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Como anda a educação sexual dos jovens.

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Academic year: 2017

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COMO A NDA A EDUCAÇÃO SEXUA L DOS JOVENS

Lenes Clécia Saraiva Lins • Eduardo Maria D. R. Pereira • • Ida Vieira de Lira • • •

RESUMO -O estudo revela o resultado de uma pesquisa realizada com 1 20 jovens estu­ dantes de 04 instituições de ensino formal a nível de 2 ? grau na cidade de Recife. O obje­ tivo principal do trabalho foi verificar o que os jovens sabem sobre educação sexual e doenças sexualmente transmitidas. Os resultados evidenciaram que eles desconhecem as formas de prevenção controle e tratamento das doenças sexualmente transmitidas, estando portanto mais vulneráveis às mesmas. Relata ainda que as orientações sobre edu­ cação sexual emitidas aos jovens são oriundas principalmente de 2 grandes instituições Família e Escola.

Os colegas constituem também fonte de informação sobre sexo para a maioria dos jo­ vens. Com base nos resultados da pesquisa, os autores formularam sugestões às famí­ lias, escolas, instituições religiosas, aos jovens e à sociedade em geral.

ABSTRACT -The study discuss the findings of a research realized with 1 20 young stu­ dents in four higs-schools in the city of Recife. The main objective of the study was to observe w hat the young people knows about sexual education and sexual transmissible diseases. The data identified that the young people unknow the means of prevention, control and treatment of the sexual transmissible diseases. Therefore, they are vunerable to them. The study also identified that ali orientation about sexual diseases are given to the young people by the schools and families and they learn about sex life through their schoolmates. Based on the data research the authours proposed recomendation and sug­ gestions to the families, schools, religions institutions, students and the society as a whole.

1 INTRODUÇÃO

Raamente a juventude tem sido alvo de atenção e de preocupação da sociedade. Hoje passa a ser vista como tema político-social e de saúde. Pensando nesta linha de ação, a Organização Mundial de Saúde pro­ clamou 1985 como o ANO INTERNACIONAL DA JU­ V ENTUDE adotando como lema "Juventude: hora de buscar, hora de entender". Com esta conotação, o jo­ vem está sendo percebido como um portador da espe­ rança e o futuro da humanidade. .1 visão precisa ser

percebida por todos; assim o Ano Internacional da Ju­ ventude, poderá ser um marco na história do Brasil, na Nova República que se inicia no aís devolvendo aos jovens de hoje - representando as crianças de ontem, que sobreviveram a todos os riscos ou forms de ares­ são física, psíquica, social e cultural, implantads no aís com a Revolução de 1964 - o direito de partici­ pação e criatividade, contribuindo assim para a cons­ trução de uma sociedade justa e fraterna.

Nesse processo participativo/efetivo, os jovens que atravessam uma crise psicolóica, teão melhores con­ dições de superá-la saindo vencedoras após terem

do-• Professora Assistente do Departamento de Enfermagem/CCS/UFPE . •• Enfermeiro do INAMPS-CE .

••• Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem/CCS/UFPE e Enfermeira do Hospital Agamenon Magalhães-INAMPS-PE.

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minado seus problems imediatos e incorporado os há­ bitos sadios de vida, fortalecendo o seu desenvolvimen­ to, facilitando assim a sua iniciação na fase adulta. A posição do jovem no contexto social vai depender do tipo de sociedade na qual está inserido. Nas socieda­ des contemporânes, ditas civilizads, o jovem, é per­ cebido como um ser constestante, irritável e irritante, incômodo, reformista e egoísta; considera-se o centro do univeso, " o umbigo do mundo' '. Associam-no ao sexo e a droga, vendo como um desafiante da socieda­ de dos adultos.

Já ns sociedades primitivas, ele é percebido co­ mo um ser essencialmente saudável, dotado de força e eneria, capaz de ajudar a famua e a coletividade. O jovem portanto, ocupa posições diferentes, de acor­ do com o cenário que habita e do espaço que lhe é ofe­ recido. Ns últims décadas, a famia vem delegando rande parte de sua responsabilidade de socialização e educação do jovem s instituiçôes formais. Esssa tansferência de esonabilidade é justficada pelo fato de que a maioria dos adultos saem da adolescência sem terem experimentado o processo do questionamento, que representa o elemento essencial para seu cresci­ mento e maturidade, sentindo-se, portanto, impoten­ te na orientação dos jovens, os quais são questionado­ res por excelência e quanto têm direito a voz, enfren­ tam os obstáculos, a ansiedade, a dúvida, o medo e a incerteza. Esse relato mostra a origem do atrito que existe entre alguns adultos e adolescentes. Essa ma­ neira de ser de cada um, diferencia-os na sua forma de sentir, pensar e air, bloqueando a interdependên­ cia que deveria ser saudável entre eles. Infelizmente, o sistema educacional formal, nem sempre está pre­ paado para assuimir as responsabilidades delegadas pela famia, não oferecendo ao jovem as soluçôes es­ peradas paa os poblems psicossociais e orgânicos de idade. O jovem portanto, vive o conflito, a incerteza e a necessidade de orientação, inclusive as referentes à espera sexual. Essa lacuna no conhecimento os co­ loca como um rupo vulnerável para contrair as doen­ çs sexualmente tansmitids (DST) hoje ssumindo ín­ dices alarmantes e tonando-se um desafio paa s au­ toridades sanitáris em ãmbito nacional e intenacio­ nal. Frente a esse problema, o governo através da Por­ taria Ministerial N? 47 de 23 de janeiro de 1978, resol­ veu adotar norms específicas no combate s doenças transmitids através do sexo. E nessa luta, percebe-se a necessidade de se dar uma nova dimensão ao ensino nas escols, ressaltando os spectos preventivos e cu­ rativos ds doençs. Nessa perspectiva, a ação educa­ tiva visaá esencialmente neutralizar no indivíduo os fatores de odem ocial e cultual que nocivamente vêm contribuindo para o alastramento das D.S.T principal­ mente entre osjovens, que pagam pesado tributo pela sua inorância sobre o assunto e que é fomentada pe­ la conotação pejorativa que a sociedade atribue a es­ tas enfermidades.

