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trabalho docente e do técnico-administrativo na expansão da

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Academic year: 2023

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O texto analisa a intensificação do trabalho pedagógico nas universidades federais no contexto da implementação do REUNI a partir de dois eixos: primeiro, a intensificação faz parte das mudanças no mundo do trabalho. Por fim, o texto problematiza o processo de certificação extensiva e intensificação do trabalho, que afeta a autonomia intelectual dos professores na sua tarefa de produzir e socializar o conhecimento crítico e criativo. Apresentamos os resultados parciais da pesquisa que desenvolvemos sobre as reformulações da política de ensino superior brasileira durante o neoliberalismo e discutimos especificamente a intensificação do trabalho pedagógico nas universidades federais.

Nesta análise, partimos de dois eixos: primeiro, essa intensificação faz parte das contínuas mudanças no mundo do trabalho, ancoradas na globalização do capital (CHESNAIS, 1996). Isto não é simplesmente uma intensificação do trabalho docente, mas uma intensificação do trabalho para a classe trabalhadora como um todo. Consideramos que a análise da intensificação do trabalho docente deve abordar, portanto, essas determinações mais amplas que a constituem e configuram e, simultaneamente, as particularidades desse processo nas universidades federais brasileiras.

É, portanto, nesse sentido que devemos compreender o significado da intensificação do trabalho docente: resultado da ação destrutiva do capital no contexto de sua globalização e seus detalhes em um país capitalista dependente, como o Brasil (LIMA, 2011) . Uma importante referência no processo de intensificação do trabalho docente nas universidades federais é o programa REUNI oferecido por Decreto Presidencial com os seguintes objetivos: aumentar o número de alunos de graduação nas universidades federais e aumentar o número de alunos por professor em cada cerimônia de formatura presencial; diversificar as modalidades de cursos de graduação, por meio da flexibilização curricular, do ensino a distância, da criação de cursos de curta duração, ciclos (básicos e profissionais) e/ou bacharelado interdisciplinares; incentivar a criação de um novo sistema de títulos; aumentar a taxa de conclusão dos cursos de graduação para 90% e incentivar a mobilidade estudantil entre instituições de ensino (públicas e/ou privadas). A lógica imposta pelo REUNI – sua centralidade no ensino de graduação – constitui uma das faces da intensificação do trabalho docente hoje, da certificação em larga escala e da quebra da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e orientação.

Estes estudos apresentam o desafio de analisar o novo modelo de trabalho e de gestão estatal no contexto da globalização do capital e da intensificação avassaladora do trabalho resultante deste novo modelo, especialmente num país capitalista dependente como o Brasil. Neste quadro analítico, é preciso incorporar as novas faces da intensificação do trabalho docente realizado no Brasil (de Cardoso a Lula da Silva) no âmbito da reforma neoliberal do Estado e do ensino superior operada especialmente pelo REUNI. Uma intensificação do trabalho, acompanhada de certificação em larga escala, afeta a autonomia intelectual do professor na sua tarefa de produzir e socializar o conhecimento crítico e criativo, enfraquecendo a contribuição deste trabalhador na superação da heteronomia histórica cultural que permeia e constitui a história do ensino superior no Brasil.

Apresenta uma breve caracterização do trabalho pedagógico no país, discute políticas de pós-graduação já implementadas, propostas de introdução e avaliação/financiamento deste nível de ensino. É também consensual no campo dos estudos críticos que num contexto internacional caracterizado pela globalização económica e pelas políticas neoliberais, o lugar de atuação dos professores do ensino superior é caracterizado por dois movimentos inter-relacionados. Vale ressaltar que no contexto do trabalho imaterial, os professores estão sujeitos a novos parâmetros de pesquisa sobre sua força de trabalho, justamente a partir de sua subjetividade criativa e participativa no processo produtivo.

Diante de organizações de trabalho tão distintas, constatou-se que o trabalho dos auxiliares contribui para a saúde e o adoecimento. Verificou-se que a diferença está na forma como o trabalho é estruturado e na possibilidade de os setores atenderem aos anseios dos funcionários no exercício de sua atividade laboral. É provável que setores que tenham uma organização do trabalho com gestão efetivamente participativa, ofereçam aos trabalhadores maiores oportunidades de emprego.

São analisadas as formas de organização do trabalho no campo da educação e suas consequências no ensino superior, apresentando também discussões sobre a esfera pública e privada, no âmbito do atual estado burguês.

