• Nenhum resultado encontrado

Primeiro registro de Syncuaria squamata (Linstow) (Nematoda, Acuariidae) em biguás, Phalacrocorax brasilianus (Gmelin) (Aves, Phalacrocoracidae) no Brasil.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Primeiro registro de Syncuaria squamata (Linstow) (Nematoda, Acuariidae) em biguás, Phalacrocorax brasilianus (Gmelin) (Aves, Phalacrocoracidae) no Brasil."

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

A fam ília Acu ariidae Railleit, Hen ry & Sisoff, 1912 agru -p a n em atóides cu ja sistem ática está baseada n o au m en to da co m p lexid ad e d o s ó rgão s cefálico s d e fixação , o s co rd õ es cefálicos. O gên ero Syncuaria Gilbert, 1927 (sin . Skrjabinocara Ku rash vili, 1940, Chordocephalus Alegret, 1941 e Decorataria Sobolev, 1949) agru pa n em atóides parasitos do ven trícu lo de a v e s d a s o r d e n s Pe le c a n ifo r m e s, C ic o n iifo r m e s e Podicipediform es. WONGet al. (1986) revisaram este gên ero e con sideraram n ove espécies válidas, para as q u ais propu seram u m a ch ave de iden tificação. Na m esm a ocasião con sideraram ou tras seis espécies com o species inquirendae. Posteriorm en te, d u as esp écies, Syn cuaria plegadisi Digian i, 1999, p arasita d e Plegadischihi Vieillot, 1817 e Syncuariam ycteriae Zh an g, Brooks & Cau sey, 2003, parasita de Mycteriaam ericana Lin n aeu s, 1758, foram descritas. Assim , atu alm en te, o gên ero é com posto por 11 espécies, todas parasitas de aves aq u áticas.

Segu n do WONGetal. (1986), du as das n ove espécies con -sideradas válidas parasitam aves do gên ero Phalacrocorax Brisson , 1760: Syncuariabuckleyi (Ali, 1957) Won g, An derson & Bartlett, 1986 q u e ocorre em Phalacrocorax niger (Vieillot, 1817) n a Ín -dia, assim com o em Phalacrocorax carbo (Lin n aeu s, 1758) n a Au strália e Syncuariasquam ata (Lin stow, 1883) Won g, An derson & Bartlett, 1986 p arasita d e Ph alacrocorax auritus floridan us (Au d u bon , 1835) em Cu ba e d e Phalacrocorax auritus auritus (Lesson , 1831) n o Can adá. Syncuariasquam ata tam bém foi re-gistrada p or BARUŠ (1966) em Phalacrocorax auritusm exicanus [= Phalacrocorax olivaceusm exicanus (Bran dt, 1837)], em Cu ba [dado q u e n ão con sta n a lista de h ospedeiros da espécie apre-sen tada por WONG etal. (1986)] e p or MORAVEC (1990) em P. carbo, n a an tiga Czech oslovakia. Posteriorm en te à revisão do gên ero , FED YN IC H et al. (1997) regist raram S. squam ata em Phalacrocoraxbrasilianus (Gm elin , 1789) n o Texas, E.U.A.

