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Centros de informações na administração hospitalar : uma proposta de informatização da face hoteleira dos hospitais

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(1)

f

1

I

1

Funda~~o Getól~o V a r g a s

Escola Brasileira de Administra~ão Pública

Departamento de Ensino

Curso de Mestrado em Administra~ão Pública

E

C e n t r o s d e InTorma~ões

n a Adm~n~stra~ão Hosp~talar

Uma proposta de informatização da Face Hoteleira dos Hospitais

Dissertação de Mestrado Apresentada por Enio Cavaliere Júnior

199301 983

T/DAP C316c

11111111111

1000059358

Aprovada em ' " / /z./ 1992

Pela Comissão Examinadora

1

;

I

I

(2)

Agradecimentos

S~lla Magalhães

Marquesini, que

cerca de dois anos

Agradeço, em primeiro lugar, aos Professores

Chaves, Val'ria de Souza e Ana Maria B.

me orientaram desde o início da pesquisa, há

atl-ás.

Agradeço, tamb'm, aos Professores Enrique J.

Saravia, Coordenador do Curso de Mestrado da Escola Brasileira de

Administração Póblica - EBAP, e Carlos Jos' Malferrari, Diretor

Geral do PROAHSA, que muito me incentivaram na realização deste

b-aba lho.

Um agradecimento especial ao Dr. Gilberto

Vasquez Cava e ao Sr. Paulo Ricardo da Silva Maia, do Instituto

Fernandes Figueira - FIOCRUZ, que me auxiliaram no levantamento

das rotinas hospitalares e na proposta de informatização do

Instituto.

'ir

_ ~ _ ; - ,De 'gual modo,_sou grato ao Cmte Norihisa

recebeu várias

desse excelente

M i k i , do,: " Ho.~ p l:~ aT,. Nift\l.êll" lia r c í I i o Di as, que me

vezes par~ conhecer d,! pert;.9 ;.' in format ização

hospital da Marinha Brasil~ira.

Jorge C. AJ~rçón

meus sil!.u;:~J;.os

prestadas, sem

deste trabalho.

Aos Srs. Thomas BU5b~ Jordan. Natale

e S'rgi~ L~ Bento, profissionais de

~gr~de~ime~tos Ipelas valiosas

G.Pecca, hotelaria, in fOl-mações realização

as; quai,s não teria sido possível a

Não posso deixar de reconhecer o elevado nível

de atendimento prestado pelo pessoal do Nócleo de Apoio ao

Usuário NAU da Fundação Getólio Vargas, que me auxiliou na

edição de dezenas de trabalhos para o Curso de Mestrado e,

princi~almente, na edição do trabalho final de Dissertação.

-.';..~ ..Jj...~H Finalmente, agradeço a todos os colegas,

professore1:f ~L ami-gos qúe me acompanharam nos ó I t imos quat ro anos,

cuja convive,ncia., foi / '1. ~fundamental j ~ para levar o trabalho ao seu

devido ter,:mo ' ; I " ,

," ~ .. _ ' . t j , c'

'" '::' _: ~ r-~:

- O autÇ).r·. ), cli

-:Ii ,--",

,

,

c' :.. I r (

-,'~ r. : c -[ :

Rio de Janeiro, dezembro de 1992

(3)

XNDICE

Página

1 - Int rodução . . . 7

2 - Fundamentação Te6rica . . . 16

I - A importincia da informática na administração hospitalar . . . 17

11- Teoria da administração da informação... 23

III-A evolução da administração hospitalar e a organização administrativa dos hospitais 30 IV- Administração hoteleira . . . 40

v -

Tecnologia de informática... 48

VI-Alternativas de informatização das organizaç5es 55 3 - Pesquisas preliminares... 64

I - Instituiç5es hospitalares . . . 65

A) Instituto Fernandes Figueira - IFF . . . 65

B) Instituto do Coração - InCor . . . :.. 71

C) Hospital Naval Harcilio Dias . . . 75

D) Hospital das Clinicas da UFHG . . . 93

11- Hotéis . . . 99

A) Le Heridien Copacabana... 99

B) Haksoud Plaza de São Paulo . . . 122

4 - Os Centros de Informaç5es na administração hospitalar uma proposta de informatização da face hoteleira dos hospitais . . . 136

5 - Conc 1 us5es . . . 168

Bib 1 iografia . . . 173

(4)

Página

Figu\-a 1

-

Fluxo de Pacientes 38

Figura 2

-

Fluxo de Hóspedes 46

Figu\-a 3

-

Gn1.u de Utilização do Auto-Ser ... iço 63

Figu\-a 4

-

Tela Ma\-ca Consultas-HNMD CASO A 77

Figura

I::-~

-

Tela Ma\-ca Consultas-HNMD CASO B 78

Figura 6 - Relação das Agendas por Especialidade-HNHD 80

Figura 7 - Tela Pr'-Admissão/lnclusão-HNMD 82

Figura 8 - Tela Pr'-Admissão/Dados Pessoais do Paciente-HNMD 83

Figura 9 - Tela Pr'-Admissão/Dados M'dicos do Paciente-HNMD 84

Figura 10- Tela Pr'-Admissão/Dados para Comunicação-HNMD 85

Figura. 11- Tela Admissão/Dados Pessoais do Paciente-HNHD 87

Figura 12- Tela Admissão/Dados M'dicos do Paciente-HNMD 88

Figura 13- Tela Alta - HNMD CASO A 90

Figura 14- Tela Alta - HNMD CASO B 91

Figura 15- Menus Alteração Cadastral da Farmácia-HC/UFMG 95

Figura 16- Menus Mo ... imentos Estoque Medicamentos-HC/UFMG 97

Figura 17- Tela Apartamentos Ocupados Limpos-Le Heridien 104

Figura 18- Tela Apartamentos Ocupados Sujos-Le Meridien 105

Figura 19- Tela Apartamentos Vagos Limpos-Le Heridien 106

Figura 20- Tela Apartamentos Vagos Sujos-Le Heridien 107

Figura 21- Tela Apartamentos em Manutenção-Le Meridien 108

Figura 22- Tela Apartamentos Bloqueados-Le Heridien 109

Figura 23- Tela Situação Atual da Go ... ernança-Le Heridien 111

Figura 24- Tela Registro de Hóspedes-Le Meridien CASO A 113

Figura 25- Tela Registro de Hóspedes-Le Meridien CASO B 114

Figura 26- Tela Consulta Reser ... as lndi ... iduais-Le Heridien 116

(5)

Página

Figura 27- Tela Transa,io Geral do Caixa-Le Meridien CASO A 118

Figura 28- Tela Transa,io Geral do Caixa-Le Meridien CASO B 119

Figura 29- Tela Transa,io Geral do Caixa-Le Meridien CASO C 120

Figura 30- Tela Procedimento de Reservas-Maksoud Plaza 125

Figura 31- Tela Manuten,io do G.H.F.-Maksoud Plaza 127

Figura 32- Tela Exame Descritivo de Aptos-Maksoud Plaza 128

Figura 33- Tela Pesquisa de Contas-Maksoud Plaza 129

Figura 34- Tela Pesquisa de Reserva de Grupo-Maksoud Plaza 130

Figura 35- Tela Disponibilidade de Aptos-Maksoud Plaza 131

Figura 36- Tela Procedimento de Recep,io-Maksoud Plaza 133

Figura 37- Tela Visualiza~io Status/Tipo Apto-Maksoud Plaza 134

Figura 38- Tela Informa,5es-Maksoud Plaza 135

Figura 39- Instala,io física do Centro de Informa,5es-IFF 138

Figura 40- Tela Registro de Pa&ientes Ambulatoriais-IFF 141

Figura 41- Rela,io de Agendas por Especialidade-IFF 142

Figura 42- Tela Interna,io-IFF 144

Figura 43- Tela Reservas de Interna,io-IFF 146

Figura 44- Tela Distribui,io de Medicamentos-IFF 148

Figura 45- Tela Distribui,io de Dietas-IFF 150

Figura 46- Tela Governan,a Leitos Ocupados Limpos-IFF 153

Figura 47- Tela Governan,a Leitos Ocupados Sujos-IFF 154

Figura 48- Tela Governan,a Leitos Vagos Limpos-IFF 155

Figura 49- Tela Governan,a Leitos Vagos Sujos-IFF 156

(6)

A n e x o s

Anexo 1 - Projeto de Consultoria "Informitica na

Admi-nistraçio Hospitalar o caso do Instituto

Fernandes Figueira" . . . 179

Anexo 2 - Entrevistas realizadas . . . 181

(7)

Introdu~~o

o

grande desafio dos gerentes das organizaç5es

~ a conquista da efic'cia e da eficiincia organizacionais.

