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Violência doméstica contra mulher e estudo de direito comparado

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Academic year: 2023

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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER: ESTUDO COMPARADO DE DIREITO

Daniel Elias Pereira1

RESUMO

A violência doméstica contra a mulher é um problema de nível nacional e também mundial, tendo em vista sua relevância, posto que em muitos momentos se mostra fora de controle. Por isso, o presente trabalho tem como objetivo tomar conhecimento de como o Brasil e outros países do mundo abordam o tema.

Nesse sentindo, o trabalho é composto por conceituação temática, sobre diversas formas de violência doméstica contra a mulher, legislações que resguardam o direito da mulher no Brasil, índices de violência doméstica no Brasil, estudo comparado sobre violência doméstica em especial contra a mulher no mundo, bem com soluções propostas, a fim de assegurar às mulheres no mínimo o direito a vida.

Palavras chave: violência doméstica, violência contra mulher, Direito comparado ABSTRACT

Domestic violence against women is a problem at national and global level, given its relevance, since in many moments it is out of control. Therefore, the present work aims to learn how Brazil and other countries in the world approach the subject. In this sense, the work is composed of thematic conceptualization, on various forms of domestic violence against women, legislations that protect women's rights in Brazil, rates of domestic violence in Brazil, a comparative study on domestic violence, especially against women in the world, as well as proposed solutions, in order to guarantee women at least the right to life.

Keywords: domestic violence, violence against women, Comparative law.

1 INTRODUÇÃO

1 Orientação: Professora Natália Cardoso Marra

Trabalho de Conclusão de Curso de Direito Centro Universitário UNA Contagem

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A violência doméstica não é só, um problema nacional, mas também mundial, em especial contra a mulher. Isso porque, são inúmeras mulheres violentadas dentro de uma relação doméstica. Mas o que de certa forma, causa um maior dissabor, é ver que esse tipo de violência ainda acontece nos tempos atuais, o pior, exatamente num ambiente que deveria ser de paz, aconchego e proteção.

Nesse sentido, sabendo que a violência doméstica, infelizmente perpassa pelo caminho do comum, haja vista que muitas mulheres convivem com vários traços da violência sem nem se dar conta, posto que em vários momentos da vida, “pensa isso é apenas uma fase e vai passar”, este trabalho pretende evidenciar o progresso das legislações Brasileiras voltadaspara a proteção da mulher, bem com apresentar conceitos e características de violência domésticas e suas micro formas: violência psicológica; violência sexual;

violência patrimonial; violência moral e os danos que a violência doméstica causa em suas vítimas.

Dito isto, salienta-se, que o presente trabalho, tem por objetivo fazer um estudo de direito comparado, apontando como são tratados os direitos das mulheres como cidadãs em outros Estados, haja vista que, cada país tem seu jeito peculiar, o que os faz diferentes de todos outros, no entanto essa diferença deve “diferenciar para se equiparar”, não para discriminar ou diminuir uma classe vulnerável. Infelizmente, ainda há países em situação de retrocesso nos direitos das mulheres.

Ademais, utilizando se de dados estáticos, para conhecer o ranking dois países com altos índices de violência contra a mulher, e como alguns países da Europa tem obtido bons resultados frente a este problema, enquanto outros não tem tido a mesma sorte. Além de conhecer sobre políticas nacionais de combate a violência doméstica, políticas internacionais que são implementadas nesses países visando combater esse tipo de fenômeno em seus territórios, e por fim buscar uma solução capaz de se não resolver o problema, baixar consideravelmente esses dados.

2 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER

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Sobre o tema, violência doméstica é importante destacar conceitos e entendimentos das autoridades sobre assunto, haja vista que podem falar com toda propriedade, porque esse tipo de ocorrência faz parte de seu cotidiano laboral, por isso é importante primeiro, conceituar qual é o significado de

“violência doméstica, em especial contra a mulher no Brasil”.

De acordo com o (IMP) Instituto Maria da Penha, conforme exposto no art.5º da lei 11.340 de 2006 chamada de Lei Maria da Penha

violência doméstica e familiar contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial (IMP, 2022).

Logo, subentende-se que na “violência doméstica contra a mulher” o agressor necessariamente tem que ser um homem de seu convívio social com laço afetivo mais intenso e diário, como esposo, namorado, pai, irmão, avô. Ou seja, alguém que participa, ou já participou de forma rotineira na vida da mulher.

Além disso, a agressão tem que ser em razão do gênero, pelo fato da vítima ser uma mulher, caso contrário será lesão corporal ou vias de fatos. Ainda, nessa mesma linha de raciocínio, conforme entendimento da Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça do Sergipe (TJSE, 2022) a lei (11340/06) , no seu art. 7º destaca que violência doméstica contra a mulher é: “I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal.”

Conforme ainda o entendimento da Coordenadoria da Mulher do TJSE e segundo a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994, a

violência contra a mulher é qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado (TJSE, 2022).

Ademais, é preciso debruçar um pouco mais sobre conceitos, especificando ponto a ponto sobre o assunto, segundo entendimento do Tribunal de Justiça de Sergipe:

sofrimento físico, é aquele provocado pelo agressor, por meio de agressão física, ou através de arma de fogo ou arma branca ou ainda qualquer instrumento capaz de ferir,

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causando lesões leves ou graves no corpo da vitima (TJSE, 2022).

Seguindo ainda nessa mesma direção a Min. Rosa Weber do STF em 31/10/2017 no julgamento HC 137888 manifestou:

Os autores, nesses casos, conhecem bem as vítimas e seus pontos mais vulneráveis. Dominam a situação e sabem como e onde ameaçá-las, como espancá-las, humilhá-las e cometer outras práticas de agressão e lesão. Sob esta ótica específica tem-se a violência doméstica e familiar que, entre nós, nos termos da Lei n. 11.340/2006, Lei Maria da Penha, ocorre tanto quando há violência física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral. (WEBER, 2017)

Para aprofundar a discussão sobre a violência contra a mulher, seguem os conceitos das diferentes formas de violência da qual ela é vítima.

2.1 Violência psicológica

No caso de violência psicológica, ocorre por meio de ameaça, restrições de liberdade, a até do direito de ir e vir, ao ponto de muitas mulheres serem mantidas em cárcere privado. Chegando ao limite de proibir que a vítima mantenha contato pessoal, familiar e amigos, limitando assim, as possibilidades de crescimento profissional e pessoal da mulher, gerando uma sensação de incapacidade e impotência total.

