• Nenhum resultado encontrado

universidade estadual do norte fluminense - (www.pgcl.uenf.br).

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2023

Share "universidade estadual do norte fluminense - (www.pgcl.uenf.br)."

Copied!
271
0
0

Texto

Investigar a nota obtida por alunos do ensino médio nas provas de redação do Enem nos últimos anos. Apresentar uma proposta de uso de progymnasmata por meio de um modelo piloto que servirá como metodologia de apoio para o ensino de redação dissertativa-argumentativa no ensino médio.

Figura 7: PNLD-quantidade de livros distribuídos 2007-2013 (em milhões)  Fonte: MEC
Figura 7: PNLD-quantidade de livros distribuídos 2007-2013 (em milhões) Fonte: MEC

O atual desempenho dos alunos na redação do Enem

Segundo reportagem apresentada pelo G1, das 100 escolas com notas mais altas no Enem 2015, 97 são privadas. O Quadro 9, a seguir, apresenta um resumo dos resultados das escolas nas provas objetivas e na redação do Enem 2015.

Figura 2: Notas na redação Enem 2015.
Figura 2: Notas na redação Enem 2015.

O ensino de redação no Brasil

A produção de um texto é uma busca de diálogo: ninguém dirá que o escritor produziu um ensaio quando terminar o texto. No início dos anos 1990, houve uma grande tentativa de diversificar a atividade de produção de texto e, olhando para os livros didáticos da época, percebe-se que os alunos tinham que escrever diferentes gêneros textuais.

Ensino do Texto Dissertativo Argumentativo no Brasil atualmente: a

3. incluir a preocupação ética com a situação dos menores nos temas propostos para leitura e produção de textos, subsidiar discussões pertinentes com textos opinativos, argumentativos e explicativos; Todas as coleções do guia representam uma proposta especial para o processo de ensino-aprendizagem da criação de textos.

Avaliação de Livros Didáticos de Língua Portuguesa

Coleção 1: ABAURRE, Maria Luiza M.; ABAURRE, Maria Bernadete M.;

Ao abordar o "projeto de texto", nota-se que a ênfase está na leitura das propostas de concurso (p.382) e na instrução de que os alunos precisam de informações para obter êxito nas avaliações. Algumas instruções são dadas (p.375): "Lembre-se que o texto da dissertação deve apresentar uma análise articulada da questão tematizada"; “Qual é o ponto de vista (sua tese) que pretende defender sobre a possibilidade de alcançar a felicidade?”; "Faça um esboço do percurso analítico que pretende desenvolver"; "Preste atenção ao aspecto formal do seu texto"; "Crie um título que resuma, para o leitor, não apenas o tema abordado, mas também o foco da análise desenvolvida por você."

Coleção 2 : ABREU-TARDELLI, Lília Santos; ODA, Lucas Sanches;

O aluno é convidado a refletir, ler textos acabados, organizar e relacionar argumentos e fatos para desenvolver seu ponto de vista, parafrasear; Assim, o aluno é convidado a produzir uma tese e avaliar seus colegas, sem ter exercitado sua própria capacidade argumentativa.

Coleção 3: AMARAL, Emília; FERREIRA, Mauro; LEITE, Ricardo;

Crie um parágrafo de redação apresentando seu ponto de vista sobre o texto 2 e use dois exemplos para fundamentar sua opinião (p.312). Após selecionar, organizar e relacionar os argumentos, fatos e opiniões apresentados para defender seu ponto de vista, elabore uma proposta de ação social (AMARAL, 2013, p.312-315).

Coleção 4: CAMPOS, Elizabeth Marques; CARDOSO, Paula Cristina

No capítulo 5 há diversas atividades que introduzem o aluno ao reconhecimento das partes do discurso (introdução, desenvolvimento e conclusão) em textos prontos e as atividades de produção textual são semelhantes às dos capítulos anteriores. Há também uma atividade sobre os efeitos do desenvolvimento do texto como “Leia abaixo a introdução e conclusão de uma dissertação sobre o tema da Fuvest19 2007, cuja proposta foi apresentada na atividade 1 de produção.

