• Nenhum resultado encontrado

TCC 2019.pdf

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2023

Share "TCC 2019.pdf"

Copied!
50
0
0

Texto

O presente trabalho tem como objetivo analisar a instituição do início do cumprimento da pena antes do julgamento final, suas nuances e implicações para o Estado Democrático de Direito; se houver violação do princípio constitucional da presunção de inocência, interpretado no artigo 5º, LVII, da CF/88, que o exige. Portanto, esta monografia tem como foco o princípio da presunção de inocência e o início do cumprimento da pena antes do trânsito em julgado, e tem como objetivo analisar a real importância do princípio da presunção de inocência no sistema de justiça brasileiro, ameaçado por repetidas decisões do STF, que, em consonância com a “onda punitivista” que o Brasil vive atualmente, põe em causa o direito fundamental consagrado no artigo 5º, LVII da Constituição Federal, o direito de ser presumido inocente até o veredicto final de uma condenação criminal . Dessa forma, é hipoteticamente possível afirmar que o princípio da presunção de inocência, contido no artigo 5º, LVII, da Constituição Federal, é reiteradamente violado por decisões da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal. , ao determinar o início da execução da pena antes da condenação definitiva e irrevogável da condenação criminal.

Na primeira, intitulada “O princípio da presunção de inocência e da antecipação da execução da pena”, apresentará a tese, desde a origem histórica do conceito de “presunção de inocência”, até a sua aceitação pelo ordenamento jurídico brasileiro. sistema. . A ideia aqui é mostrar que a relativização do direito à presunção de inocência pode contribuir para a lesão de outros direitos previstos na Constituição. Em suma, a presunção de inocência tem sido abordada em textos jurídicos há muitos anos.

O princípio da presunção de inocência ou inocência, decide pelo indivíduo acusado de violar as normas penais adotadas no Brasil, a norma de.

DO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E A EXECUÇÃO ANTECIPADA DE PENA

A Constituição Federal de 1988, no seu desejo de proteger os cidadãos de possíveis atos autoritários que poderiam ser cometidos pelo próprio Estado, principalmente no exercício do seu poder de punir; trouxe, em plena observância aos tratados internacionais e à declaração já mencionada, a presunção de inocência passou a ser princípio norteador do direito brasileiro, recomendando no artigo 5º, inciso LVII, que "ninguém será considerado culpado antes de proferida sentença penal definitiva e irrecorrível". O princípio da Presunção de Inocência, embora não previsto explicitamente na Carta Magna, mas implicitamente, reconhece o estado transitório de inocência, na medida em que a referida situação processual permanece até que haja uma condenação transitada em julgado. Edílson Mougenot Bonfim ressalta, em seu livro “Curso de Processo Penal”, de 2017, que “o princípio em questão carrega uma garantia constitucional, referindo-se, portanto, a um “estado de inocência” ou “inocência”: vale em outras palavras , ninguém pode ser considerado culpado até que seja proferida uma sentença criminal definitiva".

Durante muitos anos, existiu um entendimento judicial no sentido de que seria adequada a execução temporária de uma sentença penal impugnável, ou seja, o início da pena antes da sentença condenatória definitiva e incontestável. Portanto, mesmo que o réu tenha respondido todo o procedimento como liberado, conforme decisão colegiada automatizada da autoridade de segunda instância, foi condenado à prisão, independentemente do trânsito em julgado da primeira instância. Aconteceu então que o Supremo Tribunal Federal no acórdão Habeas Corpus nº. A Lei nº 84.078 de 2009, por maioria de votos, entendeu que a punição só poderá ser efetivada mediante condenação transitada em julgado de sentença penal, nos termos do texto constitucional.

Portanto, mesmo que os recursos extraordinário e especial não tivessem efeito suspensivo, até que a decisão da segunda instância ainda não transite em julgado, não seria possível a execução temporária da pena, salvo nos casos em que estivessem dadas as condições para a prisão preventiva. do arguido (artigo 312.º do Código de Processo Penal). A Lei sobre a Execução de Sanções Criminais condicionou a execução de penas de prisão ao caráter definitivo e irrevogável. 5º, inciso LVII, que “ninguém será considerado culpado até sentença criminal definitiva e incontestável”.

Não obstante as válidas razões pelas quais o Supremo Tribunal Federal foi instruído, é notório que tal decisão constitui clara afronta à Constituição Federal de 1988, que dispõe sobre a presunção de inocência (ou inocência) até a condenação definitiva e irrevogável do acusado, uma pena criminal (art. 5º, LVII). E só se pode falar de decisão transitada em julgado quando a decisão se tornar imutável, o que, como se sabe, é impedido por recursos extraordinários, ainda que não tenham efeito suspensivo. A solução para essa divergência entre os processos judiciais é fazer uma mudança legislativa e não jurisprudencial, como fez o STF, antecipando o momento das decisões transitadas em julgado proferidas pelos Tribunais de Segunda Instância, como mostram alguns juristas como Renato Brasileiro. de Lima e Luis Flávio Gomes (que também sugere que tal mudança seja feita por emenda constitucional).

