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univali centro de ciências sociais e jurídicas

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Academic year: 2023

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BREVE HISTÓRICO DO CÓDIGO PENAL

Em 1890, o Código Republicano seguiu a mesma linha, posteriormente alterado, e no Código Penal de 1940, os crimes contra a pessoa iniciam-se pela parte especial, enfatizando a importância do bem jurídico da vida. O Código Penal do Império abriu sua parte especial, que classificava os crimes contra o Estado como organismo jurídico político, e encerrou-a com os crimes contra a pessoa. Na verdade, o atual Código Penal começa com a Parte Especial que trata dos crimes contra a pessoa e termina com os crimes contra o Estado, colocando o ser humano como epicentro do sistema jurídico e conferindo à pessoa humana uma posição de destaque na proteção que os criminosos aproveitar. A lei contempla o exercício.16.

CONCEITO

  • D OLO
  • H OMICÍDIO
    • Homicídio Simples
    • Homicídio Privilegiado
    • Homicídio Qualificado
  • I NDUZIMENTO , I NSTIGAÇÃO OU A UXÍLIO A S UICÍDIO
  • I NFANTICÍDIO
  • A BORTO
  • T RIBUNAL DO J ÚRI – C OMPETÊNCIA NO C RIME DE A BORTO

121 do atual Código Penal, para Teles “é crime comum, material, simples, com dano imediato, efeito permanente e forma livre”. 33. É um tipo cuja característica é afetar violentamente o sistema emocional do responsável pelo crime, fazendo com que ele se sinta dominado, resultando em uma reação violenta e imediata42. O uso da tortura é aquele que causa sofrimento prolongado à vítima, que sofre desnecessariamente e de forma cruel.

22

BREVE HISTÓRICO DO ABORTO

Ressalte-se que nesta tradução de Almeida, durante a interpretação do versículo 22, chega-se à conclusão de que naquela época o feto era considerado parte do organismo da mulher, portanto nos casos de aborto causado por terceiros, eles não eram punido pela morte causada, mas sim pela lesão corporal da gestante; o que nos leva a crer que o produto da gravidez não era considerado uma pessoa, mas apenas uma parte do corpo humano. Porém, na hora de tomar uma decisão sobre o futuro da gravidez, Belo62 relata claramente que nem todas as mulheres tinham esse poder. Acontece que, apesar de a mulher grega não ter poder de decisão, o mesmo autor63 explica que na Grécia de Aristóteles o aborto não era considerado crime, foi até difundido pelo filósofo, que já estava preocupado com o que conhecemos hoje como uma explosão demográfica, com Aristóteles, Platão e seu mestre, Sócrates, compartilhando os mesmos pensamentos e tendo a mesma preocupação, o crescimento populacional exagerado.

Com as pesquisas realizadas, descobriu-se que até o pai da medicina, Hipócrates, apesar do juramento, jurou não ensinar mulheres. Um fato interessante da história é que até o século XVI os homens não podiam nem mesmo como médicos ajudar as mulheres durante o parto, o que era feito por senhoras mais velhas e experientes, conhecidas por nós como parteiras. Alguns anos depois, o aborto foi novamente proibido, mas precisamente em 1955, a liberdade de fazer um aborto tornou-se uma realidade para as mulheres daquele país.

No Uruguai, a autorização do aborto aprovado pelas gestantes durou pouco, apenas de 1934 a 1938, sendo considerada uma afronta às tradições legais do país e ao aborto, agradado ou não à gestante, e também ao praticado sozinha. um crime, e actualmente há uma tendência para aliviar as penas em alguns casos. Milhares de mulheres na Europa e nos Estados Unidos usaram a talidomida, um sedativo antiemético que causa anomalias graves nos fetos, durante as primeiras fases da gravidez. A autora passa então a explicar que, por mais que as leis tentassem resolver o problema ampliando as isenções, não era suficiente, pois as mulheres queriam muito mais, queriam poder de decisão, etc.

Com o Código Penal brasileiro de 1890, o aborto já era considerado crime e só era permitido para salvar a vida da gestante, caso em que o médico ou a parteira acabariam sendo punidos por sua negligência se ela morresse.71.

