1198401337 -ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 "zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
I
1 1 1 1 1 1 1 """1 1 I1 1zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAESCOLA DE ADMINISTRAÇ~O DE EMPRESAS DE S~O PAULO
FUNDAÇ~O GETÚLIO VARGAS
PEDRO RAMOS
./
UM ESTUDO DA EVOLUÇ~O E DA ESTRUTURA DA AGROINDUS
.TRIA CANAVIEIRA DO ESTADO DE S~O PAULO (1930-1982)
Fundação Getulio Vargas •• ' E&cola de Admini&lraç.ão .~ ~, G V de Emp resas de SAIoPaulo'~ - ~ BiblioteCAQPONMLKJIHGFEDCBA\ . '1 1 . . . • . . . . • - "
1198401337
Dissertaç~o ~presentada ao turso de
P~s~Graduaç~o da EAE~P/FGV - Area
-de Concentraç~o: Economia Aplicada
~ Administraç~o, comb iequisito
pa-ra obtenç~o do título de Mestre em
A dminis traç áo,
Orientador:Prof. R6berto M~Perbsa~Jr.
SÃO PAU L O
E s c Q ' azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAda A~jmir.isíracãoEDCBAd s
S m p r e s a s do São P a u l .
I:
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA-
ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAO a ta
~ ••0os Lh.m".
2..2/6" 31 ..LL6e
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l;;q flJ /JHGy.istrado p o r
I·zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
UM ESTUDO DA EVOLUÇAO E ·DA ESTRUTURA DA AGRO
INDUSTRIA CANAVIEIRA DO ESTADO DE SAO P.AULO
(1930-1982)
Banca Examinadora:
Prof. Orientado~: Roberto ~~rio Perosa: Junior
.Prof~:
ÀzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAminhazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAmae,
-
pela luta naeduca--
de f ilhas,çao seus
À Maria Lucia, esposa e companhei
ra dedicada,
A Pedro Henrique, fruto de nosso
111.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
AGRADECIMENTOS
Como ~ comum acontecer, um trabalho como este
-
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA,acaba sempre sendo uma obra quase que coletiva. Se nao o e
-na sua forma final, geralmente o ~ na sua fase de preparaç~o
e maturaç~o. Assim, a muitos teria que agr~decer e citar, j~
que nos dois anos que levou para ficar pronto, recebeu o esti
mula 2 acontribuiç~ode muita~ pessoas seja com o fornecimen
to de informações,ou pistas, seja com palavras de apoio, esti
mulo, seja com ouvidos e atenção e comeht~r~os destinados a
-corrigir ou a melhbrar a argumentaç~o. Assimf peço desculpas
por omissoes, às vezes propositaí, às vezes descuidada, pois
que seria impossivel lembrar ou citar nominalmente aqui todos
que me auxiliaram.
Em primeiro lugar, quero agradecer o
orienta-dor Roberto Mário Perosa Junior, pelo apoio constante, dedic~
do e, mais ainda, pela força e_encorajamentG quando a
conti--nuaç~o do trabalho exigiu.
'Em segundo lugar, quero agradecer aos funcio-.
náiios do escritório da Superintendência Regiona~ do IAA em
-S~o Paulo, nas pessoas dos Srs. L~zaro José Toledo Lima e Re
ginaldo de Assis Cheung, que forneceram a maior parte das
in-formações e dados aqui apresentad6s. Da mesma forma agradeço
cis funci6nárioB do escritório de fiscalizaç~o do IAA em
Pira-cicaba,_especialm~nte o amigo Armando Vaz Gonçalves. Gaspar,
que me permitiu os primeiros contatos com o que procurava.
Em seguida, quero agradecer os técnicos do
.IAA/PLANALSUCAR, que, além
.
de estimularem algumas reflexões,. .
me permitiram o acesso a obras e pesquisas citadas ao longo
-do trabalho. ,Quero agradecet de forma carinhosa ~s
funcion~-rias da biblioteca da mesma instituiç~o que, com paciência e
atenç~o dedicada, me fizeram chegar ~s. m~os as obras solicita
das.
Agradeço também aos funcion~rios da Junta
Co-mercial db Estado de S~o Paulo,c~oo:q~is conviyi durante bom
tempo e que me possibilitaram o acesso a centenas de documen~
IV •zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A~radeço de forma especial os meus colegas do
Departamento de Economia da Universidade Metodista de
Piraci-oaba , professores cnten, hoje amigos, que me iniciaram .no a stu
do da ciência econômica; péla convivência fraternâ e estimu-~
lante.
Pelo apoio financeiro, agradeço ~ Có~issio de
Financiamento da Produçio, do Ministério da Agricultura e
à
-llnLv ersLda de Metodista de Piracicaba.
Agradeço, pelo paciente ~ cuidado~o trabalhd
de oatzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAí.Loq raf í a , ao' "c ompa d r e" Antonio de Pádua Arruda Sérgi·o.
Por Gltimo e de forma muito especial, agrade-O
ço ~ minha companheira Maria Lucia, que, com8mor e paciência
soube contribuir com equilíbrio emocional, nas horas mais
di-fíceis de nossas vidas, para que esse trabalho pudesse ser
concluido em um tempo relativamente hábil.
-.
Pedro Ramos •
.
_.
-.--""
V.
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAI
N
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAo
I C E
AGRADECIMENTOS •••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 111
INTRODUÇ~O •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• UII
CAPITULO I - FATORES EXPLICATIVOS DA EXPANS~O E SUPRE
MACIA DA AGROINDUSTRIA CANAVIEIRA DO
ES-TADO DE SÃO PAULO •••••••••••••••••••••• 002
1. A CRISE DE 1929 E A FORMAÇão DO MERC~
DQ NAC IONAL ••••••••••••••••••••••••• 002
2. A CRISE E A INTERVENÇ~O ESTATAL ••••• 005
3. A 11 GRANDE GUERRA •••••••••• ~~ •• ~.... 012
'"
4. A NOVA FASE DA INTERVENÇ~O; O LIBERA
LIS~O ECONCMICO. ••••••••••••••• ~... 016
'
5. A CONSOLIDAÇÃO DO MERCAbo INTERNO. A
INDUSTRIALIZAÇÃO DOS ANOS JK •••••••• 018
6. A INTERAÇ~O COM A INDUSTRIA DE EQUIP~
MENTOS. AIMPORTANCIA DO GRUPODEDI-A
NI ••••••••••••••••• e .•••••••••••••• ~ • 023
7~ OUTROS FATORES AUXILIARES -,ASPECTOS
T~CNICOS •••••••••••••••••••••••••••• 028'
CAPíTULO 11 - A CONCENTRAÇÃO/CENTRALIZAÇÃO DE CAPITAL
"NA AGROINDUSTRIA CANAVIEIRA'EM SÃO PAULO 034
1. CONCENTRAÇÃO/CENTRALIZAÇÃO DE CAPITAL
_ A ANaLISE DE MARX ••~ ••• ~... 034
2. A VISÃO DE AUTORES MODERNOS ••••••••• 037
3. A UNIDADE DE MEDIDA ••••••••••••••• ~. 047
4. CONCENTRAÇÃO/CENTRALIZAÇÃO NA
INDUS--TRIA A~UCAREiRA/ALCOOLEIRAPAULISTA. 050
A) Concentração T~cnica ••••••••••••• 050
~) Concentração
Econômica/Financeira-Centralização de Capital ••••••••• 072
~ptNDICE: CONCEITUAÇÃO DOS GRUPOS
AÇUCA-REIROS
.
.
.
.
..
..
.
.
.
.
..
..
..
..
.
.
..
096CAPiTULO 111 - A CONCENTRAÇÃO FUNDIÁRIA
VI.
1. O PERíODO 1930-1965: A ORIENTAÇ~D ESTA
TAL DE DESENVOLVIMENTO EQUILIBRADO ••• 106
2. O PERíODO P~S-1965: A MUDANÇA NA ORIEN
TAÇ~O ESTATAL E AS EVIDlNCIAS DA
CON--CENTRAÇ~O- FUNDIÁRIA NA LAVOURA
CANA.VI--EIRA PAULISTA ••• ~ •••• ~ ••••••
e...
132CAPITULO IV - A OPÇ~O CONCENTRACIONISTA DO ESTADO: O
-PERloDO PÓS-1970. ••••••••••••••••••••••• 173
A tONCENTRAÇ~O ESTIMULADA ••••••••••••••• 173
APlNDICE: O ADVENTO DO PRÓ-ALCOO~ •••••• ~ 228
CONCLUSÕE SzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • e e • • • • • • • • • • • • • • • • 248
BIBLIOGRAFIA COMPLEMeNTAR •••••••••••••••••••••••••••• 250
íNDICE DE QUADROS ••••••••• e •••••••••••••••••••• ~... 253
VII.
