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XXXI Congresso de Iniciação Científica da UNESP

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Academic year: 2023

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ARAÚJO, Jorge. Comandante Hussi. São Paulo: Ed.34, 2006.

CANDIDO, A. A literatura e a formação do homem. In: ______. Textos de intervenção: seleção, apresentação e notas de Vinicius Dantas. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2002.

CECCANTINI, João Luís C. T. Uma estética da formação: vinte anos de literatura juvenil brasileira premiada (1978-1997). Tese (doutorado). Assis: Unesp, 2000.

DEBUS, Eliane. A temática da cultura africana e afro-brasileira na literatura para crianças e jovens.

Florianópolis: NUP/CED/UFSC, 2017.

FERNANDES, Célia R. D. A seleção de obras literárias para o Programa Nacional Biblioteca

da Escola PNBE 2006-2014. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/elbc/n51/2316-4018-elbc-51-00221.pdf>. Acesso em: 20 fev.

2019.

JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 10 ed. São Paulo: Ática, 2014.

LEI 10.639/03. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/110.639.htm&gt>. Acesso em: 10 fev.

2019.

XXXI Congresso de Iniciação Científica da UNESP

Caio Augusto Martins Furtado; Orientadora: Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira.

Pelo levantamento dos acervos, identificou-se que, apenas, oito (4,5%) obras são de autoria africana e/ou afro-brasileira. Dessas, optou-se por analisar Comandante Hussi, de Araújo (2006); e Quarto de Despejo: diário de uma favelada, de Jesus (2014). Justifica-se a escolha, embora a primeira configure-se como um romance fantástico e a segunda, como um diário, pois ambas possuem protagonistas negros e tratam da temática da individuação. Para tanto, utilizou-se o quadro proposto por Ceccantini (2000) em sua tese, o qual permite análise estrutural, bem como de conteúdo ideológico de uma narrativa, facultando, assim, reflexões sobre sua importância na formação do leitor. Por meio do aporte teórico da Estética da Recepção e do Efeito (JAUSSS, 1994; ISER, 1996 e 1999), observou-se que as obras, pela presença de vazios, estabelecem comunicabilidade com o leitor implícito e, pelo seu valor estético e discurso crítico, ampliam os horizontes de expectativa do jovem leitor. Justifica-se esse aporte, pois obras inseridas no subsistema juvenil buscam recepção com seu público visado.

UNESP – FCL/Campus de Assis-SP

Embora assegurado pela lei 10.639/03 (2019), o ensino da cultura e literatura africana nas escolas brasileiras, ainda é pouco trabalhado (DEBUS, 2017). Os acervos do PNBE – Programa Nacional Biblioteca na Escola, de 2013, destinados ao Ensino Fundamental II, contemplam obras africanas e afro-brasileiras. Apesar desse Programa ter sido suspenso em 2015 (FERNANDES, 2019), seus acervos permanecem nas escolas públicas do país e podem ser lidos. Nesta pesquisa, pelo levantamento das 180 obras que compõem os três acervos do PNBE, destinados ao Ensino Fundamental II, identificou-se oito (4,5%) de autoria africana e afro-brasileira. Destas, elegeu-se para análise literária, a partir do aporte teórico da Estética da Recepção e do Efeito (JAUSS, 1994; ISER, 1996 e 1999), a obra africana Comandante Hussi, de Jorge Araújo (2006); e a afro-brasileira Quarto de Despejo: diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus (2014), pois ambas tratam da questão identitária.

Pela análise das obras Comandante Hussi, de Araújo (2006); e Quarto de Despejo: diário de uma favelada, de Jesus (2014), observou-se a validade da hipótese. Além disso, ambas são como emancipatórias e, pelo seu discurso crítico, provocam reflexão e revisão de conceitos prévios no jovem leitor, promovendo a ampliação de seu horizonte de expectativa. Tanto a obra de Araújo (2006), quanto a de Jesus (2014) enquadram-se nas definições de Candido (2002) para o texto literário, pois a primeira satisfaz as necessidades de ficção e fantasia do leitor, trabalhando com o lúdico e com o onírico; a segunda, enquanto registro de uma dolorosa realidade, possibilita-lhe expansão de seu conhecimento de mundo e reflexão sobre suas complexidades. Suas narrativas assemelham-se ao demonstrar a habilidade dos protagonistas de, em meio a adversidades econômicas e sociopolíticas, bem como à violência e opressão, lutarem por manter sua identidade e subjetividade, em especial, sua liberdade criativa.

Ademais, carregam em seus discursos componente emancipatório, o qual instiga o leitor a refletir sobre o entorno social e a desejar realidades mais igualitárias. Essas obras, pelo valor estético, rompem com preconceitos associados às produções da literatura africana e afro-brasileira.

Introdução

Objetivos

Discussão

Material e Métodos

Referências

Literatura africana e afro-brasileira no acervo do PNBE de 2013: uma reflexão acerca do leitor crítico

1. Levantar nos acervos do PNBE de 2013 quais obras são africanas e/ou afro-brasileiras; 2. a partir da Estética da Recepção e do Efeito (JAUSS, 1994; ISER, 1996 e 1999), analisar duas: uma africana e uma afro-brasileira; 3. refletir sobre o discurso ideológico que as perpassa, seu valor estético e sua comunicabilidade com o leitor implícito; 4.

investigar a existência de um específico juvenil dentro do subsistema literário; 4. identificar se essas obras são emancipatórias e, por isso, podem auxiliar na formação do leitor crítico.

Hipótese

Construiu-se a hipótese de que as obras Comandante Hussi, de Jorge Araújo (2006); e Quarto de Despejo: diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus (2014), por pertencerem aos acervos do PNBE de 2013, possuíam valor estético. Desse modo, sua leitura poderia favorecer na formação do leitor crítico.

Financiamento

Referências

Documentos relacionados

Esse contexto é expresso em termos do macro-contexto e do micro-contexto, conforme proposição de Araújo (2000). A análise do contexto e do conteúdo é realizada a partir