Tabela 1 - Principais ações do governo Lula da Silva na política de educação superior            Arcabouço jurídico                             Conteúdo
Tabela 1 - Principais ações do governo Lula da Silva na política de educação superior Arcabouço jurídico Conteúdo

INTRODUÇÃO

ALGUNS ELEMENTOS PARA O DEBATE SOBRE A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE NAS INSTITUIÇÕES PRIVADAS DE ENSINO SUPERIOR

  • INTRODUÇÃO
  • A EXPANSÃO DO ACESSO AO ENSINO SUPERIOR NO PÓS-1990
  • O TRABALHO DOCENTE E A FORMAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL NA MODALIDADE EAD
  • CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • REFERÊNCIAS

Todo esse contexto de precarização do trabalho docente no IPES revela sem nenhum pudor: “[..] a intensificação do trabalho e o aumento do sofrimento subjetivo. Dentro de uma perspectiva histórico-crítica, elementos da privatização e comercialização do ensino superior e seu impacto no trabalho docente foram discutidos ao longo deste texto. O objetivo do trabalho é problematizar o trabalho docente nos cursos de Serviço Social na modalidade a distância e sua relação com a qualidade da formação profissional.

No campo do Serviço Social, essa modalidade de ensino surgiu após o governo Lula, e ainda é uma “novidade” em nossa área e as consequências tanto no âmbito do trabalho docente quanto em relação à qualidade da formação e ao perfil dos profissionais capacitados ainda são pouco conhecidos. O trabalho apresentado na V Jornada Internacional de Políticas Públicas – V JOINPP – faz parte do conjunto de pesquisas desenvolvidas no Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Superior (GEPES) e apresenta resultados parciais da pesquisa em andamento intitulada “Expandindo os cursos universitários em Serviço Social na modalidade. A modalidade EAD na formação em Serviço Social teve início em 2006, seguindo o perfil dos cursos EAD: a maioria, como mencionado, concentra-se em cursos universitários.

Atualmente, de acordo com a base de dados do Sistema E-MEC, 14 (catorze) Instituições de Ensino Superior (IES) oferecem cursos de Serviço Social em municípios de todo o país, totalizando 56.651 vagas anuais20. Não faremos aqui uma caracterização detalhada dos cursos de Serviço Social na modalidade EAD, mas buscaremos problematizar algumas questões relacionadas ao trabalho docente nesta modalidade e suas implicações para a formação profissional. Para a análise do trabalho docente é fundamental o conhecimento de suas condições de trabalho e de formação docente, o que nos permitirá estabelecer uma conexão entre o trabalho docente e a qualidade da formação profissional.

No caso do ensino a distância, porém, uma característica importante deve ser levada em conta: o trabalho pedagógico é mediado pelas tecnologias de informação e comunicação22, que são melhoradas quantitativamente. O tutor local é responsável por esclarecer dúvidas dos alunos após as aulas satélites ministradas pelos professores integrantes do curso de Serviço Social. No que diz respeito às condições do trabalho pedagógico, pouco se sabe sobre os professores que pertencem ao “núcleo duro” dos cursos de serviço social no Brasil, ou seja, os idealizadores dos materiais didáticos e os intérpretes do conteúdo veiculado massivamente no Centros EAD.

Tanto a UNIT quanto a UNITINS possuem poucos professores com formação em serviço social em seu corpo docente: a UNIT possui apenas 02 (dois) professores (11,8%), num quadro de 17 (dezessete) professores. Esta característica coloca um grave problema à formação: como garantir uma formação qualificada em serviço social quando a maioria do corpo docente possui formação em outras áreas. Os poucos professores com formação em serviço social são responsáveis ​​pela produção de todo o material didático e aulas.

Ou seja, se os alunos tiverem interesse em estudar serviço social na modalidade a distância, não terão acesso ao perfil do corpo docente responsável pela sua formação: quem são seus professores e palestrantes. O trabalho teve como objetivo apresentar algumas questões que nortearão o curso de bacharelado em serviço social na modalidade EAD.

Tabela 1 - Participação do setor privado na totalidade das IES e oferta de vagas  Ano  Total de
Tabela 1 - Participação do setor privado na totalidade das IES e oferta de vagas Ano Total de

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Referências

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Objetivo O trabalho tem como objetivo identificar e analisar a viabilidade de possíveis cargas a serem transportadas no sentido de São Paulo para Goiás, comparando-se os custos entre