2 O PROBLEMA E A JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

A incidência de D.S.T. está aumentando e o pro­ blema pssa a ssumir specto de uma verdadeira epi­ demia, acometendo a rande maioria dos jovens em to­ do mundo, nos últimos decênios. Os dados contidos na literatua revelam que na estatística mundial dos últi­ mos 20 anos, a gonorréia aumentou em 200% no ho­ mem e 500 % nas mulheres. Mais pertubador ainda é saber que triplicou a proporção de adolescentes afe­ tados. Os dados obtidos no cento de tatamento de Ve­ neroloia do Estado de Pernambuco, revelam que em 3 meses Uaneiro, junho e novembro) do ano de 1984, a gonorréia acometeu 141 indivíduos do sexo msculi­ no com idade superior a 15 anos, seguido do cancro ve­ néreo simples com 48 csos, do linforanuloma vené­ reo com 25 casos e da sífilis com 17 casos. Já em 1985, nos meses de janeiro, fevereiro, abril e maio foi reis­ trado na faixa etária de 9 a 15 anos que a gonorréia acometeu 146 jovens, o linforanuloma venéreo 22, a sífilis, 36. Acima de 15 anos, foram registrados 65 ca­ sos de gonorréia, 22 de sífilis e 09 de linforanuloma venéreo. Os dados acima revelam que a situação é bs­ tante ave; apesar disso foi ratificante tomar conhe­ cimento de que os govenos estaduais estão encetan­ do campanhs paa debelar esses índices alarmantes de D.S.T. a exemplo do que vai fazer a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, a qual poderá utilizar na sua campanha de esclarecimento sobre as D.S.T. , a mú­ sica Mônica ricomônica lançada em 1979 e proibida pela Censua Fedeal. A Campanha visa esclarecer os jovens a partir dos 15 anos de idade sobre os mecanis­ mos de tansmissão e s consequêncis ds doençs ve­ néres. Há informaçôes sobre AIDS (1985) no jonal Pul­ so que essa Secretaria atendeu no ano passado 52 mil pessos portadors de D.S.T. e informa também que anualmente ão reistados no Estado cerca de seis l csos de sífilis e 17 l de gonorréia. emba ainda que esses números não incluem os atendimentos em hos­ pitais e ambulatórios privados, não computados pela Secretaria de Saúde.

Associado intrinsecamente a esse fato, cita-se que a revolução sexual contemporânea, não se fez acom­ panhar de uma informação genealizada e racional so­ bre o assunto

Baseados nestes dados questionou-se:

- Será que os pais estão participando da educação se­ xual dos seus filhos.

- Será que o sistema educacional formal está emitin­ do orientações sobre educação sexual e sobre s doen­ ças transmitidas por contato sexual?

- Qual seá a informação que o jovem tem sobre sexo e D.S.T.?

- Será que se houver maior informação na famlia, es­ colas e comunidade sobre as D.S.T. , sua prevenção e tratamento, ocorreria um delínio dessas doenças?

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- Será que se a educação sexual ns escolas for reali­ zada por um profissional da área de saúde, a resposta dos jovens s pceos ensino apendagem será mais efica?

hntando responder a estes questionamentos, os pesquisadores se propuseram a realzar um estudo en­ focando s D.S.T. , e comportamento do jovem frente a educação sexual e à enfermidade.

3 OBJETIVOS

- Identificar alguns padrões de comportamento social dos jovens, e de sus famílias, referentes à educação sexual.

- Investigar conhecimentos e atitudes dos adolescen­ tes quanto ao sexo e experiência com D.S.T.

- Dianosticar a participação da famlia, da escola e da Ireja no processo de ensino/ aprendizagem sobre sexo e D.S.T.

