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Personalidade e resiliência como proteção contra o Burnout em médicos residentes.

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Academic year: 2017

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contra o Burnout em Médicos Residentes

Personality and Resilience as Protection

against Burnout in Resident Doctors

Rosana Trindade Santos RodriguesI George Souza BarbosaII Paulo Antonio ChiavoneIII

PALAVRAS-CHAVE:

–Resiliência Psicológica;

–Esgotamento Profissional;

–Personalidade;

–Residência Médica.

RESUMO

Residentes têm apresentado burnout em decorrência de fatores ambientais e pessoais, altamente es-tressores. Alguns indivíduos reagem positivamente a estes estressores, e a literatura sugere que as características de personalidade e a resiliência explicam o fenômeno. Assumimos que a resiliência é multifatorial e multidimensional, como na abordagem resiliente. Objetivo: Investigar se a resiliên-cia, associada às características de personalidade, se correlaciona positivamente com baixos escores de burnout. Método: Estudo de seguimento com 121 residentes, utilizando ficha sociodemográfica, Inventário Fatorial de Personalidade (IFP), Escala de Resiliência de Wagnild & Young e o Maslach Burnout Inventory (MBI). Resultados:Burnout foi constatado nos domínios despersonalização em T1 (12,1) e T2 (13,9) (p = 0,004); exaustão emocional em T1 (26) e T2 (22,5) (p = 0,624) e baixa realização profissional em T1 (38,1) e T2 (35,5) (p = 0,001); forte resiliência foi encontrada em 63,6%. Aqueles com forte resiliência apresentaram menor burnout. Características de personalidade pude-ram ser associadas à resiliência. Constatou-se que a resiliência pode ser desenvolvida nos residentes como forma de proteção contra o burnout. Conclusão: Constatou-se que a resiliência, associada às características de personalidade, se correlaciona positivamente com baixos escores de burnout.

KEYWORDS:

–Psychological Resilience;

–Burnout, Professional;

–Personality;

–Medical Residency.

ABSTRACT

Interns and residents have been showing signs of burnout as a result of highly stressful environmen-tal and personal factors. Some individuals react positively to these stressful factors and literature suggests that resilience and personality characteristics can explain this sort of phenomenon. One can assume that resilience is multifactorial and multidimensional, such as in the resilience approa-ch. Objective: To investigate how resilience can be associated with personality characteristics that correlate in a positive way to low burnout scores. Method: A study sample of 121 hospital interns was surveyed using a social demographic form, a Factorial Personality Inventory (IFP), the Young & Wagnilg Resilience Scale and Maslach Burnout Inventory (MBI). Results: Burnout was observed in domains of depersonalization in T1 (12.1) and T2 (12.9) (p = 0.004); emotional exhaustion in T1 (26) and T2 (22.5) (p = 0.624) and low professional accomplishment in T1 (38.1) and T2 (35.5) (p = 0.001); strong resilience results were seen in 63.6% of the study sample. Those with strong resilience displayed less burnout. It was possible to correlate personality characteristics and resilience. Finally, it was found that resilience can be developed in interns as a form of protection against burnout. Con-clusion: The verification of low burnout scores in this study was correlated positively to resilience and personality characteristics.

Recebido em: 10/12/2012

Reencaminhado em: 05/05/213

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INTRODUÇÃO

A residência médica é uma modalidade de ensino de pós-gra-duação destinada a médicos. Como curso de especialização, é uma forma eficiente de capacitação profissional em Medicina, mas sofre críticas pela sobrecarga assistencial, excessiva carga horária de trabalho e privação do sono1.

A síndrome de burnout é constatada na formação do mé-dico2-6 e na residência médica, especialmente no primeiro ano.

Estudos4,6-15 apontam questões ambientais e pessoais

como causas. No aspecto pessoal, há hipóteses de que alguns médicos são mais resistentes e se adaptam melhor que outros devido a aspectos como a personalidade e a resiliência2,7,9,13,15-19.

A personalidade pode ser compreendida segundo dife-rentes maneiras e teorias. Ultimamente, as teorias dos traços ou fatores de personalidade, como a teoria de Henry Murray20,

tem sido utilizada na compreensão do comportamento huma-no. Murray20 desenvolveu uma lista de necessidades que

ca-racterizam a personalidade de um indivíduo, assim descritas: Assistência – Mostrar grandes desejos e sentimentos de piedade, compaixão e ternura, necessidade de prestar soli-dariedade às pessoas desamparadas, indefesas; dar suporte emocional e consolo na tristeza, doença e outros infortúnios.

