Bioquímica pela Faculdade Cesmac, e-mail: claudia_pereira_tx@hotmail.com

²Graduado em Farmácia - Bioquímica pelas Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP, e-mail:

sebastiao1monteiro@gmail.com

¹-²Especialista em Citologia Clínica, Atualiza Cursos e/ou Universidade Castelo Branco

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INTRODUÇÃO

É consenso na literatura que, quanto mais precocemente forem detectadas as lesões pré-neoplásicas ou neoplásicas, maiores são as probabilidades de tratamento e de cura, reduzindo os níveis de incidência e de mortalidade por câncer do colo útero (KOSS, 1989; MONSONEGO, 1997).

O câncer do aparelho genital feminino é uma das principais causas de morte no mundo e no Brasil, o câncer de colo uterino acomete muitas mulheres em importante fase da vida (KOSS, 1989).

O presente artigo tem como tema prevalência de lesões intra-epiteliais e câncer do colo uterino de mulheres atendidas nos Postos de Saúde de Teixeira de Freitas, ano 2010. Objetiva-se verificar geral prevalência de lesões intra-epiteliais e câncer do colo uterino pelo diagnóstico colpocitológico de pacientes atendidas nos Postos de Saúde de Teixeira de Freitas no período de janeiro a junho de 2010 e específicos determinar a prevalência de atípicas na colpocitológica oncótica cervico-vaginal, correlacionar a idade com o grau das lesões de alto grau e avaliar os níveis de concordância entre os métodos diagnósticos de colpocitologia oncótica e histologia.

Assim sendo, a pesquisa foi feito através de levantamentos abordando essas patologias que estão presente no cotidiano de muitas mulheres brasileiras, relatando sobre estas doenças e os métodos utilizados para identificá-las. Justificando-se assim a realização de uma análise mais profunda sobre a importância da realização do exame citológico na prevenção e cura do câncer de colo do útero.

A Citologia teve um forte impulso após Papanicolaou publicarem em 1943, uma monografia sobre diagnostico do câncer de colo uterino através de esfregaços vaginais. Estes estabeleceram a técnica de citologia como um método eficaz, o que gerou estímulos para novas investigações citológicas. Os esfregaços citológicos possibilitaram uma redução significativa da morbidade e mortalidade de câncer de colo uterino. Isto porque a citologia é um teste preventivo, o qual auxilia o clinico a detectar alterações cânceres, bem como lesões malignas (INCA, 2005).

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O câncer do colo uterino é uma doença geralmente de evolução lenta e precedida de lesões intra-epiteliais malphighianas, disfásicas ou de alta prevalência entre as mulheres no Brasil e no mundo, principalmente àquelas caracterizadas como de

“alto risco”, não estando restrita a classe social, cultural ou grupo étnico, distribuindo-se amplamente pela sociedade e sendo responsável por taxas significativas de morbidade e mortalidade, constituindo-se um problema prioritário de saúde pública em diversos países da América (SILVA et al, 2003).

De acordo com o Ministério da Saúde, o Câncer de Colo do Útero representa um problema mundial na área da saúde, resultando na morte de mulheres em seus anos mais produtivos, com um efeito devastador na sociedade em geral. Essa é a maior causa de vidas perdidas para o câncer nos países em desenvolvimento no mundo (BRASIL, 2002).

Faz-se necessário um estudo a respeito da ocorrência do câncer do colo do útero nessa população, tanto por métodos tradicionais como a colpocitologia como pelos métodos de histopatológicos. Pretende-se assim, com este trabalho, contribuir para um maior conhecimento sofre a epidemiologia e sobre os métodos de diagnóstico da infecção por HPV, conhecimento este que é relevante e necessário para a definição de estratégias de prevenção de câncer cervical no Brasil.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O colo uterino constitui a parte mais distal do útero, separada do corpo uterino pela Junção fibromuscular, que corresponde ao Orifício Cervical Externo (OCE). É a ectocérvice, a porção do colo uterino que se encontra na parte externa do orifício cervical externo, que é facilmente visível ao exame especular. O OCE precisa ser distendido ou dilatado para que se consiga visualizar a endocérvice, que é a porção proximal ao orifício cervical externo. O canal endocervical, que atravessa a endocérvice, conecta a cavidade uterina à vagina e se estende do Orifício Cervical Interno (OCI) ao externo, onde desemboca na vagina, variando de comprimento e largura a depender da idade e estado hormonal da mulher (SILVA et al, 2003).

