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Efeito de agentes fluoretados e suplementados com trimetafosfato de sódio sobre a erosão e abrasão do esmalte dentário bovino: estudos in situ e ex vivo

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(1)

Efeito de agentes fluoretados e suplementados com

trimetafosfato de sódio sobre a erosão e abrasão do

esmalte dentário bovino. Estudos in situ e ex vivo.

Orientadora: Prof. Dra. Cleide Cristina Rodrigues Martinhon

ARAÇATUBA – SP

2012

(2)

DADOS CURRICULARES

MARCELO JULIANO MORETTO

Nascimento 15.05.1978 – Jaú - SP

Filiação Luiz Carlos Moretto

Maria de Fátima Pascucci Moretto

1996/1999

2003/2004

Curso de Graduação em Odontologia pela Universidade do Sagrado Coração, USC - Bauru.

Curso de Especialização em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia de Bauru, FOB – USP.

2007/2009

2009/2012

Curso de Pós-Graduação em Odontopediatria, nível de Mestrado, na Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.

Curso de Pós-Graduação em Ciência Odontológica Área de Concentração: Saúde Bucal da Criança, Nível de Doutorado, na Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.

Associações CRO/SP - Conselho Regional de Odontologia São Paulo SBPqO - Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica

(3)

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a

Deus

; pois, sem

Ele

, nada

seria possível e não estaríamos aqui reunidos, desfrutando, juntos,

destes momentos que nos são tão importantes.

À minha esposa Ana Carolina (Carol)

Mesmo com todas as dificuldades, esteve sempre ao meu lado,

me ajudando, me dando forças, alegria, compreensão, sem você não

teria conseguido. Obrigado por seu amor, pelas palavras de incentivo e

pelo apoio incondicional.

“Às vezes os desafios são imensos, mas nada é maior do que

nossa capacidade de superação. As dificuldades são permanentes, são

certezas da vida, mas quando temos êxito tudo parece fácil, como se

não houvesse desafios.”

Aos meus pais Luiz Carlos e Maria de Fátima

Pelo esforço, dedicação e compreensão, em todos os momentos

desta e de outras caminhadas,

DEUS

colocou vocês em minha vida e

quem mais perfeito que

ELE

para encontrar pessoas perfeitas como

(4)

À Milena

Minha irmãzinha querida, luz da minha vida, obrigado por você

ser assim tão especial, e fazer da vida dos que te rodeiam uma roda

gigante de felicidade.

Ao Márcio e Meliani

Obrigado pelo apoio e pelo convívio, nossas vidas tomaram

rumos distantes, mas quanto mais nos distanciamos mais próximos

ficamos. Nossos caminhos são diferentes. Mas, às vezes, eles se

cruzam, então nesses momentos voltamos a caminhar juntos e na

mesma direção.

Ao Claudinei e Suzana

Obrigado por estarem sempre presentes, pela ajuda, pela

compreensão, agradeço todos os dias por tê-los em minha vida.

À Gabriela e Eduardo

(5)

À Luciana

Obrigado pelo apoio, pelo incentivo e principalmente pelo

exemplo de dedicação e profissionalismo.

À pequena Lívia

Obrigado por iluminar a minha vida e de todos que a conhecem.

Ao pequeno Heitor

O gostosão do tio, alegria da casa. Como um ser tão pequeno e

ingênuo pode nos fazer tão feliz.

“A família é muito maior do que se imagina. Ela representa o passado, o presente e também o futuro.”

(6)

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

À minha orientadora, Profa Dra Cleide Cristina Rodrigues Martinhon, obrigado

por ter me orientado de forma sábia, me direcionando para o melhor caminho. Agradeço também pela amizade e carinho e, sobretudo, pelo exemplo de força de vontade e determinação.

Ao Prof. Dr. Alberto Carlos Botazzo Delbem pela disponibilidade, pela paciência e conselhos que foram muito importantes para a concretização deste trabalho. Exemplo de capacidade e determinação.

Ao Prof. Dr. Paulo Henrique dos Santos, pessoa de admirável competência. Obrigado por nos ceder gentilmente o rugosimetro e pela disponibilidade e atenção durante as análises.

Ao Prof. Dr. Juliano Pelim Pessan pelo conhecimento compartilhado, pelos ensinamentos, conselhos e, principalmente, pela amizade.

À Maria dos Santos Ferreira Fernandes pela disponibilidade e dedicação, por ter sido meu braço direito na preparação e execução de meus trabalhos, fica meu eterno agradecimento e admiração.

“A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.”

(7)

AGRADECIMENTOS

À Faculdade de Odontologia de Araçatuba, na pessoa dos professores Dra.

Ana Maria Pires Soubhia, digníssima Diretora, e Dr. Wilson Roberto Poi, digníssimo Vice-Diretor.

Ao Curso de Pós-Graduação em Ciência Odontológica - Área Saúde Bucal da Criança - Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.

Aos docentes da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Araçatuba, UNESP, Prof. Dr. Célio Percinoto, Prof. Dr. Alberto Carlos Botazzo Delbem, Prof. Dr. Robson Frederico Cunha, Profª. Dra. Rosângela dos Santos Nery,

Profª. Dra. Sandra M. H. C. Ávila de Aguiar, Prof. Dr. Juliano Pelim Pessan e Profª.

Dra. Cristiane Duque, exemplos de dedicação, pela agradável convivência e

conhecimentos transmitidos.

Aos funcionários da Disciplina de Odontopediatria, Maria dos Santos Ferreira Fernandes e Mario Luis da Silva, pelo auxílio indispensável e pela convivência agradável.

A todos os colegas do curso de Pós-Graduação em Odontopediatria (Mestrado e Doutorado) da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, pela convivência carinhosa.

Aos amigos do Laboratório que sempre incentivaram, ajudaram e compreenderam o esforço na realização desse trabalho.

(8)

Aos funcionários da Biblioteca da Faculdade de Odontologia de Araçatuba da UNESP, pela atenção e disponibilidade com que sempre me receberam.

Aos funcionários da Seção de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia de Araçatuba- UNESP, pelo profissionalismo, atenção e, sobretudo, pela paciência.

Aos demais professores e funcionários da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.

Ao Frigorífico JBS, que permitiu a coleta dos dentes bovinos.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela concessão de recursos que possibilitaram a realização deste Curso de Doutorado.

(9)

EPÍGRAFE

“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de

água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota”.

(Madre Teresa de Calcuta)

“A menos que modifiquemos a nossa maneira de pensar, não seremos

capazes de resolver os problemas causados pela forma como nos

acostumamos a ver o mundo”.

(Albert Einstein)

“Quanto mais aumenta nosso conhecimento, mais evidente fica nossa

ignorância”.

(10)

RESUMO GERAL

Moretto, M.J. Efeito de agentes fluoretados e suplementados com trimetafosfato de sódio sobre a erosão e abrasão do esmalte dentário. Estudos in situ e ex vivo. 2012. 79f. Tese (Doutorado em Ciência Odontológica) - Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, 2012.

O presente estudo teve como objetivo avaliar in situ/ex vivo a ação de agentes fluoretados e suplementados com trimetafosfato de sódio (TMP) sobre a erosão (ERO) associada ou não a abrasão (ERO+ABR) de esmalte dentário bovino. O 1º capitulo abordou o efeito de dentifrícios de diferentes concentrações de fluoreto (F) suplementados com TMP sobre a ERO e ERO+ABR do esmalte. Os voluntários (n=15) foram aleatoriamente divididos em 5 grupos de acordo com os dentifrícios: placebo, 1100 µg F/g, 1100 µg F/g + 3% TMP, 500 µg F/g + 3%TMP e 5000 µg F/g. Os voluntários utilizaram dispositivos palatinos contendo 4 blocos de esmalte organizados em duas fileiras que correspondiam a ERO e ERO+ABR. Os blocos foram submetidos a desafio ácido com Coca-Cola® (pH 2,6) por 5 minutos 4x/dia,

(11)

de dentifrício sem flúor conforme descrito para o Capítulo 1. Foram avaliados o desgaste do esmalte (µm), dureza superficial final (SHf) e a dureza integrada da subsuperficie (ǻKHN). Os resultados foram analisados por ANOVA 2 critérios e teste de Student-Newman-Keuls (p <0,05). O verniz fluoretado suplementado com TMP promoveu desgaste e ǻKHN significativamente menores quando comparado aos demais tratamentos, tanto para ERO como para ERO+ABR (p<0,05). Quanto à SHf, resultados semelhantes foram obtidos para os grupos NaF 2,5% + TMP 3% e NaF 5%, os quais foram significativamente mais altos que os demais grupos tanto para ERO como para ERO+ABR (p <0,05). De acordo com os protocolos utilizados, concluiu-se que a suplementação de dentifrícios e vernizes fluoretados com trimetafosfato de sódio promoveu proteção contra ERO e ERO+ABR semelhante ou superior à de formulações contendo maiores concentrações de F sem suplementação com TMP.