Intracepção – Deixar-se conduzir por sentimentos e incli-nações difusas. Ser dominado pela procura de felicidade, fan-tasia e imaginação. Num estágio mais elevado, conceitualizar fatos de vida interior e fazer julgamentos, às vezes sem dar atenção aos fatos concretos. Julgar o outro por suas reais ou supostas intenções, não tanto pelos atos em si, tomando de imediato atitudes de afeto ou rejeição.

Afago – Buscar apoio e proteção. Esperar ter seus desejos satisfeitos por pessoas queridas ou amigas. Desejar ser afaga-do, apoiaafaga-do, protegiafaga-do, amaafaga-do, orientaafaga-do, perdoado e con-solado. Precisar constantemente de alguém que o entenda e o proteja. Sofrer de sentimentos de ansiedade, de abandono, insegurança e desespero.

Deferência – Ter como principais características: respeito, admiração e reverência. Expressar o desejo de admirar e dar suporte a um superior; gostar de elogiar e honrar seus supe-riores, bem como imitá-los e obedecer-lhes.

Afiliação– Desejar dar e receber afetos. Ter característi-cas como: confiança, boa vontade, amor, apego e lealdade aos amigos.

Dominância– Expressar sentimentos de autoconfiança e desejo de controlar os outros, influenciar ou dirigir o compor-tamento alheio pela sugestão, sedução, persuasão e comando. Denegação – Entregar-se à resignação. Tender à submis-são e à entrega passiva de forças externas, aceitar desaforo, castigo e culpa; resignar-se ao destino, admitir inferioridade,

erro e fracasso; confessar erros e desejar autodestruição, dor, castigo, doença e desgraça.

Desempenho – Ser ambicioso e empenhado; expressar o desejo de realizar algo difícil, como dominar, manipular e organizar objetos, pessoas e ideias. Gostar de fazer coisas in-dependentemente e com a maior rapidez possível, sobressair, vencer obstáculos e manter altos padrões de realização.

Exibição – Ser vaidoso, expressar o desejo de impres-sionar, ser ouvido e visto. Gostar de fascinar as pessoas e até chocá-las; gostar de dramatizar os fatos para impressionar e entreter.

Agressão – As principais características são: raiva, irrita-ção e ódio; expressar o desejo de superairrita-ção com vigor e oposi-ção. Gostar de lutar, brigar, atacar e injuriar os outros, censurar e ridicularizar.

Ordem– As principais características são: ordem, limpe-za, organização, equilíbrio e precisão.

Persistência – Finalizar qualquer tarefa iniciada, por mais difícil que possa parecer. Ser obcecado por ver o resultado fi-nal de um trabalho, esquecendo o tempo e o repouso necessá-rio, ocorrendo queixas quanto a tempo insuficiente, cansaço e preocupações.

Mudança – Desejar afastar-se de tudo o que é rotineiro e fixo. Gostar de novidade, aventura, não ter ligação permanen-te com lugares, objetos ou pessoas, mudar de hábitos, lugares e comidas.

Autonomia – Tender a sentir-se livre, sair do confinamen-to, resistir à coerção e à oposição. Não gostar de executar ta-refas impostas pela autoridade, agir de forma independente e livre, seguindo seus impulsos. Desafiar convenções.

Heterossexualidade – Desejar manter relações sexuais e românticas com indivíduos do sexo oposto. Quanto maior o escore, maior será o fascínio pelo sexo e assuntos afins.

Murray20 explica que as necessidades são resultados de

experiências assimiladas pelo indivíduo por meio das relações parentais e do ambiente. É uma força cerebral que organiza a percepção provocada por processos internos e pelas forças do meio, conduzindo o indivíduo a um comportamento.

As necessidades do indivíduo descritas por Murray20 são

formadas a partir das crenças que este indivíduo constrói ao longo da vida e que são acionadas diante dos eventos. Pos-teriormente, na teoria da Terapia Cognitiva organizada por Aaron Beck21, as crenças surgem na infância à medida que a

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dada aos eventos. Portanto, não é a situação em si que deter-mina o sentimento do indivíduo, mas o modo como ele inter-preta a situação.

A resiliência resulta das crenças do indivíduo, podendo conduzi-lo à adaptação saudável diante das adversidades22.

Por esta razão, os estudos sobre o burnout têm se reportado ao termo resiliência como forma de adaptação às adversidades durante a formação e especialização dos médicos2,11,16,19.

Barbosa22 discute que a resiliência tem sua origem em

sis-temas específicos de crenças que interagem com as adversida-des da vida e que conduzem o indivíduo a utilizar habilidaadversida-des específicas na resolução de problemas e conflitos.