4 REVISÃO DE LITERATURA

As modificações anátomo-fisiolóics que ocorrem nos adolecentes, bem como s modiicações na sua for­ ma de pensar, sentr e air, são fatores que justificam a necessidade de uma educação sexual para os mes­ mos, conduzindo-os a um respeito por sí mesmo e pe­ las pessos do sexo oposto. A sexualidade é um dos as­ pectos mais difíceis de ser tratado porque os proble­ mas sexuais não resultam dos adultos (FERRAPTI,

1984).

a SEV (1979) a educação sxul em s paí­

ses da Europa é obrigatória, sendo adotada em tods as escols desde o período pré-escolar. Estretanto, é citado também, que em algums reiões do mundo, in­ clusive em países europeus, a sexualidade representa um tabu. Asim é que mesmo na Suécia, onde se diz existir uma mpla liberdade sexual, a maioria dos ado­ lescentes não têm oportunidade de convesar livre e sinceramente sobre sexo com os adultos. De outra for­ ma, sabe-se que o amadurecimento sexual, entendido como a capacidade de reprodução, provavemente es­ teja ocorrendo mais cedo no mundo contemporâneo do que antigamente. Reforçando o exposto, GOULD (1974) relata que a puberdade iem decrescendo pau­ latinamente, deando o adolescente muito mais ex­ osto, vez que adque uma cociência muito mis pre­ coce de sua importãncia sexual, consciência esta, que é rigorosamente promovida por "anunciantes que vi­ m a cartea de consumidores de adolescentes" e con­ seqüentemente, a sua exploração sexual. As conse­ qüentes necessidades emcionais e intelectuais que au­ tomaticamente se maifestam nea idade, podem sur­ ir quando o ambiente social imediato - a famlia e a escola - podem estar mal estruturados o' mal equi­ pados para atendê-los (CARALLO, 1976). Por outro

lado, lembre-se que a rápida mudança dos nossos dis tem sido considerado por muitos como uma importan­ te fator accessório dos problems da juventude na so­ ciedade modena. Emboa a mudança tenha sido cons­ tante na história do homem, o seu ritmo está em rápi­ da aceleração. Esse fenõmeno de ritmo de mudança tem rande importãncia na maneira pela qual o indi­ víduo a percebe e a ela faz face.

Socioloicamente sabe-se que toda mudança gera crise, determinando no sistema e no indivíduo, insta­ bilidade, desorganização social e pessoal. No mundo contempoâneo, testemunhamos impotantes altera­ ções nos papéis do homem e da mulher, agora menos polarizados que nunca. A dependência feminina ten­ de a reredr rapidamente. A nudez deixou de ser ta­ bu e a sexualidade foi superada; a atividade sexual elevou-se e a conotação sobre o sexo mudou pssando do papel puamente pciador paa o de atisfação ds necessidades fisiolóicas. Reforçando o exposto, GOULD (1974) dz que para a maioria dos jovens, o se­ xo pssou a ser um divertimento inconseqüente, o que acarretou o crescimento dos índices �s D.S.T. em to­ do mundo, geando portanto, um problema crescente de saúde pública. O Ministério da Saúde relatou que entre s D.S.T. , a gonorréia, a sífilis e a tricomoníase vem aumentanto proressivamente estando esta últi­ ma acometendo s mulheres sexualmente ativs em tomo de 10% (BRASIL, 1984).

E GOULD (1980) ainda salienta que em algums par­ tes do mundo, cada segundo que pssa, uma, dus, três e até quatro pessos estão contraindo sífilis ou gonor­ réia. Se a vítima tem a sorte de receber tatamento ei­ ciente e imediato, a infecção talvez se revele na forma de um simples nconveniente pssageiro. Ms, paa um rande número de pessoas, entre s quais está inseri­ do um rande número de jovens, as D.S.T. podem de­ terminar a esterilidade humana e em casos extremos, até a morte. E paa efoçar o osto, cita anda o mes­ mo autor que, anualmente ocorrem em todo o mundo mais de três milhões de csos de sfilis. Uma retrospec­ tiva na história mostra que o aparecimento de D.S.T. eclodiu em alguns países da Europa, após a 2 � Guerra Mundial, chegando-e a citar a Inlatera como um pís promíscuo.

As famias foram dissolvíds, contribuindo para que houvese a miação de jovens, que pssaram a i­ ver separados de seus lares, de seus empregos, de seus amigos, vivendo intensamente cada dia como se fosse

o último. Nesse viver incluía-se a prática do sexo sem limite; aumentava portanto a promiscuidade podero­ sa aliada ds D.S.T. As conseqüêncis tardis ds D.S.T. recaem sobre s mulheres, nas quais o agente etiolói­ co se espalha por outrs partes do corpo (provocando inflamação ds aticulações, dos ovidutos, das mem­ branas do coração e do célebro, salpingites gonocóci­ ces e até septicemis fuminantes).

As mulheres representam o elo mais perigoso e me­ nos controláve� do alstramento ds infecções

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res, uma vez que s lesões se procem mais no inte­ rior do organismo. O dianóstico ds D.S.T. no homem é mais fácil, vez que os sintomas são óbvios (há elimi­ nação do material purulento, dor e desconfoto à mic­ ção) na gonorréia. Já na sífilis aparecem lesões no pê­ ns, ponto de penetção dos germes, dando o homem a confirmação de que algo está errado com o seu orga­ nismo.

