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O centro de pesquisas como agente de motivação realizadora no ensino tecnológico

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(1)

o

CENTRO DE PESQUISAS

(2)

NO ENSINO TECNOLOGICO

Eugenio Trombini Pe11erano

Dissertação submetida como

requi-sito

parcial para

obtenção do grau

de Mestre em Educação.

Ri o de Janei ro

Fundação Getúlio Vargas

Instituto de Estudos Avançados em Educação

Departamento de Administração de Sistemas Educacionais

1981

(3)

AGRADECI~IE~TOS :

Ao Ministério da Ecucação e Cultura que~ a-través do Programa de Desenvolvimento do Ensino Técnico (profissional) e Superior de Curta Duração (Engenharia de Operação)

PRODEM~ patrocinou o Curso de Mestrado;

- Ao Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro, e;

- À Secretaria de Educação e Cultura do Esta-do Esta-do Rio de Janeiro, pela liberação Esta-do tra balho docenteno período do curso;

- Ao Conselho Nacional de DesenvolvimentoCien

tifico e Tecnológico - CNPq e;

À Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal d~ Ensino Superior - CAPES, pelas bolsas de estudo, que me concederam;

- À Fundação Getúlio Vargas, pela dedicação e apoio de seus administradores, mestres e

servidores;

- ls minhas filhas, Vera Lúcia e MariaChris~i

na, pelo incentivo per~anente;

- Ã

Professora Maria da Conceição Silva Gui-marães pelo estimulo e correção d~ texto;

- Ao Professor Eliezer Schneider. meu orien-tador. pela contribuição, estímulo e apoio, valiosos na elaboração desta Dissertação de Mestrado.

(4)

APRESENTAÇÃO XII

JUSTIFICATIVA .

XIII

OBJETIVO

XVI

RESUMO .. XVII

ABSTRACT XIX

1

CAPITULO I

1. O CENTRO DE PESQUISAS E O ENSINO TECNOLOGICO 9 1.1 Pedagogia e Pesquisa . . . •

1.2 Conceito de Pesquisa-Científica 1.3 Conceito de Pesquisa Tecnológica 1.4 Os Produtos de Pesquisa . . . .

CAPfTULO 11

2. A ESTRUTURA DO CENTRO DE PESQUISA .2.1 Fo rma •• •• •• ••

2.2 Integração ao Sistema Administrativo. 2.3 Integração ao Sistema Escolar . . . . 2.4 Delimitação da Área de Abrangência

CAPfTULO 111

3. O DESENVOLVIMENTO DO CENTRO DE PESQUISAS . 3.1 Como Promover a Motivação Realizadora 3.2 A Interdiscip1inaridade

3.3 O Aprimoramento

.

3.4 A Valorização

CAPfTULO IV

4. A DINÂMICA DO CENTRO DE PESQUISAS 4.1 Cognitiva

(5)

4.2 Criativa •. 4.3 Produtiva.

CAPITULO V

5. OS ENSAIOS DO CENTRO 5.1 O Jato-Propulsor 5.2 A Turbina ETN 5.3 O Projeto P1anck 5.4 O Projeto Vampiro

CAPITULO -VI

DE PESQUISAS

BRASIL 11

6. INVESTIMENTO NO CENTRO DE PESQUISAS

6.1 Investimento para Implantar um Centro de

Pesquisas . . . .

6.2 Investimento em Projetos '. 6.3 Análise dos Resultados

7. CONCLUSÃO

8. ANEXOS- ..

9. BIBLIOGRAFIA

V

páginas 128 138

144 145 158 172 185

195

196

200

206

211

214

(6)

INTRODUÇÃO:

1.

No começo era assim CAPíTULO I:

2. A Turbina em perspectiva • 3. O Mo t o r a j a t o . . •• ••

4. O estudante e os problemas· brasileiros

5. A pesquisa científica .

6.

A pesquisa tecnológica CAPíTULO 11:

7.

A meteorologia

-8. A cooperaçao •

.

...

9.

Patente de invenção

10. Biofísica tecnológica.

CAPíTULO 111:

11. Aprendendo a pensar

12. O Hidrelétro-Indicador

13. O aprimoramento

.

14. O dialogo

.

CAPíTULO IV:

15. Aventura na Amazônia •.

16. O Brasil prepara seus técnicos .

17.

O sonho fantastico e sua realidade

-18. Turbinas em açao

CAPíTULO V:

19. Propulsão a jato no Brasil 20. Incentivo aos jovens

21. Os Discos Voadores •

22. Organograma de um projeto

(7)

23. A turbina por dentro •.

24. Turbina a gas construída na ETN 25. A maquete de um ideal

26. A Expedição Caparaó 27. O ponto alto da ciência 28. Uma v1são do futuro 29. O Gerassom

30. A biônica em ação

CAPfTULO VI

31. A camara de hibernação 32. A estatística

33. O espetáculo macabro

VII

Páginas

163 166 170 177 180 183 187 190

(8)

1. Tabela 111.1. Matrículas no ciclo secundirio r10 e profissional em 1970 (Bra sil

2. Tabela IV.7. Custo de formação de um aluno na Escola Tecnica Federal CSF. 1970 •.

3. Tabela 2. Taxas de retorno para investimento educacional no Brasil

4. Ministerio da Marinha. Apreciação sobre o Hi dreletro-Indicador. Rio de Janei-ro, 1946

5. Escola Tecnica Visconde de Mauá. Declaração do diretor sobre a participação dos alunos no projeto da Turbina ETN.

215 .

216

217

218

Rio de Janeiro, junho, 1960 219

6. Universidade do Estado da Guanabara. Insti-to de Física. Designação para coor

denar o projeto Planck. 1966 220

7. Fundação Santos Dumont. Solicitando aETFCSF, a remessa do motor a jato BR-II pa

ra ser exibido no Salão de Aeronãu tica e Espaço e sua possível doa-ção ao Museu de Aeronáutica. S. Pau

lo, 1973 • 221

8.

Funação Santos Dumont. Agradecendo

ã

ETFCSF, pela exibição do motor a jato BR -11 no Salão de Aeronáutica e Espa-ço e pela sua doação ao Museu deA~ ronáutica em S. Paulo, 1974.

VIII

(9)

9. Ministério da Educação e Cultura. Parecer da Comissão Supervisora da Aplicação

dos Incentivos Funcionais, 1980.. 223 10. Aviação, revista aérea brasileira. O Brasil

está construindo o seu primeiro mo tor a jato. Rio de Janeiro', setem-bro, 1947

11. Diário Carioca. Está sendo construido o pri-meiro motor a jato brasileiro, na ETN a fundição das primeiras peças

Rio de Janeiro, 26.09.47

12. Boletim da CBAI. Concedida a patente do pri-meiro motor a jato brasileiro. Rio

225

226

Janeiro, voI. IX, junho, 1955 . 227 13. ·Diário de Noticias. Alunos da ETN constroem

turbina inédita: a jato. Rio de

Ja-neiro, 9.8.1959 228

14. Jornal do Brasil. Ensino: Alunos da Escola Técnica constroem turbina a jato, Rio de Janeiro, 18.9.59

15. Boletim da UEG, publicação oficial na Univer sidade do Estado da Guanabara. No-ticiário sobre o Projeto Planck.

229

Rio de Janeiro, 11.5.1967 .. 230

16. O GLOBO. Estudo de Raios Cósmicos será no

Pi-co da Bandeira, R.J. 27.03.68 •• , .•.•• 231

17. O

GLOBO. Raiva Bovina dá Prejuizo Anual de

NCr$ 300 Milhões. R.J. 24.1.68 •• 232

(10)

SIGLAS EMPREGADAS

: CBPF CNPq

Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas Conselho Nacional de Pesquisas

CP ••••.•. Centro de Pesquisas

CBAI Comissão Brasileiro-Americana de

ção Industrial

Educa-'CEFET-RJ • Centro Federal de Educação Tecnolõgicado

DEI DFT

Rio de Janeiro

Diretoria do Ensino Industrial Diagrama de Fluxo de Trabalho DM ••.•.•• Dissertação de Mestrado

DNPI

ETN

...

