• Nenhum resultado encontrado

UNIVALI ESCOLA DO MAR, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2023

Share "UNIVALI ESCOLA DO MAR, CIÊNCIA E TECNOLOGIA"

Copied!
44
0
0

Texto

ASSINATURAS QUÍMICAS ELEMENTARES E FORMA DA CAVALA (Scomber colias GMELIN, 1789) OTÓLITOS DA REGIÃO SUDESTE E SUL. Df = graus de liberdade; X² = qui-quadrado..13 Tabela 5-Comparação regional da morfometria dos otólitos por análise multivariada de variância de permutação e pares (teste pairwise). Df = graus de liberdade; X² = qui-quadrado..15 Tabela 8 – Comparação dos elementos otólitos (μg elemento/g cálcio) S .

Df = graus de liberdade; X² = Qui-quadrado..16 Tabela 9- Comparação regional da química dos otólitos por análise multivariada de permutação e pares (teste pairwise). O objetivo deste estudo foi avaliar a homogeneidade do estoque de Scomber colias na plataforma continental sudeste e sul do Brasil, analisando a forma e as assinaturas químicas elementares dos otólitos. A combinação do formato do otólito e dos métodos de análise química não aumentou a confiabilidade dos resultados.

INTRODUÇÃO

A cavala, sendo uma fauna acompanhante, não possui lei normativa específica no sistema pesqueiro brasileiro (Anexo A), nem possui período de defeso, como existe em Portugal para a mesma espécie (Correia et al., 2021). . Ao mesmo tempo, estudos que analisaram a composição química de otólitos identificaram estoques de diversas espécies comerciais no sudoeste do Oceano Atlântico, como aves marinhas (Micropogonias furnieri) (Volpedo & Cirelli, 2006), peixe-rei (Percophis brasiliensis) (Avigliano et al ., 2015b) e sardinha (Sardinella brasiliensis) (Schroeder et al., 2022), tornando-se uma importante ferramenta para a gestão da pesca (Volpedo & Cirelli, 2006; Avigliano et al., 2018). O carbonato de cálcio e outros minerais depositados em otólitos geralmente se originam da composição química da água circundante, mas as condições ambientais (por exemplo, temperatura e salinidade) (Campana, 1999; Elsdon et al., 2008) e as diferentes pressões de pesca também influenciam ( Catalán et al. ., 2018), além de fatores como bioecologia (nutrição, fisiologia, reprodução) e genética (Volpedo & Vaz-dos-Santos, 2015).

Isso permite identificar áreas utilizadas pelos peixes desde os estágios iniciais de desenvolvimento, gerando um perfil de história de vida (Campana, 1999; Elsdon et al., 2008). Em relação à forma dos otólitos, processos biológicos, como o desenvolvimento ontogenético e fatores ambientais podem alterá-la, pois afetam as taxas de crescimento da estrutura (Cardinale et al., 2004). Tais alterações são identificadas pela análise morfométrica, que consiste na comparação de distâncias lineares (altura, comprimento, área e circunferência) (Casselman et al., 1981; Leguá et al., 2013) e análise de forma baseada na decomposição de contorno de otólitos por descritores, como coeficientes Wavelet (Libungan & Pálsson, 2015).

Figura 2 - Produção de S. colias capturada no Sudeste e Sul do Brasil e desembarcada em  Santa Catarina entre 2000 e 2019
Figura 2 - Produção de S. colias capturada no Sudeste e Sul do Brasil e desembarcada em Santa Catarina entre 2000 e 2019

OBJETIVO GERAL

Objetivos específicos

MATERIAIS E MÉTODOS

  • Área de Estudo
  • Base de Dados
  • Análise Morfométrica dos Otólitos
  • Análise Química de Elementos Traço dos Otólitos
  • Análise dos dados

O contorno dos otólitos foi obtido por imagens calibradas (relação do número de pixels com a medida em milímetros) v. As amostras da forma do otólito foram obtidas utilizando 46 coeficientes Wavelet, mostrando o número necessário de coeficientes para reconstruir a forma do otólito com 98,5% de precisão. Os descritores de tamanho: área do otólito (A), circunferência do otólito (Po), comprimento do otólito (Co) e altura do otólito (Ao) foram obtidos das imagens calibradas e utilizados para cálculo dos índices de forma, conforme Tabela 1.

Parâmetros morfométricos: área do otólito (A), perímetro do otólito (Po), comprimento do otólito (Co) e altura do otólito (Ao). Um total de 96 indivíduos (≅ 10 por amostra) com comprimentos semelhantes (Ct) como indicação de idade foram previamente selecionados para atender aos critérios de análise química (Tabela 2) (Adelir-Alves et al., 2019; Biolé et al., 2019). A descontaminação foi então realizada de acordo com um protocolo padrão (Rooker et al., 2001; Soeth et al., os otólitos foram imersos em peróxido de hidrogênio por 15 minutos; 2) o peróxido foi removido e ácido nítrico 1% (v/v) foi adicionado. adicionado (HNO3, Fluka TraceSelect) por 10 segundos; 3) Por fim, foram realizadas três lavagens em água ultrapura.