De acordo com a lei nº 11340/06

art.7º II – “a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularizarão, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação”

Nessa mesma linha de raciocínio aponta:

A violência psicológica consiste na agressão emocional (tão ou mais grave que a física). O comportamento típico se dá quando a agente ameaça menosprezar humilha ou discrimina a vítima, demonstrando prazer quando vê o outro se sentir amedrontado, inferiorizado e diminuído, configurando a visão compulsiva. É importante destacar que a violência psicológica não afeta somente a vítima de forma direta. Ela atinge a todos que

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presenciam ou convivem com a situação de violência. Por exemplo, os filhos que testemunham a violência psicológica entre os pais podem passar a reproduzi-la por identificação ou mimetismo, passando a agir de forma semelhante com a irmã, colegas de escola e, futuramente, com a namorada e esposa/companheira (NASCIMENTO, et al, 2022).

2.2 Violência sexual

Por outro lado, a violência sexual se destaca quando a mulher por sua condição de parte mais frágil em relação ao homem, é obrigada a manter relação sexual sem consentimento com o seu companheiro, ou até mesmo com terceiro mediante contra prestação paga ao opressor, ou por simples prazer do agressor.

Outra forma de violência sexual é quando a mulher é obrigada a tomar remédio para evitar gravidez, ou a fazer aborto contra seu consentimento, sendo submetida a qualquer tipo de assédio sob coação, ameaça mediante violência física.

E o que demonstra também na lei 11340 Maria da Penha no art. 7º:

III – a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;

HC137888

(Apud)Órgão julgador: Primeira Turma Relator(a): Min. ROSA WEBER

Julgamento: 31/10/2017

Nesse sentido, Min.(a) Rosa Weber (apud) Soraia da Rosa Mendes , “ao registro de que o relacionamento afetivo e sexual das vítimas com os seus agressores torna a violência mais complexa, podendo se dar de inúmeras formas, porquanto: “Os autores, nesses casos, conhecem bem as vítimas e seus pontos mais vulneráveis. Dominam a situação e sabem como e onde ameaçá-las, como espancá-las, humilhá-las e cometer outras práticas de agressão e lesão. Sob esta ótica específica tem-se a violência doméstica e familiar que, entre nós, nos termos da Lei n. 11.340/2006, Lei Maria da Penha, ocorre tanto quando há violência física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral.”

(WEBER, 2017, p.9)

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2.3 Violência Patrimonial

Além disso, a violência patrimonial, ocorre quando o opressor retém, destrói, danifica qualquer bem ou coisa pertencente à mulher a exemplos:

documentos pessoais; instrumentos de trabalho; valores e recursos que garantam a subsistência individual da mulher, isso com o objetivo torná-la mais dependente, para que assim ele possa seguir dominando a mulher seus bens.

Conforme demonstra a Lei 11340 Maria da Penha ART.7º

IV – “a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos,

“Instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;”

2.4 Violência moral

Não obstante, a violência moral se materializa quando o homem imputa por meio da calúnia crimes a mulher o qual ela não tenha cometido, com objetivo de justificar seu comportamento repressivo contra a mulher, enquanto que na difamação o agressor atribui a vitima fatos que ofenda sua reputação moral diante da sociedade. Já a injuria, fere a dignidade da mulher com apelidos depreciativos, criticas infundadas. É importante destacar, que com a era digital, essa pratica tem se tornado muito comum na internet, ou seja, usando o artifício da informática: alcançado o máximo de pessoas em um mínimo de tempo possível. O que de certa forma, faz com que os danos se tornem maiores e levam mais tempos para cicatrizarem, se tornando marcas que ficam e muitos não vêem. Art. 7º Lei de Nº 11340/06 Maria da penha

V – “a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.”

3 LEGISLAÇÕES DE PROTEÇÃO À MULHER NO BRASIL

Inicialmente, no Brasil não havia uma lei específica, voltada exclusivamente para dar proteção à mulher, logo todos os crimes de violência

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doméstica eram regidos pelo código penal. De certa forma, isso fez com que muitas mulheres tivessem seus direitos tolhidos, haja vista que o agressor vivia junto com a vítima, que costumeiramente era agredida, isso de várias formas, como já citado antes: por meio de violência física; psicológica; moral; patrimonial.

Devido às ameaças constantes as mulheres eram coagidas a retirarem a queixa, por causa disso, mudou-se o entendimento sobre as denúncias de violência contra a mulher. Atualmente a retração judicial da vítima não tem mais o mesmo peso que antes, chega a ser irrelevante, desde que outras declarações, mesmo que extrajudiciais, corroborem com as provas do feito. Entretanto, muitas mulheres já perderam suas vidas por falta de um acolhimento mais humanizado de uma forma mais personalizada, de um acolhimento que dure de fato, não somente por um momento, mas até que se passe a fase difícil.

Além disso, as autoridades têm de certa forma, uma espécie de receio para enquadrar o agressor, tendo em vista que para a sociedade até então, eles são homens de valor, o que faz com que não sejam abordados com rigor necessário e merecidos, por fim, em muitos casos estes agressores era autuado como vias de fato. Citado apenas como contravenção penal, ou seja, crime de menor potencial ofensivo, pagando com uma pena alternativa como prestação de serviço a comunidade e ou multa.

Nessa esteira, depois que Maria da Penha foi vítima de reiteradas agressões, sendo denegados seus direitos, posto que no Brasil a justiça não visse dessa forma, era um problema de cultura, pois foi necessário, que uma comissão internacional de direitos Humanos, mostrasse e sancionasse o Brasil, para que todos pudessem tirar o véu da ignorância dos olhos, para ver que o direito das mulheres no Brasil era tolhido. Após isto, no dia 07 de agosto de 2006, criou se então, à lei Nº 11340, mais conhecida como “Lei Maria da Penha”, que carrega em seu escopo, o nome de Maria Da Penha, por ser ela, mais uma entre tantas mulheres que em comum, “sofreram violência doméstica”, no entanto ela resolveu militar em prol da causa, decidiu lutar por justiça.

Nesse raciocínio aponta: Min. Alexandre de Moraes (2017,p. 03):

A ratio dessa nova legislação é punir de forma exemplar, independentemente do quantum da pena, uma conduta que, culturalmente, sempre foi aceita no Brasil como normal, tanto que há aquele

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trágico ditado: "em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher". Quantos e quantos policiais, ainda hoje, falam isso quando a mulher agredida chega à delegacia? Isso fez com que vários estados começassem a criar delegacias de proteção à mulher em que toda a equipe é composta por mulheres: delegada, escrivã, investigadora...

