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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

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Academic year: 2023

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Cronogramas de atividades como projeto de formação: reflexões sobre as narrativas de professoras que atuam na Educação Infantil em Macaé-RJ / Alessandra da Silva Rezende Souza Martins. Cronogramas de atividades como projeto de formação: reflexões sobre as narrativas de professoras que atuam na Educação Infantil em Macaé-RJ.

Macaé, nossa voz é história

O processo de revisão da jornada de trabalho dos professores da rede pública de ensino de Macaé resultou no aumento da carga horária de atividades. Em consonância com as orientações traçadas nos quadros anteriores, a preocupação em legitimar os horários das atividades como espaços/tempos de reflexão coletiva está inserida na carga horária docente da sua unidade escolar.

Figura 2 – Organização da carga horária do Professor A
Figura 2 – Organização da carga horária do Professor A

A formação docente problematizada e ressignificada

Embora os Cronogramas de Atividades tenham conotação de formação continuada em documentos como o regulamento escolar municipal e o Plano de Cargos, Carreiras e Salários, o que quero problematizar aqui é a forma como as propostas de formação podem ser construídas em detrimento da intenção de melhorar as práticas. . Buscar a formação docente, vinculada à concepção problematizadora de educação, supõe que os contextos de troca de saberes entre professores alimentam uma forma singular de formação dentro da escola, por meio de Cronogramas de Atividades.

As primeiras temáticas norteadoras

A inserção na docência e as concepções socialmente construídas

Em “Formando sua posição de professor, afirmando a profissão docente” identifica-se a defesa do autor por delimitar o campo docente como campo profissional em suas dimensões sociais, culturais e políticas. Não é aceitável que em muitos países, e também no Brasil, a escolha de uma graduação seja uma segunda opção, por falta de outras alternativas, por questões de horário (oferta de cursos noturnos) ou de facilidade (cursos a distância). . Esses objetivos servem de inspiração quando se pensa em construir um projeto formativo em planos de atividades, e as narrativas dos colaboradores desta pesquisa ampliam o desejo e a relevância de compreender nossos processos formativos a partir de nossas próprias perspectivas, sendo atores e autores de nossa aprendizagem, como aparece pelo autor.

O projeto formativo dos Horários de Atividades também começou a ser desenhado pelas nossas semelhanças e singularidades, pelos nossos contornos, pelos sujeitos da formação. Nossas histórias de vida, experiências e detalhes como pressupostos básicos na construção de um projeto comprometido com os processos, com as múltiplas demandas que exigem práticas inclusivas e não focadas em resultados instantâneos de práticas homogeneizadoras.

As experiências das histórias de vida em formação e a construção das

Portanto, não são as diversas funções, antes ou durante a instrução, que associaremos à educação experiencial, assim como os anos de vida são instrumentos inadequados para avaliar experiências. São os valores utilizados, as transformações internas identificadas através da reflexão renovada que nos conduzem a uma formação experiencial. Pressuposto necessário para uma formação vivencial e transformadora dos sujeitos, para se tornar professor manifestado no autoconhecimento, que nos convida a ser autor e ator de nossas histórias.

No próximo capítulo, minhas abordagens estarão vinculadas a dois encontros coletivos em Esquemas de Atividades, e por isso discutirei mais sobre as formas que escolhi para conduzir a pesquisa, a partir de um perfil característico de nossos encontros de formação na escola: a conversa. Sempre que decidíamos ter horários de atividades, fosse para estudar ou planejar, nosso jeito de fazer as coisas era caracterizado pela conversa.

Rememorar e publicizar a vida como dispositivo de uma

Uma pausa para reflexão sobre aspectos antes não examinados, um direcionamento para a autoavaliação, propício para despertar o que há de formativo em suas histórias. Suas ideias sobre a publicação de histórias de vida ainda podem ser marcadas pela concepção que valoriza as narrativas heróicas, grandes narrativas que destacam personagens de uma história de elites. Por isso, relembrar e publicar histórias de vida constituem ferramentas de pesquisa e formação, pois envolve, na atividade narrativa (que é viva e transitória), a inscrição de um sujeito aprendiz consciente de questões sociais, afetivas, subjetivas, políticas, culturais e. muitas outras dimensões que percorrem o seu percurso de vida, capazes de transformar pensamentos e ações, unindo experiências num vasto projeto de formação, nos seus âmbitos temporais singular-plural pela compreensão que cada ser humano dá à sua existência.

Este primeiro encontro coletivo nos convidou em sua dimensão experiencial de construir uma pesquisa para perceber os detalhes do cotidiano em suas sutilezas. Desta forma, os espaços/tempos da formação não se reduzem ao interior da escola e ao tempo do relógio, mas permeiam o espaço e os tempos da vida privada numa cronologia entre passado, presente e futuro.

Formar é sempre formar-se

Dispositivos de manutenção e fortalecimento das formações em Horários de

A partir de histórias de vida, seguiremos os caminhos de uma nova epistemologia da formação, que Nóvoa (2010) destaca ao direcionar nossa atenção para o que é formativo na vida de cada indivíduo. Isto confirma Josso (2010 b) quanto à concepção de uma biografia educacional, além do autor. A documentação pedagógica mencionada está alinhada com pesquisas recentes sobre uma pedagogia participativa que inclui o diálogo com as crianças para organizar gravações de qualidade em nossas atividades diárias (PINAZZA; FOCHI, 2018).