INTRODUÇÃO
"Este trabalha tem cama objetiv.o ~entral est~
dar a forma cama evoluiu a ~groindustria canaviei~a na Estada
de são Paula. A atenção maior é para com as modificações
es-truturais acorridas em tal evolução, procurando-se reter, di~
cutir e explicar as causas e fatores que contribuiram e/ou de
terminaram as modificaç5es~ Procura-se, assim, através de
uma análise histórica, chegarzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
à
exposição de cama se encontrahoje Bstruturada aquela agroindustxia.
A importância de tal estuda parece-nas eviden
te. N~o fosse parque se trata de analisar um composta de ati .'
vidades (agrIcola-industrial) historicamente muita importante
para a Brasil e, em especial, para S;o Paula, deve-se ~er em
canta que, embora existam diversas trabalhas sabre a
agroin--dustrLaeca nav Le Lra paulista e/ou brasileira, a enfoque' que se
procura privilegiar nesta pesquisa é bastánte especIfica: a
sub$etor paulista é analisada em sua est;utura. Referindo-se
à
quest~o da concentraç~o na agroindustria mencionada, TamásSzmrecsány i es creve u, em sua ob ra ("O Plane jamento da A groin du~
tria Canavieira da Brasil", editada pela HUCITEC-UNICAMP, p.
51) que "Essa ca rac t.erIszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAtí ca da .agroindustria canav í eí.ra da
-Brasil mereceria um estuda mais apr~fundado, em escala
nacio-nal e dentro de uma perspectiva histórica". Isto, de certa
-forma, serviu cama motivaç~o ao presente .trabalho, embora, p~
ra podermos dar canta da tarefa,_ tenhamos restringida a
estu-.
da ao casa paulista. Nesse sentida nossa trabalha pretende
-ser uma contribuição ao estuda mais ampla da processa de
con-centraç~o de re~da' e riqueza no país.
. ,
Ademais, deve-se ressaltar que um·estudo.com
a enfoque .aqui desenvol~ido.assume· ainda maior importância na
medida em que a agroindustria canavieira brasileira é hoje ~
chamada a desempenhar um papel central na economia. brasileira,.
através· da PROALCOOL. Assim, uma análise que procure explici
tar as características estruturaii da subsetor, sua evoluç~o
passada e modificações acorridas ao longa de cinquenta anos
de história da produ~ão de cana açuc~r e álcool, na sstado
mais .Lmpo rt.an.t e da pais , co loc a-s e na' bas e de q ualq uer dí s cu§.
são 'sabre as rpar e'pect ivas de expans ao f ut ura daq ueLas
produ--ç5es, esperiialmente .quando as discuss5es passarem par
VIII.
o
trabalha é composta de quatro capftulos(a-lém de dais apindices), as quais passamos agora a· apresentar.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
. (
Nocapltulo primeiro procuramos explicar
par-que a estada de são Paula é a maior produtor brasileiro de'c~
na/açúcar/álcool. Ou se ja , nossa preocupação é chamar as fa-'
tor8S ou causas que explicam a supremacia paulista, dentro de
umazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAé111~"'~~8 histórica-evolutiva. A tarefa não foi das mais
-diffceis, j~ ~Cq diversas trabalhas, citadas ao longa da capI
tulo, forneceram as i~farmaç~es ou pistas básicas, as quais
-procuramos junt?r, ordenar e, em alguns casos, desenvolver.
Na capItula segundo, a mais extensa, de elabE
ração mais cuidadosa e demorada e, quiç~, mais .original, tiv~
mas como linha mestre a estudo da processo de concentração i~
dustrial havido no subsetor paulista. Para tanta, as
an~li--ses, apresentaç~es de dadas e levantamento de quest~es sobre
a concentração/ce~tralização de capital ocorrida na industria
da açúcar ao longo da perfodo 1930/1982 são precedidas de um~
ap re ss ntaçjio e comentários. de trabalhos teóricas sobre os fenô
menos~ com destaque para a formalização/compatibilização de
-conceitos e tratamentos dados par diferentes autores.
(
O cap~
tulo é seguido de um:ap~ndice, .no qual procuramos coloca~
al-gumas d~vidas ou quest~es que, de uma forma ou de outra, ficª
ram pendent~s ao longa do capItulo, dados, por um ladoi a
in-suticiente grau de elaboração de alguns conceitos pelas
auto-res utilizados, e por outra, pela incapacidade que sentimos
-.de ,.firmar posição sobre os problemas manc í ona do s , mesma
par-que se o fizéssemos, estariamos sendo basta~tepretenpiosos.
O capItulo terceiro é, com certeza, o mais
precá~io de todos. A razão é óbvia: qualquer estuda sobre
concentração fundiária no Brasil, ~smo em se tratando de
es-tudo de caso - estudo da co~centração refe~ida na agricultura
canavieira paulista - e nf re nta o sério problema de precar.ieda
de,.·-·agregação/desagregação de dadas, etc ,, Na verdade, como
( . .
procuramos mo~trar ao longo do ca~ltulo, o estudo da
concen~-tração na lavoura canavieira enfrenta obstáculos outros que,
senda muitas vezes desconhecidos "a pr í.orL'", a ca bam por criar
impasses que somente podem ser contornados se se partir para
estudos bem mais particularizados, os quais necessitam, .geral
IX.
Em decorr~ncia do apontado acima, nosso traba
lho n;o pode tratar de maneira mais adequada uma an~lise int~
grada, vale dizer, um estudo de concentraç;o/centralização de
capital no sentido mais amplo e mais conveniente q~and~ seeszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
,
tud~ .uma agroindustria. O que estamos sugerindo e que uma
an~lise que juntasse de forma mai~ dinimica e integrada; os
-capitulas dois e três, tornaria o estudo mais completo.
'.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA(
O ult~mo cap~tulo, em certo grau, procura dar
conta do mencionado acima. Estudando com maior, detalhe o
pe-rIodn posterio~ao plano de moderriização da agroindustria ca
navieir~ ~rasileira, procuramos discutir, explicitar ou
tra--tar de forma ordenada e conjunta, tanto as pe c'tcs ligados à in
dustria propriamente dita, como
à
lavoura da cana.Deve-se-ressaltar, como mencionamos no prólogo do capitulo, que ele
-n~o tem ~enhuma preten~ão de ser conclusivo; vale dizer, di~
cute, dentro do posiIvel, os ~esultados daq~ele plano
à
luzde dados e informações colhidos por diversas fontes e autores
,
apos dez anos do advento do plano.
A obra termina com um Ap~ndice ao quarto cap{:,
tulo, no qual, em um imbito bastante restrito, discutimos o
-advento do PROALCOOL. Nossa intenç~o inicial era a de
dedi--car todo um capItulo a este programa mas, dada a extensão do
trabalho e tendo em conta que outros aspectos mencionados ao
lon~o dele mereceriam tamb~m tratamento mai; demorado (caso
-da concentraç~o fundiária, por exemplo) preferimos apenas
in
-vestigar as razoas que,a nosso ver, explicam, em um primeiro
momento, o advento do PROALCOOL.
Três ~ltimas considerações. A:primeira delas
diz respeito a uma pe rí o oí zaç áo , Embora ~iv~ssemos, no proj~
to elaborado em 1980, apresentado uma periodização que acredi
tavamos ~:válida ,e~·po ss ive 1 ,de 'ser"aprove itada ao longo de todo
~ trabalho, abandonamDs ta~ id~ia no desenvolver da pes~uisa,
preferindo destacar certos fatos ou desdobr~mentos que
esti--vessem mais ditetamente ligados e; porisso mesmo, melhor
per-, .
mitissem o entendimento e a explicação das alterações
estuda-das. Assim ~ que passamos a, de certo mod~, considerar dis-~
tintos subper{~dos, cada qual relacionado com a'
res-·
,
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAx.
,
peito
à
intervenção estatal. De vital importância pa~a enteDder a evolução da agroindustria canavieira brasileira, essa
-intervenção, ao assumir diferentes faces ao longo do periodo
~or n6s estudado, acaba mesmo servindo como base ou meio de
-se entender, não s6 apr6pria evolução, mas, mais ainda, de
-se enterider as caracteristicas estruturais da subsetor, querVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
~aja no estado paulista, quer seja em outros estados. Nesse
sentJ.~'''.ela torna-se mesmo um elemento das periodicações fei
tas. A úl tl.1I, •..• :::C'nsideraçãore fere-s e a uma poss iv el
.regiona-lização, mesma em se pensando na estada d~e São Paula.
