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Crescimento de meloeiro e acúmulo de nutrientes na planta sob irrigação com águas salinas.

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Academic year: 2017

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Revista Brasileira de

Engenharia Agrícola e Ambiental

v.12, n.6, p.593–605, 2008

Campina Grande, PB, UAEAg/UFCG – http://www.agriambi.com.br Protocolo 067.06 – 02/06/2006 • Aprovado em 30/04/2008

Crescimento de meloeiro e acúmulo de nutrientes

na planta sob irrigação com águas salinas

Michelangelo de O. Silva1, Maria B. G. dos S. Freire1, Alessandra M. S. Mendes2, Fernando J. Freire1, Carlos E. S. de Sousa1 & Gleidson B. de Góes3

RESUMO

Neste trabalho, utilizaram-se 4 tipos de solo da região de Mossoró, RN, tradicionalmente cultivados com meloeiro, irri-gados com soluções preparadas para corresponderem a oito valores de condutividade elétrica (CE = 100, 250, 500, 750,

1250, 1750, 2250 e 3000µS cm-1), e dois de relação de adsorção de sódio [RAS = 4 e 12 (mmol L-1)1/2], combinados

como tratamentos de salinidade; assim, o experimento foi arranjo fatorial 4 x 8 x 2 (quatro solos, oito CE e duas RAS), em três repetições, contabilizando-se 192 unidades experimentais. O delineamento experimental foi em blocos casuali-zados, com uma repetição por bloco. Avaliaram-se variáveis de planta (produção de matéria fresca e seca da parte aérea e composição mineral). A produção de matéria fresca e seca de meloeiro foi reduzida com o aumento da salinidade da água nos dois cultivos sucessivos, causando morte das plantas no segundo cultivo, poucos dias após o transplantio. O incremento da salinidade da água promoveu elevação nos conteúdos acumulados de Ca, Mg, Na, K e Cl nas planta de meloeiro.

Palavras-chave: salinidade, RAS, Cucumis melo L.

Cantaloupe growth and accumulation of nutrients

in the plant under saline water irrigation

ABSTRACT

This study was conducted in a greenhouse at the Environmental Sciences Department of the Federal Rural University for the Semi-Árid. Four soil types, traditionally used for cantaloupe production in the Mossoró Region, were used and irrigated with solutions corresponding to eight electrical conductivities (EC = 100; 250; 500; 750; 1,250; 1,750; 2,250 and

3,000µS cm-1) and two sodium adsorption ratios [SAR = 4 and 12 (mmol L-1)1/2], combined as salinity treatments. The

experiment was a factorial arrangement of 4 x 8 x 2 (four soils, eight EC and two SAR), with three replicates, and 192 experimental units, in a randomized block design. Plant characteristics (fresh and dry matter production and mineral composition) were evaluated. Fresh and dry cantaloupe production was reduced with increased water salinity in two successive crops, leading to plant death a few days after transplanting in the second cycle. Increased water salinity elevated Ca, Mg, Na, K and Cl accumulation in the plants. Saline water use increased salinity and sodicity of all studied soils, diminishing cantaloupe growth.

Key words: salinity, SAR, Cucumis melo L.

1Departamento de Agronomia/UFRPE, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos CEP 52171-900, Recife, PE. Fone: (81) 3320-6242, Fax: (81) 3320-6220. E-mail: betania@depa.ufrpe.br

(2)

I

NTRODUÇÃO

O problema da salinidade em áreas irrigadas se agrava quando o balanço de sais revela maior entrada que saída, pro-movendo acréscimo da concentração salina na área conside-rada, condições em que a água de irrigação, além de contri-buir para o aumento da concentração salina pode, também, provocar a elevação do lençol freático que, através de ascen-são capilar, passa a fornecer água e sais à zona radicular.

A quantidade de sais adicionados ao solo via irrigação, é proporcional à quantidade de água aplicada, ou seja, a con-centração de sais no solo cresce em função da lâmina de ir-rigação aplicada. Atualmente, a principal causa do aumento da salinização dos solos agrícolas tem sido as irrigações mal manejadas. O excesso de fertilização, o uso de água salina e a ausência de drenagem adequada, são fatores que resultam em situações desfavoráveis que podem favorecer a degrada-ção de solos.

O acúmulo de sais no solo está intimamente relacionado com o processo de evapotranspiração. Conforme a água é absorvida pelas plantas ou evapora na superfície do solo, os sais se acumulam. A maneira pela qual os sais são transpor-tados e acumulados no perfil do solo, depende da quantida-de e da qualidaquantida-de da água quantida-de irrigação o que, em junção com os fatores ambientais, como evapotranspiração, seqüência de cultivos e intensidade e distribuição das chuvas, promove o desenvolvimento de um perfil salino característico para di-ferentes tipos de solo.

Na região produtora de meloeiro do Estado do Rio Gran-de do Norte, a água utilizada para irrigação provém Gran-de po-ços artesianos profundos que, embora de boa qualidade, apresenta alto custo de obtenção, o que impossibilita o seu uso por grande parte dos produtores e os fazem buscar fon-tes alternativas de água, como poços abertos no calcário Jandaíra, reduzindo consideravelmente seu custo; entretan-to, esta fonte de água tem o inconveniente de apresentar teores elevados de sais podendo trazer, como conseqüência, a salinização dos solos e decréscimo no rendimento das culturas mais sensíveis; além disso, devido à elevada con-centração de bicarbonato de cálcio na água, pode ocorrer elevação da alcalinidade do solo (Oliveira & Maia, 1998; Medeiros et al., 2003).

O excesso de sais no solo reduz a disponibilidade de água para as plantas além de trazer problemas pelo efeito de íons tóxicos específicos, a ponto de afetar seu rendimento e a qualidade da produção (USSL Staff, 1954; Meiri et al., 1982; Alencar et al., 2003; Farias et al., 2003).

O meloeiro é uma cultura exigente em temperaturas no-turnas e diurnas elevadas durante todo o seu ciclo de culti-vo, pois altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar elevam consideravelmente o teor de açúcares nas frutas, tor-nando-os mais saborosos e aromáticos, consistentes e com maior vida útil pós-colheita; essas características justificam o sucesso da cultura em regiões de climas quentes, como a região Nordeste, especificamente no Estado do Rio Grande do Norte (Farias et al., 2003; Mendonça et al., 2004).

Desta forma se objetivou, neste trabalho, avaliar o cres-cimento de meloeiro e o acúmulo de elementos nas plantas, em quatro solos do Rio Grande do Norte, irrigados com águas de níveis crescentes de condutividade elétrica (CE) e rela-ção de adsorrela-ção de sódio (RAS).