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Vários são os fatores de risco identificados para o câncer do colo do útero, sendo que alguns dos principais estão associados às baixas condições sócio-econômicas, ao início precoce da atividade sexual, à multiplicidade de parceiros sexuais, ao tabagismo (diretamente relacionados à quantidade de cigarros fumados), à higiene íntima inadequada e ao uso prolongado de contraceptivos (CARVALHO, 1976).

A realização do exame de Papanicolaou depende da educação e de um conjunto de características individuais das mulheres, tais como: a idade, o estado civil, a escolaridade, a renda mensal, o número de gestações, o uso de métodos contraceptivos, a auto-percepção da severidade e susceptibilidade à doença. Com relação à educação das mulheres, essa deve ser voltada para a conscientização de que não é necessário esperar por sinais da doença para procurar o serviço de saúde e realizar o exame de Papanicolaou, pois essa doença inicia-se silenciosamente e sem sintomas definidos. Embora, muitas das lesões precursoras do câncer de colo uterino desapareçam, mesmo sem tratamento, uma significante parcela evolui para carcinoma invasor (PINHO et al, 2003).

O medo e a vergonha são elementos desfavoráveis à realização do exame, devido às falsas crenças perante a doença, à dor do exame ginecológico e ao recebimento de um resultado positivo. Também, há o temor do julgamento das pessoas ao seu redor, o que pode decorrer da idéia de que as mulheres só procuram consulta ginecológica quando acometidas por doenças sexualmente transmitidas (DSTs) (PINHO et al, 2003).

Enfim, são muitas as dificuldades a serem vencidas para aumentar a adesão das mulheres à coleta do exame de Papanicolaou. É importante salientar que a assimilação da prática deste exame passa principalmente pela conscientização dos seus benefícios, pela sua eficácia e importância pelos próprios gestores e de toda a equipe de saúde (BRENNA et al, 2001).

De acordo com Ministério da Saúde, as estratégias de prevenção e controle do câncer do colo do útero têm como objetivos reduzir a ocorrência (incidência e a mortalidade) e as repercussões físicas, psíquicas e sociais causadas por esse tipo de câncer, por meio de ações de prevenção, oferta de serviços para detecção em

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estágios iniciais da doença e para o tratamento e reabilitação das mulheres (BRASIL, 2006).

Conforme consta em estudos sobre o acesso e utilização do exame de Papanicolaou, os esforços crescentes na tentativa de melhorar a eficiência dos programas de prevenção de câncer de colo de útero não diminuíram as taxas de incidência e mortalidade por este tipo de câncer, revelando que essas medidas não são suficientes para a efetividade dos programas. A redução desses índices depende de um conjunto de ações que envolvam principalmente a equipe de saúde e as mulheres. Além disto, outros fatores, tais como a freqüência, a qualidade da coleta, a análise diagnóstica um bom sistema de acompanhamento das pacientes é muito importante. A realização do exame de Papanicolaou depende da educação e de um conjunto de características individuais das mulheres, tais como: a idade, o estado civil, a escolaridade, a renda mensal, o número de gestações, o uso de métodos contraceptivos, a auto-percepção da severidade e susceptibilidade à doença (PINHO et al, 2003).

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a cada ano são diagnosticados 470 mil novos casos de câncer cervical e ocorrem aproximadamente 230 mil mortes, sendo cerca de 80% delas em países em desenvolvimento (GUARISI et al, 2004).

