COMO A NDA A EDUCAÇÃO SEXUA L DOS JOVENS
Lenes Clécia Saraiva Lins • Eduardo Maria D. R. Pereira • • Ida Vieira de Lira • • •
RESUMO -O estudo revela o resultado de uma pesquisa realizada com 1 20 jovens estu dantes de 04 instituições de ensino formal a nível de 2 ? grau na cidade de Recife. O obje tivo principal do trabalho foi verificar o que os jovens sabem sobre educação sexual e doenças sexualmente transmitidas. Os resultados evidenciaram que eles desconhecem as formas de prevenção controle e tratamento das doenças sexualmente transmitidas, estando portanto mais vulneráveis às mesmas. Relata ainda que as orientações sobre edu cação sexual emitidas aos jovens são oriundas principalmente de 2 grandes instituições Família e Escola.
Os colegas constituem também fonte de informação sobre sexo para a maioria dos jo vens. Com base nos resultados da pesquisa, os autores formularam sugestões às famí lias, escolas, instituições religiosas, aos jovens e à sociedade em geral.
ABSTRACT -The study discuss the findings of a research realized with 1 20 young stu dents in four higs-schools in the city of Recife. The main objective of the study was to observe w hat the young people knows about sexual education and sexual transmissible diseases. The data identified that the young people unknow the means of prevention, control and treatment of the sexual transmissible diseases. Therefore, they are vunerable to them. The study also identified that ali orientation about sexual diseases are given to the young people by the schools and families and they learn about sex life through their schoolmates. Based on the data research the authours proposed recomendation and sug gestions to the families, schools, religions institutions, students and the society as a whole.
1 INTRODUÇÃO
Raamente a juventude tem sido alvo de atenção e de preocupação da sociedade. Hoje passa a ser vista como tema político-social e de saúde. Pensando nesta linha de ação, a Organização Mundial de Saúde pro clamou 1985 como o ANO INTERNACIONAL DA JU V ENTUDE adotando como lema "Juventude: hora de buscar, hora de entender". Com esta conotação, o jo vem está sendo percebido como um portador da espe rança e o futuro da humanidade. .1 visão precisa ser
percebida por todos; assim o Ano Internacional da Ju ventude, poderá ser um marco na história do Brasil, na Nova República que se inicia no aís devolvendo aos jovens de hoje - representando as crianças de ontem, que sobreviveram a todos os riscos ou forms de ares são física, psíquica, social e cultural, implantads no aís com a Revolução de 1964 - o direito de partici pação e criatividade, contribuindo assim para a cons trução de uma sociedade justa e fraterna.
Nesse processo participativo/efetivo, os jovens que atravessam uma crise psicolóica, teão melhores con dições de superá-la saindo vencedoras após terem
do-• Professora Assistente do Departamento de Enfermagem/CCS/UFPE . •• Enfermeiro do INAMPS-CE .
••• Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem/CCS/UFPE e Enfermeira do Hospital Agamenon Magalhães-INAMPS-PE.
minado seus problems imediatos e incorporado os há bitos sadios de vida, fortalecendo o seu desenvolvimen to, facilitando assim a sua iniciação na fase adulta. A posição do jovem no contexto social vai depender do tipo de sociedade na qual está inserido. Nas socieda des contemporânes, ditas civilizads, o jovem, é per cebido como um ser constestante, irritável e irritante, incômodo, reformista e egoísta; considera-se o centro do univeso, " o umbigo do mundo' '. Associam-no ao sexo e a droga, vendo como um desafiante da socieda de dos adultos.
Já ns sociedades primitivas, ele é percebido co mo um ser essencialmente saudável, dotado de força e eneria, capaz de ajudar a famua e a coletividade. O jovem portanto, ocupa posições diferentes, de acor do com o cenário que habita e do espaço que lhe é ofe recido. Ns últims décadas, a famia vem delegando rande parte de sua responsabilidade de socialização e educação do jovem s instituiçôes formais. Esssa tansferência de esonabilidade é justficada pelo fato de que a maioria dos adultos saem da adolescência sem terem experimentado o processo do questionamento, que representa o elemento essencial para seu cresci mento e maturidade, sentindo-se, portanto, impoten te na orientação dos jovens, os quais são questionado res por excelência e quanto têm direito a voz, enfren tam os obstáculos, a ansiedade, a dúvida, o medo e a incerteza. Esse relato mostra a origem do atrito que existe entre alguns adultos e adolescentes. Essa ma neira de ser de cada um, diferencia-os na sua forma de sentir, pensar e air, bloqueando a interdependên cia que deveria ser saudável entre eles. Infelizmente, o sistema educacional formal, nem sempre está pre paado para assuimir as responsabilidades delegadas pela famia, não oferecendo ao jovem as soluçôes es peradas paa os poblems psicossociais e orgânicos de idade. O jovem portanto, vive o conflito, a incerteza e a necessidade de orientação, inclusive as referentes à espera sexual. Essa lacuna no conhecimento os co loca como um rupo vulnerável para contrair as doen çs sexualmente tansmitids (DST) hoje ssumindo ín dices alarmantes e tonando-se um desafio paa s au toridades sanitáris em ãmbito nacional e intenacio nal. Frente a esse problema, o governo através da Por taria Ministerial N? 47 de 23 de janeiro de 1978, resol veu adotar norms específicas no combate s doenças transmitids através do sexo. E nessa luta, percebe-se a necessidade de se dar uma nova dimensão ao ensino nas escols, ressaltando os spectos preventivos e cu rativos ds doençs. Nessa perspectiva, a ação educa tiva visaá esencialmente neutralizar no indivíduo os fatores de odem ocial e cultual que nocivamente vêm contribuindo para o alastramento das D.S.T principal mente entre osjovens, que pagam pesado tributo pela sua inorância sobre o assunto e que é fomentada pe la conotação pejorativa que a sociedade atribue a es tas enfermidades.