Essa-r.egionalização - par n6s pretendida na inicia - acabou, par
-fqrça ~as circunstâncias, senda abandonada e s6 foi utilizada
quando pretendiamos reforçar, contra-argumentar ou evidenciar
alguns fenômenos ou especificidades. Mesma esses fenômenos,
par apresentarem diversas desdobramentos (exemplo ~ a ~aso da
mercado de trabalha) acabaram senda, .em alguns casas apenas -zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
ma nc Lcna dcs ,
já
que de outra moda, nossa trabalhatornar-se-ia~ainda mais extensa.
-
. . ,Par fim, parece nao ser desnecessario lembrar
q~e as opiniões centrais aqui e~postas refletem a visão
pes--soai da autor.
.--=-CAPíTULO I
FATORES EXPLICATIVOS DA EXPANSÃO E SUPREMACIA .DA
o
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAEs~ado de S~o Paulo ~ hoje o maior Bstadoprodutor de açGcar e alcool de cana no Brasil. Na s~fra 80/
81 sua produção de açúcar representou 47,4%·do total produzi
do no país, sendo que a de alcoal significou na mesma safra
70,4% da produç~o total brasileira.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
,
Nesta parte do trabalho nosso objetivo e,
a--tra~~Q de uma an~lise hist6rica, procurar especificar os
fa-tores e/ou ':-:-·l.:asque, ao longo dos Gltimos cinquenta anos,
fizeram com que o ~~tado paulista atingisse tal posiç~o. Ca
be esclarecer que tal an~!ise dever~ ser sint~tica, isto ~,
nio nos deteremós em an~lises mais profundas de cada
fen5me-no a ser apontado, visto que j~ existem diversos trabalhos
-que tratam do assunto. N6s recorreremos a esses trabalhos e
os indicaremos tanto quanto aos fatores ~pontados bem como
-ao nível de·an~lise que cont~m.
1. A CRISE DE 1929 E A FORMAÇÃO DO MERCADO. NACIONAL
A an~lise da supremacia paulista na produção
agroindustrial canavieira deve iniciar-se nos anos 30. Isto
por v~rios motivos. Comecemos por atender oque representou
para o setti~ a crise econ5micado final dos anos 20.
,
Sabemos que nossa economia viveu, desde o
se-culo XIX at~ a grande depress~o que se inicia nos anos 29/30
sob o regime do que se convencionou chamar de "modelo de cres
cimento para fora". Ou seja, nossa formação de renda
depen-dia em muito da produção/exportação do caf~. Com a crise,
inicia-se um processo deinteriorização de nossa economia,
-vale dizer, passa-se a privilegiar as atividades voltadas pa
ra oatendimentó da demanda interna (inicia~se o processo de
substituição de importaç5es). Nas palavras de Celso Furtado
o que ocorre '.na verdade, ~ o "des Locarne ntp do centro d.í.nârn í.
co", no qual se distingue "uma situação praticamente nova na
economia brasileira, que era a preponder~nci~ do setor
liga-do ao mercado interno no processo de formação de Capital"
(FURTADO, 1977)~ E este era bem o caso da agroindustl:'ia aç~
careira paulista. Ainda incipiente no fi~al dos anos 20,
com apenas uma regiao, a .de Piracicaba, c~m produção signifi
cativa no conjunto da economia nacional, aproduç~o açucarei
- 2 -zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
após a crise, (ver CANO, 1977)b.a traindo· "capi tais q ua se f 0,E.
mavam ou desinvertiam no setor de exportação" (FURTADO, 1971)~
Comprova esta última afirmação o número de usinas que surgem.
nas regiões Araraquarense e Mogiana, apenas na primeira met~
de dos anos 30. Como sabemos, tais regiões caracterizavam--·
se pLlncipalmente pela sua produç~o de caf~. Essas us{nas
-devem sua montàgem, direta ou indiretamente, aos efeitos da
crise da cafeicultura. Outro aspecto a considerar ~ que, c~
mo afirma um autor da ~poca (CARLI, 1942) "depois que o caf~
começou a desi~teressar as capitais após as continuadas
cri-ses mozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAt í ve das pelas valorizações artificiais, a usineiro pau
li:;;ta resolveu tratar seriamente da produção' de açúcar"~ Es
se ~ o casa de outras usinas das mesmas regiõ~s, montadas an
teriormente, mas que passam por processo de
ampliação/moder-nização significativo no mesmo período. (Ver Quadro I).
Devida mesmo ao seu reduzido parque
açucarei-ro ~ que a estado de são Paulo e o Distrito Federal (RJ) re~
presentaram durante duas d~cadas ainda, os grandes mercados
para'
o
açúcar nordestina, (ver Quadro 11 - Importação Pauli~
-ta) que se viu em situaç~o difícil com a crise da economia
-mundial, pais que a produção nDrdestina tinha tamb~m, assim
como a caf~ paulista, seu centro dinâmico no exterior.
Na-verdade a importância da região Sul (principalmente são
Pau-lo' e Rio de Janeiro) cama mercado do açúcar produzido no No.!,
deste
já
se colocava desde as "priméiras"d~cadas destesécu-lo, (em que) o Nordeste se desvinculava, pouca a pouco, duma
.divisão de trabalho internacional, ria qualsB manti~era
du--rante 3 séculos, para se i~serir paulati~amente numa divisão
de tra~al~o nacional~ (SINGER, 1977, grifa no origin~l)~
Contudo, como veremos adiante, se vale para a
indústria açucareira paulista a afirmação de que "o fator di
nâmico principal, nos anos que se seguem ~ criss, passa a
ser, sem nenhuma dúvida, ~ mercado interno" (FURTADO, 1977);
o mesmo não ~ v~lido para o açúcar produzido rio Nordeste, no
tadamente em'Pernambuco(durante séculos
°
maior" produtor nacional) e Alagoas. Se a crise de 1929 significou a nível da
economia brasileira o dsslocamanto de seu centro dinâmico
- 3 -zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
QUADRO I - Usinas montadas e ~mp1iadas no inIcio dos anos
30 em são Paulo.
Nome das
Usinas Monta
das e Amplia das
Municlpio
de Loca1i-... zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zaçao.
·Safrade 1ª Pro dução:
Produ--ção da
safra 35/36 sc 60k.
Ampliação
entre 29/30
e 35/36
sc 60 k.
1 ~ Albertina
2. Boa Vista
3. Da Pedra
4. Itaquere
5. Lambari
Sertãozinho
"
Cravinhos
Araraquara
Bebedouro
6. Santa E1iaa Sertãozinho
7. são Vicente "
8. Amália
9. Barbacena
10. Junq ueira
11. Schmidt
12. Tamoio
13. Vassununga
Sta.Rosa do
V iterbo
Pontal
Igarapava
Morro Agudo
Araraquara
Sta.Rita do
Passa Qua tro
30/31
35/36
31/32
30/31
35/36
18.015
1.280
12.601
67.085
2.000
32/33 5.160.
31/32 -21.460
Anterior a 29/30
"
"
."
"
.50.000
30.000 .
80.000
30.000
100.000
25.000
127.601 315.000
PARTlClPAÇ~O NO TOTAL PRODUÇ~O SAFRA 35/36:· 21,78%
- 4 -zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
QUADRO 11
..
Importação e Produção de Açuear pelo Estado desão Paulo - 1935/1962.
UNIDADE: Se. 60 kg.
IMPORTAÇÃO PRODUÇÃO PAULISTA
%
ANO IMPORTAÇÃO
ANO QUANTIDADE INDICE
SAFRA QUANTIDADE INDICE PRODUÇAO
1935 2.147.194 100 34/35 1.844.497 100 116,4
1936 1.827.500 85 .35/36 2.032.083 110 89,9
1937 1.673.227 78 36/37 2.248.370 122 74,4
1938 2.177.137 101 37/38' 2.408.772 131 90,4
1939 2.645.302 123 38/39 2.198.510 119 120,3
1940 .3.062.733 143 39/40 2.464~064 134 124,3
1941 3.446.426 160 40/41 2.330.194 126 147,9
1942 2.443.155 114 41/42 2.252.364 122 108,5
1943 2.003.980 93 42/43 2 •.926.968 1.59 68,5
1944 2.520.633 117 43/44 2.959.533 160 85,2
1945 2.401.264 . 112 44/45 3.067.307 166 78,3
1946 2.189.700 102 45/46 2.916.630 158 75,1
1947 1.589.876 74 46/47 4.583.424 248 34,7
1948 1.978.189 92 47/48 5.599.851 304 35,3
1949 2.812.328 . 131 48/49 5.802.286 315 48,5
1950 2.231.157 104 49/50 5.945.914 322 37,5
1951 2.555~336 119 50/51 6.729.784 365 38,0
1952 1.849.058 86 51/52 8.105.401 439 22,8
1953 928.220 43 52/53 9.423.203 511 9,9
1954 1.588.619 74 53/54 11.693.757 634 13,6
1955 1.711.340 80 54/55 13.167.944 714 13, O .