Atualmente a incidência da sífilis e da gonorréia encontra-se na faixa etária de 18 a 24 anos, época em que estão no auge da atividade sxual, ocorrendo a fre­ qüente troca de parceiros sexuais; são eles os respon­ sáveis or ceca de 0 a 80% de todos os cos de D.S.T. , apesar de ser considerado o rupo mais sadio e que me­ nos precisa de ssistência médica. Outa forma de pro­ pagação das D.S.T. é realizada através de viagens de turismo e negócios, onde os homens, sentindo-se livres de inibições e restrições normais, procuram satisfazer sus necesidades suais. hmbém constitue forma de propagação ds D.S.T. o relacionamento homossexual. O controle toma-se difícil. GUTHE (1971) ressalta que ns D.S.T. s atitudes sociais e psicolóics determinam até que ponto é possível individualizar e encontar os contatos em decorrência da existência de tabus sobre o assunto. As pessos normalmente tendem a escon­ der as informações, sobretudo nas ocsiões de dificul­ dade. A licenciosidade se estende tanto ao comporta­ mento heteoul quanto o homoxual e tmbém a tods s camads da sociedade e de profissionais. Tu­ do isso concore para o recrudescimento. E o mesmo autor salienta que, nem sempre os jovens sabem como enfrentar o problema quando acometidos pela infec­ ção venérea e nem tão pouco sabem como encontrar auxlio, constituindo un paradoxo da sociedade moder­ na. E afirma ainda que a média de vida do homem au­ mentou, sua vida sual começa ms cedo e dua mais tempo, aumentando ssim s possibilidades de disse­ minação ds D.S.T. Ao mesmo tempo o proresso au­ mentou a possibilidade do encontro entre os dois se­ xos, em virtude da busca de trabalho pelas mulheres, que separadas de sus famlias, romperam o elo da vi­ da tadicional. As moçs hoje concorrem com as pros­ tituts no mercado sexual, procuando o luxo da vida modena. E CAUSSE (1975) afna que a incidência ns D.S.T. nas randes cidades é bem maior que na zona rural, sendo isto uma decorrência da industrialização, da tecnoloia, do emprego feminino e do trabalhador mirante, reforçando ssim o que foi xposto anterior­ mente. Aliado a esses fatores, é citado que houve um declínio do temor pela ravidez fora dos laços matri­ moniais, justficado pelo uso de anticoncepcionais em larga escala. aalelamente a todos esses eventos, têm havido alteações no ãmbito da própria famlia, no seu estilo de vida, na posição econõmica, na cultura e nos valores morais. Discorrendo sobre s consequêncis e custos das D.S.T. , CAUSSE (1975) diz serem evidentes: a hospitalização, os tratamentos prolongados exiidos por complicações incapacitante ou agudas, sem citar

s posibilidades de morte e dos cos que resultam em infetilidade, representando um pesado õnus paa a co­ letividade e para a nação. Em comparação, todo pro­ rama de saúde que a a erradicação da D.S.T. é eco­ nomicamente vantajosa. GOULD (1980) afirma que o controle ds D.S.T. representa um desagadável cho­ que para s autoridades sanitáris, pois, presume-se que, com o advento dos novos métodos terapêuticos (penicina, sufs) ocoreria um decréscimo no seu ín­ dice ou seu desaparecmento, o que na realidade não vem acontecendo. Ea reaidade é justificada pelo uso indiscriminado da auto medicação em doses insinifi­ cantes ou abandono do tatamento com o desapareci­ mento inicial dos sintoms. isso concorre para aumen­ tar a resistência ds bactéris aos antibióticos, favore­ cendo a invão sstêmica da doença, concoendo pa que os efeitos lesivos da mesma, surjam tardiamente.

5 METODOLOGIA

É

um estudo exploatório. A população foi consti­ tuída por 120 jovens estudantes de 4 coléios da cida­ de do Recife, em Penambuco, sendo dois pertencen­ tes a rede particular do ensino (coléio A e B) e dois ligados ao goveno do estado (coléio C e D). O coléio A oferece uma fomação eliioa eangélica, enquanto que o coléio B seue a doutrina católica.

ara selecionar os jovens que participaam da pes­ quisa, os pequisadoes adotm os seguintes critérios: - Em cada coléio seriam escolhidos 30 jovens que es­ tivessem cusando o 2 � rau, compondo rupos de es­ tudantes do sxo msculino e feminino.

- Os estudantes deveriam permanecer em uma sala indicada pela docência de estabelecimento de ensino; só então os pesquisadores, partindo da apresentação, entregariam os questionários e exporiam os objetivos do estudo.

Pretendia-se, inicialmente, que os estudantes se­ lecionados, estivessem cusando a 1 �, 2� e 3� série do 2 � rau, ficando estabelecido que em cada uma ds sé­ ries citadas estariam representadas por 10 alunos sen­ do que 5 seriam do sexo feminino e 5 do sexo masculi­ no, constituindo então um total de 60 estudantes de cada sexo. Entretanto, em alguns coléios essa seleção foi impossível, como ocorreu no coléio B, onde todos os estudantes pertenceram a 1 � série do 2 � rau e no coléio C a população foi constituída basicamente por estudantes de sexo feminino.

