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Variabilidade fonética na produção de formas de plural do inglês como segunda língua

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Academic year: 2023

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O objetivo desta tese é investigar a variabilidade fonética atestada na produção de formas plurais do inglês como segunda língua (IL2) entre falantes do Brasil. Cs± Consoante oclusiva seguida de sibilante sonora ou surda Cz Consoante oclusiva seguida de sibilante sonora.

INTRODUÇÃO

Objeto de estudo

O Quadro 2 resume os grupos consonantais que serão avaliados na pesquisa: [ps, ts, ks, bz, dz, gz, bs, ds, gs]. Por outro lado, nos exemplos das linhas 4 a 6, os encontros consonantais diferem na sonoridade da sibilante final, ou seja, [Cz] no inglês e [Cs] no PB.

Hipóteses

A ausência de entrada ortográfica favorece maiores taxas de produção de sequência [Cs±] em PB e IL2;. Diferentes itens lexicais e indivíduos aparecem de determinada forma durante a voz sibilante final no PB e IL2;.

Organização do trabalho

Diferentes tipos silábicos, itens lexicais e indivíduos se comportam de maneira específica durante a produção das sequências [Cs±] no PB e IL2;. A sibilante final é pronunciada em frequências mais altas quando precedida por pontos de voz ou vogal epêntica em IL2;.

REVISÃO DE LITERATURA

Fonética Articulatória

As consoantes do PB possuem oito modos de articulação: plosivas, fricativas, africadas, nasais, choques, trinados, aproximantes retroflexas e laterais (CRISTÓFARO-SILVA et al., 2019). O primeiro modo de articulação a ser considerado nesta investigação é aquele que marca a oclusiva da consoante, que envolve um bloqueio completo da passagem do ar pelo trato vocal.

Figura 3 - Pontos de articulação do trato vocal.
Figura 3 - Pontos de articulação do trato vocal.

Fonética Acústica

  • Caracterização acústica de oclusivas
  • Caracterização acústica de sibilantes

Acusticamente, as consoantes oclusivas podem ser identificadas pelos seguintes parâmetros: (1) ausência de energia, (2) barra de entonação, (3) ruído transiente e (4) tempo de entonação (BARBOSA; MADUREIRA, 2015; CRISTÓFARO-SILVA et al. , 2019)10. 10 Para outros parâmetros de classificação das paradas, ver Harrington (2012), Barbosa e Madureira (2015) ou Cristofaro-Silva et al.

Figura 4 - Oscilograma, espectrograma e camada de anotação da palavra sapo.
Figura 4 - Oscilograma, espectrograma e camada de anotação da palavra sapo.

O padrão (oclusiva + sibilante) no PB

Os dados mostraram que a ausência surda foi categórica (100%) quando a sibilante foi seguida por consoante surda. A seta indica a ausência de linha vocal durante a produção da sequência (plosiva + sibilante) na palavra-alvo.

Figura 7 - Realização da sequência [ts] na palavra participação.
Figura 7 - Realização da sequência [ts] na palavra participação.

O padrão (oclusiva + sibilante) no inglês como L2

  • Epêntese vocálica
  • Vozeamento

O estudo piloto desta tese investigou a produção de sequências (stop + hiss) em IL2 em formas plurais. Fragozo (2017) examinou a produção de gritos finais de inglês por estudantes brasileiros em contextos onde a entonação sibilante é esperada (i.e. /z/).

Tabela 1 - Índices de produção da sibilante final por contexto seguinte.
Tabela 1 - Índices de produção da sibilante final por contexto seguinte.

Ortografia

Os resultados indicaram que os participantes do grupo sem acesso a formas escritas deletaram a fricativa uvular em diferentes níveis, às vezes produzindo o encontro consonantal como uma única oclusiva aspirada (ou seja, [th] e [dh] em vez de [tʁ] e [dʁ ]) . Os resultados mostraram que os participantes que não tinham acesso visual a itens lexicais provavelmente substituíram o final rótico por uma fricativa (por exemplo, [ʃ, s, h]).

