FUNDi~ÇÃO GETÚLIO VAP.GAS
ESCOLA RHASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO POBLICA
o
SUPREMO TRIBUNAL fEDERAL E A INSTABILIDADE POLÍTICO~INSTITUCIONALMonografia apresentada por
OSVALDO TRIGUEIRO DO VALE
-
a Escola Brasileira de Administração Pública; da Fundação
Getúlio Vargas, para obten -ção do grau de l1Mestre em Ad
ministração/'
Rio de Janeiro
LIA,
mirJla mulher
e
minha DEle
197512 4349
do T.bCnílico TIni tor I-Iumborto Cn:cnoiro ela Cm:J.1a
lTó-broga e a :CI3Ii.P/li'GV, do Hio do Janeiro, 113S ]ossoas
do Prof. Paulo ileis Vioira, diretor, Cocil~o A.F.
13orrlOson, cOOr(1el~Ql~Or elos Cursos de Pós-}r::l.duação
e D61io liara~30, oriontaQor honosto e ~odicadodes
ta nonocrlfin.
Cabo aqui un ospocüü acrClc1oci1llcmto a02 E:xJ:'los. Srs.
minis tros ·.10 SU1JrenO Tribu11al Fl) dorcll f pola
oleva-dn COE~JrO'2n8ão e sonso llist6rico cor: que rospo11d~
" AQU:8L:0 QUI;
so
o
Drr~ITOo
D I R E I T O
S A
BE "
S U E I
o
10
Capítulo 1 - Introduç~o - Re~umo e justificativa, 13
CaTIítulo 2 - O Supre~o e o ~u3aro político-paTtid~rio que
prec~eu ~ Eevoluç~o de 1964, 18
CaJlítulo 3 - O Supremo e o iDício ("o Coverno C,3stelo Branco.
As primeiras visitas e os depoi-rr:entos, 29
Capítulo 4 - O SL:prc~·'lo, a Constituiç80 ele 1946 e as leis
or-c1in~ ria s. 1Ji b c rc'J.r-, (1e d c pen 8aillC n to e l i be rda de
, t " r
de cs ,cc' ra, 40
Capítulo 5 - .t<. Revoluç[;o de TlJ8:rÇO de 1964 e a Fec3eraç~o. De
cisoes pOlítico-jurídicas do Supremo, 58
Capítulo 6 - O Supremo e o .Ato Institucional nº 2, 95
Capí tulo 7 - O Su"!) rE.~mo e a. dlsten s8'.o, 137
Capítulo 8 - CODclus~es, 161
PiliiF .i.~ C 10
Il1iciélnc~u este tr~,b[lllli) ,'::UJ:C as :palavras de Oliver W.
HolmE;s, "Aquele que s6 sabo o direito nem. o direito sabe", o
Prof. Osvctll1.! 'rricueiro do V,üe aSS'clLl'] c1eliberacl8mente a élti tu
de do cientistél pOlítico que n~o está interessado apenélS na
nonn.o. lesaI o eu seus o.SIloCtOS técnicos, mas quer desvGncbr 'os
féltos, rel8.çõ,;s, ti~~o:-j elC; pressão, l.1e o.poio, do solicitélç~o"
qy.e i:lfluonciaram de l::-~Cl.ne ira :;lQis ou ['1(;nos doe isi Vél o trabalho,
a vida, os crlSOS G reaç5cs Cc Supromo Tribuno.l Federo.l de 1964
3, 1975.
Paro. is so ~)esquis ou e tr=~n;::; creveu fo.rtaTIlent e texto,s
de éll~uns julcados daqueJ,a Corte, eriGidos ~ cntegoria de
ca-sos-példr5es9 na 1rea da liber:ade do penso.mento, da liberdo.de
de c1tedrQ, e cb l)rntico. foderéltivQ, assül COLlO trechos de j0E.
nais dCt época (notíCias, eClitoriclÍs o o.rticos), alé1:1 de
deba-tes pCtrlCtDento.res. Utilizouse, ainda, dCt técnica do.s entre
-vistas pessoais, conseGuindo que a13'uns ninis-cros que
partici-parElB do Tribunal naqueles ano:;:; respondessem por escrito o. UH
question~rio por ele prepQrQelo. Suas r0slJO:stas forQTIl
o.provei-to.do.s
n50
somente no corpo da narro.tivo., como publicQdo.s nél i~t3GrQ no anc;xo, onde 8.parece t:llllbém Q biblioGrélfia consul tadél.
IIuito âniDo e deste~~lcr elo revelou, seLl dLlvida, ao
escolher o seu teDa e enfrentar o.s dificuldo.des inerentes à
a-bordaC8l.l ele UI:lQ úlse em que o SUIJr0I10 TribunQl Federal viu, p§.
lo Ato Instituciono.l nQ
5,
corceo.das QS SUélS o.tribuições ere-t . lTé.1C 'l o ae suo. compo " t " ':DCEl .
°
GXaDe d o -,-ln en,ê, cor,JUs 1 b nos casosreferentes
:J.
seCllrança n~1ciClnctl, crine politico, ordem econômica e economia porular, e Delo Ato Institucional nº 6, aposent~
dos C'ompulsoriwJente os I,=~nistros Victor Nunes Lenl, Hermes Li
111"1 e Ev~ndl'o Jdns e Silva.
Entre os v8Tios trabo.lhos de cientistas políticos eê.
trancciros quo têm sido atraídos nos dltimos anos po.ra o estu
do de outros tribuno.is constitucionais e ressaltam os óbices
com que Os neSDOS se c1ef:L'ontnm9 queremos desto.co.r, espeçialmeg
Gros-sman e JOSel)h Tannenbmun, rruntiers of ~uc.1icié11 Research (Nova Iorque e Londres, 1969)1 ori que apareceu ensaios sobre a Corte Constitucional Federal de Bonn e a Suprema Corte do Japão - sem esquecer a prineira e Gais roderosa de todas, a Corte Suprema dos EUA , e o l,lacistral Verfassun{;sgorichtsbarkeit und poli -tischer Prozess do Professor IIeinz LC1.llfer (Tt!tbinson, 1968) ,no qual so descreve a ira do Chanceler Konrad Abenauer en face do aresto de 23 de fevereiro de 1961 da Corte de Bonn, que decla-rou a inconsti tucionalids.de do contro:J-e dos ~)rosramas das tel~
1
visões estaduais 1)elo Governo. federal. J~ 8 de no.rço,Adenauer afir:c1avn perante o Pnrlmnent o: "O Ga biE~)te unanimente c 9néor-dou ~U8 a decis50 do TribuDnl Constitucional foi errado". Mns, uma vez que este assim decidirn, o ncórd80 tDlila de ser obser-vndo. 2 Apesar desta ressalva, sata dias mais tnrde o Presiden te dn Corte, Gebhard Llttller, reSlJondia j;JUblicnmente que qual-quer pessoa ti:nha a libordndo de eloGiGr os julgad0 9 do Tribu-nnl ConstitucioTribu-nnl Federal ou considerá-los errndos; mas ne-nhLill 6rc2io constituciçnml podia dec:J-arar que os mesmos nao ex-primi8J.~ o direito (op. cit., 472-3).
~ste epis6dio á loubrado n prop6sito do capitulo em que o Prof. Osvaldo Tricueiro do Vale historia n critica feita pelo então Uinistro da Guerra Costa e Silva ao Supremo Tribu -nal Federnl, a respostn do Presi(;.entc Ribeiro da Costa e o
n-poio imediato que lhe foi (,c2do polos SGUS ccloGns através de emenda regimental prorrognnd07 1ho o mandato at6 a sua a~osent~
doria compulsorin aos 70 nnos. Logo depois ern editado o Ato Institucionnl nº 2, que nUr.l"'ntou o mmGro de Mi:çlistros de 11 pnra 16 (mnis tarde novamente reduzido pnra 11).
Mostrn-se o Autor extremmllLmto corajoso no incluir en tre as Conclusões de seu trabalho a nfirD~tivn de que, a pnr-tir dn edição dos Atos Institucionais nºs.
5
e 6, "o Poder Exe cutivo-Revolucionário pnssou a ter no SuprcDo mn 6rg50 admini§. trativaffiGntG saudável, tecnic~~onte ágil, sobretudo com a re,-fOrTI1Sl c,uo pretende iB1Jlantar, r:ms politicamente mort o It (pág.162). O papGl politico do SuprGmo, escreve ainda, "8 de trEmê. 1. Caso da Televis50,de 23 dç fevereiro dG 1961. Entscheidungen
des Bundesverfa8sunc;se;ericht. Her;LUsgGgeben von den l\Ii tgliedern des Bunda sverfo.s8ungscericht, 12. Band, TrHHnGen, 1962, nº 22, pá~
205-264.
~ificil de ser
re-do o,recciÇl r:, TCCl rX; , , 1 e cor o Gst 1do do dircito ~o Brasil"
(páe.
162).
Paro. se o.lc~nçar a es~nbilidade i~stitucional doPais, conclui, "a nos:~8, i~l_ist6ri8 não ~)oL1.(n:·á excluir o Supremo
TribLill:::ll Fec1or~ü, a(}.'..1i si tunda COELO bé:lluclrte e1'.1 defesa da
nos-sa maturidade no processo de mudnnç~ de ~osso sistema politico~
Pela liGsquisa realizada e por algLlI:lElS das conclusões
do Autor, esta obrSl fic::"lr8 corJO lillEl fonte indispensável pa.ra o
estudo desto. 6)oca.
Rio, novembro de
1975.
pelo. ~sc oIs' J3r8.sile irfl ele Ac1nini8trel.ç 80 PL~blico. - EJ3AP, da FU!l
d8.c:2o GetLllio Vc~rC;Qs, (~e o.cordo com 8.8 l).ormas relativo.s a tft~
los de P6s-Gro.duCLç8o, o.yresentou o ?rof. Q:;w8.1do Trigueiro do
V8.1e IlOnO[çCClfiCl s Obl'8 "O Sr:'lJrer;lO Tri blIDal T'e deral e 8. instq
bi-lic1o.c1e lJolítico-insti tuciOllal".
Revelou o ca~di~2to ~8. referido. uonocro.fio., a16m de
co.po.cic18.de de tr~bolho nco.c1ô~ico o domínio do. t6cnico. de
pes-quisa, pori'oi.tiO C()!)]'_eCD:lOr:to do ton1 escülhido o louvável
pre-OCU~o.~:QO lntelectu8.1 e:-:1 foco.liz8.l' o.s:clecto do. vido. política br8.
siloJL'a de :J-neg6.vel atlulid:::tC1e e d(; sluna reL;v:2nciCl paro. sua
co:r:"-1)reons80.