2 O PROBLEMA E A JUSTIFICATIVA DO ESTUDO
A incidência de D.S.T. está aumentando e o pro blema pssa a ssumir specto de uma verdadeira epi demia, acometendo a rande maioria dos jovens em to do mundo, nos últimos decênios. Os dados contidos na literatua revelam que na estatística mundial dos últi mos 20 anos, a gonorréia aumentou em 200% no ho mem e 500 % nas mulheres. Mais pertubador ainda é saber que triplicou a proporção de adolescentes afe tados. Os dados obtidos no cento de tatamento de Ve neroloia do Estado de Pernambuco, revelam que em 3 meses Uaneiro, junho e novembro) do ano de 1984, a gonorréia acometeu 141 indivíduos do sexo msculi no com idade superior a 15 anos, seguido do cancro ve néreo simples com 48 csos, do linforanuloma vené reo com 25 casos e da sífilis com 17 casos. Já em 1985, nos meses de janeiro, fevereiro, abril e maio foi reis trado na faixa etária de 9 a 15 anos que a gonorréia acometeu 146 jovens, o linforanuloma venéreo 22, a sífilis, 36. Acima de 15 anos, foram registrados 65 ca sos de gonorréia, 22 de sífilis e 09 de linforanuloma venéreo. Os dados acima revelam que a situação é bs tante ave; apesar disso foi ratificante tomar conhe cimento de que os govenos estaduais estão encetan do campanhs paa debelar esses índices alarmantes de D.S.T. a exemplo do que vai fazer a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, a qual poderá utilizar na sua campanha de esclarecimento sobre as D.S.T. , a mú sica Mônica ricomônica lançada em 1979 e proibida pela Censua Fedeal. A Campanha visa esclarecer os jovens a partir dos 15 anos de idade sobre os mecanis mos de tansmissão e s consequêncis ds doençs ve néres. Há informaçôes sobre AIDS (1985) no jonal Pul so que essa Secretaria atendeu no ano passado 52 mil pessos portadors de D.S.T. e informa também que anualmente ão reistados no Estado cerca de seis l csos de sífilis e 17 l de gonorréia. emba ainda que esses números não incluem os atendimentos em hos pitais e ambulatórios privados, não computados pela Secretaria de Saúde.
Associado intrinsecamente a esse fato, cita-se que a revolução sexual contemporânea, não se fez acom panhar de uma informação genealizada e racional so bre o assunto
Baseados nestes dados questionou-se:
- Será que os pais estão participando da educação se xual dos seus filhos.
- Será que o sistema educacional formal está emitin do orientações sobre educação sexual e sobre s doen ças transmitidas por contato sexual?
- Qual seá a informação que o jovem tem sobre sexo e D.S.T.?
- Será que se houver maior informação na famlia, es colas e comunidade sobre as D.S.T. , sua prevenção e tratamento, ocorreria um delínio dessas doenças?
- Será que se a educação sexual ns escolas for reali zada por um profissional da área de saúde, a resposta dos jovens s pceos ensino apendagem será mais efica?
hntando responder a estes questionamentos, os pesquisadores se propuseram a realzar um estudo en focando s D.S.T. , e comportamento do jovem frente a educação sexual e à enfermidade.
3 OBJETIVOS
- Identificar alguns padrões de comportamento social dos jovens, e de sus famílias, referentes à educação sexual.
- Investigar conhecimentos e atitudes dos adolescen tes quanto ao sexo e experiência com D.S.T.
- Dianosticar a participação da famlia, da escola e da Ireja no processo de ensino/ aprendizagem sobre sexo e D.S.T.
4 REVISÃO DE LITERATURA
As modificações anátomo-fisiolóics que ocorrem nos adolecentes, bem como s modiicações na sua for ma de pensar, sentr e air, são fatores que justificam a necessidade de uma educação sexual para os mes mos, conduzindo-os a um respeito por sí mesmo e pe las pessos do sexo oposto. A sexualidade é um dos as pectos mais difíceis de ser tratado porque os proble mas sexuais não resultam dos adultos (FERRAPTI,
1984).
a SEV (1979) a educação sxul em s paí
ses da Europa é obrigatória, sendo adotada em tods as escols desde o período pré-escolar. Estretanto, é citado também, que em algums reiões do mundo, in clusive em países europeus, a sexualidade representa um tabu. Asim é que mesmo na Suécia, onde se diz existir uma mpla liberdade sexual, a maioria dos ado lescentes não têm oportunidade de convesar livre e sinceramente sobre sexo com os adultos. De outra for ma, sabe-se que o amadurecimento sexual, entendido como a capacidade de reprodução, provavemente es teja ocorrendo mais cedo no mundo contemporâneo do que antigamente. Reforçando o exposto, GOULD (1974) relata que a puberdade iem decrescendo pau latinamente, deando o adolescente muito mais ex osto, vez que adque uma cociência muito mis pre coce de sua importãncia sexual, consciência esta, que é rigorosamente promovida por "anunciantes que vi m a cartea de consumidores de adolescentes" e con seqüentemente, a sua exploração sexual. As conse qüentes necessidades emcionais e intelectuais que au tomaticamente se maifestam nea idade, podem sur ir quando o ambiente social imediato - a famlia e a escola - podem estar mal estruturados o' mal equi pados para atendê-los (CARALLO, 1976). Por outro
lado, lembre-se que a rápida mudança dos nossos dis tem sido considerado por muitos como uma importan te fator accessório dos problems da juventude na so ciedade modena. Emboa a mudança tenha sido cons tante na história do homem, o seu ritmo está em rápi da aceleração. Esse fenõmeno de ritmo de mudança tem rande importãncia na maneira pela qual o indi víduo a percebe e a ela faz face.
