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Quantificação de danos e perdas causados pela giberela do trigo

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Academic year: 2023

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36 TABELA 6 - Incidência (%) de sarna do trigo, custo do tratamento (R$/ha), produção estimada e saldo (R$/ha), segundo parcela e tratamento, para as cultivares LG ORO e TBIO TORUK, na região chuvosa . 36 TABELA 7 - Incidência (%) de sarna do trigo, custo do tratamento (R$/ha), produção estimada e saldo (R$/ha), segundo parcela e tratamento, para as cultivares LG ORO e TBIO TORUK, na área irrigada . 39 TABELA 8 – ▲ Incidência de cães, ▲ Produção estimada e ▲ Lucro segundo as médias dos tratamentos considerados como testemunha (T4), segundo parcela e tratamento, para as cultivares LG ORO e TBIO TORUK, na região chuvosa.

41 TABELA 9 – ▲ Incidência de galgos, ▲ Produção estimada e ▲ Lucro segundo as médias dos tratamentos considerados como testemunha (T4), segundo parcela e tratamento, para as cultivares LG ORO e TBIO TORUK, na área irrigada. 44 TABELA 11 – Média ▲ incidência de sarna, ▲ produção estimada e ▲ lucro segundo método de tratamento considerado como testemunha (T4), segundo parcela e tratamento, para as cultivares LG ORO e TBIO TORUK, na área irrigada.

INTRODUÇÃO

Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo quantificar os danos (redução da quantidade de produção) e as perdas (redução do retorno financeiro) causados ​​pela doença sob diferentes estratégias de manejo da ferrugem do trigo.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

  • CULTURA DO TRIGO
  • GIBERELA
  • DANOS E PERDAS CAUSADOS PELA GIBERELA DO TRIGO
  • CUSTOS DE PRODUÇÃO

Dentre as doenças que ocorrem no trigo, a sarna (F. . graminearum) é considerada a de maior potencial destrutivo, podendo causar danos significativos (SUTTON, 1982; PARRY et al., 1995; REIS et al., 1996b;) No Brasil, assim como em outras partes do mundo, tem sido relatado um aumento na frequência de surtos de sarna de alta intensidade nas últimas duas décadas, resultando em perdas significativas de produtividade (FERNANDES, 1997; PANISSON et al., 2003) A sarna do trigo induz a produção de grãos achatados, enrugados, branco-rosados, em sua maioria castanho-claros e de tamanho variável conforme o estágio de desenvolvimento em que é acometida (PARRY et al., 1995; REIS et al. ., 1996).

A doença pode ocorrer desde o descabeçamento (REIS et al., 1996) até a fase final de enchimento dos grãos. Segundo Reis et al. 1996), o melhor controle da doença é observado quando se aplica fungicida quando o trigo apresenta maior proporção de espigas com anteras expostas, ou seja, cerca de 8 dias após o despontamento. Apesar de vários trabalhos científicos terem sido publicados sobre o efeito de diferentes estratégias no manejo da escabiose, são poucos os estudos que abordam os fatores econômicos (custo-benefício) relacionados aos tratamentos (SALGADO et al., 2014; SYLVESTER et al ., 2018; COWGER et al., 2016; NGANJE et al., 2004), ou seja, é necessário determinar os custos associados a cada estratégia de manejo a ser empregada.

Cabe ressaltar que segundo Bergamin Filho & Amorim (1996) e Jesus Junior et al. 2001), dano geralmente significa perda, mas não necessariamente, pois mecanismos de preço podem intervir. Em relação ao farelo de trigo, Casa et al. 2004) quantificou o dano causado pela infecção natural do patógeno no campo, em diferentes cultivares de trigo, na redução da produtividade de grãos, e constatou que o dano variou de 3,1 a 23,1%. Da mesma forma, como os fungicidas não são 100% eficazes contra a HF (EDWARDS & GODLEY, 2010; PAUL et al., 2008; WILLYERD et al., 2012), os produtores podem incorrer em custos associados à pulverização de seus campos sem ver os benefícios em termos de redução de doenças e micotoxinas e aumento da produtividade e qualidade dos grãos.

No entanto, em um ano com taxas moderadas da doença, a redução de 70% nas micotoxinas FH e DON alcançada pela integração de resistência e fungicida (WILLYERD et al., 2012) pode ser suficiente para reduzir as perdas e diminuir os descontos de preço.