No Brasil, a estimativa de incidência aponta o câncer de colo do útero como o terceiro mais comum entre as mulheres em 2008, sendo superado apenas pelos cânceres de pele não melanoma e de mama (BRASIL, 2009). Em 2010, estimam-se surgir 18.430 novos casos por câncer do colo do útero em todo o país (INCA, 2010).

Dentre todos os tipos, o câncer do colo do útero é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, chegando perto de 100%, quando diagnosticado precocemente. Seu pico de incidência situa-se entre 40 e 60 anos de idade e apenas uma pequena porcentagem ocorre abaixo dos 30 anos (GUARISI et al, 2004; BRASIL, 2009).

O câncer de colo uterino é uma doença cujo a evolução é lenta, apresentando fases pré-invasivas e, portanto, benignas, caracterizadas por lesões conhecidas como neoplasias intra-epiteliais cervicais. O período de evolução de uma lesão cervical

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inicial para a forma invasiva e, por conseguinte, maligna é de aproximadamente 20 anos. Este período relativamente longo permite que ações preventivas sejam eficientes e alterem o quadro epidemiológico da doença. Estas ações se fazem por meio da educação popular, da detecção e do diagnóstico precoces e tratamento das lesões cervicais precursoras. Agindo precocemente, pode-se alterar a história natural da doença, proporcionando a diminuição de sua morbidade e mortalidade (BURD, 2003).

Está estabelecido o papel de papilomavírus humano (HPV) como o principal fator promotor da neoplasia cervical. A relação do HPV com a carcinogênese depende fundamentalmente do tipo viral (alto ou baixo risco oncológico), da carga viral e de sua persistência e integração com a célula hospedeira. O câncer de colo uterino desenvolve-se a partir de lesões precursoras denominadas lesões intra-epiteliais escamosas (SIL – squamous intra-epithelial lesions), classificadas como de alto ou baixo grau, dependendo do nível de ruptura da diferenciação epitelial. O HPV é o vírus sexualmente transmissível mais freqüente na população geral, com a prevalência de 20% a 40% nas mulheres jovens sexualmente ativas. De acordo com seu potencial oncogênico, os diferentes tipos de HPV são classificados como vírus de baixo risco (6, 11, 42, 43 e 44) e de alto risco (16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 66, 68, 70) (BURD, 2003). Os tipos 16 e 18 causam aproximadamente 70% de todos os casos de câncer cervical em todo o mundo, enquanto que os tipos 6 e 11 causam a maioria das verrugas genitais tanto em homens quanto em mulheres (VILLA et al, 2006).

O papilomavírus humano é um agente de infecção intracelular obrigatório de células com mitoses ativas. O HPV é um DNA- vírus que tem predileção por epitélio escamoso. É classificado conforme sua seqüência de DNA em mais de 80 tipos diferentes de HPV. A infecção pelo HPV origina lesões que levam a alterações morfológicas características que são detectadas pelo exame citopatológico (JORDÃO et al, 2003).

O ciclo de vida do HPV está associado ao programa de diferenciação da célula epitelial hospedeira. Este vírus infecta as células basais do epitélio por meio de lesões presentes na mucosa escamosa. Uma vez nas células, a expressão do vírus

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é controlada e a replicação inicia-se em função da maturação epitelial. Este processo é associado com a expressão de genes estruturais tardios e a produção de capsídeos virais e/ou proteínas tardias (L1 e L2), na superfície epitelial. Além disso, as influências regulatórias de algumas unidades de tradução do HPV (E1 e E2), no contexto do ciclo viral normal, podem impedir a transformação neoplásica nas células em replicação (MAHDAVI; MONK, 2005; PINTO, 2002; FEDRIZZI et al, 2004).

