www.rbceonline.org.br
Revista
Brasileira
de
CIÊNCIAS
DO
ESPORTE
ARTIGO
ORIGINAL
Percepc
¸ão
organizacional
dos
trabalhadores
de
um
complexo
esportivo
de
Santa
Catarina
Ketrin
Bareta
a,
Cíntia
de
la
Rocha
Freitas
a,∗e
Gabriela
Dalsasso
Ricardo
baDepartamentodeEducac¸ãoFísica,CentrodeDesportos,UniversidadeFederaldeSantaCatarina,Florianópolis,SC,Brasil bSecretariaMunicipaldeEducac¸ão,PrefeituraMunicipaldeFlorianópolis,Florianópolis,SC,Brasil
Recebidoem19denovembrode2011;aceitoem19dedezembrode2012 DisponívelnaInternetem23dejaneirode2015
PALAVRAS-CHAVE
Gestãoesportiva; Percepc¸ão organizacional; Instalac¸ões esportivas; Gestãopública
Resumo Esteestudoobjetivouidentificaroíndicedepercepc¸ãoorganizacionaldos trabalha-doresdoComplexoAquáticodaUniversidade FederaldeSantaCatarina(UFSC).Usou-seum questionáriodeculturaequalidadeadaptadodeVaitsmanetal.(2000),aplicadoem professo-res,bolsistaseoutrostrabalhadores.Osresultadosencontradosforaminsatisfatórios(abaixo de0,6)paraasvariáveisinfraestruturaegestãoemduascategoriasdetrabalhadorese insa-tisfatóriosparaasvariáveisclimaorganizacionaleculturaemumadascategoriasavaliadas. Crê-sequeestetrabalhopossaesclareceropapeldogestoresportivo,mostrarqueécabível aoprofissionaldeeducac¸ãofísicaplanejar,organizar,dirigirecontrolarinstalac¸õesesportivas. ©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todosos direitosreservados.
KEYWORDS
Sportsmanagement; Organizational perception; Sportsfacilities; Publicmanagement
OrganizationalperceptionofworkersofasportingcomplexfromSantaCatarina
Abstract ThisstudyaimedtoidentifyorganizationalindexofperceptionfromUFSCAquatic Complexworkers.AnadaptedquestionnairebyVaitsmanetal.(2000)ofCultureandQuality wasappliedtoteachers,scholarsandotherworkers.Resultswereunsatisfactory(below0.6) for theinfrastructureandmanagementvariablesintwo categoriesofworkersandpoorfor variablesorganizationalclimateandcultureinoneofthecategoriesevaluated.Itisbelieved thatthisworkmayclarify therole ofsports manager,showingthatitisappropriatetothe physicaleducationprofessionalconductplanning,organization,directionandcontrolofsports facilities.
©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrights reserved.
∗Autorparacorrespondência.
E-mail:cintiadelarocha@gmail.com(C.delaRochaFreitas). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2012.12.001
PALABRASCLAVE
Administración deportiva; Percepción organizacional; Instalaciones deportivas; Administración pública
Percepción organizacional de los trabajadores de un complejo deportivo de Santa Catarina
Resumen Elobjetivodelestudiofueidentificarelíndicedepercepciónorganizacionaldelos trabajadoresdelComplejoAcuáticodelaUniversidad deSanta Catarina.Seutilizóun cues-tionarioCulturayCalidadadaptadodeVaitsmanetal.(2000),quefueaplicadoaprofesores, estudiantesyotrostrabajadores.Losresultadosfueroninsatisfactorios(pordebajode0,6)para lasvariablesinfraestructurayadministraciónendoscategoríasdetrabajadoresy insatisfacto-rioparalasvariablesclimayculturaorganizacionalenunadelascategoríasevaluadas.Secree queestetrabajopuedeaclararelpapeldeldirectordeportivo,demostrandoqueesapropiado paraelprofesionaldeeducaciónfísicahacerlaplanificación,organización,direcciónycontrol delasinstalacionesdeportivas.
©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todoslos derechosreservados.
Introduc
¸ão
A gestão esportiva é um conjunto de ac¸ões que obje-tivam sistematizar o desenvolvimento de atividades em instalac¸ões esportivas a fim de promover a prática efici-entedaatividadefísicae doesporte(Soares,2005).Se a organizac¸ão esportiva for proveniente do setor público, a administrac¸ão dessas instalac¸ões é chamada de gestão esportivapública(Pimentaetal.,2006).
Essa func¸ão podeserdesempenhadapelos profissionais deeducac¸ãofísica,vistoquecompeteaelescoordenar, pla-nejar,avaliar,prestarservic¸osdeconsultoriaeadministrar atividadesnasáreasdaatividadefísica,doesportee simila-res(Confef,2011).Osprofissionaisqueintervêmnagestão deempreendimentosrelacionadosaessasatividadespodem usarmétodosnaorganizac¸ãoeadministrac¸ãodosrecursos comobjetivodepromoverumapráticaesportivaeficiente (Cref/SC,2011).