Sumário

Os múltiplos efeitos da ortografia no desenvolvimento da L2, de acordo com os estudos mencionados neste capítulo, sustentam a visão de que o conhecimento da ortografia afeta as representações mentais dos falantes alfabetizados. O mesmo pode ser dito sobre o papel da tarefa: por estar fora da Gramática, não pode contribuir para a formação das representações fonológicas.

PERSPECTIVA TEÓRICA

Representação fonológica e produção sonora em L2

Outro tipo de informação de pronúncia que não está disponível para aprendizes de L2 em dicionários são as alternâncias morfofonológicas previsíveis. Primeiro, CA ignorou o fato de que grande parte da aquisição da L2 envolve a produção de variantes condicionadas de um fonema (ou seja, alofones).

Figura 11 - Regra de derivação do morfema -s do inglês conforme a Fonologia Gerativa.
Figura 11 - Regra de derivação do morfema -s do inglês conforme a Fonologia Gerativa.

Teoria dos Sistemas Dinâmicos Complexos

Propriedades emergentes: as interações entre os componentes de um sistema dinâmico criam padrões comuns chamados propriedades emergentes. Propriedades emergentes de um sistema são propriedades que não foram observadas anteriormente como características funcionais do sistema.

Figura 12 - Representação de um espaço-fase com dois atratores.
Figura 12 - Representação de um espaço-fase com dois atratores.

Teoria de Exemplares

  • Aquisição de L2 na Teoria de Exemplares

Recentemente, o modelo exemplar em fonologia de L2 (doravante MEFL2) foi proposto em Cristófaro-Silva e Guimarães (2022) e em Cristófaro-Silva e Mendes-Jr. A Figura 15, apresentada por Cristófaro-Silva e Mendes Jr. 2022), ilustra uma rede de exemplos envolvidos na formação do plural em inglês. Devido à sua natureza abrangente, a Teoria Exemplar (assim como o MEFL2) também é capaz de modelar fenômenos de mudança contínua de som.

Figura 13 - Representação de informações associadas a um feixe de exemplares.
Figura 13 - Representação de informações associadas a um feixe de exemplares.

Sumário

METODOLOGIA

Indivíduos

Definidos os critérios de seleção dos indivíduos desta pesquisa, passemos à seleção dos tipos de sílabas e palavras.

Seleção dos tipos silábicos e das palavras

  • Itens lexicais do IL2
  • Itens lexicais do PB

Passemos agora aos critérios de seleção de palavras terminadas em (stop + sibilant) em PB. Em resumo, os critérios para seleção das palavras que apresentam o padrão (plosiva + sibilante) no PB são: .. b) Número de sílabas: controlada → duas sílabas;. Uma limitação encontrada na seleção das palavras listadas no Quadro 8 diz respeito ao uso de cinco palavras que não podem ser dissílabas (sublinhadas).

Variáveis e hipóteses

  • Variáveis e hipóteses do PB
  • Variáveis e hipóteses do IL2

Outros estudos que avaliaram a epêntese vocálica de falantes de IL2, como Silveira (2007) e Fernandes (2009), também enfatizam a importância dessa variável. 4) Nível de proficiência Espera-se que um nível mais alto de produção de sequência [Cs±] ocorra entre falantes de nível avançado em oposição a falantes de nível básico. Essa hipótese se baseia nas premissas da teoria exemplar (JOHNSON, 1997; BYBEE PIERREHUMBERT, 2001), cuja palavra continua sendo o locus das representações mentais. 6) Indivíduo Espera-se que cada indivíduo apresente diferentes índices de produção de sequência [Cs±] no sítio final. Espera-se que a sibilante final de IL2 soe com um tom mais alto quando seguida por uma vogal (por exemplo, duas bolsas [z] são visíveis) em oposição a quando a sibilante é seguida por uma pausa (por exemplo, duas bolsas [s]). .