M

ATERIALEMÉTODOS

Amostras de solo coletadas no Agropolo Assu/Mossoró, no Rio Grande do Norte, em áreas tradicionalmente cultiva-das com meloeiro, foram utilizacultiva-das, coletacultiva-das e analisacultiva-das 20 amostras, selecionando-se quatro solos: Cambissolo Há-plico Ta Eutrófico típico – (CXve), Argissolo Vermelho Dis-trófico arênico – (PVd), Latossolo Vermelho-Amarelo Eutró-fico argissólico – (LVAe), e Neossolo Flúvico Ta EutróEutró-fico típico – (RYve). As amostras de solo foram coletadas do horizonte superficial, na profundidade de 0-30 cm; após a coleta, essas foram secadas ao ar, destorroadas e passadas em peneira de 2 mm para a caracterização física e química (Ta-belas 1 e 2), e de 4 mm, para montagem do experimento; foram estudados, também, quatro solos da região irrigados com soluções preparadas para corresponderem a oito valo-res de CE e dois de RAS, combinados como tratamentos de salinidade. Assim, o experimento correspondeu a um arran-jo fatorial 4 x 8 x 2 (quatro solos, oito valores de CE e dois de RAS), em três repetições, contabilizando 192 unidades experimentais. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com uma repetição por bloco.

As faixas de CE das águas aplicadas se assemelharam às águas comumente encontradas na região, com valores de 100, 250, 500, 750, 1.250, 1.750, 2.250 e 3.000µS cm-1, classi-ficadas como C1, C2, C3 e C4 que, segundo USSL Staff (1954),

estão associadas, respectivamente, a baixo, médio, alto e muito alto risco de salinização em águas de irrigação. Nesta faixa de CE estudada se incluem, também, as águas usadas em irrigação no Nordeste do Brasil, em sua maioria (Oli-veira & Maia, 1998; Medeiros et al., 2003). As referidas

Tabela 1. Atributos físicos das amostras do Cambissolo Háplico (CXve), Argissolo Vermelho (PVd), Latossolo Vermelho-Amarelo (LVAe) e Neossolo Flúvico (RYve) estudados na profundidade de 0-30 cm

o l o

S Areia Slite Arglia ADA

) 1

( GF(2) GD(3) Densidade Porosidade

o l o

S Parítculas Macro Micro Total g

k

g -1 % gcm-3 %

e v X

C 502 234 264 84 68 32 1,46 2,47 8 32 40

d V

P 893 14 93 21 86 14 1,70 2,45 19 12 31

e A V

L 810 42 148 55 41 59 1,68 2,43 13 19 32

e v Y

R 252 500 248 21 91 9 1,40 2,55 5 48 53

(3)

595

águas foram preparadas na forma de soluções de NaCl e CaCl2, nos valores de 4 e 12 de RAS para todas as soluções,

correspondendo também à maioria das águas de irrigação utilizadas no Nordeste, com baixo risco de sodificação, es-pecialmente para a região em estudo.

O trabalho foi conduzido em casa de vegetação do De-partamento de Ciências Ambientais da Universidade Fede-ral RuFede-ral do Semi-Árido, Mossoró, RN. O experimento foi montado em vasos de polietileno com capacidade de 10 dm3,

perfurados na base, com vistas à instalação de drenos para coleta do lixiviado; a fim de evitar perdas de solo, os orifí-cios foram recobertos com espuma.

As amostras de solo preparadas foram acondicionadas nos vasos, com uma massa de 10 kg vaso-1, recebendo

irri-gação com as respectivas soluções preestabelecidas para atender à demanda da planta (80% da capacidade máxima de retenção de umidade do solo) e um volume adicional para proporcionar a lixiviação, correspondendo a 50% do volume de poros de cada solo. As sementes de meloeiro do tipo amarelo, cultivar Mandacaru, foram semeadas em ban-dejas de 128 células com substrato comercial, para a ob-tenção das mudas, como de costume na região; depois de acondicionadas as amostras de solo nos vasos, realizou-se a primeira irrigação e, no mesmo dia, as mudas de meloei-ro, com 8 a 15 dias após a semeadura, foram transplanta-das, deixando-se uma planta por vaso, conduzindo-as em

haste única por tutoramento. Fez-se uma adubação para todos os tratamentos com o propósito de suprir as necessi-dades da cultura, de acordo com as análises químicas e as exigências nutricionais para cada fase de desenvolvimento do meloeiro; aos 45 dias após o plantio, as plantas foram coletadas, cortando-se 1 cm acima da superfície do solo, pesando-as em seguida para obtenção da matéria fresca (MF), acondicionando-as em sacos de papel e levando-as para secar em estufa de circulação forçada a 65 °C, duran-te 48 h ou até adquirirem peso constanduran-te; após a secagem, o material foi pesado para obtenção da matéria seca (MS) e, em seguida, triturado em moinho, depois guardado para posterior análise.

Após a coleta, o solo foi preparado para receber as mu-das, para o segundo cultivo porém, por motivo de falta de mudas, o transplantio demorou sete dias; após este período, seguiram-se todos os procedimentos descritos para o primeiro cultivo (plantio, desbaste e irrigação); durante o tempo em que o solo permaneceu sem receber irrigação e com maior evaporação, começou-se a observar o aparecimento de man-chas brancas no Neossolo Flúvico e pontos esbranquiçados nos outros solos estudados.

No segundo cultivo, após oito dias das plantas transtadas, começou-se a observar tombamento e morte nas tas, com sintomas de toxidez por salinidade (murcha de plan-tas ainda verdes, amarelecimento, com necrose internerval e nas bordas das folhas, das mais velhas para as mais no-vas). As plantas foram retiradas e acondicionadas em sacos de papel e levadas para estufa, por 48 h, ou até adquirirem peso constante; foram pesadas para obtenção da matéria seca (MS), em seguida trituradas em moinho e guardadas para análises posteriores. Aos vinte dias após o transplantio se retiraram as plantas que restavam, seguindo-se o procedimen-to descriprocedimen-to para o primeiro cultivo.

As amostras de planta foram submetidas a extração ni-tro-perclórica para determinação dos teores de Ca, Mg, Na e K (Malavolta et al., 1989) e o Cl foi extraído em água (Bezerra Neto & Barreto, 2004). As variáveis foram subme-tidas a análise da variância e teste de Tukey a 5% de proba-bilidade para comparação das médias entre os tratamentos de RAS; ajustaram-se, também, equações de regressão das variáveis dependentes em função dos tratamentos de condu-tividade elétrica aplicados, visando-se obter estimativas de dados de produção e de acúmulo de elementos nas plantas com o uso de águas de irrigação com diferentes níveis de sais, para os fatores principais (solo e RAS).