Considerandoaimportânciadagestãoesportiva,é neces-sário fundamentar o trabalho do gestor nos diferentes âmbitosorganizacionais,tendoemvistaquetransformac¸ões sociais,culturaisetecnológicasvêmdeformacadavezmais rápida,impactamaestruturaeodesempenho notrabalho emqualquertipodeorganizac¸ãoe,decertaforma,exigem mudanc¸aseajustes,quegeramnovasexpectativas, deman-das e atitudes dos trabalhadores (Borges-Andrade et al., 2000).
Durante as últimas décadas, diferentes implementos foramcriadosparaavaliaraqualidade,tantocomrelac¸ão à percepc¸ão subjetiva como aos aspectos mais objetivos (Romoetal.,2010).Umapartedagestãoesportivaqueestá emdesenvolvimentoéaanálisedesatisfac¸ãodosusuáriose aqualidadedosservic¸osprestados(Calabuigetal.,2008).
Para se analisar a qualidade dos servic¸os oferecidos é importanteconsideraraspectosrelevantesparaaquelesque protagonizamaprestac¸ãodeservic¸o,ouseja,os trabalha-dores.Afinal,dentrodasorganizac¸õesocomportamentodas pessoasbaseia-seemsuaprópriapercepc¸ãodarealidade,e nãonarealidadeemsi(Robbins,2003).
A percepc¸ão organizacional compreende os proces-sos pelos quais indivíduos interpretam e organizam suas sensac¸ões e buscam dar sentido ao ambiente (Robbins,
2003). Por ser importante para o desempenho individual, temconduzidopesquisadoresaestudarsuasvariáveis(Rego et al., 2004). Vaitsman e Farias (2002) colocam que a percepc¸ãoorganizacionalenvolveacompreensãodacultura edoclimaquepermeiaoambienteorganizacional,alémde aspectosqueavaliamainfraestruturaeaadministrac¸ão.
Tendo em vista a necessidade de qualificar o trabalho dogestoresportivoeminstalac¸õesesportivaspúblicas,este estudotem comoobjetivo analisaro índice de percepc¸ão organizacionaldostrabalhadoresdeumcomplexoesportivo deSantaCatarina.
Material
e
métodos
Trata-sedeumestudo descritivo-exploratório (Gil,1991), desenvolvido no Complexo Aquático da UFSC (CAqUFSC), aprovadopeloComitêdeÉticalocal,processono1852/11, e adequado às normas éticas exigidas pela Resoluc¸ão n◦
466/2012, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que incluemaobrigatoriedadedaobtenc¸ãodotermode consen-timentolivreeesclarecido,porescrito,decadaparticipante e observara voluntariedade da participac¸ão na pesquisa, aconfidencialidadedos dadosobtidose apossibilidadeda desistênciadeparticipac¸ãonoestudoaqualquerhoraepor qualquermotivo,semqualquerprejuízoparaos participan-tes.
A UFSC é uma instituic¸ão que tem autonomia admi-nistrativa, estruturada por departamentos e unidades universitáriasquecompõemcentrosdeensino(UFSC,2004). O Departamento de Educac¸ão Física é o órgão dentro da UFSC responsável pelas atividades de pesquisa, ensino e extensãono campoda educac¸ão física, formado por pro-fessores e servidores que trabalhamjunto com alunos na organizac¸ão de espac¸os de produc¸ão e socializac¸ão do conhecimentocientíficopormeiodosnúcleosdepesquisa, doslaboratórios,das aulasteórico-práticase dosprojetos deextensão,inclusivenoCAqUFSC(Oleias,2010).
letivos;éo localonde sãodesenvolvidosprojetos de pes-quisadegraduac¸ão,mestradoedoutoradosobreatividade física especial, saúde, prescric¸ão e avaliac¸ão de ativida-des físicas aquáticas e treinamento esportivo; e também oferece espac¸o para o ensino das modalidadesesportivas aquáticas e disciplinas de educac¸ão física curricular de formaoptativa aosestudantesdaUFSC (CDS,2002).Além disso,oCAqUFSCécoordenadoporumservidor,docenteou técnico-administrativo,designadopeladirec¸ãodaunidade. CabeaocoordenadordoCAqUFSCsupervisionaras ativida-desdesenvolvidasezelarpelocumprimentodasnormasde funcionamentodapiscina(CDS,2002).Observando-seas ati-vidadesquesãodesenvolvidasnoCAqUFSCeanecessidade deseanalisaro funcionamentodessainstalac¸ão esportiva pública,foram convidados a participar da pesquisa todos ostrabalhadores do CAqUFSC.Foi considerado trabalho o exercíciodeocupac¸ãoremuneradaemdinheiro,produtos, mercadoriasoubenefíciosnaproduc¸ãodebenseservic¸ose oexercíciodeocupac¸ãosemremunerac¸ãonaproduc¸ãode benseservic¸os,desenvolvidadurantepelomenosumahora semanalcomoaprendizouestagiário(IBGE,2001).
Dessaforma,sãoconsideradostrabalhadoresdoCAqUFSC osprofessoresquetêmdisciplinas ministradasnaspiscinas docomplexo;osalunosmonitorese/oubolsistasvinculados a tais disciplinas; os professores que estavam desenvol-vendopesquisasduranteoperíododecoletadedados;os alunosbolsistas e/oumonitores vinculadosa taisestudos; osprofessores que tinham projetode extensão em anda-mento no complexo; todos os seus respectivos monitores e/oubolsistas; os trabalhadores técnico-administrativose osterceirizados.