Não obstante, devido à evolução tecnológica da informática, houve vários crimes contra a mulher por meio da internet, o que levou a necessidade de criar uma lei própria que tipificasse essas condutas de crimes cibernéticos como crime no Brasil. Logo no dia 30 de novembro de 2012 foi sancionada a lei de nº 12737 a “lei Carolina Dieckeman”, isso porque, de certa forma, sua intimidade e moral foram violadas por um hacker.

Além de invadir seus dados pessoais, ele ainda divulgou na internet fotos intimas da atriz, que na época ficou muito transtornada, o que foi algo de grande relevância social, que veiculou em todos os meios de comunicações, com dando grande ênfase, “seu grito de revolta e pedida providencias”, por ela e por inúmeras mulheres Brasileiras, que diariamente tem sua intimidade violada e divulgada sem autorização. Em muitos casos, com objetivos vexatórios de caráter punitivos, a fim de expor a nudez feminina como forma de castigo por não ceder à intimidação das chantagens machistas.

Ademais, no dia 01 de agosto de 2013 foi sancionada a lei de nº 12845, mais conhecida como “Lei do minuto seguinte,” essa lei tem por objetivo dar assistência multidisciplinar às vítimas de violências sexuais, além de o objetivo de específica quem são as vítimas, o que é violência sexual, quais são os direitos de tratamentos, bem como mostrar que essas vítimas, gozam de prioridade no atendimento do SUS. Destaca ainda, os procedimentos de coletas de materiais genéticos para identificação do agressor; os protocolos a serem realizados quanto às doenças sexualmente transmissíveis; gravidez indesejada;

a informação de todos seus direitos e todas as possibilidades na forma da lei para resguarda os direitos violados outrora.

Nesse sentido ainda, os números de violência contra a mulher que acabava em morte estavam cada vez mais altos, haja vista que, logo após uma serie de ocorrências de violência doméstica, praticada por seus agressores, muitas dessas mulheres foram executadas. Nesse cenário, foi necessária uma

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lei que “diferenciasse o homicídio do feminicídio” e freasse com um poder punitivo maior essas condutas criminosas. Logo, diante da necessidade, e do anseio social, no dia 09 de março ano de 2015 foi sancionada a lei 13104/2015 de feminicídio. A lei de feminicídio foi criada com o objetivo de qualificar o homicídio em razão do gênero resultante de violência doméstica, além de qualificá-lo como crime hediondo.

4 ÍNDICES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER NO BRASIL De acordo com os dados do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (AQUINO; ALENCAR; STUCKER, 2021), no Brasil em 2018 uma mulher foi assassinada no Brasil a cada duas horas. Isso totaliza 4.519 vítimas.

Apesar de que o número de homicídios femininos tenha apresentado redução de 8,4% entre 2017 e 2018, se for analisado o cenário da última década, pode-se perceber que a situação melhorou apenas para as mulheres não negras, acentuando-se ainda mais a desigualdade racial. Se, entre 2017 e 2018, houve uma queda de 12,3% nos homicídios de mulheres não negras . Entre as mulheres negras essa redução foi de 7,2%. Verificando o período entre 2008 e 2018, essa diferença fica ainda mais clara: enquanto a taxa de homicídios de mulheres não negras caiu 11,7%, a taxa entre as mulheres negras aumentou 12,4%.

Logo, o que se consegue evidenciar, é que a violência doméstica é racista, ou é a sociedade, ao discriminar mulheres brancas das negras nos trabalhos de repressão sobre esse tipo de ocorrências. Haja vista que quando se trata de mulheres negras esses números se tornam ainda maiores. Só para se ter uma noção da gravidade, e da relevância do assunto, conforme ainda dados das pesquisas realizadas pelo IPEA (AQUINO; ALENCAR; STUCKER, 2021) em 2018, 68% das mulheres assassinadas no Brasil eram negras. Por outro lado, entre as mulheres não negras a taxa de mortalidade por homicídios no último ano foi de 2,8 por 100 mil, entre as negras a taxa chegou a 5,2 por 100 mil, praticamente o dobro. A diferença fica ainda mais clara em estados como Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, onde as taxas de homicídios de mulheres negras foram aproximadamente quatro vezes maiores do que aquelas de mulheres não negras. Em Alagoas, estado com a maior diferença entre negras e não negras, os homicídios foram quase sete vezes maiores entre as mulheres negras. Entre

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os anos de 2009 e 2019 aproximadamente 50.056 mulheres foram assassinadas no Brasil. Deste número, 33,3% do total de homicídios de mulheres registrados em 2019 ocorreram dentro de casa.

Além disso, as pesquisas apontam, que as formas e os locais onde essas mulheres são assassinadas variam, mostrando que os crimes de violência doméstica, cometidos em ambientes domésticos estão numa crescente assustadoras na última década, enquanto que, por outro lado, o crime de homicídio feminino que ocorre fora de ambientes domésticos, segue as mesmas estáticas dos homicídios do dia a dia, e estão em quedas nos últimos anos.

Em pesquisa realizada pelo IPEA, ao serem analisados os homicídios de mulheres pelo local de ocorrência, são identificadas duas tendências distintas.

As taxas de homicídios ocorridos fora das residências das vítimas seguem as mesmas tendências da taxa geral de homicídios e da taxa total de homicídios de mulheres no país, com quedas nos períodos entre 2013 e 2018 e entre 2017 e 2018 (redução de 11,8% em ambos os períodos), e aumento no decênio 2008- 2018 (3,4%). Por outro lado, a taxa de homicídios na residência segue padrão difereten: enquanto a taxa ficou constante entre 2008 e 2013, esta aumentou 8,3% entre 2013 e 2018, se estabilizando entre 2017 e 2018 (AQUINO;

ALENCAR; STUCKER, 2021).

A forma com que essas mulheres são mortas varia, no entanto o que não variam, é a quantidade de mulheres mortas, conforme destaque do IPEA - (AQUINO; ALENCAR; STUCKER, 2021). Em média a cada duas horas, uma mulher é morta no Brasil. A cada seis horas e vinte e três minutos, uma mulher é morta dentro de casa (AQUINO; ALENCAR; STUCKER, 2021).

