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TCC parte 2.pdf

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Academic year: 2023

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Eutanásia humana”: ética ou prática ilícita que visa o suposto controle de populações de animais vadios e zoonoses. Eutanásia humana”: ética ou prática ilícita que visa o suposto controle de populações de animais vadios e zoonoses. Implementação do compromisso de ajustamento firmado entre o Ministério Público do Estado da Bahia e a Prefeitura de Salvador, referente aos maus-tratos praticados pelo Centro de Controle de Zoonoses de Salvador.

SITUAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CARATINGA-MG

Portanto, para que o Centro de Controle de Zoonoses de Caratinga atue para obter resultados concretos, é necessária a implementação de uma lei municipal que regule detalhadamente os métodos e critérios a serem utilizados, respeitando as últimas orientações técnicas e adequando seus procedimentos à legislação. envolvido.

A LEI MUNICIPAL QUE DEVERIA TRATAR DO DESTINO DOS CÃES E GATOS APREEDIDOS

O inciso II dispõe: “Cães e gatos poderão ser doados após o prazo previsto no caput ou o município poderá atribuir-lhes o destino que melhor lhes convier”. 38. É verdade que para uma política municipal de controle de zoonoses verdadeiramente eficaz é extremamente necessária a definição clara do procedimento a ser adotado em relação ao destino dos animais apreendidos. Na verdade, o inciso II da referida lei deveria impor ou proibir determinadas condutas a serem adotadas pela administração pública, em especial a seção de controle de zoonoses, que mostra o que é feito com os animais após sete dias de sua apreensão, com o objetivo de alcançar o resultado pretendido através da prestação de serviços públicos.

  • ATO DO PODER PÚBLICO
  • DOS PRICÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
  • OUTROS PRINCÍPIOS QUE VINCULAM A ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA
  • AS NORMAS CONSTITUCIONAIS DIRECIONADAS AO PODER PÚBLICO
  • A RELAÇÃO ENTRE O MEIO AMBIENTE, A FAUNA E O CONTROLE DE ZOONOSES

Como este estudo se baseia em uma situação real quanto à negligência do poder público municipal na prestação de serviços de controle de zoonoses, apesar de ter foco na Lei 2.725/0258 do município em questão, no tópico a seguir serão analisados ​​os atos praticados a partir da administração pública. . que decorrem diretamente da forma inadequada como a referida norma trata do destino de alguns animais capturados. Ou seja, no caso do controle de zoonoses, os atos municipais que externalizam sua atividade devem atender ao interesse público em minimizar os riscos de transmissão dessas doenças. No direito brasileiro, três princípios que também contribuem para a equidade do exercício da administração pública são: o princípio da prevenção, das medidas cautelares e da proporcionalidade.

Baseia-se na ideia de que, através da observação de experiências passadas, seria possível prever se determinada atividade a ser realizada resultaria em danos ambientais. A boa administração pública na proteção da fauna: tendo presente os princípios da prevenção e da prevenção e a obrigação de motivar os atos administrativos. Tendo isso em vista, se a inércia do agente administrativo, diante do dano evidente, já era punível pelo princípio da prevenção, pelo princípio da precaução, a administração municipal de Caratinga deveria estar atenta às orientações da OMS. , no sentido de que a forma como a política municipal de controle de zoonoses é implementada naquele município não é nada eficaz.

Levando em conta tudo o que já foi demonstrado sobre os problemas da política de controle de zoonoses adotada pela administração municipal de Caratinga, que inclui o desrespeito às orientações técnicas pertinentes ao método de controle da população animal, o que por sua vez resulta em uma abordagem completamente ineficaz resultados e, portanto, um desperdício do orçamento público. Entre estas normas está o Artigo 225 da CF80, a disposição mais importante em apoio à protecção ambiental. Assim, o meio ambiente e a qualidade de vida fundem-se no direito à vida e tornam-se um direito fundamental.