A amostrafoi obtida pelos critérios dadisponibilidade e acessibilidade, deu-se de forma intencional não proba-bilística (Maguire et al., 1989). Foram excluídos aqueles indivíduosquenãoestavamdiretamenteenvolvidoscomas atividades desenvolvidas no complexo e aqueles que não tinhamvínculocomoCDS.
O instrumento usado no estudo foi um questionário sobre cultura e gestão de qualidade que identifica a percepc¸ão organizacional por meio de quatro dimensões (gestão, clima organizacional, cultura organizacional e infraestrutura)adaptado de Vaitsmanet al. (2000)e dis-ponívelnaCoordenac¸ãodeDesenvolvimentoTecnológicoda EscoladeGovernoemSaúde,daENSP/Fiocruz(email: esc-gov@ensp.fiocruz.br).
Aaplicac¸ãodessequestionáriopermitiuaconstruc¸ãode umíndicedepercepc¸ãoorganizacional(IPO)quequantifica osaspectosqualitativosdecadaumadasdimensões.Ouso doíndice justifica-se porter umaalta capacidadede sín-tese,podeaumentarapossibilidadedesefazeremanálises comparativasentrepaíses,regiões,organizac¸õesesetores (Vaitsmanetal.,2002).
OIPOtemtrêsblocosetotaliza141questões.Oprimeiro bloco(65 questões)é sobre setorde trabalho,o segundo (64questões)sobrepercepc¸ãogeraleoterceiro(12 ques-tões)arespeitodascaracterísticasdostrabalhadores,oque possibilitou agrupar o resultado em categorias e identifi-carcaracterísticascomunsdegruposdetrabalhadores,por func¸ãoeperíododetrabalho,entreoutros.
O IPO varia de 0 a 1 e osvalores mais próximos de 1 sãoosresultadospositivos.Conformeaanálisequalitativa feitapormeiodaelaborac¸ãodoquestionário,considera-se
queosvaloresmenoresdoque0,60refletemsituac¸ões insa-tisfatórias(Vaitsmanetal.,2003).
A partir das respostas obtidas com a aplicac¸ão do questionário, foram gerados índices relativos às quatro dimensões da percepc¸ão organizacional e suas respec-tivas variáveis: infraestrutura (equipamentos, materiais, instalac¸ões, seguranc¸a); gestão (desenvolvimento de RH, preocupac¸ãocomosusuários,cargadetrabalho,qualidade dagestão,autonomia,remunerac¸ão);climaorganizacional (comunicac¸ão, participac¸ão,satisfac¸ão dos trabalhadores, cooperac¸ãoeintegrac¸ão)ecultura(meritocracia, universa-lismo).
Asvariáveisautonomiaeremunerac¸ãonãoentraramnos valoresdoIPO.Aremunerac¸ãofoiexcluídaporquenão cons-titui umaavaliac¸ão que se refere ao CAqUFSC, tendoem vistaquedependedapolíticasalarialadotadapela universi-dade.Avariávelautonomiatambémfoiexcluídaemfunc¸ão danecessidadedeseanularemduasperguntascujo enunci-adopareceunãoterficadosuficientementeclaro(Vaitsman etal.,2002).
A elaborac¸ão do índice foi dividida em três etapas. Aprimeiracompreendeuo cálculodoescore decada per-guntae,nessecaso,gerou-seumescoredecadapergunta apartirdafrequênciarelativacomquecadaresposta apa-receu.Asegundapartecompreendeuocálculodovalordo escoreparacadavariável,noqualsetransformouo valor doescoreemumvalorentre0e1,querepresentaoíndice decadavariávelabordadaacima.Porfim,aterceiraparte daconstruc¸ãodoíndicefoiocálculodoIPO/dimensõese, paraisso,fez-seamédiaaritméticadoIPOdasvariáveisque compõemcadadimensão(Vaitsmanetal.,2003).
Resultados
Participaram do estudo 46 trabalhadores do CAqUFSC e obteve-se umataxa derespostade 86%. Observou-se que 63% (n=29) erambolsistas/monitores,22% (n= 10)eram professorese15%(n=7)eramdasoutrascategorias.Quanto ao sexo,57% (n=26)eramdo masculinoe 43% (n=20)do feminino.
Entreosbolsistas/monitorestodoscursavamgraduac¸ão em educac¸ão física e dividiam as func¸ões de monito-res/bolsistasdaextensão,dedisciplinasdocursoeestágio obrigatório.Observou-seque48%(n=14)exerciamoutra ati-vidaderemunerada,alémdadesenvolvidadocomplexo,e desses 50%(n=7)ganhavam maisdoqueo valorrecebido noCAqUFSC.Emrelac¸ãoaotempodetrabalho,34%(n=10) tinhammenosdeumanonocomplexo.