Papilomavírus associados a câncer, como HPV 16, não progridem de maneira regular em direção ao processo de maturação viral, acumulando-se no epitélio infectado. É aceito que a expressão desregulada de oncogenes virais, especificamente E6 e E7, ocorra na população celular em replicação (células parabasais) e altere irreversivelmente suas características de crescimento. As proteínas E6 E7 do HPV interagem com proteínas reguladoras do ciclo celular, como o p53 e a proteína do retinoblastoma (pRb) (PINTO, 2002; FEDRIZZI et al, 2004).

O estado físico do HPV está diretamente relacionado com o tipo de lesão celular.

Em lesões malignas ocorre a integração estável entre o DNA do HPV com o genoma da célula hospedeira, ao contrário das lesões benignas, onde não ocorre esta integração, pois o vírus encontra-se na forma epissomal. Diferente da integração do DNA viral no genoma do hospedeiro, que é aparentemente ao acaso a integração do genoma viral no DNA da célula carcinomatosa hospedeira ocorre sempre entre E1 e E2, resultando na perda ou alteração de E2, enquanto outras regiões do genoma viral permanecem intactas. O produto de gene E2 é uma proteína ligante de DNA que tem um papel indireto na transformação, por meio da regulação da transcrição do promotor de E6/E7 dos HPV 16 e 18. Assim, a integração e a perda da função de E2 resultam na produção excessiva das proteínas E6 e E7. A proteína E1 possui atividade helicase, a qual influencia positivamente a replicação do DNA.

Conseqüentemente, a perda funcional de ambos os genes pode contribuir para a perda da função viral normal e para o desenvolvimento de imortalização da célula hospedeira (PINTO, 2002; MOTOYAMA et al, 2004).

É importante salientar que a infecção pelo HPV pode manifestar-se de três formas distintas: clínica (lesões verrucosas, sendo o exame clínico capaz de fazer o

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diagnóstico); subclínica (suspeitada por alteração na citologia, colposcopia ou no resultado histopatológico de uma biópsia) e a forma latente que corresponde à identificação do vírus pela biologia molecular na ausência de alterações morfológicas (BORGES et al, 2004).

Para o diagnóstico das lesões intra-epiteliais e câncer cervical, são elencados vários métodos, sendo que os principais incluem o Exame Clínico, a Citologia Oncótica, a Colposcopia e a Histologia. Tais metodologias facilitam o encontro das lesões cervicais devido às suas sensibilidades e especificidades e levam a redução da morbi-mortalidade decorrente de tal neoplasia (ZAHM, 1999). A Citologia, Colpocitologia Oncótica ou Exame de Papanicolaou é o método mais simples e difundido para a prevenção do câncer cervical. Implantado desde a década de 1940 por George Papanicolaou, houve uma brusca queda (cerca de 70%) nas taxas de mortalidade por câncer no mundo (GOMPEL, 1997; MICHALAS, 2000). O Brasil foi um dos pioneiros na implantação desse método de diagnóstico (CANTANHEDE, 2005; BRASIL, 2003).

Tal método baseia-se no estudo das alterações morfológicas das células da cérvice uterina pelo HPV obtidas pela esfoliação natural das mesmas e/ou retirada mecânica com a utilização de instrumentos ginecológicos, como a espátula de Ayre e a escova endocervical (GOMPEL, 1997; HERRERO, 1998; ZANH, 1999; MICHALAS, 2000).

No entanto, desde a sua descoberta, vem sofrendo inúmeras críticas em decorrência dos elevados índices de falso-negativos (2% a 7%), devidos a erros de coleta, na fixação, no armazenamento, na coloração do esfregaço, escrutínio e interpretação dos resultados (CANTANHEDE, 2005; BOSH, 1992; MICHALAS, 2000; JANICEK, 2001).

Há também significativos índices de falso-positivos (10% a 30%), provavelmente devido às interpretações supervalorizadas de alterações inflamatórias, reparativas ou radioterápicas como anormalidades pré-malignas ou malignas (BONILHA, 2006).