O instrumento de medida, constou de um questio­ nário composto de 18 itens os quais foram procedidos por uma mensagem emitida aos alunos pelos pesqui­ sadores, um iten elacionado a definição de termos, da­ dos familiares e dados de identificação pessoal (idade, sexo, estabelecimento de ensino, série e tuno). Ds 18 perguntas, 12 foam de questões fechads, 4 aberts e 2 mistas. As primeira 6 questões visavam obter do jovem s sus fontes de informações sobre educação sexual. A 7� questão averiguava o conhecimento que

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o jovem tnha sobre s D.S.T. A 8� questão buscava a informação sobrea acometimento ou não de D.S.T. A 9� e 1O� questões complementavam a anterior e visa­ va obter do jovem iformações sobre a forma de con­ duta usada no combate à doença, bem como, s sus reações apresentads duante este período. As 11 � e 12� perguntas investigavam no jovem, os seus conhe­ cimentos sobre s D.S.T. e os prejuzos que trazem ao organismo humano. As restantes referiam-se aos mé­ todos preventivos ds D.S.T.

aa aplicação dos questionários, foi enviada aos estabelecimentos de ensino um ofício, solicitando per­ missão à direção para que a pesquisa fosse realizada naquele local. O período de aplicação do instrumento durou 4 dis, ou seja 1 dia em cada coléio. Foi utiliza­ do o tuno da mahã, consideando ser este o horário de funcionamento do 2� rau.

No tatamento estatístico adotou-se a tabulação manual dos 120 questionários e elaboração de tabelas contendo valores relativos e absolutos.

6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

Dos 120 jovens que participaram da pesquisa, 54 (45% ) são do sexo msculino e 66% (55 % ) do sexo fe­ minino. Dos 54 (45% ) estudantes do sexo masculino,

13 (11 % ) estudam no coléio A, 14 (12 % ) no coléio B,

09 (07% ) no Coléio C e 18 (15% ) no coléio D. Ds 66 (55 % ) jovens do sexo feminno encontrou-se que, 17 (14%) estudam no coléio A, 16 (13 % ) no coléio B, 21 (18% ) no coléio C 12 (10%) no coléio D.

Verificou-se que no rupo etário de 14 a 19 anos estão 105 (88 % ) dos jovens e destes 51 (43 % ) são do sexo msculino e 54 (45 % ) do sexo feminino.

Ao serem investigados sobre s informações rece­ bids obe educação xual 105 (88%) diseam ter re­ cebido esa orientação, sendo que deste, 44 (37 %) per­ tenciam ao sexo msculino e 61 (51 % ) do sexo femini­ no. Apens 15 (12 % ) disseram não ter recebido qual­ quer informação sobre o ssunto.

Evidenciou-se, também que a orientação que o jo­ vem recebe sobre educação sexual tem origem ns 3

andes Instituições - famia, escola, ireja. O maior índice observado recai sobre � famlia com 72 (60%)

abrangendo os dos sexos, seguindo-se da escola com

58 (48%) e dos colegs com 34 (28 %). A participação da ireja tem sido pequena, observando-se que ocor­ ream em apens 13 (11 % ) dos csos.

Por ter sido observado que a educação sexual pro­ vén da famia e da escola, acredita-se que o interrela­ cionamento entre es dus instituições deveria ser mais efetivo e eficz. Apesar da liteatua afirmar que s famlis da época contemporãnea estão delegando suas responsabilidades para o sistema educacional, observa-se no estudo que a famlia ainda é responsá­ vel por ande parte desta tarefa. Infere-se que talvez

a presença da mãe no lar seja um fator que justifique esses specto.

Na famlia, a origem da informação recaiu pricipal­ mente sobre a mãe 43 (36%), o pai 25 (21 % ) e os ir­ mãos 20 (19%). Mis uma vez a mãe é a como a prin­ cipal responsável pela iformação sobre a educação do jovem, pncipmente o do xo femino uma vez que, numa população de 66 jovens (55 % ) que participaram do estudo, 32 (48%) receberam a orientação matena. Esse specto é reforçado por HULTEN (1976) quando diz que falar de sexo representa um ssunto embara­ çoso principalmente quando discutido em comum com jovens de ambos os sexos e considera ser mais pruden­

te abordar o asunto com rupos sepaados por sexo. Na escola a orientação recaiu principalmente so­ bre o professor 56 (47%), seguindo dos profissionais de saúde com 21 (18%). Eses dados mostam a mportãn­ cia que deve ser dada a preparação do professor, no que z respeito à educação sexual, vez que o os mais procuados devido à convivência e à confiança. De ou­ tro modo, a indicação de profisionais de saúde nos co­ léios é também importante porque eles têm a forma­ ção específica sobre o tema. Esse fato é reforçado por CARALLO (1976) quando diz que " os jovens adqui­ rem do meio a percepção de si mesmo. Eles se orien­ tam por aquilo que os outros dizem, pela maneira de reairem aos seus impulsos, na forma de tratá-los, no modo de aj udá-los a se ajustarem às novas necessidades' '.

A orientação educacional na ireja recaiu princi­ palmente sobre os rupos da própria instituição (ru­ pos de jovens e rupos de csais) com 18 (15 %) segui­ da de 12 (10 % ) referentes aos conferencists convida­ dos. A particação dos ministros reliiosos foi baa

Questiona-e e sa baixa incidência á sciada à falta de preparo sobre o ssunto determinado pela formação recebida no Seminário, onde havia a quse proibição do relacionamento interpessoal com o sexo oposto pois somente ns últims décads, a ireja ten­ ta acompanhar s mudanças sociais.