(12)

General Abstract

Moretto, M.J. Effect of fluoridated agents supplemented with sodium trimetaphosphate on erosion and abrasion of bovine dental enamel. Studies in situ and ex vivo. 2012 79p. [Thesis] – Araçatuba Dental School, São Paulo State University, Araçatuba, 2012.

The aim of the present study was to evaluate in situ/ex vivo fluoridated agents supplemented with sodium trimetaphosphate (TMP) on bovine enamel erosion (ERO) with or without abrasion (ERO+ABR). The 1st chapter addressed the effect of dentifrices with different fluoride (F) concentrations supplemented with TMP on ERO and ERO+ABR. Subjects (n=15) were randomly assigned into 5 groups according to the dentifrices: placebo, 1100 µg F/g, 1100 µg F/g + 3% TMP, 500 µg F/g + 3% TMP and 5000 µg F/g. The volunteers wore palatal appliances containing four enamel blocks arranged in two rows corresponding to ERO and ERO+ABR. All blocks were subjected to acid challenge with Coca-Cola® (pH 2.6) for 5 minutes 4x/ day, for 7 days. Half of the blocks (ERO) was exposed to a slurry of the dentifrice used in each phase for 15 seconds, while the other half of the blocks (ERO+ABR) was subjected to abrasion (brushing for 15 seconds) using the same slurry. Enamel wear (µm) and final surface hardness (SHf) were assessed after the experimental periods. Data were analyzed by 2-way ANOVA followed by Student-Newman-Keuls test (p<0.05). Significantly lower wear values were observed for groups 500 µg F/g + 3 %TMP and 5000 µg F/g in comparison to other groups for ERO and ERO+ABR (p<0.05). Concerning SHf, significantly higher values were observed for the group 5000 µg F/g, with no significant differences among the other groups except the placebo for both ERO and ERO+ABR (p <0.05). In the 2nd chapter the protective effect of

(13)

being treated with F-free dentifrice slurry as described in Chapter 1. Enamel wear (µm), final surface hardness (SHf) and integrated subsurface hardness (ǻKHN) were assessed after the experimental periods. Results were analyzed by 2-way ANOVA and by Student-Newman-Keuls test (p <0.05). The F varnish supplemented with TMP promoted significantly lower wear and ǻKHN when compared to the other treatments, both for ERO and ERO+ABR (p<0.05). Regarding SHf, similar results were obtained for groups 2.5% NaF + 3% TMP and 5% NaF, which were significantly higher than the other groups for both ERO and ERO+ABR (p<0.05). According to the protocols used, it was concluded that supplementation of fluoridated dentifrices and varnishes with TMP promoted similar or greater protection against ERO and ERO+ABR when compared to subsequently formulations containing higher concentrations of F without supplementation with TMP.

(14)

LISTA DE ABREVIATURAS

% = Porcentagem

ȝ = Micro

ȝg = Micrograma

ȝg F/g = Micrograma de fluoreto por grama

ȝm = Micrômetro Ca = Cálcio

ǻKHN = Perda integrada da dureza de subsuperfície

ERO = Erosão

ERO + ABR = Erosão associada a abrasão F = Fluoreto

h = horas

KHN = Unidade de dureza Knoop Log = Logaritmo

M = Molar mL = Mililitros mm = Milímetros

mm2= Milímetros quadrados

Mol/L = Molaridade n = Número da amostra NaF = Fluoreto de Sódio P = Fósforo

pH = Potencial hidrogeniônico RDA = Relative Dentin Abrasivity Seg = Segundos

SD = Standard deviation

SH = Dureza de superfície inicial SHf = Dureza de superfície final

(15)

SUMÁRIO

1. Introdução Geral

2. Capítulo 1 - Ação de dentifrícios fluoretados suplementados com TMP sobre a erosão e abrasão do esmalte dentário. Estudo in situ e ex vivo.

16

19

2.1 Resumo 20

2.2 Introdução

2.3 Materiais e Métodos

21 22

2.4 Resultados 25

2.5 Discussão 26

2.6 Referências

2.7 Listas de Tabelas e Figuras 2.8 Tabelas e Figuras

3. Capítulo 2 - Ação de vernizes com diferentes concentrações de fluoreto suplementado com trimetafosfato de sódio sobre a erosão e abrasão do esmalte dentário. Estudo in situ e ex vivo.

28 32 33

35

3.1 Resumo 36

3.2 Introdução 37

3.3 Materiais e Métodos 38

3.4 Resultados 42

3.5 Discussão 43

3.6 Referências

3.7 Listas de Tabelas e Figuras 3.8 Tabelas e Figuras

4. Anexos

45 48 49

(16)

1. INTRODUÇÃO GERAL

A erosão dentária é o resultado da perda de estrutura dentária provocada pela ação de ácidos e que não são de origem bacteriana (Buratto et al., 2002). Para Lussi et al., (2004) o desenvolvimento da erosão é influenciado por fatores químicos, comportamentais e biológicos. A abrasão dentária é um desgaste patológico decorrente da ação de um processo mecânico envolvendo substâncias ou objetos entre superfícies dentárias (Magalhães et al., 2008). Recentemente tem se realizado muitas investigações para compreender melhor os processos envolvidos na erosão dentária que promovem o desgaste da superfície do dente, esse processo raramente ocorre sem que haja também a associação com abrasão dentária, evidenciando que o esmalte erodido é mais susceptível ao desgaste (Wiegand; Attin, 2011; Rios et al., 2008). Sendo assim, vários estudos têm investigado os efeitos da escovação dentária em erosão de tecidos duros, muitas vezes avaliando a eficácia preventiva de diferentes agentes combinados sobre as lesões promovidas pela erosão e abrasão (Wiegand; Attin, 2011).

Embora o efeito da aplicação de fluoretos na prevenção da erosão dentária ainda seja uma questão controversa, muitos estudos demonstraram o potencial de proteção e os efeitos da aplicação de flúor sobre a erosão dentária (Ganss et al., 2004; Lagerweij et al., 2006), entretanto, existe uma grande diversidade de metodologias utilizadas nos estudos o que dificulta as comparações entre os agentes utilizados e a quantidade ideal de fluoreto necessária para que haja benefícios sobre a erosão e erosão associada a abrasão.

Com a intenção de verificar o uso de dentifrícios fluoretados sobre a erosão e erosão e abrasão do esmalte dentário Rios et al., (2008) observaram que com o aumento da concentração de fluoreto (5000 ug F/g) os resultados obtidos foram iguais quando comparados aos de um dentifrício de menor concentração (1100 ug F/g) sobre erosão dentária, entretanto quando avaliaram a erosão associada a abrasão dentária os resultados obtidos foram menores para o dentifrício de maior concentração. Já Moretto et al., (2010) em seu estudo observou um menor desgaste para o dentifrício de maior concentração de fluoreto 5000 ug F/g em relação ao dentifrício 1100 ug F/g em ambas as condições.

(17)

deva- se ao fato de não se remover o verniz após sua aplicação, sendo as amostras submetidas ao desafio erosivo protegidas mecanicamente pelo verniz o que possivelmente interferiu nos resultados. Quando comparamos o estudo de Vieira et al., (2007) com o estudo de Magalhães et al., (2007) onde foi removido o verniz após 6 horas, observamos que os resultados foram totalmente opostos. Mesmo diante de algumas limitações os vernizes podem se tornar efetivos na erosão como ficou demonstrado no trabalho de Manarelli, (2010) onde o Trimetafosfato de sódio (TMP) foi adicionado aos vernizes fluoretados.