Coleção 5: CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Anália

O gênero é exemplificado por uma proposta de vestibular, e nos exercícios de compreensão sobre o texto modelo eles abordam novamente a estrutura, dizendo: "Há, no texto da tese, três partes essenciais: uma introdução, na qual a tese ou ideia principal que resume o ponto de vista do autor sobre o tema; o desenvolvimento, que é composto pelas seções que explicam e fundamentam a tese, e a conclusão" (p.380). As questões propostas apresentam ao aluno tipos de argumentos, tipos de conclusão (conclusão-resumo e conclusão-proposta) e questões linguísticas.

Coleção 6: FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto de;

Do Volume 1, os autores apresentam aos alunos diferentes gêneros de texto e cada um nomeia os capítulos de toda a coleção. Por meio da análise, percebemos que apesar dos capítulos serem nomeados dessa forma, os autores apresentam a literatura brasileira e o conteúdo gramatical apenas de forma pouco articulada com o tema de cada capítulo.

Coleção 7: FARACO, Carlos Alberto. Português, Língua e Cultura. 3ª ed

Com base nas características textuais da dissertação e dos gêneros em prosa discutidos nesta seção, avalie sua própria produção textual. Como em quase todas as coleções, misturam-se diferentes categorias, tipos de textos e gêneros literários.

Coleção 8: MARTIN, Roberta Hernandes Vima Lia. Língua Portuguesa

Introdução – é a parte inicial do texto, na qual são apresentados o tema e o ponto de vista (tese) a ser desenvolvido (geralmente no primeiro ou segundo parágrafo do texto). Informações, fatos, opiniões e argumentos que sustentam um ponto de vista foram selecionados, vinculados, organizados e interpretados.

Coleção 9: RAMOS, Rogério de Araújo. Ser Protagonista- Língua

De maneira geral, constatou-se que os alunos receberam muita instrução, mas não praticaram as habilidades necessárias para produzir o texto escrito. Os autores propuseram elaborações de textos, supervisionaram a revisão, mas, como os demais, não propuseram exercícios prévios à solicitação de produção e revisão do texto argumentativo da dissertação.

Figura 11: Critérios de avaliação dos textos.
Figura 11: Critérios de avaliação dos textos.

Coleção 10: SETTE, Graça; STARLING, Rozário; TRAVALHA, Márcia

No capítulo desta tese que ilustra como era o ensino em Roma com os progymnasmata, o leitor entenderá melhor quais fases são necessárias e fundamentais para tornar um aluno competente para escrever um texto argumentativo e concordará que essa metodologia atual deve ser revista; .. e) em muitos livros existe a sugestão de reescrita – os alunos são estimulados a avaliar os textos uns dos outros; porém, sem parâmetros para realizar esta tarefa. Pesquisas mostram que redatores inexperientes utilizam esse procedimento apenas como um ato mecânico (limpar a cópia do primeiro texto), e que apenas os redatores mais experientes reformulam ideias (REINALDO, 2001, p.93). . f) e os professores, mesmo que estejam dispostos e empenhados em auxiliar os alunos no exercício da argumentação, muitas vezes não possuem competência suficiente para atuar nessa área. Hermógenes e Aftônio exerceram grande influência sobre os estudantes europeus nos séculos XV e XVI com seus exercícios preparatórios – os progymnasmata.

O segundo nível de instrução, concomitante ao primeiro, era a prática - os alunos realizavam atividades repetitivas, como as de ginastas ou dançarinos. A recusa só deve ocorrer se houver espaço para debate e nenhuma possibilidade de refutar o que é verdadeiro, como a afirmação de que "os humanos estão sujeitos à morte", e não o que é falso, como "os cães articulam palavras humanas". Deve-se tomar cuidado para que as palavras sejam adequadas para a pessoa que estamos imitando.

Que eles sempre se coloquem além de um muro invisível de paixão que deve ser superado. 8- (Descrição) (Comparação) Na história, Ricardo, parado diante da Vênus de Milo que tinha em seu quarto, chegou a dizer um verso que ia usar (e acabou não usando) para finalizar o poema que escreveu. para Marcela: "Braços O que te falta são os braços dela!"