TABELA 2 – Custos de produção de trigo para a safra de inverno 2022 na região de  Itapeva, São Paulo
TABELA 2 – Custos de produção de trigo para a safra de inverno 2022 na região de Itapeva, São Paulo

MATERIAIS E MÉTODOS

  • LOCAL DE CONDUÇÃO E TRATAMENTOS UTILIZADOS NO EXPERIMENTO
  • AMOSTRAGEM DAS ESPIGAS DE TRIGO
  • CONTAGEM DAS ESPIGAS
  • DEBULHO E PESAGEM
  • ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO

Cada parcela experimental foi constituída por 20 linhas de 6 metros de comprimento cada, espaçadas de 17 cm entre si, com densidade de plantio de 400 sementes por metro quadrado. Para evitar interferência entre os tratamentos, foram utilizadas como limites as 5 fileiras laterais de cada lado da parcela, bem como 1,0 metro do início e fim de cada fileira, de forma que a parcela útil fosse composta pelas 10 fileiras centrais. Para a coleta das espigas de cada parcela, foi utilizado um instrumento de madeira com 50 cm de comprimento e 50 cm de largura, colocado aleatoriamente dentro de cada parcela (Figura 2).

As amostras foram coletadas cortando-se as espigas rente ao solo e colocando-as em sacos de papel. Após a coleta, as amostras foram colocadas em sacos de papel para secar ao sol por três dias (Figura 3). Após o período de secagem, cada amostra foi separada e limpa, deixando apenas as espigas para contagem (Figura 4).

Em seguida, foram debulhadas manualmente, deixando apenas os grãos de trigo, que foram pesados ​​em balança de precisão (Figura 5). A estimativa de produção por hectare nos experimentos foi baseada na Equação 1, levando em consideração a área do instrumento utilizado para coletar a amostra e o peso dos grãos em cada parcela de estudo. Para calcular a produção estimada em reais (R$), foi utilizado o valor de R$ 1.838,11 por tonelada determinado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA-Esalq/USP) para o mês de dezembro de 2022.

Saldo por hectare (L ha-1) = PTE - CTP (2) onde PTE é a produção total estimada obtida nas Tabelas 3 e 4, multiplicada pelo valor da tonelada de trigo listada no portal CEPEA-Esalq/USP informado.

Figura 2 – Detalhe do instrumento de madeira utilizado na coleta das amostras de  trigo
Figura 2 – Detalhe do instrumento de madeira utilizado na coleta das amostras de trigo

RESULTADOS E DISCUSSÕES

ANÁLISE DAS VARIÁVEIS DE PRODUÇÃO DO TRIGO EM ÁREA DE

Para que a interpretação dos dados seja homogênea, o valor do coeficiente de variação não deve ser superior a 25%, sendo que na pesquisa esse valor ficou na faixa de 10,32% a 13,90% na área chuvosa. O número de espigas obtido em ambos os materiais genéticos foi próximo e foi de 117 e 115 para as variedades LG ORO e TBIO TORUK, respectivamente, mas o valor mínimo foi verificado para TBIO TORUK (97 espigas na parcela BT3). Para o peso da espiga, a diferença média entre os materiais genéticos foi de 14%, sendo o TBIO TORUK o melhor resultado.

O mesmo desempenho se repete nos valores mínimos e máximos encontrados, com excelente desempenho para TBIO TORUK com valor máximo de 162 gramas e mínimo de 98 gramas. Não foi verificada diferença significativa no peso médio dos grãos nas parcelas de estudo para as 2 cultivares, porém novamente se destaca o valor mínimo encontrado para TBIO TORUK (78 gramas), valor 32% superior ao menor valor encontrado no cultivo LG ORO em o gráfico AT3. A diferença entre os valores mínimos e máximos das 2 cultivares estudadas nas parcelas é refletida nos valores de produção estimados.

A diferença de 32% no valor mínimo de peso de grãos entre os materiais genéticos fica mais evidente quando se estima a produção por O rendimento mínimo calculado para a variedade LG ORO foi de 2.360 kg por hectare (parcela AT3), enquanto esse valor para a variedade TBIO TORUK foi de 3.120 kg/ha (parcela BT3). Para a variedade TBIO TORUK, o rendimento máximo calculado em relação ao LG ORO foi de aprox. 11% maior, com a parcela BT1 apresentando o melhor desempenho e produtividade estimada (4.760 kg/ha).

ANÁLISE DAS VARIÁVEIS DE PRODUÇÃO DO TRIGO EM ÁREA IRRIGADA

Os valores mínimos também não apresentaram diferença significativa, porém o máximo encontrado para a cultivar LG ORO foi 16% maior, ou seja, 176 grãos na parcela AT3 e 151 grãos na parcela AT2. A cultivar LG ORO, que apresentou a maior média nas parcelas, não apresentou o maior peso médio de espigas. A cultivar TBIO TORUK apresentou média de 161,5 gramas de sobrepeso em comparação com 154 gramas da cultivar LG ORO.