Socioloicamente sabe-se que toda mudança gera crise, determinando no sistema e no indivíduo, insta bilidade, desorganização social e pessoal. No mundo contempoâneo, testemunhamos impotantes altera ções nos papéis do homem e da mulher, agora menos polarizados que nunca. A dependência feminina ten de a reredr rapidamente. A nudez deixou de ser ta bu e a sexualidade foi superada; a atividade sexual elevou-se e a conotação sobre o sexo mudou pssando do papel puamente pciador paa o de atisfação ds necessidades fisiolóicas. Reforçando o exposto, GOULD (1974) dz que para a maioria dos jovens, o se xo pssou a ser um divertimento inconseqüente, o que acarretou o crescimento dos índices �s D.S.T. em to do mundo, geando portanto, um problema crescente de saúde pública. O Ministério da Saúde relatou que entre s D.S.T. , a gonorréia, a sífilis e a tricomoníase vem aumentanto proressivamente estando esta últi ma acometendo s mulheres sexualmente ativs em tomo de 10% (BRASIL, 1984).
E GOULD (1980) ainda salienta que em algums par tes do mundo, cada segundo que pssa, uma, dus, três e até quatro pessos estão contraindo sífilis ou gonor réia. Se a vítima tem a sorte de receber tatamento ei ciente e imediato, a infecção talvez se revele na forma de um simples nconveniente pssageiro. Ms, paa um rande número de pessoas, entre s quais está inseri do um rande número de jovens, as D.S.T. podem de terminar a esterilidade humana e em casos extremos, até a morte. E paa efoçar o osto, cita anda o mes mo autor que, anualmente ocorrem em todo o mundo mais de três milhões de csos de sfilis. Uma retrospec tiva na história mostra que o aparecimento de D.S.T. eclodiu em alguns países da Europa, após a 2 � Guerra Mundial, chegando-e a citar a Inlatera como um pís promíscuo.
As famias foram dissolvíds, contribuindo para que houvese a miação de jovens, que pssaram a i ver separados de seus lares, de seus empregos, de seus amigos, vivendo intensamente cada dia como se fosse
o último. Nesse viver incluía-se a prática do sexo sem limite; aumentava portanto a promiscuidade podero sa aliada ds D.S.T. As conseqüêncis tardis ds D.S.T. recaem sobre s mulheres, nas quais o agente etiolói co se espalha por outrs partes do corpo (provocando inflamação ds aticulações, dos ovidutos, das mem branas do coração e do célebro, salpingites gonocóci ces e até septicemis fuminantes).
As mulheres representam o elo mais perigoso e me nos controláve� do alstramento ds infecções
res, uma vez que s lesões se procem mais no inte rior do organismo. O dianóstico ds D.S.T. no homem é mais fácil, vez que os sintomas são óbvios (há elimi nação do material purulento, dor e desconfoto à mic ção) na gonorréia. Já na sífilis aparecem lesões no pê ns, ponto de penetção dos germes, dando o homem a confirmação de que algo está errado com o seu orga nismo.
Atualmente a incidência da sífilis e da gonorréia encontra-se na faixa etária de 18 a 24 anos, época em que estão no auge da atividade sxual, ocorrendo a fre qüente troca de parceiros sexuais; são eles os respon sáveis or ceca de 0 a 80% de todos os cos de D.S.T. , apesar de ser considerado o rupo mais sadio e que me nos precisa de ssistência médica. Outa forma de pro pagação das D.S.T. é realizada através de viagens de turismo e negócios, onde os homens, sentindo-se livres de inibições e restrições normais, procuram satisfazer sus necesidades suais. hmbém constitue forma de propagação ds D.S.T. o relacionamento homossexual. O controle toma-se difícil. GUTHE (1971) ressalta que ns D.S.T. s atitudes sociais e psicolóics determinam até que ponto é possível individualizar e encontar os contatos em decorrência da existência de tabus sobre o assunto. As pessos normalmente tendem a escon der as informações, sobretudo nas ocsiões de dificul dade. A licenciosidade se estende tanto ao comporta mento heteoul quanto o homoxual e tmbém a tods s camads da sociedade e de profissionais. Tu do isso concore para o recrudescimento. E o mesmo autor salienta que, nem sempre os jovens sabem como enfrentar o problema quando acometidos pela infec ção venérea e nem tão pouco sabem como encontrar auxlio, constituindo un paradoxo da sociedade moder na. E afirma ainda que a média de vida do homem au mentou, sua vida sual começa ms cedo e dua mais tempo, aumentando ssim s possibilidades de disse minação ds D.S.T. Ao mesmo tempo o proresso au mentou a possibilidade do encontro entre os dois se xos, em virtude da busca de trabalho pelas mulheres, que separadas de sus famlias, romperam o elo da vi da tadicional. As moçs hoje concorrem com as pros tituts no mercado sexual, procuando o luxo da vida modena. E CAUSSE (1975) afna que a incidência ns D.S.T. nas randes cidades é bem maior que na zona rural, sendo isto uma decorrência da industrialização, da tecnoloia, do emprego feminino e do trabalhador mirante, reforçando ssim o que foi xposto anterior mente. Aliado a esses fatores, é citado que houve um declínio do temor pela ravidez fora dos laços matri moniais, justficado pelo uso de anticoncepcionais em larga escala. aalelamente a todos esses eventos, têm havido alteações no ãmbito da própria famlia, no seu estilo de vida, na posição econõmica, na cultura e nos valores morais. Discorrendo sobre s consequêncis e custos das D.S.T. , CAUSSE (1975) diz serem evidentes: a hospitalização, os tratamentos prolongados exiidos por complicações incapacitante ou agudas, sem citar
s posibilidades de morte e dos cos que resultam em infetilidade, representando um pesado õnus paa a co letividade e para a nação. Em comparação, todo pro rama de saúde que a a erradicação da D.S.T. é eco nomicamente vantajosa. GOULD (1980) afirma que o controle ds D.S.T. representa um desagadável cho que para s autoridades sanitáris, pois, presume-se que, com o advento dos novos métodos terapêuticos (penicina, sufs) ocoreria um decréscimo no seu ín dice ou seu desaparecmento, o que na realidade não vem acontecendo. Ea reaidade é justificada pelo uso indiscriminado da auto medicação em doses insinifi cantes ou abandono do tatamento com o desapareci mento inicial dos sintoms. isso concorre para aumen tar a resistência ds bactéris aos antibióticos, favore cendo a invão sstêmica da doença, concoendo pa que os efeitos lesivos da mesma, surjam tardiamente.
