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Respostas ventilatórias da tilápia-do-Nilo a estímulos estressores visuais

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Academic year: 2023

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XXV Congresso de Iniciação Científica

Respostas ventilatórias da tilápia-do-Nilo a estímulos estressores visuais

Ana Lívia de Carvalho Bovolato, Prof. Dr. Rodrigo Egydio Barreto, UNESP-Instituto de Biociências de Botucatu, Ciências Biológicas, lila-dcb@aluno.ibb.unesp.br, CNPq/PIBIC.

Palavras Chave: Tilápia do Nilo, freqüência ventilatória, estresse visual.

Introdução

A tilápia-do-Nilo reconhece visualmente um peixe predador alopátrico (Barreto et al., 2003) mesmo nunca tendo visualizado o mesmo, portanto de maneira inata.

No caso da tilápia, o bagre africano (Clarias gariepinus) é um de seus predadores naturais (DeGraaf et al., 1996) e conserva algumas semelhanças com o pintado (predador alopátrico reconhecido pela tilápia) o que potencialmente deve permitir a identificação do pintado pela tilápia. Um predador simpátrico, contudo, consiste em pressão seletiva mais intensa para a presa.

Objetivos

Assim, avaliamos se a resposta de estresse (frequência ventilatória - FV) em juvenis de tilápias-do- Nilo visualmente expostos a esses predadores diferiram considerando a relevância dos predadores na história evolutiva da tilápia (predador simpátrico x alopátrico).

Material e Métodos

Para avaliar as respostas ventilatórias, a tilápia-do-Nilo [Oreochromis niloticus (L.)] foi exposta visualmente a um peixe predador simpátrico (bagre africano, Clarias gariepinus), um predador alopátrico (pintado, Pseudoplatystoma corruscans), um peixe não- predador (carpa, Cyprinus carpio – controle) e a condição controle (sem peixe). Analisamos 16 peixes para cada tratamento. Para tal, individualizamos as tilápias em aquários de vidro (40 x 20 x 25 cm) adequadamente equipados. Os peixes foram aclimatados por pelo menos 3 dias nos aquários. Após esse período, avaliamos a FV por 4 minutos antes da apresentação do estímulo (linha basal) e em seguida, apresentamos o estímulo visual e quantificamos, após 1 minuto, a FV por mais 4 minutos. Um dos 4 estímulos foi visualmente apresentados aos peixes foco. Isso foi obtido pareando-se paralelamente aquários de igual tamanho pelo lado maior separando-os por uma placa opaca, que era removida para propiciar o contato visual. A FV foi quantificada considerando-se o tempo decorrido para a ocorrência de 20 batidas operculares consecutivas e depois transformado em frequência por minuto (Alvarenga & Volpato, 1995).

Resultados e Discussão

Os dados foram analisados pelo teste de ANOVA, de um fator (estímulos visuais) com medidas repetidas (antes e depois do estímulo), complementada pelo teste de Bonferroni. O principal resultado revelado por ANOVA foi que os peixes expostos ao predador simpátrico aumentaram a FV em relação aos expostos ao “Aquário sem peixe” e à carpa. Peixes expostos aos

pintados e carpa foram similares entre si, mas apenas a carpa foi igual ao controle – aquário sem peixe.

Figura 1: Efeito de pistas visuais de predadores simpátrico e alopátrico na FV da tilápia-do-Nilo.

Conclusões

A FV indicou que a tilápia reage à presença de outro peixe, porém de maneiras diferentes. No caso da exposição à carpa a tilápia reagiu aumentando a FV provavelmente para preparar-se para a defesa territorial, uma vez que atacava o vidro e aumentava a atividade natatória quando exposta a carpa. Já no caso do pintado, a tilápia aumenta a FV sem atacar o vidro.

Esse comportamento também foi observado para o bagre. No entanto, foi de forma mais intensa, o que nos permite inferir um reconhecimento inato do predador pela tilápia e que o predador que esteve presente na história evolutiva da tilápia é um estressor mais potente. Devido ao fato de todas as tilápias terem partido das mesmas condições basais nos permite afirmar que não houve interferência da presença do pesquisador na FV. A baixa resposta ventilatória do controle (aquário sem peixe) demonstra que a metodologia utilizada não influenciou nos resultados.

Agradecimentos

Á Piscicultura Polettini pela doação dos peixes e ao CNPq/PIBIC pelo financiamento do projeto.

____________________

Alvarenga, C.M.D., Volpato, G.L., 1995. Agonistic profile and metabolism in alevins of the Nile tilapia. Physiol. Behav. 57, 75-80.

Barreto, R.E., Luchiari, A.C., Marcondes, A.L., 2003. Ventilatory frequency indicates visual recognition of an allopatric predator in na¨ıve Nile tilapia. Behav. Process. 60, 235–239.

DeGraaf G., Galemoni. F., Banzoussi, B., 1996. Recruitment control of Nile tilapia, Oreochromis niloticus, by the African catfish, Clarias gariepinus (Burchell 1822), and the African snakehead, Ophiocephalus obscuris .1. A biological analysis. Aquaculture 146, 85-100.

Referências

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