Aparentemente o desempenho dos fluoretos sobre os processos de erosão e erosão/ abrasão é limitado. Outro meio que tem se mostrado efetivo é a suplementação com trimetafosfato de sódio (TMP) em agentes fluoretados, que tem mostrado resultados positivos que pode ser adotado para potencializar o efeito dos dentifrícios fluoretados (Moretto et al.,2010; Manarelli et al., 2011). O TMP parece atuar (quando em proporções adequadas com o fluoreto) fornecendo maior proteção contra os desafios erosivos e mesmo em concentrações menores de fluoreto, obtendo resultados significativos quando comparados a agentes de maior concentração (Moretto et al., 2010; Manarelli et al., 2011). Foi demonstrado por Moretto et al., (2010) que o dentifrício 500 ug F/g TMP 3% obteve resultados de desgaste semelhantes ao dentifrício 5000 ug F/g mesmo possuindo uma quantidade dez vezes menor de fluoreto em sua composição, comprovando a eficácia da associação do TMP ao F.

Devido à escassez de trabalhos na literatura que demonstram a ação de agentes (dentifrícios e vernizes) fluoretados e suplementados com trimetafosfato sobre a prevenção ou redução da lesão erosiva, de acordo com os resultados apresentados nestes estudos, seria interessante avaliar a ação destes agentes sobre a erosão e abrasão dentária, analisando o comportamento da associação

(18)

Referências Bibliográficas

BURATTO, E.M. et al. Avaliação do potencial erosivo aos tecidos duros dentais de bebidas esportivas nacionais. Revista ABO Nac., v. 10, n.2, p. 109-112, 2002. GANSS, C. et al. Effects of two fluoridation measures in erosion progression on enamel and dentine in situ; Caries Res., v.38, n.6, p.561-6, 2004.

LAGERWEIJ M.D. et al. Prevention of erosion and abrasion by a high fluoride concentration gel applied at high frequencies. Caries Res; 2006;40(2):148-53.

LUSSI A. et al. The role of diet in the aetiology of dental erosion. Caries Res., 38: 34–44. 2004.

MAGALHÃES, A. C. et al. Influência dos fluoretos na prevenção de lesões erosivas. In: Marília Afonso Rabelo Buzalaf. Fluoretos e Saúde Bucal. 1ed. São Paulo: Santos, 2008, v1 , p. 221-246.

MAGALHÃES, A.C. et al. Effect of an experimental 4% titanium tetrafluoride varnish on dental erosion by a soft drink. J Dent.,2007 Nov;35(11):858-61.

MANARELLI MM. et al. Efeito do uso de vernizes com alta e baixa concentração de fluoreto suplementado com trimetafosfato sobre a erosão e abrasão do esmalte dentário. Estudo in vitro. 2011. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, 2011.

MANARELLI, M.M. et al. Effect of mouth rinses with fluoride and trimetaphosphate on enamel erosion: an in vitro study. Caries Res., 2011;45(6):506-9.

MORETTO, M.J. et al. Effect of different fluoride concentrations of experimental dentifrices on enamel erosion and abrasion. Caries Res., 2010;44:135-140.

RIOS, D. et al. The efficacy of a highly concentrated fluoride dentifrice on bovine enamel subjected to erosion and abrasion. J Am Dent Assoc., 139:1652-1656. 2008.

VIEIRA, A. et al. Inhibition of erosive wear by fluoride varnish. Caries Res., 41:61-7, 2007.

(19)

2. CAPÍTULO 1

Ação de dentifrícios fluoretados suplementados com TMP sobre a erosão e abrasão do esmalte dentário. Estudo in situ e ex vivo.1

Moretto MJ., Delbem ACB., Martinhon CCR.

Faculdade de Odontologia, UNESP - Univ Estadual Paulista, Araçatuba, SP, Brasil.

Título curto: dentifrício suplementado com trimetafosfato sobre a erosão e abrasão.

Palavras chave: Dentifricios. Esmalte dentário. Flúor. Fosfato. Erosão.

Correspondência:

Cleide Cristina Rodrigues Martinhon Universidade Estadual Paulista – UNESP Departamento de Odontologia Infantil e Social Rua : José Bonifácio 1193

Araçatuba – SP - Brasil CEP: 16015-050

Tel: (55) (18) 3636 3235 Fax : (55) (18) 3636 3332

Email: cleidecristina@foa.unesp.br

(20)

2.1 RESUMO

Este estudo in situ e ex vivo avaliou o efeito de dentifrícios com diferentes concentrações de fluoreto, suplementados ou não com trimetafosfato de sódio (TMP), sobre a erosão (ERO) e erosão seguida por abrasão (ERO + ABR). Para este estudo foram selecionados 15 voluntários, aleatoriamente divididos em 5 grupos de acordo com os tratamentos: placebo, 1100 µgF/g, 1100 µgF/g + TMP 3%, 500 µgF/g +TMP 3% e 5000 µgF/g. Cada dispositivo palatino comportava 4 blocos de esmalte, divididos em duas fileiras que correspondiam a ERO e ERO + ABR. Os dispositivos foram submetidos ao desafio ácido com Coca-Cola® (pH 2,6)

(21)

2.2 INTRODUÇÃO

Na última década, a erosão dentária, e sua associação ao desgaste mecânico têm chamado atenção devido aos danos causados aos dentes [Lussi et al., 2011]. O ataque ácido promove uma perda irreversível de tecido dentário duro, que é acompanhado por um amolecimento progressivo da superfície [Amaechi e Higham, 2001]. O esmalte amolecido torna-se mais suscetível a forças mecânicas como a abrasão e a atrição [Attin et al., 2001;. Rios et al., 2006]. Entre as principais estratégias preventivas para reduzir a erosão dentária e a abrasão incluem a aplicação de fluoretos, sendo sua alta concentração relacionada ao aumento da resistência à abrasão e diminuição da erosão inicial promovida em esmalte dentário [Ganss et al., 2004; Vieira et al., 2007; Lussi et al., 2008; Rios et al., 2008].

Os dentifrícios desempenham um papel importante na manutenção da saúde oral geral, que ocorre através da exposição diária ao fluoreto por meio das pastas de dentes, fornecendo uma proteção básica contra a desmineralização imediata promovida por alimentos e bebidas ácidas [Ganss et al., 2011].

Alguns estudos têm demonstrado um efeito limitado dos dentifrícios com 1.100 µgF/g quando comparados aos dentifrícios não fluoretados sobre a erosão e abrasão da dentina e esmalte, respectivamente [Ponduri et al., 2005;. Magalhães et al., 2007]. Em um estudo in situ, demonstrou-se que dentifrício com 5.000 µgF/g apresentou o mesmo resultado quando comparados aos dentifrícios com 1.100 µgF/g em erosão e erosão associada à abrasão do esmalte [Rios et al., 2008].

(22)

dentifrícios com baixa concentração de fluoreto (500 µgF/g) sobre a erosão e abrasão em esmalte in vitro e os resultados foram superiores quando comparados aos dentifrícios com 1100 µgF/g.

Diante disso, este estudo in situ/ex vivo teve como objetivo avaliar o efeito de dentifrício de baixa concentração de fluoreto suplementado com TMP, sobre a erosão e abrasão do esmalte dentário verificando pela dureza final SH (expresso como número de dureza Knoop, KHN) e perfilometria com medições de desgaste da superfície (expressa em micrômetros) como variáveis de resposta.

2.3 MATERIAIS E MÉTODOS

2.3.1 Delineamento experimental

Este estudo foi aprovado pelo Comitê em Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia de Araçatuba–UNESP2, segundo a resolução no 196/96 do

Conselho Nacional de Saúde Brasileiro (Ministério da Saúde, DF, Brasil), com o no:

200901318.