Saliente-se o teDo. da ~onogr8.fio. aindCL nao
via sido objeto do nenhlUil tré)bCLlllo do pesCJ.Llisa,
trCL ori{;jn~l :iJb.c1e Del. o 8coDla.
o CJ.ue
demons-,Somos, portClnto, de parecer que a 30nocr8.fia merece aI1rovação.
Rio de Janeiro, 26 de novembro de 1975.
C=~C:rLIO A. F. n:GmmSEl'i
D~LIO l,iAIUüTHÃO
A
10
JUS T I
ç
A A 11 O R T EPero1'8.ç~o do habeas-corpus Wa.nelekolk.
FaleceI'8 dias antes.um,ministro do
Supremo Tribunal, J. J. ele
A.lbuqueJ:'-que Barros, ba.rno de SobI'8.1. A evoc~
ça.o d~ SobI'8,l causou sensa.ça.o no Tri
bunal.
"A me sma, idé ia., a, idéia da egua.ldade e de re sponsa bili
dade universa.l, a mesma idéia que me pa,iI'8va sobre o espíri to~
ao começar de 9ta defesa, levanta.-se outra vez deante de mim, ao terminal-a. Somente, a, princípio, ella crescia em torno de nós, sob as proporçoes de um grande espectaculo huma.no, e ag.Q, ra sinto penetraJ:'-me sob a influência de um prestigio divinno.
Hn hoje,
8
'loesa,~ em que vos seDta€S, uma, cadeira. vazia; dessacadei;ra ergue-se um8 sombra, que se estende sobre todo o
tri-b una. 1 Sera um ' v~vo. ' < ; > S ' e 1'8. um mor o. t <;> T~ ao I'8pu.a e a " 1 ' t 1'8,ns~çao, ,~
é tã,o recente a, a,usencia, que muita.s vezes, no curso deste d~
bate, não resistircis
8
illusã.o da SUB. lJresença, ela sua physionomia, ("3. sua toga, da. sua voz, do seu olhar, com que fito §..
gora, mesmo em mim, no momento em que vos falo. Ao encetar de..§, ta, campa.nha pelos oppr'tmidos, pelos a,fflictos, clle estava, en
tre nós, no meio della .• AI vespera. (~a. conjuctura decisiva,
1,:1-ma intervenção imprevista. arreba.ta,-o ao areopa.go ela. justiça .•
Ella continúa. a ser a. justiça, como o ocea.no a ser o
ocea.no, emquanto as ondas perpetuamente çorrem sobre as ondas, como as existencias sobre as existencia.s. Ma.s essa, desa,ppari-çã.o subi tanea. de um julga,dor dentre os julgadores, na hora. do
de um minuto no infinito do tempo, os juize s, da maj e sta.de do pretorio, onde julgavaro, 38.0 tra.nsportados ao seio da otscura
mul tid80 innumerável, que a,guarda a, sua sentença. no último ~
na.rio,
8.
barre. do supremo tribunal, o verda.deiro, aquelle quena.o erra.. Vosso nome é um nome de em"9réstimo, um reflexo eles
sa magistratura. invisivel~ cujo primeiro elo os crentes
puze-,
raTP. no ceo, os estoicos na consciencia, o instinto humano na
opinião dos sobreviventes sorre os mortos, dos governados
so-bre os governantes, dos sentenciados soso-bre os sentencia.dores.
Instancia. passapeira. na hierarchia desta funcç8.0 sobemna, o
,
que em vos tem o seu orgam por excellencia na terra, julgaes
hoje sem recursos, pa,m. amanha. serdes julgados sero indulgenci3~
E agom., que exerceis essa autoridade envolvida. em luto,
es-taes mais perto que nunca da sua expressa0 roais sublime.
Eu nã.o conheço duas grsndezas tão vizinhas pela sua. al titude, ta.o sernelha.ntcs pelas suas lições, tão pamllelas na
sua eternidade, como estas~ a. justiça e a morte • . t'\mba.s
tris-tes e necessaria.s, amba.s am8rg8.s e salvadoras, amba.s suaves e terriveis, S80 como dois cimos de nevoa e de luz, que se
con-templa.m na.s a.lturas iroIDa.culadas elo hori~.onte. Em va.o se agi~·
tará. derredor dessas duas fatalidades inevi tá.veis tudo o que
, .
e mesqulnho e e"[lheL!ero no homerr e na agglomernçao social~ a.s
miserias da baixeza, da a~biçao e da crueldade, os appetites
dos partidos, os calculos, as irresponsabilidades e os
triun-phos dos déspot8s, as fraqueza.s, os interesses e as traiçoes
dos interpretes d8 lei, sacerclotes. infieis do seu culto, que
a. renega ram n8 s cri se s de prov8çao. Quando mui to, lucm.m.ro a
diar a hora. da conta. Dam a. hom do desapparecirncnto, entm.r
para a. expiaç80 pela porta (18 posteridade. ~'.Tas uma. incerteza
indefinível envolve a região destes possibilidades f0I'D1id8~s;
e o tyra.no, que opprime, nao s8be 8 quentos passos está da.
terra, que sepulta; o demagogo que pede a iniquidade rl80 mede
quanta.s inha.la.ções do ar, que elle e-rrpesta, o sepamm da
cor-rupçao, que há de decomp51-0; o juiz, que deixa cair na urna
inappellavel uma esphera impia não nressente quantes
12
duvidamo de que essa justiça., se consurne nluma vida futUI'87
mas, ao menos, ella ha de vir necesf38riarnente nesta., e 8S tes
temunhas das sua.s decisões irreforrnaveis têm (1e ser os restos
mais sensiveis da nossa al1Tla, as pe.rtes i"'lais vivas ('18 nossa vi
da, nossos filhos, nossas viuvas, nossas farnilies, os que usa rem o nosso norre e perpetuareI" o nosso sangue.
Peste momento, pOdeis crêr, estamos todos n6s numa
cu-miada. ei"'inente da hist6ria, e tr::::,l::,elhando TlaI'8 o porvir. Vos
sa pala.vI'8. se
r8
re colhida no regaço do teTTlpo como U1l'l ora culode liberdade ou como uma ruina • . li politica. com as suas
tra.n-sacções, os seus sO}JhisTl1as, os seus espa.ntalllos dissiDa~se
-ha corr'o a cerI'8.ça.o dos T'1aus dia.s. Lias o vosso a.resto perduI'§;
ré.,
fonte de enerGia ou ele ca.ptiveiro p8I'8 mui ta.s gera.çoes, e~ ~
as suas queixa.s, ou as suas bença.os coroa.rao a vossa descen
de ncia .• 11 (1)
(1) BARBOSA, Ruy. A j u atiça e a. morte. 3. ed. Sa.o Pa.u10,
C A P
1
T U L O 1I N T R O D U
ç
Ã
O
Resumo e justificativ8
Nosso propósi to ne ste t:r8b81ho
é
focalizar ocomporta-mento do Supremo Tribunal FceJeral dentro de urna époce. a.inda
nao e stU(18 da pela escasse literatura so"bre e meis Alta
Cor-te de Justiça brasileira ~ a fase histórice 1964/1975.
Fixa-se ele mais dentro do ca~po da Ci~ncie pOlítica e
referir-se-a. a fa.tos, rela.ções, tipos (1e pressões, de eIloio ,
de solici taçao que originem as c1eliternções, crises e reaçoes
do Suprerro 11
ribunal Federal? enfi1?l, a mec8nice extrínseca e
intrínseca de seu funcioDawento, ao sabor do e.Tneranhado de um
sistema pOlítico, do qual faz parte, influenciando-o 8 sendo
por ele influenciado.
ProcuraT'1os dar ênfase espccia.l a certos econtecimentos
ni tidamente polí ticos que envolveram o Supre1?lo no pe íodo
1964/1975, em suas rela.ções COT'1 o Pocler Revolucionario. O pri
meiro ver.do o respei to
2:
norma. corr:o essêncio de. ordem legeloomi tida pela Revoluça.o; e o segundo, querendo daquela Corte de
Justiça o sinal verde para impla.ntaçao de UT'1 novo regime, que
8S circunst~ncias e 8 inobjetividade inicial da Revoluç~o nao
lhe outorgara, pelo contrário, forçava-o a coexistir com
ins-trumentos legais, que, só pO:ltcrior-oentc, fore.1]1 aclrd tidos
co-mo inadequados pelo poder militar.
A trac1iç80 republicane e todos os textos constitucio
-nais brasileiros dessa fase, davaTI' 80 Supremo Tribunal
Fede-ra.l especiais prerrogativas, entre e.squais o julga.TIlento de com
14
pecial atribuiça,c de, em certas circunstância,s, julga.r da
consti tuciotla.lids (1 e elo s a. to s (i o s ou tro s pode re s da Re-r;ública.
Essas duas atribuições i1J1portatltes fOrGm mantidas pela Revolu
ç~o pelo Ato Instituciotlal nº 1, que sem pretensões iniciais
de uma extreT:'a, e profunda, reformulação institucional, prese~
vou, com alcumas inovaçoes de cunho punitivo, a Constituiç~o~
1~46.
o
rnovi~ento revolucion~rio - qUE fez questão de mantero modelo clá,ssico de Honte squieu da trilogia do funcioname nto
independente e ha.mônico do Legislativo, do Judici~rio e do
Executivo - começou a. praticar atos que evidencie.vem e inautm
ticidacle da fÓrD1ule. a.doteda, car8~terizando-se entao, o fomê;.
lismo na acepção usada por Rig~s
(i),
aumentando com issoca-de vez mais, a. distância entre as nOrGa.s e os fatos, a.s leis e
a rea.lieJa.de polí tico-mili tar bro.sileira.. Assim foram as rela
ções entre o Legislativo e o Judicigrio com o
Executivo-Revo-lucionário, e, t3mb~rn, destacadarrentc, entre a Uniao e os
es-tados-membros. Rela.çoes essas rtle sao um dos Y"ais ir'''portantm
indica.dores desse forrl1alismo.
A Rovoluçã.o de março de 1964, como todo ato de força ,
"'E" bastou 2. si TJ1€sma. 1'18,0 quis, entret2.nto. aparentar um pe~
fil o.ntilibcra.l, implantando m~a solução polí tica §..uigo~:
emoldurou um modelo 1'01í tico que n80 tem pa.rolelo nó . direi tó
comparodo • ./\.0 editar o AI nº 1, de conotação discricion~ria. ,
a,dmi tiu a iDtoca.bilida.de dos ·oriDcípios da Federaç80 e da
Re-pública, e ainda, o funcionaT'ento (los poderes desarmados, sob
a e[!ide cODcomi ta.nte da. C2. rta Macna de 1946. Daí o forma.:J...isme, a impossibilida.de de convivência bifurca.nte desse modelo.