Entre os professores, 50% (n=5) tinham doutorado, 20% (n=2) mestrado, 20% (n=2) especializac¸ão e 10% (n=1)aperfeic¸oamento.Nenhumdosprofessores desenvol-viaoutraatividaderemunerada,alémdeseuvínculocomo CDSdaUFSC.Observou-seque50%(n=5)tinham55anosou mais.Comrelac¸ãoaotempodetrabalho,40%(n=4) desen-volviam atividades havia 20 anos ou mais. A maioria dos professores(80%,n=8)coordenavaprojetosdeextensãoe entreeles40%(n=4)faziamprojetosdepesquisa.
(n=5)primeirograuincompleto.Entreessestrabalhadores 30%(n=2)faziamoutraatividaderemuneradaeganhavam maisdoqueovalorrecebidonoCAqUFSC.Identificou-seque 54%(n=3)trabalhavamnolocalhaviamaisde20anos.
Osvaloresdoíndice depercepc¸ãoorganizacional(IPO) obtidos em cada uma das dimensões de acordo com as categorias de profissionais são apresentados na tabela 1. Amelhoravaliac¸ãodapercepc¸ãoorganizacionaldoCAqUFSC ocorreu entre os trabalhadores da categoria outros, que compreendeosservidorestécnico-administrativoseos ter-ceirizados. Já com relac¸ão às dimensões, os melhores resultadosforamencontradosnasdimensõesclima organi-zacionalecultura,paratodasascategorias.
Osvaloreseaclassificac¸ãodoIPOparacadavariáveldo estudosegundoascategoriasdetrabalhadoressão apresen-tadosnatabela2.Observa-sequeosresultadosconsiderados insatisfatórios(abaixo de0,6)foramencontradosem sete das14 variáveisanalisadas pelosprofessores,em seis das 14variáveisentreosbolsistaseapenasemduasde14para acategoriaoutros.Asvariáveisinstalac¸õeseseguranc¸a,da dimensãoinfraestrutura, asvariáveisdesenvolvimento de RHequalidadedagestão,dadimensãogestão,eavariável comunicac¸ão,dadimensãoclimaorganizacional,foramas quetiveramresultadonegativoemduasdastrêscategorias (tabela2).
Discussão
Apartirdosresultadosobtidosépossívelavaliarapercepc¸ão dostrabalhadoresdoCAqUFSC,tendoemvistaaimportância dessainstalac¸ãoesportivaparaacomunidadelocaleparaa formac¸ãodoconhecimentoacadêmico.
OCAqUFSCenvolve basicamentetrêsdiferentesgrupos deprofissionais.Osalunosdegraduac¸ão(bolsistas, monito-rese estagiários), queestão há poucotempoinseridosna organizac¸ãoeobjetivam, alémdaprestac¸ãodeservic¸o,o aprimoramentoprofissional,educacional,culturale cientí-ficopormeiodaextensãouniversitária.Portanto,podemou nãoexerceroutrasatividadesremuneradas alémdaquelas desenvolvidasnoCAqUFSC.
Outro grupo envolve os professores do CDS que, em meioasuadedicac¸ãoexclusivaàuniversidade,optarampor desenvolverprojetosdeextensão,ministrardisciplinase/ou fazerpesquisasdentrodoCAqUFSC.Esses,geralmente,têm maisestabilidadeemsuasfunc¸õeseumtempomaiorde tra-balhodentrodocomplexoedauniversidade,oquetambém é comum ao terceiro grupo de indivíduos doestudo, que envolve osdemais servidores públicos e os terceirizados. Essacategoriaéresponsávelpelamanutenc¸ãodoCAqUFSC, alémdocontroledohoráriodefuncionamento,darecepc¸ão edalimpezadolocal.Otempodetrabalhovariadeacordo com cada func¸ão e em geral sãoprofissionais com menor níveldeinstruc¸ão.
Observou-sequeosresultadosinsatisfatórios(abaixode 0,6)foramencontradosemduasdastrêscategoriasde tra-balhadoresparaasdimensõesinfraestruturaegestão.Para adimensãoinfraestrutura,quatrovariáveisforam analisa-das (equipamentos, materiais, instalac¸ões e seguranc¸a) e as que obtiveram os piores resultados, em duas das três categoriasforamasvariáveisinstalac¸õeseseguranc¸a.
OsvaloresdoIPOencontradosparaavariávelinstalac¸ões podem ter mascarado os pontos mais deficitários do
CAqUFSC.Issoporque aos respondentes foisolicitado que fizessemuma avaliac¸ão de sete quesitos componentes da variável em questão: limpeza, temperatura, ventilac¸ão, espac¸oparaotrabalho,mobiliário,barulhoeiluminac¸ão. Esses quesitos apresentaram diferenc¸as consideráveis no valor decada escore e no momentode compor o IPO da variávelapresentaram o mesmo peso. O quesito barulho, porexemplo,teveapioravaliac¸ãoempraticamentetodos oslocais paratodasascategorias.E comrelac¸ãoàs ativi-dadesdesenvolvidasnointeriordoCAqUFSCparecemseras aulasdehidroginásticaaatividadedemaiorinfluênciaparaa avaliac¸ãonegativa.Issoporquediariamentesãoministradas aulasmuito próximo à entrada do CAqUFSC e aos vestiá-rios,commúsicasemvolumealtoeparaumgrandenúmero dealunos.Além disso, nomesmo ambientenoqual acon-tecemasaulasdehidroginástica sãodesenvolvidas outras atividades,comotreinosdenatac¸ão,aulasteórico-práticas docursodeeducac¸ãofísica,pesquisasnolaboratóriode neu-rociênciadoesporte,reuniõesnassalasdosprofessores,sem contarograndenúmerodepessoasqueusaasdependências doCAqUFSCcomoambientedesocializac¸ãoeintegrac¸ão.
