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MorA relação de crianças com transtorno do espectro autista com o ambiente construído [manuscrito]: estudos preliminares de projeto no âmbito residencial

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Academic year: 2023

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MorRelacionando crianças com transtorno do espectro do autismo ao ambiente construído [manuscrito]: estudos preliminares de projeto em um contexto residencial. Este trabalho tem como objetivo compreender a relação entre crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o ambiente construído no contexto residencial.

Figura 42 - Proposta Banheiro Social ___________________________________________  70 Figura 43 - Proposta Quarto Criança  ___________________________________________  71 Figura 44 - Proposta Quarto Criança  ___________________________________________  72 F
Figura 42 - Proposta Banheiro Social ___________________________________________ 70 Figura 43 - Proposta Quarto Criança ___________________________________________ 71 Figura 44 - Proposta Quarto Criança ___________________________________________ 72 F

ABORDAGENS E PESQUISAS SOBRE O TEA NO CAMPO DA ARQUITETURA _____________________________________________________________________

A arquitetura é um campo interdisciplinar que abrange várias áreas que visam compreender o modo de vida de uma sociedade (CHING e ECKLER, 2014), bem como a relação entre as pessoas e o ambiente construído. Com base nisso, o presente trabalho trata de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em relação ao ambiente construído com foco no âmbito da moradia.

JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TEMA

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Objetivos Específicos

METODOLOGIA

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) elaborado pela Associação Psiquiátrica Americana (2014), o transtorno do espectro do autismo (TEA) é considerado um transtorno do neurodesenvolvimento. O DSM-5 também enfatiza que o TEA não é um transtorno degenerativo, ou seja, o diagnóstico e os fatores socioambientais podem contribuir para o desenvolvimento, reduzindo os problemas desses indivíduos em algumas circunstâncias (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).

CARACTERÍSTICAS E DIAGNÓSTICO DO TEA

Essas manifestações diferem em cada indivíduo e indicam diferentes níveis de especificidade e gravidade que "podem variar com o contexto ou flutuar ao longo do tempo". Para Gadia; Tuchman; Rotta (2004) essa diversidade de sintomas e manifestações se deve a uma combinação de fatores relacionados à etiologia, predisposição genética e fatores ambientais.

TRATAMENTOS E INTERVENÇÕES

CRIANÇAS COM TEA E AS DIFICULDADES SENSORIAIS

Em relação ao sistema visual, segundo a American Psychiatric Association (2014) e Mostardeiro (2019), crianças com TDAH tendem a evitar o contato visual direto como meio de autorregulação. O grau em que esses estímulos sensoriais, ou a falta deles, afetam as crianças com SAM varia para cada indivíduo (MOSTAFA, 2008; SOUZA, 2019).

ABORDAGENS E PESQUISAS SOBRE O TEA NO CAMPO DA ARQUITETURA A arquitetura tem como princípio projetar ambientes adequados às necessidades de seus

A Abordagem Neurotípica

Souza (2019) explica que a abordagem neurotípica é baseada no “Princípio da Normalização” de Wolfensberger, que propõe a teoria de que pessoas com necessidades especiais e/ou deficiências devem ter condições de vida comuns, como qualquer outra pessoa na sociedade. ganhou muita força entre as décadas de 60 e 70 nas políticas voltadas para a educação especial, trazendo o conceito de integração como processo de implementação do “Princípio da Padronização” (ENUMO, 2005).

A Abordagem Sensorial e a Teoria do Design Sensorial

Nessa abordagem, o espaço físico reproduz ambientes normalmente encontrados em situações reais, ou seja, locais com altos níveis de estímulos sensoriais, a fim de estimular os autistas a se familiarizarem com esses espaços e situações normalmente encontrados na vida urbana.

Estudos e trabalhos sobre o TEA e o ambiente construído

O eixo vertical apresenta aspectos arquitetônicos que podem ser adaptados às necessidades sensoriais de indivíduos com TEA. Autism ASPECTSS™ Design Index”, uma ferramenta facilitadora para o desenvolvimento de projetos voltados para o acolhimento de pessoas com TEA. Zonas de Transição: Segundo Mostafa (2014a; 2014b), essas áreas ajudam as pessoas com TEA a reequilibrar seus sentidos à medida que se movem de um espaço para outro, com diferentes estímulos sensoriais.

Segurança: O último critério estabelecido por Mostafa é a segurança, que deve estar presente em todo o processo de planejamento, principalmente para crianças com TDAH. Assim, a matriz quer ajudar arquitetos e terapeutas ocupacionais na mudança de ambientes de vida que atendam às necessidades de crianças com transtornos do espectro aditivo e de todos os membros envolvidos. Assim, Mostardeiro (2019) desenvolveu o “Protocolo para identificação das necessidades de crianças com deficiências do desenvolvimento (PIN-TEA)” para sistematizar as informações (gráfico 05).