ETFQ

...

ETFCSF

...

ETEDA

....

Departamento Nacional de Propriedade In-dustrial

Escola Técnica Nacional

E$cola Tecnica Federal de Química

Escola Técnica Fede ral "Ce Iso Suckow da Fonseca" Equipe Tecni ca de Defesa Animal

FGV •••.•. Fundação Getúlio Vargas

IESAE Instituto de Estudos Avançados em

Educa

-çao

IF •..•••• Instituto de Física

INEMET ••• Instituto Nacional de Meteorologia INPE

IBGE

INT

MEC

Instituto de Pesquisas Espaciais

Instituto Brasileiro de Geografia e Esta tística

Instituto Nacional de Tecnologia Ministerio da Educação e Cultura PBDCT ••.• Plano Bãsico de Desenvolvimento

fico e Tecnológico

Cientí-PND •••••• Plano Nacional de Desenvolvimento

PRODEM ••• Programa de Desenvolvimento do Ensino Medio (Profissional) e Superior de Curta Duração (Engenharia de Operação)

(11)

UEG • • • . . . • . • Universidade do Estado da Guanabara UERJ ••..••..•• Universidade do Estado do Rio de

ro

UB • • • • . • . • • . . . Universidade do Brasil

XI

(12)

Janei-A pesqu1sa em Educação conduz invariavelmente aos sistemas metodológicos de ensino em suas diversas mod~ lidades. Interessado nos problemas de aprendizagem no en sino tecnológico e empolgado pela dinâmica e a objetivida-de que alcancei em minhas experiências educativas, decidi elaborar esta Dissertação de Mestrado, com o propósito de mostrar o quanto se pode obter do educando, quando sua for mação

é

orientada segundo os princípios da escola funcio -nal, constantemente renovada.

Em forma de narrativa desses ensa10S pedagógiros, a Dissertação, enriquecida com as ilustrações e o documen-tário inseridos no texto, procura evidenciar as vantagens da metodologia nela explícita, na expectativa de que novas pesquisas semelhantes venham a incrementar mudanças no S1S tema de ensino do país, no sentido de maior eficácia e me lhor formação do -estudante, principalmente na área tecnol~

gica, em seus diversos tivo para aqueles que, ensinar.

graus, e que possa servir de incen-com empenho, se dedicam

ã

arte de

(13)

JUSTIFICATIVA

A alocação do tema desta Dissertação de Mestrado con~titui uma forma de subsidio inerente

i

execução da po-lítica de ciência e tecnologia, especialmente no que se r~ fere o Plano Básico de Desenvolvimento Científico e Tecno-lógico,2 em seu Capítulo VIII - Desenvolvimento Científico e Formação de Recursos Humanos, aprovado pelo Decreto de

n9 77.355, de 31 de março de 1976, para o período de 1975/

1979, o qual define, entre outras políticas setoriais, a

que se refere

i

formação de recursos humanos para cia e a tecnologia, ressaltando o esforço que há

a ciên -de ser feito no sentido de formação de quadros tecnicos, nos

veis médio, superior e de pôs-graduação, na quantidade

qua~idade necessárias a operação do sistema de produção.

e

A meta do governo na area de Educação, com a re-estruturação de algumas Escolas Técnicas Federais, tranfoE mando-as em Centros Federais de Educação Tecnológica, bem mostra o interesse no preparo de :especialistas, pessoal treinado na problemática da produtividade, da criatividade e da pesquisa.

A Revolução Industrial deste século propiciou a grandiosidade de muitas nações. Olhando para os Estados U

n i dos, p o r e x~ mp 1 o, vejo alcançaram e me pergunto:

ma edueação bem planejada?

. o extraordinário progresso que

Te4ia

~~do

em

eon~equêne~a

de u

McClelland,3 em

A

Soe~edade Compe~~~~va, comenta que as teorias desenvolvidas para explicar as causas de a~

censão ou decadência das nações não satisfazem plenamente, pois que muitos pontos de vista podem ser admitidos para ~

ma explicação - o aspecto religioso, sócio-cultural,

80-cio-ec~nômico, de conquista e outros. Mas ele afirma, no

iní ci o de se u t r ab a lho, que b us cari a

"pitO

v~ ma~~ ampla~

(14)

ne~pon~ãvel de~envolvimento d~ência

econômico~". E conclui dizendo que

"a que

cada

genação

q~~

acima

de

tudo, obteve-o.

O que

~al

va da tnivialidade

e~ta

a6inmação

ê

a novo

6ato

de

que a

p~icãlogo de~envolveu

agona

in~tnumen

-to~ capaze~ de

aveniguan a que

ê

que uma genação

quen, melhon do que ela pnópnia

~abe, e ante~ de

que

atnavê~ do~ ~eu~ ato~,

tenha tida

opontunid~

de de mo~tnan o

que pnetendia.

Cantando com

e~-~e~ conhecimento~,

o homem pode

encontnan-~e

nu

ma melhon

~ituação

pana moldan o

~eu

pnãpnio

de~

tin a". (

p. 5 16 )

Ora, se a chave do progresso aí está, ele ainda nos explica:"Induzin

a motivação

de

neallzação aumenta

em

todo~ o~ tipo~ de ~ujeito~, pen~amento~ de

bom

de~empenho

em

nelação a algum padnão

de

nealização pen6eita,

de ob~tã

culo~

ã

tentativa

de

nealizan,

de

pnocuna

de vãnio~ meio~

de

nealização

e de

neação alegne ou

tni~te,

diante

do~ ne

~uUado~

da

e~6onço

nealizado".

(p. 69)

Portanto, podemos inferir daí que - na Educaçãoprincipalmente através da escola, a motivação para reali

-zar, induzida nos estudantes, é fundamental para o sucesso deles e da Nação.

Urge, conseqüentemente, a efetivação de reforço aos processos que visem, como o postulado nesta tese,a pr~ paração de pessoal qualificado, concomitantemente com o p~ ríodo de formação técnica e universitária. Na medida em que o empenho realizador seja reforçado, aumenta a inten -ção de realiza-ção, sua difusão social e o comportamento pr2, dutivo, criativo e aperfeiçoador.

Coerente com esses propósitos, justifico o esfor

(15)

ço que venho empreendendo de longa data, através de exper~

enc1as educativas com estudantes do Curso Industrial Bãsi co e Técnico da Escola Técnica Nacional e

com os do Curso de Engenharia de Operação da

posteriormente Escola Técni

ca Federal Celso Suckow da Fonseca e da Faculdade de Filo sofia, Ciências e Letras da UnF e,tambem,com alunos da Esc~ la Técnica Federal de Quimica, das Escolas Técnicas estadu ais Visconde de Mauã e Ferreira Viana e da Escola de Apren dizes Artífices do Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro, e~

~rço que,nesta forma de dissertação,constitui um ins

-trumento avaliador da atuação do Centro de Pesquisas, como agente de motivação realizadora' no ensino tecnológico.

(16)

a) convencer a tantos quanto se interessem pelos problemas de educação, especialmente no que se refere ao ensino tecnológico, que se faz necessário .um Centro de Pesquisas nas escolas de ensino industrial de grau midio, nas esco-las de Engenharia Industrial e nos Centros Fe derais de Educação Tecnológica, atuando como agente de motivação realizadora e de conjugação interdisciplinar dos currículos dos cur -s o-s.

~

b) informar quanto

à

filosofia da atividade do

núcleo e sua metodologia no processo de apre~

dizagem, coadjuvante ao ensino global do cur-s o.