Os otólitos descontaminados foram pesados ​​(0,0001 g) e completamente dissolvidos pela adição de ácido nítrico ultrapuro 5% (v/v), formando uma solução homogênea com volume final de 5 ml (Correia et al., 2021). A composição química dos otólitos foi determinada por espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado de alta resolução (Thermo Scientific, Element 2 HR-ICP-MS) no laboratório HR-ICP-MS do Departamento de Geologia da Universidade Estadual Paulista (IGCE, UNESP) – rio Klar). Amostras de otólitos foram analisadas em ordem aleatória para evitar possíveis efeitos de sequência, e material de referência de otólitos certificado (FEBS-1) foi analisado para controle de qualidade de precisão (Sturgeon et al., 2005).

Assim, a análise univariada não paramétrica de Kruskal-Wallis seguida do teste post-hoc de comparações múltiplas de Dunn com ajuste de 'p' pelo método de Bonferroni (Dunn, 1964) foi utilizada para avaliar as diferenças entre os grupos. A análise de variância multivariada permutacional (PERMANOVA) foi usada para comparar todos os elementos, coeficientes wavelet e índices de forma entre regiões (Avigliano et al., 2017; Fowler et al., 2015; Soeth et al., 2019; Muniz et al., 2020 ). Para garantir que as diferenças na massa dos otólitos de diferentes regiões não influenciassem os resultados químicos dos otólitos, a interação entre a massa e a relação elemento otólito/Ca foi avaliada por análise de covariância (ANCOVA), com a massa do otólito como covariável (Campana et al., 2000 ; Daros et al., 2016; Soeth et al., 2019; Correia et al., 2021).

Todas as condições foram removidas com sucesso subtraindo-se a inclinação linear do grupo comum multiplicada pela massa do otólito de cada observação.

Figura 5 - Localização dos pontos amostrais de S. colias no Sudeste e Sul do Brasil utilizadas  no presente estudo
Figura 5 - Localização dos pontos amostrais de S. colias no Sudeste e Sul do Brasil utilizadas no presente estudo

RESULTADOS

  • Análise Morfométrica dos Otólitos
  • Análise Química univariada de Elementos Traço dos Otólitos
  • Análise Química multivariada de Elementos Traço dos Otólitos
  • Morfometria e Análise Química dos Otólitos Combinadas

Todas as análises univariadas e multivariadas foram realizadas utilizando pacotes estatísticos no ambiente de programação R (R Development Core Team, 2017) e software PRIMER 7 v.7.0.21. A análise multivariada utilizando todas as variáveis ​​morfométricas mostrou diferença significativa entre as regiões (PERMANOVA, pseudo-F = 8,1, p < 0,0001), mas na comparação pareada as regiões SC e SP não apresentaram diferenças significativas (Tabela 5). No entanto, a combinação com índices de forma resulta numa redistribuição mais justa entre regiões.

Os elementos/Ca que apresentaram diferenças entre os grupos foram Sr/Ca, Mn/Ca e Li/Ca (Kruskal-Wallis, p<0,05) (Tabela 7). No teste post-hoc de Dunn, o Sr/Ca apresentou diferença entre todas as regiões, enquanto o Mn/Ca apresentou diferença apenas entre RJ e SP, e o Li/Ca apresentou diferença apenas entre RJ e SC (Figura 9). As regiões apresentaram diferenças significativas entre si com base na relação elemento/Ca (PERMANOVA, pseudo-F = 20,6, p <0,0001), o que foi confirmado na comparação pareada (Tabela 9).

A reclassificação leave-one-out confirmou os padrões observados no CAP, com os maiores erros de classificação atribuídos ao RJ. 20 Tabela 12 - Matriz de reclassificação "Leave-one-out" combinando análise de forma com assinaturas multielementares de S.

Tabela  5  –  Comparação  regional  da  morfometria  dos  otólitos  por  análise  multivariada  permutacional  de  variância  e  por  pares  (Pair-wise  test)
Tabela 5 – Comparação regional da morfometria dos otólitos por análise multivariada permutacional de variância e por pares (Pair-wise test)

DISCUSSÃO

As diferenças observadas provavelmente têm origem na influência de fatores ambientais (Campana, 1999; Elsdon et al., 2008). O Sr está estritamente relacionado à sua concentração no ambiente, e sua incorporação nos otólitos é regulada pela temperatura e salinidade da água (Campana et al., 2000; Elsdon e Gillanders, 2004). A temperatura geralmente tem uma influência positiva sobre Sr/Ca em otólitos (Martin et al. 2004; Elsdon et al. 2008).