Protocolo experimental

41 As definições do dicionário utilizadas durante o teste de contagem de figuras encontram-se no Anexo D. Em outro momento, repetiu-se o teste de contagem de figuras, porém com a presença de uma frase controlada após a palavra-alvo (por exemplo, são vistos dois cartões). Em um segundo momento, o teste de contagem de figuras foi repetido, mas com a presença de uma frase controlada após a palavra-alvo (por exemplo, quatro crepes argentinos são vistos).

Tabela 3 - Total de dados esperados para cada experimento.
Tabela 3 - Total de dados esperados para cada experimento.

Análise acústica

Em seguida, foi necessário classificar os dados de IL2 e PB quanto ao pitch final da sibilante. Do lado esquerdo, pode-se observar a produção de uma sibilante surda/friável [s], pois a barra horizontal escura (indicada pela seta cinza) representa a ausência de voz no sinal acústico. Por fim, a parte central do espectrograma ilustra a produção de uma sibilante cujo pitch era parcial.

Figura 17 - Espectrograma e forma de onda da frase “[...] gates are seen”.
Figura 17 - Espectrograma e forma de onda da frase “[...] gates are seen”.

Análise estatística

Assim, o teste de Wilcoxon foi adotado para comparar índices de relação harmônico-ruído em variáveis ​​que tiveram dois níveis de amostragem, a saber: rastreamento do contexto fonológico (pausa ou vogal), tarefa de produção (leitura ou contagem de figuras) e nível de habilidade. (básico ou avançado). Além disso, foi adotado o teste de Kruskal-Wallis, com o objetivo de comparar os índices de relação harmônico-ruído na variável do contexto fonológico precedente, que possui múltiplos níveis: [i], [p], [t], [k] , [b] [d], [g]. Os resultados do teste de Kruskal-Wallis com referência ao contexto fonológico anterior também serão apresentados no Capítulo 6.

Sumário

O teste de Wilcoxon é um teste de hipótese não paramétrico que determina se duas amostras têm distribuições significativamente diferentes. O teste de Kruskal-Wallis é um teste não paramétrico que avalia diferenças significativas em uma variável dependente contínua por uma variável independente de natureza categórica, e que apresenta mais de dois níveis amostrais. Por fim, na sexta seção, foi feita a descrição da análise estatística, que envolveu a adoção dos testes qui-quadrado de Pearson, Wilcoxon e Kruskal-Wallis.

ALTERNÂNCIA DE SEQUÊNCIAS [CS±] ~ [CiS±]

  • Tipo silábico
  • Tarefa de Produção
  • Item lexical
  • Indivíduo

É possível observar que a produção da série [Cs±] ocorre em uma taxa maior (64%) do que a produção da série [Cis±] (36%). Esperava-se que a produção das sequências [Cs±] ~ [Cis±] fosse influenciada pelo tipo silábico das palavras analisadas, conforme estudos avaliando a produção de encontros consonantais emergentes no PB (SCHNEIDER; SCHWINDT, 2010; NASCIMENTO , 2016). Espera-se que cada palavra apresente diferentes índices de produção de linhas [Cs±] no PB.

Tabela 5 - Índices de produção de sequências [Cs ± ] ~ [Cis ± ] no PB.
Tabela 5 - Índices de produção de sequências [Cs ± ] ~ [Cis ± ] no PB.
  • Padrão Ortográfico
  • Tipo silábico
  • Tarefa de produção
  • Item Lexical
  • Nível de proficiência
  • Indivíduo

Um fato digno de nota é que o índice de produção de sequência [Cs±] foi significativamente maior em IL2 (88,6%) do que em PB (64%). A Figura 23 mostra as taxas de produção da sequência [Cs±] e [Cis±] de acordo com o padrão ortográfico em IL2. A Figura 25 apresenta os índices de produção de [Cs±] ~ [Cis±] em relação ao tipo de tarefa.

Tabela 6 - Índices de produção de sequências [Cs ± ] e [Cs ± ] no IL2.
Tabela 6 - Índices de produção de sequências [Cs ± ] e [Cs ± ] no IL2.