Administrar eficazmente e eficientemente nio e , tarefa fácil,

principalmente num contexto social em permanente transformaçio,

como este do final do Século

xx.

Mesmo que a organizaçio aparentemente esteja

funcionando dentro de parimetros aceitáveis de eficácia e de

eficiincia, o gerente deve estar atento a possíveis mudanças que

exijam novas adaptaç5es organizacionais: no modo de pessoas da

organizaçio executarem suas tarefas, na absorçio de novas

tecnologias e na configuraçio da estrutura organizacional.

E o hospital, como organizaçio, nio foge ~

regra: também deve se adaptar is mudanças para atingir seus

objetivos e corresponder is expectativas da sociedade.

No Brasil, em que a expansio da cobertura

assistencial previdenciária e o direito de acesso irrestrito aos

serviços póblicos de saóde, garantidos pela Constituiçio de 1988,

parecem coincidir com a crise econ8mica e a escassez de recursos

materiais e financeiros, deveria ser incessante - por parte dos

hospitais póblicos a busca de maior eficiincia e eficácia

organizacionais.

A tecnologia de informaç5es disponível neste

final de S~cul0 é um eficiente instrumento de auxilio para os

gerentes de organizaç5es hospitalares, na tomada de decis5es e no

controle das aç5es desenvolvidas no meio hospitalar.

Entretanto, para que existam condiç5es mínimas

(8)

de informatizaçio dessas organizaç5es, i necessário que os

hospitais j i disponham de um certo grau de organizaçio,

contririo nio se obterio todos os beneficios proporcionados pela

tecnologia de informaç5es.

E com esse prop6sito que decidimos analisar as

consequincias da implantaçio dos Centros de Informaç5es nos

hospitais, como alternativa tecnol6gica para otimizaçio da

administraçio desse tipo de organizaçio.

o

Problema da Pesquisa

Desse modo, nos defrontamos com o seguinte

p,"ob lem:~:

~ a informatizaçio um instrumento válido de apoio ao

processo decis6rio no caso da administraçio hospitalar?

se a informatizaçio ~ tida como fundamental no campo

da sa~de, entio por que h' tio poucos hospitais informatizados no

os hospitais disp5em de sistemas de administraçio da

informaçio eficientes, onde se possa apoiar a informatizaçio ?

os Centros de Informaç5es sio uma alternativa v'lida

de informatizaçio no meio hospitalar?

A partir dessas consideraç5es,

a viabilidade da informatizaçio da

hospitalar e as consequincias dessa informatizaçio em prol dos

objetivos das organizaç5es hospitalares.

(9)

Os objetivos da Dissertaç~o

A Dissertaçlo visou a alcançar os seguintes

objetivos:

- avaliar qual a viabilidade de implantaçlo dos Centros

de Informaç5es dentro das organizaç5es hospitalares, comparando

esta com outras alternativas possiveis de informatizaçlo;

analisar as questões da autonomia, do processo

decis6rio, do controle e da autoridade relacionadas com o

funcionamento dos Centros de Informaç5es dentro dos hospitais;

averiguar se a implantaçio dos Centros de Informaç5es

nas organizaç5es hospitalares conduz a um processamento mais

eficiente da informaçao, ou se leva ao ac~mulo de informaç5es

desnecess'rias e sem significado relevante;

verificar qual a similaridade existente entre a

administraçio hospitalar e a administraçlo hoteleira e entre a

informatizaçlo dos hospitais e a dos hotiis;

recolher a experi&ncia recente de algumas

instituiç5es hospitalares de renome no tocante. informatizaçio.

Metodologia de Trabalho

A metodologia de trabalho escolhida i a da

anilise organizacional comparativa. Desse modo, comparam-se os

hospitais com os hot~is, em termos de informatizaçio e serviços.

Compara-se a admistraçlo da informaçio existente nos hospitais

com a existente nos hot~is, assim como o fluxo de pacientes com o

(10)

fluxo de hóspedes.

Por fim. comparam-se os Centros de Informa~io

com os Centros de Processamento de Dados. como duas alternativas

tecnol6gicas para informatiza~io das organizaç5es.

Faz·-se. ainda, o diagnóstico organizacional

projetivo, na tentativa de verificar as mudan~as organizacionais

decon-entes da implanta~ão do Cent \-0 de

Administrativas numa organiza,ão hospitalar.

Dificuldades encontradas nas Pesquisas

Dentre as principais dificuldades encontradas

na fase de realiza~io das pesquisas está a escassez de literatura

acerca de experiincias de informatização de hospitais no Brasil.

Em quase 25 anos de realiza~io do Congresso Nacional de

In fonn::it iea. patrocinado pelas SUCESU-Sociedade dos Usuários de

Computadores e Equipamentos Subsidiários regionais. sio poucos os

relatos existentes a respeito.

Além maio\- i'1 dos

apresentados nos Congressos da SUCESU na área de informática

médica enfatizam os aspectos clinicos. deixando de lado os

o)-gan izac ionais envolvido~:; n~. d:~.

hospit<.'\lar.

A literatura que proporcionou mais subsídios

foi a das obras patrocinadas pelo PROAHSA - Programa de Estudos

Avançados em Administração Hospitalar e de Sistemas de Sa~de

<*).

<*)

O PROAHSA foi criado em 1977 mediante acordo entre a Escola

de Administração de Empresas de São Paulo. da Funda~io

Get~lio Vargas, e o Hospital das Clinicas da Faculdade de

Medicina da Universidade de sio Paulo. desde o início

amparado com o apoio financeiro da Funda,ão Kellogg.

(11)

o

alto custo das pesquisas (em termos de

locomo~io e hospedagem) impediu a observaçio direta de casos

interessantes de informatiza~io, como o do Hospital das Clinicas

de Porto Alegre e o do Hospital das Clinicas da UFMG em Belo

Horizonte. Com exce~io de duas r~pidas viagens a elo Paulo, onde

pudemos visitar o InCor e o Hotel Maksoud Plaza, nio houve mais

oportunidades de pesquisa fora do Estado do Rio de Janeira.

Entretanto, a maior das dificuldades talvez

tenha sido a de ter que enfrentar certas resistincias de

mentalidade com rela~io ao tema escolhido para a Dissertaçio.

Resistincias, em primeiro lugar, de alguns

m~dicos e profissionais de sa~de com quem conversamos na fase

de pesquisa, que nio viem a informatizaçio como um instrumento

relevante na melhoria da presta~lo dos serviços hospitalares.

Diante do panorama caótico por que atualmente passam alguns

hospitais da rede p~blica federal - onde faltam os materiais mais

básicos, como gaze e at~ instrumentos cir~rgicos a

informatizaçio parece um luxo, ou, entio, uma tecnologia cujos

beneficios ainda estio distantes da realidade hospitalar.

Quanto i consideraçio da face hoteleira da

administra~io hospitalar, nem pensar ! Essa hipótese parece

totalmente alheia aos problemas e is rotinas hospitalares do

dia-a-dia. Nio cabe qualquer tipo de comparaçio - dizem eles - entre

realidade das organizaç5es hospitalares e a realidade

hoteleira. Sio dois mundos diferentes

Essas resistincias se devem ao fato de que, em

quase todos os hospitais da rede p~blica, a diretoria ~ um cargo

exercido por um m&dico, que acumula responsabilidades clínicas e

administrativas. A mentalidade reinante no Brasil k a de que a

(12)

d i n~.;ão dos hospitais jamais deveria ser entregue a um

profissional não m~dico. Por isso, ~ muito difícil separar o

clinico do administrativo dentro de um hospital, quando o próprio

Dl-9 ::3.n og r ~.m::3. das organizaç5es hospitalares não tal

Curiosamente, tivemos que enfrentar muitas

resistincias por parte de professores e alunos

Escola Brasileira de Administra.;lo P~blica-EBAP da FGV. Apesar da

informatiza.;ão do setor p~blico brasileiro j i ser uma realidade

de quase tris d~cadas, nos mais diversos tipos de empresas e

organiza.;5es p~blicas, essa irea de especialização inexiste

dentro do curriculum do Curso de Mestrado da EBAP/FGV. E, com a

exceção de alguns professores, poucos são aqueles que viem a irea

com alguma distin.;ão.