Posteriormente, a Revolução mostrou uma ní tida
tendên-cia. para. minimiza.r a impor:t;ê.ncia do Estado Federa.do, a.dmi
tin-do maiore s podere S
8
Uniã.o •. Minava-se assim, cada vez fiais, a autonomia do estado-membro. Interfiria-se abertamente em seu funcionamento políti
co, administra,tivo e tributário, paI'8, comba.ter ora, a
especio-sa, ou, quando nao, para tra.nsferir fontes de receite, dos
es-~ ~
tado s pe.ra. e, Unieo, numa clara, demon stra.çao elo gigan ti smo do
pode r cen tra,l, com um colo rido de República Ur i t8ria.
Come n tanelo a Oon sti tuiçe.o de 1946, fien tide. ne sta pe,rte
pelo AI nº 1, o Prof. Themí sto cle s Cavalcanti, (3) na pe.rte
referente
8
Fec1era.çe.o assim e. define:" O outro princípio ba,sico de nossa estrutura. consti t~
cional
é
a federa,çe,o, Mas que vem e ser e. federa.çeo?A Federa.çe.o
é
por definiçe.o UIDe. forme de Este.do em quea Unidede do todo, sobe ra,no, se oonc:'_lia com UTTle. muI tiplicidê;
de de unidedes. terri torie,is que goze.t!l de e,utonomia polí tice, e admini stra.ti va.
A autonomie, de auto-orge,nizaçao, eutogoverno, administra,çe,o. "
auto-,
E IDe.is e,diante, referindo-se a organizeçao dos poderes numa federa,çe.o, diz: (4)
" E, em verdade, ne.o
é
outro o critério para. aorgani-zaçao dos poderes federa.is, inclusive do meis alto tribune,ldo país, o Supremo Tribunal Federa,l, cujos juízes dependem, pe.ra.
sua investidura" dÇl. aprova,çeo de C8mara dos Estados, isto
do Senado Federa,l".
, e,
Os gre,ndes conflitos entre o Executivo-Revolucion8,rio
e o Poder Judici8.rio, gire,ram, deste.céH1a.mente, em torno do
. , .
prl.ncl.pl.o de, Fe de ra,ça.o.
A Re voluçe.o depô s v8,rio s gove rnec10 re s e e.fe.stou va,rio s secreta rios de estado e os entregou a, julge.mento pela Justiça Militar, pressionando-os e tentando process8.-10s e julg8,-10s, numa tra,mi ta,çã,o judicie.l, que fugia a,o foro especial, a,ssegu-ra,de, pela Constituição vigente em virtude de, eleva.da natureza de seus ca.rgos.
, .
Assim ocorreu com varl.OS governedores, como por exem
-pIos, o Sr I'~e,uro Borges, ex-governador de GOi8S, Sr, Plínio
Coelho, ex-gove rnad or do Ame,zonas, Sr. Miguel Arra,e s, ex-gove,E
nador de Perna:.:~buco, para. citar epenas elguns, os qua,is, et~
,
ves de seus e,dvogados tentera,ID no Supremo Tribunal Federal
(3) CAVALCANTI, TheTTlistocles Bm.Deleo. I'IIanue.l da Constituição.
Rio de Janeiro, Zahe,r'EcHtora, 1~60. p.55.
concessa.o ele ha.bea.s-corpus, preserva.çao elo foro especial por
prerrogativa de funçao, ctc., obtcn(~o a.colhida a. seus pedidvs
( 5)
Essas decisoec; do Supremo cri3I'81i' um impasse dos .. DalS
sérios DO ha.I'lTonia. e independência dos três poderes da Repú
-blica.
o
PoCer Executivo-Revolucionario nao se armou ~e'!almen~
-te p8no agtr cOPo desinibiçao. Vi8-se acossado pelas leis que
ele próprio achri tiI'8. que sobrevivesseTI1.
Sua -;lrincipal fonte de oDoio er8.TT1 os quartéis, intere..ê,
sados, o'bviDmente, num estado (le fato e Dao n8. hermenêutica cbs
tribumüs.
O Poder Judici~rio 1i'8ntinha-se fiel 80 residuo do
tex-to constituciona.l de 1946, constituições estadu8is e leis
or-1 · , . TI 1 ~ l 1 1
c lnaTlas, Que a _evo uçao )rotestor8 ser a crcer'l cua no
,
pals. Ess3 fidelidade quase C)L'ixotesca, entretanto, rcpresen
tava Ui"" óbice aos objetivos, que o I)O(~E:r milit8r intcrnrci:cuco
mo s8neadores, ele intel~ferir na autonoT:'ia (lOS est8.dos,
clv'Ylan-elo-lhes 8 clireça.o pOlítica e admirüstn'Jtivo •
. f\ssin, se es-i;81~·eleceu o grc,nele conflito entre o
Ext:cu-tivo-Revolucion~rio e o Supremo, Que, por m8iores que tenham
si d o o s e sf o rç os, e x t r8~) o 1 ou d e p o i s de q u 8 se 2 O In e se s , de
re-sistência sobretudo ror porte do ex-Presidente Castelo Branc~
que no lJ.
Dº
2, de 27 de outu1::'ro íle 1965, interfere dirE:t8T~ente 1'18. estruturn e funcionr:lT'lcnto do STF, aun1cnt8rJdo-lhe
inclu-sive o rJúrcro de T'lirJistros de 11 paro 16, conforme nreceituao
seu arti[w 98:
110 SU}Jre'Clo 1'riburl81 Fec1ersl, oor~ sede n8. C8pi tc-;l (ia R.§.
públic2 e jurisdiç8.o er todo terri tório Naciona1, CO'!'1por-se-á,
de 16 ninistros. (I
Pe rsu8d i I'8T'1- S€ o S o rie ntai1 o re s (18 Revoluça o, e o f8 to
se repete eí:J liJ69 COí' o A.I. nº C:, que 88 decisões do Supremo
o sci18 ri8F1 de 8COr(~O com o ar; te rio r vi nculo poli tico-p8
rtida-(5) CO ST.ti , EO@'8rcJ. Os [r8nd€s julgo:::,cntos elo Supremo Tribunal
17
Esse fsto nao ocorreu.
Aquela medida tinha a intençao de conquistar as deci
-soes polític8s do Supr€'ilo, inde:')n(~enteY'ente do querest8v8 do
estado de direito, COI!] a noneaçao (~e r:inistros de milit8ncia.
partid~r~a ortodoxa~ente udenista .
.li oti ca de Ui'" mini stro ô o Supremo deve rB se r todavia ,
nao apenas jurídica, o que seria UGa. atrofia, TIla.s tarricén polí
tico-socia.l, e nunca dentro dos ir~tcresses restritos de casuís
tioas pa.rtid~ria.s, nem nos esporBdicos casos individua.is,
ja.-mais no colegiado co~o instituiçao.
O trabalho, finalo€nte, procura mostrar que as
inter-vençoes no Supre~o tiveram rnera.3 ~-:1crlificaçõe3 aritvética.s
procurando os seus T'lcnlJros, ora '",aj-s, ora menos, defuJller na
;ICasa rOa Suplica.ç8o do Brasil", COT:'O era cha.ma.do na Regência.,
os princípios da autono~ia e independ~ncia,rnesmo nos difíceis
. 1 l ' .
JU gaT"1cntos po ltlCOS para (}UC fora
tauradc }Je13 Rcvoluc8.0 (~e 1964.
, d .
conpelido no perlc o
lns-Boses úl tir-'oo 11 anos dE atuaçao do STF, as mais das
atua.l .':11 . stena po l ' . 1 tI co brosileira pari-:)J~ COT'l o dese~1Volvi
mento eoo~5mico-social do país, venha a alcançar a co~posiçao
de um modelo reconquistador do pleno estado de direito, hoje
C A P
í
T U L O 2O Su', r ;')10 e o quec 1 TO po __ :: l,lCO-p8r lcerlo que pre-J'-l-' t ' l ' .
ce~2m s Revoluçeo de 1964.
VC;'l sendo norr"e. cODsti tucioDel no BresiJ. nos úl til-::'OS
eDos, p::;r8 csr3cterj,z::r e siT,1~ioSE: il1stituciotJal do~) três
po-ch::res c)? RCDúblic8, que e iDV(stjJ~Ur8 rie lE: i'eTYibro (18 7-é::is lü
te Corte ,'lc ,::-UstiÇ8 De cargo (~e nir::2.stro? sej8 rrecc(li,1e (le
iDc1ice.ç80 l.iO chefe (\0 Foc1er :::::xc;cu i::ivo c
,
Pals, DO ceso j o Sem:do.
. "
Esse ~roocc1i~eDto 1eciti~8v8 o '~rlDclplO de que neDhurn
dos dois outros p0c1crcs1 iso18tl8:"Ct,te, poderia ger8r c Juc~ici~.
rio, c purificava a e~co1ha, pois volvia ~ fonte ~lti~a do PQ
der que em o rovo, ou DO (lizer d8 CO~};3tituiç80 de 1946~
"to-do pOlJer C""~8D8 do -"ovo c CTn seu DOi-,€,
é
exercido." (6)1':.. fOD1;e ger~',iL2 tiV8. do SeDscl0 e do Presic1êDci8 de
Re-púb1ice viDha sendo, Da conposiçao que precedeu ao Movi~eDto
de ~-,erço oe 1964, es urDes, isto
é,
o povo.;'.'~o s ve r;o s, 3eT'~ }) re o cUl)?, ç e O" i flU c1 C D te, e una 1 i ,G'C i m.
a-preoi8ç;0 ~o qU8c1ro po1ítico-parti~~rio ~os 18 8DOS que
pré-revolucioDar8T1 1964, queDc1o, (;ODviVCDC10 COT:l o po(~er,
for-l t 1 1 1 " t 1 ' . 1 .