,

c) mostrar pelos resultados obtidos nesta modali-dade de ensino a evidência de que os estímulos, a direção da aprendizagem e o apoio que a Esc2 la possa dar são responsáveis diretos pe~~ ma-nifestação da potencialidade de pesquisa e de produtividade dos estudantes.

,

d) comunicar, extrapolando para o âmbito da socie dade, a importância do valor que tem a Educa -ção Tecnológica, quando orientada não somente para uma formação intelectualista do adolescen te, mas também progressivista na direção do de senvolvimento sócio-econômico da Nação.

(17)

RESUMO

Durante o longo período de experiências de magi~

tério no ensino tecnológico de segundo e terceiro graus, o autor desta dissertação de mestrado vem aplicando uma me todologia que consiste em cativar os estudantes através de projetos inusitados, elaborados de conformidade com as ha bilitações específicas'dos cursos, empregando-os como ele mento motivador para realizar empreendimentos, paralelame~

te ao ensino curricular.

Esse motivo, escolhido e planejado pedagogicame~

te, serve de estímulo para concentrar as atenções dos alu nos na solução de problemas sócio-econômicos do país e da humanidade em geral, com o propósito de integrá-los no de senvolvimento científico e tecnológico, despertando o inte resse pelo estudo e pela pesquisa, nas atividades dos pr~ jetos realizados por grupos de colegas de vocações afins.

o

projeto, caracterizado por um complexo cibern~

tico ou biônico, tem a propriedade de efetivar a conjuga -ção das diversas disciplinas, cujos conhecimentos são apli cados nessas oportunidades, ajudando os alunos a compreen-derem melhor o sentido pragmático do conjunto curricular do seu curso.

Atuando, de início, autodidatamente, mas orient~

do pelos princfpios da Psicologia Educacional e mais tarde apoiado na Pedagogia de Dewey, o autor aprimorou sua meto dologia nos trabalhos de Decroly, Kilpatrick, Skinner e Mc Clelland.

A aplicação desse método de ensino suscitou a criaçao de um Centro de Pesquisas, integrado na organiza ção escolar, através de uma de suas assessorias, sendo di rigido por um professor responsável e estruturado na forma

(18)

de um setor onde se reunem as equipes de Planejamento Ed~ cacional e Pesquisa, Planejamento Técnico, Desenvolvimen-to de Atividades e Apoio, Desenvolvimen-todas formadas por professores convidados, especialistas nos assuntos envolvidos pelos projetos. Este setor-ambiente, bem arquitetado,é instala

do com recursos auxiliares didáticos e motivacionais, p~ quena biblioteca, museu,_ arquivo, uma pequena oficina de precisão. um laboratório para pesquisas tecnoló~icas e o~

tro pan tratamento fotoRrãfico.

Evidencia-se, assim, que o Centro de Pesquisas, como agente de motivação realizadora, atua na escola pro-duzindo mudanças significativas no processo de ensino e consequentemente na formação dos alunos, pela sua metodo-logia e dinâmica das atividades a que estes se dedicam,ma nifestando 'sua capacidade de produzir, aplicando a criati vidade aliada

ã

sua aprendizagem, aO.'1Ilesmo ;,tempo valio-sas para sua educação e para a sociedade.

Fundamentado nos bons resultados obtidos com a

aplicação dessa metodologia de ensino, o autor sugere a conveniência de serem implantados nas demais Escolas Téc nicas e nos Centros Federais de Educação Tecnológica, cen tros ou núcleos de pesquisas semelhantes ao descrito nes ta 'dissertação de mestrado.

(19)

ABSTRACT

On dealing with experiences concerning technical education in HIGH SCHOOLSand COLLEGES, for a long period, the author of this thesis has been using a peculiar mettodology which consists of captivating the students through original projects, organized according to the specific

qualifications of the courses offered, and using

technical them as motivati ng elements 50 as to ~omote undertaking paralléls

to curriculum studies.

The subject, pedagogically chosen and planned serves

as a stimulus to concentrate the ~tudents interests and attention in the solution of socio-economic problems of the country and of mankind in general; objectivating their integration in scientific and technological development, arousing their interests in study and research as well as in the projects achieved by others belonging

professions.

-to similar

The project, identified as a bionic or a cybernetic complex has the characteristic of concentrating several disciplines, whose knowledge is fully

opportunities, helping students to well pragmatic sens of the curriculum studies.

applied on these

understand the

Acting, in the begining of his career as a self-educated teacher, mainly oriented by the Educational Psicology of Dewey, the author has improved his methodology applying

the studies of Decroly, Kilpatrick, Skinner and Mc Clelland.

The introduction of this teaching system led to the creation of a Research Center, well integrated in the sc~

organization being managed by a responsible te~cher and organized as a sector where groups of work dealing withTechnical Planning, Development of Activities and Support work close to the achool directory staff.

(20)

This sector ~s to be placed in a well architected ro om, i ns ta 11 e d wi th mot i vat ing and di dac ti c aUxil iary resourses: i t has a small library, a museum, a file, and a technical

laboratory joined to a- precision shop, and a dark room for photographic documentation services.

It is clearly shown that the Research Center is used as a motivation agent, and acts in school promoting deep changes in teaching procedures and consequently in students education.

This Center through the dinamics of its activities and methodology is closely directed to the students 50 as

to give them stimulus to join creativity and knowledge 50

important to their education as well as t~ the society.

Based on the good teaching results obtained from this method, the author of this paper suggests the idea of introducing the research centers or nuclii described, ~n

to other technical schools and Technological Centers.

(21)

INTRODUÇAO

o

Brasil encontrase numa caminhada progressis -ta, em demanda de sua emancipação econômica, movimentando todos os seus recursos produtivos para conquistar

to-suficiência necessária ao bem-estar social.

Muitas atividades que sao significativas,

a

au-nesse labor, processam-se modestamente, sem alarde e sem divulg~

ção, tal como uma experiência que se realiza,

ã

procura de um resultado cada dia melhor, sem que nunca satisfaça ple-namente.

o

processo educativo é exatamente assim, uma experiência que se realiza, se reformula e se renova conti -nuamente, utilizando, novos métodos, novas técnicas e no-vas estratégias, sempre na expectativa de melhores resulta dos.

Este trabalho apresenta exemplos dess:as experiên-cias levadas a efeito, durante anos, no âmbito de Escolas Industriais, Técnicas e de Engenharia de Operação ·e que, pelos bons resultados obtidos, tornou oportuna a divulga ção da metodologia empregada para promover e concretizar os efeitos da motivação realizadora na aprendizagem, através da conjugação das disciplinas curriculares~ globalizadas nos projetos adequadamente elaborados para essa finalidade.

Conceituo a motivação realizadora como o desejo e empenho de elaborar, realizar, produzir, criar, fazer bem feito seguindo os melhores padr~es de excelência compat{ -veis

ã

nossa gente. Compreende-se a importância que ela

assume no desenvolvimento e aperfeiçoamento da personalid~

de e da habilitação profissional do indivíduo 'e que com

sua ~ifusão em grupos integrados numa organizaçao, é esta

(22)

grande parte da população de um país é este que se benefi-cia em mudanças acentuadas no sentido de desenvolvimento e conômico, tecnológico, educacional e social.

Oportuno se torna observar que o ensino tecnoló-gico difere do ensino tradicional acadêmico porque exige o conhecimento de técnica.s especializadas e uso de instrume!: tal sofisticado, equipamento de laboratório, oficina e ca~

po, cuja metodologia pedagógica compreende formação básica cieritifi~a e tecnológica, comum is várias habilitaç~es e u ma formação profissional geral e específica, que completam o embasamento do estudante qualificado, quer seja um técni co ou um engenheiro industrial.