Artigo 23 em VI83. o artigo traz a obrigação de proteção ao meio ambiente como competência material comum do município. Com base no raciocínio acima, tendo em vista que os cães são uma espécie animal86 e que o controle da população canina refere-se à necessidade específica do município em promover o controle das zoonoses, e além disso, o serviço público municipal é obrigado a atuar na defesa da fauna Para garantir o direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, pode-se concluir que a falta de uma lei municipal que determine com precisão o destino desses animais confiscados significa desobedecer à ordem constitucional do ponto VII do primeiro parágrafo do Artigo 225 do artigo 87. Embora o termo “meio ambiente” geralmente se refira à ideia de algo que está separado das franjas urbanas como florestas, manguezais e nascentes, a definição deste termo na legislação brasileira abrange muito mais.

CAPÍTULO 3 CONTROLE DE CONSTITUCONALIDADE NA SOLUÇÃO DO PROBLEMA

A OMISSÃO DO PODER PÚBLICO E SUA SUPOSTA INCONSTITUCIONALIDADE

Autoridades de saúde pública e agentes dos centros de controle de zoonoses (CCZs), ávidos por submeter os animais ao que chamam de “eutanásia”, um termo de eufemismo óbvio, não encontram mais apoio para praticá-la. No município de Caratinga, a superpopulação de cães é um problema visível para quem anda pelas ruas. A administração pública municipal foi diversas vezes vilipendiada na mídia por ser conivente com verdadeiros massacres perpetrados pelo serviço de controle de zoonoses, que, além de expor os animais a condições extremamente sujas e inadequadas em relação à separação de doentes e saudáveis, sacrificava cães sem a devida necessidade.

Portanto, a administração municipal está ciente de que essas ações nocivas aos animais e ao meio ambiente, realizadas por seus representantes, têm acontecido constantemente no município. A Lei Municipal 2.725/02 de Caratinga determina o destino dos animais recolhidos para controle de zoonoses após o prazo de sete dias contados de sua apreensão, em especial seu inciso II estabelece que: “Cães e gatos, após o prazo previsto no caput, poderão ser doados ou o município pode atribuir-lhes um destino que melhor lhe convenha103". Conhecendo o verdadeiro destino que se abateu sobre pelo menos os cães, esta conveniente afirmação, além de extremamente vaga, deixa margem para a ocorrência de situações denunciadas.

Contudo, o presidente da Câmara – chefe do executivo municipal, a quem compete exclusivamente regular a organização e funcionamento da administração pública municipal104 e que poderia, portanto, resolver a omissão da referida lei, permanece inerte e ignora o seu dever de agir. defende a proteção desses animais, conforme exigido pelos padrões ambientais básicos. À luz do princípio da prevenção, a atitude da administração pública caracteriza um total descaso com os problemas que afetam o município.

A CONSTITUIÇÃO E A INCONSTITUCIONALIDADE

A Constituição deve ser entendida como a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas relativas à estruturação do Estado, à formação dos poderes públicos, à forma de governo e à aquisição do poder de governar, à distribuição de poderes, direitos, garantias e deveres. do cidadão. Outro fato importante a ser destacado é que é possível perceber a existência de mais de um tipo de constituição, se observarmos a história brasileira e a de outros países do mundo. Pode haver diferenciação entre eles: quanto ao conteúdo, seja formal ou material; quanto à sua forma, escrita ou não; no que diz respeito ao modo de elaboração, dogmático ou histórico; quanto à sua origem, promulgada ou concedida; no que diz respeito à estabilidade, ser imutável, rígido, semirrígido ou flexível; e por fim, quanto à sua extensão e finalidade, seja analítica ou sintética109.

No Brasil já foram adotadas Constituições, são aquelas impostas unilateralmente por um grupo ou governo que não atua legitimamente de acordo com a vontade do povo. As constituições de 1891, 1934, 1946, bem como a de 1988, resultaram de uma Assembleia Nacional Constituinte, eleita diretamente pelo povo para representá-lo legitimamente. Todo o poder provém do povo, que o exerce através de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”111.

Além de promulgada, a CF/88 é classificada como: formal, pois é incorporada por escrito, por meio de poder solene estabelecido pelo poder constituinte originário; Uma consequência da forma escrita, bem como desta exigência particularmente especial para o processo de alteração da constituição, que a torna rígida, é que no sistema jurídico que as adota, as normas elaboradas pelo poder constituinte originário são hierarquicamente superiores. qualquer outra expressão do direito. , através do qual o princípio da supremacia formal da constituição é aplicado. Na verdade, a supremacia constitucional ficaria comprometida se não fosse possível garanti-la, e é precisamente por isso que existe a revisão constitucional.

