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O Ulisses homérico na releitura de Luciano De Crescenzo em Ulisse era un fico

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Academic year: 2023

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XXVIII Congresso de Iniciação Científica

O Ulisses homérico na releitura de Luciano De Crescenzo em Ulisse era un fico

RAMOS, M. C. T., BRANDANI, R. A. P. Aluno-autor: Rodrigo Arlindo Pereira Brandani. Orientadora:

Dra. Maria Celeste Tomassello Ramos. Campus da Unesp: IBILCE – São José do Rio Preto. Curso do aluno-autor: Letras – Tradutor – Bacharelado. Email do aluno-autor: digaobrandani@gmail.com. Tipo de bolsa do aluno-autor: PIBIC Reitoria

Palavras Chave: Ulisses, De Crescenzo, narrativas mitológicas.

Introdução

O autor italiano Luciano De Crescenzo, conhecido como admirador e promotor dos valores da cultura clássica grega, ao longo dos anos tem utilizado a variedade de linguagens à sua disposição para trazer à nossa realidade moderna tais valores, apresentando-os em meios de comunicação em massa, como a televisão, e nas suas diversas incursões na literatura, que sempre apresentam releituras das narrativas clássicas gregas sob uma nova perspectiva. Diante de tal panorama está situada a obra Ulisse era un fico1, a qual estende as intenções de De Crescenzo ao público infanto- juvenil por meio de uma seleção de mitos gregos clássicos que o autor apresenta em um recorte que seleciona narrativas relacionadas aos deuses e aos heróis gregos, dando destaque à figura de Ulisses.

Objetivos

Buscou-se identificar qual foi o recorte realizado pelo autor em relação aos mitos recontados por ele, com vistas a reflexões sobre a atualidade de tais mitos na experiência de vida dos mais jovens, público-alvo determinado pelo escritor desde o Prefácio assinado por ele.

Material e Métodos

O corpus estudado foi o romance Ulisse era un fico (numa tradução literal: Ulisses era o cara), publicado em 2010, em comparação com os textos-fonte clássicos, principalmente Odisséia, de Homero. De natureza teórico-prática, a pesquisa proposta analisou relações intertextuais detectáveis entre a narrativa escrita por De Crescenzo, e os textos-fonte clássicos.

Resultados e Discussão

Por meio do alicerce fornecido pela bibliografia utilizada durante o trabalho, foi analisado o recorte que o autor Luciano De Crescenzo fez no universo das narrativas dos mitos gregos com o objetivo de demonstrar ao público infanto-juvenil o quanto os valores contidos nas narrativas selecionadas estão imiscuídos na experiência de vida dos jovens

leitores, demonstrando assim a atemporalidade daquilo que foi narrado há mais de vinte séculos e se conserva pertinente na sociedade atual. Desta forma as questões abordadas por cada narrativa contida dentro da obra Ulisse era un fico pode ser associada ao conceito de arquétipo2 junguiano, que prevê que muitos dos comportamentos e experiências do ser humano são inerentes à nossa existência e apresentam assim uma atemporalidade que faz com que eles permaneçam no nosso inconsciente, independentemente das modificações sociais, históricas e culturais.

Conclusões

Por meio da premissa arquetípica junguiana de que os valores presentes nas narrativas recortadas por De Crescenzo, em Ulisse era un fico, seriam atemporais, pode-se interpretar que o escritor teve como eixo de ação o de facilitar, atualizar e dessacralizar os elementos presentes nas narrativas mitológicas, de modo a apresentar quais seriam suas implicações na experiência de vida dos leitores da obra em questão, dando enfoque ao efeito de relato de experiências que trazem valores mantidos desde a Antiguidade até hoje, mas apresentados por linguagem informal, com tom coloquial, que está mais acessível ao público pretendido pelo autor, os mais jovens, e que demonstra, portanto, que De Crescenzo voltou aos textos-fonte num diálogo intertextual que tem o viés estilístico, pois recria acrescentando tons e nuances diversas.

Referências Bibliográficas

1. DE CRESCENZO, L. Ulisse era un fico. Milano:

Mondadori, 2010.

2. HOMERO. Odisséia. Tradução de Frederico Lourenço. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2011.

3. JUNG, C. G. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.

Agradecimentos

À Pró-Reitoria de Pesquisa da UNESP pela concessão da Bolsia PIBIC – Reitoria e à orientação da Profa. Dra. Maria Celeste Tommasello Ramos.

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