O preparo desses profissionais é feito, p01S, a través de currículos complexos e diversificados de acordo com cada especialização. Porém, mesmo considerando a com petência e excelente dedicação dos mestres em cada disci-plina, seja ela puramente teórica, de experimentação em

laboratório ou de trabalho em oficinas (bem equipadas como o são nas Escolas Técnicas Federais), o aluno conclui o curso, não só apto nas matérias que estudou isoladamente, como também com relativa experiência nos trabalhos

curri-culares de laboratório e oficina; contudo muito deixam

a

desejar no que concerne i convicção profissional, porque lhes falta a experiência de conjunto.

Desse modo, o enS1no das diversas disciplinas de formação geral e específica tem que ser feito seguindo u-ma orientação essencialmente funcional, utilizando as ca-pacidades que o educando detectou no transcorrer da apren dizagem, visando ao bom êxito das tarefas que deve reali-zar em cada experiência de modo que elas tenham o

sentido e valor que têm na vida real.

(23)

-, .

3

plinas, quando se pretende a consecuçao de trabalhos com -pletos como o sao os projetos de máquinas, de arquitetura, de engenharia de um modo geral e de pesquisas, como ensaios consolidadores do espírito de autoconfiança do adolescente em sua carreira profissional.

Minha convicç~o da utilidade deste trabalho ba-seia-se na realidade de experiências educacionais que efe-tivei, no sentido de investigar os resultados que pode -riam advir de um plano de ensino que reunisse as discipli-nas básicas com aquelas de práticas em oficidiscipli-nas, isto e, a

aprendizagem científicaetecnol~gica, aplic~aas conjuntame~ te.

Esta hip~tese levou à promoçao de uma dinâmim na aprendizagem capaz de centralizar as atenções dos estudan-tes num objetivo global, integrador das técnicas, metodos, recursos e demais conhecimentos acumulados durante o curso e permitiu avaliar as capacidades de transferência do a-prendizado e de realização dos futuros tecnicos e engenhei ros de operação, ajustando assim às diretrizes do -ensino industrial uma filosofia pragmática,lliberál, eficaz e pr~ dutiva.

Criou-se, consequentemente, um núcleo de centra-lização dos trabalhos - O Centro de Pesquisas da Escola Tecnica Nacional - com a finalidade de elaborar, orientar e executar projetos inusitados para tarefas de ensino ex -traclasse, que se tornou agente mobilizador do interesse e empenho dos alunos e professores, no estudo e na prática da investigação científica e tecnolõgica.

(24)

laboratõrios e oficinas na estrutura e no funcionamento educacio -nal.

(25)

FIGURA 1

(26)
(27)

7

CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

INTRODUÇÃO

1 ABREU, Jayme.

A

E~cola como

Agente de

Mudança

Cultu-~a. Educação no Brasil, Textos selecionados, MEC. Rio de Janeiro, 1976. p. 45.

Sob o ponto de vista do pragmatismo ou da filosofia chamada progressivista, diz Jayme Abreu: "O Currículo bem construido (e Dewey chama a atenção da permanente necessidade de bem estruturá-lo e planejá-lo) e con-tinuamente experimental, evitando toda sorte de rigi-dez, limites absolutos, padrões mecânicos, soluções pr~

fixadas. Nele se harmoniza a consideração das tendên-cias da "child-centered-school" e da "commollity cen-tered school" buscando o encorajamento das iniciativas pessoais, da espontaneidade das ideias, da expressão criadora com o uso do ambiente natural-social circun-dante, como um laboratorio de aprendizagem".

2 BRASIL, PRESID~NCIA DA REPOBLICA. 11 Plano

sã..6..i.co

de

Ve~ envolv..i.mento C..i.en:t16..i.co e Tecnolô g..i.co I Capítulo VIII, IBGE, Rio de Janeiro, 1976. p. 135.

3 McCLELLAND, David C.

A

Soe..i.edade Compet~t..i.va: real

(28)

1.1

-

Pedagogi a e Pesquisa

1.2

-

Con cei to de Pesquisa Científi ca

(29)

9

1. O CENTRO DE PESQUISAS E O ENSINO TECNOLOGICO

A evolução cultural do povo brasileiro deverá aI cançar uma posição relevante no cenário internacional. 1s to prenuncia a emancipa~ão que tanto almejamos e estamos conquistando com segurança, graças ao aperfeiçoamento de nosso sistema educacional, dos métodos de ensino e do in-tercimbio cientifico, tecno15gico e artistico que mantemos com outras naçoes.

Levando em conta, por outro lado, o extraordiná-r10 surto industrial do pais, sentimos que o fenômeno se processa como que numa reaçao em cadeia, pois ~nquanto a nossa juventude cuida de se aperfeiçoar e assim servir ao desenvolvimento da nação brasileira, esta aparece aos olhos daquela estimulando-a pelo êxito dos seus grandes empreen-dimentos.

A tecnologia, o desenho,essencialmente, represen tam nessa jornada o papel preponderante da forma, do est{ 10, da beleza, da alma, enfim, que em conjunto identificam a personalidade brasileira, já conceituada em nivel bem aI to, comprovado pelos prêmios conquistados em trabalhos ar quitetônicos, de arte moderna e mesmo na indústria e na C1 encia.

Sente-se claramente o efeito benéfico que trouxe a instituição das Faculdades de Filosofia, Ciências e Le tras, oferecendo aos que se dedicam ao magistério, uma ori entação segura, experimentada e metodizada, para o sucesso da missão de ensinar e educar.

(30)

conteúdo da discip-Unas dobacharelado, complementado pela fo.!. mação pedagógica, sociológica e didática geral e especial, que caracteriza a Licenciatura trouxe para o professor bra sileiro a possibilidade de ocupar, no magisterio, o lugar de destaque esperado, em face de amplas responsabilidades que lhe são peculiares para a boa formação da juventude.

Mesmo assim, há carencia de uma orientação espe-cializada que passa ser oferecida aos professores, diri-gida no sentido de uma sistemática adequada

do magisterio no Ensino Profissionalizante.

.,

.

ao :exercl.Cl.O

Contudo, o professor estudioso, que realmente se integra na arte de ensinar, terá sempre diante de si um vas to campo a explorar e,dentro dela, aprimorar o seu metodo educacional.

Tão sublime como cultivar uma árvore, cercando-a de todos os cuidados, proteção e assistência de que carece ate

ã

floração e a produção de bons frutos, é a missao de educar e instruir o jovem.

No campo educacional, o interesse, o conhecimen-to e a dedicação têm caráter fundamental, por isso que, p~ ra atender a essas exigências, o professor deverá pOSSUl.r determinada formação e, a partir daí, realizar sua obra.

No próprio transcurso da jornada, muitos aplica-rao os recursos de que poderão dispor, .AD -alca:l.ça-r uma aprendizagem eficiente e produtiva.

(31)

11

Esta é uma tarefa que depende em grande parte dos conhecimentos e da habilidade do mestre, porque ele terá de adotar uma estratégia adequada que lhe permita di rigir todas as sugestões emotivas, no sentido do objetivo

desejado.

Isto é conseguido através da motivação, dinamis mo importantíssimo na aprendizagem, como sabemos, criador das reações indispensáveis ao estudante para que ele atinja a condição do interesse adquirindo, assim, esponta -neamente, o conhecimento consciente do assunto ministrado.

Num simples Jogo de xadrez, somente o fato de constituir uma competição, o desejo da vitória represen-ta motivação suficiente para desperrepresen-tar o interesse, a a-tençao e a aplicação correta das regras do jogo, no desen rolar da partida.

Um problema de matemática ou de física, também pode despertar auto-motivação no estudante que, levado p~

10 desejo de encontrar a solução certa, a1 encontra o ~ mo tivo para realizar todos os cálculos com o maior interes-se.

