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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS DE RIBEIRÃO PRETO

Influência do verapamil na farmacocinética e na perfusão cerebral

da oxcarbazepina e dos enantiômeros do metabólito

10-hidroxicarbazepina em voluntários sadios

Natalícia de Jesus Antunes

Ribeirão Preto

(2)

i

RESUMO

ANTUNES, N.J. Influência do verapamil na farmacocinética e na perfusão cerebral da oxcarbazepina e dos enantiômeros do metabólito 10-hidroxicarbazepina em voluntários sadios. 2014. 115f. Tese (Doutorado). Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2014.

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ii

farmacocinética populacional da OXC foi melhor descrita por modelo de dois compartimentos com eliminação de primeira ordem e com um conjunto de três compartimentos de trânsito para descrever o perfil de absorção da OXC. A disposição de ambos os enantiômeros do MHD foi caracterizada por modelo de um compartimento. Os valores de CLss/F estimados na monoterapia foram de 84,9 L/h para a OXC e de 2,0 L/h para ambos enantiômeros do MHD, enquanto os valores de Vss/F foram de 587 L para a OXC, 23,6 L para o R-(-)-MHD e 31,7 L para o S-(+)-MHD. Concluindo, a associação do verapamil aumentou a biodisponibilidade da OXC em 12% (farmacocinética populacional) e aumentou os valores de AUC de ambos os enantiômeros do metabólito MHD (farmacocinética não compartimental), o que está provavelmente relacionado com a inibição da P-gp no trato intestinal. A associação do verapamil aumentou as concentrações cerebrais preditas de ambos os enantiômeros do MHD em maior extensão do que aquelas observadas no plasma. As mudanças no fluxo sanguíneo cerebral (SPECTs realizados 6h após a administração da OXC) associadas à coadministração de verapamil provavelmente foram causadas pelo aumento dos níveis cerebrais de ambos os enantiômeros do MHD. A confirmação dessa observação requer um braço experimental adicional com SPECTs realizados também após a administração do verapamil em monoterapia.

(4)
(5)

Introdução | 2

A epilepsia é um transtorno cerebral que afeta cerca de 50 milhões de

pessoas no mundo, sendo que 30% dos pacientes são farmacorresistentes ao

tratamento com antiepilépticos provavelmente em função da super expressão na

barreira hematoencefálica do transportador de efluxo glicoproteína-P (P-gp)

(LÖSCHER et al., 2011; MARCHI et al., 2005;RIZZI et al., 2002; WHO, 2011).

Considerando que a oxcarbazepina (OXC), um antiepiléptico de segunda

geração indicado no tratamento de crises epilépticas parciais ou crises

tônico-clônicas generalizadas em adultos e crianças (VERROTTI et al., 2010;

WELLINGTON & GOA, 2001) e o seu metábolito ativo 10-hidroxicarbazepina

(MHD-monohydroxy derivative) são substratos da P-gp (FORTUNA et al., 2012; ZHANG et

al., 2011) e que o verapamil (VER) é um fármaco inibidor da P-gp em vários tecidos

(CLINCKERS et al., 2005), o presente estudo avalia a influência do verapamil na

farmacocinética da OXC e dos enantiômeros do MHD e sua relação com a perfusão

cerebral em voluntários sadios.

O presente estudo permite abrir uma nova perspectiva no sentido de avaliar a

farmacocinética no plasma e buscar correlações com a perfusão cerebral como uma

medida indireta da distribuição do fármaco no sistema nervoso central (SNC). Ou

seja, verificar se a monitorização terapêutica de fármacos no plasma representa sua

distribuição para o cérebro. O estudo visa estabelecer um protocolo para posterior

investigação de pacientes portadores de epilepsia em tratamento com

oxcarbazepina e com abrangência da correlação entre a concentração plasmática, o

sinal do SPECT e a resposta clínica.

O estudo foi dividido em três capítulos, os quais incluem o desenvolvimento e

a validação dos métodos utilizados, a avaliação da farmacocinética não

compartimental e populacional da OXC e dos enantiômeros do metabólito MHD em

voluntários sadios tratados em monoterapia ou em associação ao verapamil, bem

como a correlação entre a concentração plasmática e o sinal do SPECT.

