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Academic year: 2023

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Nessa etapa, destaca-se que essa variável é dividida em outras duas, que visam quantificar e identificar dependentes de apenados como forma de detalhar o estudo proposto. Portanto, do total de dependentes dos apenados, serve para demonstrar ao menos o tamanho de suas famílias. Além disso, cabe destacar que dos 5,46% de apenados que possuíam curso técnico profissionalizante, constatou-se que alguns deles já o possuíam antes de serem encaminhados para a prisão123viii.

123 Da especificação das especializações profissionais extraem-se os seguintes números de condenados com a especialização especialização Artesanato. 3) 11,76% dos apenados possuem habilidades profissionais de serralheria; e 4) 23,52% dos apenados possuem a direção técnica de Pedreiro, ou seja, 58,8% dessas quatro direções no total.

NEOLIBERALISMO E A INDÚSTRIA DO CONTROLE DO DELITO

Apesar de as condições acima expostas serem absolutamente verdadeiras e sustentarem a crítica à forma de controle social formal atualmente exercida pelos Estados em todo o mundo, é importante refletir sobre em que parte da participação as pessoas lesadas se encontram. tal situação, tendo em vista que o Estado ou o Governo não podem ser responsabilizados integralmente pela prática de crimes por pessoas que ocupam as camadas sociais menos favorecidas. A única certeza nessa área é que a pobreza brasileira126 está diretamente ligada à distribuição desigual de renda; falta de acesso à educação; à desnutrição; à total falta de acesso a oportunidades mínimas de inclusão social. Insistimos, porém, que a condição de pobre não é um argumento que possa sustentar qualquer tese no sentido de um esfriamento do necessário controle social formal decorrente de tal condição, mas sim que se deve trabalhar a todos para fazer estratos sociais. cientes da importância do exercício da cidadania substancial da pobreza127.

O lugar ocupado na pirâmide social não pode servir de base para a emissão de passaportes para a prática de crimes. Afinal, ser pobre significa que você não tem condições de funcionar adequadamente no grupo social em que vive”. Enquanto perdurar a apatia política, a confortável adaptação da negação do exercício da cidadania, continuará a produzir-se a exclusão social em massa, o que acaba por acarretar uma consequência inexorável: o alívio dos governos, já que ninguém, ou pouquíssimos, tendem a exercer pressão política para fazer algo sobre coisas muito frágeis para perceber e controlar.

É preciso, através da participação cidadã, superar a ideologia em voga que aponta todos os males sociais para causas individuais e responde com a arma mais poderosa de todas. Certos estratos sociais são abertamente vistos e tratados como inimigos, como infratores/infratores latentes, que, ao menor descuido, desencadeariam a espoliação total da propriedade daqueles que – ainda – estão em condições de consumir. Portanto, é urgente e urgente promover o isolamento total entre as classes sociais, hoje limitadas a incluídos e excluídos.

A marginalidade avançada é, assim, outro fator de colapso social, dado que se concentra em áreas bem identificadas, bem definidas e cada vez mais isoladas, espaços que são vistos interna e externamente como purgatórios sociais, como infernos urbanos, onde apenas o refugo da sociedade é aceita habitar133.

GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS APLICADA À EXECUÇÃO PENAL NO BRASIL

Perante esta realidade e pela necessidade urgente e urgente de colocar em prática medidas para atingir este objetivo, optamos por examinar, embora neste momento não tão profundamente, os contributos que a Administração de Empresas, mais especificamente a estratégia de recursos de gestão pode trazer para tal uma área de atividade pública. Importa esclarecer desde já que quando falamos de gestão estratégica de recursos humanos, referimo-nos à conceção e implementação de um conjunto de políticas internamente consistentes que garantam que o capital humano da empresa contribui para a concretização dos objetivos empresariais, bem como como eles diferentes práticas e políticas de gestão. Nesta área, é certo que o desenvolvimento de novas teorias e, por conseguinte, técnicas no quadro da gestão estratégica dos recursos humanos traduz a crescente preocupação pelo capital humano, visto nesta nova perspetiva como fator preponderante, até mesmo como elemento chave de sucesso organizacional, sejam elas organizações privadas ou públicas.

É um facto incontestável que as sucessivas e contínuas reformas da administração pública, cada vez mais assentes nos progressos percebidos na esfera privada, acabaram por aproximar a gestão pública da gestão do sector privado, e hoje em dia reitera-se que a administração pública moderna a gestão deve evoluir de uma administração de pessoal burocrática e extremamente hierarquizada que privilegia os aspectos jurídicos e orçamentais, para uma gestão eficaz dos recursos humanos que valorize o potencial humano à sua disposição. Pelo que foi exposto até aqui, não nos parece excesso de otimismo, pois sabemos que a utilização de mecanismos de gestão de recursos estratégicos dentro da administração da instituição pode dar bons resultados, principalmente quando fica claro que a responsabilidade social é um de seus dogmas , que representa o próprio conceito de nacionalidade utilizado para a organização. Indo além do pressuposto da adequação da gestão estratégica de recursos para o serviço público, entendendo que a utilização desse tipo de ferramenta para gestão das atividades do setor público já é uma realidade, é preciso considerar os principais eixos metodológicos que devem ser levados em consideração conta a fim de alcançar tal mister137.

