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SC (PROESASUL) - Univali

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Academic year: 2023

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Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado Profissional em Gestão em Saúde e Trabalho do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Vale do Itajaí, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Gestão em Saúde e Trabalho. Este trabalho descreve e avalia o Programa de Educação em Saúde Bucal de Rio do Sul - SC (PROESASUL), considerando: a) a descrição das atividades desenvolvidas com base em documentos do Departamento de Odontologia da Secretaria Municipal de Saúde de Rio do Sul; b) verificar o efeito das ações e práticas implementadas através da análise de indicadores epidemiológicos e do nível de conhecimento dos estudantes; c) análise das ações desenvolvidas segundo as categorias conceituais adotadas.

Contextualização do objeto de investigação

Os modelos de atenção à saúde geral, e em particular à saúde bucal, com abrangência municipal, começaram a ganhar maior importância após a implantação do SUS. É nesse contexto histórico que, em 1991, a Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social e a Secretaria Municipal de Educação de Rio do Sul implantaram o Programa de Educação em Saúde Bucal de Rio do Sul (PROESASUL) na rede pública municipal de ensino, que atende individual e educa conjuntamente crianças de 0 a 12 anos.

Objetivos

Objetivo geral

Objetivos específicos

Embasamento teórico

  • Promoção em saúde
  • Promoção em saúde bucal
  • Prevenção de doenças
  • Educação em saúde
  • Educação em saúde bucal
  • Avaliação em saúde
  • Processos de avaliação de programas

Segundo Abegg (1999), a educação em saúde bucal como instrumento relevante para a melhoria das condições de saúde da população pode ser classificada em duas categorias: micro e macro. O conceito de educação em saúde bucal deve ser ampliado para que entre suas tarefas inclua também a sensibilização de grupos sociais com menor acesso a programas de saúde bucal. De acordo com a análise do índice de sangramento, a taxa de gengivite no grupo do programa de saúde bucal preventiva (4,41%) foi significativamente reduzida em comparação ao grupo controle (8,49%).

Marco teórico

Os autores notaram diferença significativa entre os estudos realizados no grupo experimental, antes e depois das atividades, e que o grupo controle não apresentou melhora em relação ao grupo experimental. Segundo Lacerda (1996), em Florianópolis (SC) houve redução do CPOD através de programas municipais de saúde. As atividades odontológicas neste município estão divididas em dois eixos: 1) ações coletivas de vigilância em saúde, por meio do controle da concentração de fluoretos na água de abastecimento público, por meio de ações educativas na área de saúde bucal, envolvendo crianças de 0 a 12 anos e pesquisa epidemiológica; 2) orientação individual garantida através de pré-agendamento de consultas no Centro de Saúde a que a população tem acesso. Objectivo Toda a população, em todo o seu ambiente, principalmente os grupos de risco da população. Tarefa Rede de temas de saúde Patologia específica.

Sendo um campo de conhecimento e prática mais recente, a abordagem metodológica para a promoção da saúde é menos desenvolvida do que os métodos epidemiológicos, o planeamento, a implementação e a avaliação de programas de prevenção de doenças. Na prática dos serviços, a promoção era muitas vezes confundida com medidas de prevenção, educação e comunicação em saúde. As medidas de promoção da saúde vão além da prestação de serviços de cuidados clínicos e prevêem medidas intersectoriais que incluem a educação, o acesso a bens e serviços básicos, entre outros factores sociais.

Contudo, as duas abordagens (promoção e prevenção) são complementares e não exclusivas no planeamento de programas de saúde. O paradigma da promoção da saúde possui características que o distinguem das ações preventivas isoladas e implementadas mecanicamente devido a três aspectos fundamentais, como defende Zenkner (2000).

Etapas de pesquisa

Na segunda fase, foram realizadas entrevistas com os sujeitos (professores da rede pública de ensino e cirurgiões-dentistas atuantes no PROESASUL). Contato com professores da primeira à quarta série das escolas selecionadas, para identificar aqueles que participam do programa há pelo menos dois anos, num total de 79 professores; Explicar os objetivos da pesquisa e fornecer o cenário da entrevista semiestruturada àqueles que, por vontade própria, aceitaram participar da pesquisa mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Em relação aos cirurgiões-dentistas, identificou-se que todos (n=10) faziam parte do programa há mais de cinco anos, portanto todos foram contatados individualmente para conhecer os objetivos da pesquisa e que a participação foi gratuita e a identificação do informante seria necessária. seja confidencial. O instrumento roteiro de entrevista consistiu em um roteiro de quatro itens para os participantes discutirem os temas propostos (Anexo A). Análise temática: quando foram lidas e codificadas as mensagens expressas nos documentos e nas falas dos sujeitos.