Alguns professores e alunos inicialmente

reagiram ~ id~ia da compara.;io da administração hospitalar com a

administra.;ão hoteleira. Os hot~is lhes pareciam ser organizaç5es

de natureza elitista e que em nada se assemelhavam aos hospitais.

Foi preciso realizar um amplo trabalho de esclarecimento junto a

colegas e professores do Mestrado para superar tais resistincias.

Felizmente, o tema encontrou também ()

respaldo de virios professores da EBAP/FGV e da maior parte dos

médicos e profissionais de sa~de entrevistados, que compreenderam

a tentativa de compara.;ão da administraçio da informação nos

(13)

Instrumentos de Pesquisa

Os instrumentos utilizados na pesquisa foram,

basicamente, de quatro tipos:

- pesquisa bibliográfica;

- anilise documental;

- observa~io direta; e

- entrevistas.

A an'lise documental prestou-se,

principalmen-na elabora~io do referencial teórico, assim como no

levantamento junto ao Instituto Fernandes Figueira IFF, ao

hospital Naval Harcilio Dias-HNHD, ao Hospital das Clinicas da

UFHG e ao Hotel Le Heridien Copacabana.

A observaçio direta deu-se, principalmente, no

caso dos tris hospitais visitados - IFF, HNHD e InCor, assim como

no dos hotéis visitados: Le Heridien Copacabana e Haksoud Plaza.

As entrevistas realizadas, cuja rela~io em

ordem cronol6gica se encontra no Anexo 2, foram se sucedendo ao

longo de toda a fase de pesquisa, incluindo médicos,

profissionais de sa~de e profissionais de hotelaria.

Por ocasiio de uma das viagens a Sio Paulo.

estive com o Prof. Carlos José Halferrari, Diretor Geral do

PROAHSA, que me recebeu a pedido da Profa. Valéria de Souza.

Depois de conversarmos bastante sobre a hist6ria do PROAHSA, ele

me presenteou com um livro (*) e me incentivou a levar adiante o

trabalho da Dissertaçio.

<*)

O Hospital e a visio Administrativa Contemporinea, da

Livraria Pioneira e Editora. com colabora~io do PROAHSA

(14)

Antes de efetuarmos as visitas aos hotéis, em

setembro de 1991, pudemos entrevistar o Sr. lhomas Busb~ Jordan,

consultor na área de administraçio hoteleira, com vasta

experiincia em hotelaria no Brasil e no exterior. Essa entrevista

valorizou nossas observaçaes sobre a face hoteleira dos

hospitais.

Para o Sr. lhamas, a administraçio hospitalar

apresenta muitas similaridades com a administraçlo hoteleira;

inclusive, nos E.U.A, a expressio House-Keeping Governança) é

utilizada tanto nos hospitais, como nos hotéis.

Consequentemente, a informatizaçio dos hotéis e dos hospitais

também é semelhante, principalmente nos setores

Recepçio, Caixa (Faturamento) e Governança.

Para esse mesmo consultor,

de Reservas,

seria muito

interessante se os hospitais dispusessem de sistemas de controle

informatizados para Reservas, prevendo as internaç5es e as

cirurgias. Na área de controle de estoques - alimentos e

bebidas-a informáticbebidas-a tbebidas-ambém pode bebidas-ajudbebidas-ar muito, evitbebidas-ando-se os frequentes

furtos de mantimentos pelos pr6prios funcionários.

O consultor lhomas Busb~ Jordan nio acredita

que a informatiza,io revolucione os servi,os da rotina hoteleira,

nem os da rotina hospitalar, pois, antes do advento dos recursos

da informática, os hospitais e os hotéis já faziam uso de meios

eletro-mecinicos, como bips, campainhas alto-falantes.

Entretanto, a informatiza~io on line das informaç5es pode

melhorar a discrepincia existente entre a Governança e a

Recep~io, inevitável quando o controle é feito manualmente.

(15)

Sequincia Cronológica da Pesquisa

A sequincia cronológica da pesquisa

(*>

foi a

seguinte:

a) Maio a julho de 1991: realizaçio do Projeto de

Consultoria para informatizaçio do IFF;

b) Agosto a setembro de 1991: elaboraçio e entrega do

Projeto de Dissertaçio;

c) Setembro a dezembro de 1991: visita a tris hospitais e

dois hotéis, conforme cronograma do Projeto de

Dissertaçio; entrevistas com o Prof. Carlos José

Malferrari, Diretor do PROAHSA, e com o Sr. lhomas

Busb~ Jordan, consultor especializado em hotelaria;

d) Janeiro a fevereiro de 1992: elaboraçio e entrega da

Versio Preliminar da Dissertaçio;

e) Março a julho de 1992: visitas ao IFF para elaboraçio

das telas para informatizaçio do Instituto

fundamentaçio da proposta de implantaçio do Centro de

Informaç5es Administrativas no IFF;

f) Agosto a dezembro de 1992: elaboraçio e entrega da

Versio Final da Dissertaçio.

<*)

No periodo de fevereiro de 1991 a setembro de 1992 foram

realizadas várias entrevistas, descritas no Anexo 2

1

(16)

f=-un d a m e n t aç: i!ío Te(:"r i c : a

A finalidade principal deste capitulo está na

montagem do referencial te6rico norteador das pesquisas e da

proposta da Disserta~io.

A teoria da administraçio da informaçio serve

de ponto de partida, depois das considera~5es iniciais sobre a

importincia da informática na administraçio hospitalar.

teor i:~ mos t r ~~. , fundamentalmente, que a informa~io deve ser

administrada como um recurso nas organiza~5es e que

organizaçio possui sua particular lógica de administraçio da

in fonm~.~ão .

Como consequincia dessa teoria,

dois tipos de organizaç5es com muitos pontos comuns, de~:;de o

ponto de vista' da administração da informaçio:

hot.:hs.

hospitais E~

Em ~:;eguida, descrevem-se tópicos sobre

tecnologia de inform'tica atualmente disponível no mercado, em

termos de software e hardware.

Por fim, abordam-se as principais alternativas

de informatizaçio das organizaç5es: os tradicionals Centros de

Processamento de Dados e os recentes Centros de Informa~6es.

(17)

I - A

importincia da inform~tica na administraçio hospitalar

A dos custos tamanho

e qu i p <:l.men tos computadorizados, a facilidade de operaçio

manutençio dos mesmos e a maior disseminaçio de 1 ingu'"il.gens de

programaçio de quarta geraçio dirigidas aos usu~rios finais

em anos mais recentes, que

administrativos bisicos pudessem ser utilizados por gl"UPO~:;

profissionais tais como clinicas, centros de Sa~de e pequenos

hospit::3.i~:;" (l=1:odl"igues, 1987, P. 40).

De fato, as tecnologias desenvolvidas nos

~ltimos 50 anos, como a da ind~stria de informaç5es,

representam simples acréscimos de conhecimento às tecnologias

::3.n t e," i O," es: .. r eI3 '-esen t am uma d escon t i nu i d ad e" (l),"ucl< elO , 19'70, P . ~36) .

A informatizaçio representou,

uma transformaçio no modo como uma tarefa era feita, e nio apenas

uma aceleraçio na sua execuçio.

P::3X<3. IHII (1984), .. à medj.da que os si~:;tem,,"\s

de processamento eletr8nico de dados se multiplicarem em n~mero e

in fll..l.,2nc i."iI., noss."il.s teorias sobre a t omad."iI. de

administrativas terio de ser modificadas" ( P. 29-30).

Dever-se-ent ~ío, considerar novos fatos, como o uso dos computadores

para substituir os decisores humanos, em niveis que vio desde a

execuçio de tarefas rotineiras at& decis5es complexas,

plan~jamento e programaçio de operaç5es nio-repetitivas.

com()

Entretanto, a tomada de decis5es com o auxílio

do computador aparentemente jamais poderi substituir o julgamento

intuitivo do administrador hospitalar, nem a sua experi&ncia

.3. C umu"1 ::~d ::3 ..

