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serviço público federal - BDM

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Academic year: 2023

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A EDUCAÇÃO DO PAÍS E OS MOVIMENTOS SOCIAIS: A INTERFACE DA EDUCAÇÃO ENTRE O CAMPO E O URBANO, UM ESTUDO DE CASO NA ILHA DO. Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade de Educação e Desenvolvimento Rural – FADECAM da Universidade Federal do Pará, Campus Universitário do Baixo Tocantins, como requisito final para obtenção do título de licenciatura plena em Educação do Campo sob orientação do Prof. a pesquisa baseia-se em analisar como se dá o processo educativo na Escola Nossa Senhora da Paz, com o objetivo de compreender e demonstrar a relevância social e acadêmica da pesquisa ao revelar os fatores que podem ser um dos determinantes para contribuir para a migração taxa de alunos de escolas rurais para escolas municipais.

Desta forma, percebendo que é fundamental pensar a educação do campo numa perspectiva dialógica, intercultural e também levando em conta a complexidade e as dificuldades sociais que a permeiam. É importante ressaltar que decidimos analisar as dificuldades enfrentadas pelos professores, pelos alunos e no âmbito estrutural da escola e em relação ao currículo, para compreender como se dá o processo educativo na Escola Nossa Senhora da Paz. , visando compreender e demonstrar a relevância social e acadêmica da pesquisa ao revelar os fatores que podem ser decisivos para a taxa de migração de estudantes das escolas rurais para as urbanas. a escola pode tornar isso possível. Portanto, o primeiro capítulo traz um breve histórico do desenvolvimento e da luta da educação rural no Brasil.

Somente a partir da década de 1990, com a ação dos movimentos sociais2, iniciou-se uma mudança em direção a melhorias na educação rural. Em 2002, como já foi referido, o modo de vida no meio rural foi reconhecido e passou a fazer parte do programa educativo para o meio rural, tendo como documento base as Orientações operacionais para o ensino básico nas escolas rurais. A última versão deste documento é de 2008, quando o texto foi alterado e a resolução nº. 2º, que, assim como o anterior, tem como objetivo estabelecer diretrizes e princípios para o desenvolvimento da educação básica rural.

1. A organização e o funcionamento das escolas rurais devem respeitar as diferenças entre as populações servidas no que diz respeito à sua actividade económica, ao seu estilo de vida, à sua cultura e às suas tradições. 2º O ingresso e a formação inicial e continuada de professores e docentes de apoio ao trabalho docente devem sempre considerar a formação pedagógica adequada à Educação do Campo e as oportunidades de atualização e aperfeiçoamento com profissionais dedicados às suas especificações. Tanto as resoluções de 2002 como de 2008 afirmam que as propostas pedagógicas das escolas rurais devem respeitar as diferenças e o direito à igualdade, tendo em conta a diversidade do campo nos aspectos sociais, culturais, políticos, económicos, de género, geracionais e étnicos.

Uma das conquistas obtidas por meio das articulações dos movimentos sociais é o curso Diploma em Educação do Campo (LEdoC), que visa atender à necessidade de um sistema de formação específico para educadores; essa conquista se apresenta como um dos mecanismos de ação contra a hegemonia presente no modelo escolar neoliberal e contribui para a utilização de novas propostas de educação no meio rural, segundo Molina (2017). O projeto teve início em 2007 por meio do Programa de Apoio ao Ensino Superior no Meio Rural (PROCAMPO), implementado em quatro universidades federais e destinado, a priori, exclusivamente à formação contínua de professores que já atuavam no meio rural. A oferta de vagas no ensino superior, voltada exclusivamente para o ensino no meio rural, é sem dúvida de grande importância, pois segundo o Censo da Educação 2018, o percentual de professores que atuam sem formação superior na mesma área profissional no últimos anos do ensino fundamental é um fator muito comum no Brasil.

Diante desse contexto, é necessário reconhecer que todos os programas que visam ampliar e proporcionar uma educação rural brasileira de qualidade foram criados a partir da luta de classes no meio rural, especialmente por meio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que lutou e lutou por um currículo educacional que respeitasse as experiências do campo. Se pretendemos que as escolas rurais contribuam para a formação de jovens que tenham capacidade de compreender a complexidade do que acontece hoje no Brasil rural, é necessário formar professores que ali atuarão e que também serão capazes de compreender criticamente e intervir nesses processos. Há fundamentos teóricos profundos, inspirados nos conceitos da mais sólida teoria pedagógica, nas conexões que os movimentos sociais rurais defendem entre o direito à educação, à cultura, à identidade e ao território.

Dessa forma, fica claro que a discussão não se baseia apenas nos métodos utilizados, mas também nos conteúdos que devem estar de acordo com o contexto educacional, pois compreender a especificidade dessas conexões entre território, terra, lugar, escola é um dos componentes da formação especial de educadores rurais.

Figura 1 - Percentual de adequação entre a formação inicial do docente e a disciplina que leciona nos  anos finais do ensino fundamental
Figura 1 - Percentual de adequação entre a formação inicial do docente e a disciplina que leciona nos anos finais do ensino fundamental

As lutas e conquistas dos Movimentos Sociais na Comunidade do Rio

Segundo a coordenadora comunitária, Maria de Paula Barreto3, as ações da CEB foram fundamentais para o desenvolvimento da comunidade. Formamos uma coordenação comunitária na época e ao mesmo tempo formamos um grupo que buscava melhorias para o rio, esse grupo era composto por dois representantes de cada categoria, dois da Igreja Católica, dois da Igreja Evangélica, dois da Igreja Colônias e duas da CEB. Atualmente, a educação no Rio Arumanduba enfrenta muitos problemas, mas a realidade atual é significativamente melhor do que há alguns anos, quando, segundo o coordenador comunitário, havia apenas dois professores que não tinham sequer concluído o ensino fundamental: antes do CEB não havia professores, tinha um professor na cabeceira do rio e outro na entrada do rio, a maioria das crianças não estudava, porque não podiam ir à escola, esses dois professores também não tinham qualificação, só tinham até 4ª série, a partir do momento em que passaram a lecionar na comunidade da igreja de base, na década de 1970.8.