O resultado da análise das percepções dos sujeitos (professores e CDs) está descrito no capítulo quatro, que constitui o item 4.2 – Segunda fase da avaliação. A terceira fase da investigação foi considerada síntese, que constituiu o capítulo Considerações Finais, quando procuramos integrar os diferentes momentos de análise e estes com o conhecimento teórico.

Questões éticas

Primeira etapa da avaliação

Descrição do PROESASUL

A partir da proposta de divisão municipal do setor saúde e educação, com a inclusão das escolas estaduais e privadas no PROESASUL, o Departamento de Odontologia promoveu o segundo curso para professores, ministrado por cirurgiões-dentistas da Secretaria Municipal de Saúde de Rio do Sul , com participação de 360 ​​professores. Em 1998, foi realizada uma avaliação do programa em colaboração com a Universidade do Vale de Itajaí (UNIVALI), com os objetivos de: aumentar o índice epidemiológico de saúde bucal e identificar o nível de conhecimento dos alunos atendidos pelo programa. Para ampliar os serviços, foram contratados Agentes Comunitários de Saúde Bucal de Rio do Sul (ACSB), em 1999, com a finalidade de auxiliar no consultório e nos programas educativos.

No mesmo ano, houve mudança nos critérios de classificação de atividade de doença das crianças dos programas Pró-Bebê e Dentinho de Leite, pois as informações obtidas nos questionários de saúde eram muitas vezes confusas e contraditórias, dificultando o trabalho. Em 2000, foi desenvolvida a formação de Agentes Comunitários de Saúde Bucal, com o objetivo de criar um grupo de teatro entre os participantes para desenvolver ações educativas com pais e alunos e reforçar outras ações. Em 2001, foi realizada a semana 'Exposição de Odontologia Preventiva' em parceria com o SESC, envolvendo CD, ACSB e formandos do curso de pedagogia, com a realização de seminários educativos.

Em 2002, foi realizado o quinto encontro de professores atuantes no subprograma Escola Sorriso para socialização das Práticas de Promoção da Saúde Bucal, em parceria com o Centro de Pesquisa e Extensão UNIDAVE (PROPEX), com a participação de acadêmicos do Curso de Pedagogia, professores do Município de Rio do Sul, com apoio do departamento de enfermagem, fonoaudiologia e nutrição, onde desenvolveram oficinas educativas sobre o tema Saúde/Saúde Bucal. No início de 2003, os subprogramas Pró-Bebê e Dentinho de Leite começaram a atender gestantes nas turmas do Programa Saúde da Família (PSF).

Dados Epidemiológicos

Comparando o índice CPO-d de Rio do Sul (1,26), em 2000, com o índice da região Sul do Brasil, que segundo dados do SB 2003 é 2,3, identifica-se que Rio do Sul está bem abaixo da média para a região sul do país, o que confirma o bom nível de saúde bucal das crianças em idade escolar deste município. O CPOD-d médio, aos 12 anos, de 1,26 comprova que o município de Rio do Sul superou a meta estabelecida pela OMS para o ano de 2000, que era igual ou inferior a 3. Nota-se também que o município está muito próximo da meta definida pela OMS para o ano de 2010, que é um valor igual ou inferior a 1 (BRASIL, 2004).

A uma certa idade de 12 anos, observamos um aumento significativo no número de crianças livres de cárie, se compararmos os anos de 1992 e 2000, com especial destaque para o período entre 1996 e 2000, como pode ser observado no gráfico 2 O elemento que deve se destacar, no programa, cujo objetivo é realmente promover a saúde dos participantes, é o percentual de dentes saudáveis. O Gráfico 3 mostra que o percentual de dentes hígidos entre os escolares atendidos pelo PROESASUL aumentou cerca de 18,7%.

Segundo Pinto (2003), programas robustos de prevenção podem ser considerados responsáveis ​​pela redução da cárie em crianças de 6 a 12 anos. Programas desenvolvidos em Londrina – PR, Curitiba – PR, Maringá – PR, São José dos Campos – SP, Santos – SP, Paulínea – SP também registram melhorias significativas na saúde bucal de seus filhos.

