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“SIM! O Aeroporto de Beja é parte da solução”

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Academic year: 2023

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24 fevereiro 2023 | Diário do Alentejo | 07

Comissão técnica independente vai visitar aeroporto de Beja

Q

A Direção Regional do Alentejo do PCP disse em comunicado, na passada quarta-feira, que o Plano Nacional Ferroviário “não se pode considerar uma proposta séria e fundamentada”, uma vez que omite

“elementos fundamentais”, nomeadamente, na articulação com o aeroporto de Beja e aparece “desligada” de outros investimentos, como, por exemplo, a terceira travessia do Tejo”.

A comissão técnica indepen- dente (CTI) para o estudo da localização do novo aero- porto de Lisboa vai realizar, ainda este mês, uma visita à infraestrutura aeroportuá- ria de Beja. Esta deslocação foi anunciada à plataforma cidadã Sim ao Aeroporto Internacional de Beja, du- rante a reunião com a CTI, que teve lugar em Lisboa, na semana passada.

TEXTOANÍBAL FERNANDES FOTORICARDO ZAMBUJO

“E

stamos muito animados.

A reunião correu bem”. Foi desta forma que Manuel Valadas, porta-voz da plataforma ci- dadã Sim ao Aeroporto Internacional de Beja, resumiu o sentimento da pla- taforma após o encontro com a CTI que se realizou no passado dia 16, no salão nobre do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa.

“No final de março a CTI irá pro- ceder à primeira triagem dos locais que estão a ser avaliados e temos es- perança de passar esta fase”, disse o porta-voz da plataforma cidadã ao

“Diário do Alentejo”. “Estamos a fa- zer esta caminhada, que não é fácil, mas ficámos com a perceção de que o aeroporto de Beja tem possibilidades de ter uma boa notícia daqui a alguns meses”, adiantou Manuel Valadas.

No entanto, apesar de a infraes- trutura aeroportuária de Beja – de- pois de feitos os investimentos na fer- rovia – poder ficar a apenas cerca de 40 minutos de Faro e 50 de Lisboa –, avisa que “não podemos correr o risco de dizer que Beja pretende substituir Lisboa”

“Havia a confusão de que defen- díamos que o aeroporto de Beja po- deria ser o aeroporto de Lisboa, mas nós dissemos na reunião que em ne- nhum momento a plataforma de- fendeu que o aeroporto de Beja era para substituir o de Lisboa”, esclare- ceu Manuel Valadas em declarações à agência “Lusa”.

Na reunião, os membros da plata- forma cidadã tiveram oportunidade de fornecer “mais alguns elementos”

e responder a várias perguntas colo- cadas pela CTI de forma a comple- mentar a informação que consta do documento técnico de 300 páginas,

Plataforma cidadã apela à subscrição em massa da petição

“SIM! O Aeroporto de Beja é parte da solução”

elaborado por vários especialistas na matéria, que tinha sido disponi- bilizado no início deste processo e que justifica o aproveitamento da in- fraestrutura alentejana como “solu- ção sustentável” para todo o País.

VISITA A BEJA Na ocasião a CTI infor- mou que ainda neste mês deverá des- locar-se ao local para “medir local- mente” as condições existentes e para que os seus membros conheçam “fi- sicamente o aeroporto”. A plata- forma cidadã foi convidada para a visita, que deverá ocorrer a 27 ou 28 deste mês.

Conforme o “Diário do Alentejo”

anunciou, Alverca e Beja fazem parte da lista de locais que a comis- são dirigida por Rosário Macário está a analisar e que inclui, ainda, Montijo, Alcochete, Santarém, Portela e Monte Real, que nos últi- mos dias tem sido referido na im- prensa nacional.

A CTI foi criada no final do ano passado e tem como objetivo auscultar “todas as entidades com relevância para o assunto” e ela- borar um conjunto de critérios que “servirão para analisar as vá- rias hipóteses”, explicou Rosário

Macário. Uma decisão final de- verá ser conseguida até ao fim deste ano.

2000 ASSINATURAS A petição pública

“SIM! O aeroporto de Beja é parte da solução”, lançada pela plataforma ci- dadã, ultrapassou as duas mil assina- turas “e já está registada e aceite pelo Serviço de Petições da Assembleia da República”.

No entanto, é fundamental “ul- trapassar o número necessário de as- sinaturas para que a mesma seja de- batida pelo plenário da Assembleia da República”, diz a plataforma

cidadã, explicando que, “apesar dos estudos favoráveis à indispensável variante ferroviária que deverá ligar a linha do Alentejo ao aeroporto de Beja, na posse da Infraestruturas de Portugal (IP), os projetos de execu- ção da mesma não estão contempla- dos nos investimentos previstos nem no Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2030, nem no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”.

No mesmo documento insiste- -se na “necessidade urgente de mo- dernização e eletrificação do troço ferroviário entre Beja e Funcheira/

/Ourique para permitir patamares mais elevados de velocidade (200- 230 quilómetros/hora), a exemplo do previsto para Casa Branca-Beja”.

Manuel Valadas, em declarações ao “Diário do Alentejo”, relembra que o aeroporto internacional de Beja

“significa uma mudança para todo o Alentejo e Algarve” e apela à “mo- bilização de todos os alentejanos”, de Nisa a Almodôvar, e de Barrancos a Sines, em torno deste objetivo.

“Somos quase um milhão de alentejanos. Isto não é uma solução apenas para o Baixo Alentejo, vai beneficiar toda a região”, enfatiza este responsável da plataforma ci- dadã, explicando que sendo o territó- rio considerado pela União Europeia Objetivo 1, pode beneficiar de apoios a fundo perdido “iguais ou superio- res a 80 por cento”.

Em comunicado, é defendido o avanço “imediato com o inves- timento em todas estas obras”,

“comprovadamente de interesse nacional”, tal como é demons- trado “na Estratégia Integrada de Acessibilidade Sustentável do Alentejo nas ligações Nacional e Internacional, entregue em agosto de 2018, às mais elevadas instâncias do Estado, Presidência da República, Assembleia da República e Governo da República, pela Plataforma Alentejo”.

A comissão dinamizadora da pla- taforma cidadã pretende que o ple- nário da Assembleia da República reanalise este dossiê e apela “às ins- tituições e organizações económi- cas, sociais, culturais e desportivas, para que informem e mobilizem as cidadãs e cidadãos que representam no sentido dos mesmos compreende- rem que esta não é apenas mais uma petição, mas a petição que pode deci- dir e, por isso, devem subscrever”.

Referências

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