(18)

c." .

,.,1 mCH1 ( i <7'76 ) mais

importante utiliza~io do computador na tomada de decisSes

seja a relativa a modelos de situa~Ses complexas para inferir as

con·si=-qu}i-ncias de decisSes alte,-nativas" (F'. 17) .

informatiza~io de um ambulatório hospitalar &, hO,je,

instalar-se uma rede de microcomputadores para cadastramento

imediato dos pacientes. O imediatismo, nesse caso, & funda~ental,

porque a informaçio vale nio apenas pela reduçio da incerteza,

m~.s, t:~.mbém, pela sua opO\-tunidade com r·elaçio ao fatO\- tempo: ",,"\

informa~io concisa e precisa nada vale se a sua oportunidade de

uso ,já I'assou" ( Gonçalves, 1987, P. 2).

A informatiza~io, portanto, nio se limita a

conduzir a uma maior raciona1iza~io do processo decisório. Pod(;.:

-).1 t ET á·-l o , modificando por completo a maneira de pensar e de

decidir dos agentes envolvidos no processo.

~.ssumil..f. um~ . nas

• :?sp ec i :~.1 i d :~.d e·,:, .

Na tomada de decisSes em mat&ria de sa~de

p~blica, por exemplo, o processamento e1etr6nico da informaçio e,

::3.t u~.l ment e, um. instrumento imprescindive1, como no campo da

pesquisa epidemio16gica. " Os domínios, onde ~;;e exe,-cit<:\ln a~;;

aplica~5es mais importantes nesta 'rea, sio a coleta e an'lise de

dados de estatistica san i b:lX ia

outros indices sanitários) e o controle e avaliaçio da açio

preventiva, a emissio de "a1e,-tas epidemio16gicos", e a <lnálise

dos slstemas de sa~de, com o emprego de modelos e de t&cnicas de

A classificaçio britinica,

(19)

Rodrigues (1987), mostra os diferentes grupos de aplicaçio da

informática na Sa~de:

",3.) Registro~; de Saúde da c()mLmid'3.de;

b) Registros m~dicos para grupos especificos de clientes:

materno-infantil, 'v'ac ina.;:ão. deficientes

rastreamento de enfermidades especificas. etc;

c) Registro e matricula de pacientes;

d) Agendamento de pacientes)

e) Alocação de recursos humanos;

f) Admü:,são e

ho~:.p i t ~.l ~3.l"eS;

alta de pacientes e controle de leitos

g) Criação. manutenção e controle do prontu'rio m~dico;

h) P\"esc\" i.;:ão. st11 ic i t ação. estoque e distribuição de

med ic~.ment os;

i) Prescrição. solicitação e distribuição de refei;5es;

j) Requisição. organização. realização. controle e

comuni-cação de resultados de Patologia Clinica,

Anatomia Patol6gica e de outras

diagn6sticas;

I=i:ad iol og i.:\.

tecnologia~;

k) Monitoriza.;:ão, mensuração e registro de

dados bio16gicOS e análise de sinais biol6gicos, de

máquina e de imagens;

1) Cálculo, controle e comunicação de dados referentes à

utiliza.;:ão de tecnologias terapiuticas;

m) Suporte para a operação, 1TI'3.nutent;ão,

construção das estruturas físicas das organizaç5es de

S:~.úde ;

(20)

n ) Suporte <3.s , atividades financeir'a~; , cont,ibeis

o) Aquisi~io, estoque, distribui.;io e controle de materiais;

p) Suporte ~ tomada de decisio clinicai

q) Suporte ao controle e pagamento dos recursos humanos;

1") Aná 1 i se ( aud i t f.)l"· i a ) das atividades hospitalares

s) Suporte estatistico ~ pesqU1Sa biom~dica;

t) Modelagem e pesquisa operacional;

1..1.) Registros e consulta a referincias bibliográficas e

infonn::3 . .;ões biolTl~dicas de natLn-eza doculTI(~ntal" (t='. 42).

o

fato de que, no Brasil, a informatiza.;io

ainda caminha a passos lentos, principalmente nos hospitais

nio desmerece a importincia desse inst l"tunent o de

<3.g i 1 i Z <3. t;i:\ o do pl-ocesso df~c isór io de

OC01-l-G: , muitas vezes, UITI desconheclmento das

potencialidades da informática pelos profissionais da sa~de. O

receio desses mesmos profissionais na ado.;io da inforlTl<:l.tica no

meio hospitalar & explicado, pelo fenômeno de

resist&ncia is mudanças:

funcionar adequadamente dentro da organiza.;io, elas também tendem

a resistir contra mudan~as, já que as eventuais alterações

significam modifica~io da forma e conte~do do trabalho individual

(Rodrigues, 1987, P 36).

A resist@ncia ~s mudanças tamb&m & explicada

pelo fato de que algumas pessoas tendem a se apegar ao seu modo

(21)

t l--3.d i c i on <11 de trabalhar, que, para elas, sempre ·ser:i~. , o

adequado e eficiente. Por mais que se lhes ofereçam instrumentais

que possam ampliar a efici&ncia do seu trabalho, insIstem no uso

de técnicas obsoletas, como os mo\-ador·e:s da "m,ll oc,\\" ,

nos~;as coisas e "fumo" Pl-O meio da l-ua "al)l-eciá" a d(~moliç:ão. <lue

Outr·o fator que, talvez, explique o atraso

tecnol6gico das organizaç:5es hospitalares com relaç:ão a outros

tipos de organizaçio j i informatizadas ~ que, no meio hospitalar,

dificilmente se sep~.l-am ::3.t ivid::ldes clínicas

admInistrativas. Para informatizar as rotinas e serviços do meio

hospitalar, • necessário possuir um certo domínio da linguagem e

dos conceitos clínicos, que se encontrarão, quase

misturados com a linguagem e os conceitos administrativos.

Soma-se a isso outra dificuldade, que está em

deci·,ú5es "progl-amáveis" n.\\ cl'H.)sific,:\ç:~~o de Sim(:l!1,

que podem vir a ser tomadas por computadores com software

espec :í.f:i.co. Ao abordar os problemas de projeto da estrutura

organizacional, Simon escreve - na citação de Zaccarelli (1984):

Uma organizaçio pode ser representada graficamente

como um bolo de tr&s camadas. Na camada inferior,

temos os processos de trabalho básicos - no caso de

uma organizaçio industrial, os processos de obter

mat'rias-primas, manufaturar o produto, guardá-lo e

proceder i entrega. Na camada do meio, temos os

processos de decis5es programadas, os processos que

governam o dia-a-dia do sistema de fabricação e

distribuição. Na camada superior, temos os

processos de decis5es nio programadas, os processos

que sio necessários para projetar e reprojetar o

(22)

sistema completo, para definir seus objetivos e met as e para mon i tora,- a "pe,- fonnance" .

A automaç~o do processamento de dados e

da tomada de decis5es n~o iri alterar esta

estrutura fundamental de tris camadas. Ela poderi,

por trazer uma definiç~o mais formal do sistema

completo, tornar a relaç~o entre as partes mais

clara e explícita" (P. :l.U.

acordo com Simon, o

informatizaçio das organizaç5es hospitalares deve come~ar pela

identificaçio das tarefas mais pr6ximas daquilo que se possa

considerar como program'vel, deixando-se as demais tarefas para

uma fase posterior - quando as primeiras JÁ estiverem totalmente

(23)

11 - Teoria da administra~io da informaçio

um recurso organizacional valioso e deve ser administrado de modo

semelhante à maneira com que administramos nossos recursos

fisc:a:is, m:ateri<3.is e n<1.tl.Jxai·~" (P. 2.!S6).

Para Schoderbek (1985), a funçio primordial da

informa~io ~ habilitar aquele que toma a decisio a tomá-la

informadamente, baseada em conhecimento certo.

Portanto, em termos de valor, a informaçio vai de

uma posiçio em que elimina completamente todo o

desconhecimento e incerteza que cerquem uma

decisio, a uma pOSlçao em que nio contribui

absolutamente com coisa alguma para diminuir o

desconhecimento e a incerteza que possam existir.

Desse ponto de vista, , bastante 6bvio, pois, que o

simples aumento da quantidade de dados ou fatos, em

si mesmo, nio garante a geraçio de informaçio

(t=='. ~3).