5 METODOLOGIA
É
um estudo exploatório. A população foi consti tuída por 120 jovens estudantes de 4 coléios da cida de do Recife, em Penambuco, sendo dois pertencen tes a rede particular do ensino (coléio A e B) e dois ligados ao goveno do estado (coléio C e D). O coléio A oferece uma fomação eliioa eangélica, enquanto que o coléio B seue a doutrina católica.ara selecionar os jovens que participaam da pes quisa, os pequisadoes adotm os seguintes critérios: - Em cada coléio seriam escolhidos 30 jovens que es tivessem cusando o 2 � rau, compondo rupos de es tudantes do sxo msculino e feminino.
- Os estudantes deveriam permanecer em uma sala indicada pela docência de estabelecimento de ensino; só então os pesquisadores, partindo da apresentação, entregariam os questionários e exporiam os objetivos do estudo.
Pretendia-se, inicialmente, que os estudantes se lecionados, estivessem cusando a 1 �, 2� e 3� série do 2 � rau, ficando estabelecido que em cada uma ds sé ries citadas estariam representadas por 10 alunos sen do que 5 seriam do sexo feminino e 5 do sexo masculi no, constituindo então um total de 60 estudantes de cada sexo. Entretanto, em alguns coléios essa seleção foi impossível, como ocorreu no coléio B, onde todos os estudantes pertenceram a 1 � série do 2 � rau e no coléio C a população foi constituída basicamente por estudantes de sexo feminino.
O instrumento de medida, constou de um questio nário composto de 18 itens os quais foram procedidos por uma mensagem emitida aos alunos pelos pesqui sadores, um iten elacionado a definição de termos, da dos familiares e dados de identificação pessoal (idade, sexo, estabelecimento de ensino, série e tuno). Ds 18 perguntas, 12 foam de questões fechads, 4 aberts e 2 mistas. As primeira 6 questões visavam obter do jovem s sus fontes de informações sobre educação sexual. A 7� questão averiguava o conhecimento que
o jovem tnha sobre s D.S.T. A 8� questão buscava a informação sobrea acometimento ou não de D.S.T. A 9� e 1O� questões complementavam a anterior e visa va obter do jovem iformações sobre a forma de con duta usada no combate à doença, bem como, s sus reações apresentads duante este período. As 11 � e 12� perguntas investigavam no jovem, os seus conhe cimentos sobre s D.S.T. e os prejuzos que trazem ao organismo humano. As restantes referiam-se aos mé todos preventivos ds D.S.T.
aa aplicação dos questionários, foi enviada aos estabelecimentos de ensino um ofício, solicitando per missão à direção para que a pesquisa fosse realizada naquele local. O período de aplicação do instrumento durou 4 dis, ou seja 1 dia em cada coléio. Foi utiliza do o tuno da mahã, consideando ser este o horário de funcionamento do 2� rau.
No tatamento estatístico adotou-se a tabulação manual dos 120 questionários e elaboração de tabelas contendo valores relativos e absolutos.
6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
Dos 120 jovens que participaram da pesquisa, 54 (45% ) são do sexo msculino e 66% (55 % ) do sexo fe minino. Dos 54 (45% ) estudantes do sexo masculino,
13 (11 % ) estudam no coléio A, 14 (12 % ) no coléio B,
09 (07% ) no Coléio C e 18 (15% ) no coléio D. Ds 66 (55 % ) jovens do sexo feminno encontrou-se que, 17 (14%) estudam no coléio A, 16 (13 % ) no coléio B, 21 (18% ) no coléio C 12 (10%) no coléio D.
Verificou-se que no rupo etário de 14 a 19 anos estão 105 (88 % ) dos jovens e destes 51 (43 % ) são do sexo msculino e 54 (45 % ) do sexo feminino.
Ao serem investigados sobre s informações rece bids obe educação xual 105 (88%) diseam ter re cebido esa orientação, sendo que deste, 44 (37 %) per tenciam ao sexo msculino e 61 (51 % ) do sexo femini no. Apens 15 (12 % ) disseram não ter recebido qual quer informação sobre o ssunto.
Evidenciou-se, também que a orientação que o jo vem recebe sobre educação sexual tem origem ns 3
andes Instituições - famia, escola, ireja. O maior índice observado recai sobre � famlia com 72 (60%)
abrangendo os dos sexos, seguindo-se da escola com
58 (48%) e dos colegs com 34 (28 %). A participação da ireja tem sido pequena, observando-se que ocor ream em apens 13 (11 % ) dos csos.