O Capítulo 1 apresenta o desenvolvimento e a validação dos métodos de

análise sequencial da oxcarbazepina e dos enantiômeros do MHD total e livre em

plasma, empregando o sistema de cromatografia líquida acoplada ao espectrômetro

de massas (LC-MS/MS). Os métodos foram aplicados no estudo da farmacocinética

no estado de equilíbrio da OXC e dos enantiômeros do seu metabólito MHD em um

(6)

Introdução | 3

O Capítulo 2 aborda o estudo da influência do verapamil na farmacocinética

não compartimental da oxcarbazepina e dos enantiômeros do MHD em voluntários

sadios.

O Capítulo 3 trata do desenvolvimento de um modelo de farmacocinética

populacional para avaliar a influência do verapamil na farmacocinética da OXC e

dos enantiômeros do MHD em voluntários sadios. Neste capítulo está também

(7)

Capítulo 1

Análises das concentrações total e livre da oxcarbazepina e dos

enantiômeros do metabólito 10-hidroxicarbazepina em plasma

(8)

Capítulo - 1 Introdução | 5

1 INTRODUCÃO

A OXC é considerada um pró-fármaco, sendo grande parte dos seus efeitos

produzida pelo seu metabólito ativo MHD. O MHD é formado pela rápida redução

pré-sistêmica da OXC, o qual possui um centro quiral na posição 10, tendo o R-(-)- e

o S-(+)-MHD como enantiômeros (MAY; KORN-MERKER; RAMBECK, 2003;

KRASOWSKI & MCMILLIN, 2014; SCHMUTZ et al., 1994; VOLOSOV et al., 1999;

VOLOSOV et al., 2000).

Em pacientes com neuralgia do trigêmeo, a ligação às proteínas plasmáticas

é de aproximadamente 59% para a OXC e 39% para o metabólito MHD como

mistura enantiomérica (PATSALOS; ELYAS; ZAKRZEWSKA, 1990). A ligação de

fármacos quirais às proteínas plasmáticas pode apresentar enantiosseletividade, o

que pode afetar a sua atividade farmacológica e o seu perfil farmacocinético (SHEN

et al., 2013). Não existem dados clínicos na literatura sobre a ligação às proteínas

plasmáticas dos enantiômeros individuais do MHD. Um estudo in vitro mostrou

valores de ligação às proteínas plasmáticas em torno de 30% para o R-(-)- e o

S-(+)-MHD em plasma humano e de rato (FORTUNA et al., 2010).

A ligação de fármacos às proteínas plasmáticas afeta a farmacocinética e a

farmacodinâmica em vários aspectos, já que somente a concentração livre está

disponível para a distribuição, eliminação e interação com os receptores (VAN

STEEG et al., 2009; WRIGHT et al., 1996). Com isso, torna-se necessário o

desenvolvimento de métodos para análise da concentração livre de fármacos. Os

métodos de separação da concentração livre da ligada da OXC e do MHD até então

descritos empregam diálise de equilíbrio ou ultrafiltração (FORTUNA et al., 2010;

KLITGAARD & KRISTENSEN et al., 1986; PATSALOS; ELYAS; ZAKRZEWSKA,

1990). Klitgaard e Kristensen (1986) relataram valores de ligação do metabólito MHD

como mistura enantiomérica às proteínas plasmáticas de pacientes epilépticos, de

40% utilizando diálise de equilíbrio e 45% utilizando ultrafiltração. Os autores

atribuíram essa diferença entre os dois métodos à menor temperatura do ambiente

no qual a ultrafiltração foi realizada.

Até o momento não existem dados na literatura sobre a análise da

concentração livre da OXC e do MHD por LC-MS/MS.Patsalos, Elyas e Zakrzewska

(1990) utilizaram um método de análise por cromatografia líquida de alta eficiência

(9)

Capítulo - 1 Introdução | 6

(UV) com limite de quantificação de 50 ng/mL de plasma para a OXC e para o MHD

como mistura racêmica. Fortuna et al. (2010) também realizaram a análise quiral

dos enantiômeros do MHD por HPLC com detecção por UV e obtiveram limite de

quantificação de 40 ng/mL de plasma para ambos enantiômeros individuais.

A maioria dos métodos de análise enantiosseletivos da concentração total do

MHD em plasma empregando HPLC com detecção por UV até então descritos não

fazem a detecção simultânea da OXC, devido a sua baixa concentração no plasma.