Outro ponto relevante é que entre 2013 e 2018 houve um aumento de 25% nos homicídios de mulheres por arma de fogo dentro de suas casas. Esse número acompanha o crescimento na difusão de armas. Desta forma, o que se conclui é que o fato de o agressor ter fácil acesso a arma é também outro fator preponderante que faz com que os números de feminicidio tenham outras vertentes, podendo ser considerado também um dos precursores para a elevação desses dados.

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5 ESTUDO COMPARADO SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA A MUHER NO MUNDO

A violência contra mulher acontece no Brasil e no mundo, suas formas variam isso porque em um país como Estados Unidos onde em muitos casos são um exemplo de país de primeiro mundo, todavia no que tange a violência doméstica contra a mulher se comparado aos outros países segue a mesma sina, lá tem alguns elementos que contribui para facilitar esses tipos de crimes, como arma de fogo, dependência química, além de que esse tipo de violência em sua maioria são cometidos por parceiro intimo das vitimas, de acordo com Bueno, Bohnenberger e Sobral (2017, p.07):

em estudo conduzido por em onze cidades, com 220 vítimas de feminicídio íntimo, nos Estados Unidos, verificou que 70%

tinham sofrido violência física do parceiro íntimo antes do assassinato; e que, entre os fatores de risco, estavam o acesso a armas de fogo por parte do agressor, a dependência química e o fato de residirem no mesmo endereço. Diante destas premissas, as análises apresentadas nesta seção utilizam os registros de homicídios de mulheres nas residências como proxy do feminicídio.

El salvador é o primeiro pais no ranking de “violência doméstica contra mulher” enquanto o Brasil é o quinto, isso mostra que não se trata da questão de problema social, pois, também os Estados Unidos sofre com problemas de violência doméstica contra mulher, mas o que faz diferença entre eles é quais meios estão engendrando, de forma a combater e mudar essa situação, o interesse de agir para “defender uma classe vulnerável” (SOUZA, 2013).

Infelizmente devido a fatores culturais e patriarcais históricos, essa meta tem sido difícil de ser batida. Outro ponto a ser tocado é que não é por falta da lei que os números não caem, haja vista que de nada adiantar lei, se não houver o devido processo legal, não é o que acontece de acordo com:

Em El salvador, a Ley Especial Integral para una Vida Libre de Violencia para las Mujeres, está vigente desde 01 de janeiro de 2012. Antes dela vigia a Ley contra la Violência Intrafamiliar LCVIF. A nova lei complementa a anterior e foi fruto do trabalho das organizações feministas. É uma ferramenta contra as agressões sofrida pelas mulheres, com foco especial para o combate ao femicídio19, crime de grande incidência no país. Essa lei reconhece a esfera pública e institucional como espaços de vitimização e

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revitimização das mulheres e tipifica 11 novos tipos de delito, além dos 4 já tipificados na lei anterior , incluindo o femicídio, antes não reconhecido como crime (SOUZA, 2013, p. 10)

Posto que, no país El salvador a lei que existia antes não dava proteção exclusiva a mulher, haja vista que era uma lei de proteção a família e não havia a tipificação de feminicídio. Por isso, com o objetivo de diminuir os números dos crimes voltados contra a mulher, criaram uma lei semelhante à Maria da Penha no ano de 2012, mesmo assim, após uma luta ferrenha das mulheres em “movimentos feminista” para conseguir tal conquista. Todavia é em vão, se governantes, autoridades e sociedade não tiverem o interesse e muita disposição para cobrar a aplicabilidade e punir os tais criminosos.

Além do mais, o retrospecto sobre essas condutas, são as mesmas em outros países do mundo a exemplo, e em nível de conhecimento de má vontade em aplicar a lei em prol da mulher, foi citado pelo excelentíssimo ministro do (STF) Luís Roberto Barroso em uma sustentação sobre uma Habeas corpus, ele aponta que na Rússia há uma lei semelhante à Maria da Penha, todavia existe nela uma brecha, ou seja, um benefício ao homem que agredir a mulher pela primeira vez, terá este homem uma segunda chance e só será punido após uma nova agressão. O que de um tamanho absurdo. Logo, que tranquilidade e proteção terão as mulheres, assegurando as que só apanharão do mesmo homem apenas uma vez, pois podem ficar tranquila, porque na segunda vez que ele lhe agredir a justiça tomará providencias. O excelentíssimo ministro do (STF) Luís Roberto Barroso dispõe que:

Apenas uma curiosidade: na Rússia, Ministro Alexandre, eles têm uma lei semelhante à "Lei Maria da Penha", mas só vale na segunda agressão. Na primeira agressão, há uma imunidade ao marido. Se agredir a segunda vez, aí se aplica a lei. Uma dessas múltiplas curiosidades nas sociedades patriarcais e machistas que ainda lidam com certa naturalidade com a violência contra a mulher. Nós temos feitos grandes avanços nessa área, e penso que graças a certa efetividade que se tem procurado dar à proteção da mulher.

5.1 Políticas públicas de proteção às mulheres no Brasil comparado a políticas no mundo

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No Brasil ano de 2003 foi criada a secretaria de políticas publicas de enfrentamento a violência contra as mulheres, tendo em vista que antes de disso de acordo com o livro de políticas publicas de combate a violência contra mulher, citado pelo (SENADO FEDERAL, 2011), só havia duas formas de atuação para atendimento as mulheres vitimas de violência.

Até então, as iniciativas de enfrentamento à violência contra as mulheres constituíam, em geral, ações isoladas e referiam-se basicamente a duas estratégias: a capacitação de profissionais da rede de atendimento às mulheres em situação de violência e a criação de serviços especializados, mais especificamente Casas-Abrigo e Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher. ( SENADO FEDERAL, 2011, p. 07)

Logo, a partir desse momento em diante, começam se a surgir outras políticas que visam os mesmos objetivos “proteger a mulher vitima de violência machista”.