Na mesma área de estudo, Soeth et al., (2019) encontraram uma tendência latitudinal para Chaetodipterus faber (espécie de águas rasas), com maiores valores de Sr/Ca em latitudes mais baixas. A influência direta dos insumos continentais pode explicar parcialmente os elevados valores da relação Ba/Ca, reportados para a mesma espécie na costa portuguesa (Correia et al., 2021). A parte sul da área de estudo é afetada pela descarga fluvial de estuários e sistemas lagunares (por exemplo, Rio da Prata e Lagoa dos Patos) (Castro et al. 2003; Braga et al., 2008).

Além disso, Avigliano et al. 2021) observaram um potencial efeito endógeno na incorporação de lítio associado aos primeiros períodos de vida, assim como Bouchard et al. A incorporação de Mn em otólitos pode estar relacionada a fatores endógenos e exógenos e também é específica da espécie (Elsdon et al., 2008; Hüssy et al., 2020). As maiores concentrações da relação Mn/Ca foram registradas em SC e SP, o que é consistente com as expectativas para essas regiões, uma vez que é previsto um aumento de Mn em regiões de influência estuarina (Elsdon et al., 2008).

Em relação ao Mg, os autores sugerem uma influência da salinidade e da temperatura, sendo os efeitos desta última muito diferentes, de positivos a negativos e zero (Campana 1999; Elsdon et al., 2008; Bouchard et al., 2015). Este fato pode estar relacionado às variações nas precipitações e vazões dos rios nos sistemas estuarinos e lagunares, que provocam alterações na salinidade de regiões mais costeiras e rasas (Castro et al., 2006). Nessas áreas ocorrem processos de revitalização, resultando em ambientes altamente produtivos que aumentam o sucesso de sobrevivência nas fases iniciais da vida dos peixes (Matsuura Braga et al., 2008).

Nesta região predomina a Água Costeira (CA), efeito da descarga continental dos muitos rios de pequeno e médio porte encontrados na região de água da plataforma continental (Castro et al., 2006).

Population structure and ontogenetic habitat use of Micropogonias furnieri in the southwestern Atlantic Ocean inferred by otolith chemistry. Fish stocks of Urophycis brasiliensis revealed by otolith fingerprint and shape in the southwestern Atlantic Ocean, Estuarine, Coastal and Shelf Science, v. Hydrographic climatology of the southern Brazilian shelf water between São Sebastião (24°S) and Cabo São Tomé (22°S). S), continued.

Estrutura populacional da cavala (Scomber colias) no nordeste do Oceano Atlântico inferida a partir de características elementares e isotópicas de otólitos. Impressões digitais de otólitos do peixe de recife de coral Stegastes fuscus no sudeste do Brasil: uma ferramenta útil para estudos populacionais e de conectividade. Efeitos das mudanças climáticas na operação da frota de cerco com retenida destinada à captura de sardinha no Sudeste e Sul do Brasil.

Otolith shape analysis as a tool for population identification of the southern blue whiting, Micromesistius australis. In search of the dead zone: using otoliths to track fish exposure to hypoxia. Changes in the abundance and spatial distribution of Atlantic chub mackerel (Scomber colias) in the pelagic ecosystem and fisheries off Portugal.

Otolith shape analysis as a tool to infer the population structure of the bluefin mackerel, Trachurus picturatus, in the NE Atlantic. Population structure of the Atlantic mackerel (Scomber colias) in the Northeast Atlantic inferred from otolith shape and body morphometry. Overlap of the reproductive cycle and recruitment of the four main species caught by the purse seine fleet in Brazil.

Population structure of the Brazilian sardine (Sardinella brasiliensis) in the southwestern Atlantic Ocean inferred from body morphology and otolith shape signatures. Stock structure of the Brazilian sardine Sardinella brasiliensis from the southwestern Atlantic Ocean inferred from otolith elemental signatures, Fisheries Research, v. The chemical composition of Otolith as a useful tool for sciaenid stock discrimination in the southwestern Atlantic Ocean.

Imagem

Figura 1- Exemplar de S. colias capturado na plataforma continental Sudeste e Sul do Brasil
Figura 2 - Produção de S. colias capturada no Sudeste e Sul do Brasil e desembarcada em  Santa Catarina entre 2000 e 2019
Figura 3 - Procedimento da operação de pesca realizada pela frota de cerco no Sudeste e Sul  do Brasil
Figura 4 - Localização dos otólitos nas câmaras do ouvido interno de S. colias.
+7

Referências

Documentos relacionados

Com o objetivo de obter o valor de CSR para cada elemento, foi feita a análise no modo FullQuant de 10 soluções padrão contendo 10 ETRs em HNO 3 3% em concentrações entre 10 e 500