Esse protocolo visa, segundo a pesquisadora, “sistematizar informações referentes às necessidades de crianças com TEA em relação aos aspectos construtivos de um ambiente” (MOSTARDEIRO, 2019, p.111). Este protocolo foi desenvolvido como uma etapa da estrutura que define os requisitos de design para ambientes residenciais voltados para crianças com TEA. Tais trabalhos apresentados acima, bem como os critérios definidos por Mostafa, tanto em relação à Sensory Design Matrix (2008) quanto em relação ao ASPECTSS™ (2014a; . 2014b), serão utilizados no presente estudo para definir as diretrizes para ajudar a definir e es para a elaboração da proposta de projeto para ambientes residenciais voltados para crianças com transtorno do espectro autista.

Figura 1- Divisão prática do Framework para definição dos requisitos de projeto de interiores  para uma criança com TEA (FREP-TEA)
Figura 1- Divisão prática do Framework para definição dos requisitos de projeto de interiores para uma criança com TEA (FREP-TEA)

ESTUDOS DE PROJETOS DE REFERÊNCIA

  • Centro Avançado de Educação para Necessidades Especiais
  • Centro para Autismo e Desenvolvimento Cerebral (CADB)
  • Comunidade Sweetwater Spectrum
  • Teatro Sensorial

O arquiteto também diz que além de tomar decisões sobre os componentes funcionais do edifício, era necessário projetar com as sensibilidades encontradas no transtorno do espectro do autismo. Assim, segundo Mostafa (2014a), o projeto foi dividido em 05 eixos principais (figuras 02 e 03): Administrativo, que abrange a recepção, salas de professores e funcionários em geral; Centro educativo e terapêutico, com salas de aula, espaços institucionais, salas de terapia geral (fonoterapia, terapia ocupacional, hidroterapia, etc.), estúdios para atividades artísticas e de habilidades, além de terraços de aprendizagem ao ar livre; Instalações orientadas para a comunidade com locais comerciais e espaços multifuncionais para a população local; Área de serviço auxiliar com banheiros, cozinhas e áreas de manutenção; e o Centro Assistencial, que inclui uma área privativa para alunos, com quartos individuais e para tutores, além de áreas de apoio como banheiro e sala de estar. O centro oferece, entre outros, serviços médicos, psicológicos e terapêuticos, além de desenvolver projetos de pesquisa nessa área.

Em relação à sensibilidade auditiva em autistas, todos os ambientes possuem tratamento acústico de acordo com o nível de estímulos necessários para cada atividade. Com base nessa análise, é possível identificar que o projeto do Centro de Autismo e Desenvolvimento Cerebral (CADB) utilizou os critérios da Teoria do Design Sensorial, embora indiretamente, também abordou os conceitos que Mostafa a), como acústica, iluminação, sequenciamento e a compartimentalização espacial, além do zoneamento sensorial, sugere espaços de acordo com os níveis de estímulo. Foi construída em um terreno de aprox. 11.330,00 m², que contempla 04 casas de aprox. 300 m², cada um com 04 cômodos individuais, além das áreas de estar e de apoio (Figura 12).

No entanto, os residentes podem adaptar seus espaços individuais às suas necessidades específicas, controlando a entrada de incentivos. Foi utilizada iluminação e ventilação naturais, evitando o uso de ventiladores que interagem com ruídos indesejados, além de iluminação indireta. Essa estrutura permite que crianças com TEA interajam e desenvolvam suas habilidades sensoriais, além de estimular a imaginação (Figuras 16 e 17).

Figura 2 - Planta Baixa do Centro Avançado de Educação para Necessidades Especiais com a  definição do zoneamento espacial e sensorial
Figura 2 - Planta Baixa do Centro Avançado de Educação para Necessidades Especiais com a definição do zoneamento espacial e sensorial

DELIMITAÇÃO DO TEMA

Neste capítulo, serão abordados os aspectos essenciais para a concepção de estudos preliminares do projeto de arquitetura de interiores residencial voltado para crianças com TEA, como definição do tema, definição de perfis de usuários, escolha dos ambientes a serem estudados e as orientações a serem seguidas . Assim, o presente trabalho, com foco na relação de crianças com TEA com o ambiente residencial, se propõe a promover o desenvolvimento e a qualidade de vida dessas crianças, transformando suas necessidades cognitivas e sensoriais em projeto. Para isso, foram definidos dois perfis de usuários, descritos na próxima subseção, de acordo com seu processamento sensorial.

