XXVIII Congresso de Iniciação Científica
PREVALÊNCIA DA UNIÃO CONSANGUÍNEA ENTRE OS PAIS DE SUJEITOS COM FISSURAS LABIOPALATINAS
Carolina Maia Silva*, Lucimara Teixeira das Neves**
*Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Bauru, Curso Ciências Biológicas, carol@maia.net.br, Bolsa da Iniciação Científica FAPESP (2016/03257-7).
** Faculdade de Odontologia de Bauru – USP; Programa de Pós-Graduação do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – USP.
Palavras Chave: Fissuras transforame incisivo, consanguinidade parental
Introdução
As fissuras labiopalatinas representam os defeitos congênitos mais comuns, ocorrendo nas primeiras semanas de vida intrauterina, apresentam etiologia multifatorial que envolve fatores genéticos e ambientais. A ocorrência de fissuras no mundo é variável, sendo que no Brasil fica em torno de 1 para cada 650 nascimentos. As fissuras podem ser definidas como sindrômicas, quando estão relacionadas com alguma síndrome e não- sindrômicas, quando ocorrem de forma isolada. Os fatores ambientais relacionados com as fissuras orofaciais estão muito associados à saúde materna e hábitos da mãe durante a gestação. Em relação aos fatores genéticos se destacam as questões da recorrência familial e as uniões consanguíneas, pois a literatura tem relatado maior ocorrência de defeitos ao nascimento de filhos gerados a partir de casamentos consanguíneos do que para aqueles com pais não consanguíneos. No Brasil a união consanguínea é muito heterogênea e existem poucos estudos verificando se existe alguma relação entre os casamentos consanguíneos e a ocorrência das fissuras orofaciais.
Objetivos
Levantar a prevalência de união consanguínea entre os pais de sujeitos com fissuras completas de lábio e palato não-sindrômicas.
Material e Métodos
Foram analisados nesse estudo dados secundários de 1.050 prontuários de sujeitos com fissuras completas de lábio e palato unilaterais e bilaterais não-sindrômicas arquivados no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC- USP).
Resultados e Discussão
Dos 1.050 prontuários analisados, apenas 513 (48,8%) continham informação a respeito
consanguinidade parental. Dos 513 que continham a informação, foram encontrados 10 casos positivos de união consanguínea entre os pais dos sujeitos com fissura, o que representa uma prevalência de 1,94% de consanguinidade parental. Cinco casos eram entre primos de 1º grau, dois casos entre primos de 2º grau, um caso entre primos de 3º grau, um caso entre parentes distantes e um caso entre tio e sobrinha.
Gráfico 1: Tipos de fissura completas de lábio e palato e o grau de parentesco encontrados nos casos de consanguinidade positiva
Conclusões
Foi encontrada uma prevalência de 1,94% de consanguinidade positiva entre os pais de sujeitos com fissuras completa de lábio e palato e o tipo de fissura que prevaleceu foi a fissura completa de lábio e palato bilateral com 6 casos.
Agradecimentos
À FAPESP pelo apoio financeiro, por meio de bolsa de iniciação científica.
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