Tl10U os a,_ os esoa oe;'3 cos (:ll~lp'eD cs '-,0 n8lS, lDC USlve a C 0121
po siÇ8 o (10 Supremo.
lJuré;]:lte 8 V:L"'8 1Y:1rtit18rio "r2;:;iloirs (;c88a epoCé3 pro11:, ,
fE:Y'8r8~1 f'8is de 10 ~)ctic~os políticos, que, COT1 exceç80 do F8L
tido (~e nE~)rCsentaç;;o I'oTlUleT c o Ferticlo COi"'üDist8, De
c1en-destiDich::cJe desde o ;~ovcrno rutr8, n80 tirllWT:1 ~)riDCípios filQ
s6fioos definidos, nCD GGbiç~e~de cicDtificic1ade política
quando Tcuito, tir:h8T:'! p1~;t8forrr'8S CUfUS8S ~ p1uTif8cetsri8s.
19
nas havia., eT'1 pelo I1enos três, progra1"Ja.çoes que se jus
tapunham a tivos de classe sociais c satisfaziam aos
interes-ses econôr:licos (10s 1'1eST'1a.s. Era.Y'l eles, o Partido Socia.l
Derno-crntico, o Pa.rtido Trabalhista. Bm cileiro e a Linia.o DeroocrSti
ca, Na.ciona.l.
Skidmore, ei;) seu livro BI'3.sil~ de Getúlio a. Castelo,(7)
apreciando o re18ciona-'--ento deles com o Poder, estabeleceu
temporariedade ele qlJ8.nc10 eles esta' a. de dentro e de f.çu:a.
IS80 só nosp2rece ir1portante "para, :lefiründo a vida
t '~" 1 ' 1 A 1 ~
par- 1Clar1a (esse per10c o, Bostrar a erronea. corre açao que
seTl'pre se~,rocurou estal~clecer entre os vínculos partidários.
anteriores de u~ ninistro do Supreno e sua atuaç~o ju0icante.
li fidelidade do ':0 to polí tico, de um min i stro, n o seu
tila.is alto sentido, (leveria estar ',)rOS8 cono qUit8Ç80 a. querr o
nomeou e nooaos seus princípios 012 valor e ac elevado
respei-,
to a lei vigente.
= =e ro e n [;"8 no.
A hi sté ria cOTlportaTne n tal (10 SupreT!1o de on te'2' E. de
ho-je, ten tido freqUentes ondülaçoes no contexto gem.l da. vida elo
slote-::'a, pOlítico brasileiro j T:?a8 o seu respeito
8
lei tensi-do ora cular.
fis varia.ções de fOIT1a.s (112 (-;-overno e de noc~_elos insti tQ
. , • ;J l ' ' 1 ' ' 1 ' ' . . .
01011a1s na soc1eü8.ce oras1 e1r8, alry,a. Se1"'11-agrar1a e Ser:'!l-ln
du stria.l, 1>8 ra U 8a r 8 tipoloC;i8. de Riccs, (8) pe mi ti ram pe
r=-ma.nentes investidas contr8 UT'" Zudiciário que heroic8,nentc pre
tencleu i1'YJpor a. pontum de seu pa:lel, C0]C10 se fuo Cioc8sse en
UTil8. socieclade industria.l denocretic2 do ocidente.
112s o estágie de sub~esenvolvimento de u~ país
distin-gue o
r
oder nao nas instituiç0CS, cc~o tais, ~as no 0ue ela oferece de po~cr 0e fato.
~SS8 concerçao n8S socied8~es rr1ST'18 1 CaS, . , t' '1.78 i cJ o
ho-1 1 1 õI C'c ~ e;1 TI.o 11 coro'.Jelii , cIo "c8be: e
-'-112"'1 ruro. , a.o usurQ8(lCr (08 'r':;-'. '
lei tO:r8JiI 1
8
ciJpuls de sisten8 g0vcrn2Dte.La lF' I::: to do cl cT,ín ia da hi stó ria pC"9u1a r que ber1
de-riJonstra e 88a re2>.lic1ac1e. Quando. da. inplaDtaç8c do
parlaT:'E:Dta.-risno en 1961, UB Ilccrom::l;; ~le largo prestígio político no in
(7) SFIDliOn:c, 'I~JOn8.S. Br8,8il~ c'tE: Gej:;úlic a
ditora Saga, Rio de J8Deiro, 1969. lJ. eO-3.
( 8) RI GC-S 1 Fr'") d. A~~:?:.~~~g_-l:F?,(; ª-~_º-~~CJj)9.E,S~s!§'
-Os stel...Q. 2. ec1. , ,.,
J,..:;-nistr:J.9 ãc COLllL~r:::tc.1Q ;;~ tl.<::T;'riCl. Inc1ústri:::t ti, 1:J Gel.? Rio de
torior Vinas Gerais, havia se rebelado. Dio.nto do SU8.
in--t rallslgOl'.Clél, . . .
mov'~r.
nador:
:~s s o t ~ll ele lJ:J.1'lslI::l'D to.ri srw no,:~,") L: c:~~ 1 e go c1t) '(
Ho:r;wi8.
Demito.
I:.;: o vcr"~ a ~n'o:.:ósito (1.,::: most:;1C:U' quo 03S8S três pc::rt:idcB
~j6 rcf')~ci(los, 110 j ~ 'JXtÜ1toS, so ;Jravi V()T8.I:'l, uns -)(~las banasses
Ii'ol
t8-gica para o podJr. Mas, quallclu no poder,
quino burocr1tic8, potentoaro.m GJncro.is, tOC3rau ninistros.
~ntrcto.nto? COEC vc;r,)DOéJ 110 (1088n1'01o.1' (:::;8t') t~:'8:J8.11lo,
quer nos éJ.~'~os lS46/1~G4, quer EJ. ~aso rovolL1cionúria, tocara;'}
mi râ 8tro s? Elas 1'.8.e "t I) C:.cro.Ill" ='-os nlijlistro S qU8. ;:;c1c ,Y:lrt í c i ,)08
(' P. S. D. r:Jpr~'0:;;lto.va ~}rircipa1fi1onto () s pré.' l-:riJt1ri os
rurais; o J? T.::3 •. ;n'ocLlrav:J. .1;~1'.~tin8r u clo.é3::::c () r~riCl urbana
em fe.rmaço..o, <1 U.D.IT. roflotiD :Jobrotuc10 :1 chn~n.da clas~~o
mé-....
.LLT:1Ll C;íJl'Vl V01'2.Cl8. COEi o
cy Magalh~es na CODvencao ?o partiao? desabafando es~e en con
versa. inforTlal no 181"["0 elo ':reaere Santa Rosa? en Joa.o PeSsoa~
ti quere!' T1C r'!errot8r n8 convença o porque eu sou autentica
" 1 ... .
nente u~enlsta e o uanlo tC"r~ 'cheiro (le pevo'."
As norneaçoes paY'8 o Supre'("0 ~_~ritunal 1"c:1eral, foraTn fei
tas quase nue tota,lr'(ntc por presielentes
pessec}istas/pctebis-tas, incluindo-se o prL·cj.ro período Cc ,íZellerDO \~e Getúlio VaI'
~
8'8S, a:0enas uI.~ ninistro, quando da Revoluçao, havia sic'o no~'''8
do no governo udcnista. de J8nio Qi.'a(lrOs, o paulista Pedro Cha
ve s.
"O Sr. Café Filho, er1 l1a.is (le ano, na.o teve ensejo de
preencher nenhuna voga no Su~rclo Tribuna.l Federal." (9)
Quando e18 airecia.çao do pcdido de ha.bcas-corp~ de
Jo-ao Cofé Filho, i·:·'11Jedir
'c·
ele rea.ssm'lir a ~resiaência por UT:" ato~e força, os co~ponentes do Sunreno havian siao todos no~e~os
por reliresenta.ntes de facções :)artidsrias a.ntogônica8
8
UoDl\f .•O pedic10 considerado prejudicado, en face de Ll'1 golIJe
nili tar consunado, ain'la assin, Toereceu pronuncia"'cntes e
vo-tos ele !,rotesto, co~"o o elo I'hnistro Ribeiro (~~? Costa, C'l defe
sa da ler81ida~e atingida naquele epis6dio.
1"0, de
nue1a a
1· nc"nfo"""'-'-:::ç::;o "" \., . ,'.L ' c.' c ... , rl~.L' ... .-4. ronte c_. . dos tr.:;nqucs c, ao T"es~o te""po, deQ
8,0
arrepio da lei, ncm10 er' r1oT'lentos draTlsticos de prcssa.o.
L ;lanc11a do dCSTC~T)cito constitucionar
A inocuida(Je de suas c1ccisões e1'8 h'anentc 8.08
por1eres r}esaF18c1os, CO~iO sói acontecer eT" p8íses
SUQclcs€nvo1-. 1
V1C.lO fl.
O Mitl i stro Lu i:3 Ge1lo tti C} eiC ha vi8 sirl0 nor"ea de po r E~
rico Gaspar Dutra, interpretava o -')ens~r1ento ela Corte naquele
epis6die, cujo sentido podenos sintetizsr: neS8a8 oca8ioes o
r , 1 ~ . . t " r J 1 " . ~ ,
excrClClO CO (11rel O so e pos~nve, q1J2nOO O-~S'co n8.0 -=
visível.
O JEarechal Lott~ segundo fcuoircntos da €poca, , (Oi ue na.o
nos care 2n81issr ncs'l;c trabalh<J, receioso que o rcsult8c",0 das
urna,s que ha.viaT' favorccidc,
°
ex-Prcsir1entc Juscelino ICubits-chck n8.0 fnsse Tes']ei tado, la,nçou o SSli histórico :iYctorno 80S
records.çoes. Rie de Janeiro, E8bri - LivT8rie J~()i tOl'? ~
p. 54.
22
qU8dros consti tuciCn8is vi["€nteoll
, c tiv81:iloS os suc€ssivos iu
:pec1iDcntos de C8f€ E'ilh05 e c~o Presi(lcnte c18 C2.T:arn dos
Depu-tados? Dr. C::rlos Luz 8 5 fin81nente? ::::; pc'soe (10 PreoiCente elo
1:' '1~ 'L .
úepuu lC8.
Has? nE:T' })c'r i SO? 0 ') sobretudo por isso, 8 bistóriBlXJ
(lere?. o'li tir 8 )iOSiÇ80 [1O~')er8D8 (le Su-preT"o.
A.co ,~S8 c1 c e "1 ou tr8 o opo rt~;nlc1s de s o Sup rcno T18.n te r-se-i;
fiel 8 ConstituiC;[30. , Foi sc,prc 8 ssir, o co~""po rt8T'2 n to cJ o
Su-p rET1o.