R

ESULTADOSEDISCUSSÃO

A medida em que a concentração de sais das soluções de percolação foi aumentando, deu-se decréscimo na produção de matéria fresca e seca, para todos os solos estudados (Ta-bela 3), comprovando-se o efeito limitante da salinidade na produtividade do meloeiro. Esses mesmos resultados foram encontrados por Farias et al. (2003), observando que as plan-tas irrigadas com águas de níveis de salinidade crescentes apresentaram menor produção de matéria fresca e seca aos

R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.12, n.6, p.593–605, 2008.

Crescimento de meloeiro e acúmulo de nutrientes na planta sob irrigação com águas salinas

1Condutividade elétrica do extrato 1:1; 2Capacidade de troca de cátions; 3Percentagem de sódio trocável; 4Condutividade elétrica do extrato de saturação; Análises realizadas conforme metodologia recomendada por USSL Staff (1954)

Tabela 2. Atributos químicos das amostras do Cambissolo Háplico (CXve), Argissolo Vermelho (PVd), Latossolo Vermelho-Amarelo (LVAe) e Neossolo Flúvico (RYve) estudados na profundidade de 0-30 cm

o t u b i r t

A Solo

e v X

C PVd LVAe RYve

) 5 , 2 : 1 ( H

p 7,20 5,40 7,10 8,10

e E

C (1)(dSm-1) 0,20 0,10 0,10 0,65

g k g ( . O .

C -1) 6,30 4,30 2,54 8,60

a

C2+(cmol

cdm-3) 2,40 0,90 2,20 12,60

g

M 2+(cmol

cdm-3) 0,80 0,40 0,80 4,25

a

N+(cmol

cdm-3) 0,16 0,05 0,04 1,10

K2+(cmol

cdm-3) 0,53 0,10 0,22 0,98

C T

C (2)(cmol

cdm-3) 7,25 4,98 4,66 14,98

T S

P (3)(%) 2,21 1,00 0,86 7,34

PMehilch(mgdm-3) 16,00 5,00 19,00 42,00

POlsen(mgdm-3) 8,00 3,50 10,50 31,00

PRem(mgL-1) 31,20 46,60 48,80 35,00

: a t s a p a d o t a r t x E

H

p 7,10 5,90 6,50 7,90

s e E

C (4)(dSm-1) 0,53 0,28 0,62 0,96

a

C2+(cmol

cL-1) 0,75 0,25 1,00 1,00

g

M 2+(cmol

cL-1) 0,13 0,00 0,13 0,13

a

N+(cmol

cL-1) 0,14 0,09 0,15 0,15

K+(cmol

cL-1) 0,03 0,03 0,05 0,05

l

C-(cmol

cL-1) 0,25 0,15 0,50 0,55

O

C 32-(cmolcL-1) 0,00 0,10 0,00 0,00

O C

H 3-(cmolcL-1) 0,75 0,88 0,75 0,88

O

(4)

45 dias de cultivo. A menor produção de matéria fresca e seca das plantas do meloeiro para os níveis de salinidade mais elevados, reflete o efeito do potencial osmótico da solução do solo, inibindo a absorção de água pela planta e, conse-qüentemente, reduzindo seu crescimento.

A RAS não interferiu na produção de matéria fresca e seca das plantas, exceto para o Neossolo Flúvico (Tabela 3); o mesmo foi constatado para os conteúdos de Ca, Mg, Na, K e Cl acumulados nas plantas; apenas o conteúdo de K acu-mulado nas plantas cultivadas no Argissolo Vermelho foi superior na RAS 4 em relação à RAS 12, enquanto no Ne-ossolo Flúvico o aumento da RAS de 4 para 12 proporcio-nou aumento no acúmulo de Na e K nas plantas de meloei-ro no primeimeloei-ro cultivo; apesar de nesse solo o acúmulo de Na ter aumentado, as plantas também apresentaram eleva-dos conteúeleva-dos de Ca e Mg e mesmo o K também foi superi-or ao Na; assim, o maisuperi-or acúmulo de Na não chegou a afe-tar a produção de matéria fresca e seca das plantas; ao contrário, refletiu um leve incremento dessa produção.

Avaliando a produção ao longo do ciclo da cultura, Souza et al. (2003) observaram que a produção de matéria fresca e seca aumentou com o incremento da salinidade da água

de irrigação aos 15 dias, decrescendo daí até os 45 dias, estabilizando-se após este período. O aumento da salinida-de também provocou aumento na fitomassa seca da parte aérea até os 15 dias, com decréscimo até os 45 dias, segui-do de estabilidade até o final segui-do ciclo. Quanto à fitomassa seca total, foi notório o acréscimo aos 15 dias, com poste-rior estabilidade.

Observaram-se produções de matéria fresca e seca dife-renciadas entre as plantas cultivadas nos quatro solos, na seqüência Neossolo > Cambissolo > Latossolo > Argissolo, coincidindo com a ordem de acúmulo dos elementos avalia-dos (Tabela 3) e, curiosamente, na ordem inversa da macro-porosidade (Tabela 1). As plantas cultivadas no Neossolo produziram 2,97 vezes mais matéria fresca e 3,30 vezes mais matéria seca que aquelas no Argissolo, menos produtivas; o Neossolo, apesar de conter maior teor de Na+ que os demais

solos (Tabela 2), além de receber esse elemento nas soluções aplicadas, também é o solo que apresenta teores mais eleva-dos de Ca, Mg e K, elementos essenciais, enquanto o Argis-solo é o Argis-solo mais pobre nesses nutrientes (Tabela 2), refle-tindo nos conteúdos acumulados dos mesmos nas plantas de meloeiro (Tabela 3). A seqüência de produção entre os solos coincidiu com a de acúmulo dos elementos nas plantas e com os teores desses últimos nos solos ao original, parecendo indicar que solos mais ricos em Ca, Mg e K podem manter o fornecimento desses nutrientes às plantas, mesmo com acréscimos de Na ao sistema.

Os conteúdos de Cl nas plantas se encontram com valo-res superiovalo-res aos de Mg e K, apesar deste ser um micronu-triente; isto ocorre em conseqüência da composição da solu-ção, à base de cloretos de Na e Ca, proporcionando grandes acúmulos deste elemento. Esses elevados conteúdos acumu-lados de Cl devem ter contribuído para os decréscimos de produção observados.