Informar 'reduzir a incerteza sobre fatos e

coisas e a informa~io deve ser encarada como um instrumento do

gerente na reduçio da incerteza. Desde este ponto de vista, d l.1"<1

um fen8meno de natureza puramente t~cnica e passa a ser enfocada

como um fen81T1(~no ol-gan :i.zac iona 1 subst <~nt ivo" (p. j,).

Johnson e Derman (1985) fazem uma distinçio

Dados representam fatos catalogados de acordo com

um esquema de acompanhamento, mantido por um

computador ou manualmente, e, como elementos de

conhecimento a nível estatístico, sio passivos. A

.. ..:> •• )

(24)

informa~io, por outro lado, representa dados a que

foi acrescentada a necessidade de satisfa~io de uma

exigincia. Em outras palavras, a informa~io

consiste em dados combinados com dire~io.

Contrariamente aos dados, a informa~io pertinente.

compreensio de uma situa~io, ou • forma~io de uma

base para a~io, é ativa e tem uma expectativa

limitada de vida ~til (P. 2).

Ao utilizar aqui a palavra "infol"lnaç:io" ,

sempre o faremos no sentido definido por Johnson e Derman.

Para Marchand (1985), o problema da informaçio

nio é susceptível de uma soluçio tecnol6gica por si s6:

utilizada do modo como é, e qual o seu valor para a execuçio dos

A :adm in i ~:;.t n~.ç: ão da infol"lfl<lção t (~m

organizacionais. As informaç:5es são b'sicas para a fixação de

aloca~ão de recursos, ap'1 icação as ,

exercício do controle. Por esses motivos, é fundamental

pessoas na organizaç:ão saibam utilizar eficazmente os recursos da

i n f ol"ln~.ç: ã o na tomada de decis5es, p I ,lI"\e,) ,!\ment (J

0\-9 :~.n i ~"!::i~.C 1 on ,3."1 .

de sistema de processamento de dados não se resume, simplesmente,

~ definição de programas ou mudanças em rotinas, mas se constitui

essencialmente num processo de assimilaç:ão destas modificaç5es

pelo qU:i~.dro f ... ncional d::3. org:ani:c~~~.I;ão" (t='. 41).

Cavalcanti discute com profundidade sobre as

efic iênc: :i.'l

organizaç:5es com base no modelo integrativo de Ja~ Galbraith.

(25)

Par';'!\ Ca v<!\ 'I c an t i (1991), d :i.m~n'!:d~o

organizacional ~ composta por vari'v~is ~sp~cificas. Assim sendo:

a. )

tn3.b:i:l.lho" , s~rviç:os ou unidade'!:;

b) I~S v:':I.l"iáveis "val"iabilidad(~ do trabalhr)", "capacid<.'\de d(;~

tom:'3.r d~':.'cisões sobn~ o própr'io tt-abalho", "d ispon l.b i '1 idad(;~,

clareza e precisio das informaç:ões nec~ss'rias ao des~mpenho da

t<3,l"ef:i:l." compõem a dimensão "Tarefa" i

c) A~; v::Jxiáveis "alnPlitud~ do contl-ol(~",

" t r e i n <3.men to" , "comu.n icaç:ão entr~ pessoas" , "<.'\utonom:l<:'\ dec iSÓ1- ia" , "l-elaç:ões hOl"izontais ~ vel-ticais el1tr'~ ch~fi;.:\':.:; E~ sub Ol- di n <3.d os" , "c oOl-den:~.ç:ão às

Inud ;'ln ,;: l:'\ -:.," , "~stilos d~

"descl-h:t~o e l"E~d~senho de cal-gos" compõ~m a d j.m(~nsão "Pessoas" i

d) As dimensõ~s "Tecnologia de Informaç:ões" e "I:'l-ocesso

[tec isó\- io" corduntamente.

"hardware" , "software" , no t r'at ament o das

in fonn<3.I;:õ~s" COITIPÕ~ITI uma das dilTlensÕ~Si

info)"ln:::I.I;:Õ~s" , .. :i.n t ~g r' i d<:'\d ~ d as in fOl-ITI<H; ()es" , "disCl-~p~inci<.'\ d<:'\'!:;

outra das dimensões.

(26)

As variáveis que comp5em a dimensio "Sistema de

Recompensas", citada por Cavalcanti (1991), m::3.1S

diretamente aos aspectos motivacionais e de desempenho do quadro

de pessoa.l, como

Cabe observar que algumas vari~veis influem em

A v:,:I.)-l-.3.vel

in f onn::l I;: 5es" ,

Dec i ':;ór' :i o" , também lida como

informatizaçio", pois SE refere ao modo como a organiza,io decide

utilizar-se dos recursos disponiveis de software e hardware e

como os usuários se utilizario desses mesmos recursos.

No modelo de Ja~ Galbraith, <:I.':; V"l)- 1 . , :,:1. V e l.~:; .

organizacionais sio interdependentes. Por outro lado, coerincia e

compat ib i 1 id<:l.d(~ :'.3."5 me~:;m<:l.s cClnd i,io

lnd i sP '2nsáve I na obten,io da (:~fic iinc ia e f :i. c <~c :i. ::3.

organizacionais.

A administra,io da informa,io se encontra

presente em todas as dimens5es organizacionais, muito embora se

A partir da análise de Marchand,

Johnson, Derman, Alves, Gonçalves e Cavalcanti, conclui-se que a

eficaz dos recursos da informa,io depende dos

seguintes fatores:

(27)

- que as pessoas na organizaçio tenham conhecimento

e treinamento adequados para utilizar e manipular as informaç5es,

comunicá-las a outros e assimilar ou buscar novos tipos de

informaçio quando for necessário;

que a informaçio circule com facilidade na

organizaçio, facilitando o processo decisório e a execuçio das

tarefas;

que haja coordenaçio na troca de informaç5es

entre as pessoas e entre as unidades na organizaçio, de modo a

evitar-se duplicaç5es de informaçio e ac~mulo de informaç5es

desnecessárias dentro da organizaçio;

- que o uso de tecnologias de informática facilite

essa coordenaçio, ao inv~s de exacerbar os problemas de

sobrecarga e duplicaçio de informaç5es;

que a divisio do trabalho e a hierarquia de

autoridade estejam bem definidas na organizaçio;

que as áreas de execuçio estejam próximas das

áreas decisórias.

Sio frequentes as queixas dos administradores

com relaçio ao baixo retorno dos elevados investimentos feitos em

software e hardware nas organizaç5es. Os gastos parecem se elevar

cada vez mais em nome da atualizaçio tecnológica, sem que isso

implique numa melhoria da eficácia organizacional.

aponta para as possiveis causas desse problema:

Marchand

- tendincia das fontes geradoras de dados, serviços

sistemas de produzirem dados demais e sem slgnificado

relevante;

(28)

- tend&ncla à produ~io de dados inadequados para as

necessidades de processamento de informa~io dos membros da

or9aniza~ioi

tendincia para concentrar-se no manejo de

tecnologia de computadores como um fim em si mesmo, excluindo-se

a preocupa~io com a utilizaçio e valor dos dados e tecnologia

para os individuos na organizaçio.

A falta de sensibilidade ou apreciaçio do

inter-relacionamento dessas tecnologias com os processos d~

informaçio da organizaçio "tem sido o fracasso de muitas

or9aniza~5es na utilizaçio da tecnologia para facilitar e mesmo

aumentar a qualidade e o processamento da informa~io" (Marchand,

P. 264).

Uma organizaçio nio informatizada pode estar

administrando bem a informa~io, enquanto que o seu contririo

também pode ocorrer: a informatizaçio existe, mas nio se ap6ia

numa eficiente administraçio da informaçio. Neste ~ltimo caso,

com certeza a informatizaçio nio estari facilitando a troca de

informaç5es entre as pessoas e entre as unidades na organizaçio.

Ao dar inicio a um projeto de informatizaçio

de uma organiza~io qualquer, deve-se procurar conhecer em

profundidade como é, ou como deverla ser, a administraçio da

informaçio naquele tipo de organizaçio. Caso a administraçio

vigente apresente deficiincias, devem-se aproveitar as etapas da

informatizaçio para corrigir tais deficiincias.