Comrelac¸ãoàseguranc¸aanalisou-seapresenc¸ade roti-nasparaaprevenc¸ãodeacidenteseincêndios,aexistência demeiosparaevitaracontaminac¸ãoegarantiraseguranc¸a pessoalcontraroubos,agressõesetc.Osresultadosapontam paraa faltadeconhecimentoporparte dostrabalhadores com relac¸ão a todas essas rotinas, que sãofundamentais para as organizac¸ões. A seguranc¸a pode garantir o con-trole de doenc¸as ocupacionais e diminuir os riscos de acidentesdetrabalho(Kretly,2002).Nocasoespecíficode complexosaquáticos,afaltaderotinasdeseguranc¸apode levar os trabalhadores a adquirirem reac¸o˜es orgânicas e alérgicasdecorrentesdocontatodireto comaágua, além dodesenvolvimentode doenc¸as transmitidaspor ingesta˜o deágua,comohepatites,salmonelas,gastroenteritesetc., e/oucomsubstânciasto´xicas(Vasconcelosetal.,2011).
Nãoforamencontradosestudosna literaturaque abor-dem a percepc¸ão de trabalhadores em piscinas e/ou complexosesportivoscomrelac¸ãoaqualquerdasvariáveis quecompõemadimensãogestão.
Santana (1986) define que o desenvolvimento de
RH envolve aspectos ligados à preparac¸ão técnica e capacitac¸ão,alémdaquelesreferentesàdinâmicade traba-lhoeaosproblemasrelativosàgestão.Porém,aabordagem desteestudo englobouapenasasoportunidadesde treina-mento,aavaliac¸ãoeoaproveitamentodoscursose,dessa forma,nãofoipossívelestabelecerrelac¸ões.
VaitsmaneFarias(2002)discutemosdadosobtidoscom
Tabela1 ValoresdoIPOobtidosparacadaumadasdimensõesdeacordocomascategoriasdeprofissionais
Dimensões ValoresobtidosdoIPO---ComplexoAquáticodaUFSC
Bolsistas Classif. Professores Classif. Outros Classif.
Infraestrutura 0,50 Ruim 0,49 Ruim 0,67 Regular
Gestão 0,54 Ruim 0,56 Ruim 0,70 Bom
Climaorganizacional 0,59 Ruim 0,66 Regular 0,81 Muitobom
Cultura 0,56 Ruim 0,74 Bom 0,87 Muitobom
de0,54paraosfuncionáriosdaáreadasaúdedenível supe-riore0,79paramédicosepesquisadores,enquantoqueo IPOdoCAqUFSCvariou de0,34parabolsistas e0,62para
professores.Essesvalorestraduzemafaltade oportunida-desdetreinamentoe,principalmente,onãooferecimento decursosparaostrabalhadoresdoCAqUFSC.Somentepara acategoriabolsistas,maisde40%afirmaramnuncaterem sidooferecidoscursosemseusetordetrabalho(projetos)e outros48%afirmaramtersidoinsuficienteafrequênciana qualsãooferecidosessescursosetreinamentos.
A avaliac¸ão das variáveis preocupac¸ão e carga de tra-balhoparaostrabalhadoresdoCAqUFSCfoisatisfatória.A preocupac¸ãocomosoutrosfuncionários,aconsiderac¸ãodas necessidadese expectativas dos usuáriose o bom atendi-mento,alémdeterem sidorelatadospelostrabalhadores, sãofacilmentevisualizadosnodiaadiadaorganizac¸ão.Com relac¸ãoàcargadetrabalho,apenasnacategoriaprofessores
houveumresultadoruim.Esseresultado podeseroriundo dacargadetrabalhogeradaporumconjuntodeatividades desenvolvidasporeles,enquantotrabalhadoresdoCDS.
Algumas dificuldades encontradas no dia a dia da organizac¸ãosãosemelhantesàsapontadasporPires(2002),
Lima(2006) e Rebelo (2010), que estudaram a gestão de
piscinassobdiferentesaspectos.
Pires(2002)defineque mesmoqueaspiscinaspúblicas
nãotenhamcomo objetivo primordialo lucro, devemser geridasdeacordocomosprincípiosdagestão,organizac¸ão
e estratégia empresarial comcontrole e avaliac¸ão, o que nãofoiobservadoemseuestudo,assimcomotambémnão é observado noCAqUFSC. Oentendimento dosprincípios, dosobjetivosedasmetasdosetoréumadasfunc¸ões admi-nistrativasabordadasporChiavenato(2004),oqualdefende atesedequeaformulac¸ãodamissãodaorganizac¸ãooude umsetordela,aformulac¸ãodosobjetivos,adefinic¸ãodos planose aprogramac¸ão dasatividades devemfazerparte doplanejamentodasorganizac¸ões.