Apesar das soluções de RAS 12 serem constituídas, pro-porcionalmente, de maiores teores de Na em relação ao Ca, não se observou influência da RAS nos conteúdos acumula-dos de Na e Ca pelas plantas de meloeiro. É possível que a diferença entre os valores de RAS adotados não tenha sido suficiente para promover alterações na absorção dos mesmos, inibindo-as ou estimulando.

Para observar o comportamento dos dados de produção e de conteúdos acumulados de Ca, Mg, Na, K e Cl em relação à salinidade das soluções aplicadas, ajustaram-se modelos de regressão para cada solo. As equações selecionadas apresen-taram parâmetros significativos, no mínimo a 10% de pro-babilidade e com elevado coeficiente de determinação para todas as variáveis analisadas, comprovando a influência da CE da água usada na irrigação, tanto sobre a produção da planta quanto em relação ao acúmulo dos elementos pelo meloeiro. Com as equações ajustadas, elaboraram-se figuras para ilustrar o comportamento dessas variáveis nos quatro solos estudados (Figuras 1, 2, 3 e 4).

A produção de matéria fresca e matéria seca, foi reduzi-da com os incrementos reduzi-da CE, pois toreduzi-das as equações são decrescentes, com diferenças entre os solos em estudo (Fi-gura 1). As plantas cultivadas no Argissolo Vermelho e no Latossolo Vermelho-Amarelo, apresentaram menores

Tabela 3. Produção(1) de matéria fresca (MF), matéria seca (MS) e conteúdos de Ca, Mg, Na, K e Cl no primeiro cultivo de plantas de meloeiro irrigadas com águas de percolação de RAS diferentes nos quatro solos estudados l e v á i r a

V RAS Solo

e v X

C PVd LVAe RYve

F M a t n a l p g ( -1)

4 136,99a 65,49a 107,97a 183,37b 2

1 135,06a 58,71a 103,89a 193,76a a

i d é

M 136,03B 62,11D 105,93C 184,23A % 3 8 , 2 1 -V C S M a t n a l p g ( -1)

4 13,62a 5,67a 8,99a 17,98b 2

1 13,41a 4,73a 8,27a 18,50a a

i d é

M 13,52B 5,21D 8,63C 17,71A % 7 5 , 5 1 -V C a C a t n a l p g m ( -1)

4 895,58a 252,74a 511,33a 1049,53a 2

1 887,99a 209,31a 470,43a 1190,92a a

i d é

M 891,79B 231,52D 490,88C 1158,35A % 8 4 , 2 2 -V C g M a t n a l p g m ( -1)

4 96,68a 41,54a 94,91a 156,65a 2

1 116,56a 39,32a 86,28a 194,06a a

i d é

M 106,32B 40,43C 90,60B 194,62A % 4 9 , 3 5 -V C a N a t n a l p g m ( -1)

4 2,16a 1,45a 1,88a 2,87b 2

1 2,24a 1,11a 2,14a 4,36a a

i d é

M 2,20B 1,28C 2,01B 3,74A % 9 0 , 8 2 -V C K a t n a l p g m ( -1)

4 8,35a 4,48a 6,66a 11,90b 2

1 7,75a 3,51b 6,77a 14,56a a

i d é

M 8,05B 3,99D 6,72C 13,58A % 5 2 , 1 2 -V C l C a t n a l p g m ( -1)

4 353,87a 179,88a 284,23a 531,01a 2

1 351,95a 144,02a 261,39a 603,79a a

i d é

M 352,91B 161,95D 272,81C 588,02A % 3 6 , 8 1 -V C

(5)

597

produções de matéria fresca e seca, seguidas pelas do Cam-bissolo Háplico e, finalmente, as do Neossolo Flúvico, pro-movendo maiores produções.

No Argissolo, a produção de matéria fresca e seca foi mais afetada, atingindo valores mínimos a partir da CE = 1.750S cm-1, na solução sendo esta classificada,

ain-da, como C3, água muito utilizada na irrigação com meloeiro na região (Medeiros et al., 2003). Para os outros solos, esta mesma CE não afetou muito a produção da cultura, confir-mando o que fôra observado sobre a diferenciação dos so-los na capacidade de manutenção da cultura do meloeiro com águas salinas.

R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.12, n.6, p.593–605, 2008.

Crescimento de mel oeiro e acúmul o de nutri entes na planta sob irrigação com águas sali nas

Cambissolo Háplico 40 60 80 100 120 140 160 180 200

220 RAS 4

RAS 12

Y = 164,44 - 0,03429**X + 0,000006040*X2

R = 0,912

Y = 161,9870 - 0,03043**X + 0,000004312*X2

R = 0,972

A. Pr od uç ão M F (g p la nt a ) -1 Pr od uç ão M F (g p la nt a ) -1 Pr od uç ão M F (g p la nt a ) -1 Pr od uç ão M F (g p la nt a ) -1 Pr od uç ão M S (g p la nt a ) -1 Pr od uç ão M S (g p la nt a ) -1 Pr od uç ão M S (g p la nt a ) -1 Pr od uç ão M S (g p la nt a ) -1 Cambissolo Háplico 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21

Y = 15,7792 - 0,001752***X R = 0,922

Y = 16,3483 - 0,003612***X + 0,0000006190**X2

R = 0,972

B. Argissolo Vermelho 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220

Y = 148,0710 - 4,2520*X + 0,04299 X1/2 o

R = 0,812

Y = 72,7496 - 0,008906**X - 0,000001254 Xo 2

R = 0,982

C. Argissolo Vermelho

3 5 7 9 11 13 15 17 19 21

Y = 12,7103 - 0,3724*X + 0,003927 X1/2 o

R = 0,812

Y = 6,3335 - 0,001690***X + 0,0000001966*X2

R = 0,982

D. Latossolo Vermelho-Amarelo 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220

Y = 138,4220 - 0,04129*X + 0,000008329*X2

R = 0,852

Y = 117,3180 - 0,01090***X R = 0,932

E. Latossolo Vermelho-Amarelo

3 5 7 9 11 13 15 17 19 21

Y = 11,8781 - 0,002341**X R = 0,782

Y = 10,3827 - 0,001715***X R = 0,962

F. Neossolo Flúvico 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

CE das soluções ( S cm ) -1

CE das soluções ( S cm ) -1

Y = 210,4120 - 0,2145**X - 0,000003583*X2

R = 0,992

Y = 216,6500 - 0,01859**X R = 0,792

G. Neossolo Flúvico

3 5 7 9 11 13 15 17 19 21

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

Y = 18,4847 - 0,2145 X - 0,006817**Xo 1/2

R = 0,952

Y = 21,2523 - 0,002853**X + 0,0000003097 Xo 2

R = 0,982

H.