Gráfico 2 – Distribuição da freqüência relativa (%) de escolares de 12 anos de  idade, livres de cárie assistidos pelo PROESASUL
Gráfico 2 – Distribuição da freqüência relativa (%) de escolares de 12 anos de idade, livres de cárie assistidos pelo PROESASUL

Nível de conhecimento dos alunos

Tendo em vista que um dos objetivos de aprendizagem de um Programa de Educação em Saúde deve ser a aquisição de conhecimentos, foi realizada em 1998 uma avaliação do nível de conhecimento dos alunos de 1ª a 4ª série da rede pública municipal do Rio do Sul. Sul, sobre os conceitos básicos de saúde bucal inseridos na educação escolar, pelo PROESASUL. A avaliação realizada na primeira fase teve como objetivo verificar se o conteúdo sobre Saúde Bucal veiculado pelo PROESASUL foi incorporado, ou seja, se houve interação entre o aprendizado da disciplina e os conceitos ensinados. A frequência com que aparece entre os escolares aumenta à medida que aumenta o nível de escolaridade, demonstrando a importância das escolas no fornecimento de orientações e informações corretas sobre saúde bucal.

Os alunos internalizam conceitos relacionados à saúde bucal e demonstram que falar de saúde também significa saúde bucal. Ao analisar os dados obtidos na segunda fase do processo avaliativo, observa-se um comportamento de extrema importância, que comprova o alcance dos objetivos conceituais do programa. Ao observarmos os dados do gráfico 5, na primeira e segunda séries temos a frequência da categoria escovação como fator dominante na saúde bucal, enquanto na terceira e quarta séries os alunos expressam com mais frequência que, além da escovação, outros procedimentos de higiene bucal são necessários.

Vários pesquisadores confirmam a ideia de que o processo educativo-preventivo motiva a população e contribui para o processo de mudanças comportamentais em relação aos hábitos de higiene bucal. Estudos envolvendo programas de Educação em Saúde Bucal mostraram resultados positivos em termos de aquisição de conhecimento.

Gráfico 4 -  Distribuição da freqüência, por série, da manifestação das categorias de análise, na  etapa 1 da avaliação do processo de aprendizagem sobre conceitos de saúde bucal das escolas da  rede publica municipal de Rio do Sul
Gráfico 4 - Distribuição da freqüência, por série, da manifestação das categorias de análise, na etapa 1 da avaliação do processo de aprendizagem sobre conceitos de saúde bucal das escolas da rede publica municipal de Rio do Sul

Segunda etapa da avaliação

A fala dos professores

A expressão desses professores é significativa, pois elencam diferentes tipos de estratégias e recursos audiovisuais utilizados para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem de conteúdos de saúde bucal. Nessa perspectiva, o PROESASUL possibilitou aos seus participantes, especialmente aos professores, a integração e troca de saberes e a aquisição de competências e novos comportamentos, como pode ser reconhecido nos depoimentos dos professores entrevistados, que passaram a valorizar conhecimentos sobre promoção da saúde. O critério epidemiológico é considerado um parâmetro importante para análise da eficiência e eficácia dos programas de ação coletiva, determinando o planejamento de metas, metodologias e atividades de promoção da saúde.

Programa de prevenção e educação em saúde bucal para crianças de 3 a 5 anos: relato de experiência. O processo de distritalização e a utilização dos serviços de saúde - uma avaliação do caso de Pau da Lima, Salvador, Bahia, Brasil. Acho importante todas as atividades, principalmente aquelas que preparam os professores para atuar na área de saúde bucal em sala de aula.

São atividades preventivas de saúde bucal: escovação, detecção de placa bacteriana, aplicação de flúor, desenvolvimento de projetos realizados por profissionais da educação. A avaliação é feita por meio de reuniões pedagógicas [..] em parceria com os profissionais (professores, dentistas e coordenadores) e o planejamento é feito pelos profissionais de saúde.

A fala dos cirurgiões-centistas

Imagem

Gráfico 1 - Valores  do  CPO-d  médio,  aos  12  anos,  referente  ao  período  de  1992 a 2000 no Município de Rio do Sul
Gráfico 2 – Distribuição da freqüência relativa (%) de escolares de 12 anos de  idade, livres de cárie assistidos pelo PROESASUL
Gráfico 3 - Distribuição  da  freqüência  relativa  (%)  de  dentes  hígidos  em  escolares de 12 anos de idade assistidos pelo PROESASUL
Gráfico 4 -  Distribuição da freqüência, por série, da manifestação das categorias de análise, na  etapa 1 da avaliação do processo de aprendizagem sobre conceitos de saúde bucal das escolas da  rede publica municipal de Rio do Sul
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Referências

Documentos relacionados

avaliação educacional como: 5 analisar e emitir parecer sobre os re- sultados dos processos de avaliação da educação superior; delibe- rar sobre os relatórios encaminhados