Pr

Pr

Pr

Pr

Primeir

imeir

imeir

imeir

imeiro r

o r

o reeeeegistr

o r

o r

gistr

gistr

gistro de

gistr

o de

o de

o de

o de

Syncuaria

Syncuaria

Syncuaria

Syncuaria

Syncuaria

squamata

squamata

squamata

squamata

squamata

(Linstow) (Nematoda,

(Linstow) (Nematoda,

(Linstow) (Nematoda, Acuar

(Linstow) (Nematoda,

(Linstow) (Nematoda,

Acuar

Acuar

Acuariidae) em

Acuar

iidae) em

iidae) em

iidae) em

iidae) em

biguás,

biguás,

biguás,

biguás,

biguás,

Phalacr

Phalacr

Phalacr

Phalacr

Phalacrocor

ocor

ocor

ocorax

ocor

ax

ax

ax

ax

br

br

br

br

brasilianus

asilianus

asilianus

asilianus

asilianus

(Gmelin) (A

(Gmelin) (A

(Gmelin) (Avvvvves,

(Gmelin) (A

(Gmelin) (A

es,

es,

es,

es, Phalacr

Phalacr

Phalacr

Phalacr

Phalacrocor

ocoracidae) no Br

ocor

ocor

ocor

acidae) no Br

acidae) no Br

acidae) no Brasil

acidae) no Br

asil

asil

asil

asil

11111

Cassandra M . M onteiro

2

; José F. R. Amato

2

& Suzana B. Amato

2

1 Contribuição número 499 do Departamento de Zoologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

2 Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Caixa Postal 15014, 91501-970 Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

E-mail: cassandra.mont eiro@t erra.com.br; jfamat o@t erra.com.br; sbamat o@ufrgs.br

ABSTRACT. FFFFFiriririrstirstststst rrrrrecorecorecorecorecorddddd ofofof ofofSyncuariaSyncuariaSyncuariaSyncuariaSyncuariasquamatasquamatasquamatasquamatasquamata (Linstow)(Linstow)(Linstow)(Linstow) (Nematoda(Linstow)(Nematoda(Nematoda(Nematoda(Nematoda, AcuarAcuarAcuarAcuariidae)Acuariidae)iidae)iidae)iidae) ininininin NeotrNeotrNeotropicalNeotrNeotropicalopicalopicalopical corcorcormorcorcormormormorantsmorantsantsantsants

Phalacr PhalacrPhalacr Phalacr

Phalacrocorocorocoraxocorocoraxaxaxax brbrbrbrbrasilianusasilianusasilianusasilianusasilianus (Gmelin)(Gmelin)(Gmelin)(Gmelin)(Gmelin) (A(A(A(A(Avvvvveses, Phalacreseses PhalacrPhalacrPhalacrocorPhalacrocorocorocorocoracidae)acidae)acidae)acidae) inacidae)inininin BrBrBrBrazil.Brazil.azil.azil.azil. The nematodes of the genus Syncuaria

Gilbert, 1927 are parasites of birds of the orders Pelecaniformes, Ciconiiformes, and Podicipediformes. Eleven species are considered valid in this genus, however, two species, Syncuaria buckleyi (Ali, 1957) Wong, Anderson & Bartlett 1986 and Syncuariasquamata (Linstow, 1883) Wong, Anderson & Bartlett, 1986 are parasites of birds of the

genus Phalacrocorax Brisson, 1760. Between 1999 and 2003, 47 Neotropical Cormorants, Phalacrocorax brasilianus

(Gmelin, 1789) were collected at Lago Guaíba, Municipality of Guaíba, Rio Grande do Sul, Brazil. Eigth of these birds were infected with S.squamata. The prevalence and the mean intensity of infection were 8.5% (8 of 47) and 2.5 helminths/host, respectively. This communication extends the known geographical distribution of nema-todes of the genus Syncuaria to Brazil.

KEY WORDS. Helminths; taxonomy.

RESUMO. Os nematóides do gênero Syncuaria Gilbert, 1927 são parasitos de aves das ordens Pelecaniformes, Ciconiiformes e Podicipediformes. Onze espécies são consideradas válidas neste gênero, no entanto, somente duas, Syncuaria buckleyi (Ali, 1957) Wong, Anderson & Bartlett, 1986 e Syncuaria squamata (Linstow, 1883) Wong, Anderson & Bartlett, 1986 parasitam aves do gênero Phalacrocorax Brisson, 1760. Entre 1999 e 2003 foram coletados

47 biguás, Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) no Lago Guaíba, Município de Guaíba, Rio Grande do Sul, Brasil. Oito destas aves estavam infectadas por S.squamata. A prevalência e a intensidade média de infecção na amostra foram de 8,5% (8 de 47) e 2,5 helmintos/hospedeiro, respectivamente. Esta comunicação amplia a distribuição geográfica conhecida dos helmintos do gênero Syncuaria para o Brasil.