(6)

As equações obtidas para os dois valores de RAS das so-luções, estiveram sempre próximas, exceto para o Neossolo, no qual a RAS 4 proporcionou produção de matéria seca inferior a RAS 12, que pode ter ocorrido em função do alto teor de Ca neste solo (Tabela 2), que corresponde a uma

ele-vada proporção deste elemento no complexo de troca do solo. Com o uso de uma solução mais rica em Ca, como é o caso da RAS 4, pode ter ocorrido dificuldade de absorção de Mg e K por competição entre os cátions.

Souza et al. (2003), considerando apenas os tratamentos

Cambissolo Háplico

Acúmulo

de

Ca

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

Ca

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

Ca

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

Ca

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

Mg

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

Mg

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

Mg

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

Mg

(mg

planta

)

-1

100 300 500 700 900 1100 1300

1500 RAS 4

RAS 12 Y = 676,3780 + 0,1780***X

R = 0,962

Y = 608,6290 + 0,3249**X - 0,00004931*X2

R = 0,972

A. Cambissolo Háplico

10 60 110 160 210 260 310 360 410

Y = 10,3498 + 0,07012***X R = 0,992

Y = 8,2386 + 0,1183***X - 0,0000001031*X2

R = 0,992

B.

Argissolo Vermelho

100 300 500 700 900 1100 1300 1500

Y = 193,2980 + 0,1397 X + 0,00009461*Xo 2

R = 0,902

Y = 109,2600 + 0,1153***X - 0,00001712 Xo 2

R = 0,952

C. Argissolo Vermelho

10 60 110 160 210 260 310 360 410

Y = 13,0637 + 0,02313***X R = 0,972

Y = 9,9668 + 0,02383***X R = 0,962

D.

Latossolo Vermelho-Amarelo

100 300 500 700 900 1100 1300 1500

Y = 245,4930 + 0,2159***X R = 0,902

Y = 280,3500 + 0,1544***X R = 0,942

E. Latossolo Vermelho-Amarelo

10 60 110 160 210 260 310 360 410

Y = 29,7934 + 0,06774***X - 0,000007472**X2

R = 0,992

Y = 17,4723 + 0,07070***X - 0,000007452 Xo 2

R = 0,982

F.

Neossolo Flúvico

100 300 500 700 900 1100 1300 1500

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

CE das soluções ( S cm )m -1 CE das soluções ( S cm )m -1

Y = 545,5180 + 0,6835**X - 0,0001068X2

R = 0,962

Y = 931,0870 + 0,2777**X - 0,00003353 Xo 2

R = 0,972

G. Neossolo Flúvico

10 60 110 160 210 260 310 360 410

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

Y = 71,5045 + 0,04753 X + 0,00002663**Xo 2

R = 0,992 Y = 48,4108 + 0,1183***X

R = 0,942

H.

(7)

599

nos quais a salinidade da água de irrigação foi mantida cons-tante durante todo o ciclo da cultura, notaram perda na pro-dução, de aproximadamente 10%, por incremento de uma unidade na CE da água de irrigação.

O incremento nos conteúdos acumulados dos elementos

ocorreu nos quatro solos, destacando-se os elevados valores de Cl na planta, inferiores apenas aos de Ca (Figuras 2, 3 e 4); este elemento já é encontrado naturalmente na solução do solo (Tabela 2), além de ter sido adicionado nas soluções de percolação, na forma de NaCl e CaCl2.

Cambissolo Háplico

Acúmulo

de

Na

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

Na

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

Na

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

Na

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

K

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

K

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

K

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

K

(mg

planta

)

-1

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

10 RAS 4

RAS 12

Y = 1,1857 + 0,0007899***X R = 0,932

Y = 1,2656 + 0,0009974***X - 0,0000001031*X2

R = 0,982

A. Cambissolo Háplico

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21

Y = 5,6326 + 0,001718***X R = 0,972 Y = 6,4552 + 0,001543***X

R = 0,952

B.

Argissolo Vermelho

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Y = 0,5663 + 0,0007180***X R = 0,742

Y = 0,5961 + 0,0005782**X + 0,0000008111*X2

R = 0,972

C. Argissolo Vermelho

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21

Y = 1,5345 + 0,002395**X R = 0,802

Y = 1,7774 + 0,001867***X + 0,0000002340*X2

R = 0,982

D.

Latossolo Vermelho-Amarelo

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Y = 0,8662 + 0,001244**X - 0,0000002125*X2

R = 0,942

Y = 1,1981 + 0,001190**X - 0,0000002123*X2

R = 0,942

E. Latossolo Vermelho-Amarelo

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21

Y = 3,3886 + 0,004152***X - 0,0000007082**X2

R = 0,982

Y = 3,3956 + 0,004068**X - 0,0000007112 Xo 2

R = 0,892

F.

Neossolo Flúvico

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

CE das soluções ( S cm )m -1 CE das soluções ( S cm )m -1

Y = 2,8047 + 0,001265***X R = 0,962

Y = 1,9654 + 0,0009325***X R = 0,972

G. Neossolo Flúvico

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

Y = 6,6715 + 0,007629**X - 0,000001419*X2

R = 0,942

Y = 9,2921 + 0,005461**X - 0,0000005933 Xo 2

R = 0,972

H.

Figura 3. Equações de regressão dos conteúdos de Na e K acumulados em função da condutividade elétrica e da RAS da solução de percolação no primeiro cultivo, para os quatro solos estudados

R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.12, n.6, p.593–605, 2008.

(8)

Acúmulo da Cl (mg planta ) -1 Acúmulo da Cl (mg planta ) -1 Cambissolo Háplico 100 200 300 400 500 600 700

800 RAS 4

RAS 12

Y = 238,9280 + 0,09180***X R = 0,892

Y = 238,6570 + 0,09357***X R = 0,972

A. Argissolo Vermelho

Y = 101,9890 + 0,06327***X R = 0,862

Y = 107,2290 + 0,02988***X R = 0,932

B. Latossolo Vermelho-Amarelo 100 200 300 400 500 600 700 800

Y = 190,9540 + 0,007576***X R = 0,842

Y = 132,7780 + 0,1383***X - 0,00001701*X2

R = 0,982

C. Neossolo Flúvico

0

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 500 1000 1500 2000 2500 3000

CE das soluções ( S cm )m -1

CE das soluções ( S cm )m -1

Y = 460,1330 + 0,1167***X R = 0,982

Y = 362,0510 + 0,1707***X R = 0,902

D.Fi

Figura 4. Produção(1) de matéria fresca (MF), matéria seca (MS) e conteúdos de Ca, Mg, Na, K e Cl no segundo cultivo de plantas de meloeiro irrigados com águas de salinidade variável para os quatro solos estudados