Numa perspectiva mais ampla, a gestão estratégica de recursos acaba envolvendo os princípios de pensamento e ferramentas de planejamento, desenvolvimento e controle e avaliação estratégica contínua e sua utilização nos diversos subsistemas que compõem todo o sistema administrativo da organização, seja ela pública ou privado. 137 Mendes (2012) deve ser observado a esse respeito: “A gestão de recursos humanos na administração pública não pode ser dissociada do arcabouço legal por trás das principais práticas utilizadas nas organizações do setor público hoje. Importa realçar que a gestão estratégica acaba por ir muito para além do quadro do planeamento estratégico141, pois tem características que vão para além das suas competências, até porque a gestão estratégica dos recursos quer assentar numa série de passos repetitivos. cíclico e, portanto, representa um processo abrangente, contínuo, flexível e criativo que fornece uma estrutura que direciona outros componentes da gestão (desenvolvimento de planos táticos e operacionais, avaliação de recursos, etc.)142.

Em suma, como objetivos fundamentais da gestão estratégica de recursos e muito adequados, não só para a administração penitenciária, mas também para a administração pública.

CONCLUSÃO

Por fim, não é demais lembrar que o objetivo da matéria ora encerrada foi apenas descrever alguns dos mais importantes princípios atualmente aplicados na esfera privada da administração de empresas, por entender-se que são perfeitamente aplicáveis ​​à esfera pública. empresas e, portanto, em termos de administração penitenciária, sendo necessário ressaltar que é fundamental que os compromissos assumidos nessa área - devido à atual fase da execução penal brasileira - sejam de longo prazo e envolvam todas as partes interessadas uma relação saudável, transparente e mutuamente benéfica, visando, ainda, que as ações do poder público, além de solucionar o problema das prisões no Brasil, baseiem-se cada vez mais nos avanços teóricos que refletem as inovações aqui apresentadas, revolucionando o sistema público setor de gestão de obras144. Quando tais características vêm à tona, percebe-se facilmente que na crise da ordem pública (desafio e exigência de condições socioeconômicas dignas, negação de estigmas imputados, tumultos nas prisões etc.) opinião, esconde uma estratégia neoliberal que tende a produzir uma deterioração do estado de direito e das condições necessárias para uma gestão autoritária do processo produtivo e da própria sociedade. A este respeito, não se pode esquecer que, nos dias de hoje, o Estado tem respondido de forma antidemocrática à violência que produz, ou seja, responde à violência estrutural com a violência do sistema penal, afastando-se, aos olhos mais atentos, da a ideia de que nas estruturas de condições sociais desiguais, não será o sistema penal através de suas prisões que resolverá esse problema, mas a implementação de políticas sociais que revertam essas condições de desigualdade.

Por outro lado, entendemos que as condições socioeconômicas das pessoas presas não justificam a prática de crimes, apenas sinalizam que sérias mudanças estruturais devem ser feitas para que o poder público possa efetivamente persistir, representam possibilidades legais de sobrevivência das classes menos desenvolvidas, mas também explicar a necessidade de democratizar a prisão e garantir que ela seja frequentada por todas as pessoas que cometem crimes cuja necessidade de usar penas de prisão parece razoável visto que não são apenas os pobres que cometem crimes e sim, aqueles que são levados para a prisão. Além disso, independente de quem esteja preso e qual modelo de gestão deva ser adotado nas execuções penais do Brasil, o fato é que mudanças radicais na administração prisional devem ser adotadas como forma de combater o caos que hoje se instala nas prisões brasileiras. Desta vez, um dos caminhos ou medidas que acreditamos deva ser tomado, independentemente de outros que possam ajudar nessa difícil missão, é a adoção de ensinamentos e princípios da ciência da administração de empresas, especialmente a gestão estratégica de recursos, que muitas vezes utilizava . com sucesso na esfera privada e de forma ainda tímida na esfera pública, dentro da administração do sistema penal brasileiro.

As funções instrumental e simbólica do direito penal: uma discussão sob a ótica da criminologia crítica. Criminologia crítica e direito penal crítico: introdução à sociologia do direito penal; tradução Juarez Cirino dos Santos. A perspectiva ressocializadora na execução penal brasileira: o abandono do ideal ressocializador diante de uma lei penal inimiga.

Gestão da qualidade em bibliotecas universitárias: indicadores de desempenho e padrões de qualidade Dissertação de mestrado. Reflexos da Inflação Legislativa em Matéria Penal: Esvaziamento Semântico Ultima Ratio e Direito Penal Disfuncional.

Referências

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