,,--r,) nOi'e n to d rni'8 ti co d8 vid8 revolucione ri8? q uanc] o Cns
telo Br8noo "precisou" cloS1J~~)ref'1o "8r? uns dccis80 "olíticsfoi
, .
ncceSS8rlO que lhe (1is3ease' c18r8~lentc~ ;'Presü!ente, n80 e ,
r . r 1 ' " " ,
posslvcl h8.ver JUlzes revo UCln8rlOS~ O que e p0881vcl e
ver leis rcvolucion8ri8s.;; Li ';80 cl["Ys ("8 vid8 8tituc1in8.1
T'8.is elev8ds jUStiÇ8 brnsi
lcirn que ele nunca - Gis esquec·'·u?
LJltl' , "-1P. ._.,'. v; "'1' t,:: -'-"-' .. ' ~ ,_que~ .l,-, .. , v.r-,:;e ('lo ' . nr. lI'.' G.ne'
V8.nc18to "pr0si~encial. (10)
t:=õnto que 8 reDete en
de 1967? 80 fin81 do
SU8.
seu
~. I I' •
III i3CO rl SO 8? de de lic8c18 (! c ci S8.0
polí-tica, por si 3tef.;t8r o qU8nto cru isento o
nosso exceioo pretório.
t8 de confi8nç8 nos juízes que eDcontr8T8, to(Jos ele:] DOuC8dos
ex til', te' s.
:CSqUCCi8;' que 2: tces tinh,~) siclc, .historic8,"cnte, UL' su
c16ric protetor ~UJ investic18.S p8rtide?ri8s.
En "'Brios (~e1JoinE:Dtos de ~"ir:iistros que 8tu8r8;' rcccnt.§.
Opost8Sse confess8 e 8,"ar:'l'urn esse TJrcconceito
por S8IJere--' que no pretório c18que18 C8S8 c~e JUStiÇ8 SU[)S dec1:,
soes Sef'Flre fora]'" sveSS8S
88
tcn(ler'cio,:d(~8Cles Dnrtic'sris8, só(10) nhor
telo
SIJTJreio 'l'riburJ8.1 .Fl:>Jersl. Visit8. (10 2xcelet1tísfiú'O
Se-Pre <" u ... " i (1 e n te cl ... P. .J .:;--T-'e'Jú 01 i J.. c~ .. _ 9 Fr~ Á."_~ _ _ _ rC, ~"~~~ ch ,,,.-: _ _ _ _ rf I).T~1: " ~._ e rtc _ c1 e }.l e DC8 r
\.l(leDiuts~ res:JoDê1eD(~0 s. DC:JSO qucstiom3rio socre o 88sunto
sssir se "'sDife:Jt8v8~ ílCreio que 118Vis DOS 8írculos ('8
chsT'~('1-clS. ;'li1"1hs. durs.;; dCSc:cDfisnçs C-" rcloç;so sos T1inist"ros (los SU;l;l
!Jrcr'o rr,'ritl,ns.l ~-;1E/2rsl nOT'1€s.do:J '"or J.K. e JSt1co.;'(ll)
Outro n8.0 c=::n" (> ponto (1(: vises elo ""'i11lscro HCFes Li--s,
ele· p tt'p ç;; o ~ .~~. TIP r~ rtir:1 .~ ~ ri'" 0 pe t ',' e013 8-S0010 18'S t ' l ' t e que 118 vis,
tTO~'É inc.::'3"8vel c~ue DO bojo elo Pcvoluçso cle 1964, houve
pre-conceito eT.' relsçs.o 8.0 SU;Jrc1o, slL'ent8e~0 por setores ele chô
:')s.e:8. 'linha dum.'. Hi.stórim € socio:Loficô'ente;;, continu8. o
:'rinistro~ <I S8 r.:voluções estou:r8iO en cli;'~s (1e violêDeis. e De
pro-" N ' " ~
CUrB. de bodes eXIH8torios. lOS bcr3es exp1,storlos C..!.-C·S ceDere
tizsrc c:: i"ljulso irücisl (le c1esicrre, o VG~!.o ~'18S nrC
' etlte
dese-jo (le vinC:2r, rle 'PuDir~ de suto se 8fir-csrc-:..:i :L corlClui~nFe
lo seu equilíbrio c elRrivi~~neis Dolític8.9 c Prcsi0entc
Css-telo ErsDcc' tudo fez, EC nuito cor'::;eCl~iu~ rem :"ouDsr o
Suprl-no elSS investid8s elo pTc('onceií~o revOlucion8rio."(12)
~., ,- 1 r 1 . ,. , ' t ' 1" 1 " .
,'~ Gl..Ce·8ç8,0 CC, vlncu O Tle' ll,leO-T;Gr 'l(·:=;rlC' (.e' lillstros
1 r-. t 1 . ..J • • , "-'
CJ O UU~Jre;"'o 1 e.n e 8 I~ e sue l DVO S G1Cl li r', 1 n8 O EC rs L~oti\1o T"SY'S eno
(10er-lhc8 8.S (lccisoes1 :'1001,0 políticcs, toc1es
juizo {te v8.1c'r ele C8(~8. lF11 ,;CDtrr' (lc i'TJério ('8 Constituiç80
e (85 lel~ vigentes.
O P rc c o n e e i te c ré" ... "
cronlCC e "'rE:'text{"3clo }ler QU8lcF~er
"'"0-Desde o governo Flcri8no Peixoto que existi
l'repo 1'ri Duns,l.
I "~ B i t n ' , 1 H' t" 1 r-;
J(;([8 oee~ll3 ",O(:rl:;-ucs, C~,~ sue.;:; oore, ~ lS or18 co
uUPL§.-r
I'"b 1 D i 1 ' , " 1 ' 1 "
no rl une.~ .tecere. 7 n8.rm Vé1rlOs C1n8(r,10[; ce enoqucs entre
- ...,. . ' . ,...
O c.il.(('lC:l:=;rlO e o ~.xccutivo~ eo:'CJ G (~::; eTJrec::'eçGo de
h8bces-ccp-C" que
ce 8 lut8 de Rui B?rOeS8 cOLtrr, {"3 0"r€.3SSO G 8 pOSlÇ80 sutori
t8ri8 e S'cs.çsclor2. (:0 Chefe (lO ExecL'tivo eontm c Suprer ",.
(11) BLJ--,~':':":IRO, Al::'c"ar. 'I'ntevistc: ccnce(~ic13 er1 7 '~e jU~Jho de
1975, Rio rle J8,;'eiro, 1975. En e.nexo
(12) _. Ln~i\, Her-~es. ~~ntTevists concsclid8 eT~ 3 de julho ,1e
" ,
80G CO'CD"tar.LO[;
cta. i --'p re n 88 •
FI c' rir; DO ~ :r SE: (' D j uí ze c;
,1 ('
Tri lJ i,WO 1 cc Dce (1e rer~ harcs G-cc rPu r:1, , ' - , } ~ ll~ -- ,
a.os po ltlCOS? el~ ;.'10,0 sel ql)eT~ a,"'8D18 lle~; c!'-=;r-s c
lJ8!::c?s-cor-:J~ de que, por cu:::;. vez nccesoik;y80. n (13)
E Rui excltnc\10 o voto ,-lO T'Cinistro Pios e Alpeid8,
quaD-e'O (!eci'iu -r,el,,, CODCE'EJ'lOO (1 c' riobe8s-cor-;Jus refcri(lo~
"/i ~.. putnri'1....' . . . ... L~' Sli1e cJP .... i . j . . . 'ÍU'it·i,-:." ~ ~~ e'- "'-'nrpl I . , ' ... 1 tO' " - " ' V <'l)"TeDtp-~e I-... -.J 1_ ... 1 I.J Del:::; r'ora .'_ ... _
lidacJe ele SU8S (Jecisões. O pocler r'so s enfmquece, r',ei3atenC'E:D
(10-8; enfruquecc-ô, c1obn:1Dc18-8. A '--ejest8dc (]cs tribun8is
88-t " ,--1 " ,
sen -8 D_-=; estlI':8 pUC_~lC8; e c;:;t8 e tento i'8ior, qW3ntc' T18lS
8-trcvi0s for 8 in801~ncia ofici81? que lhes dcsobe0ecer, e
Da-is ac1aT'i<3ntin8 a inflexHlilic1s'~e cleles pSY'G eloo"
Par:::; finaliz8r:
,
,"De U-;-:' l8do o :;:::Jrc::3Í(lente CU" o m;:erclto; ,"e outro, 8
fl8-t~istrotlJ.r3 CO"1 a Conntituiçoo. Pois este notêncis ineFle podE:
Ds,is que to(1?:s 21,S 8.r:'18S daque18 .• "(14)
EntretsDto (' l'recor!cei te C18 :qevoluçoo ele T:8TÇO de 1964
' } ' " l ' , 1'" " 1 " 1
reSlC la, prlnCl-p8,-,-~-2n"te, n8 orlC'el-:-: po l-taco-pa,rtlcarla ce seus
~81o que " J a f o l e se rl ' . to 1
f'edera.l ingressou DO era. revcüucionári8
que O SupreDD Tribun31
de 1964 co~ Ufe corpQ
siçso advinda ~e nCveQç~es ~~ pr~si~entes, e~ SU8 quase
tota-lido~e, ~o antigo P.S.D. e P.T.B.,quan~o tiver 0s no período
precedente os ex-presi0entes: Get~lio V3r~as, Jos~ Linhares
(~nico C1ue contirJgenciGlnente havis exercic1c 2. Preeir1ência, c~a
Rep~bli cs pela cr-(liçs () de e st8 r têxe rce nc10 8 do Su:ç>rc-'o),
Eu-rico Gasp8r DutT8 7 novaT'ente Getúlio V8rg8s, Café Filho,
Ne-rCJ.~ P..anos, Juscelino I~ubi tschek, ,T8nio QU8c1ros e ,JOGO Gou18rt.
D2rdel .lior80 Reis, e c'. C8Dítuj~o intitu13c1o O bairrisi'io n,,3
nOi' 83çao (~o"-) '--inic;trcs dc Supru'c TrH:'l;ncl Federal, D2. obra
J8
(13) nODTHGUES, Lêc1G, Doechot. Hj_sté'ria do SU::JI'el'O Tribunal
;:\;-(ler81. Defcla eb.s li'berc18(}es civis. Rio de Ja.ncirc, EcH tora. (,'1.
vilizaç80 Jir8sileirs, 1965. t.l~1891/1898, p.18 e 19.
, .
,
o que os ";lreOCUpaVG, era 8Dtes óe tucl0 o not8vel sB,ber
Jurl-dico, e se essas nao hovessen sido 83 prEteDsoes~ cabe
br8r o que nos (,[isse o T~irJJ.stro Gonçalves (le Oliveir2. ~
+. ulCe
lher
dos.
car 8
lIToc'!os 881:>C'0,os que il80
é
f2cil h8rr10Diz2.r a 0r:'enpolí-, . l""~ .