O estudo foi cruzado e cego, utilizando blocos de esmalte previamente polidos e selecionados através da análise de dureza de superfície (SH). Os grupos foram divididos em 5 grupos experimentais, distribuídos aleatoriamente, de acordo com os dentifrícios experimentais: placebo, 1100 µg F/g, 1100 µg F/g + TMP 3%, 5000 µg F/g, e 500 µg F/g + TMP 3% e de acordo com o desafio ERO e ERO + ABR. Os blocos foram isolados em suas metades com esmalte cosmético (Risqué -Niasi & Cia, SP, Brasil), sendo desta forma apenas metade de sua superfície exposta ao desafio ácido e ao tratamento e mantendo-se uma área hígida para possibilitar a analise do perfil da superfície. Para este estudo foram selecionados 15 voluntários, os desafios erosivos foram de 7 dias produzidos por bebida carbonatada (Coca-Cola®, pH 2,6, 150 mL) por 5 minutos 4 vezes ao dia. Imediatamente após o desafio erosivo, os blocos foram submetidos ao tratamento com suspensão de dentifrício com água deionizada (1:3) por 15 segundos 3. Todos

os voluntários participaram das 5 fases do estudo e fizeram um intervalo de 7 dias

2 ANEXO B

(23)

entre as fases. Metade de cada dispositivo foi submetida à ERO e a outra metade submetida à ERO + ABR realizada através de escovação com escova macia Colgate Clean (Colgate-Palmolive Company®, São Paulo SP) em 15 movimentos

(15 segundos). A seguir, determinou-se a microdureza final (SHf) e o perfil superficial, que mediu o desgaste (µm) sofrido pelo esmalte após os desafios.

2.3.2 Preparo dos blocos de esmalte

Trezentos blocos de esmalte (4X4 mm) foram preparados, extraídos a partir de incisivos bovinos, que foram previamente esterilizados e armazenados em solução de formaldeído a 2% (pH 7,0) durante 30 dias, em temperatura ambiente4 A

superfície do esmalte dos blocos foi planificada utilizando discos metalográficos de granulação 400, 600 e 1.200 (Buehler, Lake Bluff, Illinois, EUA) e polidos com solução diamantada (MetaDi® suspensão de diamante monocristalino, 1µm; Buehler), retirando aproximadamente 200µm da superfície do esmalte5. Após

polimento, a dureza inicial da superfície do esmalte foi determinada e blocos com KHN entre 340,0 e 370,0 foram selecionados e divididos em 5 grupos e subdivididos de acordo com o desafio (ERO e ERO + ABR). Foram aplicadas 2 camadas de esmalte cosmético (Risqué -Niasi & Cia, SP, Brasil), isolando metade da superfície de cada bloco para possibilitar a determinação do perfil da superfície após os desafios 6.

2.3.3 Dosagem do fluoreto nos dentifrícios experimentais.

As formulações dos dentifrícios experimentais continham os seguintes componentes: dióxido de titânio, goma de celulose, metil-p-hidroxibenzoato de sódio, fosfato trissódio, aroma, sacarinato de sódio, óleo de menta, propilenoglicol, glicerina, sorbitol, sílica hidratada e fluoreto de sódio e trimetafosfato de cálcio. A concentração de fluoreto nos dentifrícios experimentais foi de: 500, 1100 e 5000 µgF/g (NaF, Merck, Germany) e trimetafosfato de sódio (TMP 3%, Sigma-Aldrich Co., USA) adicionado aos dentifrícios de 500 e 1100 µgF/g. Um dentifrício sem

4

ANEXO C

(24)

fluoreto e TMP (placebo) foi preparado como controle negativo. Foram determinados o flúor Total e Iônico [Delbem et al., 2002] utilizando um eletrodo especifico (Orion 9609-BN; Orion Research Inc., Beverly, Mass., USA) conectado ao analisador (Orion 720 A+; Orion Research Inc.). O pH das diluições de dentifrícios em água deionizada (1:3) foram determinados utilizando um eletrodo de pH (2A09E, Analyser, São Paulo, Brazil) calibrado com os padrões de pH 7.0 e 4.0.

2.3.4 Desafio Erosivo e tratamento

Foram confeccionados cinco dispositivos intrabucais palatinos, por voluntário, um para cada período, confeccionados em resina acrílica. Cada dispositivo possuía 2 nichos do lado direito e 2 nichos do lado esquerdo para comportar 4 blocos de esmalte, cada nicho comportou um bloco de 4X4X3mm fixados com cera pegajosa. Uma semana antes do início do experimento e entre cada fase do estudo os voluntários utilizaram dentifrício placebo. Os voluntários foram divididos aleatoriamente em 5 grupos e utilizaram cada aparelho por 7 dias. Quatro vezes ao dia, aproximadamente ás 8h, 12h, 20h, 22h, os voluntários deveriam colocar os aparelhos imersos em um copo contendo 150 mL de bebida carbonatada (Coca-Cola®, pH 2,6) por 5 minutos. Após esse período, o dispositivo com os blocos foi

submetido ao tratamento com suspensão de dentifrícios e água deionizada (1:3), durante 15 segundos. Os blocos que foram destinados à abrasão foram escovados com escova de cerdas macias (Colgate classic clean, Colgate-Palmolive Company®,

São Paulo SP), utilizando-se a suspensão de dentifrício e água deionizada (1:3), realizando 15 movimentos de vai e vem por 15 segundos 7.

2.3.5 Análises de Microdureza e Perfilometria

O esmalte cosmético que estava protegendo a superfície de referência foi removido cuidadosamente com algodão embebido em acetona (1:3) [Magalhães et al., 2007]. A dureza inicial e final de superfície foi determinada (SH e SHf) utilizando-se um microdurômetro (HMV-2000/ Shimadzu Corporation, Japan) acoplado a um microcomputador e um software especifico para análise das

(25)

imagens (Cams-Win_new Age Industries/USA). Utilizou-se um penetrador diamantado piramidal tipo KNOOP, com carga estática de 25g por dez segundos. Foram realizadas 5 marcações e determinada a SH inicial para seleção prévia dos blocos e, ao final do experimento, foi determinada a SH final (SHf) na área submetida aos desafios e tratamentos 8.

Para determinação do desgaste superficial utilizou-se o Rugosímetro Surftest SJ 401 – Mitutoyo (Mitutoyo American Corporation), acoplado a um microcomputador que processou e armazenou as informações pertinentes aos ensaios com o auxilio de um software especifico do equipamento (Surfpack 1.6, Mitutoyo American Corporation). Foram realizadas 5 leituras para cada bloco, obtendo-se a medida do desgaste em micrômetros entre à área protegida do espécime (superfície de referência) e o vale de desgaste 9.

2.3.6 Análise estatística

Para a análise estatística foi utilizado o software Sigmaplot© para Windows versão 12.0, o limite de significância foi fixado em 5 %. Foram realizados os testes de normalidade (Shapiro-Wilk) e homocedasticidade (Cochran), e em seguida os dados foram submetidos ao teste ANOVA 2 critérios, considerando o tipo de dentifrício (5 formulações) e o tipo de desafio ( ERO e ERO + ABR). O teste Student-Newman-Keuls foi utilizado como teste post hoc para a análise de variância entre todas as comparações acima.

2.4 Resultados

As concentrações de fluoreto total e iônico (média ± SD µg F/g; n = 3) nos dentifrícios experimentais (Placebo, 500 + TMP3%, 1100, 1100 + TMP3%, e 5000 µgF/g) foram respectivamente: 11,9 ± 4,4 e 10,5 ± 1,8; 505,1 ± 4,8 e 513,2 ± 5,8; 1122 ± 7 e 1114,3 ± 21,3; 1119 ± 33,9 e 1138,7 ± 12; 5213,7 ± 83,4 e 4988,2 ± 40,4. O pH médio dos dentifrícios : 8,0, 6,0, 7,0, 6,0, 6,5 respectivamente.

Quanto ao desgaste superficial (µm) o dentifrício 500 µg F/g + TMP 3% promoveu um menor desgaste assim como o dentifrício 5000 µg F/g, ambos

8 ANEXO K

(26)

apresentaram menor desgaste que os demais grupos, sendo que o grupo placebo foi o que apresentou os maiores valores de desgaste tanto em ERO como em ERO+ABR (Tabela 1) 10.

A média de dureza inicial SH (± SD) foi de 356,5 (± 4,3) KHN para todos os grupos. A dureza superficial após a ERO e ERO+ABR foi maior no grupo 5000 µg F/g seguido pelos grupos 500 µg F/g + TMP3%, 1100 µg F/g, 1100 µg F/g + TMP3% e por ultimo o placebo com os menores resultados de dureza superficial final (SHf). Na condição de ERO+ABR a dureza foi maior em todos os grupos testados quando comparados a condição de ERO. (Figura 1) 11.