.
'55/56
1956 4.283.992 200 11.766.040 638 36,4
1957 2.049.681 95 56/57 13.082.864 709 15,7
1958 410.972- 19 .57/58 17~956.398 974 2,3
1959 1.341.866 62 58/59 25.540.900 1.385 5.,3
1960 1.158.636 54 59/60 20.859.885 1.'131 5.,6
1961 608.050 28 60/61 23.973.077 1.300 2,5
1962 1.284.079 60 61/62 23.608.194 1.280 5,4
FONTE: I.A.A.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
5
-mercado interno, ela produziu efeitos que, a nível da
econo-mia açucareira, significaram o deslocamento da supremacia
pernambucana para a paulista, ou do Norte/Nordeste para 'o'
-Centro/Sul.
~~ A CRISE E A INTERVENÇ~O ESTATAL
Assim como no caso da agricultura cafeeira, a,
intervenção estatal na agroindustria canavieira pautou-se no
sentido da limitã~~o da produç~o para evitar uma derrocada -zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
,'
do setor. A exportação de açGcar brasileiia ,qu~ no período
de 1914/15 a 1922/23 estivera na média de.19,4% do total pr~
duzido, caiu para a média de 4,0% entre 23/24 e 28/29. Para
agravo da situaç~o a "safra tle 1929/30, foi de 19.601.272
sa-cos (de 60 kg), considerada a maior que tivemos no Brasíl"
-(MATTOS, 1942)~ A bem da verdade, as exportações
brasilei--ras de açGcar j~ apresentavam tend~ncia ~eclinante desde a
-se~unda metade do Século XIX tendo um comportament9 cíclico
decorrente de fenamenos espor~dicos(quebras da safra ou
de-clínio na produção de alguns países, prim~ira guerra mundi~~
al).(l) Devemos lembrar que j~ no Século XVII o produto br~-'
siléiro começa a perder o mercado norte-americano, devido a
produção de paises da America Central, viabilizada por inve~
timentos americanos •. Currt ud o o maior concorrente do azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAçuc a r
bras{l~iro nes~e merc~do ~er~ o proveniente de Cuba,
notada-mente em meados do século passado. A perda da participaç~o
~o açGcar nacional no mercado europeu deveu-se ao surgimento
de outros importantes centros produtóres de ~çGcar de cana,
ex-colonias européias, bem como, principalmente, devido ao
-incentivo dado pelos ~overnos dos ~a{ses indus~rializados eu
ropeus pata a produç~o interna de açGcar de beterraba, com
defesa dos respectivos mercados (ver GNACCARINI, 1972 cap. 7
e QUEDA, 1972 cap , 111). Contribui para os ba Lxo s vn Ív e Ls da
exportação brasileira, também no iní~io do noSso século, o
-atraso teonológico de nossa indGstria açucareira. Tudo isso
explica porque' "somos assim eliminados do mercado mundial e
a ele voltaremos somente cinquen~a anos depois" (QUEDA, 197'i)~
A produç~o mundial de açGcar decana e de be~
terraba em nosso século pod~ ser vista no Quadro 111.
- 6 - .
QUADRO 111zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
-
Produção Mundial de Açúcar Centrifugado-1900-1960 - Milhões de toneladas metricas.
Açucar Açucar Produ- Açucar Aç uca r
Produ-de ca- de be-zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
-
de ca- de be--Safra çao Safra çao
na. terra- total na. , terra- Total
ba. ba ,
1900/01 3,563 6,090 9,653 1930/31 13,969 11,397 25,366
:"'<::'--'\.../02 4,042 6,891 10,933 1931/32 14,193 8,797 22,990
1902/03 .:.,'228 5,709 9,939 1932/33 13,252 7,769 21,021
1903/04 4,288 ' 6,106 10,394 1933/34 13,171 8,675 21,846
1904/05 4,626 4,973 9,599 1934/35 12 ;155 9,653 21,808
1905/06 4,804 7,298 12,102 .1935/36 13,427 9,909 23,336
1906/07 5,029 7,248 12,277 1936/37 14,554- 10,295 24,849
1907/08 4,822 7,036 11,858 1937/38 15,234 11,135 26,369
1908/09 5,664 7,015 12,679 1938/39 15,526 10,807 26,333
1909/10 6,124 6,581 12,705' 1939/40 16,264 10,811 27,075
1910/11 6,439 8,608 15.047 1940/41 15,268 11,126 26,394
1911/12 6,614 6,907 13,52;1. 1941/42 15,874 8,466 24,340
1912/13 6,752 8,885 15,637 1942/43 14,449 8,588 23,037
1913/14 7,683 9,035 16,718 1943/44 14,757 7,375 22,132
1914/15 7,788 8,275 16,063 1944/45 13,016 6,346 19,362
1915/16 8,048 6',144 14,192 1945/46 12,815 5,370 18,185
1916/17 8,721 5,.819 14,540 1946/47 15,451 7,282 22,233
1917/18 9,160 5,105 14,·265 1947/48 17,109 7,485 24,594
1918/19 9,608 4,417 14,025 1948/49 18,045 10,065 28,110
1919/20 9,084 3,298 12,382 1949/50 18,449 10,711 29,160
1920/21 9,520 4,898 14,418 1950/51 19,568 13,998 33,566
.1921/22 10,233 5,105 15,338 1951/52 22,168 13,919 36,087
1922/23 9,992 5,333 15,325 1952/53 21,613 13,372 34,985
1923/24 10,979 6,0}4 17,013 1953/54 22,402 '16,369 38,771
1924/25 12,951 8,279 21,230 1954/55 23,510 14,844 38,354
1925/26 13',420 8,547 21,967 1955/56 23,954 15,751 39,705
1926/27 12,692 7,896 20,588 '1956/57 25,586 16,058 41,644
1927/28 13,250 9,161 22,411 1957/58 26,335· 18,085 44,420
1928/29 15.320 9,549 24,869 1958/59 28,840 20,766 49 ~606
1929/30 15,430 9,185 24,615 1959/60 29,662 20,519 50,172
Fonte: "Açúcar de C ana'' - Jorge Leme Junior, José
Marcon--des Borges - Imprensa Universitaria - UFMG Viçosa,
.' 'JzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
te-se para a maior produçio de aç~car de beterraba de 1900
-até o inicio da lª Grande Guerra.
, ,
.
Contudo, e necessar10 que esclare~amos bem a
questio: o problema do me~cado mundial se coloca~a pa~a o
-aç~car nordestino e não para o aç~car paulista. Este, porém,
passou a se beneficiar com a estabilização do mercado
impos-ta pela intervençio do Estado. Ao defender os preços do pr~
Ou::''''' atrav es do Instituto do Açucar e do Alcool, que,
retira-va do m8~cado internd os excedentes, o Governo deGet~lio
Vargas criava, ou mantinha, em ~ltima instância, as cQndições
necessárias para a acumulaçio de capital na agroindustria
paulista, que possuia um parque produtor bem menor que o do
Estado de Pernambuco. Se bem que a defesa também protegia
-no mesmo sentido o produto nordestino , devemos notar que a
limitaçio da prciduçio acarretava maiores impecilhos ~
acumu-laçio de capital nos estados nordestinos, a qual se fazia em
patamares superíores (Ver Quadro IV). A1ém do mais, ao redi
recionar-se a destinação do açúcar nordestino, voltando-o p~
ra o mercado interno, duas consider~ções importantes devem
-ser feitas: em primeiro lugár, o mercado regional
nordesti-no era bastante restrito em compa~a~io com'o respectivo'
par-que produtor; em segundo lugar, ,.pcdernos.."zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAa'rquman taz, 'há
_-que se ter em conta a substituiçio de um mercado mais amplo
e dinâmico (internacional) por ~utro mais restrito e menos
-dinâmico. Outro fator importante é que os usineiros do Sul
acabavam por reter um diferencial, devido o frete pago pelos
usineiros norde~tinos, j~ qu~ o preço era fi~adopelo I.A.A.
a nivelnacional~ tendo como referência o mercado do
Distri-to Federa~ (RJ) •.
do Estado
de guerra
1941.(1)
-Outro importante aspecto a considerar na açao
nb ~eriodo que antecede. otér~ino da segun~a ~ran~
.é o advento do Estatuto da Lavoura' Canavieira, em
.' .