De acordo com o Senado Federal citado por Iriny Lopes Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres foram implementadas então:

criação de normas e padrões de atendimento, aperfeiçoamento da legislação, incentivo à constituição de redes de serviços, o apoio a projetos educativos e culturais de prevenção à violência e ampliação do acesso das mulheres à justiça e aos serviços de segurança pública. Esta ampliação é retratada em diferentes documentos e leis publicados neste período, a exemplo dos Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres, a Lei Maria da Penha, a Política e o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, as Diretrizes de Abrigamento das Mulheres em situação de Violência, as Diretrizes Nacionais de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta, Norma Técnica do Centro de Atendimento à Mulher em situação de Violência, Norma Técnica das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, entre outros. (SENADO FEDERAL, 2011, p. 07)

Não obstante, a Rússia comparando ao Brasil ao invés de seguir para frente no que tange a conquistas dos direito a proteção das mulheres, muito pelo contrário, tem vivido o retrocesso, isso porque está tramitando um projeto de emenda que tira a violência familiar do código penal, “pasmem, um dos autores do projeto dessa emenda é uma mulher”, é o que aponta a matéria de jornalismo da BBCNEWS/BRASIL de Sarah Rainsford da BBC News.

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Se o presidente Vladimir Putin assinar a mudança na lei, como esperado, réus primários que baterem em membros da família, mas não forte o suficiente para que a vítima seja hospitalizada, não serão sentenciados à prisão. A penalidade máxima será uma multa ou até uma noite na prisão sob custódia policial. A emenda tramitou no parlamento em meio a discussões sobre como proteger a família de interferência.

"Para nós, é extremamente importante proteger a família como uma instituição", explicou Olga Batalina, uma das autoras da emenda. "Estamos falando de conflitos de famílias. Você não deveria olhar para esse problema de um ponto de vista liberal", argumentou o deputado ultraconservador Vitaly Milonov.

(RAINSFORD, 2017).

Ou seja, dependendo da agressão, se não for uma lesão violenta, permanente ou grave e que se não deixar marca, não será tipificada como uma conduta criminosa. Para ficar mais claro e a exemplo: uma tapa no rosto; um empurrão; um chute se não deixar marca; o que de certa forma, passa por uma questão de interpretação subjetiva dos deputados, não será crime, mas mero desentendimento familiar. Pelo conservadorismo familiar, eles preferem se omitir em legislar ao fazer com que o Estado cumpra seu papel, que é de propiciar segurança para os cidadãos (RAINSFORD, 2017).

A situação é tão grave que, além de ter que suporta vários tipos de agressões como psicológico, físico, já visto no próprio texto anteriormente, de acordo com a discrição da emenda, subentendi que se agressão não deixar marca não terá pena, esse depauperamento legislativo, também devolve a responsabilidade para vitima que nesse caso é a mulher, de coletar as provas e indícios que comprovam a injusta agressão, é muito difícil pensar como uma mulher poderá produzir provas, sendo que em alguns casos mulheres passam quase que vinte quatro horas sobre o olhar do opressor em meio a uma serie de agressões, haja vista que algumas vivem em cárcere privado.

Indubitavelmente a violência doméstica contra a mulher é um problema mundial, por isso é importante se valer de todos os métodos possíveis para combater esse tipo de violência, não importa os meios desde que uma medida seja legal, vale a pena por em pratica. Foi o que aconteceu nos Estados Unidos, uma lei que entrou em vigor no Estado de Illinois (CORREA, 2016).

Em uma iniciativa pioneira do Estado de Illinois nos Estados Unidos, passou se exigir que profissionais de beleza sejam treinados para identificar e agir em casos de violência doméstica.

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A lei quer aproveitar relacionamento que profissionais de beleza costumam ter com clientes, com isso, passou a exigir treinamento de capacitação das profissionais da beleza para identificar possíveis vitimas e situações de violência doméstica com suas clientes, contudo a profissional(a) não será responsabilizada se não quiser agir.

Um tanto quanto criativo, tendo em vista que nos salões de beleza todas as mulheres gostam de conversar e por outro lado é onde os homens menos gostam de ficar.

Já na frança, por sua vez repercutiu uma política como projeto de lei que tem, haja vista que se mostra bem criativa, e segundo informações do site de reportagem G1, essa política tem obtidos bons resultados.

França anuncia novas medidas contra a violência de gênero.

Bracelete eletrônico, que evita a aproximação de um cônjuge violento, existe em vários países europeus. Na Espanha, seu uso permitiu a diminuição dos feminicídios de maneira significativa, localizando e mantendo à distância homens perigosos. O dispositivo emite um sinal sonoro para alertar a mulher.

(RFI, 2019)

Tendo em vista que de acordo a ratificação da reportagem, houve uma queda significativa dos números de violência domestica, que terminavam em feminicidios na Espanha. A idéia nada mais é, que um bracelete o qual o agressor será obrigado a usar, em contra partida sua ex- companheira, também contará com um dispositivo que emitira um sinal alertando quando o agressor estiver se aproximando, isso com certeza dará a vítima “uma segunda chance”, é o que todas as mulheres queriam, entretanto, não tiveram. Com isso, a mulher poderá fugir, chamar as autoridades, posto que são frações de segundos para tomar uma decisão, todavia quando se tem uma informação privilegiada, esse segundos parece aumentar de forma considerável, fazendo um momento difícil mais confortável pra se decidir,ou seja direito de defesa pra essa mulher..

Nessa mesma esteira, a Nova Zelândia, o país é um dos primeiros a quebrar um grande tabu, pois eles são os primeiros a conceder licença remunerada para a mulher que se encontra em situação de violência doméstica é o que aponta a reportagem do (MADE FOR MINDS, 2018):

A Nova Zelândia se tornou o primeiro país ocidental a conceder licença remunerada de trabalho para vítimas de violência

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doméstica, com a aprovação de uma nova lei pelo Parlamento nesta quarta-feira Com a aprovação da lei, a Nova Zelândia, que também foi pioneira em dar às mulheres o direito ao voto, em 1893, se torna a primeira nação ocidental a introduzir a licença remunerada por violência doméstica. Na Ásia, as Filipinas já haviam feito o mesmo em 2004. As taxas de homicídio familiar no país são mais que o dobro das de Austrália, Canadá e Reino Unido, considerando os números per capita. "Aqui nós esperamos a situação ficar realmente ruim ou alguém ser morto até arregaçar as mangas", disse Logie, parte de uma coalizão progressista eleita no ano passado.

Logo, essa iniciativa é importante, posto que muitas mulheres, além de perde a paz, perdem também o emprego, uma vez que são perseguidas no local de trabalhou para onde quer que vai, por causa disso não lhes deixam escolha,ou deixa o trabalho, ou perdem a vida. Com a “licença violência doméstica” ela terá como dito no parágrafo anterior, tempo e ainda condições financeira para tomar a melhor decisão. É o que falta para muitas mulheres, e por conseqüências, muitas não cogitam nem mesmo se separar, aceita agressão calada, pois sabe que vai lhes faltar suporte material e financeira.