Por estes singelos exemplos, vemos que a motiva çao induzida, por uma segunda pessoa, nem sempre e indis-pensável, contudo, vale a pena analisar a motivaçao sob o ponto de vista da rotina.

A rotina e a grande inimiga do interesse; tem efeito automatizador e entorpece a vivacidade na sua pro-fundidade.

(32)

le-vado

ã

rotina elimina gradativamente o interesse no assun-to, isto

é,

o conjunto motivacional da curiosidade, reali-zaçao, ansiedade e incentivo.

Conheci um professor de mecânica de precisão,que ensinava o ofício com competência e muito amor ao trabaloo; sua secçao era muito eSLimada pelos alunos, pois aprendiam a construir peças de alta precisão e até balanças de labo ratõrios e instrumentos de medidas. Mas, desejando a dire toria da escola tirar proveito disso, determinou que o professor executasse, com a turma, uma encomenda de ganchi nhos para cortinas de janelas de vagões de estrada de fer ro. Eles fizeram as ferramentas e começaram o trabalho que consistia em estampar as peças numa prensa manual, que pr~

duzia em cada movimento, poucas unidades. Era pesada e de difícil manejo. No início, o entusiasmo era indescritível e tudo corria com êxito. Mais tarde, porém, a operaçao e~

trou em rotina, e, para completar a encomenda de milhares dessas peças, foi preciso recorrer

ã

ajuda de funcionarios, porque os alunos fugiam da escola.

Tanto no primeiro caso, individual, como no se-gundo, coletivo, a rotina sugere que sua persistência con duz ao desestímulo e

ã

improdutividade, incompatíveis com a aprendizagem.

Sou dos que consideram a rotina prejudicial sob duas modalidades: a curto e a longo prazo

Considero ainda que ela é perniciosa simultanea mente para alunos e mestres, principalmente por nao ter qualquer caráter motivacional.

(33)

13

aquela a longo prazo processa-se em anos letivos e afeta diretamente os professores e indiretamente os alunos.

No enS1no técnico, um exemplo desse tipo de roti na sao as séries metódicas que, - a nosso ver - monotoni

-zam professores e alunos sob dois pontos de vista:

1 - porque são repetidas anos apos anos, (conhe ce séries de 10 anos em exercício)

2 - porque são fechadas em S1 mesmas, isoladas do mundo da objetividade.

As conseqUências maléficas dessas desastrosas se ries caracterizam-se:

a) pelo comodismo do professor que,após o 29 ano de repetição, não terá problema para preparar suas aulas.

o

monotonismo e o complexo de pa ralização molestam-no por sentir que está marcando passo, enquanto seus discípulos de ontem são hoje técnicos, engenheiros ou abra çaram outras profissões liberais~nas quais e~ tão em franco progresso social e econômico;

b) pelo desconhecimento, da parte do aluno, quan to ao alcance global do objetivo dos traba-lhos da série, o que os faz indagar constante mente: "~Para que servirá isto?lI

o

Desenho constitui uma disciplina de real impo~ tância no ensino tecnológico como a modalidade mais compl~

(34)

de-conhecimentos e práticas no manejo de ados indispensáveis

ã

sua elaboração,

instrumentos apropri

-

~

e e a1 que o profe~

sor encontra a extensa seara para desenvolver suas pesqui sas, no objetivo de distanciar-se

dos recursos didático-pedagógicos

da rotina, inteirando-se ~

.

pOSS1ve1S para pIa aplicação de novos meios favoráveis

prendizagem.

ã

dinâmica

uma am da a

Quando os alunos freqüenta~ ainda os cursos pr~

fissionalizantes industriais básicos, seja qual for a esp~ cialidade que escolherem, durante quatro anos, cumprem um programa de desenho intensivo e variado no seu conteúdo,vi sando a formação de base para a etapa seguinte ou seja, o Curso Técnico.

No término do período, já o estudante deve conhe cer todas as regras do Desenho, dominando bem os traçados geométricos, a descritiva, o mecanismo das projeções,a per~ pectiva, as normas técnicas, bem como o perfeito uso do ins trumental e acessor10S.

-

.

No Curso Técnico, entao, vamos encontrar a prime! ra dificuldade, sob o ponto de vista pedagógico, pois que os alunos procedentes dos cursos colegiais pouco ou nada entendem de desenho e muito menos de sua interpretação.

Esta falha contrasta com os conhecimentos já ad-quiridos pelos seus colegas, criando problemas na turma e essa disparidade obriga, desde logo, a uma atitude especi-al do professor, a fim de equiparar as aptidões, colocando a turma, complexa, em nível homogêneo, sem o que dificil -mente poderá alcançar bom êxito na sua tarefa com rela

-çao ao desenho. Daí, certo temor nos jovens que in~re~

(35)

FIGURA 2

(36)

Perspectiva de conjunto,! em cort.e, da TUI'bina Universal, que se encontra em fase de

experi-mentação no Centro de Pes-quisas da ETN

i'

p,..tl°

(37)

17

havendo eles freqüentado cursinhos preparatórios para os e

xames de seleção e aproveitamento.

Isto se justifica exatamente pelo fato de

sabe-rem que essa disciplina é fundamental em qualquer Curso Téc

nico que venha a escolher.

Contudo, e interessante observar que aumenta anu

almente o número de candidatos egressos dos cursos de 29

grau em demanda dos Cursos Técnicos através de

transferên-cias.

Este fato e ausp1C10S0, pois revela que muitos j~

vens já não toleram o estudo livresco de outros cursos, tam

bém porque os cursos técnicos exigem cuidado especial na

programação didática, já que tudo tem de ser feito no

sen-tido de ir ao encontro às aspirações do estudante.

Encontro a razao desta preferência, no fato

de a juventude se achar auto-motivada pelas recentes

con-quistas do homem, quer no setor da eletrônica, da energia

nucle~r, na propulsão a jato e da conquista do cosmos.

Naturalmente, para isto, muito tem contribuído a

imprensa e a televisão, com seus programas de divu~gação

científica, enaltecendo o prestígio dado pelos governos das

grandes nações como o dos Estados Unidos, o da Rússia, da

Inglaterra e outros, às investigações tecnológicas, estimu

lando a formação intelectual da juventude nas Escolas

Tec-nicas e nas Universidades, das quais saem as mãos obreiras

do progresso.

E o entusiasmo se intensifica, como eu disse,

quando a própria conjuntura nacional está a conclamar os

brasileiros para a execuçao de um vasto programa de emanei

pação pelo desenvolvimento industrial.

(38)

senta diante do professor, homem que ele julga possuidor das chaves de todos os segredos que ele pretende, como es tudante, desvendar.

vê-se claramente que os candidatos aos Cursos réc nicos revelam elevado nível de aspiraçao e um desejo espe-cífico de aprender nessa escola aquilo que realmente prec~

sam para se tornarem tecnicos.

Com tal anseio e todas as s~us forças V1vas em estado latente, fácil será programar as estratégias

adequa-~as para ele assimilar tudo aquilo que realmente deseja.

A objetivação de uma aprendizagem está vinculada a um planejamento que envolve, por sua vez, uma serie de conhecimentos inerentes ao tema proposto.

Assim, na execução do projeto de um dispositivo mecânico, por exemplo, o aluno tem que voltar a sua aten -ção ao estudo da Física, para conhecer como se processam os fenômenos e suas leis, da Matemática, para avaliar as grandezas e as proporçoes em que se acham relacionados os fatores ou os elementos construtivos, da Mecânica Aplica-da, para analisar os dispositivos de causa e efeito, da re~ nologia, para identificar a natureza e obtenção dos mate

-riais adequados, as operações técnicas a executar em cada problema, do idioma pátrio para o estudo e evolução inte -lectual, de idiomas estrangeiros, para seu aperfeiçoamento e desembaraço na busca de informações especializadas, da Organização e Contabilidade Industrial, para a adoção de ordem e economia no trabalho, de modo a torná-lo racional com rendimento prático e Análise do Trabalho para determi-nar quem vai fazer os fluxos de pessoal, de operações, de

material técnico, da segurança no trabalho para evitar acidentes,etc.