Concebido como um instrumento legal para regular
-as relaçoes entre ~ornecedores e usineiros (veremos isso em
outra parte do trabalha) tal dispositivo do IAA teve como um
dos seus principais efeitos para ~ agroindustria canavieira
paulista evitar que surgissem conflitos que, de uma forma ou
(1) - Decreto-Lei nº 385~ de 21/11/1~41 do I.A.A.. Esse
De-creto ser~ alvci de an~lise mais aprofundada no
QUADRO IV Principais ca raczyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAterLs tí.cas da capacidade de produção das üszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBALr.a e ,
Totais por Estado. Anos 30.
A '. C O O L
ESTADOS Nº de Usi-nas Capacidade, das moendas 24 hs. Toneladas
A
ç
U C A RMedia de fabricação diária (s.de60'kls) Refi na-rias ane-xas !_inhas ferreas pl'oprias qlms.
nº fie Dis
tiJa.rias
An.. Pata
dr-j
vel-Capacidade
dia-ria (1ts •)
Anidro Potavel,
Pa rá •••••• -••••••••
Maranhão ••••••••••
Pla u~ ••••••••. c ao ••••
Ceara •••••••••••••
R.G.' do Norte' •••••
Paraiba •••••••••• ,.
Pernambuco ••••••••
Alagoas •••••••••••
Sergipe •••••••••••
Ba Ia ••••••••••••••
Esp. Santo ••••••••
Rio de Janeiro ••••
são Pau 1o ••••••••'.
Sta.Catarina ••••••
R.G. do Sul ••••• .'.
Minas Gerais ••••••
Go-iás ••••••••••• ".
Mato Grosso • • • ••• •
506.575
8RASIL • • ••••••••• •
15 4 1 ,2 3 '9 69 31 87 18 2 30 35 3 1 25 1 11 338 215 540 200 347 571 2.323 ,34.156 10.508 11.921 , 7.595 ,850 15.438" 15.016 392 48 4.334 40 1.126 105.620 240 263 120 239 524 3.010 47.415 14,.736 15.700 7.393 :.-~517 ,17.99-4 19.251 332 30 4.154 36 411 132.365
fonte: Anuário Açucareiro do I.A.A., 1939.
3 11 21 20 4 4 92 2.155 241 26 197 36 726 441 3 77 15 4.030 5 4 1 1 2 1 5 54 85~000 11 8.000 5 3 1 17 88.000
19 ' 128.000
2 1 11 5.000 8 11 1 8
25 146 314.000
- 9 -zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
de outra, colocassem entraves
à
expansão da produçãopaulis-ta.
Recorrendo ao racioclnio utilizado par
O.Que-da, o Estatuto criou I'legálmente uma categoria de individuos
_ o fornecedor de cana - até então inexpressiva na economia
açucareira paulista, mas que iria desempenhar um papel funda·
mental na expansão da agroindustria açucareira da Estada"zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
(qUEDA, .1972) ~ E ess e papel, ainda seg undo a autor -cí, tado,
foi o de "liberar" recursos das usineiros paulistas, que
pu-deram então concentrá-las na ampliação numérica das usinas,
concomitantemente com a sua modernização. O surgimento
da--quele instrumento legal colocou as usineiros paulistas, a
partir das anos 40 e enquanto foi soberana na situação de
ter que investir, compulsoriamente, a grossa de seus
xecur--sos na atividade industrial já que a Estatuto limitava a
a--vanço das usinas na atividade agricola (Ver QUEDA, Capo IV).
Para O. Queda a importân~ia de tal
dispositi-vo é tão grande para a expansão daind~s~ria açucareira de
-são P~ulo que ele chega a afirmar que "a Estatuto da Lavoura
Canavieira, guardadas certas ptoporç~es representou, na que
se refere
à
agroindustria açucareira a mesma que a consolid~ção das leis da trabalha promul~ada em 1943, para a
proleta-riad~ urbana" (QUEDA, 1972)~
,
-
(Outra notavel face .da intervençao na perlodo
em estuda é a que diz respeita
à
rentabilidade da setor emcomparação com a possibilidade de consuma. Cama sabemos, a
crise de 1929,
ao
restringir as exportações de café, causouao mesma tempo uma retrição na r~nda de nossa economia pais
, . , . ,..
.
que esta se formava em ultima analise cama decorrenCla da
produção para exportação. A ação e s.tata L ao defender ao me.§..
mo tempo "o s interesses .da produtores e consumidores,
·garan--·tiu par um lado, a rehtabilidade das investimentos na setor;
através da elevação da remuneração aos produtores·e, par
ou-tra, a consuma, a~ravés da contenção dos preços da aquisição
pela consumidor. Isto pode ser evidenciado pelos quadros V
e VI a seguir. Enquanto na períooo de 1929 e 1940 houve um
indice de aumenta para a produtor de 153%, as preço~ para o
consumidor somente se elevaram em 38%. Assim, a Governo con
.seguia que, mesma com renda em declinio ou em estagnação
(29-33), o consumo se mantivesse ou se elevasse proporcional
10
-QUADRO V - Cotações de Açucar - índice de aumento para o
produtor e para o oonsumidor. Período 1929
-1941.
COTAÇÕES DO AÇUCAR CRIS
TAL NA PRAÇA DO DISTRI~
TO FEDERAL. ANOS
Por sacos de Indice au
60 quilos mento
s;-1929
PRtÇO DE AQUISIÇ~O
PA-RA O CONSUM.IDOR.
(Açucar
branco,refina-do, 1ª qualidade)
Indice au
Por quilo mento
s;-1929
1929
1930
-..23,00
24,00
32,00
4
%
39
%
61
%
113
%
117
%
109
%
130
%
146
%
139
%
148
%
153zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
%.
152
%
1931
1932
1933
37,00
49,00
50,00 1934
1935
1936
1937
1938
48,00
53,00
56,50
55,00
1939 56,98
1940 58,30
1941 58,00 1,10
0,80
0,70
o
%
O
%
10
%
38
%
38
%
38
%
38
%
38%
38
%
38
%
38
%
.38·
%
0,80 .
0,88
1,10
1,10
1,10
1;10
1,10
1,10
1,10
.1,10
Nota:- A base tomada para os cálculos foi o mês de
dezem--bro.
- 1 1 -zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
QUADRO VI - Cotações de Açúcar - Comparação do preço do
aç~car com o de outros g~neros alimentícios
no Di~trito Federal - 1933-1941
Base 1933
=
100NÚMEROS INDICES
GENEROS
1933 1934 1935 1936 1937 1938 1939 1940 1941
A r.TOZ. 100 106 104 119 139 136 106 100 100zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
r\
Banha 100 104 117 175 191 152 .164 150 213zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
:J
Batata 100 94 97 120 104 91 96 110 129
Café em
,
100 109 102 131 146 129 125 117
po 146
Carne seca 100 97 104 116 126 134 139 145 152
Farinha 100 100 100 107 127 122 128 85 117
Feijão Preto 100 85 80 .9~ 124 100 168 152 160
Manteiga 100 95 96 96 150 105 125 130 136
Milho
.
100 106 121 121 100 106 167 142 . 152Sal grosso 100 100 117 133 133 183 .170 170 200
Toucinho 100 88 87 136 130 130 153 139 158
,
100 109 106 106 106 106 106 106 ·106
Açucar
Anuário
..
Fonte: Açucareiro do I.A.A., 1942~44.
12
-mente mais, quando o mercado interno passou a .sar privi1egi~
do. Tal análise se confirma quando constatamos que o açú~ar
foi o produto que, de 1933 a 1941, teve menores indices de
-aumento de preço quando comparado com outros produtos agricE
las de consumo popular. Embora a mai~r parte.do açúcar
con-sumido em S~o Paulo e no Distrito· Federal fosse de.origemzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
IIU J.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAU •.•::. ~ina, devemos nota rq ue, ao garantir o mercado interno,
o Governo o fazia de modo a beneficiar todos os produtores
-nacionais e assim sendo os produtores paulistas tinham o seu
mercado garantido,
já
que·o IAA adquiria os excedentesnor--destinos e os exportava.
3. A 11 GRANDE GUERRA
o
advento da segunda grande guerra mundial,
e
de vital importância para entendermos a evolução da
agroin--dustria canavieira paulista. Desde sua cria~ãd at~ a 1ª
me-tade dos anos 40, sob o Governo de Vargas, a pb1{tica de de~
fesa praticada pelo IAA teve sempre presente a preocupaçao
-de -defen-der os interesses da economia açucareira nordestina,·
sendo que era esta·a mais importante dentro do contexto da
-economia nacional. Como afirma O.Queda, uma das preocupações
da intervenção era a de amparar "a produção do Nordeste
con-tra a expansão das usinas paulistas e fluminenses" (QUEDAr;
.-1972)~ Na verdade, como lembra GNACCARINI (1972)~ o açúcar
era a moeda das economias dos mai~ fortes estados
doNordes-te e, por isso mesmo, de extrema import~ncia para eles era o
comercio interestadual ou a unidade do mercado.nactonal. d
presidente do IAA de então tinha clara a questão ao perceber.
que, sem o seu principal produto, tais estados "tornar-se-iam
focos de agitação, por efeito da mis~ria que os afligiria~ E
o mais interess~nte ~ que, perdendO por tudo isso a maior
parte do seu poder aquisitivo~ tornariam ilus6rios os b~nefi
cios aparentes dos núcleos suli~tas" ·(BARBOSA LIMA SOBRINHO,
cita do po r .UU ED A , 197 2 )1.