Por um lado, o que mais existe é pessoas tentando justificar os motivos da violência doméstica contra a mulher ainda ter espaço na sociedade contemporânea, é o caso do vice-presidente da Guatemala. O triste é quando isso vem do líder de uma nação, quem tem o dever de dar o exemplo, de acordo com uma reportagem de Araya (2019):

O vice-presidente da Guatemala disse textualmente durante uma entrevista “A história julgará a cada um de nós nos afazeres da sua vida. Até como nos comportamos em casa. Quantas vezes deixamos o olho roxo à esposa ou a esposa ao esposo.

“Porque todos atacam os homens, mas as mulheres às vezes são agressivas e não ficam quietinhas”.

Sua afirmação correu imediatamente pelas redes sociais, onde foi objetivo de fortes críticas. No entanto, não faltou quem defendesse o funcionário, aduzindo que sua malfadada frase tinha sido tirada do contexto.

Conforme o contexto de acordo ainda com os dados citados por Araya (2019):

Seguindo nessa linha e de acordo com dados recolhidos pela mesma organização (ONU) na Guatemala, durante o último semestre de 2018 foram registradas mais de 50 mil gravidezes em meninas e adolescentes como reflexos da violência à qual está expostas, a maioria das vezes dentro de casa e por incesto

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cometido por seus pais, irmãos, tios ou pessoas próximas à família.

Por isso, a violência doméstica deve ser combatida em todas suas formas, não só na pratica, como também em qualquer debate, para ser mais claro, justificar a violência domestica é da “razão ao discurso de ódio” e se nossa constituição é contra o discurso de ódio, porque ainda ouvimos pessoas concordando ou motivando a violência doméstica. Como se nesse caso a opinião contrária pudesse ser respeitada. Não, estamos falando do direito a vida, direito este indisponível, direito não disponível a opinião alheia.

Por outro lado, na Itália o Primeiro-Ministro italiano, Enrico Letta neste caso se ver uma autoridade ao contrario, querendo dar resultados e resposta para a sociedade, isso por meio de um anuncio de leis mais rígidas contra os crimes de violência doméstica, é o que aponta a reportagem do site do GZH (2013) jornal digital:

Respondendo ao problema persistente da violência contra a mulher, o Primeiro-Ministro italiano, Enrico Letta, anunciou em agosto medidas "muito severas, muito duras" para deter a violência doméstica e o que qualificou de "femicídio", a morte de mulheres porque são mulheres, muitas vezes nas mãos de atuais ou antigos maridos e namorados. Nós acreditamos que é necessário passar um recado muito forte em nosso país para combater a violência doméstica - afirmou Letta ao anunciar as medidas a oito de agosto. Na sequência de uma série de ataques amplamente divulgados às mulheres, o decreto é "um sinal de mudança radical sobre a questão", garantiu”

Entretanto, as pessoas, ainda na reportagem do GZH (2013), que de fato estão na linha de frente quando se fala de combate as violências domésticas apontam para outra direção:

Segundo Somma, o novo decreto ignora a realidade de que vítimas e agressores costumam continuar a viver juntos mesmo depois de registro dos boletins de ocorrência por causa do notoriamente lento sistema jurídico italiano, e os defensores das vítimas dizem que mesmo os atacantes condenados raramente ficam muito tempo na cadeia. (GZH, 2013)

Essa informação mostra que editar leis mais severas não resolverá o problema, uma vez que em muitos lugares do mundo tem leis e nem por isso as mulheres estão deixando serem assassinadas. Logo, eles mostram que

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precisam muito mais do que um papel legislando sobre o tema, na verdade precisam de investimento; acolhimento; amparo, apoio é o que mostra a mesma reportagem:

Porém, novos ataques acontecidos na esteira do anúncio de Letta animaram as críticas de defensores das vítimas segundo os quais penalidades mais rigorosas por si só não bastam para proteger as mulheres e impedir a violência doméstica. Recentemente, uma mulher do norte italiano foi morta a facadas pelo antigo parceiro que escondeu seu corpo no carro, uma siciliana foi assassinada na frente do filho pelo ex-marido que então se suicidou e um homem cujos motivos ainda são desconhecidos jogou ácido no rosto de uma mulher em Genova.

Neste ano, mais de 80 mulheres foram mortas, a maioria pelos maridos, namorados ou antigos companheiros, segundo contabilidade não oficial realizada pela imprensa italiana. Muitas das vítimas acionaram a polícia para registrar episódios de perseguição ou assédio. Quase 75% das 2,2 mil mulheres assassinadas entre 2000 e 2012 - praticamente uma morte a cada dois dias - foram mortas pelos parceiros ou ex-parceiros, de acordo com estudo da Eures, organismo da União Europeia que monitora questões sociais e de emprego, em colaboração com a agência de notícias Ansa. (GZH, 2013).

Logo, eles mostram que precisam muito mais do que um papel legislando sobre o tema, na verdade precisam de investimento; acolhimento; amparo, apoio é o que mostra a mesma reportagem:

Segundo os críticos, a Itália não precisa de leis mais severas, pois a legislação existente é adequada, ainda que aplicada de forma arbitrária. Para eles, o que falta é uma rede mais organizada e financiada de assistência psicológica, jurídica e financeira às mulheres que decidem romper um relacionamento violento. “Efetuar modificações no sistema penal sem abordar a questão de como proteger melhor as mulheres significa estar cego à realidade” - disse Barbara Spinelli, feminista e advogada que escreveu um relatório sobre a violência doméstica na Itália para o Comitê das Nações Unidas para Eliminação da Discriminação Contra a Mulher. Entretanto, Donato, do abrigo de Roma, disse que era difícil operar o centro com o pouco dinheiro recebido. A falta de recursos é "uma forma de violência o seu próprio modo contra as mulheres".