(2)

VICENTEetal. (1995) pu blicaram in form ações valiosas so-bre n em atóides parasitos de aves brasileiras, baseados prin ci-palm en te em espécim es depositados n a Coleção Helm in tológica d o In st it u t o O swald o Cru z (CHIO C). VIC EN TEet al. (1996) list a r a m o s n e m a t ó id e s p a r a sit o s d e a v e s d a s o r d e n s Pelecan iform es e Trogon iform es existen tes n a m esm a coleção. No en tan to, n estes artigos n ão foi registrad a a p resen ça d e n em atóides do gên ero Syncuaria n o Brasil.

O s b igu ás, P. brasilian u s (t am b ém co n h ecid o s co m o corm orões n eotrop icais) são en con trad os d a Terra d o Fogo, Patagon ia, Argen tin a até a costa do Texas, E.U.A. (DEL HOYOetal. 1992, apud FEDYNICHet al. 1997). Quaren ta e sete biguás foram coletados n o Lago Guaíba, m un icípio de Guaíba, Rio Gran de do Sul, Brasil, en tre 1999 e 2003, de acordo com as licen ças n ºs. 232/1999 e 064/2002 do IBAMA (In stituto Brasileiro do Meio Am bien te e dos Recursos Ren ováveis). Foram em balados, in dividualm en te, em sacos plásticos, acon dicion ados em isopor con -ten do gelo e tran sportados até o laboratório de Helm in tologia, Departam en to de Zoologia, Un iversidade Federal do Rio Gran de d o Su l o n d e fo ram m an t id o s so b co n gelação (-10ºC) at é a n ecrop sia. Os n em atóides foram p rocessados de acordo com AMATO etal. (1991). Os h elm in tos coletados foram fixados em AFA (etan ol 70ºGL – 93 partes, form alin a 37% – cin co partes, ácido acético glacial – duas partes), preservados em etan ol 70°GL e clarificados em lactofen ol (HUMASON 1972). Fotom icrografias foram feitas com m icroscópio Zeiss Axiolab. Medidas são apre-sen tadas em m icrôm etros (µ m ), caso con trário a u n idade foi in dicada. A am plitude de variação do caractere é seguida, en tre pararên teses, pela m édia ± desvio padrão e n úm ero de espéci-m es espéci-m edidos para cada uespéci-m dos caracteres. Os terespéci-m os ecológi-cos, prevalên cia, in ten sidade m édia de in fecção e abun dân cia m édia da in fecção seguiram BUSHetal. (1997). Carcaças dos h os-pedeiros foram depositadas n a Coleção Orn itológica do Museu de Ciên cias Naturais da Fun dação Zoobotân ica do Rio Gran de do Sul (MCN), Porto Alegre, Rio Gran de do Sul, Brasil. Espéci-m es represen tativos con servados eEspéci-m etan ol 70ºGL foraEspéci-m depo-sitados n a CHIOC, Rio de Jan eiro, Rio de Jan eiro, Brasil.

Syncuaria

squamata

(Linstow, 1883) Wong,

Anderson & Bartlett, 1986

Figs 1-16

Descrição. Baseada em n ove espécim es (um m ach o e oito fêm eas). Acuariidae. Nem atóides de tam an h o m édio, cor bran ca e dim orfism o sexual acen tuado, sen do as fêm eas m aiores que os m ach os. Pseudolábios bem desen volvidos (Figs 1 e 3); cordões cefálicos in ician do dorsal- e ven tralm en te aos pseudolábios (Fig. 1), pouco recorren tes, porém an astom osados lateralm en te, for-m ados por placas cuticulares con ectadas, cofor-m bordos serrilh ados (Fig. 4), com can ais ram ificados (Figs 5 e 6) visíveis n o seu in teri-or. Deirídeos gran des, bífidos (Fig. 7), m as em gran de m aioria trífidos, laterais (Fig. 8), con tíguos à porção fin al dos cordões cefálicos. Asas laterais presen tes, in ician do logo após aos deirídeos,

n a porção fin al do esôfago glan dular, term in an do próxim o à cloaca. Poro excretor n a porção posterior do esôfago m uscular. Cápsula bucal lon ga, m ais larga em vista lateral (Fig. 3) do que em vista ven tral (Fig. 2); esôfago m uscular (Fig. 9) m en or que o glan -dular; an el n ervoso n o in ício da porção m uscular do esôfago.