Flesch et al. (1992) descreveram um método de análise dos enantiômeros do MHD

utilizando uma coluna quiral Chiralcel OD e extração líquido-líquido, o qual obteve

limite de quantificação de 100 ng/mL. Esse método foi utilizado pelo mesmo grupo

posteriormente para o estudo da farmacocinética da OXC e dos enantiômeros do

MHD. Nesse trabalho, foi relatada a impossibilidade do cálculo de alguns parâmetros

farmacocinéticos da OXC devido ao alto valor do seu limite de quantificação (260

ng/mL de plasma) (FLESCH et al., 2011). A análise dos enantiômeros do MHD em

plasma e urina utilizando coluna quiral Chiralcel OD e extração líquido-líquido com

limite de quantificação de 200 ng/mL também foi descrita por Volosov et al. (1999) e

Volosov et al. (2000). Mazzucchelli et al. (2007) mostraram limite de quantificação

de 100 ng/mL de plasma para a OXC, para o R-(-)-MHD e para o S-(+)-MHD usando

a coluna Chiralcel OD-R para a separação dos analitos. O método desenvolvido e

validado por Fortuna et al. (2011), no qual a separação da OXC e dos enantiômeros

do MHD foi realizada na coluna LiChroCART 250-4 Chiradex, resultou em limite de

quantificação de 200 ng/mL para a OXC, para o R-(-)-MHD e para o S-(+)-MHD.

Os métodos de análise simultânea da concentração total da OXC e dos

enantiômeros do MHD em plasma utilizando LC-MS/MS descritos mostram limites de

quantificação de 50 ng/mL para a OXC e para os enantiômeros individuais do MHD.

Nos referidos estudos foi utilizada uma coluna quiral Chiralcel OD-H e o preparo de

amostras realizado por extração em fase sólida (LOUREIRO et al., 2011; PERUCCA

et al., 2011).

Considerando a necessidade de métodos mais sensíveis, capazes de

quantificar as concentrações da OXC e dos enantiômeros do MHD em todas as

amostras coletadas no intervalo de 12h, o presente estudo apresenta o

desenvolvimento e a validação dos métodos de análise simultânea da OXC e dos

enantiômeros do MHD total e livre em plasma humano utilizando LC-MS/MS

(10)

Capítulo - 1 Conclusão | 36

6 CONCLUSÃO

Os métodos de análise sequencial da OXC e dos enantiômeros do MHD total

e livre em plasma, empregando a coluna de fase quiral Chiralcel® OD-H acoplada ao

sistema LC-MS/MS, apresentam limites de confiança compatíveis com a aplicação

em estudo clínico da farmacocinética da OXC no estado de equilíbrio em voluntários

sadios e do fármaco livre em amostras coletadas no tmax para a determinação da

(11)

Capítulo 2

Influência do verapamil na farmacocinética não compartimental da

oxcarbazepina e dos enantiômeros do metabólito

(12)

Capítulo - 2 Introdução | 38

1 INTRODUÇÃO

A OXC foi desenvolvida através da variação estrutural da carbamazepina com

a finalidade de evitar o metabolismo oxidativo através do sistema CYP, e

consequentemente diminuir as interações medicamentosas causadas pela inibição

de suas isoformas (SCHIMIDT & SACHDEOT, 2000).

A biodisponibilidade oral da OXC avaliada através das concentrações

plasmáticas do MHD é de 99% (FLESCH et al., 2011). A ligação da OXC às

proteínas plasmáticas é de aproximadamente 59% e do metabólito MHD como

mistura racêmica é em torno de 39% em pacientes com neuralgia do trigêmeo

(PATSALOS; ELYAS; ZAKRZEWSKA, 1990). O volume de distribuição parente (V/F)

da OXC é de 548,8 L e do MHD de 49,0 L em pacientes epilépticos (BRING &

ENSOM, 2008; DICKINSON et al, 1989; WELLINGTON & GOA, 2001).

O átomo de carbono do grupo carbonila da OXC contém um centro pró-quiral,

o que resulta na formação estereoespecífica do MHD. O metabolismo da OXC,

dependente de redutases citosólicas, resulta em aproximadamente 80% de

S-(+)-MHD e 20% de R-(-)-S-(+)-MHD. As principais enzimas envolvidas na redução da OXC

são as aldo-ceto redutases família 1 e membros 1 (AKR1C1) e 2 (AKR1C2), que

contribuem principalmente na formação do S-(+)-MHD, e as aldo-ceto redutases

família 1 e membros 3 (AKR1C3) e 4 (AKR1C4), que produzem preferencialmente o

R-(-)-MHD. As carbonil redutases 1 (CBR1) e 3 (CBR3) também contribuem para

esse processo de forma não muito clara (Figura 2.1) (FLESCH et al., 1992;

MALÁTKOVÁ; HAVLÍKOVÁ; WSÓL; 2014).