2.5 Discussão

Para se determinar o efeito sobre a ERO e ERO + ABR de dentifrícios fluoretados suplementados com TMP, foi utilizado um modelo in situ e ex vivo para se avaliar o desgaste do esmalte dentário bovino. Este modelo permitiu a formação da película adquirida [Rios et al.,2006], desempenhando um papel importante no processo erosivo por influenciar a interação entre os componentes do dentifrício e o dente [Amaechi et al., 1999, Hara et al., 2006, Rio et al., 2008]. Este modelo foi baseado em estudo in vitro de Moretto et al., [2010] onde os mesmos dentifrícios foram testados com exceção do dentifrício 1100 µgF/g + TMP 3%. Os resultados obtidos corroboram parcialmente com os resultados de Moretto et al., [2010] sendo o grupo 500 µgF/g + TMP 3% que apresentou os menores valores de desgaste não obtendo diferença estatística em relação ao grupo 5000 µgF/g, entretanto em Moretto et a.,[2010] o grupo 5000 µgF/g foi superior aos demais grupos fluoretados e neste estudo não houve diferença estatística, no entanto quando comparamos este estudo com Rios et al., [2008] observamos que os grupos com 1100 µgF/g e 5000 µgF/g também não foram diferentes estatisticamente.

Sabe-se que a ação de dentifrício fluoretado é atribuída principalmente à precipitação de CaF2 em superfícies dentais erodidas, que lhe permite reduzir o

desgaste do esmalte parcialmente por subsequente erosão e / ou abrasão [Magalhães et al., 2007, Moretto et al., 2010]. Já a literatura sugere que TMP pode

10 ANEXO L

(27)

interferir com a dissolução do esmalte, reduzindo assim a perda mineral [Gonzalez et al., 1973; McGaughey e Stowell,1977]. Essa maior eficácia pode estar relacionada com a concentração mais elevada de fluoreto de cálcio e fósforo presentes no esmalte quando o TMP está presente no produto e em concentrações adequadas [Takeshita et al., 2009, Manarelli et al., 2011]. O dentifrício experimental 1100 µgF/g TMP 3% foi semelhante ao dentifrícios 1100 µgF/g , seus valores de desgaste foram maiores que os obtidos com o grupo 500 µgF/g TMP 3% indicando que realmente há uma proporção ideal entre F e TMP. Outros fatores importantes relacionados ao impacto dos dentifrícios no desgaste do dente como o tamanho e a quantidade de abrasivos [Wiegand et al., 2008], no caso deste estudo o valor de RDA não foi verificado pois todos os dentifrícios foram manipulados da mesma forma, contendo o mesmo tipo e quantidade de abrasivos.

Ao observar os dados de dureza do presente estudo foi verificado que o grupo 5000 µgF/g manteve os maiores valores de dureza quando comparado aos demais grupos (1100 µgF/g, 1100 µgF/g + TMP3%, 500 µgF/g + TMP 3%) que foram semelhantes entre si, sendo que todos os tratamentos obtiveram resultados de dureza maiores quando comparados ao placebo em ambas as condições (ERO e ERO +ABR). No estudo de Moretto et al., [2010], os valores de dureza dos grupos 500 µgF/g + TMP3% e 5000 µgF/g foram estatisticamente iguais sendo maiores que dos demais grupos em ambas situações (ERO e ERO + ABR) tal diferença pode ter ocorrido provavelmente por se tratar de um estudo in situ e ex vivo, onde há uma série de fatores que podem interferir nos resultados, além das diferenças metodológicas dos estudos.

Outro ponto que deve ser considerado é que o TMP pode atuar de maneira significante tanto na carie dentária (Takeshita et al., 2009) como em ERO e ERO + ABR ( Moretto et al., 2010; Manarelli et al., 2011), para que tal efeito ocorra é necessário uma relação ideal entre a concentração de TMP e F, pois o TMP parece competir com o fluoreto ao se ligar a hidroxiapatita e sua presença facilita a ligação de fosfato e cálcio para o interior da lesão dificultando a difusão do ácido o que diminui a perda mineral promovida pela ERO e ERO +ABR.

(28)

Agradecimentos

Agradecemos a CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, pela concessão da bolsa de estudos. Agradecemos também à técnica de laboratório do Departamento de Odontologia Social e Infantil, Maria dos Santos Ferreira Fernandes e aos voluntários deste estudo.

2.6 Referências

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Amaechi BT, Higham SM: Eroded enamel lesion remineralization by saliva as a possible factor in the site-specificity of human dental erosion. Arch Oral Biol 2001;46(8):697-703.

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Delbem ACB, Vieira AEM, Cury JA: Avaliação do potencial cariostático do dentifrício brasileiro de maior participação no mercado. Rev Bras Odontol 2002; 59: 14– 18.

Ganss C, Klimek J, Brune V, Schürmann A: Effects of two fluoridation measures on erosion progression in human enamel and dentine in situ. Caries Res 2004;38(6):561-6.

(29)

Gonzalez M, Jeansonne BG, Feagin FF: Trimetaphosphate and fluoride actions on mineralization at the enamel-solution interface. J Dent Res 1973;52:261-266.

Hara AT, Lussi A, Zero DT: Biological factors. Monogr Oral Sci 2006;20:88-99.

Huysmans MC, Jager DH, Ruben JL, Unk DE, Klijn CP, Vieira AM: Reduction of erosive wear in situ by stannous fluoride-containing toothpaste. Caries Res 2011;45(6):518-23.

Lussi A, Megert B, Eggenberger D, Jaeggi T: Impact of different toothpastes on the prevention of erosion. Caries Res 2008;42(1):62-7.

Lussi A, Schlueter N, Rakhmatullina E, Ganss C: Dental erosion--an overview with emphasis on chemical and histopathological aspects. Caries Res. 2011;45 Suppl 1:2-12.

Magalhães AC, Rios D, Delbem ACB, Buzalaf MAR, Machado MAAM: Influence of fluoride dentifrice on brushing abrasion of eroded human enamel: an in situ/ex vivo study. Caries Res 2007;41: 77–79.

Maggio B, Guibert RG, Mason SC, Karwal R, Rees GD, Kelly S, Zero DT: Evaluation of mouthrinse and dentifrice regimens in an in situ erosion remineralisation model. J Dent 2010;38 Suppl 3:37-44.

Manarelli MM, Vieira AE, Matheus AA, Sassaki KT, Delbem AC: Effect of mouth rinses with fluoride and trimetaphosphate on enamel erosion: an in vitro study. Caries Res 2011;45(6):506-9.

(30)

Moretto MJ, Magalhães AC, Sassaki KT, Delbem AC, Martinhon CC: Effect of different fluoride concentrations of experimental dentifrices on enamel erosion and abrasion. Caries Res 2010;44:135-140.

Ponduri S, Macdonald E, Addy M: A study in vitro of the combined effects of soft drinks and tooth brushing with fluoride toothpaste on the wear of dentine. Int J Dent Hyg 2005;3: 7–12.

Rios D, Honório HM, Magalhães AC, Delbem AC, Machado MA, Silva SM, Buzalaf MA: Effect of salivary stimulation on erosion of human and bovine enamel subjected or not to subsequent abrasion: an in situ/ex vivo study. Caries Res. 2006;40(3):218-23.

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Ständtler P, Müller-Bruckschwaiger K, Schäfer F, Huntington E: The effect of sodium trimetaphosphate on caries: a 3-year clinical toothpaste trial. Caries Res 1996;30: 418–422.

Takeshita EM, Castro LP, Sassaki KT, Delbem ACB: In vitro evaluation of dentifrice with low fluoride content supplemented with trimetaphosphate. Caries Res 2009;43:50-56.

Vieira A, Jager DHJ, Ruben JL, Huysmans MC: Inhibition of erosive wear by fluoride varnish. Caries Res 2007;41:61-67.