Mach o. Corpo (Fig. 10) com 5,6 m m de com prim en to, 205 de largu ra m áxim a; cordões com 230 de com prim en to, 35 de largu ra m áxim a; deirídeos trífidos, com 27 de com prim en -to, 22 de largu ra, distan do 560 da extrem idade an terior; poro excretor n ão observado; asas cau dais com 122 de com prim en -to. Cau da (Fig. 11 – seta) com 122 de com prim en to; seis pares de papilas pedu n cu ladas, pós-cloacais (Fig. 12 – setas). Cápsu la bu cal com 230 de com p rim en to, 35 de largu ra m áxim a, em vista lateral; esôfago com posto de du as porções, prim eira m u s-cu lar com 457 de com prim en to, 52 de largu ra, segu n da porção glan du lar, m ais lon ga e larga q u e a an terior; an el n ervoso dis-t an d o 307 d a exdis-t rem id ad e an dis-t erio r. Esp ícu lo s d esigu ais e dissim ilares, espícu lo esq u erdo m aior e m ais fin o, com 840 de com prim en to, 20 de largu ra, espícu lo direito, com pon ta sim -ples, com 117 de com prim en to e 25 de largu ra; relação en tre o com prim en to dos espícu los é de 1:7,2.

Fêm eas. Corpo com 20,6 a 30,0 m m (25,0 m m ± 4,1 m m ; 4) de com prim en to, 580 a 760 (680 ± 74; 4) de largu ra m áxim a; cordões coáxim 1,0 a 1,4 áxim áxim (1,2 áxim áxim ± 0,2 áxim áxim ; 3) de coáxim -p rim en to, 55 a 62 (59 ± 4; 3) d e largu ra m áxim a; d eiríd eos trífidos ou bífidos, com 72 a 85 (70 ± 11; 4) de com prim en to, 55 a 70 (64 ± 6; 4) de largu ra, distan do 1,1 a 1,5 m m (1,3 m m ± 0,2 m m ; 4) da extrem idade an terior do corpo; poro excretor n ão observado. Cápsu la bu cal com 420 a 540 (460 ± 54; 5) de com prim en to, 52 a 65 (58 ± 5; 4) de largu ra m áxim a, em vista lateral; esôfago com posto de du as porções, a prim eira m u scu -lar, com 0,9 a 1,1 m m (1,0 m m ± 0,1 m m ; 4) de com prim en to, 140 a 150 (143 ± 6; 4) de largu ra, a segu n da glan du lar com 2,4 a 2,6 m m (2,5 m m ± 0,2 m m ; 3) de com prim en to, 440 a 460 (450 ± 81; 3) d e largu ra. An el n ervoso n o in ício d o esôfago m u scu lar, d istan d o 470 a 620 (536 ± 66; 4) d a extrem id ad e an terior. Vu lva (v) lisa (Figs 14 e 15) e ân u s (a) localizados n a p orção p osterior do corp o (Fig. 14) distan do 280 a 410 (337 ± 54; 4), 92 a 110 (98 ± 10, 3) da extrem idade p osterior do corp o, respectivam en te; ovos em brion ados (Fig. 16) com 28 a 35 (31 ± 3; 10) de com prim en to, 18 a 25 (21 ± 2; 10) de largu ra.

Sin ôn im os. Filariasquam ata Lin stow, 1883, Dispharagus squam atus (Lin stow, 1883) Stossich , 1891, Acuaria squam ata (Lin st o w, 1883) Railliet , H en ry & Siso ff, 1912, Ham an n ia squam ata (Lin st o w, 1883) St iles & Hassall, 1920, Ech in uria squam ata (Lin stow, 1883) Cram , 1927, Skrjabinocarasquam ata (Lin stow, 1883) Ku rash vili, 1940, Chordocephalus squam atus (Lin st o w, 1 8 8 3 ) Alegret , 1 9 4 1 , Sk rjabin ocara sch ik h obalovi Gu sch an skaya, 1950, Skrjabin ocara skrjabin i Gu sch an skaya, 1950, Skrjabinocaratim ofejevi Gusch an skaya, 1950, Skrjabinocara viktori Gu sch an skaya, 1950.