A 11 Grande Guerra aplicou um·duro golpe na
-economia açucareira nordestina. Por um lado, porque signifi
~ou queda em nossas exportaçãesi val~ ·dizer, nas expo~tações
13
-exportar, devido menore~ custos de transporte, o 'aç~car
pro-duzido na região Nordeste. Conforme salienta
SZMRECSANVI,(-1979)~' essa guerra não provocou reabertura dos mercados
ex--ternos para o aç~car bras~leiro (co~o ocorrera n~ l~ G~ande
Guerra) devido a: paises europeus ocupados por tropas nazi~
tas interromperam suas importaç~es de produtos' das Am~ricas;
Reino Unido e EUA, al~m de se abastecerem com fontes mais
próximas, racionaram o seu consumo de ~ç~car, tanto devido
ao esforço de guerra como às dificuldades ou riscos do trans
porte maritimo de longa distância. Sobre. as exportações
bra-sileiras no periodo de 1911 a 1950 ver quadro VIi.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Por outro lado ~ o conf li to prov ocou uma
"in--terrupção do com~rcio de cabotagem pela guerra submarina e
-di fLcu It.ou o abae.t.ec í.men.t.o'deaçúc ar do c.entro-S ul ,n.a '~poca
ainda efetuada em grande parte pelos produtores do Nordeste"
(SZMRECSANVI, 1979)~'
Assim ~ que, "a demanda insatisfeita nos pri.!J.
~ipais centros consumidores do p~is acabou determinando a ex
pansão do parque açucareiro e da, lavoura canavieira em ~reas
que antes da 11 Guerra Mundial,importavam a maior parte 'do
-açuc a r que consumiam" (SZMRECSANYI, 1979)h.
Para enfrentar 'a escassez do produto no Sul
-do pais, o IAA viu-se obrigado, a partir de 1942, a tomar me
,didas que minorassem tal problema~ Exemplos disso:
Porta--ria nº 017/42: autorização para montagem de novas usinas e
liberação do regime de quotas, suspensão das medidas
restri-tivas à produção de rapadura e de açúcar bruto nos engenhos
em atividade ea libera~ão de instalação de novas
f~bricas'-de rapadura. Porta~ia ,nº 49/43: autorização pa~a instalação
nos Es t.ados ins uf ic ien temente abas tecidos po r sua produ'ção,
de novos engenhos cbm capacidade 'at~ 400 sacos por ano.
Re-'solução nº 069/43: transfere às usinas e aos engenhos turbi
nadores do Centro-Sul as parcelas da produção que não podiam
ser fornecidas pelos produtores do Nord~ste, devido ~s
difi-culdades de transporte. Isso tudo mostra como, após ot~rmi
- 14
QUADROzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAVII - Exportações brasileiras de açúcar, Período
1911-1950.
QUANTIDADE (scs~ 60zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAk) VALORES
ANO MEDIO
p/
DEMERARA DUTROS(l) TOTAL
riS
1.000UNIDADE
1911
·.'.
·..
603.467 6.132 10,161912
·.
.
•• • 79.533 841 10,571913
·
..
• •• 89,524 972 10,861914
·..
·
.
.
531.006 6.754 12,721915 • •• ••• 986.171 14.497 14,70
1916 • ••
·
.
.
907.300 25.967 28,621917 •••
·
..
2.302.650 72.'948 31,681918
·
..
·
..
1.927.226, 100.601 52,201919 ••• ••• 1.007.148 57.649 57,24
1920
·
.
.
•• • 1.819.015 105.867 58,201921
·
..
·
..
2.868.231 94.135 32,821922
·.
.
••• 4.201.860 115.215 27,421923 • ••
·
..
2.552.912 141.840 . 55,561924
·
.
.
·.
.
574.431 30.261 52,681925
·
.
.
·
.
.
53.031 2.259 42,601926 .
...
·
.
.
286.150 ,8.653 30,241927
·
.
.
·
..
807.684 26.072 32,281928
·
.
.
500.621 20.846 41,641929
·
.
.
·
..
,247.957 9.031 36,421930
·..
1.407.602 25.252 17,941931
·..
·
..
184.937 4.627 25,021932 , ,674.315 19.178 28,44
1933
·.
.
·..
424.500 12.552 29,571934
·.
.
398.280 14.290 35,881935
·
.
.
·
.
.
1.448.197. 46.661 32,221936
·
.'.
1.380.466 40.172 29,101937
·
.
.
.
4.969 315 63,391938 127.000 7.716 134.716 2.861 21,24
1939 747.760 58.153 805.913 23.669 29,37
1940 483.816 618.395 1.102.211 40.056 36,34
1941 307.834 108.250 416.084 9.019 21,68
1942 ' 352.155 417.093 769.248 42.474 55,21
1943 386.202 386.202 34.431 89,15
1944 40.000 '923.148 963.148 86.989 90,32
1945 418.227 418.227 41;\.893 116,91
1946 340.515 340.515 68.131 200,08
1947 383.334 653.209 1.036.543 221~900 '214,08
1948 .2.24,4.871 3.453.435 5.698~306' 666.906 117,04
1949 177.666 ' 764.324 941.990 ,117.933 125,20
1950 400.433 400.433 63.805 159,34
(1 ) .• Cristal, Refinado e Bruto •
dado nao
-
disponível.15
-em muito sua produç~o de aç~car~(l)
Embora de menor importância, devemos -também
-colocar que, além da ampliação do n~mero de pequenas
unida--des de_ produç~o d~ aç~car, os engenhos chamados turbinadores,
ocorreu uma pequena expansão das destilaria~ de ~lcool, j~
--que a Guerra Mundial significou também dificuldades na impoE
taç~o dos deriv~dos de petróleo. Embora sem muito-efeito,
-foram tomadas pelo IAA al~umas medidas para estimular a
pro-dução alcooleira (notadamente a de ~lcool anidro), declarada
pelo u~~~eto-Lei'nº 4722 de 22/09/42 de "interesse nacional".
Foram determinauü3 preços mínimos para o ~ic~ole para as m~
terias-primas destinadas a sua fabricaç~o_(SZMRECSANYI, 197~~
'~ resolução nº 105/45 de 04/04/45 condicionou a concessão de
quotas para a montagem de novas usinas-açucareiras à instal~
ç~o, junto às mesmas, de destilarias anexas dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAá Lc o cL anidrd'P
Quando a guerra termina, e o abastecimento do petróleo no
mercado nacional se _reestabelece, é f~cil percebermos que
~s unidades industriais instaladas ou que se insta~aram para
produção de alcool carburante ver-se-ão na po~sibilidade ( e
obrigatoriedade) dê redirecionar sua matéria-prima para a
produção de aç~car. Contudo, o significativo mesmo foi n in
cremento das f~bricas destinadas à produç~o açucareira.(2)
. (1) - A an~lise das medidas, configuradas nos decretos e
~e-soluçdes do perlodo de guerra, parece confirmar que o
I.A.A. prSocupava-se com a sorte do aç~car nordestino
quando terminasse a guerra: exemplo disso, é -a pequena
capacidade de produçao dos engenhos autorizados a se
-instalarem. Contudo, o Instituto criava o prohlema do
que fazer com tais fabricas quando o conflito acabasse
e se reestabelecesse o fluxo do produto nordestino.
(2) - Ver no quadro 11 como salta a produç~o'paulista entre
16
-4. A NOVA FASE DA INTERVENÇ~O. O LIBERALISMO ECON~MICO~'
Como já afirmamos a intervenção estatal no s~
tor agroindustrial canavieiro do Brasil teve, desde seu pri!!
cípio, um caráter duplo: ao mesmo tempo em'que se
preocupa-va em resguardar os interesses da produção/consumo do açúcar
a nível nacional, preocupava-se também com a sorte das
res--o?ctivas regiões produtoras. O regime Vargas, vivendo,
se--guna(J;:;~!:'~'~~ARINI7(1972,Caps.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA3 e 4) dois períodos distintos,
preocupou-se primeiro em provocar um equil!brio DO mercado
-do açúcar e segundo em implementar um planejamento econômicozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
.
e social de desenvolvimento harmonioso a nível nacional. As
" '
S1m e que tinha sempre que enfrentar o dilema posto pela con
tínua expansão da produção sulista (Sp) e a relativa estagn~
ção da economia açucareira nordestina. Tal como vimos, este
fato devia-se, em última instância, a fenômenos e/ou
episó--dios que escapavam do controle ou do âmbito das atribuições
do' IAA,~órgão de intervenção no 'setor.