Com isso, garante-se que haja compatibilidade formal e material de todas as normas jurídicas em relação à constituição, que caso não exista, a norma prejudicial é invalidada e retirada do ordenamento jurídico, o que garante a supremacia da carta política114.

O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

  • A ESPÉCIE DA INCONSTITUCIONALIDADE
  • PRESSUPOSTOS DA INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
  • O MODELO DE CONTROLE ADEQUADO
  • CONTROLE DIFUSO EM SEDE DE AÇÃO CIVÍL PÚBLICA

Para a investigação de inconstitucionalidade, considera-se que a omissão é total quando o poder público, diante do comando supremo de legislar, deixa de redigir a norma exigida. Acesso com a finalidade de proteção dos animais, ou seja, no que diz respeito ao destino de cães e gatos apreendidos pelo poder público. Afinal, para que serve tal supremacia da norma constitucional, se esta, quando deve ser observada, visto que se refere diretamente a um objeto por ela protegido – os animais, cujo destinatário é o poder público municipal, que elabora a lei , ignorar, ignorar e responder com omissões?

Constata-se, assim, que houve descumprimento da norma constitucional contida no § 225, parágrafo primeiro, inciso VII da CF126, onde o dever de proteção da fauna (incluindo cães e gatos) é imposto às autoridades públicas. Toda pessoa tem direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem comum da população e essencial para uma saudável qualidade de vida, que impõe ao poder público e à sociedade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as gerações presentes e futuras. Isso mostra que a norma constitucional, entre outras questões destacadas no próprio Título VII e nos seis capítulos restantes, depende do poder público que protege a fauna para a efetivação do direito ao meio ambiente equilibrado.

A investigação sobre a constitucionalidade da Lei Municipal de Caratinga 2.725/02 não tem como objetivo defender a Grande Lei, mas sim apontar a falha do poder público em relação à proteção de cães e gatos como seres integrantes da fauna. por outro lado, fazer parte de um ambiente ecologicamente equilibrado é essencial, de acordo com a inteligência do artigo 225 do próprio CF. Dado que a inação do poder público resulta em danos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem jurídico protegido pelo CF, constata-se aqui a existência de danos ambientais. Aliás, a questão da inação do poder público quanto ao dever de proteção da fauna é tão importante para o Ministério Público de Minas Gerais, que o procurador-geral de Justiça Alceu José Torres Marques, na resolução nº 71, de outubro. A Resolução nº 7 de janeiro de 2011, que criou o Grupo Especial de Proteção à Fauna (GEDEF), considerou: “que em todos os municípios mineiros existem graves problemas relacionados ao abandono, à guarda irresponsável e aos maus-tratos de animais domésticos, agravados pela falta de uma gestão eficaz dos cuidados municipais. , educação e controle135".

Dito isso, seria mais oportuno que a fiscalização da constitucionalidade da referida Lei Municipal fosse discutida como base para o pedido de punição ao poder público municipal pela edição de lei prejudicial ao público generalizado (ecologicamente ambiente equilibrado). Com base em tudo o que foi apresentado neste estudo, conclui-se que a inércia do poder público municipal, diante da tarefa imposta pela Constituição, caracteriza um desvio do poder estatal, no sentido da atuação do Estado. , em todas as suas esferas, os federativos, devem necessariamente ser como o de um servidor obediente em relação à lei, mas principalmente em relação à Constituição Federal, já que este é o papel que lhe é conferido pelo direito brasileiro. Portanto, uma vez atendidos os requisitos para sua implementação, deverá ser utilizado sempre que as autoridades públicas agirem contrariamente aos objetivos da nação, definidos na Grande Lei.

Referências

Documentos relacionados

A presente monografia, tem por objetivo analisar o desenvolvimento social e econômico no município de Quaraí no período de 2005 a 2016, com a finalidade de entender as mudanças