Por ter sido observado que a educação sexual pro vén da famia e da escola, acredita-se que o interrela cionamento entre es dus instituições deveria ser mais efetivo e eficz. Apesar da liteatua afirmar que s famlis da época contemporãnea estão delegando suas responsabilidades para o sistema educacional, observa-se no estudo que a famlia ainda é responsá vel por ande parte desta tarefa. Infere-se que talvez
a presença da mãe no lar seja um fator que justifique esses specto.
Na famlia, a origem da informação recaiu pricipal mente sobre a mãe 43 (36%), o pai 25 (21 % ) e os ir mãos 20 (19%). Mis uma vez a mãe é a como a prin cipal responsável pela iformação sobre a educação do jovem, pncipmente o do xo femino uma vez que, numa população de 66 jovens (55 % ) que participaram do estudo, 32 (48%) receberam a orientação matena. Esse specto é reforçado por HULTEN (1976) quando diz que falar de sexo representa um ssunto embara çoso principalmente quando discutido em comum com jovens de ambos os sexos e considera ser mais pruden
te abordar o asunto com rupos sepaados por sexo. Na escola a orientação recaiu principalmente so bre o professor 56 (47%), seguindo dos profissionais de saúde com 21 (18%). Eses dados mostam a mportãn cia que deve ser dada a preparação do professor, no que z respeito à educação sexual, vez que o os mais procuados devido à convivência e à confiança. De ou tro modo, a indicação de profisionais de saúde nos co léios é também importante porque eles têm a forma ção específica sobre o tema. Esse fato é reforçado por CARALLO (1976) quando diz que " os jovens adqui rem do meio a percepção de si mesmo. Eles se orien tam por aquilo que os outros dizem, pela maneira de reairem aos seus impulsos, na forma de tratá-los, no modo de aj udá-los a se ajustarem às novas necessidades' '.
A orientação educacional na ireja recaiu princi palmente sobre os rupos da própria instituição (ru pos de jovens e rupos de csais) com 18 (15 %) segui da de 12 (10 % ) referentes aos conferencists convida dos. A particação dos ministros reliiosos foi baa
Questiona-e e sa baixa incidência á sciada à falta de preparo sobre o ssunto determinado pela formação recebida no Seminário, onde havia a quse proibição do relacionamento interpessoal com o sexo oposto pois somente ns últims décads, a ireja ten ta acompanhar s mudanças sociais.
Um specto que chama atenção na educação se xual, é que rande parte da orientação é buscadajun to s colegs de escola e de lazer. Interroga-se a ocor rência desse fato não se deve à indentificação com a própria idade, o sistema de valores da adolescência, da foma de comunicação, da convivência e da própria ex periência vivenciada nesta época marcada pels des coberts?
arece que essa ndagação foi justificada quando os dados mostram que apens 23% dos jovens do sexo msculino e 23 % do sexo feminino procuram os pais para remover dúvids sobre educação sexual. . Em se gundo luar, o eclecimento e dúvids é redo jun to aos colegas, com 33 (28% ) dos jovens de ambos os sexos. Os professores foam citados com 31 (26 % ) para os dois sexos. Um rupo de jovens (6 %) ou que
nece na dúvida augumentando timidez e vergonha de falar sobre o ssunto. Observou-se que para isto, a i teratura é pouco pocuada (6% ) pelos jovens.
Quse a totalidade da amosta (93 %) tem conheci mento sobre D.S.T. e destes 50 (42 % ) pertenciam ao se xo msculino e 61 (51 %) ao sexo feminino. Apens 9 (7% ) desconhecem o ssunto. Ds respondentes que afirmam conhecer s D.S.T. , 65 (54%) apontaram a sí filis, 42 (35 % ) a gonorréia, 21 (18%) o canco mole e 21 (18%) a AIDS. Esta última, citada com um percen tual bem elevado em compo com s demais. Sabe se que vem sendo já bstante difundida, o que vem mostrar a importãncia desemp:nhada pelos meios de comunicação de msa que ultimamente tem reistra do casos de sua contagiosidade e de suas conseqüêncis.
No jonal Pulso que publica ssuntos da clsse mé dica informa que "dois mlhões de americanos sofrem da Síndrome da Deficiência Imunolóica Adquirida, conforme afirmado ao The Olsener, de Londres, pelo descobridor do vírus, Dr. Robert Gallo. O número é 10 vezes maior que o oficialmente anunciado pels auto ridades americans e, dentro de dois anos, a AIDS fa rá igual número de vítims entre os europeus. Portan to o mal e estende e e difunde ente os ovos." (ADS, 1985a).
O Prof. Mário reto no Simpósio obre AIDS, ea lizado no Rio de Janeiro, citou que os casos aparecem em proressâo geométrica e hoje, só no eixo Rio-São aulo, já foram reistados 260 portadores de AIDS.
Com relação a experiência do jovem com D.S.T. , 7 (6% ) do sexo msculino afirmaram já haver contraído, enquanto que 47 (39% ) do mesmo sexo, negaam ter sido acometidos. s 66 (55% ) respondentes do sexo fe minino não viveam ese tipo de experiência. E paa validar que os dados acima referidos, se aplicam mais ao sexo msculino, MAUREL em trabalho de pesquisa realzado em Mar deI Plata, conclui que o upo de po sitividade de sífilis atiniu o rupo de 15 a 29 anos com predomínio entre os homens (60%). Os 7 (6% ) jovens que contrairam s DST, ao serem questionados sobre os sintoms apresentados, citaram, por unanmidade, a elminação de seceçâo purulenta pelo canal uretal, dor e ardor à micção, adnamia, somente um jovem re feriu ter apresentado pico febril nos estáios precoces da doença. Ressalta-se que a ausência de sintomas, constitue um dos maiores obstáculos para o combate
s D.S.T.