No segundo cultivo de meloeiro também se deu decrésci-mo de produção de matéria seca e aumento na acumulação de Ca, Mg, Na, K e Cl (Tabela 4). Os sintomas de toxidez foram observados no início do ciclo da cultura, oito dias após o transplantio, evoluindo rapidamente e culminando com a morte das plantas. Os sais que permaneceram no solo for-necido pelas águas do primeiro ciclo, concentrando-se com a evaporação da água do solo no intervalo entre os dois ci-clos, possivelmente contribuíram para este fato; quando as plantas do segundo ciclo foram transplantadas, não suporta-ram a elevada salinidade do solo por ainda se encontrarem em estado muito frágil, fato confirmado pelas baixas produ-ções alcançadas que corresponderam, no máximo, a vinte dias de cultivo, com decréscimos em relação à elevação da CE das soluções aplicadas.

Observa-se ainda, que, do primeiro cultivo para o segun-do, a redução da MS foi mais intensa com o incremento na salinidade da água de irrigação, comportamento este que pode ser atribuído à maior salinidade do solo com o tempo de cul-tivo reduzindo, com isto, o potencial osmótico da solução do solo, dificultando a absorção de água pelas plantas, o que pro-moveu diminuição no crescimento e produção do meloeiro com o incremento da concentração salina, concordando com Mei-ri et al. (1982). Alencar et al. (2003) observaram que as redu-ções na fitomassa fresca foram superiores a 16% por aumen-to unitário da condutividade elétrica, enquanaumen-to a fiaumen-tomassa seca da parte aérea foi reduzida em 15,5%.

Da mesma forma que no primeiro cultivo, em geral não se observou influência da RAS da solução de percolação sobre Michelangelo de O. Silva et al.

Tabela 4. Produção(1) de matéria fresca (MF), matéria seca (MS) e conteúdos de Ca, Mg, Na, K e Cl no segundo cultivo de plantas de meloeiro irrigados com águas de salinidade variável para os quatro solos estudados

l e v á i r a

V RAS Solo

e v X

C PVd LVAe RYve

S M a t n a l p g

( -1)

4 0,86a 0,37a 0,33a 0,50a

2

1 0,80a 0,31a 0,33a 0,39a

a i d é

M 0,83A 0,34BC 0,33C 0,44B

% 3 9 , 1 4 -V C a C a t n a l p g m

( -1)

4 32,16a 26,34a 32,15a 28,61a 2

1 29,75a 24,61a 32,34a 21,88a

a i d é

M 30,96AB 25,48B 32,25A 25,24B

% 4 2 , 2 4 -V C g M a t n a l p g m

( -1)

4 6,41a 2,64a 2,91a 2,83a

2

1 5,45a 1,73a 2,42a 2,73a

a i d é

M 5,93A 2,19B 2,67B 2,78B

% 5 3 , 4 6 -V C a N a t n a l p g m

( -1)

4 2,86a 2,72a 2,51a 3,09a

2

1 2,57a 2,57a 2,27a 2,57b

a i d é

M 2,72A 2,65A 2,39A 2,83A

% 1 8 , 3 3 -V C K a t n a l p g m

( -1)

4 0,37a 0,50a 0,56a 0,45a

2

1 0,46a 0,57a 0,49a 0,54a

a i d é

M 0,41B 0,53A 0,53A 0,50AB

% 9 1 , 3 3 -V C l C a t n a l p g m

( -1)

4 78,85a 43,15a 39,36a 49,28a 2

1 75,13a 36,76a 39,52a 47,28b

a i d é

M 78,43A 41,21C 40,69C 54,53B

% 3 2 , 4 4 -V C

(9)

601

a produção de matéria seca e os conteúdos acumulados; con-tudo, entre os solos, os resultados se inverteram, sendo o Cambissolo o que promoveu maiores produções de matéria seca das plantas de meloeiro, com maiores acúmulos de Ca (semelhante ao Latossolo), Mg e Cl. Para o Na na planta não se observaram diferenças entre os solos estudados.

Para todos os fatores em estudo para planta, equações de regressão foram ajustadas em função das CEs, para melhor explicar esses comportamentos e estimar uma formulação de águas que melhor se adaptem às condições, sem que haja perda na produção (Figuras 5, 6, 7 e 8).

Os problemas de morte das plantas influenciaram, também, os elevados valores do coeficiente de variação verificados (Ta-belas 4), que superaram os do primeiro cultivo (Tabela 3).

Da mesma forma que ocorreu para o primeiro cultivo, a produção de matéria seca foi reduzida com os acréscimos na salinidade das soluções de percolação, enquanto os conteú-dos acumulaconteú-dos de Ca, Mg, Na, K e Cl aumentaram; porém, o Cl acumulado nas plantas foi superior a todos os outros elementos, podendo indicar forte efeito tóxico que promo-veu a morte das plantas poucos dias após o transplantio (Figura 8). Os conteúdos de Cl superaram até mesmo os de Ca devido, provavelmente, à composição das águas de per-colação. Deve ter ocorrido uma toxidez pelo Cl, já que este elemento é um micronutriente, podendo ter efeito tóxico às plantas em elevadas concentrações.

Neste segundo cultivo, as plantas cultivadas no Neossolo Flúvico apresentaram decréscimo mais acentuado na produ-ção de matéria seca com o aumento da CE das soluções que

no primeiro cultivo. Freire et al. (2003a), trabalhando com solos de Pernambuco, constataram que um Neossolo Flúvico foi um dos solos mais afetados pela salinidade da água de percolação, com alterações consideráveis nas suas proprieda-des físicas; este solo já apresentava pequena macroporosidade associada à aeração e à drenagem. No presente estudo, a difi-culdade de movimentação de ar e água neste solo também pode ter contribuído para a queda de produção e morte das plantas nele cultivadas, demonstrando que os solos reagem de maneira diferenciada aos tratamentos de salinidade da água de irriga-ção, sendo necessário um conhecimento das suas proprieda-des físicas e químicas, antes do uso de águas salinas e tam-bém o monitoramento, com o tempo de cultivo, para evitar problemas de queda de produção e desbalanços nutricionais promovidos pelos sais presentes na água.