Relatos da ONU e de agências europeias destacam "o fracasso das instituições e autoridades italianas em fornecer proteção adequada a mulheres vítimas dos parceiros ou ex-parceiros", disse Spinelli. "Ou você executa as reformas estruturais necessárias ou o decreto não ajudará as mulheres." Um dos problemas estruturais é a escassez de abrigos de emergência para as vítimas da violência. A principal casa de emergência em Roma para mulheres espancadas é um apartamento comum de três quartos nos arredores dos antes lendários estúdios cinematográficos Cinecittà. Atendendo à capital romana bem como à região de Lazio, na Itália central, ele pode acomodar apenas três mulheres por vez, durante uma estadia máxima de uma semana. (GZH, 2013)

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O que se percebe é que os países europeus também sofrem por falta de boa vontade orçamentária, haja vista que existe a necessidades evidenciadas, no entanto enfrentam as mesmas burocracias da maioria dos países, então nota- se que a violência domestica não é um problema de todos, mas de minoria, haja vista que não dão atenção merecida, fato corriqueiro na maioria dos países que não querem enfrentar o problema, conforme a atitude da vice-ministra do ministério do trabalho Italiano reconhecer que há necessidade de investimento, mas exigirá mais do setor partícula,ou seja das instituições privadas,

É mais fácil terceirizar o problema, assim como os pais que se omitem em educar seus filhos deixando para a babá ou para as escolas, assim também fazem os governantes terceirizando suas responsabilidades, agora leis querem editar porque a lei tem um cunho histórico, sempre é lembrado,quando se fal a nas leis, logo se pergunta que foi o idealizador dessa lei.

Por fim, chega-se a conclusão que os fatores culturais ultrapassados e arcaicos também influenciam na questão tanto de agressores como de legisladores; autoridades que deveriam combater o problema.

Os defensores das vítimas também dizem que fatores culturais contribuem para as agressões contra as mulheres. Os chamados crimes de honra contra mulheres que teriam desgraçado a família eram legais até 1981, disse Luisa Pronzato, que mantém um blog sobre mulheres para o jornal milanês "Corriere della Sera". O paternalismo "faz parte da nossa cultura", e continua permeando a sociedade italiana, acrescentou ela. Segundo outros envolvidos, até mesmo policiais e funcionários do setor de saúde convocados a reagir à violência doméstica não são imunes a tais atitudes.

Tivemos um caso recente em que a mulher foi ameaçada pelo marido com uma faca e, depois de ligar para a polícia, o policial lhe falou: 'Por que não lhe cozinha uma bela macarronada e fazem as pazes?' - disse Nadia Somma, o presidente da Demetra, associação que administra um abrigo em Ravena, no noroeste da Itália (GZH, 2013).

Posto que, não tomam as decisões necessárias, isso f az entender que para eles é um problema, mas não de grande relevância da sociedade mundial, por isso as decisões são influenciadas com convicções históricas individuais. O que se ver são dados lastimáveis, pois de acordo com esses dados a Itália não chegou a dez por cento do objetivo, ai pergunta que fica, é não há verba o

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suficiente para providenciar essas casas de apoio ou atrelado há insto está a falta de interesse em atender aos objetivos.

Por fim, um projeto da ONU propôs como política, um trabalho estatístico de vário país da América Latina para identificar a quantidade de mulheres que sofrem violência doméstica e quais são as regiões em que ocorrem com mais frequência essas ocorrências.

Um completo panorama da informação disponível sobre a violência contra as mulheres na América Latina e no Caribe, em particular na Argentina, Guatemala, Peru e na sub-região do Caribe, pode ser encontrada no estudo que a Divisão de Assuntos de Gênero da CEPAL preparou como parte de um projeto executado pelas cinco comissões regionais das Nações Unidas. O projeto interregional “Fortalecendo as capacidades para erradicar a violência contra as mulheres através da construção de redes locais de conhecimento”, executado na América Latina e Caribe pela CEPAL, responde à convocação do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, a calcular com dados a incidência deste fenômeno no âmbito de sua campanha “Une-te pelo fim da violência contra as mulheres”, lançada em 2008.” (CEPAL, 2012)

Destaca-se a importância dessa iniciativa, já que para que se tenha dimensão de um problema, não há outra forma ser não dados concretos, informações precisas e fidedignas, por isso é importante pesquisar, pois só assim terá a noção do tamanho da profundidade do problema, bem como o que deve ser feito. Para que assim possam sanar as lacunas pendentes, nas áreas que apresentarem necessárias as intervenções.

No entanto, algumas regiões da América latina não entregaram metade das informações, isso de acordo com a nota do Cepal (2012):

Os dados citados no estudo são reveladores. Os países da América Latina e do Caribe entregaram apenas 48,5% da informação solicitada pelas Nações Unidas para completar a base de dados do Secretário-Geral sobre a violência contra a mulher >. A região segue a Europa (64,4%), porém está mais bem posicionada que a África (20,8%) e a Oceania (14,3%). No documento se entrega uma série de recomendações para melhorar a resposta dos países tanto em âmbito nacional como regional. Em primeiro lugar, propõe-se “impulsionar a criação de um sistema integral de intervenção, sem fissuras, que entregue coerência interna às respostas setoriais, que funcione sob uma

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forte liderança política e conte com financiamento adequado e contínuo.

O que de certa forma, compromete o trabalho, pois sem informações completas, como pode propor solução para um problema que só tem metades das informações preenchidas nos protocolos propostos de pesquisas e soluções para o problema da violência doméstica contra mulher, países da África e a Oceania não chegaram a preencherem a 25 por cento, tamanha a gravidade do problema, pois a campanha já traz no seu escopo, se não conta não conta. Logo, isso só vem a calhar o grau de dificuldade que as autoridades imprimem sobre o assunto, se encontram dificuldades para dar informações sobre o problema, que capacidade intelectual terá para a solução. Além disso, as pesquisas apontam que ainda existe alguns países ainda sem lei voltada para direcionar as instituições para atendimentos a vários tipos de ocorrências de violências contra as mulheres (CEPAL, 2012):

Por outro lado, poucos países da América Latina e Caribe contam com uma lei integral que coordene as instituições e os programas relacionados com a violência de gênero, como sucede na Argentina, Colômbia e México. “Mas, inclusive nesses países os sistemas jurídicos dispõem de normas específicas que abordam as distintas manifestações de violência e geram processos com suas particularidades próprias”, adverte o texto.

Apesar de destacar a importância de contar com legislações adequadas para erradicar este flagelo, o informe recorda que “o problema da violência contra as mulheres, por sua complexidade e múltiplas arestas, não se resolve exclusivamente com leis nem com apoio psicológico e social. Também exige ações dirigidas a transformar a cultura e as condições em que se estabelecem e consolidam as relações sociais”.