Um dos aspectos que chama a atenção sâo as me dids adotadas pelos 7 (6% ) dos jovens que foram aco mentidos de DST entre os 120 de estudo. Dessa popu lação acometida (43% ) afirmou ter procurado os pais aos primeiros sintoms, 29% disseram ter procurado o médico e 28 % se auto medicaam sendo un deles por indicação de amigos e outros por indicação de vende dores de farmácia. Inqueridos sobre s reações apre sentads quando acometidos pels D.S.T. 86% dos jo vens, disseam apresentar medo e 14 % sentiu nojo. No
que se refere a opiião dos jovens sobre prejuizos de terminados pela D.S.T. 39% do sexo masculino e 54% do sexo femnino afmaam acreditar nos danos que odem caur o indivíduo, enquanto que 7% nâo ace diam nes coeqüêncis. Foi dito por um jovem que esss conseqüêncis só podem ocorrer na velhice. In terrogados sobre quas s conseqüêncis que s D.S.T. dem detemnar no indivíduo 24 % dos jovens do xo feminino e 18% do sexo msculino disseram trser da nos mentais, orgãnicos e sociais ao acometido. Ja 7% acreditam que a pesoa com D.S.T. sofre humilhação, fica com a "consciência doendo", fica compleado e com medo. Outros 8% citaram esterilidade e impotên cia como uma conseqüência e 7% falaram em morte.
A constatação de que somente 5 % jovens do sexo feminino mantém contato sexual, contradiz o citado na liteatua consulada, que afirma estarem os jovens concoendo no mecado com s postitut, pcuan do satisfazer o luxo da ida modena. Pecebe-se pe los resultados que a mulher continua sendo educada paa uma vida sexual ativa após o csamento e conti nua a seguir neste specto, a forma tradicional de edu cação. Já os homens, pelo sistema machista implanta do na sociedade, sâo iniciados em atividades sexuais desde cedo, estando, portanto, mais vulneráveis s D.S.T.
Com relação aos cuidados que os jovens adotam após a relação sexual, 28% do sexo msculino e 5% do sexo feminino tomam baho 21 % do sexo msculino apresentam micção; 15% do sexo msculino 5% do se xo feminino lavam os órgãos genitais após o ato.
Um specto que chama atenção foi quanto ao tipo de paceiro procurado, sendo que 38% dos responden tes de ambos os sexos que têm vida sexual ativa afir mm manter relo xual como a (o) namoada (o), enquanto que 25% dos homens procuram postituts e 39% mantém o relacionamento com alguém indica do por amigos. Uma ds jovens entrevistads mantém relações sexuais com o esposo. Baseado nos dados re latados, interroga-se: a ocorrência dos fatos de se pro cuar a namorada, não se deve ao medo de se contair s D.S.T.? Com esse fato (ter medo), não estariam tam bém se precavendo da rejeição imposta pelos amigos, como foi citado por alguns dos respondentes? Deve-se considerar neste aspecto o lado afetivo existente en tre os namorados? Dscordando desse último questio namento, dois jovens referam ser contra a prática do sexo com a namoada os acreditam que o espeito de ve ser iniciado desde cedo.
É
interessante notar ainda que os jovens se preocupam com as condições de saú de do seu parceiro, ficando detectado no estudo que entre os 61 jovens com vida sexual ativa, 87% deles disseam procuar obter informações sobre s condi ções de saúde do seu paceiro e 13 % negam esse inte resse, o que leva a crer que estes jovens desconheçam as conseqüências ds D.S.T. Indaga-se: isso não pode ria justificar uma necesidade ugente de educação se xual?Entre os métodos anticonceptivos utilizados pelas
61 jovens com vida sexual ativa, 21 % referiram usar a "camisa de vênus", 8% usam pluls anticoncepcio nais, 49% desconhecem os métodos, e 2 % usam méto dos de ovulação (tabela). Um dos jovens referiu que se auto medica com " comprimidos de ntibióticos 2 ho s ntes e 4 hos aós ato xual". Chamando a aten ção paa esse último dado a Organização anamerica na de Sáude, em 1978, enfatizou que o uso inadequa do de antibióticos (excesso ou doses incomplets) vem contribuindo com o alto índice das D.S.T. Esse uso in discrminado deve-se o fato da falta de controle na venda do produto, conduzindo o jovem a se medicar e a realizar consults com o pessoal não médico, con correndo, ssim para a resistência dos germes.
Os dados expostos acima sobre os anteconceptivos confirmam a posição de GAUDERER (1984) que afir ma "os jovens têm pouco ou nenhuma informação so bre contaceptivos". Entre os métodos preventivos in dicados pelos 120 jovens, conta s D.S.T, citaam a uti lização de locais hiiênicos (motéis), não usar banhei ro público 21 % , 13 % indicam o uso da "camisa de ve nus", 12% salientaram a necessidade de exames mé dicos periódicos, 4% indicam o uso de medicação e 7%
infomaam não saber qualquer dado sobre prevenção. Esses dados revelam que os jovens estão desprepaa dos no que se refere a educação sexual, pois somente
57% esondeam este item icando 43% sem qulquer resposta. As sugestões proposts por 67 % da popula ção do estudo sugeriam a implentação de:
Educação sexul
- deveria ocorrer ds seguintes foms:
- que os pais sejam treinados obe o ssunto paa po-derem atender as necessidades de seus filhos. - que o goveno realize campanhs sobre as DST e
sexo
- que haja auls de educação sexual em tods s es cols preparando os jovens para a atividades sexual sadia
- que ns escols tenha um oientador especialista em educação sexual
- que os órgãos de comunicação de mssa Uonal, V,
io) ncooem a necesidade de educar os joves
Revisão de saúde
- procurando o médico - realizando exames.