Muitos são os esforços para minimizar os altos índices de falso-negativos como revisão rápida aleatória de 10% das lâminas negativas, revisão rápida de 100% das lâminas negativas e revisão de todos os esfregaços ditos como insatisfatórios, melhoria nas técnicas de coleta, controle interno e externo da qualidade laboratorial

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e educação continuada (SANTOS, 2003; TABBARA, 1996). Recentemente, pesquisadores (BONILHA, 2006) avaliaram esfregaços negativos através da metodologia de revisão rápida com campo marcado frente à revisão rápida aleatória de 10% recomendado pelo Ministério da Saúde e à revisão rápida de 100%, obtendo bons resultados e diminuindo assim os falso-negativos.

A colpocitologia é considerada um método de triagem para as lesões da vagina e do colo. Para a complementação do diagnóstico é necessária a colposcopia com biópsia dirigida das lesões para determinar se existem alterações celulares (BRINGHENTI et al, 2001).

Logo, a colpocitologia, apesar de não ser dada como diagnóstico final, é de importância junto aos demais métodos no rastreamento do câncer cérvico uterino e de suas lesões precursoras, como também no auxílio à orientação do tratamento a ser seguido. Sendo, assim torna-se necessário avaliar a acurácia diagnóstica da citologia cervico-vaginal na detecção de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas do colo uterino.

O papilomavírus humano irregulariza a maturação e a diferenciação do epitélio o qual lesiona. O histopatológico demonstra que as alterações causadas pelo HPV limitam-se ao terço basal, diferindo de HSIL, na qual toda a altura do epitélio sofre alterações. A ausência de lesões no exame histopatológico não exclui a infecção por HPV (CARVALHO, 2000). Devido à falha da detecção citológica precoce da infecção pelo HPV, têm-se adotado novos critérios morfológicos, denominados critérios não- clássicos ou secundários, estimando-se a melhoria do diagnóstico, haja vista que alterações celulares, associadas ao referido vírus, não são suficientemente específicos (BELDA JR, 1999).

A histopatologia está baseada no critério morfológico arquitetural e celular, sendo considerada o padrão ouro de diagnóstico morfológico. Esse exame é realizado em amostras retiradas de uma superfície suspeita de presença de lesão ou malignidade (GOMPEL; KOSS, 1997; FEBRASCO, 2000; VARGAS, 2003 apud STIVAL et al, 2005). Para realização da biópsia, o colo é fixado com pinça de Pozzi e a porção escolhida é retirada com broca de Baliú. O sangramento é cessado por compressão.

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Nitrato de prata ou ácido metacresol-sulfônico auxiliam a hemostasia.

Excepcionalmente, é necessária a sutura da área sangrante ou o tamponamento de demora da mesma. O espécime, então, é colocado em solução de formol. As informações clínicas são passadas ao patologista (HALBE, 2000).

A histopatologia constitui então, o exame definitivo, através da análise microscópica dos espécimes oriundos da cérvice pelas peças de biópsias, cirurgias a frio ou de alta freqüência (OLIVEIRA, 2007).

A citologia cervico-vaginal, ou colpocitologia oncólogica, é o método mais difundido mundialmente para o rastreamento de neoplasia intra-epitelial cervical. Entretanto a colpocitologia oncólogica possui varias limitações devidas principalmente à amostra celular insuficiente, preparação inadequada dos esfregaços, leitura errada das lâminas, ausência de controle de qualidade dos laboratórios de citopatologia, interpretação inadequada dos achados citológicos e segmento inadequado das mulheres com esfregaços alterados (LAPIN; DERCHAIN; TAMBASCIA, 2000). A união da colposcopia, citologia oncótica e biópsia respondem, hoje, pilo diagnóstico de quase 100% dos casos de lesões no colo do útero, vulva e vagina. Inúmeros estudos vêm reinterando a necessidade desta união, pois isoladamente, tanto a citologia como a colposcopia apresentam discordância com os achados histológicos (HEINEN, 2004).