(39)

pra-zo para todas as matérias do seu curso.

Sabe-~p &er este exatamente o objetivo do Ensino

Técnico Industrial, para o qual o governo cr10U e mantem extensa rede federal de Escolas Técnicas e ginasios indus-triais em todo o País, tendo em vista que o desenvolvimen-to de uma Nação se apoia nos seus recursos tecnológicos e de mao de obra especializada, norteado pelo espírito cien-tífico e criador.

Mas, o Ensino Técnico nao foi ainda bem compree~

dido em nosso País, e,por outro lado, não pôde programar sua expansao a contento, por constituir-se num enS1no ca-ríssimo, quer sob o ponto de vista do custeio do ensino e preparação do aluno, quer daquele referente ao custo das

instalações, equipamentos e material de consumo.

Costuma-se dizer que um povo nao progride se tem

para exemplo somente a si próprio. Assim, torna-se

necessario o intercâmbio cultural e de outras coisas mais, en -t re as naçoes.

Quem se disponha a ler "H-i...6tóIL-i..a do En.6-i..no Indu.6

tIL-i..ai no BILa.6-i..i" de Celso Suckow da Fonseca,l em seu

pr1-meiro volume, constatara a odisséia da implantação do Ensi no Técnico em nosso país e o significado que teve para nós, o encontro denominado "PJr..-i..me-i..ILa Con6elLênc.-i..a de M-i..n-<..6tILo.6 e

Vi.ILetolLe.6 de Educ.açã.o da.6 Repúbi-i..c.a.6 AmeJr..-i..c.ana.6", proposta

pelo Conselho Diretor da União Pan-Americana que se reali-zou em Havana, em setembro de 1943.

A guerra,abalando o mundo todo, sugeria providên cias nos meios educacionais, enfatizando o ensino técnico.

Eis as recomendações:

tI

A

PtimúILa Co n

6

eILênúa

de.

M-i.. n-i...6 :tJr..O.6 e V-i..ILeto lLe..6

(40)

-Jr..ando:

II que o

apo~-gueJr..Jr..a

tJr..aJr..ã nova

concepçao de

v~­

da, deteJr..minando a paJr..ticipação

de

númeJr..O~ ~em

pJr..e

cJr..e~centude incüv1.duo~,

no

pJr..oce~~o

da

pJr..odução

e

na~ atividade~

de diJr..eção,

6i~cal~

~açao

e execução do tJr..abalho oJr..ganizado;

21 que a mecanização

pJr..ogJr..e~~iva

da

indú~tJr..ia,

longe

de eliminaJr.. a mão-de-obJr..a

e~pecializa

-da, a tOJr..naJr..ã cada

vez

mai~

exigente, Jr..ecla

-mando maioJr.. capacidade, maioJr..

peJr..6eição no ma

nejo

da~ mãquina~, mcú~ ten~ão p~1.quic-(t

e

OJr..-gânica,

mai~ de~tJr..eza

e maioJr..

~en~o

de

Jr..e~po~

~abilidade;

31 que paJr..a a

con~ecuçao de~~e~ objetivo~

pJr..eu~o,

poJr.. um lado, incoJr..poJr..aJr.. o

en~ino

té!l::.

nico

ã~ e~cola~ comun~, e~tabelecendo nel~

um

~eJr..viço

adequado

de oJr..ientação vocacional,

e, poJr.. outJr..o, multiplicaJr..

a~ e~col~ técnic~

e~pecicú~, ma~ ~em de~viJr..tuã-l~

com

conheci-mento~ exclu~ivamente teõJr..ico~, de~ejando -~'4

ao contJr..ãJr..io, que

o~ tJr..abalho~ pJr..ãtico~

e

~

expeJr..iênci~

em

o6icina~

e

laboJr..atõJr..io~ con~­

tituam

o eixo de toda a

~ua

atividade;

e

41 que

convém

ao~ pa1.~e~ ameJr..icano~ po~~uidoJr..e~

de en

oJr..me~

Jr..iq

ue

z~

em

matéJr..i~ pJr..im~, de~ e~

volveJr.. o

en~ino

técnico,

poi~

que a mcúoJr..

ca-pacidade

do~ tJr..abalhadoJr..e~ cOJr..Jr..e~pondeJr..ão ~em

pJr..e

bene6Zcio~ po~itivo~

paJr..a a economia na

-cional.

Re comend a:

II que

no~ último~ ano~

do

en~ino

pJr..imãJr..io comum

a

educação tenha

~entido

pJr..é-vocauonal,

ca-paz

de pJr..opiciaJr.. o

de~envolvimento d~

apti-dõe~ individucú~, Jr..elacionad~

com

~

ativida

(41)

21

2)

que

~eja

multiplieado

o

nume~o

de

e~eola~

tée

niea~ e~peeiai~, indu~t~iai~, ag~o-peeuã~a~

e

eome~eiai~, adaptada~ ã~ neee~~idade~ e~pe­

eZ6iea~

de

eada

~egião

e

a~tieulad~

eom

o~

plano~

da

edueação

p~mã~ia

e

~eeundã~a;

3) que,

pa~alelamente ao~ ~i~tema~

de

en~ino p~~ 6i~~ional

o6ieial,

~e e~tabeleçam e~eola~ ~n du~t~iai~

ou

eu~~o~

de

ap~endizagem, eomun~

a

vã~a~ 6ãb~e~, o6iein~

ou

pa~a

eada

indú~­

t~a ~epa~adamente, ~eg'undo ~u~ po~~ibilida­

de~ eeonômie~; e~eola~

e

eu~o~

que

~eJLa.O

man

tido~

eom

a

eónt~buição di~eta da~ emp~e~~

e o

auxZlio do

E~tado,

e

di~igido po~ o~gao~

p~õp~io~ no~ quai~ e~~a~ emp~e~a~

e

~ auto~

dade~

do

paZ~ e~tejam ~ep~e~entada~;

4) que no

en~ino indu~t~al

e

p~o6i~~ional

de

to

d~ a~ eatego~~ p~edomine

a

p~epa~ação

tée-niea

pa~a

o

t~abalho, ~em p~ejuZzo da~ di~ei­

plin~

de

ea~ãte~ eultu~al,

a 6im

de

6avo~e­

ee~

o

melho~amento

e o

de~envolvimento da~

ae

tidõe~

e

eapaeidade

de

eada

t~abalhado~,

e

5) que,

~egundo a~ po~~ibilidade~, ~e e~tabele

-çam

~e~viço~

de

o~ientação p~o6i~~ional,

que

pe~mitam de~eob~~ ~ aptidõe~

e

eapaeidade~

do~ aluno~

e

examinã-la~ pa~a

o

~eu melho~

a

p~oveitamento

individual

e

~oeial".

-Esse fato repercutiu entre nos e deu or1gem a criação da Comissão Brasileiro-Americana de Educação lndu~

trial - CBAI em 1946, dando oportunidades de intercâmbio de professores brasileiros e americanos, no intuito de melho rar as condições de ensino tecnológico.

(42)

-nar e conduzir as vocaçoes, atendendo aos anse10S da juve~

tude nesta era tecnológica.

A atividade de enS1no na area tecnológica

carac-teriza-se pelo dinamismo da aprendizagem em sala de aula,

-nos laboratórios e nas oficinas.

o

aluno estuda, e xe cu ta

tarefas, manuseia máquinas, cumprindo o que lhe

grade curricular do curso que escolheu.