Figura 12: Conteúdos Programáticos no Colégio Pedro II no Brasil  Fonte: SOUZA (1999, p.37)
Figura 12: Conteúdos Programáticos no Colégio Pedro II no Brasil Fonte: SOUZA (1999, p.37)

Considerações gerais sobre as coleções

RETÓRICA: EVOLUÇÃO HISTÓRICA e ENSINO

A evolução histórica da Retórica

  • Retórica Clássica
  • Período Medieval
  • Retórica Renascentista
  • Iluminismo e Retórica
  • Séculos XIX e XX

Górgias, o primeiro dos bem-sucedidos sofistas de Atenas, que viveu 98 anos, foi um dos primeiros a reconhecer a persuasão por meio de apelos emocionais nos primórdios dos estudos retóricos e influenciou Isócrates e Aristóteles (CORBETT & CONNORS, 1999, p.491) . No século IV aC, Aristóteles reduziu o conhecimento da retórica a um sistema reformulado por Cícero (século I aC) e Quintiliano (século I dC). Os professores de retórica ganharam prestígio; nas escolas da época havia dois currículos: o sofístico (estudo da retórica como arte) e o político (preocupação com as aplicações práticas dessa arte).

Giambattista Vico, o maior mestre italiano de retórica e filosofia do século XVIII, foi um dos poucos que desafiou a superioridade epistemológica da Ciência naquele período, continuando a defender o estudo da Retórica.

O ensino de Retórica no Brasil

A filosofia era estudada nas universidades por três anos, incluindo matemática e ciências naturais (EBY26, 1952, p.95 apud SOUZA, 1999, p.23). Em três séculos de história colonial no Brasil, “a gramática, a retórica e a poética foram ensinadas, aplicadas ao estudo da língua latina e portuguesa, e aprendidas por meio de técnicas tradicionais, como versões, exercícios de linguagem e estilística, procurando atingir o domínio da instrumentos clássicos de expressão”27 (SOUZA, 1999, p.24). Na obra O Império da Eloquência, Souza (1999, p.120-135) apresenta um exame minucioso das realizações da retórica no Brasil, essencialmente como disciplina aplicada à descrição completa do sistema retórico da antiguidade.

Sobre essas obras, Souza comentou sobre seus autores, suas características e conteúdo (1999, p.51-82), deixando claro que a única obra que seguiu a tendência mundial de reduzir a retórica a figuras e tropos foi o livro de Santos Titara . ; já que todos os outros se dedicaram à descrição completa do antigo sistema retórico.

Contribuição da Retórica Clássica para o ensino

  • Retórica grega e Helenística
  • Retórica Romana
  • Gêneros dos discursos
  • Estrutura da Retórica
    • Partes do discurso
  • Os progymnasmata e a relação com as espécies e partes do discurso

Aristóteles dedicou apenas algumas páginas à apresentação das partes do discurso no Livro III da Retórica. Quintiliano discute as partes do discurso dos livros 4 a 6 na obra Institutio Oratoria, dividindo o argumento em dois: probatio e refutatio. Uma introdução anônima aos progymnasmata37 de Aphtonius (KENNEDY, 2003, pp. 91-92) destaca seu objetivo com os exercícios: treinar e acostumar os alunos a espécies (deliberativas, demonstrativas, judiciais), partes da retórica e partes do discurso político.

Os progymnasmata, como já mencionado, eram treinados para as partes do discurso: a fábula era um exercício para o proem; narrativa e descrição, para narrativas; refutação e confirmação para evidências e um lugar geral para o epílogo (KENNEDY, 2003, p. 92).

Sobre os manuais dos progymnasmata

  • Téon de Alexandria
  • Hermógenes de Tarso
  • Libânio
  • Aftônio de Antioquia
  • Nicolau de Mira

As traduções latinas dos manuais de Aftônio de Antioquia e Hermógenes de Tarso formaram a base do ensino da retórica renascentista nas escolas europeias dos séculos XV e XVI. O livro Foundation of Rhetorike (1563) de Richard Reynolds é uma adaptação dos progymnasmata de Hermogenes e Aphtonius comumente usados ​​nas escolas inglesas com os 14 tipos de exercícios propostos por Aphthonius, com exemplos do próprio Reynolds. O termo 'progymnasmata' ocorre uma vez no texto de Theon, mas ele prefere termos mais simples como 'gymnasma' ou 'gymnasia', mas deixa claro que os exercícios precedem a declamação.