(3)
(4)

Hospedeiros depositados. MCN – Coleção Osteológica n ú-m eros 942 a 951.

Local de in fecção. Soltos n o p roven trícu lo/ ven trícu lo. Localidade de coleta. Lago Gu aíba, Mu n icípio de Gu aíba, Rio Gran de do Su l, Brasil (30°00’S, 051°15’W ).

Prevalên cia. 8,5%.

In ten sidade m édia de in fecção. 2,5 h elm in tos/h ospedeiro. Abun dân cia m édia da in fecção. 0,2 h elm in tos/h ospedeiro. Am p litu d e d a in ten sid ad e d e in fecção. 1-5 h elm in tos/ h osp ed eiro.

Espécim es depositados. CHIOC n ú m eros 35492, 35493 e 35494.

Com en tários. CRAM (1927) agru p ou todas as descrições de n em atóides das orden s Stron gylata, Ascaridata e Spiru rata con h ecidos até en tão. Neste trabalh o sin on im izou Ham annia squam ata (Lin stow, 1883) Stiles & Hassall, 1920 a Echinuria squam ata (Lin stow, 1883), atu alm en te sin ôn im o de S.squam ata.

Na descrição origin al foram apresen tadas m edidas do com prim en to total do corpo, das fêprim eas, pois os prim ach os foraprim en -con trad os p osteriorm en te, e o com p rim en to e a largu ra d os ovos, q u e são m u ito sem elh an tes aos dos espécim es coletados em P.brasilianus. As m edidas do espécim e m ach o coletado em bigu á do Lago Gu aíba são m u ito sem elh an tes às apresen tadas por BARUŠ (1966), n o en tan to, q u an do com param os as m edidas das fêm eas, os espécim es do presen te trabalh o são, sign ificati-vam en te, m aiores. WONG et al. (1986) tam bém apresen taram m edidas dos caracteres diagn ósticos de S.squam ata.

De acordo com a ch ave proposta por WONGetal. (1986) os n em atóides do proven trículo/ven trículo dos biguás coletados n o Lago Gu aíba podem ser con siderados S.squam ata. Esta dife-re de S.plegadisi e de S.m ycteriae, am bas descritas após a propo-sição da ch ave para n em atóides do gên ero Syncuaria. Syncuaria plegadisi n ão possu i asas laterais e os m ach os n ão apresen tam asas cau dais, en q u an to q u e os deirídeos são sim p les (DIGIANI

Figuras 10-16. Fotomicrografias de Syncuaria squamata. (10-12) macho: (10) intoto, barra = 500 µm; (11) extremidade posterior do

(5)

1999), características n ão com p artilh ad as com S. squam ata. Segu n d o ZH AN G et a l. (2 0 0 3 ), a s esp écies m a is p a recid a s m orfologicam en te à S.m ycteriae são S.squam ata e S.leptoptile. Porém , S.m ycteriae possu i o espícu lo esq u erdo m aior q u e o de S. squam ata. As d u as esp écies tam bém d iferem n a form a d a extrem idade distal do espícu lo m aior q u e é trífida e sim ples, em S.m ycteria e S.squam ata, respectivam en te. Ou tra caracte-rística m u ito sem elh an te em am bas as espécies é a con stitu ição dos cordões cefálicos, form ados por placas em form a de cres-cen te com bordo serrilh ado, con ectadas u m as às ou tras, com o caracterizado para S.squam ata p or BARUŠ & MAJUNDAR (1975).

