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Academic year: 2023

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MODOS DE PERCEPÇÃO DO PROCESSO DE MORTE E MORRER EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA ENTRE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM. Modos de perceber o processo de morte e morrer entre profissionais de enfermagem em unidades de terapia intensiva.

Objetivo Geral

Objetivos Específicos

Sob esse ponto de vista, temos consciência de que a Unidade de Terapia Intensiva é um local onde muitas vezes os profissionais de enfermagem se distanciam do paciente. Assim, os cuidados de enfermagem que dependem de interação eficaz terão sucesso (RIBEIRO, 2003). Nesse sentido, os profissionais de enfermagem podem participar na prestação de uma assistência mais qualificada e na criação de formas de relações humanas.

O público-alvo do estudo proposto foi composto por enfermeiros atuantes na unidade de terapia intensiva de um hospital geral de Florianópolis. Que significados você atribui ao processo de morte e morrer na sua vivência na prática cotidiana da enfermagem? A partir desta pesquisa pudemos refletir sobre a finitude humana, além de conhecer como os enfermeiros de uma unidade de terapia intensiva percebem o processo de morte e morrer de seus pacientes.

Você foi plenamente informado que ao responder às questões que compõem esta pesquisa, você estará participando de um estudo acadêmico que tem como objetivo descrever como os profissionais de enfermagem percebem o processo de morte e morrer na experiência de cuidado em unidade de terapia intensiva. O objetivo deste estudo é descrever como os profissionais de enfermagem percebem o processo de morte e morrer na experiência de cuidado em unidade de terapia intensiva.

A Percepção do Processo de Morte e do Morrer

Profissionais de Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva

Segundo o Ministério da Saúde (1998), a unidade de terapia intensiva é um local destinado ao atendimento de pacientes graves ou com risco de vida que necessitam de cuidados médicos e de enfermagem constantes, constituídos por um conjunto de elementos funcionalmente agrupados, além de equipamentos e recursos humanos especializados. Koch (1996) menciona que a partir do momento em que a saúde se desenvolveu tecnologicamente, as mortes começaram a ocorrer nas unidades de terapia intensiva e que a comunicação entre profissionais, pacientes e familiares, sobre o seu tratamento, é cada vez mais essencial.

Joyce Travelbee

Nesta pesquisa optamos por utilizar a teoria de Joyce Travelbee porque leva em conta sua perspectiva sobre o sofrimento e a enfermagem e também porque está apoiada em pressupostos interacionistas.

Pressupostos Básicos

Segundo Barros et al (1999), estabelecer uma relação intersubjetiva por meio de etapas denominadas empatia, na teoria intersubjetiva de Travelbee, significa aprender e desenvolver a arte da comunicação, processo no qual o indivíduo aprende a ouvir, compreender e valorizar os outros. , que prioriza o crescimento pessoal em ambos os lados da relação enfermagem/paciente. Da mesma forma, somente uma relação interpessoal positiva, de harmonia e amizade entre os profissionais de enfermagem e o paciente/família pode levar ambos à superação dos seus medos e dos falsos paradigmas delineados em relação à morte.

Processo de Enfermagem segundo Travelbee

Essa interação enfermeiro/paciente faz com que os polos humanos envolvidos busquem os significados e valores superiores de humanidade que envolvem e podem superar a violência e a estranheza desumana da doença e da morte (LEOPARDI, 1999). Aceitamos que certas concepções culturais de morte que a colocam como punição por uma vida que já seria pecaminosa em si são fontes de sofrimento adicional para os pacientes e os impedem de ter uma visão mais justa e natural da morte. apareceria como renovação de vida.

Conceitos Inter-relacionados

O enfermeiro deve procurar conversar com o paciente sobre a forma como ele vê o processo de doença que está passando, suas preocupações, ansiedades, medos, dores e necessidades. É necessário que o enfermeiro se coloque à disposição para ajuda, que deve ser norteada por uma relação pautada no diálogo informativo. Não é possível prestar cuidados de enfermagem mecânicos, principalmente em unidades de terapia intensiva, pois desta forma os profissionais de saúde poderão ser substituídos por máquinas.