Vale destacar que, não são por falta de uma Lei especifica que ficaram impunes os culpados, tendo em vista que esses países regem-se pela legislação de violência, ou seja, não se faz diferença de gênero, a quem foi agredido pelo companheiro seja homem, seja mulher, aplica-se a lei penal seca. O que mostra certo atraso no tempo no sistema jurídico desses países, pois não dispõe ainda de uma lei semelhante à lei Maria Da Penha.

Todavia, não é simplesmente por falta de lei que a violência domestica contra mulher não se resolve, mas conforme ainda nota do Cepal é um conjunto de informações coerentes e fidedignas transparentes que falta, pois só assim obterão resultados positivos.

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Apesar de destacar a importância de contar com legislações adequadas para erradicar este flagelo, o informe recorda que “o problema da violência contra as mulheres, por sua complexidade e múltiplas arestas, não se resolve exclusivamente com leis nem com apoio psicológico e social. Também exige ações dirigidas a transformar a cultura e as condições em que se estabelecem e consolidam as relações sociais. O caminho está. Chegou a hora de percorrê-lo, com a produção de informação mais ampla e acessível de melhor qualidade, com maior transparência e crescente articulação de esforços, a partir de um melhor entendimento dos nós críticos persistentes, que deverão ser eliminados no avanço em direção à meta de prevenir e erradicar a violência contra as mulheres”, conclui. (CEPAL, 2012)

Portanto, de acordo com esses dados do Cepal, antes de se ter leis que atacam o problema é preciso ter informações concretas, dados relevantes, de todo problema que a violência de gênero provoca a suas vitimas, sejam informações de cunho cultural, estatístico, é preciso das informações, pois só assim poderá prescrever um remédio eficaz capaz de sanar o problema.

6 APRESENTAÇÃO DE UMA PROPOSTA PRÁTICA

Indubitavelmente, a solução do problema da violência doméstica no Brasil para hoje, é dar um poder mais efetivo a equipe policial que for atender esse tipo de ocorrência, isso quer dizer que os agentes devem ser treinados, para fazer o uso progressivo e proporcional da força em legitima defesa da mulher, na abordagem do agressor, que a partir do momento que ele agrediu sua companheira, se tornou um criminoso, esse tipo de ocorrência deve ser atendido pelo Estado com todo rigor da lei.

Pois, enquanto forem tratados como cidadãos de bem, não vamos progredir com esses números, Haja vista que batem,agridem, ameaçam e quando a polícia chega, são tratados como cidadãos de bem. Logo, dessa forma os agentes ficam com receio de agirem, e serem enquadrados na lei de abuso de autoridade.

Como experiência vivenciada no ceio familiar, a única coisa que resolveu foi resposta proporcional ao agravo, na mesma altura e peso, além de advertências que estamos de olho, para novas respostas caso haja novas agressões.” Este tipo de agressor só são valentes com mulheres, quando encontra um irmão da vitima ou um pai que lhes dão os mesmos tratos, logo se entende que deve se colocar no seu devido lugar. É difícil entender, mas veja

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um exemplo: se bandidos ameaçam uma família a saírem de suas casas, o Estado envia uma viatura com policias para que se precisarem trocar tiro, matar para restituir a casa daquela família farão, e estão legitimados para isso, por outro lado, se um ex-companheiro agredir, ameaçar uma mulher, em conseqüência disso, ela não puder mais ficar em paz dentro da sua casa, quando a polícia chega o agressor é tratado como pai de família um cidadão de bem, não minha gente, é bandido do mesmo jeito, apenas começou a mostrar a sua unha agora. E se o Estado não se posicionar e podar suas asas será mais um feminicidio, como tantos que assistimos nos noticiários diariamente. Se é cidadão de bem, se comporte com tal. Além disso, como uma outra proposta de intervenção para o atual momento, um projeto do professor Bruno Galvão de dar palestras “de Homem pra Homem”, isso de ser homem, é porque infelizmente na sociedade atual, não respeitam ou escutam as mulheres.

Esse trabalho deve se dirigido nas empresas onde seus maiores contingentes sejam homens. Conforme proposta abaixo, sobre ensinar nas escolas, o homem do amanhã não terá esse complexo e ouvirão mais as mulheres.

Outra coisa, que precisa mudar, é se a mulher fizer a queixa, não tem mais como retirar, o agressor vai responder até o final de todos tramitem legais. Agora, para se ter número bem mais expressivo, é necessário um trabalho prevenção em longo prazo, isso através de um projeto de lei que obriguem as escolas a ensinarem desde a primeira série que “homem não se bate em mulher” que

isso é crime”, “quem faz isso é criminoso” e vai ser preso.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, chega-se a seguinte conclusão, primeiro que ainda seguimos a sina antiga de diferenças, pois de acordo com os dados apresentados os números de mulheres brancas mortas dentro de suas casas seguem os números de homicídios gerais, enquanto os números de mulheres negras mortas por dentro do domicilio é muito maior. Além disso, percebe-se que não é uma questão de falta leis, não adianta ter leis se não haver boa vontade em aplicá-las como na Itália, por exemplo, falta uma questão de um apoio logístico as mulheres em situação de violência doméstica.

Por um lado o Brasil tem muitas leis apoio logístico, mas falta uma aplicação mais rigorosa das leis, falta um acompanhamento mais de perto por parte do Estado, pois em muitos casos que terminam em feminicio, houve vária

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desobediência a medidas protetivas, e não acontece nada com o agressor, há casos em ocorre invasão de domicilio da mãe da vítima, haja vista que a casa segundo a constituição é asilo inviolável.

Pelo outro lado, existem países como a Rússia, EL Salvador, e outros que são patriarcais e por isso, não se importam com as mulheres, isso como forma cultural mesmo, muito pelo contrário o que puderem tirar delas tiram No entanto, Estados Unidos embora tenha também um elevado número de ocorrências desse tipo, percebe-se uma boa vontade e criatividade em tentar mudar o cenário.

Nesse sentido, também segue a Espanha e também a França com o bracelete como o dispositivo que emiti um sinal avisando que o agressor está se aproximando, por isso da par ver que se tiver interesse da pra obter bons resultados, é difícil ver que teve países da América do Sul que não conseguiram si quer, completar os protocolos de pesquisas da ONU, como a próprio nome da campanha diz: se não conta, não conta.

REFERÊNCIAS

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Continuando nossas reflexões, teceremos a seguir algumas considerações direcionadas para os problemas e os principais desafios que se apresentam na realidade contemporânea em