WONG et al. (1986) redescreveram S.squam ata, já que a descrição origin al foi baseada som en te em fêm eas. Tam bém ca-racterizaram e represen taram os deirídeos desta espécie com o gran des e bífidos. Na ilustração apresen tada por BARUŠ (1966), os deirídeos de S.squam ata são trífidos. Nos n em atóides coletados n os biguás do Lago Guaíba, am bas as form as são en con tradas, sen do m ais com un s os deirídeos trífidos. Nas descrições de BARUŠ (1966) e WONG etal. (1986), os h elm in tos tam bém diferem em tam an h o, sen do os espécim es descritos por estes últim os auto-res con sideravelm en te m aioauto-res que os descritos por BARUŠ (1966). WONG & ANDERSON (1987) estu daram o desen volvim en to de S.squam ata em seu s h ospedeiros in term ediários, ostrácodes, e em seu s h ospedeiros defin itivos, corm orões, en q u an to q u e MORAVEC & SCHOLZ (1994) estu daram o desen volvim en to deste h elm in to n os h ospedeiros in term ediários e paratên icos. Qu an -to ao desen volvim en -to em corm orões, WONGetal. (1986) sali-en taram qu e a lon gevidade dos m ach os é m aior qu e a das fê-m eas, p ois efê-m in fecções fê-m ais an tigas en con trarafê-m sofê-m en te m ach os. Este fato con trasta com os dados obtidos n o presen te t rab alh o n o Lago G u aíb a, p o is d o s n o ve esp écim es d e S. squam ata en con trados som en te u m era m ach o.

FEDYNICHetal. (1997) dem ostraram que a prevalên cia de S. squam ata em P.brasilianus n o Texas, é baixa, da m esm a form a com o en con tam os n os biguás do Lago Guaíba. Esta espécie é pouco freqü en te e pouco abun dan te em am bas localidades. Isto sugere que a am ostragem ain da precisa ser aum en tada para que se ten h a um a in form ação m ais verdadeira do parasitism o deste acuariídeo em biguás. O presen te estudo é o prim eiro a registrar a presen ça de n em atóides do gên ero Syncuaria n o Brasil.

AGRADECIMENTOS

Ao IBAMA p ela p erm issão p ara cap tu ra d os bigu ás n o Lago Gu aíba. A João O. Men egh eti, pelas valiosas in form ações sobre m igração e n om es vu lgares das aves. A CAPES pela bolsa de m estrado con cedida à prim eira au tora.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMATO, J.F.R.; W.A. BÖEGER & S.B. AMATO. 1991. Pro to co lo s p ara labo rató rio : co leta e p ro cessam en to d e p arasito s d e p es-cad o . Seropédica, Gráfica da Un iversidade Federal Ru ral do Rio de Jan eiro. 81p.

BARUŠ, V. 1966. Nem átodos parásitos de aves em Cu ba. Parte I.

Po ey an a, Serie A, La Haban a, 2 2: 1-37.

BARUŠ, V. & G. MAJUNDAR. 1975. Scan n in g electron m icroscopic stu dies on th e cordon stru ctu res of seven acu ariid gen era (Nem atod a: Acu ariid ae). Fo lia Parasito lo gica, Prah a, 2 2:

125-131.

BUSH, A.O.; K.D. LAFFERTY; J.M. LOTZ & A.W. SHOSTAK. 1997. Parasi-tology m eets Ecology on its own term s: Margolis etal., revisi-ted. Jo urn alo fParasito lo gy, Lawren ce, 8 3 (4): 575-583. CRAM, E.B. 1927. Bird Parasit es o f t h e n em at o d e su b o rd ers

St ro n gyla t a , Asca rid a t a , a n d Sp iru ra t a . U n i t e d St a t e s Natio n alMuseum Bu lletin, Wash in gton , 1 4 0: XVIII+456p. DIGIANI, M.C. 1999. First record of th e gen u s Syncuaria (Nem a-toda: Acu ariidae) in Argen tin a, with description of a n ew species. Fo liaParasito lo gica, Prah a, 4 6: 139-144.

FED YN IC H, A.M .; D.B. PEN C E & J.F. BERG AN. 1 9 9 7 . H elm in t h com m u n ity stru ctu re an d pattern in sym patric popu lation s of Dou ble-crested an d Neotropic corm oran ts. Jo urn alo fth e Helm in th o lo gical So ciety o f Wash in gto n, Lawren ce, 6 4

(2): 176-182.