Organizaç5es diferentes, com diferenciadas

de administraçio da informaçio, tendem a adequar-se a

soluç5es de informatizaçio diferenciadas. Assim, a informatizaçio

de um porto maritimo nio pode ser adotada por um banco

(29)

comercial. já que a adminlstra,io da informaç~o nesses d01S tipos

completamente diferente.

En t \- et ;:'~.n to. or9aniza~5es diferentes, cuj;\\

podedío

adequar-se a solu~5es de informatizaçio semelhantes. Desse modo,

a informatiza~io de um hosPltal (em sua face hoteleira)

tirar proveito da informatiza~io de um hotel.

(30)

----"~----~---111- A evolu~io da administra~io hospitalar e a organiza~io administrativa dos hospitais

Segundo Camargo Teixeira (1989),

h o~:;p i t :'1.1 vem do latim hospitium - que significa lugar onde se

Essr.,: ;.:\ut 0\" faz um breve relato da evoluçio

hist6rica das organizaç5es hospitalares, da Antiguidade aos dias

de ho,j~~.

J'

na Idade Antiga, surgiram construç6es do

tipo hospitalar ao longo das estradas por onde passavam os

como os do Império Romano: nesses locais,

descansavam e os doentes eram tratados. Nessa mesma tpoca

·::.uxg i r:i~.m estabelec im(,wt os semelhantes para o

tratamento de civis, principalmente os portadores de doenças

con t :~.g i 0'::;,1.'::; , como a leI3\"a, que eram isolados do resto da

~:;oc iedade.

Na verdade, esses estabelecimentos ainda nio

se constituíam em hospitais, mas em simples albergues, ou locais

de ref~gio para doentes e necessltados.

Em torno do ano 400 d.C. foi fundado em Ostia,

pr6ximo a Roma, um dos primeiros hospitais de que se tem noticia.

Em i(~i!5 foi i n:'3.uguX::3.do , na In g "1 :~. t e n° ,1. ,

Saint Thom,;I.:. , que ficou famoso pela i mp 1 an t ';l.ç io d ';l.

primeira Escola de Enfermagem.

disponí .... el era suficiente apenas para minorar o sofrimento.

o

f';

pacientes com maiores recursos econ6micos trata .... am-se a domicílio

(31)

Com o aparecimento da medIcina científica, ao

final do século XIX e inicio do XX, o hospital deixa de ser um

simples local de ref~gio para doentes e necessitados para

tornar-se o centro institucional de soluçio para os problemas de sa~de

d ::"~. C omu.n i d ::":1.d 1'2 .

A partir desse momento, o médico passou a

n 1'2 C 1'2 .;:. ';:; i t ::~. 'C d,:,:; infra-estrutura que nio pod:i.".m

deslocadas ~ residência do paciente.

Os c h ".mad ,,:\ ~;;

organizaç5es complexas, que, para atingir suas metas, C l" i ;':\ l" ,,:\ m

".;:, i,;:. t em::"1.·;::. p~:; i c 0'::;·';:;00:: i ::":1. i S 1'2 9 1'2'C l'2n c :i. '':l. i·s •. : •. n :i. c os " ( I<;!\ s t & F,:o~;;(~:n 1.1)(;: :i. 9 ,

metas nio sio estáticas, mas

modificam continuamente ~ medida que a organizaçio interage com o

ambiente. As metas sio reavaliadas constantemente, no intuito de

melhor atingir os objetivos da organizaçio. Essa reavalia~io

tornar-se-á mais difícil ~ medida em que o produto da organiza~io

for "1Y!1'2no's t::lngível e de lTIenSUl",:\Ç~lO objetiva m':l.:i.s d:i.f:í.c:i.l"

( Th omp ';:;on & 1"\ c EI},II'2n, 1987, F'. !.:':;'7' 1 ) .

P a l"'':\ 1,0.) i 1 ~:; C) n (1 <7' 8? ), ' , o ~J lO ,,,- n d (;: h o~:; p i t

"l.

1 P l" o C 1..1. '" ,,:\

preencher um conjunto de finalidades, principalmente o tratamento

do<:-:nt (;:s, o ensino e a pesquisa. A um s6 tempo,

p ::"~.p (.;: 'I. de hotel, de centro de tratamento, de 'l.aborat6rio e de u.ni'v'I'210 ·;:;id::":1.d,'2"

(F'. !596).

A divisio do trabalho no hospital, segundo a

abordagem de Camargo Teixeira (1989), se configura na seguinte

(32)

Conselho Diretivo;

Direçio;

Corpo Clinico composto pelos profissionals de

medlcina que realizam a aten~io m~dica no hospital;

Servi~os de Apoio Clinico (Serviços Auxiliares de

Diagn6stico e Tratamento) - Anatomia Patol6gica. Laborat6rio de

Anilises Clínicas. Radiologia. Eletroencefalografia. Audiometria.

Eletrocardiografia. Hemodinimica. Endoscopia. Medicina Nuclear.

Anestesia, Banco de Sangue. Radioterapia. Medicina Física;

Servi~os T&cnicos - Enfermagem. Farmácia. Nutriçio e

Diet~tica. Serviço Social. Odontologia. Psicologia. Fisioterapia.

Arquivo M~dico e Estatística. Biblioteca; e

Servi~os de Apoio Administrativo Recursos Humanos.

Material, Finanças, Contabilidade, Engenharia e

Hospitalar, Lavanderia, Zeladoria, Transporte, Servi~os Gerais.

Comunica~6es. Assessoria Juridica, Relaç5es P~blicas. Sistemas e

M~todos.

Com relaçio aos Serviços de Limpeza.

Manuten~io e Censo Hospitalar. o Sr. Thomas Busb~ Jordan(1991) e

o Dr. Enio Porto Duarte (1992), opinam que nos EUA, esses

servlços costumam estar unificados no Serviço de Governança

( House-Keeping ).

A diversidade t&cnico-profissional do quadro

de pessoal faz com qu~ no hospital se enfrentem s~rios problemas

de coordena~io e de autoridade. Na verdade. estrutura

organizacional do hospital difere bastante do modelo burocritico

de outras organizaç6es de grande-porte. Ocorre - nos hosPltais

um relacionamento bastante caracteristico entre a autoridade

(33)

-e a autoridade derivada dos conhecimentos - representada pelos

clínicos e outros profissionais de sa~de. Como.consequ@ncia, os

h o·,::.p i t ::~. i .::. ::~.p 1" e·':'f:?:n t ::3.1T1 U.m::l .. e',;; t 1" U. tu. Y' ::~. f o· ... m::~.l <1 1 ~.~ o d i ru. s::~. .:'!: 1.:I.n:i. c,,,. ,.

( Kast

&

Rosenweig, 1987, P. 602 ).

No modelo burocrático dos hospitais

conrigura a tradicional pirimide de autoridade da maioria das

organizaç5es formais, nem se dá uma linha simples de autoridade.

Esta se reparte entre o administrador do hospital, ::~. I::" q U. i p (:::

médica e os demais profissionais de sa~de.

Muito embora os cargos administrativos sejam

belTl delineados, persistem as zonas interraciais, dando origem a

c:onfl itOf';.

Com relaçio ao caráter d ::3. ~,;

organizaç5es hospitalares, Camargo Teixeira ( 1. 98<7' ) ,"o f il"m:::t C)

·,:;(',gu.inte:

o

hospital' uma organizaçio quase burocrática, com

regras e regulamentos para controle do

comportamento e trabalho de seus membros.

o

autoritarismo deve existir em certa dose pelas

pr6prias caracteristicas do hospital. Quando a vida

humana está em jogo, deve-se ter pouca tolerância

para erros e negligências, os quais podem ser

prevenidos por regras formais e disciplina e,

pensando em eficiência máxima, na ausência de um

fluxo continuo de trabalho mecânico, passam a ser

necessários mecanismos de controle mais rígidOS

(uniformidade, limite de segurança, verificaçio de

desempenho) (P. ;::::4).

o

F'enn:J

EUA, 1.990, apresenta a hist6ria dramática do paciente

Leonard Lowe (interpretado pelo ator Robert De Niro), que sofreu

de encefalite na infância, deixando-o no estado catat6nico até a

idade adulta. O filme se baseia numa hist6ria real .