A chamada redemocratização da economia, impla.!}
tada através do Governo Dutra significaria um perigo para a
sobreviv~ncia do órgão e, mais ainda, uma clara alteração na
-preocupaçao de "desenvolvimento equilibrado", acima citado.
Como afirma SZMRECS'ANVI (1979:f o IAA foi visto, na época,
CE-mo um ~roduto do regime deposto na ocasião. Chegou-seVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAm8s~a
a cogitar na sua extinção. Isso fazia parte de"um programa
de desmantelamento de quase tudo que estivesse identificado
com a ditadura do Estado Novo e a figura de Vargas" (IANNI,
1979)~ SegundoGNACCARINI (1972)~ o plano SALTE propunha em
1948 a liquidação sumária,do IAA.
No caso específico da agroindustria
canaviei-ra , contudo, o importante é entender que, como escreve SZMREf.
SANVI (1979), o IAA ~ofria Wm combate especialments intenso
por parte dos usineiros., de são Paulo, que de~ejavampoder
-expandir a sua capacidade e os seu~ níveis de produção até
-Lí.mí t d ' t dI' l"q
os 1m1 es o consumo es a ua e reg10na •
As pressões exercidas surtirão seus efeitos.
Em 1946, surge um important~ instrumento legal que contribui
17
-produç~o de açGcar. At~ entio, a intervenç~o se fizera no
-sentido de "equilibrar" o mercado a nivel nacional. (ver.D~
creto-Lei nº 22981 d~ 25/07/33 - criaç~o do IAA).zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
o
surgimento do Decreto-Lei nº 9827 em 1946-significará uma alteraç~o nessa pOlitica. A revis~o geral
-das quotas de p~oduç~o de açGcar de usina atribuidas a cada
um c~s Estádos ou Territórios foi feita de acordo com: a)
exigências do consumo; b) os indices de expansão da
produ--ç~o de açGcar de'cada'uni~Bde federal; c) os deficits
veri-ficados entre a produção e O,consumo dos E~tados
importado--res. O artigo 2º dizia que as sobras restantes do
reajusta-mento de que tr.ata este artigo, seriam destinadas: a)
à
concessão de quotas s engenhos turbinadores para sua
trans--formaç-ão em usinas;zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAb)
à
fundaç~o de novas fábricas. Ainda,o Art. 3º dizia que "os futuros aumentos de quotas de
produ-ç~o se~ão distribuidas pelo Instituto do AçGcar e do Alcool
entre os Estados, proporcionalmente aos respectivos consumos~
(grifas nossos). Estavam assim dadas as condições legais pa
ra a espetacular expansão do nGmero de fábricas de açGcar no
estado de são Paulo que ocorre no pós-guerra.
Beneficiado com o disposto nos artigos
cita--dos do Decreto-Lei 9827 e com o volumoso aumento dos limites
de proc!ução concedido pelo IAA através da Resolução 125/46,
o Estado de são Paulo termina os anos 40 dom o dobro do nGme
ro de usinas que possuia ao término da guerra. Essa grande
expansão se dá fundamentalmente, com a transformação em
usi-nas, dos engenhost~rbinadores criados durante o conflito.
ContudB, devemos ter claro que, como vimos an
teriormente, esse surto açucareito em são Paulo foi
prepara-do nos anos'da guerra. Entre 1944 e 48, enquanto a Região
-Nordeste perdia 13 uSinai, a Região Centro-Sul aumentava em
42 o seu nGmero, sendo que 30 eram ex-engenhos .turbinadores.
Todos os autores qu~ estudaram o setor são
uninimes em afirmar ou destacar a importincia do Decreto-Lei
nº 9827 para a evolução da agroindustria canavieira paulista.
SZMRECSANYI (1979)'afirlT)a que "o De~reto-Lei 9827 e as
reso-luções do IAA que o comp Leman tavam criaram. todas as condições"ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
. . t . A
para um ~processo irrevers~vel de transferencia da hegemonia
18
-de quotas estipulado nesse decreto e com as Resoluções que
-homologaram subsequentemente tais aumentos, QUEDA (op.cit)
-mostra czyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAcrao " já na' safra de 51/52 são Paulo igualou a sua produçãozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
à
de Pernambuco e na safra de 1953/54 superou a pr~_ u
duçao pernambucana".
Pelo que vimos deBcrever nos parágrafos
ante-riores
á
que podemos concordar com IANNI (1979)quandoafir-ma que "as diretrizes econômicas adotadas durante o Governo
~c Gen. Eurico Gaspar, Dutra corresponderam a uma ruptura da
or,ientação predominante nos anos anteriores"~ De nada adian
tará a nova tentativa de planej~mento nacionàl no segundo G~
verno Vargas (1951-54) e a intelilç~ô;-:de "salvar" os
usinei--ros do No~deste. SZMRECSANYI (1979) escreve qu~, a respeito
do reajuste das quotas de produção de açúcar de usina pela
,Resolução 501/51, fiá possível que essa elevação tenha sido
-concedida, pelo menos em parte, para apaziguar os produtores
do Centro-Sul, especialmente os usineiros de são Paulo,
en--_ ' ' x' ,
tao francamente rebelados contra o IAA". Tambem, segundo o
-mesmo autor, uma outra resolução (619/51)~ que visava
refor-çar, via preços diferenciados, os produtores do .. ,Nor.tE;l/Nor
deste, foi revogada por pressão dos usineiros paulistas:
5. A CONSOLIDAÇAO DO MERCADO INTERNO. A INDUSTRIALIZAÇÃO
DO'S'ANOS JK.
Se a lª metade dos anos 50 já deixava'transpa
recer a forte posição dos usineiros paulistas, a segunda
me-tade consolidará tal fato. Na verdade, como declara
SZMREC-SANvI (1979) "a política de' contigenciamento do IAA, se
qui-sesse subsistir, teria que submeter-se, como de fato se
sub-meteu, aos ditames da nova situação, gerados pela maior
ex--pansão demográfica e pel~ maior poderio econ&mico e político
do Centro-SUl": Exemplo disso é a resolução nº 1284/57 de
20/12/57, que elevou o contingente globa'l da produção das
usinas, repartido entre as mesmas proporcionalmente ~ maior
produção alcançada por cada uma entre as safras de 51/52 a
-56/57. Isto significou, no fundo, o reconhecimento da
hege-monia da agroindustria 6anayieira de são Paulo, já que deixa
va de existir a distribuição espacial entre os estados açuc~
- 19zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
,
O mais importante, contudo, e entender que iszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
-to nao poderia deixar de ser assim.
Sabemos que a economia brasileira inicia, com
os anos JK, um intenso processo de industri~lizaçio, que
de-marca um "novo padrio de acumulaçio" (MELLO, 1975);1 A indu~
trializaçio pes~da que se inicia neste per iodo mais a
insta-i~:io de um novo setor na economia brasileira - o de
produ--çio de bens de consumo dur~vel - fazem a nossa eco~omia
pas-sar por um profundo periodo deexpansio econômica que, dada
a nossa preocupação, ter~ algumas implicações importantes.
Em primeiro lugar, cabe lembrar o papel dese~
penhado pelo departamento produtor de bens de consumo nio du
r~vel (ou sal~&io), nesse processo, no qual se insere a
fa--bricaçã~ de açúcar. Como sao un~nimes em afirmar os
econo--~~~tas que estudaram mais a fundo o processo de
industriali-zação brasileira, tal setor cumpriu um· papel meramente secun
dá r í.o, dado o crescimento do s outros dois setores,· ficando a
."reboque" na expansão puxadas por estes, mas tirando
provei
-to dessa meama expansao.
Como afirma MELLO (1975), "a empresa nacional
situada no setor produtor de bens de consumo para
assalaria-dos,seu locus preponderante, beneficiou~se,
indiscutivelmen-.te, do ·crescimento da massa de salários provocado pelo bloco
de inversões complementares nos departamentos de bens de pr.9.
duçio e de bens de consumo para capitalistas: apesar de sua
intensidade de capital superior ~ m~dia, as indústrias que
se instalam geram fortes efeitos diretos e indiretos sobre a
'. z2
demanda da força de trabalho e sobre a taxa de salar~os".
-..(Grifas no original).