MATERIAIS E MÉTODOS

Delineamento do estudo

Realizou-se um levantamento, através de 3529 laudos citológicos dos exames colhidos de pacientes dos Postos de Saúde: PSF Ambulatório Central, PSF Liberdade, PSF Liberdade ll Timotão, PSF São Lourenço l, PSF São Lourenço ll, PSF São Lourenço lll, PSF São Lourenço lV, PSF São Lourenço V, PSF Castelinho, PSF Wilson Brito, PSF Jerusalém, PSF Ouro Verde, PSF Vila Verde, PSF Bela Vista ll, PSF Bela Vista lll, PSF Redenção, PSF Kaikan Sul, PSF Vila Vargas, PSF Wlisses Guimarães, PSF Centro, PSF Luiz Eduardo Magalhães, PSF Nova América, PSF Monte Castelo, PSF Nova Teixeira, PSF Teixeirinha, PSF Tancredo Neves, PSF

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Tancredo Neves ll, PSF Vila Caraípe, PSF Santa Rita, PSF Urbis l, PSF Santo Antonio,localizados em Teixeira de Freitas e o PSF Cachoeira do Mato, município de Teixeira de Freitas, Bahia, cidade com cerca de 127.156 habitantes e uma área estimada em 1.154 km2, período de janeiro a junho de 2010.

Casuística

Foram incluídos no estudo todos os laudos Colpocitológicos (n=3529) e Histológicos (n=100) das pacientes atendidas nos PSF’s de Teixeira de Freitas, no período de 01 de Janeiro a 30 de Junho de 2010.

Coleta de dados

Os laudos foram realizados por Thais Bonfim Santos, Biomédica Especializada em Citologia Clínica e emitidos segundo Sistema Bethesda 2001. Dos 3529 laudos Colpocitológicos analisados, foram extraídos os seguintes dados: presença ou não de atipias, grau da atipia e idade, com a seguinte classificação:

 Células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASC-US);

 Células escamosas atípicas de significado indeterminado que favorece lesão de alto grau (ASC-H);

 Lesão intra-epitelial de baixo grau (LSIL) (NIC 1);

 Lesão intra-epitelial de alto grau (HSIL) (NIC 2/ NIC 3);

 Carcinoma invasivo (CA);

 Alterações benignas – Vários tipos de inflamações;

 Negativo para lesão intra-epitelial e malignidade (NILM);

 Material insatisfatório – Leitura prejudicada por presença de sangue, artefatos de dessecamento;

Nos laudos Histológicos (n=100) analisados, verificou-se a presença ou não de lesão. Esses dados foram confrontados com os laudos Colpocitológicos para determinação de grau de concordância.

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Análise dos dados

Neste estudo, os laudos da Citologia Oncótica foram analisados e obtidos um levantamento da prevalência de atipias cérvico-vaginais e câncer. Os dados foram plotados no programa Microsoft Excel e expressos em tabelas e gráficos.

Quanto às variáveis, utilizou-se a idade das pacientes como variável dependente e como variáveis independentes, para Histopatológico e para citologia Oncótica analisou-se a presença ou não da atípia cérvico-vaginal e o grau de concordância das mesmas pelo índice Kappa.

