• Nenhum resultado encontrado

Resultados e Discussão

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2023

Share "Resultados e Discussão "

Copied!
2
0
0

Texto

(1)

Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)

30a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química

Síntese de dissacarídeos glicosídicos e glicopeptídeos como potenciais substratos de trans-sialidase de Trypanosoma cruzi

(TcTS)

Vanessa Leiria Campo1 (PG)*, Rob A. Field2 (PQ), Ivone Carvalho1 (PQ) (vlcampo@fcfrp.usp.br) 1. Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP. Av. do Café S/N, CEP 14040-903, Ribeirão Preto - SP, Brazil.

2. Centre for Carbohydrate Chemistry, School of Chemical Sciences and Pharmacy, University of East Anglia, Norwich,

NR47TJ, UK.

Palavras Chave: Trypanosoma cruzi, trans-sialidase, dissacarídeo glicosídico, glicopeptídeo

Introdução

T. cruzi é incapaz de sintetizar ácido siálico e usa a enzima trans-sialidase (TcTS) para retirar este monossacarídeo de glicoconjugados do hospedeiro para sialilar moléculas aceptoras, como mucina-GPI, presentes na sua membrana plasmática1. Considerando a heterogenicidade das moléculas de mucina de T. cruzi, não existem compostos disponíveis que atuem como substratos glicopeptídicos sintéticos. Desta forma, este trabalho apresenta a síntese do dissacarídeo glicosídico aLacNAcThr 1 e do glicopeptídeo NH2(Thr)2- (aLacNAc)-(Thr)3-GlyOH 2 como potenciais substratos da enzima TcTS.

Resultados e Discussão

A reação de glicosilação do dissacarídeo aLacN3Cl 3 com o aminoácido treonina 4, contendo os grupos protetores N-Fmoc (9-Fluorenilmetoxicarbonil) e O-Bn (COOBn) na presença de HgBr2 (promotor) e 1,2- dicloroetano (solvente) durante 9h a 90ºC2 forneceu o produto aLacN3-FmocThrOBn 5 (60%), o qual foi submetido à acetilação redutiva para conversão ao derivado aLacNAc-FmocThrOBn 6 (65%). A etapa final de preparação de 6 para posterior acoplamento em cadeia peptídica envolveu a remoção do grupo éster O-Bn por meio de hidrogenação catalítica clássica (10% Pd-C/H2), fornecendo o produto 7 (85%) após 1h de reação. Com a finalidade de ser empregado em ensaios enzimáticos com TcTS, o composto 6 foi totalmente desprotegido; o aumento do tempo de reação de hidrogenólise de 7 para 8h conduziu à remoção do grupo N-Fmoc e a desproteção dos grupos O-Ac foi realizada na presença de solução de NaOMe 1M, sendo assim obtido o produto aLacNAcThr 1 (90%). (Esquema 1).

Esquema 1. Síntese dos compostos 6, 7 e 1.

A síntese do glicopeptídeo 2 em fase sólida foi realizada na presença dos reagentes de acoplamento PyBOP (hexafluorofosfato de benzotriazol-1-iloxi- tripirrolidinofosfônio) e HOBt (1-hidroxi-benzotriazol), e da base DIPEA em DMF, estando representada no Esquema 2.

Esquema 2. Procedimento de síntese em fase sólida do glicopeptídeo 2.

Após O-desproteção das unidades de açúcar, o glicopeptídeo 2 foi purificado por CLAE utilizando coluna de fase reversa C18 semi-preparativa, sendo obtido com 35% de rendimento.

Conclusões

O dissacarídeo glicosídico aLacNAcThr 1 e o glicopeptídeo NH2(Thr)2-(aLacNAc)-(Thr)3-GlyOH 2 obtidos por síntese em solução e por síntese em fase sólida foram caracterizados pelas análises de RMN

1H e ESI-MS, e estão sendo empregados em ensaios enzimáticos com a enzima TcTS.

Agradecimentos

Os agradecimentos vão para a FAPESP e CAPES pelo suporte financeiro.

Fmo cHN O

OBn O H O

AcO N3

O Ac

Cl O

Ac O

Ac O O Ac

Ac O O

4 6 3

+ i. HgBr2/ DC E

O

AcO AcH N

OAc O Ac O

AcO O Ac

Ac O O

O N HFmo c

OH O

THF/ Ac2O/ AcOH (3 :2 :1) ii. Zn , C uSO4 /

7

v. Na OMe iv. Pd- C 10% / H2, 8h

O HO

Ac NH OH O OH

HO O H

HO O

O OH O

NH2 1

O AcO

AcH N OAc O Ac O

AcO O Ac

AcO O

O N HFmo c

O Bn O

iii. Pd -C 10 %/ H2 1 h

O FmocHN O

O

i. 2 0% piperidina ii. F mocThr OH, HOBt, PyB OP, DIP EA (2 x) Fmo cGly-W ang r esin

O N O

H O

HN O O OH F mocHN

HO

i. 20% piperidina iii. LacNAc(alfa) ThrOH 7, HOBt,

PyB OP, DIP EA 72 h

HN HN O

O OH HN

O O

HN HO O A cNH OA c O

A cO O

OAc OA c

O O

O 3h

i. 20% piperidina ii. Fm ocThrOH, HOBt, P yBOP , DIP E A (2 x)

3h

O

HO HN O OH FmocHN HN HN

O

O OH FmocHN

O O

HN HO O A cNH OA c O OA c

AcO O

OA c OAc

O O

O OA c

i. 20% piper idina iv. TF A 95%

O AcO A cHN OAc O AcO A cO OA c

OA c O

HN HN O

O OH HN

O O

HN HO

O OH O

HO HN O

OH H2N

11 A cO

AcO

v. NaOMe vi. Resina Dowe x

O

HO AcHN

OH O OH HO

OH

OH O

HN HN O

O OH HN

O O

HN HO

O OH O

HO HN O OH H2N

2 8

9 10

(2)

Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)

25a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química - SBQ 2

____________________

1 Previato, L M.; Previato, J.; Jones, C.; Xavier, M. T. and Travassos, L R. J. Biol. Chem., 1995, 270, 7241.

2 Carvalho, I.; Scheuerl S. L.; Kartha K. P R.; Field R. A.

Carbohydr. Res., 2003, 338, 1039-1043.

.

Referências

Documentos relacionados

Sociedade Brasileira de Química SBQ 30a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química Modelagem Molecular dos Alcalóides Ibogaína, Coronaridina e 18- Metoxicoronaridina como