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RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO E A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

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Academic year: 2023

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Esta pesquisa tem como objetivo analisar a possibilidade de responsabilidade civil do Estado pela duração injustificada do processo, levando em consideração que a duração razoável do processo está inserida no texto constitucional em seu Art. Este estudo visa apresentar uma contribuição para A Hora. do processo e a possibilidade de responsabilizar o Estado pela protecção judicial prematura. O culminar da alteração acima referida foi precisamente a inclusão do inciso LXXVIII no artigo 5º da Carta Magna, prevendo que “é assegurada a todos, na esfera judicial e administrativa, a duração razoável do processo e os meios que garantam a celeridade da sua tramitação”, tendo a duração descabida do processo e a responsabilidade civil do Estado como tema central deste trabalho monográfico.

O primeiro capítulo deste trabalho trata dos princípios que norteiam o processo e a possível determinação de qual seria a duração razoável do processo. No segundo capítulo trataremos da responsabilidade civil do Estado, partindo da evolução histórica deste processo. tema no direito brasileiro, com foco específico no dano causado. No terceiro e último capítulo deste trabalho, onde ocorrerá o resultado, tratarei da responsabilidade civil do Estado pela duração injustificada do processo, acreditando que a partir do momento em que o Estado passa a ser responsável pela demora das providências judiciais, surgirá a necessidade de revisão de suas estruturas para se livrar das penalidades, analisaremos rapidamente a infraestrutura do estado, em seguida trataremos da caracterização do dano pela demora na prestação judicial e por fim a violação do prazo razoável do processo como causa da responsabilidade civil do Estado onde o resultado deste serão as construções.

Razoável duração do processo

  • Evolução Histórica
  • Princípio da Celeridade Processual
  • Princípio da Segurança Jurídica
  • Princípio da proporcionalidade e razoabilidade
  • Conceito de razoável duração do processo

No entanto, o atraso causado pela morosidade do processo e pela natureza sistemática dos procedimentos pode resultar na total inutilidade ou ineficácia da prestação solicitada. Implementar a gestão de processos em pelo menos 50% das rotinas administrativas, com o objetivo de implementar o processo administrativo eletrônico. Isso porque há correntes que priorizam a salvaguarda das garantias processuais e outras que lutam por maior eficiência e celeridade no processo.

Portanto, uma duração razoável do julgamento não deve ser confundida com celeridade a todo custo, caso contrário colocaríamos em risco a segurança jurídica. Por fim, a ideia de equilibrar tempo e segurança dentro do processo é muito bem expressa por Fernando da Fonseca Gajardoni, quando acertou. Rio de Janeiro: Lumem juris, 2003, p. 370. . O desafio dos processos civis contemporâneos reside em equilibrar estes dois valores.

Com estas lições em mente, devemos começar a definir o significado e o alcance da frase “duração razoável do processo”. O conceito do que seria uma duração razoável do processo é de grande importância, pois a própria Constituição Federal não o faz. A primeira pergunta a fazer é qual seria um prazo razoável para a duração do processo.

Porém, a forma utilizada pelo CNJ para determinar a duração razoável do processo foi somando os prazos de cada fase do procedimento. Segundo o estudioso Frederico Augusto Leopoldino Koehler, em sua obra, a duração razoável do processo, ele defende que se trata na verdade de um conceito indefinido.20. O que se deve, portanto, procurar garantir é a duração razoável do processo que é considerado globalmente, e não o cumprimento absoluto dos prazos fixados para cada ato processual que a lei prevê.

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

Da Responsabilidade Civil

Para que o comportamento humano dê origem, portanto, à responsabilidade civil do agente, é necessário que se estabeleça o dano resultante. A extensão do dano pode ultrapassar a esfera da capacidade, e a responsabilidade civil determina que o dever de indenizar deve existir quando estiverem presentes os elementos que caracterizam o ato ilícito. Outro pressuposto essencial para a caracterização da responsabilidade civil é o nexo causal, que é a ligação entre o comportamento humano e o dano causado.

Para que o ato ilícito seja fonte da obrigação de indenizar, é necessário que haja nexo causal entre o ato (o fato e o dano). Quando se fala na existência de relação causal, considera-se o nó que liga o comportamento do agente e o dano causado. Através da existência da relação causal, é possível avaliar a relação entre estes dois elementos analisando a sua importância na ação ou omissão realizada.

Além disso, dentro dos critérios da responsabilidade civil, o nexo de causalidade deve ser a primeira coisa a ser analisada para se concluir pela existência ou não de responsabilidade jurídica, uma vez que só podemos decidir se o agente agiu de forma ilícita ou não se obteve resultados através de seu comportamento. Outro facto que exclui a existência de nexo causal é a ocorrência de caso fortuito ou de força maior. Se as causas de exclusão, como aqui demonstradas, existem, não há, portanto, nexo causal e não há consequência: responsabilidade civil.

A culpa, portanto, não é um elemento essencial, mas sim acidental, por isso reiteramos nosso entendimento de que os elementos básicos ou pressupostos gerais da responsabilidade civil são apenas três: conduta humana (positiva ou negativa), lesão ou perda e causalidade. 32.

Responsabilidade Objetiva e Subjetiva

Nesse sentido, a responsabilidade civil objetiva é aquela que não tem a culpa como elemento formativo: “na responsabilidade objetiva, a prova da culpa é totalmente dispensada. A regra geral que deve presidir à responsabilidade civil é a sua base na ideia de culpa; mas como é insuficiente para atender às imposições do progresso, cabe ao legislador determinar especificamente os casos em que a obrigação de restaurar deve ocorrer, independentemente dessa ideia. Numa análise detalhada do que foi citado pelo autor, é possível afirmar que embora a responsabilidade subjetiva deva ser tomada como regra, a importância da responsabilidade objetiva e seus critérios de aplicação não devem ser esquecidos, devendo ser utilizados, no momentos apropriados, para que a responsabilidade da sociedade civil como um todo possa ser protegida.