A OXC é excretada pelos rins como OXC inalterada (< 1%), MHD (27%) ou

como conjugados glucuronídeos da OXC (9%) ou do MHD (49%) (TECOMA, 1994;

WELLINGTON & GOA, 2001). Outros metabólitos na urina inclue o DHD

(10,11-dihidro-10,11-trans-dihidroxicarbazepina) formado pela oxidação do MHD (cerca de

4%) (Figura 2.1) (PAGLIA et al., 2007; SCHÜTZ; FELDMANN; FAIGLE, 1986;

VOLOSOV et al., 2000).

O clearance renal do MHD não exibe enantiosseletividade na administração

intravenosa de MHD racêmico (1,0 ± 0,3 L/h para o R-(-)-MHD e 1,1 ± 0,3 L/h para o

S-(+)-MHD) ou de OXC oral (0,9 ± 0,2 L/h para o R-(-)-MHD e S-(+)-MHD) a

(13)

Capítulo - 2 Introdução | 39 N O N H2 O N O N H2 N O N H2 H O H N O N H2 H OH N O N H2 O H OH N O N H2 O H OH N O N H2 O H OSO3

-OH CYP AKR1 C 1 , AKR1 C 2 , AKR1 C 3 , AKR1 C 4 CBR1 , CBR3 Gl uc uo ro nil t ra nsfer ase Glucu oroni l tran

sfera se O-SUL O-GLU Oxcarbazepina S-(+)-MHD R-(-)-MHD DHD GLU-S-(+)-MHD GLU-R-(-)-MHD OH N O N H2 O O O H O H HOOC N O N H2 OH O O O H O H HOOC N O N H2 OH O O O H O H HOOC

Figura 2.1: Metabolismo da OXC (FLESCH et al., 2011; SCHUTZ et al., 1986; WELLINGTON & GOA, 2001).

O-SUL=O-Sulfato; O-GLU=O-Glucuronídeo; S-(+)-MHD=S-10-hidroxicarbazepina; R-(-)-MHD=R-10-hidroxicarbazepina GLU-S-(+)-MHD=S-10-R-(-)-MHD=R-10-hidroxicarbazepina glucuronídeo; GLU-R-(-)-MHD=R-10-hidroxicarbazepina glucuronídeo; DHD=10,11-dihydro-10,11-trans-diGLU-R-(-)-MHD=R-10-hidroxicarbazepina;

AKR1C1=aldo-ceto redutase família 1 e membro 1; AKR1C2=aldo-ceto redutase família 1 e membro

2; AKR1C3= aldo-ceto redutase família 1 e membro 3; AKR1C4=aldo-ceto redutase família 1 e

(14)

Capítulo - 2 Introdução | 40

A OXC e o MHD são substratos da P-gp, uma proteína transportadora de

efluxo de membrana, membro da família dos transportadores ABC (ATP-binding

cassette) e codificada pelo gene ABCB1 (ATP-binding cassette, subfamília A),

também denominada de MDR1 (ARONICA; SISODIYA; GORTER, 2012; FORTUNA

et al., 2012; MARZOLINI et al., 2004; ZHANG et al., 2011). De acordo com a

classificação biofarmacêutica, a OXC pertence à classe 2, por ser pouco solúvel em

água (0,07 mg/mL), possuir alta permeabilidade através da monocamada celular

Caco-2 e sofrer metabolismo extensivo. Para os fármacos dessa classe, o efeito dos

transportadores de efluxo predominam no intestino, mas podem afetar também o

fígado (BENET, 2009).

A P-gp está presente nas membranas apicais de vários órgãos, tais como o

intestino delgado, cérebro, rins e fígado, influenciando assim nos processos de

absorção, distribuição e eliminação e na farmacodinâmica de seus substratos

(HILLGREN et al., 2013; KAUR et al., 2014). A P-gp tem uma função importante em

proteger órgãos como o cérebro e a placenta da exposição a toxicantes. A P-gp

expressa no intestino causa a diminuição da biodisponibilidade oral de fármacos

administrados por via oral, os quais são transportados de volta para o lúmen

gastrointestinal (ESTUDANTE et al., 2013; KAUR et al., 2014; ZAKERI-MILANI &

VALIZADEH, 2014). Uma estratégia utilizada para aumentar a absorção oral de

fármacos substratos da P-gp é a sua inibição, que geralmente ocorre por três

mecanismos: o bloqueio do sítio de ligação do fármaco de forma competitiva, não

competitiva ou alostérica; pela interferência na hidrólise do ATP; e pela alteração da

integridade da membrana celular dos lipídios (AMIN, 2013; VARMA et al., 2003;

ZAKERI-MILANI & VALIZADEH, 2014).