CO~l os progY'8r"(?S e lir01)Osltcs revu uClOllerlos. 1\0 fervl
(188 '!aixoes, DÓ8~ os Juízes, Der' ser1pre sonos CO""prcencl1:.
-r.
nue.J.,;J '-:1' ? no exercícic de DOSS2.S funç;es, D~O po~e~os
fi-DCn contrn, precis8nentc pOJ:\lue sor'os Juízes, e.§.
CYBVOS d8. Lei, que jurn-:-los cur'prir e de acorcl.o co':' 8. qU81 jul
g8.no s. li (15)
ElltF1ErO-'oS os T1inistros nO~0"le8dos por aqueles presidentes,
e seus respectivos estedos ele origcT'~
P .or euu G +-'1'; -,-o ",[T~ y"'Y, .. ·C·~C'° ,-:;Qo
:bduo relo Espino18
Ce rvalho IIourn.o
Plinio C8 se.do
Coste 1'18.Dso
Octávio Kelly
A taulpho Ir. (te P8.i V8
08 rlo s l'Iax i '"~il ia. no
José Linh8rcs
Via shingtoD de Oli ve i Y'8
Be rro s
}3,",
rrc toAnnib8.1 I'rcire
C8 stro Nu De s
Oro sLobo l'iene to
Gou13.rt (le 01iveir8.
Phil2.~elpho Azevedo
Felscn lIuDcri2: (2
ª
la se):.I,::;rio GULolB,Y'8E:S (2
ª
farJe)B8bio.
1'11 ne s Gc re.i s
Rio Grn nel e e10 Sul
S8 o P8ulc
S8 o F'aulo
Rio '~e J8nciro
Ri o c1 c J e De i ro
Rio Gr2.Dr1C do Sul
G-rn n(1 e
~. ,
Ce8r8
S~o Paulo
P e rn 2.!J b u c o
Pemam uco
do Sul
Rio de Jm1e i ro
I'fli Da s Ge rai s
Cec
r8.
Rio ele J811eiro
Ri () (1 e J a n e i ro
tIiD8,G Ge re i s
S80 Paulo
(15) El1trevist8 c0l1ce(J·id8!)elo ~'~ir1istro G0l1ç8lves de
26
nao preocupava sequer o sentimento
na-, ,
l! O DOScO ir't,~~ito ( so €stabelecer 8 rclaçao r"e ori:'7'8"1".:1,
Co Estar::o i-:e Ori(fe", elo lUG8r nrotal entre UT~ e outro. Salie1.'
tr:::!lOS a. a,usência (10 b8irrisf'o 110 fjreSi(~eDte gaúcho Getúl~o
-r-. Li 8 C re s c e n a t ~
ti Pora, (18r só c;rc exe,,~;)j09 n:Lr:g;jér: 1l0(:'2-o:2 adrnitir cue Ge
túlio VarGas tiveL;:';€: nOr'e?(~o C8rlos T~8}:Lili8no a"cna8 per
gaúcho sere,' orcos. A fiGur8 8:xc8~)cioD8,1 (~c C2rlos Eaxir:ili.§:.
n0 9 constitucionalista e~~,érito - C(";'09 Gntes dele, Bé3rmdas9
depois, Pontes ~e Miranda, excluiria qualquer id~ia de
scnti'-cDto nativista,.;i (16)
puro
Nosso intuito, no entanto 9 COGC ve r8r'0 3 no s cafll tulo s se
,
SEr o r8spei to
P
Ccnstituiçoo, vinculava o ni~istro a decirlir Ccntro dos
inte-re fJSC s (10 :~XE: cu ti 110.
se nao se just8pusesse~, 8 justiça lU~8ria ~e18 dignidade de
jul~Dr ~en~ro da lei.
:] e na rç O de 1964.
Por ~os~ Linhares·
:;::(1 [a rc1 Co s--l:;a Rio de J8neiro
La,fa;)' e tte de -'\ Dd r8 do 1: i 118. S Ge ra i s
Ribeiro (lO Cc'sta Distri to Per'leral
Eurico Gss}lar Dl,tra, eleito 1)€10 8ntigo P.S.D. e que te
,
ve o seu l'CrlO(~O ,rC"cvcr118l"'"'cnts.l eie cinco s.nos, I::;Z as seguintes
nonC8çoes~
Distri to Fec'eral
Luiz G2110tti SOll ta Oa tarina.
:~8 to Grc s so
Ir e re u Ra -:" o ~j 7
,
que aGcen~eu 8 Presid6ncia ('P., '. ..::.ClU, D 'tI· l08,
pelas continG~ncia8 j~ conhcci~as, tinha ~iIit&ncia
vessedis-ta, € er8, t:;:J scqUf:nci.a. constitucion21 entao vi,crente, o
ter-ceiro \'ice-l)l~esi(lcntc r18 RCTiútlic2, na oJ.:',.ler1 cxcluc\er::te, por
exercer e Presic,êncie, elo Scm:;coj fe z ulle. , ,
ur: l ce
l .. r;y Fm.Dco
,7usc81ino :=ubi tfJCheJ\: ele 02..iveire, c~ue e~isT)ut8m a Presi
e~"'e"""c-ic'":), 1 LJ _ _ (1_,"", Ec 11.',1.bll" ce, cor', _ _ c re . '-'c'c, , __ ",,,,,,-,,,1 , 'AC ~ i'" o., r ti l::io _Cc:; r " c c ' · (1"> cc11 rr-::ç::o De'" -c(> ,cO' l:'~
sedista-pctcbista, teve oportuniC8~E, nos seus cinco anos de
Tl8nd8to, de f2~er quatrc nOi'eeçees e1'- ,ue 1irer10Y:line:r2T',
b~~, 8S or~7ens nativistas.
PoreIl ele s ~
Cen(ido Nette Filho
Viles Doas
Gonçelves ele Oliveim.
Victor Nunes Leal
S80 P8ulo
Uina8 Ge r8 is
l'.h11e s Ge reis
I.Tina s C-€r8is
J8nio Quedrc,s, eleito pela lcC'Encle uc~er::ist8, associade
a,o ncheiro do povo;; a que se refErie o Sr. Jurr:3c;y I\~e::elh8es ,
fez ura u 'nl' ca n lIaça : o e o
P ê d ro Cha. v c s S80 P8ulo
QU8.nto, fim31T:1c'jte 7 eo Sr. J08.0 C-oulart, quan:~o Ilre:::3idE!!.
te nO~l8rleTé'(Jt8rtsrJO e, posteriorccnte no r-rcsidencü,lisrno ,
fez duas (Jorcaçoes~
- Be,hia
Piauí
Assin, teTlos dentre eles, de verios 'contos cl8 Fe(1ere.çe,c.
cor, diversos tiI)OS "e C"tueçeo ',!'ofissional, perlc::T:enta.res, de
SCí'b8 rge dore s, Pro cu re do r-Gc rel (i e 8 c1úbli ce, llrofe ssc re s, e(l
vog8elos ,'liliter:trs, honcns querevcf!tic1cs de: tOt'Ie, enIrenteI'8.D
en diferentes ~Doces e e~ a0versas circunt~ncies, co~ dcnodo,
coref":c:' c civis:"o, e c1cfes8 dos (!lTeitos c1ns cid8deos9 o
res-peito
8
lei, e 8.0S dit2';'C~; cCDstitucioD8is.l'or hover entrevistado vsrios r'it'Jistros que c1eci(~iI'8.~~l
quest~es pol{tic8s, quer entes ~e inste18c1a a Revoluç8o, quer
(1Ur8nte o ~Jeríodore'l701ucion8rio eté 19749
é
que :,c p8receu ur~2el8S re::r~)Oct8s, 8 do Einistro Gonç~~lves de Oliveire, ter 1Y'8.is
rcfletido 0:Jcn88T1cntc d8. SUprcr'8 ('r rtc 9 que,nto e.o te'le 6este
,
C8~l tulo g e insus;"!ciçe.o de tr I-~ini;::-;tro cr~ f8ce dc SU8 origel~'
p8.rtide rie •
A.GsiT:; se I)rOmmciou o r~iniGtro ~
~ ~ " t t"
liAs (leClSOes do SU'l.Jre·,·'o D8.0:;r'8n8Ve.T." do esplrl o :':),:r~
len-Se lc SfiC "l e se C010C8.8Se;'1 el'O DOSSO
. r r
Jln~,es f0I'8,'1 substituld03
e, e'" foce das decisoes (1c DOVOS
la.do S ~ ""8is :i8recido cO~" os velhos JUlzes de"-i ti30s do . r
que os DOVOS juízes re(;éTl-D0f1e8dos.;1 (17)
C A P
1 T U L O
3
o
Supremo e,o início do Governo CaQtelo Br=mco.
As primcir8.s visitQS e os
depoimen-tos.
Com 8. queda de GoulQrt, em 31 de março de 1964, assLUni
ra Q Presid@ncia d8. Rep~blicQ, em. caráter provis6ri9, o Presi
dente da C5mQra dos Deputados, Sr. Ranieri UQzzilli.
Ocorrendo a vac:8.ncia do. )residênci8. e da vice-jJr()sidGg
ci8. da Rep~blic8., Q CDnstituiç~o de 194G pre8crevi8. quo deu
-tro do prazo de 30 dias sG)rocessassem as eleiç5es, pelo Coa
gr~;sso Nacional, para o preenchimento das vagas.
Concor:ü tantemonte ao exercíci o do carGo de Presidente
pelo Deput:J.do :1anieri JlIIazzilli, dentro da f6rnula consti tucio
nal, existia LUn comando de fato Que governava, naqueles dias
tum.ultuosos de transiçiio, os destinos do País.
:3soe cOF'ando de fsto est: .. :w:J. ent:coCLlO 8.0S três ministra:: mili tares: Vice-Almirante Augusto Ham.aml RademMer Grttnevmld,
TEinistro d8. I/:Qrinha i Tenente-Brigadeiro Frcmcisco de Assis
Correia de 1:ello, Einistro c1a AeronnL1tica, e, à te,sto." o
en-tão Mi:rüstro del Gllerra Gen"'ral Arthur (l:!. CO:é~t,L e Silva.