Conforme mencionado anteriormente, o conteúdo do parágrafo único do artigo 927 do Código Civil tem-se revelado de grande valia, na aceitação da responsabilidade civil sem existência de culpa, pelo exercício de atividade que, pela sua natureza, representa riscos para os direitos de terceiros, permitindo ao Judiciário ampliar o escopo da execução em casos de danos indenizáveis. Portanto, ausência, atraso, erro, entre outras formas imperfeitas de prestação de serviço público, é definido como autoria ou culpa da administração, de tal forma que o Estado, atribuindo a falta de natureza objetiva. Assim, a compensação pode ser motivada; Determinados pressupostos devem ser respeitados: comprovação da existência de dano indenizável, análise da falha do serviço público, será constatado o nexo causal entre o dano e o serviço público indevidamente, atrasado ou negado.

Márcio Xavier Coelho descreve as formas como pode surgir a falta de serviços públicos: “A falta de serviços públicos, segundo José de Aguiar Dias, pode surgir de três formas, nomeadamente: perturbação nos serviços; o não funcionamento do serviço; e sua ação tardia”.40. A segunda modalidade diz respeito ao não funcionamento do serviço público sempre que a administração deixa de agir. A falta de prestação de serviços decorre, na sua terceira forma, do funcionamento tardio da administração pública.

Portanto, todos esses pontos correlacionados, a teoria da falta de serviço público pode ser claramente visualizada, mas não afasta o dever do cidadão brasileiro de provar que realmente houve falta de serviço público, por qualquer um dos métodos mencionados, para acabar com caracterizar o dever de compensação do Estado.

Teoria do Risco Integral

Não há necessidade de considerar se houve erro ou não para concluir que há dever de reparação. A culpa ou dolo do agente deverá ser apurada apenas para comprovação da ação IN REM VERSO, da Administração Pública contra o agente. Deixando bem claro que nem tudo o que acontece nesta teoria será culpa ou responsabilidade do Estado, aplicando sempre que possível, exceções à responsabilidade da máquina estatal.

Fica estabelecido que é imprescindível a verificação de dois pontos para determinar a obrigação de indenização do Estado, a saber: a existência de dano, desde que esse dano tenha sido causado por ato da Administração Pública. O Estado tem o dever de responsabilizar as pessoas sempre que a sua actividade administrativa resulte em danos sofridos pelos indivíduos.

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO PELA NÃO RAZOÁVEL

Caracterização do Dano pela demora na prestação jurisdicional

Sabe-se que os atrasos processuais causam sérios danos às partes, e os estudiosos tendem a associar os atrasos judiciais a atividades jurídicas prejudiciais porque o tempo pode levar a perdas irreparáveis ​​ou difíceis de reparar. Este atraso pode dever-se à falha do poder judiciário através dos seus representantes ou à falha do próprio serviço público. Quando o delito for cometido pelo juiz, intencionalmente ou por negligência, o Estado que retorna tomará medidas.

O Estado terá o dever de indenizar o lesado, cabendo ao Estado o direito de tomar medidas regressivas contra o juiz. Se o magistrado não agiu de forma intencional ou fraudulenta, mas mesmo assim, durante o exercício de sua atividade, causou dano ao indivíduo, o Estado ainda terá o dever de indenizar o lesado, sem direito à ação regressiva decorrente do princípio. de perigo. , aprovado pela Constituição Federal de 1988. Ponto 5 LIV “ninguém pode ser privado de sua liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”.49.

Quanto ao pedido de indenização por danos sofridos em razão da demora, o ajuizamento se baseará no descumprimento de um dos preceitos fundamentais da Constituição, que é a duração razoável do processo.

Violação a razoável duração do processo como causa de

Resumo: processual - agravo de instrumento - ação de recuperação - pedido de suspensão do processo para obtenção de recursos para honorários periciais - processo paralisado por mais de 600 dias - não é necessária suspensão por mais 180 dias - princípios da efetividade e da razoável duração do processo. Quanto à duração razoável do procedimento (art. 5º, LXXVIII), fica claro que mesmo com o número cada vez maior de processos ajuizados e a deficiente estrutura do Poder Judiciário, a prestação judicial não pode ser paralisada sem justa causa. É importante ressaltar que o Supremo Tribunal Federal só reconhece a responsabilidade objetiva do Estado pelas ações judiciais nos casos expressamente previstos em lei.

Neste sentido, é muito importante que esta oferta seja ampliada para que seja reconhecida a responsabilidade do Estado pela morosidade das disposições legais. Portanto, é necessária uma duração razoável do julgamento, caso contrário constituiria uma violação do direito das partes a um julgamento justo e razoável. Tal atraso por ação governamental caracteriza a obrigação do Estado de compensar as partes pelos prejuízos sofridos.

Considera-se também que, no âmbito da responsabilidade civil aqui discutida, tal indenização ocorre tanto na esfera patrimonial quanto na esfera moral do indivíduo que foi prejudicado por esse atraso. A responsabilidade civil do Estado por um julgamento lento é um tema atual e muito quente que tem suscitado muitos debates doutrinários e judiciais. Nossa legislação e jurisprudência tendem a compensar os danos decorrentes da demora na resolução judicial, de modo que o responsável pela demora, ou seja, o Estado, por meio do instituto da responsabilidade civil, é obrigado a indenizar o lesado dentro dos limites de seus danos, tanto materiais e morais.

Portanto, a responsabilidade do Estado neste sentido reflete os anseios sociais que possibilitam o estabelecimento da segurança jurídica.

Referências

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