... , .... ,

(34)

o

Dr·. Malcom Sa~er (interpretado pelo ator

Robin Willians) descobre que a droga L-DOPA (hoje utilizada no

tratamento do Mal poderia tirá-lo do estado

c::3.t::~.tôn ico. Com o consentimento da mie do paciente, a droga

&

a titulo experimental ()

aplicado a outros pacientes com quad\-o clínico

semelhante e eles tamb~m reagem aos efeitos da droga.

Aparentemente recuperado, após vários meses de

t \-~. t ::3.men to, o paciente Leonard Lowe solicita autorizaçio do

Conselho de M~dicos para sair do hospital. A autorizaçio

negada, uma vez que os efeitos da droga a longo prazo ainda eram

desconhG:c idos, de modo que os pacientes poderiam sofrer um

retorno i Sindrome Catat8nica (como, de fato, veio a ocorrer,

meses depois, com todos os pacientes que receberam a L-DOPA).

G:nt io, tent ,,:\

abandonar o hospital por seus próprios meios, sendo reprimido ~

fon:a.

Clinico de qualquer hospital, que muitas vezes se vi obrigado a

tomar medidas de cunho autoritário, visando o beneficio dos

próprios pacientes.

Os profissionais que trabalham no hospital

quando devidamente treinados - possuem, como valor preeminente,

os cuidados com o paciente.

E

&

em torno desse valor

pe·::;-:::·I::O::~.·::; ex,,~cut<":l.m profissionalizados

de modo a atingir um fim comum. Se nio contasse

com esse valor supremo, o hospital nio conseguiria operar sem

mecanismos de controle mais formalizados.

(35)

"!o ho~:;p i t ::~.l

. '1' '" I

espeCla lzaçao ce atividades. No que do'::;

p :~.c i en t ~?':; , boa parte dos serviços ~ efetuada pelos m~dicos, qU(;~

necessitam da colaboraç~o dos demais profissionais de sa~de.

A equipe m~dica mant~m uma certa independincia

em relaç~o ~ organizaçio administrativa. Possui uma constituiçio

regras e regulamentos pr6prios. Na maior parte dos

c:~.sos, ::l~; l~ql.J.iI=)(·?S m~dica~:; "constituem C01"POS 'luto·-disc:ipl:i.nado~:;"

( Kast

&

Rosenweig, 1987, P. 603 ).

A coordenaçio de atividades existente dentro

do ho,::.pit::3.1 fica bastante dificultada devido ao alto grau de

diferenciaçio e especializaçio nos cargos. Os profissionais

especializados do hospital trabalham separadamente dos demais;

entretanto, .seus servi,os suplementam-se, entrelaçam-se e

interdependentes dos demais:

Essa profunda interdependincia requer, para que a

organizaç~o funcione com eficiincia e alcance seus

objetivos, que haja uma coordenaç~o correspondente

entre as virias funç5es e atividades especializadas

do grande n~mero de departamentos, grupos e membros

da organizaç~o (Georgopoulos

&

Mann,1987, P.604).

A coordenaçio eficiente n~o pode ser alcançada

por simples imposiçio da hierarquia de uma organizaçio, mas

atrav~s de regras e de regulamentos administrativos, suf:i.c:i.ente~:;

para coordenar a maior parte das atividades programáveis p

E:ntret<.':\.nto. essas regras e regulamentos sio

in su f i c i .~n t e's, por si s6s. para fazer brotar uma coordenaçio

Para tanto, ~ preciso uma coordenaçio voluntária,

(36)

problemas menos comuns e pouco rotineiros:

Para alcançar e conservar uma boa coordenaçio, o

hospital depende muito da motivaçio individual e

dos ajustamentos voluntirios e nio-formais das

pessoas que nele trabalham. Os planos, regras,

regulamentos e controles formais que habitualmente

se encontram nas organizaç5es podem garantir um

mínimo de coordenaçio, mas sio incapazes, por si

s6s, de fazer brotar uma coordenaçio apropriada,

pois apenas uma fraçio de toda a operaçio

coordenadora requerida pela sua organizaçio pode

ser coordenada antecipadamente ( Georgopoulos

&

Mann, 1987, P. 604-605).

Desse modo, o sistema global de valores que d~

sustentaç~o ao bem-estar dos pacientes ~ uma das forças motrizes

em prol de uma coordenaçio voluntária dentro dos hospitais.

Const:ant ine (1981) i n t 1:::)- I::: ';:. ~:' ::~, n tI:','

, 'i '

:~, n :~. 3. ~:; E~ do fluxo de pacientes no hospital: trata-se do conjunto

d ('~' informaç5es médico/administrativas geradas a partir da

permanincia dos pacientes na organizaçio hospitalar,

cargos de internaçio, seja em casos de consulta ambulatorial,

Pode-se extrair desse mesmo autor que o fluxo

de pacientes é fundamental na compreensio de como os serviços

hospitalares sio acionados para atendimento dos pacientes.

Ainda com relaçio ao fluxo de pacientes,

'v'i)- t u<3.1 ment e todas as informaç5es do ambiente

o local de um hospital onde o paciente se encontra, permanente ou

(P. 530), o autor mostra como o fluxo de pacientes pode ser visto

a partir da coordenaçio das relaç5es da Enfermaria com os demais

(37)

A enfermaria nio funciona como entidade aut8noma,

mas integrada num todo maior que j o hospital. Por

conseguinte, há um grande fluxo de informa~5es

entre a enfermaria e os demais setores do hospital. Inicialmente, quando da entrada do paciente, o setor responsável pela admissio deverá designar-lhe

um leito disponível. Da mesma forma, quando da

alta, deverá liberar o leito para nova ocupa~io.

Estabelece-se entio a necessidade de um fluxo de

informa~5es a respeito da ocupa~io de leitos que a

enfermaria tem a co-responsabilidade de manter.

Muitas vezes, isto envolve mais que a mera

comunica~io em tempo hábil da ocupa~io ou

desocupa~io de um leito, uma vez que terá de ser

preparado para receber novo paciente, o que pode

envolver ainda outros setores, responsáveis pela

parte de hotelaria do hospital (P. 531-532).

o

autor prossegue, dizendo que administraç~o

da ocupaçio nio e responsabilidade s6 da admissão, que não

costuma controlar a ocupa~io dos centros cir~rgicos e salas de

(.? ><: ~·~.In Iy? ':;. . Esse controle ~ disperso e encontra soluç5es diversas,

conforme o tipo de hospital.

Para Villela J~nior, a enfermaria tamb~m se

comunica com o almoxarifado e a farmácia, que em muitos hospitais

constituem um ~nico servi~o. O faturamento, por sua vez, depende

da enfermaria para cobrança de diárias e taxas de ocupação de

consumo de medicamentos e de oxig&nio,

<lp<ll-e 1 h o':=, , honorários m~dicos, exames realizados e despesas de

<1.comp<lnhante. nutrição e diet&tica atende

prescriç5es de dieta conforme o estado clinico de cada paciente

e de acordo com os procedimentos proped&uticos e terap@uticos

determinados pelo m~dico naquela enfermaria.

F in ::11 ml?:'n t I;:: I o autor analisa re1aç5es entre

enfermaria e arquivo médico (ou SAME), que ~ o setor responsável

pela guarda adequada dos prontuários m~dicos dos pacientes.

o

fluxo de pacientes, que se procurou analisar

(38)

FLUXO DE PACIENTES

Corpo Clínico

I I I I I

Admissão ou Matrícula ---) Internação

I

---) Alta ou Obito

Consulta Ambulatorial I

I

Internação I

I

Reserva (de Internação) I

Serviços de Apoio Clínico

Serviços de Apoio Administrativo

(39)

Com '( 1'2 1 ::~' ... ~i ()

,

a Figura 1, cabem

o Ambulatório M~dico é visto como uma das Enfermarias do

h osp i t ::~,l , uma vez que o paciente ambulatorial ';:;(~ u t i '1 i :':'?:::3, d 1'2

muitos dos serviços prestados ao paciente internado;

a Internaçio e a Reserva (de Internaçio) s~~o I

ind ividu::3,i'~; a Reserva costuma ser feita no caso de cirurgias

eletivas (agendadas com antecedincia);

o Faturamento das despesas na Conta-Paciente é praticado

principalmente nos hospitais privados, sendo o pagamento feito

pelo próprio paciente, ou por Empresa de Medicina de Grupo

conveniada com o hospital; em a'1guns hospitais da rede p~blica,

como o Instituto Fernandes Figueira - IFF, da Fundaçio Osvaldo

Cruz, faz-se apenas a estimativa das despesas individuais de cada

pacienl:e,

(40)

IV - Administraçio hoteleira

. ..lu I ~3 <":l.ITI(J~:; fundamental introduzir um aspecto

sobre administra~io hoteleira dentro do capitulo de Fundamentaçio

para se poder verificar qual a similaridade existente

entre a administraçio dos hospitais e a dos hotéis

lógica da administraçio da informaçio nos hospitais e nos hotéis.