Os professores são nossos porta-vozes, pois trabalham com um projeto formativo com características de Agendas de Atividades, com reuniões periódicas de pessoas que compartilham o mesmo espaço de trabalho e, portanto, objetivos semelhantes, oferecendo uma abordagem mais direta, mais assertiva nas questões desafiadoras do nosso dia a dia. , além de uma abordagem entrelaçada das identidades de nós mesmos e dos outros. Com a ajuda de videochamadas via WhatsApp foi possível realizar três reuniões de cerca de uma hora cada.

Objetos de apego como vestígios de si

A professora A-mar relembrou e compartilhou a formação sobre horários de atividades do dia 26 de fevereiro de 2018. Em dezembro de 2018, organizei uma proposta de reflexão sobre horários de atividades baseada no poema Girassol de Kell Smith. Acrescentaria às questões: o que dizem os professores sobre as experiências estéticas vivenciadas nos Horários de Atividades.

Todas as nossas conquistas, o envolvimento dos professores na construção de contextos de formação, a aquisição das nossas histórias de vida na formação como motores de renovação nos Horários de Atividades, a elaboração de pesquisas e projetos, são os marcadores da invenção de si no singular Plural. Pesquisa: “Cronogramas de atividades como projeto de formação: reflexões sobre as narrativas de professoras que atuam na Educação Infantil em Macaé-RJ, pesquisadora responsável: Alessandra da Silva Rezende Souza Martins.

Os elos entre projeto de si e projeto coletivo

Encontros e despedidas

Pensar na ação criativa e no bem-estar a partir do discurso destacado nos dá a oportunidade de criar uma conexão com as experiências de nossos filhos no espaço escolar. Como professores/aprendizes, nos permitimos criar com as crianças, explorar e descobrir outras formas de nos relacionarmos com o mundo. Os rastros deixados por A-mar e Esperançália nos permitem pensar no acolhimento de nossa equipe de trabalho, nos permite refletir mais sobre a qualidade de nossas interações, como proporcionamos experiências de interação com as crianças quando isso não permeia a preocupação dos adultos que devem transmitir essas experiências.

Nossas escolhas, as diferentes épocas que passamos, o que aprendemos com as pessoas que passam por nós. Acredito, portanto, que caminhar com os professores não se refere apenas a uma estratégia de formação, mas sim à própria identidade da formação em construção, por meio de experiências provocativas que se processam ao longo do tempo, inicia a pensar o cuidado e a educação como manifestação existencial. que se refere à prática com crianças e adultos.

Carnavália

Adotar esta perspectiva de reinvenção dos espaços/tempos de formação abraça a complexidade que existe entre o pensamento e a ação, entre o ser da cognição e o ser da ação (JOSSO, 2010a). As crianças do turno da manhã eram dispensadas mais cedo e as do turno da tarde chegavam um pouco mais tarde. Com alguns materiais improvisados, construí alguns instrumentos musicais que foram somados aos instrumentos da banda musical que usamos com as crianças da turma.

Para A-mar, o que mais aprovou naquele momento foi o facto de a professora Esperançália ter continuado essa experiência trabalhando um pouco mais tarde na música com as crianças: “(..) Algumas delas tão pequenas só sabiam cantar o refrão. foi a coisa mais linda." O desfile mencionado pela professora, metaforicamente ligado à nossa prática cotidiana, está imbuído do respeito à diversidade cultural e, sobretudo, do incentivo de Freire (2011a) para que os professores intervenham no mundo por meio da educação crítica, justificada pela aliança feita com o silêncio. culturas, vozes cercadas por um sistema discriminatório, que na lógica da objetificação reduz o ser aos interesses do mercado.

Um pouco de mim

Quando a professora menciona “Acho que encontrei a parte que faltava para completar minha jornada na educação”, sua narrativa está intimamente ligada à concepção de Freire sobre a consciência do ser de sua incompletude, “um ser em constante busca por mais (..) o raiz da educação” (FREIRE, 1983, p.27). A autoconsciência do processo de mudança presente na narrativa de Correnteza foi estudada e aplicada na pesquisa de Josso (2010 a) como um movimento gerador de autoconhecimento, uma relação com o próprio conhecimento. A narrativa de formação destacada aborda tanto o ponto de vista da incompletude da existência quanto da autoconsciência (FREIRE, 2011 a; JOSSO, 2010 a), o que fundamenta os pressupostos de um processo permanente de busca por uma arte de viver em conexão e partilha. .

Partindo da dimensão afetiva do ser e de sua capacidade de expressar as diversas formas de amor, o autor afirma que é possível desenvolver uma alteridade solidária, base para a construção da ética. Este gesto amoroso acolhe as diferenças, respeita o outro na sua liberdade, reconhece a sua imperfeição e a imperfeição do outro.

Girassol

Pierro, Fontoura e Ribas (2012), ao investigarem as artes transformadoras, colocam duas questões que considero centrais para pensar os significados utilizados nas experiências em Programas de Atividades: onde e como pode ocorrer o processo de alfabetização artística. Perguntei a ela o que a fez sair das salas de aula do ensino fundamental e médio para trabalhar na Educação Infantil. Talvez o leitor tenha interesse em entender por que trabalhar com crianças na Educação Infantil faz parte de um tratamento, de um remédio.

Durante o processo investigativo, desenhamos um movimento que combinava tanto a formação, na perspectiva dos professores participantes, quanto a formação que implementamos nos cronogramas de atividades. Com suas narrativas de si, ao compartilharem seus medos e expectativas, contribuíram para a desmistificação do trabalho na educação pré-escolar como uma área de fácil assimilação ou de ausência de desafios.

Imagem

Figura 1 – Mapa ilustrativo com a localização da cidade de Macaé
Figura 2 – Organização da carga horária do Professor A
Figura 3 – Organização da carga horária do Professor C
Figura 4 – Organização da carga horária do professor C (16h)

Referências

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