XXIV Congresso de Iniciação Científica
TRABALHO, SAÚDE, QUALIDADE DE VIDA DOS SERVIDORES EFETIVOS E TERCEIRIZADOS, NA UNESP - CAMPUS DE MARÍLIA.
Rodolfo Gonçalves Magro, Marcos Tadeu Del Roio, UNESP - Campus de Marília, Ciências Sociais. r- magro@hotmail.com. Financiado por Fapesp.
Palavras Chave: Serviço público, Precarização, Saúde.
Introdução
A pesquisa na qual se baseia esse artigo teve como iniciativa entender quais são as consequências dentro da UNESP – Campus de Marília – dos novos métodos de trabalho sobre a saúde e qualidade de vida dos trabalhadores. A enquete aplicada aos servidores tinha como intuito desnaturalizar as condições atuais de trabalho predominadas pela precarização, estresse no trabalho e na vida e as transformações sobre o corpo e mente dos indivíduos.
Material e Métodos
A metodologia da pesquisa consistia em aplicar enquetes sociológicas a funcionários efetivos e terceirizados de toda a UNESP – Campus de Marília. Visando abordar questões sobre qualidade de vida, trabalho e de saúde desses trabalhadores.
Resultados e Discussão
Com a pesquisa, se mostrou necessário desnaturalizar e desmistificar os processos pós- fordistas dentro do complexo de trabalho destes servidores. Entendendo a diferenciação que se criou entre servidores efetivos e terceirizados. Essa ideia corporativa dentre os setores de trabalho, que tem de passar por um novo olhar no sentido de caracterizar a quem beneficia essa visão segmentada de classe. Sendo que esses trabalhadores, das duas categorias, passam pelos mesmos problemas relacionados aos novos métodos de trabalho. De exemplos temos a relação ao uso de internet, os problemas relacionados trabalhar além da jornada legal, a interferência do trabalho sobre a vida pessoal e familiar,
preocupação com o trabalho nos finais de semana, grau de satisfação com o salário, a utilização de novas tecnologias informacionais no trabalho e seus problemas de saúde decorrentes da intensificação da produção.
Conclusões
Tudo se conforma, para que se possa afirmar que a crise do sindicalismo no Brasil, se acompanhou deste processo de modernização e informatização, da criação de novas mercadorias e produtos para controle e pressão sob o trabalhador.
Os métodos de trabalho pós-fordistas são acompanhados no local pesquisado pela adequação ao corporativismo e individualização do trabalhador, a precarização da qualidade de vida, novas tecnologias no trabalho e a criação de uma “nova concorrência” que se encontra na relação homem/máquina e que irá afetar negativamente a relação de classe desses trabalhadores, os tornando cada vez mais submetidos as “filosofias de trabalho”
e aos desmandos do patronato.
Agradecimentos
A FAPESP, ao Professor Dr. Marcos Tadeu Del Roio e ao Professor Dr. Giovanni Alves.
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DRUCK, Maria da Graça. Terceirização: (des)fordizando a fábrica.
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ALVES, Giovanni. O novo (e precário) mundo do trabalho, reestruturação produtiva e crise do sindicalismo. São Paulo. Boitempo.
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