Seus primeiros exercícios são voltados para alunos iniciantes de composição no ensino médio, e os mais avançados, principalmente os de confirmação e refutação, preparam os alunos para a argumentação em declamação (KENNEDY, 2003, p.2).

Figura 14: Sequência de exercícios adotada pelos autores gregos de manuais de progymnasmata
Figura 14: Sequência de exercícios adotada pelos autores gregos de manuais de progymnasmata

Produção latina

Breve definição dos exercícios e sua aplicação nas escolas

  • Fábula
  • Narrativa
  • Cria
  • Máximas
  • Refutação
  • Confirmação
  • Lugar-comum
  • Encômio
  • Vituperação
  • Comparação
  • Etopeia ou prosopopeia
  • Descrição
  • Tese
  • Introdução ou proposta de lei

E como isso se relaciona com o fato de que Orfeu saiu, quando aquele que corre para o inferno não pode sair, e que nenhuma quantia de dinheiro pode livrá-lo dos torturadores e carrascos cruéis e impiedosos. Quem de toda a avalanche de cidadãos indesejáveis, eu pergunto, pode ser mais destrutivo do que aquele que se intromete tão bem na vida dos outros que enche seus cérebros de elogios e lisonjas para que eles não possam ver a verdade? Quem é mais prejudicial do que aquele que se esforça para adornar a feiúra dos vícios com os nomes das mais belas virtudes?

Os dois professores também prescrevem a comparação entre elementos que estão no mesmo nível (coisas belas com coisas justas, por exemplo) ou entre aqueles que estão em situação desigual, sendo um superior e outro inferior (o belo com o mau, porque exemplo).

A utilização dos progymnasmata na atualidade

  • Experiências recentes nos Estados Unidos
    • A.P. Church
    • Richard Harp
    • Robert J. Connors
    • Paul Kortepeter - "Writing & Rhetoric"
    • James A. Selby
    • Frank D’Angelo
  • Experiências recentes no norte da Europa - Escandinávia
    • Jens E. Kjeldsen e Jan Grie
    • Swedish Progymnasmata Project
  • A importância dos progymnasmata para a composição do texto

O professor da Universidade do Texas em Brownsville, Church, notou como era difícil para os alunos escrever redações e entender o que estavam lendo. Os alunos são convidados a ler, recitar poemas e inserir epígrafes em todos os seus textos; por exemplo, para expandir uma história de uma frase retirada do texto. Os professores da Universidade do Kansas também elaboram exercícios para os alunos e oferecem aulas de literatura em formato de tese.

Harp acredita que, dessa forma, o professor se torna algo mais do que apenas um transmissor de preceitos retóricos, ele se torna um exemplo para os alunos (p. 487).

Modelo-piloto de atividades

  • Para o primeiro ano do Ensino Médio
  • Para o segundo ano do Ensino Médio
  • Para o terceiro ano do Ensino Médio

Forneça detalhes para apoiar seu ponto de vista e use um trecho de uma fábula para ilustrar o que você está dizendo. d) Conclua seu texto com um pequeno epílogo ou conclusão. Por exemplo: "É justo uma pessoa viver toda a sua vida para agradar os outros com suas ações?" ou "O que acontece com outras pessoas que vivem com uma pessoa que se comporta dessa maneira?" ou "O que pode acontecer com essa pessoa?". 1º parágrafo – Comece seu texto fazendo uma analogia de uma das cabeças ou duas cabeças com alguma coisa e explique sua analogia.

Qualquer coisa dançante, qualquer coisa de alta costura. Em tudo isso (ou então. Que a mulher se socialize elegantemente de azul, como na República Popular da China).

Encômio

Imagem

Figura 7: PNLD-quantidade de livros distribuídos 2007-2013 (em milhões)  Fonte: MEC
Figura 8: Número de escolas de ensino médio por dependência administrativa Brasil-2016  Fonte: Censo Escolar 2016- MEC
Figura 1: Balanço das redações dos participantes  Fonte: Ministério da Educação, 2015
Figura 2: Notas na redação Enem 2015.
+7

Referências

Documentos relacionados

Apresenta-se neste texto um estudo com o objetivo de analisar de que forma a Educação Ambiental EA está inserida nos Livros Didáticos de Ciências do Ensino Fundamental LDCEF a partir da