Rebelo (2010), ao efetuar a análise da concepc¸ão, da
construc¸ãoedofuncionamentodeumapiscinapública,por meiodeumestudodecaso,constatouqueumadas dificulda-desdagestãodepiscinaspúblicaséoexcessodeburocracia. Emseuestudo,ofatodeainstalac¸ãodesportivanãoterum orc¸amentoautônomo,osrecursoshumanosseremalocados pelopoderpolíticoeafeituradeeventosouservic¸os opci-onaisdependeremdeautorizac¸õeshierárquicasdificultoua gestão diáriadainstalac¸ão.Acredita-seque esse compor-tamentotambémpodeserobservadonoCAqUFSC,noqual ostrabalhadorestêmbaixaautonomiaeafeiturade qual-querevento,projetooumudanc¸adependeexclusivamente daautorizac¸ãoda direc¸ão doCDS, quemuitas vezes nem temconhecimentodocaso.
Noestudo,asdimensõesclimaorganizacionalecultura tiveram índices melhores em todas ascategorias. Apenas quando analisadasasvariáveis separadamentepercebe-se que para a variável comunicac¸ão do clima organizacional
Tabela2 ResultadogeraldoIPOdecadavariávelorganizacionaleclassificac¸ãodeacordocomascategoriasprofissionais
Variáveis ValoresdoIPOeclassificac¸ão
Bolsistas Classif. Professores Classif. Outros Classif.
Equipamentos 0,64 Regular 0,57 Ruim 0,64 Regular
Materiais 0,70 Regular 0,48 Ruim 0,80 Bom
Instalac¸ões 0,43 Ruim 0,61 Regular 0,56 Ruim
Seguranc¸a 0,21 MR 0,28 MR 0,66 Regular
Desenv.deRH 0,34 MR 0,62 Regular 0,36 MR
Preocupac¸ão 0,64 Regular 0,67 Regular 0,84 MB
Cargadetrab. 0,73 Bom 0,50 Ruim 0,86 MB
Qlde.dagestão 0,43 Ruim 0,46 Ruim 0,76 Bom
Comunicac¸ão 0,26 MR 0,55 Ruim 0,64 Regular
Participac¸ão 0,70 Regular 0,83 MB 0,88 MB
Satisfac¸ão 0,73 Bom 0,72 Bom 0,89 MB
Cooperac¸ão 0,65 Regular 0,53 Ruim 0,83 MB
Meritocracia 0,41 Ruim 0,70 Regular 0,80 Bom
Universalismo 0,70 Regular 0,77 Bom 0,94 Excelente
osresultadosforaminsatisfatóriosparaduasdastrês cate-gorias.Sugere-seque essefatotenhaocorridojustamente pelafaltadeligac¸ãoentreosmembrosdamesmacategoria, oquenãotraduzumaanálisetotalmentenegativa,apenasé umacaracterísticadacategoria,tendoemvistaqueos pro-jetos em que osbolsistas/monitores estão inseridos, bem como seus coordenadores, func¸ões e, consequentemente, metodologiasdetrabalho,sãodiferentesenãotêmrelac¸ão. Também com relac¸ão ao clima organizacional, a par-tirdoresultadodoIPOdasdemaisvariáveis(participac¸ão, satisfac¸ão e cooperac¸ão), pode-se afirmar que o conhe-cimento dos mecanismos não econômicos e físicos da organizac¸ão, previsto por Lobo (2003), pode, a partir do aumento de algumas variáveis que interferem no clima organizacional, contribuir para o melhor desempenho do CAqUFSC. Isso significa que o aumento da participac¸ão dos bolsistas, com maiorestímulodo trabalho em equipe peloscoordenadores,comaumentodonúmeroequalidade de reuniões, aumento geral da cooperac¸ão e incentivo à participac¸ãoeaumentodaintegrac¸ãodosprojetospormeio de professores e bolsistas, é provável que promova um climamaisparticipativoe,consequentemente,oaumento da qualidade e da percepc¸ão do clima organizacional do CAqUFSC.
Vários estudos na área da psicologia organizacional e administrac¸ão preocupam-se em analisar o clima organi-zacionaldemaneiramaisdetalhada.Martinsetal. (2004)
construíram um instrumento para identificar os aspectos que influenciam no clima organizacional e identificaram que esses aspectos podem variar de acordo com cada empresa,porémalgunssãocomunsatodasasorganizac¸ões.
Laros e Puentes-Palacios (2004) validaram uma escala de
componentes do clima organizacional com sete fatores de primeira ordem e um fator geral de segunda ordem.
Puente-Palacios e Freitas (2006) fizeram uma análise da
definic¸ão de clima organizacional e seus componentes e, entre outros, abordaram autonomia, satisfac¸ão, compro-metimento, motivac¸ão, qualidade da lideranc¸a, apoio ao desempenho, cooperac¸ão, clima participativo, inovac¸ão, reconhecimentoevalorizac¸ão.
Com relac¸ão aopresenteestudo,nãofoipossível iden-tificar e analisar todos os fatores que envolvem o clima organizacional.Portanto,paraumamelhoravaliac¸ãodessa dimensão,sãonecessáriosnovosestudos.