HUMASON, G.L. 1972. An im al TissueTech n iqu es. San Fran

cis-co, W.H. Freem an , 641p.

MORAVEC, F. 1990. First record of th e n em atode Syncuaria squa-m ata (Lin st o w, 1883) fro m co m m o n co rm o ran t s (Ph ala-crocoraxcarbo (L.)) in Czech oslovakia. Fo liaParasito lo gica,

Prah a, 3 7: 365-366.

MORAVEC, F. & T. SCHOLZ. 1994. Observation s on th e developm en t of Syncuariasquam ata (Nem atoda: Acu ariidae), a parasite of corm oran ts, in th e in term ediate an d paraten ic h osts. Fo lia Parasito lo gica, Prah a, 4 1 (3): 183-192.

VICENTE, J.J.; H.O. RODRIGUES; D.C. GOMES & R.M. PINTO. 1995. Nem atóides do Brasil. Parte IV. Nem atóides de aves. Rev is-taBrasileiradeZo o lo gia, Cu ritiba, 1 2 (Su p l. 1): 1-273. VICENTE, J.J.; R.M. PINTO; D. NO RO NHA & P.G. CARVALHO. 1996.

N e m a t o d e p a r a sit e s o f Br a zilia n Pe le ca n ifo r m e s a n d Trogon iform es birds: a gen eral su rvey with n ew records for th e sp ecies. Rev ista Brasileira de Zo o lo gia, Cu ritiba, 1 3

(4): 891-901.

WONG, P.L.; R.C. ANDERSON & C.M. BARTLETT. 1986. Revision of th e gen u s Syncuaria Gilbert, 1927 (Nem atoda: Acu arioidea).

Can adianJo urn al o fZo o lo gy, Ottawa, 6 4: 1186-1196. WONG, P.L. & R.C. ANDERSON. 1987. Developm en t of Syncuaria

squ am at a (Lin st o w, 1 8 8 3 ) (N em at o d a: Acu ario id ea) in ostracods (Ostracoda) an d double-crested corm oran ts ( Phala-crocoraxauritusauritus). Can adianJo urn alo fZo o lo gy,

Ot-tawa, 6 5: 2524-2531.

ZHANG, L.; D.R. BROOKS & D. CAUSEY. 2003. A n ew species of Syn-cuaria Gilbert, 1927 (Nem atoda: Acuarioidea: Acuariidae) in th e wood stork, Mycteriaam ericana L. (Aves: Cicon iiform es: Cicon iidae) from th e area de con servacion Guan acaste, Cos-ta Rica. Jo urn alofParasito lo gy, Lawren ce, 89 (5): 1034-1038.

Referências

Documentos relacionados

FiGuRA 5: Abundância mensal de biguás Phalacrocorax brasilianus entre agosto de 2005 e agosto de 2007 nas Ilhas Cajaíbas e no Rio Estrela, Baía de Guanabara, Rio de Janeiro

Downloaded from: Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI, Universidade de São Paulo Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI. Departamento de Reprodução Animal

Uma de suas principais contribuições é a expansão de variável, uma otimizaçao feita quando um mesmo registrador é usado em todas as iteraçoes. Neste caso, para permitir o

São empregadas seis métricas (duração média das transações, vazão das transações, largura de banda, tempo de espera médio por roteador, nível de utilização por roteador e

Losano (Norberto Bobbio: una biografia culturale, cit., p. 212) salienta como, no interior do pensamento de Bobbio, a claridade das argumentações, necessário instrumento de

Neste artigo examinam-se quais fatores são os principais responsáveis por manter uma escola entre as 10% melhores ou as 10% piores no Estado de São Paulo, por meio da análise de

Após a transferência das imagens através da opção de Fotografias por Mail ou Banco de Fotografias pela primeira vez, será enviada uma notificação por correio electrónico a pedir

- Promover a Saúde pela Alimentação, fornecendo sopas, fruta e salada pronta a comer, através da incorporação de produtos não padronizados para comercialização; - Respeitar