Além disso, entre ciclos consecutivos deve-se manter a umidade elevada ou, mesmo, proporcionar uma lixiviação para evitar acúmulos excessivos de sais no solo, que difi-cultaria o cultivo das plantas, fato que não ocorreu neste estudo. Conforme já relatado, os solos ficaram sem receber irrigação no intervalo entre os dois cultivos elevando, so-bremaneira, a salinidade dos solos, pela evaporação da água e manutenção dos sais nos solos.

Entre os quatro solos, o Cambissolo Háplico e o Neosso-lo Flúvico foram os que apresentaram maiores quedas de pro-dução das plantas, nesse segundo cultivo; são os solos com maiores teores de argila de atividade alta, mais susceptíveis aos processos de salinização e sodificação (Freire et al., 2003b). Dentre os dois, o Neossolo Flúvico parece ser o mais

Cambissolo Háplico

Produção

de

MS

(g

planta

)

-1

Produção

de

MS

(g

planta

)

-1

0,0 0,4 0,8 1,2 1,6

2,0 RAS 4

RAS 12

Y = 1,2717 - 0,0005200**X + 0,00000009443*X2

R = 0,922

Y = 1,1316 - 0,000387829**X + 0,00000006118 Xo 2

R = 0,932

A. Argissolo Vermelho

Y = 0,5622 - 0,0002737*X + 0,00000006111 Xo 2

R = 0,752

Y = 0,3785 - 0,00008835**X + 0,00000001662*X2

R = 0,932

B.

Latossolo Vermelho-Amarelo

0,0 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

CE das soluções ( S cm )m -1 CE das soluções ( S cm )m -1

Y = 0,4117 - 0,0001089*X + 0,00000002211 Xo 2

R = 0,782

Y = 0,4043 - 0,00009899*X + 0,00000001944 Xo 2

R = 0,802

C. Neossolo Flúvico

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

Y = 0,9332 - 0,03064*X + 0,0003527 X1/2 o

R = 0,732

Y = 1,7503 - 0,07478*X + 0,0009176*X1/2

R = 0,752

D.

Figura 5. Equações de regressão da produção de matéria seca (MS) em função da condutividade elétrica da solução de percolação no segundo cultivo, para os quatro solos estudados

R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.12, n.6, p.593–605, 2008.

(10)

propenso a esses processos em virtude da sua composição mi-neralógica, além da contribuição do silte, fração intermedi-ária dos solos, que contribui para a obstrução de poros, re-duzindo a condutividade hidráulica dos solos afetados por sais (Freire et al., 2003a).

Da mesma maneira verificada para o primeiro cultivo do meloeiro, os conteúdos acumulados de Ca e Mg também aumentaram com a elevação da CE das soluções aplicadas, tanto na RAS 4 quanto na 12 (Figura 6), o que também se notou para o Na e o K (Figura 7). As plantas irrigadas com

Cambissolo Háplico

Acúmulo

da

Ca

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

da

Mg

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

da

Mg

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

da

Mg

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

da

Mg

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

da

Ca

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

da

Ca

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

da

Ca

(mg

planta

)

-1

5 15 25 35 45 55

65 RAS 4

RAS 12

Y = 19,2398 + 0,002890 X + 0,000003827***Xo 2

R = 0,992

Y = 19,6175 + 0,008229***X R = 0,932

A. Cambissolo Háplico

0 5 10 15 20 25 30

Y = 2,3216 + 0,003322***X R = 0,952

Y = 0,8580 + 0,003731***X R = 0,962 B.

Argissolo Vermelho

5 15 25 35 45 55 65

Y = 17,0803 + 0,007524***X R = 0,962

Y = 14,9863 + 0,007813***X R = 0,992

C. Argissolo Vermelho

0 5 10 15 20 25 30

Y = 1,0145 + 0,001071 X + 0,000001203***Xo 2

R = 0,982

Y = 0,2905 + 0,001171***X R = 0,952

D.

Latossolo Vermelho-Amarelo

5 15 25 35 45 55 65

Y = 15,3985 + 0,01360***X R = 0,962 Y = 14,8225 + 0,01423***X

R = 0,972

E. Latossolo Vermelho-Amarelo

0 5 10 15 20 25 30

Y = 2,3668 + 0,1762*X + 0,005001**X1/2

R = 0,962

Y = 0,4398 + 0,0008030 X + 0,0000004065*Xo 2

R = 0,982

F.

Neossolo Flúvico

5 15 25 35 45 55 65

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

CE das soluções ( S cm )m -1 CE das soluções ( S cm )m -1

Y = 11,6897 + 0,01374***X R = 0,932

Y = 8,9355 + 0,01051***X R = 0,872

G. Neossolo Flúvico

0 5 10 15 20 25 30

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

Y = 0,7745 + 0,0008153 X + 0,0000003870*Xo 2

R = 0,982 Y = 0,6369 + 0,001785***X

R = 0,972

H.

(11)

603

soluções mais salinas acumularam mais esses elementos nos tecidos, provavelmente para possibilitar a absorção de água, mas os conteúdos parecem ter sido suficientemente elevados para promover as quedas de produção verificadas (Figura 5), e a morte das plantas, relatada anteriormente.

Outro fato que deve ter contribuído para a queda de pro-dução e morte das plantas, é a elevação nos conteúdos de Cl acumulados com o aumento da CE das soluções de percolação, pois seus valores superam os dos outros elementos (Tabela 4), podendo ter ocorrido toxidez por Cl nas plantas de meloeiro,

Cambissolo Háplico

Acúmulo

de

Na

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

K

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

K

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

K

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

K

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

Na

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

Na

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

Na

(mg

planta

)

-1

0 3 6 9 12

15 RAS 4

RAS 12

Y = 1,4275 + 0,001543**X - 0,0000001896*X2

R = 0,972

Y = 1,5341 + 0,0001605***X R = 0,982

A. Cambissolo Háplico

0,0 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0

Y = 0,1967 + 0,0001378***X R = 0,972

Y = 0,2587 + 0,0001605***X R = 0,962

B.

Argissolo Vermelho

0 3 6 9 12 15

Y = 1,7167 + 0,0008162***X R = 0,972

Y = 1,6412 + 0,0007562***X R = 0,982

C. Argissolo Vermelho

0,0 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0

Y = 0,1603 + 0,0002798***X R = 0,952

Y = 0,2157 + 0,0004499***X - 0,00000008323**X2

R = 0,982

D.

Latossolo Vermelho-Amarelo

0 3 6 9 12 15

Y = 1,2405 + 0,001338***X - 0,0000001528*X2

R = 0,992

Y = 0,8568 + 0,001151***X R = 0,952

E. Latossolo Vermelho-Amarelo

0,0 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0

Y = 0,3088 + 0,0002033***X R = 0,992

Y = 0,1202 + 0,0004223***X - 0,00000006042**X2

R = 0,992

F.