Para a variável peso de grãos, o melhor desempenho foi observado na cultivar TBIO TORUK (média 120 gramas), enquanto na LG ORO a média foi igual a 116,5 gramas. Quando comparamos o desempenho relativo dos dois sistemas de cultivo, sequeiro e irrigado, observa-se uma vantagem de aproximadamente 20% no cultivo irrigado, desempenho que se reflete na produção por hectare. O desempenho das cultivares (LG ORO e TBIO TORUK) no sistema de cultivo irrigado foi semelhante, porém superior ao cultivo em sequeiro.

Nos plantios irrigados, a diferença entre as médias foi de 3%, com melhor rendimento para a cultivar TBIO TORUK, porém, comparando os dois sistemas de cultivo (irrigado e irrigado), a diferença é de 20% entre as cultivares TBIO TORUK e 24% entre as cultivares LG . Cultivares ORO.

ANÁLISE DOS CUSTOS DAS ESTRATÉGIAS DE MANEJO DA GIBERELA 36

Os custos individualizados para cada estratégia de manejo da sarna (tratamento) foram associados aos dados de incidência da doença em cada gráfico (Tabela 6). Entretanto, a incidência da doença foi mais acentuada na cultivar TBIO TORUK, por ser considerada suscetível. No sistema de plantio irrigado, o melhor desempenho no controle de doenças ocorreu na parcela AT1, cultivar LG ORO, com incidência de 2%, quando adicionado fungicida e silicato de potássio.

O equilíbrio econômico médio para ambas as variedades no cultivo irrigado foi maior em relação ao plantio de sequeiro, com produtividade 53% e 35% maior para as variedades LG ORO e TBIO TORUK, respectivamente. A diferença de desempenho para a variedade LG ORO é mais evidente onde foi superior a 75%. A utilização de silicato de potássio deu bons resultados no tratamento de doenças, em cultivo irrigado, e o custo total de sua utilização não foi superior aos demais tratamentos utilizados.

Pela média do ▲ de incidência da doença, observou-se maior intensidade na cultivar LG ORO, mas em níveis comparativos absolutos, os danos foram menores na parcela AT3 apenas com silicato de potássio, com redução de danos na ordem de 57,14% em relação ao tratamento testemunha média (T4). Na área irrigada, verificou-se que a cultivar LG ORO superou TBIO TORUK, com redução de 96,15% na incidência da doença em relação à média do tratamento testemunha (T4). O desempenho médio do ▲ da doença foi 3,75% maior na cultivar TBIO TORUK, o que pode comprometer a produção.

Na área de sequeiro, verificou-se que o desempenho relativo da média estabelecida ▲ (delta) foi melhor para a cultivar TBIO TORUK em relação à cultivar LG ORO para rendimento e rendimento, mas pior para controle de doenças, confirmando o índice de resistência a doenças.

TABELA 6 – Incidência (%) da giberela do trigo, custo do tratamento (R$/ha), produção  estimada e saldo (R$/ha), por parcela e tratamento, para as cultivares LG ORO e TBIO  TORUK, na área de sequeiro
TABELA 6 – Incidência (%) da giberela do trigo, custo do tratamento (R$/ha), produção estimada e saldo (R$/ha), por parcela e tratamento, para as cultivares LG ORO e TBIO TORUK, na área de sequeiro

CONCLUSÕES

Reduction of Fusarium wilt and deoxynivalenol in wheat by early fungicide applications of prothioconazole, Food Addit. Quantificação de danos causados ​​​​pela gibberela em cereais de inverno, na safra 2000, em Passo Fundo, RS. Efficacy of triazole-based fungicides for control of Fusarium head blight and deoxynivalenol in wheat: a multivariate meta-analysis.

Grain losses due to Gibberella zeae infection of wheat ears in southern Brazil, from 1984 to 1994. Informações técnicas para trigo e triticale – safra 2020/Paulo Kuhnem..[et al.]; Biotrigo Genética - Passo Fundo: Biotrigo Genética, 2020. Efficiency and cost-effectiveness of integrating field and harvest strategies to control Fusarium wilt of wheat.

Quantifying the effects of Fusarium head blight on grain yield and test weight in soft red winter wheat. Evaluating the Profitability of Foliar Fungicide Programs in Mid-Atlantic Soft Red Winter Wheat Production.

Imagem

TABELA 1 – Área, produtividade e produção total de trigo por regiões do Brasil
TABELA 2 – Custos de produção de trigo para a safra de inverno 2022 na região de  Itapeva, São Paulo
Figura 1 – Detalhe da área onde foi conduzido o experimento
Figura 3 – Amostras de trigo em sacos de papel colocadas para secagem ao sol
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Referências

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