(31)
(32)

2.7 Listas de Tabelas e Figuras

Tabela 1 - Valores médios do desgaste (µm) do esmalte após desafio erosivo de acordo com os grupos e condição (ERO e ERO+ ABR)

(33)

2.8 - Tabelas e Figuras

Tabela 1

Letras distintas indicam diferença estatisticamente significante (Student

-Newman-Keuls , p<0,05)

Desgaste (µm)

Grupos Erosão Erosão+Abrasão Placebo 4,42 (0,35)a 5,19 (0,25)d

1100 3,31 (0,33) b 4,06 (0,52)e

1100 TMP 3% 3,14 (0,45)b 4,07 (0,53)e

500 TMP 3% 2,73 (0,49)c 3,58 (0,58)f

(34)

Figura 1 –

Erosão e Abrasão dentária

PLACEBO 1100 1100 TMP3% 500 TMP 3% 5000

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 a

b b b

c

Erosão Abrasão

d

e e e f

Grupos S Hf ( Kg/ m m 2 )

Letras distintas indicam diferença estatisticamente significante (Student-Newman

(35)

3. CAPÍTULO 2

Ação de vernizes com diferentes concentrações de fluoreto suplementado com trimetafosfato de sódio sobre a erosão e abrasão do esmalte dentário.

Estudo in situ e ex vivo 12.

Moretto MJ., Manarelli MM., Delbem ACB., Martinhon CCR.

Departamento de Odontologia Infantil e Social. Faculdade de Odontologia, UNESP - Univ Estadual Paulista, Araçatuba, SP, Brasil.

Título curto: Verniz suplementado com trimetafosfato sobre a erosão e abrasão.

Palavras chave: Vernizes. Esmalte dentário. Flúor. Fosfato. Erosão dentária.

Correspondência:

Cleide Cristina Rodrigues Martinhon Universidade Estadual Paulista – UNESP Departamento de Odontologia Infantil e Social Rua : José Bonifácio 1193

Araçatuba – SP - Brasil CEP: 16015-050

Tel: (55) (18) 3636 3235 Fax : (55) (18) 3636 3332

Email: cleidecristina@foa.unesp.br

(36)

3.1 Resumo

(37)

3.2 Introdução

Vários métodos têm sido propostos para evitar ou diminuir a progressão da erosão dentária, como aplicação de fluoretos ou a modificação de bebidas ácidas [Magalhães et al., 2009]. Embora o efeito da aplicação de fluoretos na prevenção da erosão dentária ainda seja uma questão controversa, muitos estudos demonstraram o potencial de proteção e os efeitos da aplicação de flúor sobre a erosão dentária [Ganss et al., 2004; Lagerweij et al., 2006,)

O ataque ácido leva à perda e amolecimento da superfície do esmalte e diminui a resistência ao desgaste, tornando-o mais suscetível à efeitos de abrasão mecânica, tais como escovação [Attin et al., 2001]. Aplicações de agentes com alta concentração de fluoreto, como vernizes, soluções concentradas e géis têm demonstrado um aumento na resistência à abrasão e diminuição no desenvolvimento da erosão do esmalte in vitro e in situ [Ganss et al., 2004;. Vieira et al., 2007]. Outra alternativa que tem se mostrado efetiva na prevenção da lesão erosiva e erosiva/abrasiva, é a adição de produtos em agentes fluoretados para melhorar a efetividade e assim, reduzir a concentração de fluoreto.

Vieira et al., [2007] obteve resultados satisfatórios utilizando vernizes fluoretados em um estudo in situ, entretanto, neste estudo não é mencionado se os vernizes foram removidos antes de se iniciar os desafios erosivos o que pode ter interferido nos resultados, pois a manutenção da camada de verniz poderia fornecer proteção mecânica adicional. Em estudo realizado por Magalhães et al., [2008] os resultados obtidos em relação aos vernizes fluoretados não foram tão satisfatórios, neste estudo foi utilizada uma metodologia diferente e os vernizes foram removidos após 6 horas.

(38)

agente utilizado, como foi demonstrado por Magalhães et al., [2008] onde em estudo in vitro o verniz contendo TiF4 apresentou maior potencial de proteção do

que uma solução TiF4 em esmalte [Magalhães et al., 2008]. Com base nos efeitos

positivos da adição de TMP em dentifrícios e enxaguatórios, seria interessante avaliar os efeitos de um verniz com concentração reduzida associado ao trimetafosfato sobre a erosão e abrasão do esmalte.

O objetivo deste estudo in situ e ex vivo foi avaliar a eficácia dos vernizes fluoretados, suplementados ou não com TMP sobre a erosão do esmalte associada ou não à abrasão.

3.3 Material e Método

3.3.1 Delineamento experimental

O presente estudo foi aprovado pelo comitê em ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia de Araçatuba–UNESP 13, segundo a resolução no 196/96

do Conselho Nacional de Saúde Brasileiro (Ministério da Saúde, DF, Brasil), com o no: 200901318.

O estudo foi cruzado e cego, utilizando blocos de esmalte previamente polidos e selecionados através da análise de dureza de superfície (SH). Os grupos foram divididos em 4 grupos experimentais, distribuídos aleatoriamente, de acordo com os vernizes experimentais: placebo, NaF 5%, NaF 2,5%, NaF 2,5% + TMP 5% e de acordo com a presença ou ausência de escovação. Os blocos foram isolados em suas metades com esmalte cosmético (Risqué -Niasi & Cia, SP, Brasil), sendo desta forma apenas metade de sua superfície exposta ao desafio ácido e ao tratamento e mantendo-se uma área hígida para possibilitar a analise do perfil da superfície. Para este estudo foram selecionados 10 voluntários, os desafios erosivos foram de 5 dias produzidos por ácido cítrico (Labsynth, Diadema, SP, Brasil, pH 3,2, 0,05 M, 100 mL) 5 minutos 4 vezes ao dia, imediatamente após o desafio erosivo os blocos foram submetidos ao tratamento com suspensão de dentifrício com água deionizada (1:3) por 15 segundos. Todos os voluntários participaram das 4 fases do estudo e fizeram um intervalo de 7 dias entre uma fase

(39)

e outra 14. Metade de cada dispositivo foi submetida à ERO e a outra metade

submetida à ERO + ABR realizada através de escovação com escova macia Colgate Clean (Colgate-Palmolive Company®, São Paulo SP) em 15 movimentos (15 segundos). A seguir, determinou-se a microdureza final (SHf) e o perfil superficial, que mediu o desgaste (µm) sofrido pelo esmalte após os desafios.

3.3.2 Formulação dos Vernizes

Os vernizes foram manipulados pela SSWhite Produtos Odontológicos (Rio de Janeiro, RJ, Brasil), por solicitação e orientação dos pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP, com os seguintes componentes: colofônia, etilcelulose, bálsamo de tolú, cera de abelha, toluenosulfonamida, vanilina, sacarina, álcool. A concentração de fluoreto (F) foi de NaF 2,5% e NaF 5%. Foi adicionado a um dos vernizes com NaF 2,5% um sal de fosfato (Trimetafosfato de sódio – TMP) na concentração de 5%. Foi preparado também um verniz sem fluoreto e fosfato (placebo).

3.3.3 Preparo dos blocos de esmalte

Cento e sessenta blocos de esmalte (4mm diâmetro) foram preparados, extraídos a partir de incisivos centrais bovinos, que haviam sido esterilizados e armazenados em solução de formaldeído a 2% (pH 7,0) durante 30 dias, em temperatura ambiente 15. A superfície do esmalte dos blocos foi planificada utilizando discos metalograficos de granulação 400, 600 e 1.200 (Buehler, Lake Bluff, Illinois, EUA) e polidos com solução diamantada (MetaDi® suspensão de diamante monocristalino,

1µm; Buehler), retirando em torno de 200µm da superfície do esmalte16. Após

polimento, a dureza inicial da superfície do esmalte foi determinada e blocos com KHN entre 330,0 e 370,0 foram selecionados e divididos em 4 grupos. Foi aplicada uma fina camada de verniz com microbrush por 6 horas e após sua remoção foram aplicadas 2 camadas de esmalte cosmético (Risqué -Niasi & Cia, SP, Brasil), isolando metade da superfície de cada bloco para possibilitar a determinação do perfil superficial após os desafios.

14

ANEXO H

(40)

3.3.4 Tratamento e desafio erosivo

Foram confeccionados em resina acrílica 4 dispositivos intrabucais palatinos, por voluntário, um para cada fase. Cada dispositivo possuía 2 nichos do lado direito e 2 nichos do lado esquerdo para comportar 4 blocos de esmalte com 4mm de diâmetro que foram fixados com cera pegajosa.