Paralelamente, o Centro de Pesquisas

ordena a

promove a

orientação extraclasse de que o aluno precisa para completar

sua aprendizagem, em opot'"tunidades que lhe são oferecidas p~

ra, englobando os conhecimentos adquiridos

disciplinas, aplicá-los na objetivação de

quadamente projetado para tal finalidade, um

no

nas diversas

trabalho

ade-qual ele este

ja interessado. Este

é

o mowento propício para os professores

apli-carem sabiamente as técnicas motivacionais para realização

e deste modo oferecer

para que ele utilize suas

aó estudante orientação e ue.ios

aptidões em busca de uma

identi-ficação vocacional, participando dos projetos em

desenvol-vimento na escola.

Essa atuaçao se comprova pela seqUência de fatos

significativos para a Educação na área de ensino, avaliados

pelas mudanças comportamentais do corpo discente e docente,

demonstrando maior interesse pela aprendizagem e melhores

padrões de excelência observados no aproveitamento do estu

do e na produtividade, consequ·entes dessa metodologia de

ensino e do trabalho realizado através da dinâmica de

gru-po.

As experiências que realizei, no decurso de 25

..

am

anos, mostraram que um setor adequadamente instalado no

bito de uma escola técnica ou de engenharia industrial, a

exemplo do que se verificou na Escola Técnica Nacional, ho

je Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de

(43)

sis-FIGURA 3

o

detalhamento dos desenhos do

motor

a jato Brasil 11 e sua construção

pro-piciaram a implantação de uma nova

me-todologia de ensino que, globalizando cer

tas disciplinas, cujos conhecimentos eram

necessãrios

ã

consecução das tarefas, pro

duziu maior rendimento na aprendizagem pe

la sua objetividade tecnológica e de

pes~

(44)
(45)

25

temática do ensino, - ativando alunos e professores atra -vés da aplicação do método de projetos, objetivando a cor-relação das disciplinas numa programação subsidiária dos currículos dos cursos.

1.1 - Pedagogia e Pesquisa

Analisando o procedimento dos indivíduos no tr~s

curso de suas vidas, observamos que a ação de cada um é,em

grande parte, função direta da educação que recebeu.

Educar o cidadão, conseq~entemente, há de ser me ta prioritária das lideranças que conduzem o povo na form~

çao de uma nação que se deseje venha a ser próspera, cul-ta, estável e desenvolvida.

Segundo a filosofia adotada para o bem-estar e a segurança da comunidade, à Educação caberá, através de me-todos, meios e recurso~ orientar os indivíduos segundo a política que os conduzirá na direção dos objetivos a alcan çar, de progresso econômico, cultural e social.

No complexo educacional, ressalta o Ensino com sua ação preponderante no preparo de recursos humanos e na formação da intelectualidade. Através dele as criaturas tornar-se-ao capacitadas para assumirem posiçao na socieda de.

Porém, embora sejam as pessoas fisiologicamente semelhantes, elas são diferentes no que diz respeito às c~

pacidades intelectuais e aptidões senstrio-motrizes e tam bém se distinguem pela personalidade que se .for~a no pro-cesso de desenvolvimento psíquico, social e físico do indi víduo.

(46)

poe exigencias de natureza profunda que a Pedagogia, ap01~

da na Psicologia e em outras ciências humanas, a cada di a ma1s se desenvolve no sentido de estabelecer a didática sa tisfatória para os problemas de ensino e aprendizagem.

Mas, a Educação nao se restringe ao plano de pr~ parar o cidadão para ajustá-lo

ã

sociedade, ela desempenha funções transcendentais, entre as quais a de despertar v~ caçoes, ativar a criatividade, promover a pesquisa, humani zar o indivíduo.

Uma naçao em desenvolvimento nao pode prescindir de pessoal qualificado, artistas, técnicos, inventores e pesquisadores. A mão-de-obra será satisfatória se os op~

rários forem bem treinados e trabalharem em harmonia com suas vocaçoes. A assistência técnica será eficiente se o especialista estiver realmente apto para exercer seus ser

V1ÇOS. As invenções contribuem para enriquecer o

patrimô-nio da nação, bem como aos cientistas e pesquisadores cabe a importante tarefa de elaborar os projetos que irão impu! sionar o desenvolvimento da nação e credenciá-la no conce1 to internacional.

Eis, p o i s , · onde ressalta o papel do educador.

t:

ele, em grande parte, o responsável direto pela boa ou ma formação do educando, embora, obviamente, se considere que não cabe a um mestre, mas, ao grupo de professores, orien tadores, administradores e psicólogos, que completam tal m1ssao.

Mesmo assim, se tivermos em foco o aprendizado especializado, veremos mais claramente a eficácia daquele que foi aprendiz, como reflexo do trabalho educativo de seu mestre.

ro grau

(47)

27

tecnológica formam o grupo de ma10res .responsabilidades na formação dos jovens, futuros técnicos ou engenheiros. Mas isto não significa que seja menos importante o traba

lho de ensino das disciplinas de cultura humanística, pois que ele completa a formação do profissional.

Ora, um técnico, mesmo com excelente preparo tec-nológico, porém, que nao seja capaz de planejar e redigir um relatório de seus trabalhos, terá um ponto negativo,sem pre a lamentar.

Muitos estudantes relutam em aprender Desenho, por exemplo, achando que isso e uma questão de vocação. Por esta ou outras razões inicia sua carreira profissional com esta deficiência e, certamente, terá sempre dificuldade para esclarecer algum assunto atraves de um esboço, elabo-rar uml~roqui~l e muito Eenos os desenhos de um projeto ou sua interpretaçao. Este será também um ponto negativo a

frustrá-lo em sua carreira.

Na evolução do processo educacional contempora -neo, cujas tendências visaE a uma reformulação dos princí-p10S didáticos no ensino dos diyersos graus, em relutância

aos E~todos tradicionalmente intelectualistas, muito vali~

sas têm sido as contribuiç~esde filósofos e pedagogos co mo Herbart, com a Filosofia da Ação ~ Educação pela instr~

ção, através da pedagogia do interesse. em cujos conceitos William James inspirou~se com sua Filosofia Pragmática.

John Dewey, seu discípulo e seguidor deu novo sentido ao pragmatismo, ao adaptá-lo

ã

Escola Nova, cuja concepção di fundiu-se internacionalmente como Escola 'Prog~essivista,

(48)

da Psicologia Funcional, vêm incrementando, gradativamente, nova maneira de pensar e cada vez mais os psicólogos vol

-tam suas atençoes para a criança e o adolescente, não os vendo mais como indivíduos amoldáveis, dócei,s .submissos cres cendo etária e demograficamente, como cópias autênticas de um modelo único, mas sim, como um ser complexo de surpree~

dente moto próprio, dinâmico pelas reações a estímulos de sua vontade e do mundo exterior, e versátil no meio social e ecológico, em incessantes mudanças.

~,pois, justo pensar que Educar, longe de cons-tituir uma açao programada segundo os moldes de um figuri-no de utilidade unive~sal,

ê

uma atividade fundamentada em conhecimentos científicos com raízes em reflexões filosófi cas sobre a dicotomia o Homem e o Meio e no sincretismo de

leis coexistentes, inerentes

â

Antropologia, Biologia, Ps~ cologia, Física e Química, estas duas exatas na natureza, mas não nos indivíduos, porque neles transcendem para o ainda desconhecido universo da metapsicologia e da metafí-s ica.

Mas a Filoso~ia e as ciincias prosseguem no ar -ranjo das idéias sobre o homem atuante no seu meio ambien-te, suas ações e reaçoes e, das conjecturas simbólicas, sur-gem novas leis científica~ pelo que,atravésda Educação, cada

vez melhor ele compreende a vida, o amor, o trabalho, o la zer, a liberdade - enriquecendo sempre mais seu lastro cul tural.

(49)

29

..