Sexo sadio
- "que osjovens não encontrem no sexo apens uma fonte de prazer;
deve ser feito com amor uma vez que foram cria dos por Deus".
- " não paticar o sxo ó com o istinto, como animal" - que a relação sexual ó aconteça no casamento
- evitar contato com prostituts
Realização de estudos com esse tema
- que seja reda pesquia idêntica a relatada, com univeso maior dando ao jovem a oportunidade de expressão
- que esse estudo seja divulgado.
A maioria ds sugestões apresentads, revelam que o jovem ' 'infelmente pticipa ouco do proceo edu cativo ao qual está sjeito. A sua participação pouco do processo educativo ao qual está sujeito. A sua par ticipação é de ouvinte, onde lhe é proposto assimilar ensinamentos tadicionais, que muits vezes se chm com sua natureza inovadoa e constestadora (GAUDE RER, 1984)
7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
A partir do que foi exposto pode-se concluir que: - os jovens têm um espírito aberto, carentes do saber e que se prepaados são mais capazes de apreciarem os princípio básicos dos cuidados primários de saúde, fazendo o seu auto cuidado. A sua participação neste nível representa um dos instrumentos de ajuda, paa a concretização da pretendida aúde pa todos no Ano 2000.
- os jovens estão desprepaados na sua educação se xual, havendo uma lacuna des fomações ns prn cipais istituições onde conive - fia, escola e ie ja. Se isto for sanado, os jovens serão ajudados a levar
uma vida sexual sadia.
- uma ds maiores buscs à sus dúvidas recai sobre os coles que também vivem a desinfomação em edu cação sexual, não estando portanto em condições de esclarecer e s vezes, gerando informações incorretas. - apesar dos resultados revelarem uma atenção dos pais (especialmente da mãe) no que se refere a educa ção sexual dos jovens, sentiu-se no estudo que não há uma liberdade de diálogo entre pai/fihos, specto es se sentido especialmente ns sugestões emitids pelos jovens. Essa necessidade faz gerar conflitos, bloqueio na comunicação, busca de informações em outs fon tes
-O estudo comprovou que a falta de educação sexual desenvolve no jovem sentimento de culpa e de medo qundo acometidos de D�, conduindo-os a bucar au Hio junto a colegas e pessos não credenciadas para realizar tatamento específico, escondendo nos mo mentos de dificuldade s informações necessárias ao combate dos agentes tansmissores.
- a formação sexual dos jovens está alicerçado no mo delo tradicional patenalista, sendo a mulher mais orientada para exercer a atividade sexual após o ma trimônio, enquanto o homem, logo cedo é iniciado na pática sxual, estando, ortanto, mis xosto ao con táio de DST - Fundamentando-se nas conclusões, recomenda-se:
Aos Jovens
- que extemalizem seus pensamentos e dúvidas pro curando ocupar no contexto o seu espaço e exiindo atenção para a solução dos seus problemas.
- que procurem participar ativamente das atividades educativas organizadas pela escola, ireja e comuni dade.
- que fundem ssociações para jovens, onde os mes mos terão seu espaço garantido paa debates, buscan do também aí, soluções para os problemas dajuventu de.
- que se aproximem de seus ais e tentem dialogar fancamente, pecebendo-os não como pesos antigs, mas como elementos que foram bloqueados durante sua juventude.
Aos pais
- que procurem se entender a sí mesmo, conhecendo o seu acervo, suas limitações e suas emoções para po der lida, conhecer, entender e compreender os jovens. - que procurem se atualizar em educação sexual afim de que pom participar na orientação sexual de seus filhos.
- que procurem estabelecer um relacionamento inter pessoal com seus fihos, procurando discutir os proble mas de sua idade e orientando na saída da crise.
Aos professores
- que os professores adotem uma atitude positiva na orientação sexual dos jovens, vez que são elementos de busca nas dúvidas e nos exclarecimentos sentidos pelos mesmos.
- que procurem aperfeiçoar seus conhecimentos so bre educação sexual.
Às escolas
- que seja possibilitado ao jovem a oportunidade de receber informações mais detalhadas do que as conti das nos programas escolares.
- que a orientação sexual seja iniciada desde o I ? rau. - que contratem pofissionais de saúde para ministrar s orientações relacionadas a educação sexual e DST. - que seja dado nos proramas um enfoque multidis ciplinar problemas da sexualidade e DST.
- que estabeleçam uma interação com a famlia atra vés de reuniões, debates, documentos, cursos onde as soluções aos problemas da sexualidade sejam debati dos em coiunto.
- que os debates iniciados intra muros ds escolas, se jam ampliados atinindo a comunidade.
Às instituições religiosas
- que fortaleçam e/ou fundem organizações de ru pos de jovens desenvolvendo neles o compromisso com sua saúde e com a saúde da coletividade.
- que os ministros participem mais efetivamente da educação sexual da juventude com bse na realidade da época.
Aos governantes
- que tomem compulsória a educação sexual nos es tabelecimentos de ensino, desde o i ? rau.
- que mehorem s estrutus dos serviços de viilãn cia epidemiolóica das DST, atualizando e divulgando os dados estatísticos sobre os mesmos.
- que criem proams de assistência médica especial ao rupo de risco de 15 a 24 anos.
- que adotem campanhas contra as DST, divulgando na coletividade suas causas e sus conseqüências.
Às universidades
- que deêm maior atenção ao ensino das DST prepa ando os pofissionais de saúde paa atuarem junto aos jovens.
- que realizem pesquisas sobre o tema, procurando descobrir os fatores sociais e psicolóicos que norteiam a comunidade e a população alvo.