O verapamil é um inibidor competitivo da P-gp de primeira geração (AMIN,

2013; ZAKERI-MILANI & VALIZADEH, 2014). De acordo com Wahajuddin et al.

(2014), o verapamil em função da inibição da P-gp aumenta a biodisponibilidade e

reduz o clearance do lumefantrine administrado por via oral a ratos. Clinckers et al.

(2005) relatam que a administração de verapamil potencializa a atividade

anticonvulsivante da OXC em ratos com crises límbicas induzidas pela pilocarpina. O

verapamil inibe a atividade da P-gp expressa no intestino e no fígado quando é

administrado em dose única ou dose múltipla durante 10 dias em voluntários sadios

(15)

Capítulo - 2 Introdução | 41

Tendo em vista que a OXC e o MHD são substratos da P-gp e que o

verapamil é seu inibidor, o presente estudo visa avaliar a influência do verapamil na

farmacocinética não compartimental da OXC e do MHD após tratamento de 5 dias

com 300 mg/12h de OXC associada ou não com 80mg/8h de verapamil em

voluntários sadios. Os dados obtidos nesse estudo serão utilizados para a análise da

farmacocinética populacional e correlação com os sinais dos SPECTs no próximo

(16)

Capítulo - 2 Conclusões | 57

6 CONCLUSÕES

1- A disposição cinética do MHD é enantiosseletiva nos voluntários sadios

investigados, tanto na ocasião de tratamento com a OXC em monoterapia quanto na

ocasião de tratamento com a OXC associada ao verapamil, com observação de

maior proporção para o enantiômero S-(+)-MHD em relação ao R-(-)-MHD, com

razões de AUC0-12S-(+)/R-(-) de aproximadamente 4;

2- O verapamil diminui o MRT e aumentou a Cmax como concentração livre da OXC e

aumentou a Cmax, o AUC e a Cmédia de ambos os enantiômeros do MHD. O aumento

dos valores de AUC de ambos os enantiômeros do MHD após a administração do

(17)

Capítulo 3

Influência do verapamil na farmacocinética populacional e na

perfusão cerebral da oxcarbazepina e dos enantiômeros do

(18)

Capítulo - 3 Introdução | 59

1 INTRODUÇÃO

Apesar da introdução de cerca de 15 novos fármacos antiepilépticos nos

últimos 20 anos, cerca de 30% dos pacientes com epilepsia ainda manifestam crises

refratárias ao tratamento (PERUCCA & MULA, 2013).

A OXC e os enantiômeros do seu metabólito ativo MHD agem principalmente

no bloqueio dos canais de sódio sensíveis à voltagem, resultando na estabilização

das membranas neuronais hiperexcitadas, inibição da descarga neuronal repetitiva e

diminuição dos impulsos sinápticos de propagação. Além disso, aumentam a

condutância ao potássio, modulam os canais de cálcio ativados por alta voltagem e

inibem a neurotransmissão glutamatérgica (PERUCCA & MULA, 2013; SCHIMIDT &

SACHDEOT, 2000). Vale ressaltar que os enantiômeros S-(+)- e R-(-)-MHD mostram

efeitos anticonvulsivantes semelhantes in vitro e em modelos animais (SCHMUTZ et

al., 1994).

A expressão da P-gp na barreira hematoencefálica limita a entrada de

fármacos alvo para o SNC, reduzindo assim os potenciais efeitos tóxicos de

fármacos utilizados no tratamento de distúrbios neurológicos e psiquiátricos.