Os voluntários utilizaram cada dispositivo durante 5 dias. Antes do início do experimento os voluntários foram treinados quanto à escovação e quanto a quantidade de suspensão de dentifrício a ser utilizada. O dispositivo foi instalado um dia antes do início da fase experimental, à noite, após a última higiene, para permitir a formação de película adquirida, o verniz experimental foi aplicado nos blocos do dispositivo com o auxilio de um microbrush e permaneceu em contato com os blocos de esmalte por 6 horas, após esse período foi removido e metade de cada bloco foi protegida com esmalte de cosmético (Risqué -Niasi & Cia, SP, Brasil) , o aparelho foi recolocado na boca do voluntário e somente no dia seguinte iniciou-se o desafio erosivo.

Quatro vezes ao dia, aproximadamente às 8h, 12h, 20h e 22h, os voluntários colocavam os aparelhos imersos em um copo contendo 100 mL de ácido cítrico (0,05M, pH 3,2) por 5 minutos. Após esse período, o dispositivo com os blocos foram submetidos ao tratamento com suspensão de dentifrício (placebo), durante 15 segundos. Os blocos que foram destinados à abrasão foram escovados com escova de cerdas macias Colgate classic clean (Colgate-Palmolive Company®, São Paulo SP), utilizando-se a suspensão de dentifrício e, realizando 15 movimentos de vai e vem (15 seg), imediatamente após a imersão em ácido 17.

3.3.5 Análises de Microdureza e Perfilometria

O esmalte cosmético sobre as superfícies de referência foi removido cuidadosamente com algodão embebido em acetona (1:3) [Magalhães et al., 2007]. A dureza de superfície foi determinada (SH) utilizando-se um microdurômetro (HMV-2000/ Shimadzu Corporation, Japan) acoplado a um microcomputador e um

(41)

software especifico para análise das imagens (Cams-Win_new Age Industries/USA). Utilizou-se um penetrador diamantado piramidal tipo KNOOP, com carga estática de 25 gramas (Argenta et al., 2003) por dez segundos. Foram realizadas 5 marcações para a determinação da SH inicial para seleção prévia dos blocos e da mesma forma, ao final do experimento foi determinada a SH final (SHf) da área submetida ao tratamento e aos desafios erosivos 18.

Para determinação do desgaste superficial utilizou-se o Rugosímetro Surftest SJ 401 – Mitutoyo (Mitutoyo American Corporation), acoplado a um microcomputador que processou e armazenou as informações pertinentes aos ensaios com o auxilio de um software especifico do equipamento (Surfpack 1.6 -Mitutoyo American Corporation). Foram realizadas 5 leituras para cada bloco. Após a determinação do perfil, a medida do desgaste foi obtida pela distância em micrômetros entre a linha média do gráfico correspondente à área protegida do espécime (superfície de referência) e o vale de desgaste 19.

3.3.6 Análise de dureza secção transversal

Os blocos foram seccionados no centro e metade de cada bloco foi incluída em resina acrílica. A dureza transversal (SH) foi determinada (Knoop, 5 g, 10s, Buehler, Lake Bluff, EUA e Mitutoyo Corporation, Kanagawa, Japão), através de uma seqüência de oito marcas em distâncias de 5, 10, 15, 20, 25, 30, 40, 50 e 70 µm a partir da superfície externa do esmalte. Foi realizada no centro dos blocos nas áreas de controle e nas áreas de teste. A área integrada de dureza (KHN x µm) da área desmineralizada e da área higida do esmalte foi calculada utilizando a regra trapezoidal (GraphPad Prism, versão 3.02) e subtraída da área integra resultando na perda da dureza integrada (ǻKHN) [Spiguel et al., 2009] 20.

3.3.7 Análise estatística

Para a análise estatística foi utilizado o software Sigmaplot© para Windows

versão 12.0, sendo o limite de significância fixado em 5 %. Foram realizados os

18

ANEXO K

(42)

testes de normalidade (Shapiro-Wilk) e homocedasticidade (Cochran). Após transformação (Log10), os dados de desgaste e ǻKHN apresentaram distribuição

normal e homogênea. Os resultados de dureza de superfície (SHf e ǻKHN) e desgaste (µm) foram submetidos à ANOVA a 2 critérios seguidos pelo teste de Student-Newman-Keuls (p<0,05). Os dados de dureza em função da profundidade foram analisados de acordo com o tratamento, tipo de desafio e profundidade utilizando a ANOVA 3 critérios seguida pelo teste de Student-Newman-Keuls (p<0,05)

3.4 Resultados

O verniz placebo apresentou os maiores resultados em relação ao desgaste na ERO e ERO + ABR sendo seguido respectivamente pelo verniz fluoretado 2,5% e verniz fluoretado 5%, sendo os menores resultados de desgaste observados no grupo NaF 2,5% + TMP 5%(p<0,05). (Tabela 1) Pode ser observado que não houve diferença estatística entre os mesmos grupos quando comparamos os tipos de tratamento. (Figura 1)

A Figura 2 mostra que a dureza de superfície (SHf) após desafio erosivo não foi diferente estatisticamente para os grupos tratados com o verniz NaF 5% e NaF 2,5% + TMP 5%, quando comparados ao grupo NaF 2,5% e placebo, apresentaram diferença (p<0,05), independente da condição ERO ou ERO + ABR 21.

A análise de ǻKHN (Figura 3) mostra maiores valores no grupo placebo quando comparado aos demais grupos (p<0,05) sendo seguido respectivamente pelos grupos NaF 2,5% e NaF 5% e os menores resultados foram observados no verniz NaF 2,5% + TMP 5% (p<0,05), independente do tipo de desafio ERO ou ERO + ABR 22.

A Figura 4 mostra o perfil da erosão em função da profundidade. No desafio erosivo, a 5 e 10 µm de profundidade, o verniz fluoretado NaF 2,5% + TMP 5% apresentou os maiores valores quando comparado aos demais vernizes (p<0,05) sendo que o verniz com NaF 5% apresentou maiores valores de dureza que o

21 ANEXO M

(43)

verniz com NaF 2,5% (p<0,05) e o grupo placebo apresentou os menores valores de dureza quando comparado aos demais grupos (p<0,05), tanto na ERO como na ERO+ABR (Figura 5) 23.

3.5 Discussão

Os vernizes fluoretados apresentam um grande efeito protetor sobre a cárie dentária, sensibilidade dentinária [Vieira et al., 2005] e atualmente vem desempenhando um papel auxiliar no tratamento da erosão dentária [Wiegand e Attin, 2003]. Entretanto, há muita discordância sobre a efetividade do produto em diferentes estudos, variando de resultados satisfatórios [Vieira et al., 2007] a nenhum resultado [Magalhães et al., 2007], obviamente as metodologias utilizadas nestes estudos interferem nos resultados visto que Vieira et al.,[2007] não removeu a camada de verniz para iniciar o desafio erosivo, enquanto Magalhães et al., [2007] realizaram essa remoção.

O veículo (verniz) escolhido no presente estudo aumenta o tempo de contato do agente com a estrutura dental e é seguro quando aplicado profissionalmente [Kato et al., 2009]. De acordo com o protocolo deste estudo foi possível verificar o efeito dos vernizes fluoretados sobre o desgaste do esmalte e a perda mineral, sendo a associação do verniz fluoretado com trimetafosfato mais eficiente quando reduzido a quantidade de fluoreto no verniz e apresentando resultados mais consistentes com o trabalho de Delbem et al; [2011].

O presente estudo mostrou que a adição do TMP ao verniz fluoretado reduziu o desgaste erosivo em Ң 65% quando comparado ao verniz placebo confirmando os

resultados dos trabalhos em que o TMP, mesmo em concentrações e veículos diferentes, atua no esmalte conferindo uma proteção contra a desmineralização [Moretto et al., 2010; Manarelli et al., 2011]. O verniz suplementado com TMP apresentou menor desgaste em ambas condições, sendo superior aos demais vernizes experimentais.