As forças 3.rDadQs dava!: Lllilél. deLoE8tr8.~:ao clara de que
nao nroteudi8.ffi abdic8.r do controle d8. Dolític8. brasileira co ~
~-mo fizcro. O~ oe si5es de sucos$5es presiCenciais inesperadas
ocorrid8.s e" .. 1~54·, 1955 e 1961.
~sse, 8.1iás, t8.mbám, é o ponto-de-vista do professor
de História elo :Sr:J.sil, n8. Univcrsid:;tde de Vfisconsin, S~::idho
re, que assiu retrata essa situação:
30
houve Lllil perí odQ do alJroen::., i VI) manobrar cr;tre a ~lt tE; política
do velho estilo, I;Iuitos políticos, mormente no p.S.D. e na ,,11 c,
moder8.da da U.D.li., procuraram proc.1eller como se
1964
estives...,..se fadado 8., $er pouco diferente d8.s crises anteriores de 195~
1955
e 196L~E
continua em suas apreciaç5es:" O lRlarechal Lott conseguira, eI!l novc;,.lbro de
1955,
es-se voto contra Carlos Luz e Café Filho. Hão fora neces~ário em
1954
E; e1:11961,
qu[~ndo Vargas e Quadros tinham abandonado oposto. Por q~e, em
1964,
o Congresso não tentou repetir ovo-to de
1955?
~ Para concluir:" O
fato era que em1964,
a iniciativa l.K:rtencia aosm!
l i tares e os políticc·s o se. biam. Os mili t8.res extremistas, lQ
go conhecidos como a "lin118. dura", entendLlIa que ~$
interven-ÇOGS militares desde 1~4,5~ nada tirllmm rosolvic:,OE.11!! (18)
O alto comando militar que de fato governava, depois de
alguns dias 0e tibieza, necessitava institucionalizar a ocuPQ
ção do pi:ltCr.
For~, QrrcgLlentac10s j uriGtas, cnt::L~e outros, os Drs.
Carlos l'Ie eloiro 3, autO::L' do Ato r..º 1, c :francisco Campos,
rQS-pons8.vel pela redação do 3eu pre5mbulo.
O Senador Luiz Viana Filho, que viria a exercer a
Cho-fio, da C8.SCt Civil do Gover:lo Castelo 13rGr..co, assim d:]screve
a tocitura juridica do início da rcvoluç50 de
1964,
naque'03dias de ang~sti8. e pressurosa expectativa:
" C teulJO, ei'ltret8.nto, corria JL8.i[3 do quo o ato, e, in
do, né~ t8rç8.-1'oira, ao Laranjoiras avü]tar ~,lazzilli, chogs d')
da CalJi t[1.1, Costa o Silva insi8tiro. por que lhe dessen algurr'.
cloclU'J.entu, "..J.u~üquor coisa", dizia."
~ assim se refore Q participação daqueles dois
juris-tas:
"Francii3co C2l::'POS, que (0ntro os 3e\)"S
tI
tulos, contav8.o de autor da Constituição do Estado Novo, ou
1937,
s' bareavaa oportunic12de: e, incontinento, l;rc pôs-se a re digir UL'.
pre5L-bulo Ol.~ substi tuir]ão 8.0S consi\l..crc-.mdos q~JlO lJrecoc1iQJ.':l 8.0 texto.
Costa e 3i1 va GostCLva de recordar o pr~',.zcr cem qLW Canpos, g,
caita a idéia, tirCLra o palct6, colocara-o LO encosto da
ca-dOira, e, de uu jCLto, oé,çrevvra o, pro5cjbul-o, quo se
mOll ef.1 Tllo.nife:3to [l l'bção. "(19)
Foi, finalI::l<;mte, em 9 de abril de 1964, oditado o Ato
Institucional nº 1.
~~sto ato discrj,cionclrio mantinho. q~Else que totalmente
a Constituiç~o de 1946, e criava UAa ambig~ido.de juridica o
mn paroxismo insti tuci onal de c ()nv:j.. vôncia C)LW S0 repclia[l1, ,
estado de f8.to e o~Jtac1o do direito. :Ssta situaçâ:'-"
responsá-vel pelos conflitos entre o Supremo Tribunal Federal e o exe
cutivo-revolucionário durante o Govorno Castelo Branco que,
por mais quo tenha sido pol:t.tic anonte hEÍl")il o relovo.ntemente
bGIn intencionEldo -, n30 8vi tJTj o. Cl8 ]i)er];l.lnoc:.t;,~::, ir~.v.":3ticl.a3 oon
tl~o. 8.cuoL.~ ,-:br,Jgi8. 0orto, 2")or fQl~tc c.~os S()torci~; mili to.rGS or
toc1oxos.
,::sas T.L.rcLcLS (; c ontra:r::Lrcho.s, 8.vo.nç os Cc rGcuos,
flu-xos '..; rcflu~~o~) e1., vide!. ÍlwtitLl.cion,ü do paí,] 880
generalizn-pois 6 U'."'él cLls 'T"l"l v ~ .J... _ , ~1'··r.·, ," __ ... i C' :> (I ~ '10 \... )rislYl6tico clQ'
~
S8.S naç 00 ~-3.
personifica :':18 soci:;c1:ldcs illSti tl'ciono.lnont; i:t.'conGtCt.~ltos, por
soro1.1 ,3Llbc1e;sel1vol vil\J.s.
'\ ri tll" .':::;) 1'1" Conr'rocs" 1"~:-1Ci o··nl r'r-l '""', ',r:-o-mO C~l' '1 r t;,., '1",
.1~ , . ) _ ,'--"::,-<l.. -; U LG "-' U .. c.. _ "u. l, c. """ i,,-L,cu," .l c ••. l J'-' lcc;,
fór .... ilLlla OLC,.;:!~t:ç.1Cl:l. :8 6 O próprio Luiz Viuno. Filho, CJ.uem as
-sim a descreve:
11
°
po.rlamcnto, Cll8.mo.c1r; o. eleger, dentro de dois dio.s,em scss50 p~blica o votaç5o noçino.l, o novo ch0fe do
Executi-vo, agitou-se CODO UDe', colnóL1. Ali6s 1 por causa do po.rcldoxo
de se elegor LUJl lJrcE.,ic1onte revolucionétrio }nro. LUJ. govorno
constitucionD,l." (20)
O jurista Carlos Medeiros, ~ 690ca por n~o pr~v~r
tal-vez o toque dooencac1ennte do Ato nº 1, assim S8 oxpressa o~
entrcvü3ta ao jorn::.~l ~_glQl).~J.:
"O Ato Insti tuci Dnal foi o instruYl1rmto juridico da IleJl
voluç50 e se2 ele o ~oviuaTIto civil e militG~ de março se cor::.
(19) VIANA FILHO, Luiz. º_çt.o.:-:(~rn2-q~§.telo~Q;?noº-. :J-a (jd" Rio
de Janeiro, Livraria J9só 91iDPtO ~~itora,
1915. p.56-7.
fundirLl com L'l~l golpe do .:::stado,", (21)
Os :J.rti.~()s lº ...; 2º, do A. L -.,Q 1
~"
,
que ccmti21hs. 11:1r-ti~;os, (>stavQ.D. assi,.~ recEGidos:
11 ill't. lº - 350 TIo.ntic':J.s o. ConstituiçDo do lS46 o as
Constituiç30s ~st:J.du:J.is o rçspoctivcs oDondas, COD :J.S Bodifi
c:J.çoos crJ1:'-syc:.;:-:tos c1C3GO Ate. 11
"Art. 2º - A oloiçQO elo J?rc;sidoYltc; (; elo Vico-presidon
to d::"1 ROIJúblico., cujos mo.ad:'.tus tc:rninC:,1"D~) al" trinto. o LUU
(31) eb j'11,,~i11C1 de lJ66, so1"1 roc.üizacb pola fí1niori8
:J.bso}_u-ta dos ~:::;o,'bros elo Co:'<;'1"osso li:J.cicno.l, del1tro
c-o
dois (2)di-as o. cont~1r CLO~jtc Lto, om sessDo pL~blicCl. o votaç3o nominal. 11
E8,_.Ol~CLia-;Jo ~lO forçado u.colJlar;1e~,to ju1"íc1ico-mili tar ,
o. " c ircuIlst5.ncio.:l
• Ou :':--élro. 10:r:-lbrc.lrTlOS o j)o.:r.G[;c~(;r~to do OrtoGa
Y G8.ssot, (IUO o LorJ.OD. Ó 010 lI10SmO Elo.s, ~LS vosos, é sobretudo
C1 SUél "c i1"cuy,stCtncÍé::.!t.
constrCl..l;:siL':'ct o.
De L1L:' lCLc.1.u un L.omor,:,. de forn:::tçD() c1or~ocrQti, 0.,
C I '1'} (' t ~ r C lO rl fi
\.- 1 ü _Ld _ " ' os c~».artóis, o podor milit:J.r, sua p1"incipo.l fou
, .
COLl o:") C~OlS.
judiciCl.is 1 oL:.tro nels !Ie;ua1"i t:J.s ", oriont.::,C!oro. elo c:='L:irJ' o mili
tar, clcst:J. \T(::!. il1t·:;rc:3f]!.1c1o t~1}~:b9n no oontro] {) lJolítico cb llé..l.
COEl Li. loi.
Viria Q 301" tm ~OlDbQrisDO conc~liDdor in8tin~ivol, ~u
is, O::.J. {yr-nl ,)l'DVnloçorio. n "ei1"cr:.EstQj!.cio. ", ,:\ c:rlo 8f~~~.lVu
Ou co:~;o ~lO;-'; c1:i..s~)o o T'ü:-:.istro Gt:llÇ~llvos ele ()livoira~ 11
Quando JLllc1vcn.~os, nós Jtdzos, cnte:'."1d:l.:J.2W8 qcl<J o 18':.,8 oro o
do Rui: 'Polo 10.i, com :J. 101 c dontro ~l loi, porquo fOTO d~
setoros rovol~
r21TT:Jf)EIIT\;S-;-C:J.rlQ8. Entrcvi:=d;n conc:)e1ieb n
.Q
G1Qbo, Ol;~ 4de novomLro 00 1~G4.
