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Academic year: 2023

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Os significados do corpo na percepção do estudante universitário.

Rebeca Raíssa de Lima Cleto, Dagmar Hunger, Campus Bauru, Faculdade de Ciências, Educação Física, rebecacleto24@gmail.com.

Palavras Chave: Corpo, Cultura, Educação Física.

Introdução

Considerando possíveis influências sociais exercidas na percepção de corpo das pessoas, entendemos imprescindível compreender o conhecimento histórico existente referente ao tema nos diferentes espaços temporais e, especificamente, no tempo presente.

Sendo assim, nesta pesquisa, problematizamos o que é corpo para um grupo de estudantes ingressantes, de uma Universidade Pública Estadual, identificando os atuais significados evidenciados entre jovens universitários, dentro de suas esferas inter-relacionais.

Objetivo

Estudar, discutir, revisar e sistematizar literatura pertinente à História do Corpo e evidenciar as implicações no tempo presente.

Analisamos o entendimento do que é Corpo para um grupo de 96 estudantes universitários ingressantes, nos cursos de graduação de uma Faculdade, numa Instituição Pública Estadual, do interior do Estado de São Paulo.

Material e Métodos

É uma investigação metodológica de natureza qualitativa e por intermédio da abordagem da História do Tempo Presente, analisamos depoimentos orais de sujeitos contemporâneos, considerando suas subjetividades da forma mais objetiva da ciência possível (CHARTIER, 2002).

Para tanto, inicialmente, realizamos revisão da literatura referente à História e Educação do Corpo.

As técnicas de pesquisa para coleta de dados com o grupo de estudantes foi a entrevista semiestruturada (gravadas em áudio e transcritas na íntegra) e o questionário, com uma questão aberta.

As respostas foram analisadas conforme o método Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011).

Resultados e Discussão

As concepções de corpo das pessoas são construídas histórica, dialética e culturalmente pelos diferentes grupos sociais na civilização humana.

Com a análise dos resultados dos depoentes, referente à problemática em questão, ficou evidente que, dentre outros, a visão de “corpo máquina” se sobressai entre os universitários ingressantes, corroborando com “o modelo que assimila o funcionamento do corpo ao das máquinas inventadas nos ateliês da Europa moderna”

(CORBIN, 2008).

Constatamos, ainda, que se destacaram outras definições que vão de encontro a visão

“biologicista” e “dicotomizada”, a respeito da percepção de corpo, que conforme Betti (2006), o

corpo em movimento se trata do próprio homem na sua totalidade, mas “rotulado” de bio-psico-social.

Tabela 1. O que é CORPO?: Casa/morada da alma, Máquina, Conjunto, Locomoção.

(Relatos na íntegra das entrevistas)

“corpo pra mim é a nossa

casa”

“pra mim é isso é tipo uma máquina, você

tem que por combustível”

“eu acredito que seja o conjunto de

coisas, de elementos que funcionam com

o mesmo objetivo”

“corpo seria a estrutura de meio locomoção

e que faz com que vivemos”

“de acordo com a minha visão subjetiva

corpo é a nossa casa onde a gente abriga a nossa

alma”

“corpo pra mim é tudo aquilo

que é responsável, é a maquinaria da

vida.”

“entendo como corpo o trabalho conjunto de sistemas, por exemplo

sistema muscular, esquelético e

neural”

“corpo é o que usamos para nos

locomover fisicamente no plano material”

“o corpo é a casa do espirito, sem ele você não esta vivo”

“corpo pra mim é uma máquina que é controlada pela

mente”

Corpo é o conjunto de orgãos, tecidos,

sistemas, músculos”

“Matéria viva dotada de capacidades locomotoras”

Conclusões

Constatamos, ainda, a hegemonia das ciências biológicas, influências do pensamento dicotômico e heranças da revolução industrial, ao tratarmos a temática corpo com jovens universitários, no século XXI.

De acordo com a pesquisa de BERTOLLI (2004), mulheres e homens apontaram motivos distintos para as dificuldades em discorrerem sobre seus corpos e, também, na presente pesquisa, demostrando relutância diante da questão, bem como, relatando que nunca antes tinham sido abordados a esse respeito.

Enfim, concluímos que as disciplinas de ciências humanas, exatas e biológicas ministradas no primeiro semestre dos cursos de graduação, ainda, não conseguem propiciar discussões interdisciplinares sobre o tema Corpo, ou seja, suficientes para superar o pensamento de senso comum.

____________________

Bardin, L. Análise de Conteúdo. 2ª. ed. Lisboa: Edições 70, 2011.

Betti, M. O Papel da Sociologia do Esporte na retomada da Educação Física. 2006, 02.

Chartier, R. in Ferreira, M. M, Amado, J. Usos e Abusos da História Oral. 2002

Corbin, A.; Courtine, J.; Vigarello, G. História do Corpo 1. Da Renascença às Luzes. 2008, 08.

Bertolli Filho, C. Corpo, Cultura e Memória: Depoimentos de Universitários, 2004, 22.

XXXI Congresso de Iniciação Científica 1

Referências

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Então acesso à tecnologia foi uma coisa que aconteceu tarde pra mim, e aí uma coisa que eu sempre vi acontecer as dificuldades né, minha mãe pra mexer com isso, então ela sempre