Apresentação e Análise de Resultados

Dos 3529 laudos Citológicos 3168 foram benignos, 177 NILM, 59 ASC-US, 10 ASC- H, 21 HSIL, 3 CA, 78 LSIL e 13 o material insatisfatório, conforme quadro 1:

Alterações Benignas

NILM ASC-US ASC-H HSIL CA LSIL

Material Insatisfatório 3168 177 59 10 21 3 78 13

Quadro 1 : Laudos citológicos

Alterações Benignas

NILM ASC-US ASC-H HSIL CA LSIL

Material Insatisfatório 90% 5% 1,7% 0,2% 0,5% 0,1% 2,2% 0,3%

Quadro 2 : Laudos citológicos em %

Nota-se que em um universo de 3529 laudos analisados, 3168 que correspondem 90% das pacientes foram diagnosticadas com alterações benignas, 177 que correspondem 5% apresentam NILM, dos 59 que correspondem 1,7% apresentaram ASC-US, 10 que correspondem 0,2% estavam com ASC-H, 21 que correspondem 0,5% apresentavam HSIL, 3 pacientes foram diagnosticados com CA, já 78 que correspondem 2,2% apresentavam LSIL, enquanto 13 que correspondem a 0,3%

apresentavam material insatisfatório.

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Faixa etária

(anos) ASC-US ASC-H HSIL CA LSIL

19 a 30 04 02 08 - 17 31 a 40 08 04 07 01 26 41 a 50 22 03 03 02 19 51 a 67 25 01 03 01 16 Total 59 10 21 04 78

Quadro 3 : Distribuição dos casos de acordo com o laudo citológico e faixa etária dos PSF’S em Teixeira de Freitas e Região.

Verifica-se pelo quadro 3, que as mulheres com faixa etária de 41 a 67 anos, as lesões neoplásicas do colo uterino a ASC-US foram mais prevalentes. Nas mulheres com faixa etária de 19 a 30 anos houve prevalência maior da HSIL. Já a LSIL a prevalência maior foi em mulheres na faixa etária de 31 a 40 anos.

Colpocitologia Oncótica (CO)

Histopatológico (HISTO)

Negativo Positivo

Total

Negativo 64 05 69 Positivo 01 30 31 Total 65 35 100 Kappa da categoria 0.865 0.865 0.865 p-valor do Kappa da

categoria

< 0,001 < 0,001 < 0,001

Intervalo de 95% de confiança do Kappa da Categoria

sup: 1.0 sup: 1.0

inf: 0.0669 inf: 0.669 sup: 1.0 inf: 0.669

Quadro 4: Categoria segundo o coeficiente Kappa:péssimo (menor que zero), mal ( 0 a 0,2), razoável (0,2 a 0,4), bom (0,4 a 0,8), muito bom (0,6 a 0,8) e excelente ( 0,8 a 1,0 ).

Analisando a taxa de positividade/negatividade para lesões do colo uterino pelo método Histopatológico, obtivemos como resultado: 35% (35/100) laudos positivos e 65% (65/100) laudos negativos. Os positivos estavam assim distribuídos: 66%

(23/35) para LSIL e 34% (11/35) para HSIL.

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Para determinar o grau de concordância entre esses dois testes, confronta-se a Colpocitologia Oncótica com o Histopatológico (padrão ouro). A concordância bruta cito-histológico (n=100) foi de 94%; nas lesões de alto grau 11%, e nas de baixo grau 19% (Kappa 0,865).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No presente estudo, procurou-se analisar os laudos da Citologia Oncótica em mulheres atendidas nos PSF’S de Teixeira de Freitas e Região, no período de 01 de janeiro a 30 de junho de 2010. Os dados foram plotados no programa Microssoft Excel e expresso em tabelas. Foi realizado um estudo a cerca da quantidade de lesões precursoras e câncer do colo uterino pelo diagnóstico convencional de Bethesda. Após análises realizadas nos 3529 laudos Citológicos, 3168 (90%) foram benignos, 177 (5%) foram NILM, 59 (1,7%) foram ASC-US, 10 (0,2%) foram ASC-H, 21 (0,5%) foram HSIL, 3 (0,1%) foram CA, 78 (2,2%) foram LSIL e 13 (0,3%) o material insatisfatório.