ESPÉCIES DE ABORTO

  • A BORTO E SPONTÂNEO
  • A BORTO P ROVOCADO
    • Auto Aborto e Aborto Consentido
    • Aborto Provocado por Terceiro
    • Aborto Qualificado
    • Terapêutico ou Necessário
    • Sentimental
    • Eugênico ou Eugenésico
  • I NJEÇÃO A NTICONCEPCIONAL
  • D ISPOSITIVO I NTRA U TERINO
  • V ASECTOMIA
  • E NDOCEPTIVO
  • I MPLANTE A NTICONCEPCIONAL
  • A NEL V AGINAL
  • A DESIVO A NTICONCEPCIONAL
  • P ÍLULA D O D IA S EGUINTE
  • C AMISINHA
  • D IAFRAGMA
  • C AMISINHA F EMININA
  • E SPERMATICIDA
  • M ÉTODO D O M UCO
  • T ABELINHA
  • C OITO I NTERROMPIDO

126, tanto da legislação penal aplicável, se for o caso de terceiros que não tenham participado do aconselhamento, apenas da execução do ato, volta-se a utilizar o entendimento de Mirabete. Há presunção de não consentimento em alguns casos, como ensina Mirabete: “.. quando a gestante “não tiver mais de quatorze anos, ou for alienada ou doente mental, ou se o consentimento for obtido mediante fraude, grave ameaça, ou violência” (art. 126, inciso único)”.82. É realizada quando a gestante corre risco de morte e não há outra forma de salvá-la a não ser realizando um aborto.

Portanto, somente um médico pode realizar um aborto quando for a única forma de salvar a vida da gestante. No caso de aborto necessário, em que não há outra forma de salvar a gestante, ele não responde por crime. 128 do Código Penal Brasileiro gera confusão no seu entendimento quando diz “não é punido”, pois deixa uma situação de dúvida quanto ao que trata o artigo, se é a exclusão da ilicitude ou a ausência de culpa.

Só haveria uma razão pessoal para excluir a punição se a CP dissesse que “os médicos não podem ser punidos”.100. As pílulas, consideradas um dos métodos contraceptivos mais eficazes, são hoje um dos métodos mais utilizados pelas mulheres que não desejam ter filhos. Só pode ser prescrito por um médico, esse tipo de anticoncepcional consiste em injeções administradas na região glútea, geralmente usadas por mulheres que não conseguem tomar a pílula ou muitas vezes esquecem de tomá-la.

Porém, não é muito eficaz, mulheres que não desejam engravidar não devem utilizar este método.

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ABORTO E RELIGIOSIDADE

  • O CATOLICISMO E O DOGMA DE DEUS COMO AUTOR DA VIDA
  • A P OSIÇÃO DAS I GREJAS P ROTESTANTES
  • ISLAMISMO E CONDESCENDÊNCIA COM O ABORTO
  • J UDAÍSMO : A BORTO N ÃO P ODE S ER C RIME
  • E SPIRITISMO E G RAVIDEZ COMO M ANDATO DE O RDEM D IVINA
  • C ANDOMBLÉ E N ÃO P ROIBIÇÃO

Atualmente, o aborto é condenável em qualquer situação, pois ensinam que o feto tem o mesmo direito à vida que a mãe, e que mesmo para salvar a vida da gestante não é aceitável fazer um aborto107. Em 1902, a Igreja Católica rejeitou expressamente qualquer tentativa de salvar a mulher neste caso, apesar de nestas condições o feto não sobreviver. Portanto, Prado explica que para os seguidores da religião do Islã, somente depois que o feto ou embrião for composto de ossos e carne é que ocorrerá o crime de aborto, punindo-o como homicídio.

O texto acima foi retirado por Prado do Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, para explicar a compreensão islâmica de quando o embrião se torna um ser humano. Portanto, entende-se que enquanto não houver alma, o aborto é condenado ao pagamento de indenização. Após o feto receber a alma, além da indenização, ainda ocorre o crime de homicídio. Dessa forma entende-se que ocorre a análise dos motivos para a realização ou não do aborto, que deve ser considerada e decidida pela família; quando o caso é mais grave, é levado à comunidade judaica local. comunidade, onde o rabino foi consultado.

