The present work dealt with the preparation of a booklet on the subject of flavor chemistry to serve as material for scientific communication and also as supplementary material for chemistry/science teachers to use in their classes. The idea of writing a booklet was due to the scarcity of materials on this subject aimed at the high school audience and also due to the importance of the subject in social life. This work was carried out using the method: theoretical framework, as a review of research and discussions of other authors on the topic is generally presented.
During the research, it was proven that the subject has room to be worked on in different ways in the classroom, as this is the most applied form through experimentation and thematic workshop. However, it was found that there is little specific material on the subject aimed at teaching chemistry and thus the importance of this work. Finally, the material was evaluated by some teachers working in the area to verify its quality and usefulness.
As a result of the evaluation, it was possible to prove that the material is useful to work with in the classroom and also as material for scientific dissemination and also has a contextualized and interdisciplinary character, qualities that are so important in connection with the current BNCC.
INTRODUÇÃO
Para Marcondes (2008), a contextualização do ensino é motivada pelo uso de temas que possibilitem questionar o que os alunos precisam saber sobre química para exercer sua cidadania. Os conteúdos que abordamos nas aulas devem ter um sentido humanístico e social, para despertar o interesse dos alunos, estimular o seu interesse e possibilitar uma leitura mais crítica do mundo físico e social. Com uma abordagem temática, as aulas de química tornam-se mais contextualizadas, o que facilita o ensino e, assim, contribui para a formação da consciência cívica dos alunos.
A ideia de desenvolver um material didático surgiu da falta de referências pedagógicas disponíveis para prática pedagógica para uso em sala de aula. A pesquisa bibliográfica foi realizada sobre o tema “Química do Sabor”, tornando o material um público-alvo para as aulas de química do ensino médio. Além disso, o material pode ser importante para o planejamento das aulas do professor, pois além de trazer o material com o sabor do tema química, apresenta algumas atividades de caça-palavras e palavras cruzadas que podem ser utilizadas para deixar a aula mais lúdica para seus alunos.
OBJETIVO
JUSTICATIVA
- Química dos Sabores
- O Ensino contextualizado da Química
- Ações de divulgação da química
- Abordagens sobre o tema “química dos sabores” na literatura
A química dos sabores pode parecer um tema pouco explorado e estudado, mas está envolvida em uma área muito importante da química conhecida como “química dos alimentos”. Além do valor nutricional e toxicidade dos alimentos, este campo da química também se concentra no valor sensorial dos alimentos. Nesse sentido, o tema químico do paladar é um tema muito amplo envolvendo um aspecto muito importante e presente na vida humana.
As ações de divulgação da química são uma importante ferramenta para a comunidade científica, pois contribuem para aumentar o interesse dos alunos e do público em geral pelo aprendizado da química e demonstram que essas ações aproximam o conhecimento acadêmico das pessoas e da figura do cientista (BORGES et al., 2011 ). Dentro do currículo de química, a leitura nem sempre acontece porque o currículo se limita a aplicar fórmulas e resolver problemas. Desta forma, este trabalho de conclusão de curso se dá na elaboração de um material paradidático com o objetivo de “contextualizar a química dos sabores”.
Por sua abrangência em relação ao assunto, também pode ser considerado um material de divulgação científica, pois procura divulgar um tema interessante que inclui química e ciências naturais, com linguagem simples e sem aprofundamento teórico em química, e ajuda a estimular o interesse e curiosidade dos leitores e os convida a entrar no mundo da química. O tema “química dos sabores” voltado para o ensino de química ou ciências tem sido abordado na educação de diferentes formas por diferentes pesquisadores da área da educação e do ensino. Neste trabalho, os autores observaram que a aplicação da oficina temática contribuiu para o ensino de química e que através deste recurso foi possível provocar reflexões ao abordar conceitos científicos que formaram uma visão mais global do mundo.
A prática docente nas aulas de química, baseada na utilização de oficinas temáticas, contextualiza o conhecimento e a experimentação como um dos princípios metodológicos (MARCONDES et al., 2007). Assim, representa a possibilidade de utilização do conhecimento químico na vida dos alunos, pois eles podem conectar o conteúdo químico em sala de aula com o seu cotidiano, além de estimular a observação, a criatividade e a curiosidade sobre ciências (OLIVEIRA; CANDITO; BRAIBANTE, 2022). Vidal e Melo (2013) propuseram uma abordagem da química aplicada ao paladar, olfato e visão em seu trabalho intitulado “Química dos sentidos – uma proposta metodológica”.
Faria e Retondo (2010) em seu livro intitulado "química das sensações", onde abordam as ciências envolvidas no paladar, visão e olfato, discutem conceitos químicos envolvidos nos sabores como geometria molecular, solubilidade, funções orgânicas, etc. , onde muito material didático e divulgação científica são recursos importantes para o ensino de química e um catalisador para motivar os alunos a se interessarem e mergulharem nos conteúdos de química.