(22)CÍu.IPLNE'.I.E, Aclri,lno &Hil tOll Lobo CaE~p;:'1.l1.:.i.olo. Atos Insti
tu-ciono.is - Atos C~)~loE~8nt[l1"os .:. Lois COITÜe~:',.()nt21::(:S. 1:::1 ed.,
_ _ _ _ ~_~_____ _ _ _ _ _ L- _ _ _ _ ~ _ _ _ _ _ _ • • '-~ ... _ . _ _ _ _ _ _ _
, " n ' - ' 1 ' 1 " ~ 1
ClOtl8rlOS ILLl2',CS s lDns curs, o (:"s seri8 tslvcz este
Cor s revoluç8c)? só COTO S re vuluç8 o, 8 re voluç; C O ci's cl C
tu-(1 o, Tl o rq u e f o ro
d i f i c ü 1 c18 cJ C S (1 e
" I " . J ! , ,...., I'
ds revolucso D80 h,,} s81v8çso. DSl surgire;'
c D t e D « i c e rrt o e D t re o J t.,; d i c i 8 ri o e ;] e tere s re
-volucioD8Tios, c"'orc esies seT'~'re 8c'tG:Jser' os julp8"'Cl1tosci8
SUJ
'rC'(01 Cc'rte, C 0;--' LL'O cue outr8 Ihficuld8(3e.
li (23)
li beDéi'ic8 tel"'osi8 de C~-,stelo E2:'8DCO de governar co:'o
se estivesse govcru8Dclo DU~' 8 soc:ie,:c;cle eie sólie]s estruturs in
dustrisl (ie'-'ocn~ti(:é11 roliticon';Dte est8vel, quer 11810 exeLlplo
, ,.. ,
reslstcDCl[] ,
re
tsr--rio, que, so , ~~(!r,terlor"eDte, , veio s SE concretiz,or.
Dests -8ncirs 9 so tC"'8r ~':osse ns Prcsic1êncis els Rc"',útli
C8, procurou c:e "roDto, f8zcr U":-:' visit8 oficisl ,').0
Tri1-:ü!1al F(~crsl, €, posterior'CDtc, 80 TribuDa.l SUIJeTior
lei tora.l.
QUé)DtO ::::. (C'SSGS visi t8S "'rocumycos trsDsorever cs
dis-curos do ex-Presidente d8 ~epútlic8, e ~o ex-Presidente do Su
a" to ClVlCC , , os
seus "'8ne12tos no exc~:,cícios ele ou::::s norres funçocs.
"
8-10 G [3 'csse no
,--ais 81to -'8D(}2t8:nc do C8ÇÕO, C" vú::it8r o St;;-'rETo, c 8""' 81i
chegaDC1o, fez ('eis crcves;roruDci~'"--cnt08. LJ''', 10,--;0 na Corte
SU'irer8, e U' c'utrc, cr" resC)osts -;-rotcco18Y 20 (llGCUrSC cloITe
sil~eDte TIi'ciro (~é3 Cost8, q:JC virio 9 -~nfltE:rior--'0nte, qU8DClo (:
'~L'\"_)I~<'""O u ~ "lC,· ..., Vl'" u O::;r'<~.,(r::(~C' C,." ' -~_, :;/ .. ' . " .' 5' ... ' p prr"""é'r ... ' I../t ,,-.' '"~'p lA. , ... ' ,-:-:1--it,,(lC l'Devc<""l'vcl 'v... Vi. ,_ A I..;... \...1. 1,1 .. , c, \...
. "
: __ 1'1 t} C l'i lOS ~
"0 ~':'.'xcE:lcntíssi--'o SeDor ~r:':r-;~c':;81 Hur>crtu (~e AlcDc8r
C8stclc J3n:mco 9 no (:~o 17 rle 81~ril (1e 196~, visitou (' SUlire--c
'.L'ribun81 1.' e (1 E: nJl, m:ndc rccerido, DO S8180 FG>rc, T':elo IxccJen
tL--wi"o Senhcr =h(is'i~ro ,f.lv8ro =':outi.!1!:c Rj,:cl.ro (}8, Costo, per
tOGOS os :Cxcele'}tíssi~'();; SeDhcrcs Einis:,rí's e '~ielo =-:::xceleDtL3
,
-siro Se~lnor :?rocu:rc:rlor-Gcr81 :~8 Re;:úclic8, Dr. :~8rio eJe
34
f e ri u 8. s ;] e g u i ri t e s ;-l é31S v rp s ~
liA pri'-'cire vez que seio (~8 SC~E (10 Governo
é
i!ere viriitor outro I'ocier eJ:-:, ~e,ú.tlice ~ o Su)rcr,o Tricunsl 1~c('lcr81. ~~~
e Cl u i v i n (1 o 7
c1esejo rI8nifesteI'-lLe o e"reço do C;~~Efe (~o ::=xecutivo e o
res-p e i to c1 obre 8 i 1 c ire' •
i1~~r8 o (.uc tinho e c"Lizer.;1
E-- sefuido 7 e-' nO!-lC elo Su-~,rC'--o TribuD81 I'cclers,l7 o
_-x-c .:.:le nti ssino S_-x-c"})_O r Ei ni stro l.'[ou tinho Ri b_-x-c i ro (lO Co st,? 8.S si'
8.gre(leccu o visit8~
;;Senhor Pre;::;ic'cnte 7 I~8rec[wl E\.;:l-crto de },lcrjcer
C8StE.:-lo :[;rs nco . _ j:.;xcc 18 A . nela. A vis) to C'ordi81 :-1;,e VCSS8 -:;:::xcelêncLci
re81iz8, nCiJtc ,-,orcnto~ 8.i_lt8 Co~~tc r~8 JU3í:Íçe trssilcirs tc-'
8Fplo sicnific8(~07 8inde "eis SC,;Dtü8líO-SE' poLo -~8tO eloqt5.en
te cue VOSS8. Excclêncle tiro' rou c--' n::s:J81 t2r: (1e se tcr Cí':JOS
sedo no Poder Exccutivo e c181i~ ~)clG.;riTcir8 vez, s8ir hoje
pHr8 8 ree.liz8ç80 desDe 8tO solene.
"Só isto '~cve18 o zelo? o 8."rcço e 8 8(lplreçeo (:0 Cbefe
de Est8cIo ;Iel::::s r1c"sis instituições 7 e co"'eç;8.r - or GCjUel8
cu-je --isseo re2i('~C9 Prccisc-~--ente? ei' jUl["8J'9 e--' f::Ce d8
Consti-E
Drossc~uc ~cntro ~o seu estilo sin~Ero e contundenteo e D te o
:J
n: s i C c n t e c1 (. S. T. P. ~lt",," L o·-~c-'r+I'Y'(. I. " ' . u v"! 1 ri-C· '-. U n _."... '.)I~~·(~l' \.:: ~ r (:"--Y'l'-e· " ~,,-.1 .J
Fu:c-rs.1 9 nest8 hcre tGC si['úificstiv:-; ~_)2Y8 ;:1 r':8Ç80~ !:'jE: (Hrija eo
ilustre CXH:;f€ cle Est?'-'C9 r1izCDr':c:-llle corccitcs C}ue~ 2 neu ver,
se c08c1uDe:-1 cc·--' o clclic8Jo ~--C-~~eD-t;O.
IIp.OC'C!·:>lt,cl~0l· __ .. c.... Io..J oc, . I.-. ') ,1e l' ''"Iíl~-l' Ll o -' ~ C·l1r 1 u .... ;c-' ~,'
8. sobrcvivêncie ,Jo dc'~'ocr8ci8 se
h8
e f8Z€r, nos "'o--'(:ntos (188rise, cor- o s8crifício trsDsi tério (~c -:-ol("un~J (oe seus ~~jriDCí
r::os c ,Q'8r?Dti8s cO'lstitl'cionei[i.il
PixetlClo~; trsnsitoriecl-rlc ("e sus-)er~",GO (l.e certas
(];C':I'8D-t L:; s c o 1, [-1 ti t lJ. C i C :"" 8 i s ') e lo J\. .• L n
º
1 7 o P rE'~3ic:
e n t (: (lOS. T. F •. l · , -, ' . 1
lD( lC8, DO SE:U enT;C'j( cr 7 os reS"'ODS2VClS ('8u38(,01'eO, c "rosr;c
guc c1efinin:lc o ';",,'e1 e o co-:ortG---cnto qL'2~121i Clor di8ntc i
vcrno ~6JOsto que, " ,
ve SE; nl co, no S e.
r-. ; - . . .
,
. ' " " - ' . ,Clrcunstanc18S VolltlCe.S, nao to-a -artido, nao c 8
favor r C": contra, Di,::O 8:'lau(le ::-;::~~--, ccnSL'r8. ~'-CJnté--sc, cquü'lis
te.nte, iDinflucc,ciÉvel :PE.;J.os ex-cre-- os e'e. -32.Xe.C ':olí tice.. Per
T"e.Y1cce estre.,nha 8,OS intcres::-,es cit'e (li ta" os ,.,tos excclcionsis
(1e f,ove rl"o. Nosso :10r1er de indc~,endencia " ha (lC 1"e.nter-se ,
ir'-De r-'có,vel objetivos,
qua,isquer que se a resente- SU8S ;)ossibili(la(~es de desafio
8S
nossas resistêncioG ·"'orsis. 1i
o ponto-Ao-vista eXDostc no
CO-'l' t,·l o '" c' . lA....L- c,:'.1 "I~c 10:... I~l' O"Y' .J... 7 "C'l' 1.1 ~ C' U ~ l' "}clu "'1' l.. .... ) , '\7E:'
, , 1 " ,
no '~)e rlor (' revo UClon8 ").0,
2S (lecisões jucliciais clesconl-:eci8" ,-] orifeí' rsrtidórie. ele seus
~"er'hros, néJO se jus1:ificanr30, e.o QUe' ros ~'aTece, }!ortanto, o
:'rcconcei to revolucionório oontra o S. r.['.F ••
Drossc:':uc o rhnistro Rib':.:iro da Cost2~
, . ,
c forçoso que se rcconh0ç'c, os JU2:,
• J' 1 .
Jurl(, lCO, 118 "anutcnç8o ,10S direitos
as-segurados
8
viv~ncia hu~ana.slto f3Í(mific8çOO o equilíbrio ('O c'J'-íritc :'C crític2 c de
a,-nóljse ele que h(} ('le'c v81cY5 ['o oT'ortuno irstonte, o juiz
fi!?u ra centre, forte c ).--"['a ,slve . , 1 no Jogo ' :'0 todos os 8CC''':!
tecinentos que
S80 8rtifices.
tc~bclece" confor-e os c'\:Lt:'-'-es ilr1 lei e C38 orre-" cC;'lsentide.
~or esses ob~etivos, nos
quais avulte c reconLccii'entc' ( l (
,
112 C e
,
DOO e '--eis '-'0 que C.1 -'0S18 coni::
r:!? inriteçeo a acres
cent8r cODtin\/.871sntc e viris, reconhecetl(lo e1' si e DOS outros