Entretanto, a realização da perfilometria nos desafios de ERO e ERO + ABR permitiu a mensuração do desgaste superficial, não sendo possível avaliar o amolecimento do esmalte dentário, o que exigiu que outras análises fossem

(44)

executadas, como a avaliação da dureza superficial e a análise de dureza em secção transversal. De acordo com os resultados da dureza superficial final foi verificado que o tratamento com os vernizes fluoretados promoveram um superfície mais endurecida quando comparado ao verniz placebo, surpreendentemente nenhuma diferença de valores foi observado entre os tratamentos com verniz NaF 5% e NaF 2,5% + TMP 5%, tanto para condição de ERO e ERO + ABR. A literatura mostra que as medidas de dureza de superfície não são bons indicadores para analise de uma superfície erodida [Magalhães et al., 2007], principalmente quando o regime de tratamento é longo [Schlueter et al., 2011]. Os maiores valores da dureza de superfície foram observados em ERO+ABR devido à ação da escovação, que remove a superfície amolecida expondo um esmalte mais endurecido [Moretto et al., 2010]. Uma vez que a perda de dureza da área integrada foi calculada, o verniz NaF 2,5% TMP 5% apresentou os menores valores de perda de dureza em ambas as condições ERO e ERO+ABR, sendo superior aos demais grupos, como é visto na figura 3. O mesmo ocorre com a dureza em secção transversal, demosntrando-se que o o método é adequado para quantificar a desmineralização e analisar o perfil da perda mineral. Uma possível explicação para o resultado se deve ao fato que o TMP permanece aderido aderido a superfície do esmalte por um período maior [McGaughey e Stowell., 1977] e quando associado ao fluoreto seu efeito é ainda melhorado, embora TMP e fluoreto ajam independentemente, mas simultaneamente, atuando sobre a hidroxiapatita, a presença do TMP facilita a ligação de fosfato e cálcio para o interior da lesão dificultando a penetração do ácido [Takeshita et al., 2009] o que diminui o desgaste promovido pela ERO e ERO +ABR [Moretto et al., 2010].

Avaliando a profundidade da lesão, verificamos que verniz NaF 2,5% + TMP 5% se manteve superior a todos os grupos. Em profundidades maiores (30 µm para ERO e 25 µm para ERO+ABR) houve uma tendência dos valores se aproximarem, comprovando que há proteção fornecida pelos vernizes sendo o verniz suplementado com TMP o que obteve os melhores resultados, sua presença parece facilitar a ligação de fosfato e cálcio para o interior da lesão [Takeshita et al; 2009] dificultando a penetração do ácido o que diminui o desgaste.

(45)

fluoreto [Shen e Autio-Gold, 2002] e podem influenciar a liberação do TMP. Em acréscimo a proporção entre F e TMP é muito importante, influenciando diretamente o desempenho do verniz suplementado. Assim, outros estudos devem ser feitos para determinar a liberação de fluoreto e TMP e a proporção molar TMP/F que esta sendo liberada para o meio com o objetivo de otimizar a formulação. De acordo com os resultados do presente estudo, pode-se concluir que o verniz fluoretado suplementado com TMP apresentou maior efeito contra a ERO e ERO + ERO + ABR do esmalte.

Agradecimentos

Agradecemos a CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, pela concessão da bolsa de estudos. Agradecemos também à técnica de laboratório do Departamento de Odontologia Social e Infantil, Maria dos Santos Ferreira Fernandes e aos voluntários deste estudo.

3.6 Referências

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Ganss C, Klimek J, Brune V, Schumann A: Effects of two fluoridation measures in erosion progression on enamel and dentine in situ. Caries Res 2004;38: 561-566.

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(47)

Moretto MJ, Magalhães AC, Sassaki KT, Delbem AC, Martinhon CC: Effect of different fluoride concentrations of experimental dentifrices on enamel erosion and abrasion. Caries Res2010;44:135-140.

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Vieira A, Jager DHJ, Ruben JL, Huysmans MC: Inhibition of erosive wear by fluoride varnish. Caries Res 2007;41:61-67.

(48)

3.7 - Listas de Tabelas e Figuras

Tabela 1 - Valores médios do desgaste do esmalte (µm) e da dureza superficial SHf (Kg/mm2) após desafio erosivo de acordo com os grupos e condição (ERO e ERO+ ABR)

Figura 1 - Valores médios do desgaste (µm) do esmalte após desafio erosivo de acordo com os grupos e condição (ERO e ERO+ ABR)

Figura 2- Média da dureza de superfície (SHf) após desafio erosivo de acordo com os grupos e condição (ERO e ERO+ ABR)

Figura 3 – Representação gráfica de perda integrada da dureza (ǻKHN) de acordo com os grupos e condição (ERO e ERO+ ABR)

Figura 4 – Representação gráfica das médias de dureza em função da profundidade de acordo com o desafio erosivo (ERO) e tratamento (Student-Newman-Keuls, p<0,05)

Figura 5 – Representação gráfica das médias de dureza em função da profundidade de acordo com o desafio erosivo (ERO+ABR) e tratamento (Student-Newman

(49)

3.8 – Tabelas e Figuras

Tabela 1 –

Desgaste (µm) SHf (Kg/mm2 )

Grupos

Erosão Erosão/Abrasão Erosão Erosão/Abrasão Placebo 3,42 (0,13)a 4,14 (0,17)a 35,67 (5,72)a 61,35 (4,54)a

NaF 2,5% 2,36 (0,14)b 3,39 (0,10)b 74,81 (3,92)b 106,78 (7,20)b

NaF 5% 1,97 (0,09)c 2,94 (0,12)c 90,12 (3,13)c 142,15 (7,00)c

NaF 2,5%TMP5% 1,20 (0,06)d 2,68 (0,15)d 93,85(3,34)c 143,7 (4,98)c

(50)

Figura 1 –

Erosão e Abrasão dentária

PLACEBO NaF 2,5% NaF 5% NaF 2,5% TMP 5%

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0

a b

d

c

e f

g h

Erosão Abrasão

Grupos

D

esg

ast

e

Letras distintas indicam diferença estatisticamente significante (Student-Newman

(51)

Figura 2 –

Erosão e Abrasão dentária

PLACEBO NaF 2,5% NaF 5% NaF 2,5% TMP 5%

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 a d c b e f e f Erosão Abrasão Grupos S H f (K g/ m m 2 )

Letras distintas indicam diferença estatisticamente significante (Student-Newman

(52)

Figura 3 –

Erosão e Abrasão dentária

PLACEBO NaF 2,5% NaF 5% NaF 2,5%F TMP 5%

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

a

d c b

e

f g

h

Erosão Abrasão

Grupos

ΔΔΔΔ

K

HN (K

g

/

m

m

2 X

µµµµ

m)

Letras distintas indicam diferença estatisticamente significante (Student-Newman

(53)

Figura 4 –

Letras distintas indicam diferença estatisticamente significante (Student-Newman

-Keuls, p<0,05).

§: indica igualdade estatística entre os grupos NaF 2,5% e NaF 5% (Student

-Newman-Keuls, p<0,05).

Ȍ: indica igualdade entre os grupos NaF 2,5% e NaF 5% e NaF 2,5% TMP 5% ,

(54)

Figura 5 –

Letras distintas indicam diferença estatisticamente significante (Student-Newman

-Keuls, p<0,05).

§: indica igualdade estatística entre os grupos NaF 5% e NaF 2,5% TMP 5% (Student-Newman-Keuls, p<0,05).

(55)
(56)

ANEXO A

INSTRUÇÕES AOS AUTORES

Aims and Scope

'Caries Research' is an international journal, the aim of which is to promote research in dental caries and related fields through publication of original research and critical evaluation of research findings. The journal will publish papers on the aetiology, pathogenesis, prevention and clinical control or management of dental caries. Papers on health outcomes related to dental caries are also of interest, as are papers on other disorders of dental hard tissues, such as dental erosion. Aspects of caries beyond the stage where the pulp ceases to be vital are outside the scope of the journal. The journal reviews papers dealing with natural products and other bacterial inhibitors against specific criteria, details of which are available from the Editor.

Submission

Manuscripts written in English should be submitted online:

Online Manuscript Submission

Should you experience problems with your submission, please contact:

Prof. David Beighton

(Editor-in-Chef, Caries Research) Department of Microbiology

The Henry Wellcome Laboratories for Microbiology and Salivary Research KCL Dental Institute, Floor 17, Guys Tower

London Bridge SE1 9RT (UK) Tel. +44 2071887465

Fax +44 2071887466

david.beighton@kcl.ac.uk

During the online submission you will be asked to list complete mailing addresses, including e-mail addresses of three potential reviewers for your manuscript.

Copies of any 'in press' papers cited in the manuscript must accompany the submission. Manuscripts reporting on clinical trials must be accompanied by the CONSORT checklist (see below).

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Referências

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