Entretanto, foi observado que a expressão da P-gp está aumentada nos tecidos

cerebrais epileptogênicos de pacientes com epilepsia parcial farmacorresistentes, o

que pode contribuir para o mecanismo da farmacorresistência no tratamento da

doença por causar efluxo excessivo dos fármacos antiepilépticos através da barreira

hematoencefálica (LÖCHER et al., 2011). Feldmann et al. (2013) reportam que

pacientes farmacorresistentes exibem maior atividade basal da P-gp associada com

a maior frequência das crises na massa cinzenta cerebral e no hipocampo. Esses

resultados apoiam a hipótese de que existe uma associação entre a hiperatividade

da P-gp em algumas regiões do cérebro e a farmacorresistência na epilepsia do lobo

temporal. Estudos experimentais também evidenciam que as convulsões nos ratos

aumentam os níveis de mRNA da MDR1 no hipocampo e reduzem as razões de

concentração cérebro/plasma de fenitoína. Aumentos significativos nas razões de

concentração cérebro/plasma de fenitoína e carbamazepina são observados em

camundongos transgênicos com deleção do gene mdr1a/b (MARCHI et al., 2005;

RIZZI et al., 2002).

Considerando-se o possível envolvimento do aumento da atividade da P-gp

(19)

Capítulo - 3 Introdução | 60

atividade da P-gp com bloqueadores seletivos pode tornar-se uma estratégia viável

para aumentar a biodisponibilidade e facilitar a distribuição de fármacos no SNC. O

verapamil inibe o transporte de fármacos mediado pela P-gp no cérebro

(CLINCKERS et al., 2008. Além disso, o verapamil potencializa a atividade

anticonvulsivante da OXC e provoca um aumento significativo dos níveis de MHD no

cérebro sem alterar os perfis farmacocinéticos no plasma após crises límbicas

induzidas pela pilocarpina em ratos (CLINCKERS et al., 2005; CLINCKERS et al.,

2008).

O presente estudo visa abrir uma nova perspectiva no sentido de avaliar a

farmacocinética no plasma e buscar correlações com a perfusão cerebral como uma

medida indireta da distribuição do fármaco no SNC. Ou seja, verificar se a

monitorização terapêutica de fármacos no plasma representa sua distribuição para o

cérebro. Ressalta-se, no entanto, que limitações técnicas e éticas dificultam os

estudos clínicos da distribuição de fármacos no cérebro devido à amostragem do

líquido cefalorraquidiano não ser possível na grande maioria dos casos. Portanto,a

presente proposta consite no estudo funcional da perfusão cerebral através da

tomografia por emissão de fóton único (SPECT-Single-photon emission computed

tomography) empregando a 99mTc-etilenodicisteína (99mTc-ECD) como uma medida

da distribuição e do efeito farmacodinâmico da OXC e do MHD no cérebro.

Trabalhos anteriores relatam o uso do SPECT para avaliar o efeito da lamotrigina no

fluxo sanguíneo cerebral de pacientes com epilepsia idiopática generalizada e

sugerem que o fármaco diminui a perfusão nas áreas cortico-tálamo-límbico, córtex

órbito-frontal e tronco cerebral (JOO et al., 2006). O SPECT também permitiu sugerir

que as propriedades ansiolíticas do canabidiol em voluntários sadios são mediadas

pela ação nas áreas límbica e paralímbica do cérebro (CRIPPA et al.; 2004). Além

disso, o SPECT está sendo utilizado para avaliação da função e expressão dos

transportadores, incluindo a P-gp (MAIRINGER et al., 2011; KUSUHARA, 2013).

O protocolo desenvolvido no presente estudo será utilizado para posterior

investigação de pacientes epilépticos submetidos ao tratamento com OXC e permitir

a avaliação abrangente da relação entre a farmacocinética, o sinal do SPECT

(20)

Capítulo - 3 Conclusões | 96

6 CONCLUSÕES

1- Os valores de Vss/F como monoterapia foram de 587 L para a OXC, 23,6 L para o

R-(-)-MHD e 31,7 L para o S-(+)-MHD, enquanto os valores de CLss/F para ambos

os enantiômeros do MHD foram de 2,01 L/h;

3- A associação de verapamil aumentou a biodisponibilidade relativa da OXC e dos

enantiômeros do MHD;

4- A administração do verapamil aumentou as concentrações preditas no cérebro do

R-(-)- e do S-(+)-MHD em maior extensão do que aquelas observadas no plasma;

5- Apesar da necessidade de uma validação adicional, foi demonstrado que a

escala alométrica pode ser utilizada em conjunto com técnicas de imagem para

avaliar a disposição cinética de fármacos em tecidos;

6- As mudanças no fluxo sanguíneo cerebral, associadas à coadministração de

verapamil provavelmente foram causadas pelo aumento dos níveis cerebrais de

ambos os enantiômeros do MHD. A confirmação dessa observação requer um braço

experimental adicional em que os dados sejam provenientes de SPECTs realizados

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Referências Bibliográficas | 98

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