Um specto que chama atenção na educação se­ xual, é que rande parte da orientação é buscadajun­ to s colegs de escola e de lazer. Interroga-se a ocor­ rência desse fato não se deve à indentificação com a própria idade, o sistema de valores da adolescência, da foma de comunicação, da convivência e da própria ex­ periência vivenciada nesta época marcada pels des­ coberts?

arece que essa ndagação foi justificada quando os dados mostram que apens 23% dos jovens do sexo msculino e 23 % do sexo feminino procuram os pais para remover dúvids sobre educação sexual. . Em se­ gundo luar, o eclecimento e dúvids é redo jun­ to aos colegas, com 33 (28% ) dos jovens de ambos os sexos. Os professores foam citados com 31 (26 % ) para os dois sexos. Um rupo de jovens (6 %) ou que

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nece na dúvida augumentando timidez e vergonha de falar sobre o ssunto. Observou-se que para isto, a i­ teratura é pouco pocuada (6% ) pelos jovens.

Quse a totalidade da amosta (93 %) tem conheci­ mento sobre D.S.T. e destes 50 (42 % ) pertenciam ao se­ xo msculino e 61 (51 %) ao sexo feminino. Apens 9 (7% ) desconhecem o ssunto. Ds respondentes que afirmam conhecer s D.S.T. , 65 (54%) apontaram a sí­ filis, 42 (35 % ) a gonorréia, 21 (18%) o canco mole e 21 (18%) a AIDS. Esta última, citada com um percen­ tual bem elevado em compo com s demais. Sabe­ se que vem sendo já bstante difundida, o que vem mostrar a importãncia desemp:nhada pelos meios de comunicação de msa que ultimamente tem reistra­ do casos de sua contagiosidade e de suas conseqüêncis.

No jonal Pulso que publica ssuntos da clsse mé­ dica informa que "dois mlhões de americanos sofrem da Síndrome da Deficiência Imunolóica Adquirida, conforme afirmado ao The Olsener, de Londres, pelo descobridor do vírus, Dr. Robert Gallo. O número é 10 vezes maior que o oficialmente anunciado pels auto­ ridades americans e, dentro de dois anos, a AIDS fa­ rá igual número de vítims entre os europeus. Portan­ to o mal e estende e e difunde ente os ovos." (ADS, 1985a).

O Prof. Mário reto no Simpósio obre AIDS, ea­ lizado no Rio de Janeiro, citou que os casos aparecem em proressâo geométrica e hoje, só no eixo Rio-São aulo, já foram reistados 260 portadores de AIDS.

Com relação a experiência do jovem com D.S.T. , 7 (6% ) do sexo msculino afirmaram já haver contraído, enquanto que 47 (39% ) do mesmo sexo, negaam ter sido acometidos. s 66 (55% ) respondentes do sexo fe­ minino não viveam ese tipo de experiência. E paa validar que os dados acima referidos, se aplicam mais ao sexo msculino, MAUREL em trabalho de pesquisa realzado em Mar deI Plata, conclui que o upo de po­ sitividade de sífilis atiniu o rupo de 15 a 29 anos com predomínio entre os homens (60%). Os 7 (6% ) jovens que contrairam s DST, ao serem questionados sobre os sintoms apresentados, citaram, por unanmidade, a elminação de seceçâo purulenta pelo canal uretal, dor e ardor à micção, adnamia, somente um jovem re­ feriu ter apresentado pico febril nos estáios precoces da doença. Ressalta-se que a ausência de sintomas, constitue um dos maiores obstáculos para o combate

s D.S.T.

Um dos aspectos que chama a atenção sâo as me­ dids adotadas pelos 7 (6% ) dos jovens que foram aco­ mentidos de DST entre os 120 de estudo. Dessa popu­ lação acometida (43% ) afirmou ter procurado os pais aos primeiros sintoms, 29% disseram ter procurado o médico e 28 % se auto medicaam sendo un deles por indicação de amigos e outros por indicação de vende­ dores de farmácia. Inqueridos sobre s reações apre­ sentads quando acometidos pels D.S.T. 86% dos jo­ vens, disseam apresentar medo e 14 % sentiu nojo. No

que se refere a opiião dos jovens sobre prejuizos de­ terminados pela D.S.T. 39% do sexo masculino e 54% do sexo femnino afmaam acreditar nos danos que odem caur o indivíduo, enquanto que 7% nâo ace­ diam nes coeqüêncis. Foi dito por um jovem que esss conseqüêncis só podem ocorrer na velhice. In­ terrogados sobre quas s conseqüêncis que s D.S.T. dem detemnar no indivíduo 24 % dos jovens do xo feminino e 18% do sexo msculino disseram trser da­ nos mentais, orgãnicos e sociais ao acometido. Ja 7% acreditam que a pesoa com D.S.T. sofre humilhação, fica com a "consciência doendo", fica compleado e com medo. Outros 8% citaram esterilidade e impotên­ cia como uma conseqüência e 7% falaram em morte.

A constatação de que somente 5 % jovens do sexo feminino mantém contato sexual, contradiz o citado na liteatua consulada, que afirma estarem os jovens concoendo no mecado com s postitut, pcuan­ do satisfazer o luxo da ida modena. Pecebe-se pe­ los resultados que a mulher continua sendo educada paa uma vida sexual ativa após o csamento e conti­ nua a seguir neste specto, a forma tradicional de edu­ cação. Já os homens, pelo sistema machista implanta­ do na sociedade, sâo iniciados em atividades sexuais desde cedo, estando, portanto, mais vulneráveis s D.S.T.