Quandodiscutidaadimensãocultura,éimportanteque não sejam feitas generalizac¸ões, afinal foram analisadas apenasasvariáveis universalismo,que envolve orespeito comoqualosfuncionáriossãotratados,independentemente doseucargo;ofavoritismodochefeporalgunsfuncionários; apossibilidadedeseconseguiresquemaparanãocumprir horário; a influência que privilégios têm no trabalho em equipe;aigualdade deregrasedecumprimento de horá-rios;a estabilidade dos funcionáriospúblicos e a variável meritocracia,naqualostrabalhadoresresponderamsobre apercepc¸ãoacercadavalorizac¸ãodotrabalhofeitapeloseu chefe/coordenador,sobreoreconhecimentodeacordocom ocomprometimentocomotrabalhoesobreaavaliac¸ãodo desempenhodosfuncionários.
Dessa forma, sugerem-se novos estudos que abordem outras variáveis da cultura organizacional, pois o estudo dessa oferece parâmetros para o entendimento do com-portamento da organizac¸ão, visto que as pessoas que se
dedicam às organizac¸ões transportam não apenas seus conhecimentos técnicos, mas também características de suaspersonalidades.
Crozatti(1998)analisaainterac¸ãoentreacultura orga-nizacionaleosmodelosdegestãoeconcluiqueosmodelos degestãosãoosprincipaisformadoresdaculturaedevem sempreprivilegiarosprincípios,osvaloreseascrenc¸asque formama identidadede grupo.Ao mesmo tempo, devem propiciar um ambiente favorável para discussões e surgi-mentodeideiaspormeiodaharmoniaentreosinteresses daorganizac¸ãoedeseustrabalhadores.
Nãoforam encontradosestudosque analisassem a cul-tura em organizac¸ões esportivas oucomplexos aquáticos.
Pires e Macedo (2006) estudaram a cultura
organizacio-nal em organizac¸ões públicas noBrasil e concluem que o desenhoorganizacionalpu´blicobrasileirogeralmente apre-senta formas complexas e ni´veis hierárquicos mu´ltiplos. Algumas características, como o excesso de burocracia, a interferência política, o autoritarismo e a aversão ao empreendedorismo, podem ser encontradas em muitas organizac¸ões(Piresetal.,2006).
Entre as limitac¸ões do estudo coloca-se a escassez de materialnaliteraturasobreoassunto,nãoapenasnaárea daeducac¸ãofísica,mastambémnapsicologia organizacio-nalenaadministrac¸ão.Outradificuldadeestárelacionada à terminologia usada noestudo. Notou-se que a falta de intimidadedostrabalhadoresdoCAqUFSCcomostermosdo questionárioesuaprópriarelac¸ãocomasatividades desen-volvidasdificultaramoentendimentoe,portanto,algumas respostaspodemnãotertidoumaltograudeconfiabilidade.
Conclusão
Este estudo analisou o índice de percepc¸ão organizacio-naldostrabalhadoresdoComplexoAquáticodaUFSC,nas dimensões infraestrutura, gestão, clima organizacional e cultura distribuídos em três categorias de trabalhadores (bolsistas, professores e outros). Em relac¸ão à infra-estrutura e à gestão observaram-se IPOs com valores considerados ruins por parte dos bolsistas e professores. Oclimaeaculturaorganizacionalapresentaramvaloresde IPOdiferentesparaastrêscategorias,quevariaramderuim amuitobom.
Isso demonstra que a percepc¸ão organizacional varia deacordocomasfunc¸ões desenvolvidasnoCAqUFSCe as sensac¸õesdecadaum. Emgeral, oCAqUFSCaparentaser umaorganizac¸ãocomumclimafavorável,na qualos fun-cionários têm prazer de trabalhar e buscam desenvolver suasatividadesdamelhormaneirapossível.Apesardafalta deinfraestruturaedaprecariedadeemalgunsaspectosda gestão,oCAqUFSCparecefuncionarbemeatenderàs neces-sidadesdaquelesquealitrabalham.
A partir dos resultados deste estudo, geraram-se sub-sídios para que os responsáveis pelo gerenciamento da instalac¸ão esportivaaprimoremo modelodegestão eque possíveismodificac¸ões sejam feitas com relac¸ão à gestão esportivae àinfraestrutura, tendoem vistaque foramas duasdimensõesmaisproblemáticas, deacordocomo IPO dostrabalhadoresdoCAqUFSC.
como os que buscam melhoria de atributos, habilidades, práticase atitudesafim deaperfeic¸oar aconsecuc¸ãodos objetivos, das metas e das missões, tendo em vista que a literatura na área de gestão de instalac¸ões esportivas públicaséescassanoBrasil.Sugerem-senovosestudosque abordema percepc¸ão organizacionale tambémcada uma desuasvariáveis.
Porfim,acredita-sequeestetrabalhopossater esclare-cidoeaplicadoaintervenc¸ãoprofissionaldogestoresportivo emostradoqueécabívelaoprofissionaldeeducac¸ãofísica planejar, organizar, dirigir e controlar a administrac¸ão de instalac¸õesesportivas,tantopúblicascomoprivadas.