Ottaway, discutindo esse problema, situa a Edu cação como ética de vida de um povo capaz de garantir sua estabilidade, e explica:

"alguma.6

ve.ze..6 .6e.

.6uge.Jr..e. que. a Educ.ação

é.

a c.a,!!.

.6a de. mudança

.6oc.~al.

O

OpO.6to

é.

ma~.6 ve.Jr..dade.~

Jr..o.

A mudança

e.duc.ac.~onal

te.nde.

a

.6e.g~Jr..

ou-tJr..a.6 mudança.6

.6oc.~a~.6 ma~.6

do que.

~n~c.~ã-la.6.

A e.duc.ação não pode.

.6e.Jr..

mudada até. que. a

c.ultu-Jr..a mude.".

Ao que arremata Jaime de Abreu:

"E~.6

pOJr..que. a e.duc.ação

é.

Jr..e.je.~tada

c.omo

c.aU.6a,

e.la

é

mu~to m~.6

uma

vaJr..~ãve.l

de.pe.nde.nte..

Quan

do

0.6 obje.t~vo.6

mudam muda a e.duc.ação,

ma.6 0.6

obje.tivo.6 tê.m de mudaJr..

ptime.~Jr..o".

Do -meu ponto-de-vista, concordo em que os objetivos devem ser a mola mestra a impulsionar o ideal almejável de uma sociedade capaz de alcançar os melhores níveis de desenvolvimento e estabilidade. Esses objeti -vos têm de ser traduzidos por uma filosofia de vida soci-al bem definida que por sua vez gera uma pedagogia efeti-va,coerente, progressista e verdadeira, trazendo em seu bojo os métodos e procedimentos que vão caracterizar os melhores meios de educar, na escola, na família, na soci~

dade e que ficará,enfim, suscetível de mutações positivas e favoráveis.

Analisando, por outro lado, quanto

-

as inerên-cias intrínsecas do ser humano, no sentido de mudança

so-~.~

cialmente programadas ou surgidas em consequencia de in-junções culturais, com objetivos bem definidos, ~ejo

que se exerce sobre ele uma força transcendental, difícil de ser controlada, para que seu comportamento mude.

(50)

conhecimento dessa força, nao se conseguiu,ainda, uma con-ciliação entre a diversidade de ideias, mesmo admitindo c~ mo apoio os conceitos filosóficos da Essência - de Platão ou da Existência - de Aristóteles. Isto leva-me

ã

conje~

tura de que a verdade está encoberta por congruências de natureza metafísica de especulações inverificáveis na

pró-pria complexidade humana.

Darwin

Procurando estudar as orlgens do homem, Huxley e fortaleceram a pedagogia da Existência no domínio do desenvolvimento e da natureza do homem e Spencer no do mínio social.

Mas o que se deseja

é

a unidade tronco da dicoto mla - ideal e real, que a Educação espera em resposta a e~ -ta pergunta: Deverá o homem ser instruído e educado em obe

diência

ã

sua essência, seu ideal, ou tomando-o como parte do conjunto social em que vive?

Nem Hegel, com sua ideia de e~pl~ito

objetivo,

nem Durkheim,s mostrando

"c.omo a

divi~ão

do

t~abalho t~an~

óo~ma

o

indivIduo na

~oc.iedade,

o

pode~

que

a~ idêi~

c.ol!

tiv~

e

o~ pe4Zodo~

de

exc.itação c.oletiva

exe~c.em ~ob~e

e-le e

c.omo

~ ~ituaçõe~ ~oc.iai~ penet~am

até

o

óundo a vida

pe~~oal, dete~minando inc.lu~ive atitude~

tão

Intim~

quan-to a vontade

de

vive~

e

a

dec.i~ão

do

.6uic.Idio"~

guiram harmonizar esse conflito de proposições resposta satisfatória.

-nao conse-para uma

Mac-Dougall defendeu a tese da importância bási ca dos instintos no comportamento humano, porem antes que isso modificasse o conceito tradicional de natureza humana

6

e as perspectivas de sua educação, Freud lançou nova luz

"o homem não

apen~

não

e~a mai~

c.on c.eb.i..do c.omo

o

que

e-le

go~ta~a

de

~e~,m~ ~eque~ de~c.~to

c.omo

~e

v.i..a

a

~i

me~mo

em

~ua p~õp~a c.on~c..i..ênc.ia". Surgiu, então, a pedag~

(51)

-31

dos psicológicos, certas desordens da mente humana.

Freud nao conhecia a decifração dos hierógl ifos, mas, desde os tempos do antigo Egito,7 conta-nos sua

es-crita pictográfica que, deuses como Hathor, Osíris, Isis, exerciam seus poderes emanados da

"lei

impenet~~vel

da

~~­

bia

natu~eza:

Toda vida

é

a

~exual;

o

p~aze~

é

6o~~a

vital

aumentada;

~e

diminuZda,

é

~o6timentorr.

Assim, dando culpa aos instintos, ao sexo, à he-reditariedade, às forças da Natureza ou do desconhecido, a ciência prossegue em busca da verdade.

o

conhecimento da contextura orgânica do homem,~

traves da Biologia Geral e das suas implicações psíquicas, trouxe a chave de grandes segredos existentes nos mais profundos recantos do ser humano e deu aos pedagogos novas leis universais do comportamento, podendo, com auxílio de las, torná-lo vulnerável a propósitos pré-concebidos pelos educadores, cognitiva e gnosiologicamente falando.

Assim, no que concerne à educação objetiva,

V1-mos Dewey, com a pedagogia funcional, cuja essencialidade está diretamente ligada ao processo dinâmico desta nova e

ra tecnológica.

Baden Powell contribuiu com sua doutrina do Es-cotismo, para uma alviçareira educação, dirigida não só p~ ra o convívio Com a natureza mas também e profundamente, visando a confraternização universal, baseada em princí pios de moral e de respeito mútuo entre os indivíduos.

Mas, Stirner, Nietzche e Gaudig, deturparam a p~ dagogia da existência de Rousseau, combatendo a pedagogia da essência e defendendo os direitos ilimitados do homem.

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car erradamente na filosofia de Nietzche fundamentos pa-ra a sua megalomania ariana que deveria produzir a mudan ça radical da sociedade que dominava, principalmente nas atitudes dos jovens, que foram fanatizados por uma educa çao racista, de poder absoluto sobre o resto do planeta, que seria de povos escravos, tanto quanto os faraós de há milênios atrás escravizaram o povo, através de doutrinas facciosas que os "sacerdotes" utilizavam para

as massas na vulnerabilidade de sua essência.

ludibriar

Nietzche 8 advoga a idéia de uma educação de

vontade. de. pode.lt:

~e.ltã.o 6oJr::te.~ o~ c.apaze.~, 6ltac.o~ o~

de.

m~~. A

aJtte. de. vive.1t ac.ima do be.m

e.

do mal,

c.on~titui

u

ma baltlte.ilta

do~ 6ltac.o~,

c.ontlta a audãc.ia

do~ 6oJtte.~. Is

to suscitou um modelo hipotético de super~homem,

sem as conotações racistas do hitlerismo.

embora

Nessa época, possuía a Alemanha um dos maiores contingentes de escoteiros, aSS1m como na Itália, a Opera Ballila, era o movimento confraternizador de Baden Powell, que foi aniquilado pelo chauvinismo belicista, pois Hitl~

e depois Mussolini converteram essa mesma juventude sub~ tituindo o bastão do escoteiro pelo fuzil-metralhadora ••.

Os pedagogos Krieck e Sturm,9principalmente, a deriram

ã

ideologia nazista e criaram a política-pedagóg~

ca que, mal inspirada na filosofia de Nietzche, conduzi u a sociedade a uma mudança catastrófica que quase custou o seu próprio extermínio.

Referências

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