O relacionamento interpessoal entre os profissionais de enfermagem era harmonioso, onde sempre havia respeito entre eles.

Experienciando o Processo de Morte e Morrer na Unidade de Terapia Intensiva

Nesse sentido, ao formular a questão acima com os dados descritos do paciente que faleceu, constatamos que o choque ou não na capacidade de atuação dos profissionais de enfermagem pode aparentemente estar associado à percepção da morte ou mesmo relacionado à idade, cronicidade de a patologia subjacente e os aspectos culturais.

Tipo de Estudo

Local de Desenvolvimento da Pesquisa

O ambiente é composto por: um quarto com cinco camas que não atende aos critérios exigidos pela RDC-50 de 10 m2 em cada Box, uma purificação, um quarto que serve de guarda-roupa, armazenamento de materiais e equipamentos e também utilizado para o preparo de certos materiais específicos.

Integrantes da Pesquisa

A ação do cuidado, como modelo terapêutico, precisa ser restituída aos enfermeiros que hoje estão tão exaustos com o que nos é apresentado como forma de pensar a saúde (SOUZA et al, 1998). Nessa fala observamos o que disseram os enfermeiros: por serem pessoas comuns, de carne e osso e com sentimentos como qualquer outra pessoa, simplesmente atuam em locais onde são constantemente confrontados com a morte e por isso buscam formas menos dolorosas de enfrentamento para se adaptar ou face. o processo de morte das pessoas Etkinson, Murray (1989), afirma que a morte de pacientes idosos é muito mais aceita tanto pelos enfermeiros quanto por seus familiares, como uma etapa do ciclo vital.

Alguns enfermeiros que lidam com a morte no seu cotidiano de trabalho parecem sentir o peso da morte do paciente, embora tenham esgotado e investido todos os recursos disponíveis e tenham feito tudo ao seu alcance para prestar o máximo de ajuda possível. com uma morte digna. Concordamos com Ribeiro; Sewo (2001) apud Silvestre (2006) quando afirma que o enfermeiro deveria deixar de sentir a morte como um fracasso, o que levaria à frustração, mas sim torná-la um momento de reflexão em relação à vida, às atitudes, ao comportamento, à finitude e aos próprios limites. Portanto, a relevância desta pesquisa reside na compreensão de como os enfermeiros se sentem, os significados/representações que atribuem a situações conflitantes como a morte e as influências na agência desses profissionais.

Avaliamos também por meio deste estudo que a incapacidade dos profissionais de enfermagem em administrar suas emoções corresponde ao despreparo acadêmico em lidar com o choque causado pela morte. Percebemos que os estudantes de enfermagem estão preparados apenas para promover, restaurar e prevenir a saúde da população, mas esquecem de treiná-los para lidar com a morte de pacientes.

Trajetória para a Coleta e a Organização dos Dados

Análise das Informações

Todas as entrevistas gravadas e transcritas foram analisadas, tendo como referência a literatura especializada em que foram analisadas, segundo o Método do Discurso do Sujeito Coletivo de Lefévre (2005). As ideias centrais – IC – descreveram e revelaram o sentido de cada um dos discursos analisados ​​e de cada conjunto homogêneo de ECH, culminando no Discurso do Sujeito Coletivo. Discurso Tópico Coletivo – DSC – foi o discurso síntese, redigido na primeira pessoa do singular e composto pelas ECH possuindo o mesmo CI ou AC.

O que buscamos foi reconstruir com pedaços de fala individual, como num quebra-cabeça, tantas falas do sujeito coletivo quantas elas julgarem necessárias para se expressar.