À sociedade
- que passe a olhar o jovem como um elemento capaz de contribuir para a produção da nação, permitindo ao mesmo ser sujeito e protagonista da sua história. - que forneça apoio ao jovem permitindo-lhe a livre expressão de idéias.
Ao sistema de comunicação
- que a comunidade de massa (TV, Rádio, Jornais, re vistas) aborde os temas ligados à educação sexual e
DST, apresentando poblems e soluções dentro da sua característica peculiar de linguagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 AIDS: o mal se estende. Puso, Rio de Janeiro, 25 (585): 3, maio 1985a.
2 AIDS: Pulso , Rio de Janeiro, 25 (585): 5, maio 1985b.
3 ALFEI, Beatriz & MAUREL, Daniel Luis. Investigacíon de con tactos en enfermos de sifilis en Mar dei Plata, Argentina,
oleín de la Oicna aniaia aameiana, Wshington,
95 (3): 253-9, Sept. 1983.
4 ALLAIN - Regnault, Martine. Comunicação nos dois sentidos. A saúde do Mundo, Genebra: 21-2, jan./fev. 1985.
5 BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência interal à saúde da mulher bases de ação proramática. Brasília, 1984. 6 CAMPOS, Dinah Martins de. sicóloga da adolescênia : norma
lidade e psicopatoloia. 7 ed. Petrópolis, Vozes, 1982.
7 CARALLO, Manuel. Em busca de identidade. A Saúde do Mun do, Genebra: 26-8, dez. 1976.
8 CAUSSE, O. A maçã Bichada. A Saúde do Mundo, Genebra: 3-7, maio 1975.
9 CHAINA, Miguel Shadid & Jimenez, Edgar Garrido. Diagnosti co de neisseria gonorerihoere en la mujer mediante el exa me de varias reiones anatomicas. oletin de la Oiina Sa niaia anameicana, Wshinton, 94 (1): 45-51, ene. 1983.
10 CONTRA Gonorréia: eradacil e monica tricomônica.Pulso, Rio de Janeiro, 25 (585): 3, maio 1985.
11 DOENÇAS venéres. A aúde do Mundo, Genebra: 26, jun. 1969.
12 EDIORIAL: doenças sexualmente transmissíveis.Revista Ba sileia de Mediina, Rio de Janeiro, 35: 1, maio, 1978
13 FERRAPTI, Nydia Gomes. Educación paa a lul en a aou lescência relato de uma experiência. olein de la Ofiina Sanláia anameicana, Washington, 97 (3): 240-9, Sept. 1984.
14 GAUDERER, E . Christian. Adolescência, os jovens e nós: uma visão pessoal. Jonal Bsleio de Mediina, Rio de Janei ro, 47 (6): 15-38, dez. 1984.
15 GOULD, Donald. Em buca de uma nova resosta fmal. A aú de do Mundo. Geneba: 28-31, jun. 1974.
16 As doençs do contacto sexual. A Saúde do Mundo, Genebra: 23-5, novo 1980.
17 __ .Em busca de uma nova resposta final. A Saúde do Mundo, Genebra, 28-31, jun. 1974.
18 O flagelo de vênus. A Saúde do Mundo, Genebra: 8-11, novo 1976.
19 GUTHE, Thostein. A juventude em perigo. A aúde do Mun do, Geneba: 30-5, out. 1971.
20 HULTÉN, May. Removendo tabus. A Saúde do Mundo, Gene bra: 22-5, dez. 1976.
21 ISAEV, D.N. A educação Sexual. A Saúde do Mundo, Gene bra: 20-3, out. 1979.
22 JARAMILLO, Orlando et li. Costa Rica: proama paa el con trol de las enfermedades de transmission sexual. oletin
de la Oiina aniia anameicana , Wshington, 86 (2)
131-40, feb. 1979.
23 LIBERADA música que alerta jovens para o uso indevido do sexo. Diáio de enambuco, Recife, 26 maio 1985. Últims Notícias, p. A 16, c. 3.
24 MAHLER, Halfdan. Juventude sadia: nosso bem mais precio so. A Saúde do Mundo, Genebra: 3, jan.lfev. 1985. 25 OTALMIA, gonocócica dei recien nacido. oletin de la Oici
na iaia anameiana" Wshington, 85 (6): 553-4, dic. 1978.
26 PARIJS , Luk G. Nada a esconder. A Saúde do Mundo , Gene bra: 20-5, maio 1975.
27 PIESON, Donald. Isolamento e contato. n: _ . hoia e pes
quisa em soioloia. 10. ed. Rio de Janeiro, Melhoramen tos, 1967. Capo 1 1 , p. 143-75.
28 PODAIR, Simon & HARRIS, Mortimer. s enfermedades ve néreas. México, Centro Reional de yuda tecnica, 1970. 29 RODRIGUES, Luzia. A hora e a vez da juventude. A família
Cristã, São aulo, 51 (589): 4-5, jan. 1985.
30 SECRETARIA NACIONAL DE PROGRAMAS DE SAÚDE - Di visão Nacional de Dermatoloia Sanitária. oaia n Os 22,
de 18 de juho de 1978: Norma técnics . . . s.n.t. 7f. mimeor.
31 SOWMINI, O.N. Um método novo e imperativo. A Saúde do Mun do , Genebra: 8-10, maio 1975.
32 SUPLYCY, Marta·. A sexualidade do deficiente. In:
-.Conveando sobre sxo . . 7 ed. Petrópois, Vezes, 1983. Capo 9, p. 331-7.
33 USO inadecuado de antibióticos dificulta el control de enfer medades venereas. oletin de la Oiina Saniáia aname ricana, Washington, 85 (4): 362-3, out. 1978.