DELIMITAÇÃO DOS USUÁRIOS

Não verbal, mas com poucas frases curtas e limitadas Estrutura familiar (pessoas com quem a criança mora). Para auxiliar na determinação do perfil das crianças com TEA, algumas características relacionadas ao comportamento dessas crianças foram definidas de acordo com sua sensibilidade sensorial (quadro 07), com base nos aspectos destacados na revisão da literatura e relacionados ao ambiente construído. 10 Segundo os critérios do IBGE, a população brasileira pode ser dividida em cinco classes sociais, de acordo com a renda mensal bruta da família.

Assim, a classe B compreende as famílias que recebem de 10 a 20 salários mínimos e a classe E a 02 salários mínimos. Tendência proprioceptiva de permanecer sentado, sem fazer movimentos bruscos, como correr e pular, ou mesmo subir escadas; Busca de novos estímulos tocando em novas texturas e materiais; rolar no chão.

DEFINIÇÃO DOS AMBIENTES RESIDENCIAIS

Foram definidos dois tipos de ambientes de convivência, com o objetivo de analisar as vantagens e desvantagens de cada ambiente e suas potencialidades de acordo com as características de cada criança e o perfil socioeconômico do núcleo familiar. Todas as plantas baixas foram selecionadas nos sites comerciais de construtoras ou para venda de empreendimentos, as plantas apresentadas por essas empresas foram entendidas como plantas pré-existentes dessas residências, ou seja, qual é a realidade da casa no momento , ou seja, que seja possível propor a eles as mudanças necessárias para acomodar esses espaços.

RESIDÊNCIA 01

RESIDÊNCIA 02

DIRETRIZES PROJETUAIS

Com base nesses conceitos, foram definidas as seguintes diretrizes para uso nas propostas de projetos, definidas na Tabela 08. Essas diretrizes foram desenvolvidas com base nos conceitos mencionados acima e para descrever o ambiente de vida em que essas crianças passam a maior parte do dia, em um espaço que contribui para o processamento sensorial. Além de promover incentivos que auxiliem na comunicação, interação social e capacidade cognitiva, com o objetivo de garantir o bem-estar e a qualidade de vida dessas crianças.

Figura 20 - Critérios a serem utilizados para a elaboração das propostas projetuais
Figura 20 - Critérios a serem utilizados para a elaboração das propostas projetuais

ESTUDOS PRELIMINARES DE PROJETO DE INTERIORES

  • Proposta Residência 01
  • Proposta Residência 02

Após a definição do zoneamento sensorial, o layout do apartamento foi repensado para melhor atender às exigências e necessidades da criança com TEA e sua família e para o melhor aproveitamento do espaço (Figura 22). A escolha certa do colchão e outros móveis cria um ambiente confortável com pouca estimulação sensorial, tornando-se a zona de fuga da criança em casa. Zoneamento Sensorial, Sequenciamento Espacial, Zonas de Transição e Fuga Esta proposta também definiu as áreas de alta estimulação e baixa estimulação sensorial (Figura 33), com base no perfil sensorial da criança e nas atividades a serem realizadas por ela e toda a família. envolvido.

As salas são definidas com áreas de baixa estimulação, devendo o quarto da criança ser o local com a menor intensidade de estímulos possível, com o objetivo de promover sua concentração e reequilíbrio na entrada de estímulos sensoriais, conforme sugerido também na Residência 01. As áreas visam reequilibrar os sentidos das crianças com TEA à medida que se deslocam de um espaço para outro, com diferentes estímulos sensoriais, conforme sugerido por Mostafa (2014b). A proposta prevê a manutenção do conceito aberto e integrado desses ambientes (figuras 34 e 35) em função dos critérios de segurança, das diretrizes de design aceitas e principalmente em relação ao perfil sensorial da criança.

Para a área de serviço, a sugestão foi manter esta área fechada, para não desviar o foco da criança quando as atividades são realizadas na área externa. No quarto da criança, foi proposta uma cama mais baixa (figura 43), do tipo Montessori, para dar à criança maior sensação de conforto em vista de sua hipersensibilidade vestibular e proprioceptiva. Assim como na proposta anterior, recomenda-se o uso de iluminação dimerizável, que permite o controle da intensidade luminosa nos ambientes de acordo com a sensibilidade da criança com TEA e as tarefas a serem realizadas em cada local.

Beskikbaar by: https://www.archdaily.com.br/br/923453/arquitetura- dos-sentidos-um-projeto-para-criancas-com-autismo. Beskikbaar by: https://www.researchgate.net/profile/Magda-Mostafa- 2/publication/285345281_Architecture_for_autism_Autism_aspectss_in_school_design/links/.

Figura 22 - Planta-baixa Residência 01
Figura 22 - Planta-baixa Residência 01

Imagem

Figura 2 - Planta Baixa do Centro Avançado de Educação para Necessidades Especiais com a  definição do zoneamento espacial e sensorial
Figura 3 - Perspectiva do Projeto
Figura 12 - Planta Tipo: Unidade Residencial
Figura 19 - Planta-Baixa Residência 02
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Referências

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