Religião que tem crescido muito no Brasil e também pode ser encontrada em outras religiões, seu ponto principal é a crença na reencarnação do espírito, que se separa da carne através da morte e reencarna em outro corpo. Se uma mulher grávida corre o risco de morrer, é necessário optar pelo aborto para salvar a mãe. Esta religião não possui doutrinas escritas que se refiram ao aborto, mas o que se pode dizer sobre suas crenças é que não fazem restrições ao sexo, e os padres não proíbem o aborto, mas também não o apoiam. a menos que a concepção tenha ocorrido. num período de memória religiosa porque como ensina Prado “nisto.

Por fim, é claro e óbvio que se percebe a grande influência da religião na questão do aborto, com maior destaque para o catolicismo, pois em épocas anteriores, como relatado anteriormente, a igreja teve uma influência relevante no regime feudal, que fez com que isso fosse imposto pelas leis da igreja sobre as pessoas comuns.

ALGUNS ASPECTOS POLÊMICOS ACERCA DA PRÁTICA ABORTIVA

  • A SPECTOS P OLÊMICOS R ELIGIOSOS
  • A SPECTOS P OLÊMICOS S OCIAIS E E CONÔMICOS
  • Q UANDO I NICIA A V IDA H UMANA ?
  • U MA Q UESTÃO T AMBÉM DE S AÚDE P ÚBLICA

Talvez as palavras de Lorea colidam cruelmente com a esfera religiosa, ele destaca sabiamente o atraso intelectual do nosso país, onde o grande problema da não legalização do aborto está na esfera da Saúde Pública. O México, país da América Latina e também o segundo mais católico do mundo, aprovou no dia em que a lei que regulamenta o aborto legalizou sua prática pela escolha da gestante até a 12ª semana de gestação, medida que levou o arquidiocese. da capital para "ameaçar legisladores da capital que votaram a favor da legalização do aborto", mas a lei só se aplica à capital mexicana, Cidade do México.123. Esta defesa absoluta da vida é peculiar porque só é absoluta para a Igreja no caso do aborto.

A descriminalização do aborto é tão inevitável em nosso ordenamento jurídico que já é assunto de discussão há algum tempo e já se trabalha em plebiscito para regulamentá-lo. É necessário que a sociedade e também os responsáveis ​​pela aplicação da lei reflitam, esquecendo se possível a questão religiosa, relacionada à questão do aborto e os motivos que levam uma mulher a tomar tal decisão, colocando gravemente em risco sua vida e saúde, a julgar pelo condições em que isso acontece muitas vezes e liberdade considerando a questão jurídica do caso. O juiz e professor da Universidade Federal do Espírito Santos, João Batista Herkenhoff, nos traz um pouco de sua experiência como juiz e as experiências que teve ao julgar mulheres que cometem o crime de aborto.

Com interesse na polêmica criada pelo tema aborto e na necessidade de saber o momento exato do início da vida, a emissora Rede Globo, por meio do programa Fantástico, exibido semanalmente aos domingos, realizou uma pesquisa, que revelou a existência de quatro escolas de pensamento sobre o momento em que a vida humana começa: 136. O médico sabe sabiamente que a interrupção voluntária da gravidez é um assunto pessoal e exige análise do momento e da situação. Como seria de esperar, a atitude corajosa do então ministro provocou a ira da Igreja Católica e dos seus seguidores, mas José Gomes Temporão tentou justificar: “algumas religiões orientais, como o budismo, permitem o aborto”. e acrescentou: "Além disso, vivemos num estado secular.

Na última parte do trabalho, o terceiro capítulo focou exclusivamente no tema, ou seja, a visão e os ensinamentos religiosos juntamente com os aspectos polêmicos que cercam o aborto, na tentativa de justificar a possibilidade de descriminalização do aborto. É importante ressaltar que existem muitos movimentos que defendem o aborto ou o não aborto, mas não existem evidências científicas que comprovem a correção do momento exato do início da vida. Porém, não são necessárias pesquisas científicas para comprovar que a mulher é a principal vítima. Desta forma espera-se que este trabalho tenha alcançado o efeito que inicialmente se propôs alcançar, nomeadamente discutir questões controversas e a influência da religião no aborto.

Referências

Documentos relacionados

Em sede de denúncia, o Ministério Público requereu o prosseguimento da ação penal “até final decisão e condenação, inclusive, sendo o caso, fixando-se valor mínimo para a reparação de