Analisando a prevalência de lesões neoplásicas do colo uterino de acordo com a faixa etária, verificou-se que ASC-US foram prevalentes nas mulheres com faixa etária de 41 a 67 anos e LSIL foram prevalentes nas mulheres com faixa etária entre 31 a 40 anos e CA a prevalência foi nas mulheres de 41 a 50 anos de idade, enquanto que o HSIL nas mulheres com faixa etária entre 19 a 30 anos.

O exame preventivo de Papanicolaou é um forte aliado nas campanhas de prevenção ao câncer de colo uterino, pois através do mesmo, obtêm-se informações importantes sobre a saúde da mulher. O diagnóstico precoce do câncer do colo uterino corretamente é um dado importante para detectar as lesões iniciais e levar a um elevado percentual de cura da doença.

A prevenção atualmente consiste em esforços para aumentar o número de mulheres rastreadas. A principal característica do exame preventivo vem através de seu baixo custo e sua simplicidade na execução do mesmo. A prevenção do câncer do colo uterino deve envolver um conjunto de ações educativas com a finalidade de atingir grande parte das mulheres de risco, além da realização da colpocitologia oncótica,

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culminado com o tratamento adequado para cada situação. Com base no conhecimento dos fatores de risco, as ações preventivas e de controle devem ser desenvolvidas de maneira integrada com todas as instituições de saúde que prestam atendimento de saúde nos diversos níveis.

Portanto, a mortalidade pelo câncer do colo uterino é evitável, se caracterizando como uma doença de evolução lenta da doença, favorecendo por meios preventivos o diagnóstico e o tratamento, para que as lesões precursoras sejam curáveis em até 100% dos casos. Mas observou-se através deste estudo que as maiores dificuldades, no momento estão relacionadas à continuidade da prevenção e a garantia de tratamento e acompanhamento das mulheres que apresentam alterações citológicas.

Esse tipo de exame preventivo pode mudar a incidência de neoplasias do colo uterino, levando a cura em muitos casos, especialmente se o tratamento for ao inicio. As mulheres necessitam se conscientizar cada vez mais a respeito do exame preventivo de Papanicolaou e procurar sempre que necessário à ajuda do profissional da saúde, mesmo não tendo nenhum sintoma. Nota-se um conhecimento superficial sobre o câncer, mas em relação ao constrangimento, a vergonha e as dificuldades do cotidiano as mulheres muitas vezes abandonam o tratamento ou não procuram mais o profissional da saúde.

Urge por parte de o governo priorizar campanhas de esclarecimento acerca desse câncer, sobretudo, na mídia televisiva, que abrangeria igualmente os cônjuges, que nem sempre compreendem a necessidade dessa prevenção.

PREVALENCE AND CANCER INTRAEPITHELIAL LESIONS OF THE CERVIX OF WOMEN SEEN AT CLINICS IN TEIXEIRA DE FREITAS-BA, YEAR 2010.

ABSTRACT

Cancer of the cervix represents a malignant tumor that occurs frequently in Brazil causing deaths. The diagnosis of cervical cancer is the Pap test, colposcopy and histopathology. Aiming to verify the general prevalence of squamous intraepithelial lesions and cervical cancer by Pap smear diagnosis of 3529 patients treated at these

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facilities Teixeira de Freitas in the period from January to June 2010. We conducted a literature survey with data and interpretation of results of cervical screening.

Results found after analysis conducted in 3529 reports cytopathology, 3168 (90%) were benign, 177 (5%) were NILM, 59 (1.7%) were ASC-US, 10 (0.2%) had ASC-H, 21 (0.5%) were HSIL, 3 (0.1%) were CA, 78 (2.2%) were LSIL and 13 (0.3%) material unsatisfactory. And analyzing the method for Histopathology rate of positive / negative for cervical lesions, we obtained the following results: 35% (35/100) reports positive and 65% (65/100) negativos.Os positive reports were distributed as follows:

66 % (23/35) for LSIL and 34% (11/35) for HSIL.

Keywords: cancer, cervical cancer, prevention; cytology.

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Referências

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