No mesmo sentido escreve M. da C. TAVARES (
-1974), quando lembra que "a forte elevação do salário m~dio
real urbano em 1954 e sua relativam~nutenção ·at~ 1959;jun~
to com um intenso processo de urbanizaçio" permitiram "um
ritmo importante de crescimento de demanda urbana em favor
-do setor de bens induatriais de consumo tradicional j~
exis-z3
20
-A especific.idade da agroindus tria canav ieira
-neste processo reside em que "subsidiou" a industrialização
brasileira ao fornecer a este um componente do custo de
re--produção da força de trabalho, a preços constantes ou, dada
a inflação, decrescentes. Isso, dito 'de outra forma,
signi-contribuiu para a' elevação do s azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBALá rí.o real ci ta
O"Quadro VIII nas mostra as preços estipuladas
pelo IAA entre 1952 e 1962 para açGcar cristal. Já a Quadro
XIX mostra que o,álcool, seja para consuma industrial ou car
fica que ela
da acima. (1)
burante, cumpriu função semelhante.
Importante é ent~ndermos que isso sáVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAfoi
pos-~~vel depois de resolvida a contradição que já se vinha colo
cando para o IAA desde Qá muitos anos. vale dizer, desde
quando a economia se volta para dentro. Tal contradição,
ap~ntada por GNA~CARINI (1972)~4é a da oposição entre a
ne--cessid~de de defender, via dirigismo estatal, as economias
-regionais desprivilegiadas e 9 de expandir a consumo de bens
industriais das camadas urbanas, inseridas no processo de in
dustrialização. Tal contradição, a nosso ver, foi de uma
vez por todas resolvidas durante os anos 50, através da
con-solidação do mercado interno e da aprofundamento do processa
de industrialização. Na realidade essa contradição nada mais
era do que a luta pol{tica.pela predomin~ncii de interesses
ao n{v~l da economia nacional, com a confrontação entre a
que demandava a burguesia industrial,·que passa a ter
posi--ção predominante, e as pressrn s das oligarquias regionais.
são Paula assumirá, assim, no final dos anos
cinquenta, posição hegemônica já que podia oferecer o açGcar
a preços mais baixos ~ue o produzido na Nordes~e, pois ~ue o
mercado consumidor estava ~. parta ~as usinas paulistas. Além
disso são Paulo .possuia outras vantagens que veremos' no fi--ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
r .
nal deste cap~tulo.
Concluindo esta parte podemos dizer, quase cE
mo SINGER (1977)~5que a supremacia de são Paula na agroindus
tria canavieira sá pode ser compreendida a partir do proces~
(1) - Tal.situação, a nosso ver, é análoga àquela apontad~
-por Francisco de üli~eira em "A. Economia de
Depe[lden-cLa lmpe'rfeital1 (EDIÇOES GRAAL, 1980) no tocante' as. em
21
-so de formação e consolidação do mercado nacional, e da
efe-tiva unificação da economia brasileira.
QUADRO VIII - Evolução dos Preços do Açúcar Cristal "STANDARD"zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
. ".
estipulados pelo I .A-.A. - periodo 1952-1962.
Preço Faturamento (P.V.U.)* p/ sc , 6'0 kg •.
Instrumento Le- Data da Preço nominal Preço Real
g~l Nº Resolu-- Resolução Estipulado ~ 1955zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
=
100çao IAA
677/52 06/06/52 209,40 355,52
810/5'3 12/06/53 209,40 309,76
971/54 02/07/54 309,50 . 360,30
983/54 31/07/54 288,60 335,97
992/54 06/08/54 288,60 335,97
1.110/55 22/06/55 348,30 348,30
1.176/56 15/06/56 499,50 416,60
1.179/56 30/08/56 499,50 .416,60
1.226/57 24/05/57 499,50 364,86
1.292/58 29/05/58 499,50 322,67
1.380/59 25/05/59 651,00 305,20
1.472/60 29/06/60 918,00 333,21
1.593/61 29/09/61 1.356,00 359,11
1._651/62 29/05/62 2.024,00 353,48
fonte: Publicaç~es das Resoluç~es e A tos do I.A.A.
* P.V.U.
=
Posto Veiculo na Usina'a) A Resolução 983/54 dizia textualmente. "considerando,
po--rém, que na defesa do interesse do consumidor decidiu-se
:.redúzir a margem industrial de 6% (seis por cento) para
~ 6,00 (seis cruzeiros)~
b) Preços deflacionados com base na Coluna 2 - Conjuntura
-- 22
QUADRO :IX - Evolução dos Preços de A 1eoo1 Estfpu1ados
pe-lo I.A.A. ~ Período 1952-1962.
INSTRU .PREÇO DE AQUISIÇAo PELO I.A.A.
MENTO-LEGAL DATA DA ALCOOL NÃO DIRETO ALCOOL
DIRETO
Nº DA ANIDRO HIDRATADO ANIDRO
RESOLU RESOLUÇÃO
çÃO DÕ CARBURANTE INDL. CARBURANTE
PREÇO PREÇO PREÇO PREÇO
~.P..A.
ESTI- ' ESTI- PREÇO ESTI- PREÇO
PULADO REAL PULADO REAL PULADO REAL
686 13/06/52 2,20 3,74 2,00 3,40 3,90 ' 6,62
815 25/06/53 2,60 3,85 2,30 3,40 4,15 6,14
993 12/08/54 4,00 4,66 3,60 4,19 5,80 6,75
1.113 12/07/55 4,8.0 4,80 4,20 4,20 6,90- 6,90
1.181 14/09/56 7,00 5,84 6,,10 5,09 10,20 8,51
1.229 06/06/5'7 7,00 5,11 6,10 -4,46 10,20 7,45zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
-,
1.308 23/07/58 7,00 4,52 6,10 3,94 10,20 6,59
1.387 15/07/59 8,00 3,75 6,10 2,86 10,5-0 4,92
1.473 14/07/60 8,00 2,90 ,7,00 2;54
1.568 23/03/61 11,00 2,91 9;50 2,52
1.577 18/08/61 18,00 4,77' 16,00 '4,24
1.661 14/11/62 27,00 4,72 24,00 4,19
Fonte: Publicações das Resoluções e Atos do I.A.A,.
Nota: Preços def1acionados com .base na ColUna 2 - Conj •'
23
-6. A INTERAÇÃO COM A INDUSTRIA DE EQUIPAMENTOS. A
IMPORTAN-CIA DO GRUPO DEDINI.
A evoluçio e supremacia de S~o Paulo na agro- .
industria canavieira est~, ~ claro, intimamente ligada ao
processo de concentraçioindustrial no Esta~o de sio Paulo.
Em seu livro "Raizes da concentraçio Industrial em sio Paulo"
W~~~~n Cano discute, de forma geral, os fatores que explicam
t~l processo. Interessa-nos aqui, espetificaménte, a intera
çio que oc~rre~ entre a indGstria de bens finais - açGcar e
alcool ~ e a sua correspondente indústria de. bens de capital.
A expans~o do mercado interno (pode-se dizer,
do mercado paulista) significou um processo que reclamava "a
implantação de segmentos industriais de complementação para
a crescente industria produtora de bens de consumo: a intro
dução de novas unidades produtoras de insumos b~sicos e de
-alguns equipamentos" (CANO, 1977)~ Com a crise de 1930,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAj~
prenunciada, no caso da indústria açucareira, em me~dos dos
anos 20, com a queda nas exportaç~es de açúcar, inicia-se um
- processo de substituição de importaç~es que abrir~ a possibi
lidade de colocação de produtos nacionais, dada às dificulda
des de ob te nção de div isas par-azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBALrnpo r taçá o. "A 19 umas das a!l
tigas e pequenas oficinas mec~nicas,metalGrgicas e pequenas
fundiç~es passariam por um pJI:ocesso de expansão, transforma.!}
do-se em importantes produtores da incipente indústria de
_ ( )z7 , . ~ .
bens de produçao" CANO, 1977 • Esse e' o caso es pe c af Lc o vda
MetalGrgica Dedini. Comoj~ existe um trabilho é~tenso que
trata part±cularmente do su~gimento.e expansã~ do Grupo Dedi
ni (v~r B. NEGRI: Um Estudo de Caso da lndGstria Nacional
-de Equipamentos: Análise do Grupo Dedini - 1920-1975), preE,
cupar-nos-emos aqui tio somente em apontar·resumid~~ente
co-mo a expansão e a forma de atuação desse grupo foram
impor--tantes para a evolução do parque açucareirojalcoo18iro
pau--lista.
Em primeiro lugar, sua import~ncia deve-se ao,
fato de que foi capaz, ao longo dos cinquehta anos em estudo
de atender as necessidades de sua agroindustria compradora,
desenvolvendo uma tecnologia pr np r La ,.a prLrnor-andn-ca e