METODOLOGIA
A divisão dos tópicos na apostila foi feita em uma sequência semelhante às referências encontradas na literatura. O terceiro tema foi abordar a química dos cinco sabores, levantando os conceitos químicos envolvidos em doce, salgado, amargo, azedo e umami. Escolhemos esta divisão porque ela possibilitou explicar com mais clareza o papel que as substâncias químicas desempenham no paladar e na interação com as papilas gustativas em cada um dos cinco sabores.
No quarto tópico, optou-se por reservar um tópico inteiro para tratar dos aromatizantes, importantes compostos químicos responsáveis por conferir sabor a alimentos e bebidas. Por ser a apostila um material didático mais simples, não foi possível explicar todos os conceitos químicos presentes, porém, foi acrescentado um "QR code" em alguns tópicos caso o leitor queira se aprofundar ou entender melhor o assunto, para que possa acessar uma fonte de informação apontando. A apostila foi então apresentada a dois profissionais da área do ensino médio para avaliação quanto à estrutura, temática, linguagem, contextualização e aspecto gráfico.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Desta forma, surgiu a ideia de uma cartilhapara uma prática experimental envolvendo alimentos, como material para uma oficina de ciências, etc. Dessa forma, podemos verificar o quanto a cartilha pode auxiliar os professores na elaboração de suas aulas dentro dos parâmetros da BNCC e ao mesmo tempo pode ser um material para auxiliar na divulgação da ciência fora da sala de aula. Com isso, cabe ao aluno querer ou não aprofundar o assunto, o que pode despertar ainda mais interesse na leitura da cartilha.
Como forma de avaliação do material, foi solicitado a dois profissionais do ensino de química que avaliassem o material desenvolvido, observando os pontos positivos e negativos, e informassem se o utilizariam em suas aulas presenciais. Como ponto negativo, às vezes a apostila contém muito texto e pouca profundidade sobre o tema, o que acaba sendo menos envolvente para os alunos. Se eu fosse implementar a apostila em sala de aula, eu implementaria em uma turma do 3º ano, pois eles têm um pouco mais de compreensão das funções orgânicas envolvidas nas moléculas que causam o gosto.
Se o foco da cartilha for seu uso em sala de aula, a sugestão é implementá-la em várias aulas (15 dias) propondo práticas ou dinâmicas intercaladas com essas aulas”. De maneira geral, percebe-se que o professor aprovou a apostila e a utilizaria em sala de aula, mas só a utilizaria com alunos que já tivessem uma noção de química orgânica por causa das moléculas que são apresentadas. A ideia da apostila não é assustar os alunos com a apresentação de estruturas químicas, mas incentivá-los a ler e buscar conhecimento, por isso é inserido um alerta antes da apresentação das moléculas para que os alunos não se assustem, mas entendam que seus aparência, a princípio, é apenas um estímulo para que busquem conhecimento e entendam que aquelas moléculas estão no seu dia a dia, nos alimentos que consumimos e não apenas nos exercícios obrigatórios das provas de química.
Portanto, interpretamos que a ideia da apostila é válida tanto para o público leigo quanto para alunos que já possuem formação em química orgânica. No entanto, na verdade, os alunos com formação em química orgânica lerão melhor e entenderão com mais facilidade do que os alunos sem a mesma formação. Com certeza usarei em minhas aulas de química orgânica e compartilharei com outros professores.
O especialista não apontou pontos negativos, mas à luz de seu relato, pode-se dizer que a limitação de apenas utilizar o material em aulas de química orgânica é um ponto negativo devido ao fato de os sabores da matéria terem um relação direta com os aromas, que são substâncias orgânicas (ésteres e éteres). Observamos que os materiais paradidáticos possuem inúmeras possibilidades acadêmicas relacionadas à divulgação científica e estimulação dos alunos em sala de aula.
CONCLUSÃO
AÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO DE QUÍMICA NA CASA DA DESCOBERTA – CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE FEDERALE FLUMINENSE. Disponível em: http://www.iq.ufrgs.br/aeq/html/publicacoes/matdid/livros/pdf/agrotoxicos.pdf. PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA FOCADA NA LEITURA DE TEXTOS E NA REPRODUÇÃO DE SETE ERROS QUÍMICOS PARA O ENSINO DO NÍVEL REPRESENTATIVO DE QUÍMICA ORGÂNICA.
In: Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Naturais e Exatas, Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências, Química da Vida e da Saúde. O uso dos sentidos, olfato e paladar, na percepção dos aromas: uma oficina temática para ensino de química.