Conflitos
de
interesse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
Referências
CDS.RegimentoInternodo CentrodeDesportos daUniversidade FederaldeSantaCatarina,2002,Disponívelem:http://www. portalcds.ufsc.br/files/2010/08/Direcao-Regimento-Interno-CDS.pdf.Acessoem5deoutubrode2010.
ChiavenatoI.Introduc¸ãoàteoriageraldaadministrac¸ão.7aed.São Paulo:Campus/Elsevier;2004.
Confef. Estatuto do Conselho Federal de Educac¸ão Física. Diário Oficial 2011;N◦ 237, Sec¸ão 1:137---43, Disponível em:
http://www.confef.org.br/extra/conteudo/default.asp?id=471. Acessoem10deabrilde2011.
Calabuig F, Quintanilla I, Mundana J. La calidad percibida de losserviciosdeportivos:diferenciassegu´ninstalacio´n,género, edad y tipo de usuario en servicios náuticos. Portal de las Ciencias de la Actividad Física y del Deporte 2008;10: 25---43.
Cref/SC.EstatutodoConselhoRegionaldeEducac¸ãoFísicadeSanta Catarina.DiárioOficial---2011;N◦19.023,Disponívelem:http://
www.crefsc.org.br/index.php?option=comcontent&view= article&id=172:estatuto-2&catid=24&Itemid=59. Acessoem 10 deabrilde2011.
CrozattiJ.Modelodegestãoeculturaorganizacional:conceitose interac¸ões.CadEst1998;18:1---20.
Gil AC. Como elaborar projetos de pesquisa. Sa˜o Paulo: Atlas; 1991.
IBGE.DepartamentodeEmpregoeRendimento.Mapadomercado detrabalhonoBrasil:1992-1997.EstudosepesquisasInformac¸ão demográficaesocioeconômica2001;N◦7.
KretlyV.Oprocessodesaúdeedoenc¸anotrabalhoeorisco ocupa-cionalemumaunidadeesportiva.ActaPaulistaEnf2002:5. LarosJA,Puentes-PalaciosKE.Validac¸ãocruzadadeumaescalade
climaorganizacional.EstPsicol2004;9:1131---9.
LimaMR.Agestãodepiscinas:contextosdiferentesediferenc¸as entrea gestãode piscinaspúblicaseprivadas. Faculdadede Ciências do Desportoe de Educac¸ão Física,Universidade do Porto;2006,Dissertac¸ão.
LoboF.Climaorganizacionalnosectorpu´blicoeprivadononorte dePortugal.Porto:Fundac¸ãoCalousteGulbenkianeFundac¸ão paraaCiênciaeTecnologia;2003.
MartinsMC,OliveiraB,SilvaCF,PereiraKC,SouzaMR.Construc¸ão evalidac¸ãodeumaescalademedidadoclimaorganizacional. RevPsicolOrgTrab2004;4:37---60.
OleiasV.DepartamentodeEducac¸ãoFísica,2010,Disponívelem: http://def.ufsc.br/?s=complexo+aqu%C3%A1tico.Acessoem10 deoutubrode2010.
Pimenta SM,Brasil ER, Saraiva LAS. Gestão e competênciasem organizac¸õesdoterceirosetor.RevAdmFead-Minas2006:3. PiresJCS,MacedoKB.Culturaorganizacionalemorganizac¸ões
públi-casnoBrasil.VerAdmPub2006:40.
PiresPJN.Gestãodaqualidadeempiscinaspúblicas---Umestudo feito em sete piscinas públicas dos distritos de Aveira e Porto.FaculdadedeDesportodaUniversidadedoPorto;2002, Dissertac¸ão.
Puente-PalaciosK,FreitasA.Climaorganizacional:umaanálisede suadefinic¸ãoeseuscomponentes.RevistaO&S2006:13. RebeloLHP.Análisedaconcepc¸a˜o,construc¸a˜oefuncionamentode
umapiscinapu´blica:estudodecasonumapiscinamunicipalda regia˜odoAltoMinho.FaculdadedeDesportodaUniversidadedo Porto;2010,Dissertac¸ão.
Robbins SP. Administrac¸ão: mudanc¸as eperspectivas. São Paulo: Saraiva;2003.
RomoV,ChinchillaJL,GarcíaM.Sportsmanagementservices:the dimensionsofquality.JHSE2010;5:195---306.
SantanaJP.Afunc¸a˜odedesenvolvimentoderecursoshumanosdo Inamps/MPAS.CadSaúdePública1986;2:570---5.
SoaresSMG.Construc¸ãodeinstalac¸ãodesportiva.Casoparticular: piscina.FaculdadedeCiênciasdoDesportoeEducac¸ãoFísicada UniversidadedoPorto;2005,Trabalhodeconclusãodecurso. Vaitsman J, Farias LO. Relatório final do projetoConstruc¸ão do
Índice de Percepc¸ões sobre Gestão de Qualidade e Cultura em Organizac¸õesPúblicasdeSaúdeapresentadoaoprograma depesquisaestratégicaENSP/Fiocruz.RiodeJaneiro:Fiocruz; 2002.