(1988) faz interessante an~lise da

evolu~io histórica dos hotéis, dos antiquíssimos albergues p

hospedarias até os hotéis convencionais da atualidade.

o

de C <3. r .1C t I::;)" i z:~. ··"Sl::; ,

p r i n c i p :~.l ml::;n t 1"2, pela exist&ncia de um lugar onde os indivíduos

IJO~;;·:;;:~.m )"epou.~:;.:;~.)" le9<:l.lmente, sem serem molestados, I::; no ql..l .• 3.1

tenham seus direitos mínimos preservados.

o

hotel é apenas um dos in~meros lugares onde

os individuos podem hospedar-se.

Os meios de hospedagem jJ existiam muito antes

do aparecimento dos hotéis convencionais de hoje. Ao que parece,

esses meios de hospedagem nio tinham características de atividade

C oml"2)" c i :~.1 .

destinavam a proporcionar alimentaçio, bebid.:\ e,

repouso aos viajantes em geral. Durante o Império Romano,

albergues se desenvolveram bastante, com o nome de tabernas,

( .. Ji::~ n n (i;')" , P. ;::~ i ) .

Mais tarde, surgiram as abadias, que acolhiam

os peregrinos, aqueles que viajavam com o objetivo de visitar os

No ano de 1406, na França, fez-se o primeiro

(41)

registro de h6spedes de que se tem noticia. E, ao final do siculo

primeiro edificio especlalmente construido para funcionar como

o C i t ::i I .. k)t e 1 (~m New Yo,"I< . ..J:á em 1829, con~:;t rói· .. ·~;;I~:, em Boston, o primeiro hotel de luxo nas Am&ricas, o Tremont House.

Na segunda metade do s&cul0 XIX, •• o,:;; h Clt ri:: :i. .;;;

come~aram a adquirir as características que ainda hoje mantim.

Naquela &poca, o importante para os hotéis era a forma de quem

neles se hospedava e o tempo de permanincia (quanto mais tempo,

m.=-lho,"), pois isso assegurava uma regularidade na taxa de

Ji no início do século XX, a hotelaria toma um

grande impulso, devido aos seguintes fatores:

- regulamentaçio das férias trabalhistas;

- valo~iza~io do trabalho assalariado,

poder aquisitivo da popula~io e possibilitando as viagens por

motivo turístico;

encurtamento das distincias, através do surgimento e

desenvolvimento dos meios de transporte, como o autom6vel p

ap6s a 11 Grande Guerra - o aviio;

incremento das vlagenS de neg6cios.

A ind~stria do turismo ocupa hoje, ao final do

século XX, o terceiro lugar dentre as atividades econSmicas mais

importantes do mundo, perdendo apenas para a i n d I.~I. '::; t 1" i <:lo d o

petr6leo e para a ind~stria bélica (Jenner, 1988, P.

ind~stria se encontra em permanente (l·;:; "office hotels"

(Projl:~to, i 99(1, .4i), tamb&m conhecidos como hotéis para

executivos, já sio realidade nos EUA, Inglaterra e França.

(42)

No Brasil, muitos hotéis se estabeleceram por

iniciativa de grupos familiares, chegando mesmo a se constituir

em empresas de administraçio familiar (Jordan, 1991).

Alguns hotéis, hoje em dia, contratam os

servi~os de administraçio hoteleira de outras empresas. Esse i o

caso do Hotel Le Meridien Copacabana, pertencente ao Grupo

privado SISAL, cuja administraçio i feita pelo Grupo Meridien,

de origem francesa.

No modelo burocr'tico dos hotéis configura-se

uma pirimide de autoridade muito bem definida. Os cargos sio bem

delineados, e a atribui~io de responsabilidades i bastante

precisa.

Os profissionais que trabalham no hotel ~

SaO

treinados para bem receber o h6spede. Devem ser serenos p

solicltoS, estando sempre dispostos a atender com cortesia

quaisquer exiggncias que lhes possam ser feitas pelos hóspedes.

Assim como os profissionais que trabalham no

hospital possuem como valor preeminente o bem-estar dos

pacientes, os profissionais que trabalham no hotel buscam o

bem-estar dos h6spedes. Se aqueles o fazem por uma especial vocaçio,

estes devem fazg-Io por exigincia da própria profissio.

Um hotel de médio porte - com 80 a 200

unidades habitacionais, costuma apresentar a seguinte estrutura

organizacional (segundo Jenner, 1988, P. 31-34);

Diretoria

Normalmente é

proprietárlos, ou acionistas. f '

hotel ou a cadeia hoteleira,

filosofia e os objetivos a serem

42

composta pelos

ela que dirige o

estabelecendo a

(43)

Atua dentro da filosofia estabelecida

pela Diretoria, visando atingir e, sempre que

possível, suplantar os objetivos tra~ados. Cabe ao

Gerente Geral dirigir o hotel no dia-a-dia, em nome

dos seus proprietários.

Gerência Executiva

Supervisiona diretamente todos os

setores, sendo um importante elo de ligaç~o entre

estes e o Gerente Geral, que muitas vezes nio disp6e

de tempo para acompanhar mais detalhadamente o

trabalho de cada área.

E' o setor responsável por todo o

controle dos produtos que estio sendo utilizados

(principalmente alimentos e bebidas), e respectivas

comandas, notas de venda ou autoriza~io.

Recepç~o, Portaria e Reservas

A recepçio ~ a porta de entrada do

hotel. Li o h6spede ~ recebido, cadastrado e lá

escolhe o apartamento onde se hospedari.

Na portaria, o hóspede deixa as chaves

quando sai a passeio ou a negócios. Lá tamb~m obtém

informaç5es sobre a cidade.

1'.10 set OI" de I"E~f:',el"VaS, "vende'-~:;I:"~" o

hotel antecipadamente. E' desejo do hotel reservar

com antecedincia o maior nómero de apartamentos que

lhe for possível.

Harketing e Vendas

Devem elaborar toda a estratégia de

marketing a ser desenvolvida pelo hotel, de modo que

(44)

Alimentos e Bebidas

Co~;; t UITI,:\ ~:;(~\" o segundo (~m

dentro de um hotel.

::3.(-;:;) co:a:inh;:.l.(s), o(s) rest<':I.I..f.n3.nt,;?(s), o(s) b::':I.n~·(~;),

os banquetes, os coquet&is e o room service (serviço

que provi alimentaçio e bebida nos próprios

apartamentos onde se encontram hospedados os

hósP(~:d~;) .

Deve cuidar do hotel para que ele

esteja s€mpre limpo, arejado, perfumado e com todos

os equipamentos funcionando perfeitamente. A

Governan~a dirige as supervisoras, que controlam e

fiscali:a:am todo o trabalho das arrumad€iras (limpam

os apartamentos e os corredores).

Tamb~m & respons'vel pela manutençio

(que, nos hot~is, deve ser, sempre que possív€l,

preventiva ) e pela lavanderia, onde sio lavadas e

passadas as roupas de cama, mesa e banho do hotel.

os uniformes dos funcion'rios e as roupas dos

hó~;pedes .

Compras e Almoxarifado

comp\"a~:; do

o

Setor d€ Compras centrali:a:a todas as

hotel, visando conseguir produtos

melhor€s a preços menores.

No almoxarifado

produtos nio pereciveis, de modo o bom funcionam€nto do hotel.

RE:C u r ~;o~; Human (J~:;

contratar, demitir, treinar e

salarial a ser adotada no hotel

fl..f.nc ioná\" ios.

44

~;;ão (;~st()CadC)~5

que IH\d.:\ f,:\ 1 t (~:

os p;;I.\" a

cabe selecionar,

propor a política

Referências

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