Sumário

Ainda em relação à Figura 28, destacamos o fato de que as sequências [Cs±] ~ [Cis±] se alternaram não apenas no que diz respeito à produção da vogal [i], mas também no que diz respeito à sonoridade da sibilante final ( ou seja, I PB , por outro lado, a sibilante é produzida como surda (por exemplo, pote[s]) ou sonora (por exemplo, pote[z] azul), dependendo do seguinte contexto fonológico. O Capítulo 6 descreverá a propriedade de sonorização da final sibilante em PB e em IL2, com o objetivo de avaliar se há aquisição dos detalhes fonéticos finos da alternância [Cs] ~ [Cz] na interfonologia L1-L2.

VOZEAMENTO DA SIBILANTE

Vozeamento da sibilante final no Português Brasileiro

  • Contexto fonológico seguinte
  • Item Lexical
  • Indivíduo

Conforme descrito no capítulo de métodos, valores mais altos de HNR estão associados à produção de segmentos com maior grau de voz. Como esperado, frequências mais baixas de vozeamento foram atestadas quando a sibilante foi seguida por uma pausa (por exemplo, potes [pɔts#]), enquanto frequências mais altas foram observadas. Isso fornece evidências de que o contexto intervocálico influencia maiores graus de vocalização sibilante nos limites das palavras.

Tabela 8 - Vozeamento da sibilante final no PB.
Tabela 8 - Vozeamento da sibilante final no PB.

Vozeamento da sibilante final no Inglês como Segunda Língua

  • Contexto fonológico seguinte
  • Contexto fonológico precedente
  • Tarefa de produção
  • Nível de proficiência
  • Item lexical
  • Indivíduo

Por fim, destacamos que os baixos índices de produção de [Cz] seguidos de pausa (cf. Figura 34) indicam que os falantes brasileiros não possuem conhecimento do princípio de sonorização das sibilantes inglesas. A Figura 37 mostra os índices de vozeamento para as sibilantes finais de IL2 em contextos fonológicos anteriores e posteriores. Partimos da hipótese de que cada indivíduo apresenta diferentes graus de sonoridade final sibilante em IL2.

Figura 34 - Índices de vozeamento das sibilantes por contexto fonológico seguinte no IL2
Figura 34 - Índices de vozeamento das sibilantes por contexto fonológico seguinte no IL2

Sumário

Por outro lado, a sibilante sonora representa uma elevada fragmentação fonética (em termos de variação intraindividual significativa), que é afetada tanto pelo contexto fonológico subsequente quanto pela possível eliminação consonantal. De acordo com os modelos estatísticos, as variáveis ​​contexto fonológico seguinte, contexto fonológico prévio e nível de proficiência foram significativas; Em relação ao TSDC, sugerimos que pode haver competição entre o contexto fonológico seguinte e o fenômeno de eliminação consonantal.

CONCLUSÕES

A ausência de entrada ortográfica favorece taxas mais altas de produção de sequência [Cs±] em IL2 e BP. Certos tipos de sílabas favorecem maiores taxas de produção de sequência [Cs±], tanto no PB quanto no IL2. Diferentes itens lexicais atuam de forma específica durante a produção das sequências [Cs±] no PB e IL2.

Diferentes indivíduos atuam de maneira específica durante a produção das sequências [Cs±] em BP e IL2. Entretanto, não há concordância entre a produção das sequências [Cs±] e [Cis±] em BP e IL2 dos mesmos indivíduos.

Figura 43 - Influência de padrões sonoros emergentes e estáveis do PB na produção de formas do IL2
Figura 43 - Influência de padrões sonoros emergentes e estáveis do PB na produção de formas do IL2

Imagem

Tabela 1 - Índices de produção da sibilante final por contexto seguinte.
Tabela 2 - Índices de produção de sibilantes vozeadas e não vozeadas por contexto fonológico
Figura 11 - Regra de derivação do morfema -s do inglês conforme a Fonologia Gerativa.
Figura 17 - Espectrograma e forma de onda da frase “[...] gates are seen”.
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Referências

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