Neossolo Flúvico

0 3 6 9 12 15

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

CE das soluções ( S cm )m -1 CE das soluções ( S cm )m -1

Y = 1,5558 + 0,0006748 X + 0,0000002885*Xo 2

R = 0,982

Y = 1,2418 + 0,001080***X R = 0,982

G. Neossolo Flúvico

0,0 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

Y = 0,2022 + 0,0002247***X - 0,000000009700 Xo 2

R = 0,992 Y = 0,1205 + 0,0003381***X

R = 0,902

H.

Figura 7. Equações de regressão dos conteúdos de Na e K acumulados em função da condutividade elétrica e da RAS da solução de percolação no segundo cultivo, para os quatro solos estudados

R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.12, n.6, p.593–605, 2008.

(12)

demonstrando a importância do conhecimento da composição das águas usadas na irrigação, visto que seus íons poderão alterar o equilíbrio nutricional das culturas.

C

ONCLUSÕES

1. A produção das plantas de meloeiro e o acúmulo de Ca, Mg, Na, K e Cl dependem, de maneira diferenciada do tipo de solo, nos dois ciclos de cultivo.

2. A RAS de 4 e 12 (mmolcL-1)1/2, não interfere na

pro-dução do meloeiro nem no acúmulo de sais nas plantas, ex-ceto em solo mais argiloso e com menos macroporosidade.

3. Há redução na produção de matéria fresca e seca e aumento no acúmulo de Ca2+, Mg2+, Na+, K+ e Cl- nas

plan-tas de meloeiro, nos dois ciclos de cultivo, quando irrigadas com soluções de condutividade elétrica crescente.

4. A salinidade dos solos proporciona a morte das plan-tas poucos dias após o transplantio do segundo cultivo, com elevados acúmulos de Na+ e Cl- no tecido vegetal.

L

ITERATURACITADA

Alencar, R. D.; Porto Filho, F. Q.; Medeiros, J. F. de; Holanda, J. S.; Porto, V. C.; Ferreira Neto, N. M. Crescimento de cultivares de melão amarelo irrigadas com água salina. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.7, n.2, p.221-226, 2003.

Bezerra Neto, E.; Barreto, L. P. Métodos de análises químicas em plantas. 1.ed. Recife: UFRPE, 2004. 165p.

Farias, C. H. A.; Espínola Sobrinho, J.; Medeiros, J. F. de; Costa, M. C.; Nascimento, I. B.; Silva, M. C. C. Crescimento e desen-volvimento da cultura do melão sob diferentes lâminas de irri-gação e salinidade da água. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.7, n.3, p.445-450, 2003.

Freire, M. B. G. dos S.; Ruiz, H. A.; Ribeiro, M. R.; Ferreira, P. A.; Alvarez V. V. H.; Freire, F. J. Condutividade hidráulica de solos de Pernambuco em resposta à condutividade elétrica e RAS da água de irrigação. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.7, n.1, p.45-52, 2003a.

Freire, M. B. G. dos S.; Ruiz, H. A.; Ribeiro, M. R.; Ferreira, P. A.; Alvarez, V. V. H.; Freire, F. J. Estimativa do risco de sodificação de solos de Pernambuco pelo uso de águas salinas. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.7, n.2, p.227-232, 2003b. Malavolta, E.; Vitti, G. C.; Oliveira, S. A. Avaliação do estado

nu-tricional das plantas: Princípios e aplicações. Piracicaba: As-sociação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato, 1989. 201p.

Medeiros, J. F; Lisboa, R. A.; Oliveira, M.; Silva Júnior, M. J.; Alves, L. P. Caracterização das águas subterrâneas usadas para irrigação na área produtora de melão da Chapada do Apodi. Revista Brasilei-ra de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.7, n.3, p.469-472, 2003. Meiri, A.; Hoffman, G.; Shannon, M.; Poss, J. Salt tolerance of two muskmelon cultivars under two solar radiation levels. Jour-nal of the American Society for Horticultural Science, v.107, p.1168-72, 1982.

Cambissolo Háplico

Acúmulo

de

Cl

(mg

planta

)

-1

Acúmulo

de

Cl

(mg

planta

)

-1

0 50 100 150 200 250

300 RAS 4

RAS 12

Y = 51,8236 + 0,03177***X - 0,000004907**X2

R = 0,982

Y = 51,8275 + 0,01893***X R = 0,962

A. Argissolo Vermelho

Y = 28,6435 + 0,01178***X R = 0,972

Y = 24,4146 + 0,01002***X R = 0,982

B.

Latossolo Vermelho-Amarelo

0 50 100 150 200 250 300

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

CE das soluções ( S cm )m -1 CE das soluções ( S cm )m -1

Y = 27,6539 + 0,009507***X R = 0,962

Y = 27,1207 + 0,008229**X + 0,0000009281 Xo 2

R = 0,992

C. Neossolo Flúvico

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

Y = 31,2016 + 0,01720***X - 0,000001266 Xo 2

R = 0,992

Y = 26,6508 + 0,01676***X R = 0,902

D.

(13)

605

Mendonça, F. V. S.; Menezes, J. B.; Guimarães, A. A.; Souza, P. A.; Simões, A. N.; Souza, G. L. F. M. Armazenamento do me-lão amarelo, híbrido RX20094, sob temperatura ambiente. Hor-ticultura Brasileira, v.22, n.1 p.76-79, 2004.

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USSL Staff – United States Salinity Laboratory. Diagnosis and improvement of saline and alkali soils. Washington: Department of Agriculture, 1954. 160p. Handbook 60

R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.12, n.6, p.593–605, 2008.

Imagem

Tabela 1. Atributos físicos das amostras do Cambissolo Háplico (CXve), Argissolo Vermelho (PVd), Latossolo Vermelho-Amarelo (LVAe) e Neossolo Flúvico (RYve) estudados na profundidade de 0-30 cm
Tabela 2. Atributos químicos das amostras do Cambissolo Háplico (CXve), Argissolo Vermelho (PVd), Latossolo Vermelho-Amarelo (LVAe) e Neossolo Flúvico (RYve) estudados na profundidade de 0-30 cm
Figura 1.  Equações de regressão da produção de matéria fresca (MF), matéria seca (M S) em função da condutividade elétrica e das RAS da solução de percolação no primeiro cultivo, para os quatro solos estudados.
Figura 2. Equações de regressão dos conteúdos de Ca e Mg acumulados em função da condutividade elétrica e da RAS da solução de percolação no primeiro cultivo, para os quatro solos estudados
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Referências

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