Com relação aos cuidados que os jovens adotam após a relação sexual, 28% do sexo msculino e 5% do sexo feminino tomam baho 21 % do sexo msculino apresentam micção; 15% do sexo msculino 5% do se­ xo feminino lavam os órgãos genitais após o ato.

Um specto que chama atenção foi quanto ao tipo de paceiro procurado, sendo que 38% dos responden­ tes de ambos os sexos que têm vida sexual ativa afir­ mm manter relo xual como a (o) namoada (o), enquanto que 25% dos homens procuram postituts e 39% mantém o relacionamento com alguém indica­ do por amigos. Uma ds jovens entrevistads mantém relações sexuais com o esposo. Baseado nos dados re­ latados, interroga-se: a ocorrência dos fatos de se pro­ cuar a namorada, não se deve ao medo de se contair s D.S.T.? Com esse fato (ter medo), não estariam tam­ bém se precavendo da rejeição imposta pelos amigos, como foi citado por alguns dos respondentes? Deve-se considerar neste aspecto o lado afetivo existente en­ tre os namorados? Dscordando desse último questio­ namento, dois jovens referam ser contra a prática do sexo com a namoada os acreditam que o espeito de­ ve ser iniciado desde cedo.

É

interessante notar ainda que os jovens se preocupam com as condições de saú­ de do seu parceiro, ficando detectado no estudo que entre os 61 jovens com vida sexual ativa, 87% deles disseam procuar obter informações sobre s condi­ ções de saúde do seu paceiro e 13 % negam esse inte­ resse, o que leva a crer que estes jovens desconheçam as conseqüências ds D.S.T. Indaga-se: isso não pode­ ria justificar uma necesidade ugente de educação se­ xual?

(7)

Entre os métodos anticonceptivos utilizados pelas

61 jovens com vida sexual ativa, 21 % referiram usar a "camisa de vênus", 8% usam pluls anticoncepcio­ nais, 49% desconhecem os métodos, e 2 % usam méto­ dos de ovulação (tabela). Um dos jovens referiu que se auto medica com " comprimidos de ntibióticos 2 ho­ s ntes e 4 hos aós ato xual". Chamando a aten­ ção paa esse último dado a Organização anamerica­ na de Sáude, em 1978, enfatizou que o uso inadequa­ do de antibióticos (excesso ou doses incomplets) vem contribuindo com o alto índice das D.S.T. Esse uso in­ discrminado deve-se o fato da falta de controle na venda do produto, conduzindo o jovem a se medicar e a realizar consults com o pessoal não médico, con­ correndo, ssim para a resistência dos germes.

Os dados expostos acima sobre os anteconceptivos confirmam a posição de GAUDERER (1984) que afir­ ma "os jovens têm pouco ou nenhuma informação so­ bre contaceptivos". Entre os métodos preventivos in­ dicados pelos 120 jovens, conta s D.S.T, citaam a uti­ lização de locais hiiênicos (motéis), não usar banhei­ ro público 21 % , 13 % indicam o uso da "camisa de ve­ nus", 12% salientaram a necessidade de exames mé­ dicos periódicos, 4% indicam o uso de medicação e 7%

infomaam não saber qualquer dado sobre prevenção. Esses dados revelam que os jovens estão desprepaa­ dos no que se refere a educação sexual, pois somente

57% esondeam este item icando 43% sem qulquer resposta. As sugestões proposts por 67 % da popula­ ção do estudo sugeriam a implentação de:

Educação sexul

- deveria ocorrer ds seguintes foms:

- que os pais sejam treinados obe o ssunto paa po-derem atender as necessidades de seus filhos. - que o goveno realize campanhs sobre as DST e

sexo

- que haja auls de educação sexual em tods s es­ cols preparando os jovens para a atividades sexual sadia

- que ns escols tenha um oientador especialista em educação sexual

- que os órgãos de comunicação de mssa Uonal, V,

io) ncooem a necesidade de educar os joves

Revisão de saúde

- procurando o médico - realizando exames.

Sexo sadio

- "que osjovens não encontrem no sexo apens uma fonte de prazer;

deve ser feito com amor uma vez que foram cria­ dos por Deus".

- " não paticar o sxo ó com o istinto, como animal" - que a relação sexual ó aconteça no casamento

- evitar contato com prostituts

Realização de estudos com esse tema

- que seja reda pesquia idêntica a relatada, com univeso maior dando ao jovem a oportunidade de expressão

- que esse estudo seja divulgado.

A maioria ds sugestões apresentads, revelam que o jovem ' 'infelmente pticipa ouco do proceo edu­ cativo ao qual está sjeito. A sua participação pouco do processo educativo ao qual está sujeito. A sua par­ ticipação é de ouvinte, onde lhe é proposto assimilar ensinamentos tadicionais, que muits vezes se chm com sua natureza inovadoa e constestadora (GAUDE­ RER, 1984)

7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

A partir do que foi exposto pode-se concluir que: - os jovens têm um espírito aberto, carentes do saber e que se prepaados são mais capazes de apreciarem os princípio básicos dos cuidados primários de saúde, fazendo o seu auto cuidado. A sua participação neste nível representa um dos instrumentos de ajuda, paa a concretização da pretendida aúde pa todos no Ano 2000.