Aspectos Éticos

Somente a proximidade das idades torna a identificação mais imediata e o enfermeiro mais vulnerável ao sofrimento e à perda (ETKINSON; MURRAY, 1989). Nesses termos, perceber a emoção provocada pela morte pode significar eficiência na execução das ações de enfermagem. Portanto, Silvestre (2006) confirma que as situações que surgem no cotidiano dos enfermeiros mostram que a academia se esquece de desenvolver capacidades emocionais e como podemos transformá-las em aliadas no nosso trabalho.

No ambiente da UTI, são mais comuns a separação entre profissionais e clientes e a falta de relacionamento afetivo nos cuidados de enfermagem. A Teoria das Relações Interpessoais e o Estágio das Identidades Emergentes de Joyce Travelbee permitiu o primeiro encontro, no qual conhecemos o contexto sociocultural, os valores, os significados e as particularidades dos enfermeiros em relação à morte de pacientes em terapia intensiva. preocupação. . Contudo, consideramos a oportunidade que tivemos durante o curso de enfermagem de vivenciar uma nova estratégia de graduação, que é focar o estágio curricular supervisionado de 180 horas do 8º período neste trabalho de conclusão de curso relacionado à morte e ao morrer.

Os resultados deste estudo indicam que as formas como os enfermeiros da terapia intensiva percebem o processo de morte e morrer também determinam as formas de prestar o cuidado e por isso requerem a atenção do sistema de saúde ao incorporar processos terapêuticos ao cronograma. Dos profissionais de saúde aos enfermeiros numa atitude ética de promoção da saúde a esta equipa de cuidados diários intensivos com tal situação. Ressaltamos que os dados serão coletados por acadêmicos pesquisadores do curso de enfermagem da UNIVALI – CES – Biguaçu, com supervisão da orientadora do projeto, professora Ledronete Silvestre.

Sentimentos Diante do Processo de Morte e Morrer

Significados do Processo de Morte e do Morrer

Qualquer que seja o nosso desejo, pela eternidade ou pela esperança inconsciente de continuar a nossa existência, aumenta os nossos sentimentos de sofrimento, ansiedade e medo da morte. Tal comportamento se reflete de certa forma no processo de morrer do outro, o que dificulta a aceitação do outro. em seu momento de despedida. Patrício (1995) apud Lunardi Filho et al (2001, p.69) discute “a racionalidade com que lidamos com a morte dos outros, no cotidiano das instituições de saúde, desritualiza a finitude do homem. Nessa frase, o autor pergunta: é o medo do desconhecido ou do que se imagina (representações/significados) que você conhece sobre ele.

Nessa fala podemos refletir porque se a crença é que há hora de morrer, significa que não depende do que se faz.

Os Abalos na Capacidade de Ação

Nesse sentido, a mesma teórica de enfermagem orienta que o profissional não apenas precisa, mas deve estar envolvido emocionalmente com a outra pessoa, mas esse envolvimento não pode causar incapacidade nas ações de enfermagem. Segundo Stedeford (1986), quando ocorrem vários óbitos na unidade em um espaço de tempo muito curto, a unidade fica sobrecarregada pela quantidade de tristeza que tem que lidar, esta é a maior dificuldade que a equipe de enfermagem enfrenta. Quanto à estrutura emocional de enfrentamento, Lunardi et al (2001) afirmam que situações como: a semelhança da situação de morte com o próprio profissional de enfermagem ou sua família, a necessidade de sucesso e a falta de tempo para o luto são restritivas. importa para o profissional.

Portanto, pensar sobre a morte e os sentimentos associados a esse fato deve fazer parte do currículo para que ocorra um processo de desenvolvimento emocional e emocional. BECK, C.L.C O processo de viver, adoecer e morrer: experiências de familiares de pacientes internados em terapia intensiva. Como você percebe a vida com os sentimentos que acompanham o processo de morrer e morrer em relação à prática do cuidado, ou seja, choques na capacidade de agir.

Referências

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