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Academic year: 2023

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TÍTULO:

Análise das edições nacionais da obra Michlenie i Retch (Pensamento e Linguagem) de L. S. Vigotski: um estudo inicial

AUTORES:

Mateus Thaler Beck (discente); Flávia da Silva Ferreira Asbahr (orientadora). Psicologia, Faculdade de Ciências, Campus Bauru. Contato do discente: thalerbeck@gmail.com

INTRODUÇÃO:

Duarte (2004) e Prestes (2012) apontam que a primeira tradução lançada (VYGOTSKI, 1987) passou por adulterações e cortes por parte de seus editores, especificamente nos trechos de fundamentação marxista. Tal versão ainda é muito utilizada por pesquisadores, apesar de já haver uma tradução direta e integral em português (VIGOTSKI, 2001). A partir de uma análise mais aprofundada da comparação dentre essas edições, espera-se que esse trabalho contribua para o estudo de Vigotski no Brasil, aprimorando o conhecimento sobre a obra estudada.

OBJETIVOS:

O objetivo geral deste estudo é analisar como os principais conceitos dos dois primeiros capítulos do livro Michlenie i retch são apresentados nas duas traduções disponibilizadas para o público brasileiro (VYGOTSKI, 1987; VIGOTSKI, 2001) e avaliar se há diferenças significativas entre as mesmas.

MATERIAL E MÉTODOS:

Comparação entre os dois primeiros capítulos, atentando-se para a observação da escolha dos termos utilizados pelos tradutores. Elenca-se as supressões e as alterações de trechos e parágrafos entre os dois livros que modificam o entendimento do texto ao que se referir aos conceitos mais importantes da obra. Utiliza-se a edição argentina, Pensamiento y habla da Editora Colihue Clásica, para avaliar as escolhas dos tradutores por meio de uma publicação tida como mais fiel e próxima ao original. A escolha por essa versão deve-se às colocações de Prestes (2010) sobre essa tradução.

RESULTADOS:

Verificou-se até o momento que: (1) houve a substituição dos nomes de autores citados por seus respectivos referenciais teóricos; (2) a reestruturação das seções do capítulo 2 alteram a forma como conceitos são expostos; (3) abrandou-se a crítica a Piaget; (4) simplificou-se a exposição do método de desmembrar em unidades; (5) supressões do capítulo 2 alteram a linha de raciocínio, modificando o entendimento da crítica ao conceito de pensamento egocêntrico.

DISCUSSÃO:

A partir dos dados já coletados, confirma-se as indicações de Duarte (2004) e Prestes (2012) sobre as traduções. Pode-se constatar uma série de distorções, simplificações e, inclusive, adições nessa versão (VYGOTSKY, 1987), além da suavização das críticas de Vigotski a Piaget, que corrobora a posição de Duarte (2004). Averiguou-se que, nos dois primeiros capítulos, ao contrário do que afirmam os editores que não houve “qualquer perda quanto ao conteúdo do pensamento ou à informação factual” (p. XVI, id. ibid.), a maneira como os conceitos de Vigotski são expostos estão significativamente discrepantes em relação à tradução integral (VIGOTSKI, 2001). Essa edição teve uma importância histórica para a difusão das ideias do autor no país, como aponta Prestes (2012), porém, é inadmissível que ainda seja utilizado por pesquisadores como referências de seus trabalhos a se referirem ao pensamento de Vigotski.

REFERÊNCIAS:

DUARTE, N. Vigotski e o “aprender a aprender” - crítica às apropriações neoliberais e pós-moderna da teoria vigotskiana. 3.

ed. Campinas: Autores Associados, 2004.

PRESTES, Z. R. Quando não é quase a mesma coisa: traduções de Lev Semionovitch Vigotski no Brasil. Campinas: Autores Associados: 2012.

VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001. Tradução de Paulo Bezerra.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987. Tradução de Jefferson Luiz Camargo.

Referências

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