- os jovens estão desprepaados na sua educação se­ xual, havendo uma lacuna des fomações ns prn­ cipais istituições onde conive - fia, escola e ie­ ja. Se isto for sanado, os jovens serão ajudados a levar

uma vida sexual sadia.

- uma ds maiores buscs à sus dúvidas recai sobre os coles que também vivem a desinfomação em edu­ cação sexual, não estando portanto em condições de esclarecer e s vezes, gerando informações incorretas. - apesar dos resultados revelarem uma atenção dos pais (especialmente da mãe) no que se refere a educa­ ção sexual dos jovens, sentiu-se no estudo que não há uma liberdade de diálogo entre pai/fihos, specto es­ se sentido especialmente ns sugestões emitids pelos jovens. Essa necessidade faz gerar conflitos, bloqueio na comunicação, busca de informações em outs fon­ tes

-O estudo comprovou que a falta de educação sexual desenvolve no jovem sentimento de culpa e de medo qundo acometidos de D�, conduindo-os a bucar au­ Hio junto a colegas e pessos não credenciadas para realizar tatamento específico, escondendo nos mo­ mentos de dificuldade s informações necessárias ao combate dos agentes tansmissores.

- a formação sexual dos jovens está alicerçado no mo­ delo tradicional patenalista, sendo a mulher mais orientada para exercer a atividade sexual após o ma­ trimônio, enquanto o homem, logo cedo é iniciado na pática sxual, estando, ortanto, mis xosto ao con­ táio de DST - Fundamentando-se nas conclusões, recomenda-se:

(8)

Aos Jovens

- que extemalizem seus pensamentos e dúvidas pro­ curando ocupar no contexto o seu espaço e exiindo atenção para a solução dos seus problemas.

- que procurem participar ativamente das atividades educativas organizadas pela escola, ireja e comuni­ dade.

- que fundem ssociações para jovens, onde os mes­ mos terão seu espaço garantido paa debates, buscan­ do também aí, soluções para os problemas dajuventu­ de.

- que se aproximem de seus ais e tentem dialogar fancamente, pecebendo-os não como pesos antigs, mas como elementos que foram bloqueados durante sua juventude.

Aos pais

- que procurem se entender a sí mesmo, conhecendo o seu acervo, suas limitações e suas emoções para po­ der lida, conhecer, entender e compreender os jovens. - que procurem se atualizar em educação sexual afim de que pom participar na orientação sexual de seus filhos.

- que procurem estabelecer um relacionamento inter­ pessoal com seus fihos, procurando discutir os proble­ mas de sua idade e orientando na saída da crise.

Aos professores

- que os professores adotem uma atitude positiva na orientação sexual dos jovens, vez que são elementos de busca nas dúvidas e nos exclarecimentos sentidos pelos mesmos.

- que procurem aperfeiçoar seus conhecimentos so­ bre educação sexual.

Às escolas

- que seja possibilitado ao jovem a oportunidade de receber informações mais detalhadas do que as conti­ das nos programas escolares.

- que a orientação sexual seja iniciada desde o I ? rau. - que contratem pofissionais de saúde para ministrar s orientações relacionadas a educação sexual e DST. - que seja dado nos proramas um enfoque multidis­ ciplinar problemas da sexualidade e DST.

- que estabeleçam uma interação com a famlia atra­ vés de reuniões, debates, documentos, cursos onde as soluções aos problemas da sexualidade sejam debati­ dos em coiunto.

- que os debates iniciados intra muros ds escolas, se­ jam ampliados atinindo a comunidade.

Às instituições religiosas

- que fortaleçam e/ou fundem organizações de ru­ pos de jovens desenvolvendo neles o compromisso com sua saúde e com a saúde da coletividade.

- que os ministros participem mais efetivamente da educação sexual da juventude com bse na realidade da época.

Aos governantes

- que tomem compulsória a educação sexual nos es­ tabelecimentos de ensino, desde o i ? rau.

- que mehorem s estrutus dos serviços de viilãn­ cia epidemiolóica das DST, atualizando e divulgando os dados estatísticos sobre os mesmos.

- que criem proams de assistência médica especial ao rupo de risco de 15 a 24 anos.

- que adotem campanhas contra as DST, divulgando na coletividade suas causas e sus conseqüências.

Às universidades

- que deêm maior atenção ao ensino das DST prepa­ ando os pofissionais de saúde paa atuarem junto aos jovens.

- que realizem pesquisas sobre o tema, procurando descobrir os fatores sociais e psicolóicos que norteiam a comunidade e a população alvo.

À sociedade

- que passe a olhar o jovem como um elemento capaz de contribuir para a produção da nação, permitindo ao mesmo ser sujeito e protagonista da sua história. - que forneça apoio ao jovem permitindo-lhe a livre expressão de idéias.

Ao sistema de comunicação

- que a comunidade de massa (TV, Rádio, Jornais, re­ vistas) aborde os temas ligados à educação sexual e

DST, apresentando poblems e soluções dentro da sua característica peculiar de linguagem.

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