Constituição Democrática de 1988, mais especificamente no que diz respeito ao seu texto antiautoritário e à presunção de inocência. O nobre ministro lembrou que a presunção de inocência é uma importante conquista histórica dos cidadãos contra a opressão estatal. Argumenta também que a presunção de inocência “ao longo de sua virtuosa trajetória histórica tem prevalecido no contexto das sociedades civilizadas, como valor fundamental e requisito básico do respeito à dignidade da pessoa humana”43, apesar dos esforços incessantes de regimes autoritários que proclamar a máxima de que todos são culpados até que se prove a culpa.

Esta resistência à presunção de inocência que os tribunais superiores têm demonstrado torna-se assim incompatível com a essência do regime democrático. Afirma ainda que a regra da presunção de inocência, consagrada na Constituição como direito fundamental de toda pessoa, independe da gravidade do crime que lhe é atribuído. Por fim, o ministro afirma que o sentido do princípio da presunção de inocência é essencialmente evitar “a execução de pena ainda não transitada em julgado” (AURÉLIO, 2016).

Conforme mencionado anteriormente, Renato Brasileiro de Lima considera inconstitucional a execução antecipada da pena, pois violaria um dos mais importantes preceitos constitucionais, a saber, a presunção de inocência. Com a devida deferência à maioria dos juízes do STF que concederam a execução provisória da pena, parece-nos que esta nova noção viola flagrantemente a Constituição Federal, que assegura a presunção de inocência (ou não culpa) até o trânsito em julgado é aprovado (art. 5º LVII), bem como o art. Para o ilustre jurista, o argumento, defendido principalmente pelo ministro Luís Roberto Barroso, é que a presunção de inocência é um princípio, não uma regra, e poderia, portanto, ser aplicada em maior ou menor grau quando ponderada com outros princípios. (que teria menos peso numa segunda instância, dada a importância da eficácia do direito penal) não deveria florescer, porque “a utilização da proporcionalidade como critério de resolução de conflitos entre direitos fundamentais não permite a execução antecipada da sentença” (PORTIÚNCULA, 2018).

Por último, no que diz respeito ao teste de proporcionalidade strictu sensu, Porciúncula considera problemático concluir que a eficácia do sistema penal deva ter mais peso do que a presunção de inocência. Para ele, a presunção de inocência é “a mais legítima expressão da dignidade humana (art. 1º, III CF)” e destaca que o texto constitucional afirma a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos de um Estado democrático de direito, o que representa “uma possibilidade essencial quanto à justificação do próprio Estado, ao reconhecer que ele existe na função da pessoa humana e não o contrário”. O objetivo era que o Praetorium Excelso emitisse medida cautelar para suspender eventuais prisões com base na decisão do Habeas Corpus 126.292/SP, pois ainda havia debate se o princípio da presunção de inocência havia sido violado ou não, por mais que tribunais já utilizam o entendimento agora adotado pelo STF para justificar a decretação de prisões antes da decisão final e sem recurso.

A ADC 44 72, proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), enfatiza a relativização do princípio da presunção de inocência, que, segundo a entidade, restringia a liberdade de circulação ao permitir a prisão em segunda instância. Assim como na ADC 43, a OAB argumenta que, como o STF não se pronunciou sobre o artigo 283 do CPP, deve-se presumir a sua validade, que foi alterada, aliás, para se adequar ao requisito constitucional da presunção de inocência, previsto no artigo 283 do CPP. 5º, LVII, da Constituição Federal.

REPERCUSSÕES JURÍDICAS E PRÁTICAS DA EXECUÇÃO ANTECIPADA DA PENA ANTECIPADA DA PENA

Disponível em: . Disponível em: . Disponível em: .

Disponível em: . Disponível em: . Disponível em: .

Alguns especialistas defendem que o número de presos tende a aumentar acentuadamente com a execução antecipada da pena e, consequentemente, com a decisão de prisão após condenação em segunda instância. Disponível em: . Contudo, importa referir que as recentes decisões do Supremo Tribunal Federal, que agora entende que a antecipação do veredicto antes do veredicto final é constitucional, uma vez entendido que isso não é possível, pois é uma garantia fundamental e imutável imposta pela própria constituição traz significativa incerteza e grave instabilidade jurídica a todo o ordenamento jurídico brasileiro, impactando negativamente a sociedade e seus direitos.

Disponível em: . Disponível em: . Disponível em: .

Disponível em: . Disponível em:

Figura 1 – Dados referentes à população carcerária do Brasil.
Figura 1 – Dados referentes à população carcerária do Brasil.

Imagem

Figura 1 – Dados referentes à população carcerária do Brasil.

Referências

Documentos relacionados

O presente trabalho tem como objetivo geral analisar os estudos recentes acerca do tema terceirização, e descrever como ela atinge o mercado de trabalho e suas áreas de atuação