Em busca de mudanças, a coordenação comunitária passou a refletir sobre a situação educacional, trabalhou em conjunto para melhorar e ampliar o ensino na região e buscou apoio do município e do estado. Segundo Silva e Gonçalves (2010, p. 25), alguns professores começaram a lecionar no centro comunitário em 1983, com autorização do então coordenador da BEE, e apenas dez anos depois foi construído um prédio dedicado à escola. através da coordenação comunitária com o prefeito da época. Atualmente a Escola Nossa Senhora da Paz está localizada à margem esquerda do Rio Arumanduba, o prédio (figura 5) pertence à Prefeitura Municipal de Abaetetuba.

Apesar de melhores condições estruturais, a escola ainda funciona com alguns níveis de escolaridade no ensino básico, o que segundo a Secretaria de Educação do município se deve ao facto de não haver alunos suficientes, segundo o Conselho Nacional de Educação. Na Educação Municipal (SEMED), são necessários pelo menos 22 alunos para formar uma turma. Porém, a necessidade de turmas multisseriadas é apenas uma das dificuldades enfrentadas pelos alunos da localidade, pois mesmo diante do desenvolvimento que a localidade vem passando desde a fundação da escola, as turmas maiores do ensino fundamental estudam em condições inseguras. como As aulas são ministradas em galpão alugado pela comunidade, com salas separadas por divisórias de compensado. O galpão utilizado nas salas maiores do ensino fundamental é de alvenaria (Figura 6), com estrutura improvisada para as aulas, bastante insegura e desconfortável, sem segurança, com estruturas de madeira utilizadas para divisão das salas (Figura 7).

No segundo semestre de 2018, iniciou-se a construção de novas instalações (figura 8) para utilização pelos alunos das escolas secundárias, mas, segundo a Câmara Municipal, as obras foram interrompidas por falta de fundos. Segundo a secretária, Ângela Maria Quaresma10, “o corpo docente está incompleto, faltam professores para as disciplinas de geografia, história e arte e não há plano de emprego para este ano”. Portanto, percebe-se que após as muitas lutas pelo desenvolvimento da educação no Rio Arumanduba, houve muitas melhorias, mas ainda existem inúmeras dificuldades atuais, relacionadas a problemas estruturais e educacionais que comprometem a aprendizagem dos alunos.

10 Entrevista com professora efetiva do município, contratada pela diretora de escola estadual para atuar como secretária.

Figura 4 - Posto de saúde do Rio Arumanduba.
Figura 4 - Posto de saúde do Rio Arumanduba.

O caminhar metodológico

Narrativas dos Professores, alunos e ex-alunos da Escola Nossa Senhora da

14 Entrevista com professor do CFB, concedida a Thayres André, Rio Arumanduba, zona rural do município de Abaetetuba, 11 de junho de 2019. 17 Entrevista com professor do CFB, concedida a Thayres André, Rio Arumanduba, zona rural do município de Abaetetuba, 11 de junho de 2019. 2019. 19 Entrevista com a professora do CFB, Thayress André, Rio Arumanduba, zona rural do município de Abaetetuba, 11 de junho de 2019.

21 Entrevista com professora do CFB, concedida a Thayres André, Rio Arumanduba, zona rural do município de Abaetetuba, 11 de junho de 2019. 23 Entrevista com professora do CFB, concedida a Thayress André, Rio Arumanduba, zona rural do município de Abaetetuba, 11 de junho, 2019. 25 Entrevista com professora do CFB, concedida a Thaís André, Rio Arumanduba, zona rural do município de Abaetetuba, 11 de junho de 2019.

29 Entrevista com o aluno C, concedida a Thayres André, Rio Arumanduba, zona rural do município de Abaetetuba, 11 de junho de 2019. 30 Entrevista com o aluno D, concedida a Thayres André, Rio Arumanduba, zona rural do município de Abaetetuba, 11 de junho 2019. 31 Entrevista com o aluno C, dia Thayres André, Rio Arumanduba, zona rural do município de Abaetetuba, 11 de junho de 2019.

32 Entrevista com o aluno D, concedida a Thayres André, Rio Arumanduba, zona rural do município de Abaetetuba, 11 de junho de 2019. 33 Entrevista com o aluno C, concedida a Thayres André, Rio Arumanduba, zona rural do município de Abaetetuba, 11 de junho de 2019 34 Entrevista com o aluno D, concedida a Thayres André, Rio Arumanduba, zona rural do município de Abaetetuba, 11 de junho de 2019.

37 Entrevista com o aluno A, concedida a Thayres André, Rio Arumanduba, zona rural do município de Abaetetuba, 28 de maio de 2019. 39 Entrevista com o aluno A, concedida a Thayres André, Rio Arumanduba, zona rural do município de Abaetetuba, 28 de maio de 2019 41 Entrevista com o aluno D, concedida a Thayres André, Rio Arumanduba, zona rural do município de Abaetetuba, 11 de junho de 2019.

Imagem

Figura 1 - Percentual de adequação entre a formação inicial do docente e a disciplina que leciona nos  anos finais do ensino fundamental
Figura 2 - Mapa Município de Abaetetuba.
Figura 3 - Localização do Rio Arumanduba.
Figura 4 - Posto de saúde do Rio Arumanduba.
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