A partir da descrição realizada por Aaron Beck21 sobre

as crenças e suas implicações no comportamento, Barbosa22,23

argumenta que as crenças primárias, quando relacionadas, podem ser agrupadas em domínios, favorecendo a organiza-ção das convicções e valores na pessoa. Essa aglutinaorganiza-ção de convicções e valores o autor nomeou de Modelos de Crenças Determinantes (MCD) de comportamentos resilientes. Esses MCDs interagem de forma determinante e oferecem sustenta-ção cognitiva e emocional para a resiliência, e estão divididos em oito domínios: autocontrole, autoconfiança, leitura corpo-ral, análise do contexto, otimismo para a vida, empatia, con-quistar e manter pessoas, e sentido de vida.

Em Barbosa encontramos que a resiliência é uma experiên-cia que implica amadurecimento e desenvolvimento, ou seja, todo indivíduo tem uma predisposição à resiliência, que pode ser desenvolvida a partir das vivências durante toda a vida22,27.

A resiliência, nas ciências humanas, está relacionada com processos psicossociais que favorecem o desenvolvimento sa-dio do indivíduo mesmo diante de adversidades e tem como objetivo compreender as características individuais e ambien-tais que podem ser modificadas para que os indivíduos consi-gam enfrentar as situações adversas27.

O estudo da resiliência em indivíduos que enfrentam si-tuações adversas no seu dia a dia pode ser uma nova e de-safiadora tarefa em busca de medidas preventivas em saúde mental, como no caso da residência médica.

Assim surgiu o interesse em investigar a síndrome de burnout dos médicos residentes e a capacidade de apresentar resiliência como realidade protetora. Utilizamos o Inventário Fatorial de Personalidade (IFP), a Escala de Resiliência de Wagnild & Young e o Maslach BurnoutInventory (MBI) para mensurar a hipótese do estudo. E, para fundamentar a com-preensão da personalidade e suas interfaces com os sistemas de crenças, recorremos à Teoria da Personalidade de Henry Murray. Esses sistemas matriciais de crenças foram explana-dos na teoria de Aaron Beck21, que subsidiou a estruturação da

metodologia “Abordagem Resiliente” de Barbosa, compondo, assim, a base teórica e de interpretação deste estudo.

Este estudo tem por objetivo investigar se a resiliência associada com as características de personalidade se correla-ciona positivamente com baixos escores de burnout entre re-sidentes durante o primeiro ano de residência em uma escola de Medicina.

MÉTODO

Um total de 121 médicos residentes de um hospital-escola da cidade de São Paulo responderam à pesquisa em dois momen-tos: o início do primeiro ano da residência médica (T1), em ja-neiro de 2010, e o final do primeiro ano (T2), em dezembro de 2010. Foram incluídos todos os ingressantes no Programa de Residência Médica da instituição em 2010 que aceitaram par-ticipar do estudo. Os médicos residentes foram agrupados em três áreas de especialidades: clínicas, cirúrgicas e pediátricas.

O estudo foi aprovado pelas Comissões Científicas e pelo Comitê de Ética em Pesquisa.

Os médicos residentes foram informados sobre o estudo e aqueles que concordaram assinaram o Termo de Consenti-mento Livre e Esclarecido e receberam os instruConsenti-mentos para serem preenchidos. A identificação foi feita por meio de uma numeração, e a lista nominal ficou sob a guarda da pesquisa-dora, que se comprometeu com o sigilo das informações obti-das. A necessidade de identificação se deu pela metodologia do estudo, que exigia a garantia de que um instrumento res-pondido por um residente em T1 correspondesse ao mesmo residente em T2.

Os médicos residentes foram solicitados a comparecer para o seguimento em T2, quando foi aplicado o Maslach Bur-nout Inventory (MBI), para medir a evolução do burnout.

Os dados coletados foram inseridos em banco de dados SPSS for Windows, Versão 13.0.

Houve um drop-out de quatro médicos residentes – um por ter se desligado do Programa de Residência por questões pessoais, e três não compareceram.

Os instrumentos de investigação foram autoaplicáveis e acompanhados, com duração de 50 minutos (T1) e de 30 mi-nutos (T2).

Os instrumentos utilizados em T1 foram: uma ficha com dados sociodemográficos; o Inventário Fatorial de Personali-dade (IFP), fundamentado no Edwards Personal Preference Sche-dule (EPPS), desenvolvido por Allen Edwards em 195328 e que

se baseia na teoria das 20 necessidades básicas formulada por Henry Murray20; Escala de Resiliência de Wagnild & Young29 e

o Maslach Burnout Inventory (MBI)30.

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A associação das características de personalidade descri-tas a partir da lista de necessidades de Murray e os Modelos de Crenças Determinantes (MCDs) para a resiliência foi rea-lizada com base numa compreensão qualitativa, em que se consideraram as semelhanças das descrições de cada uma das necessidades de Murray com cada um dos Modelos de Cren-ças Determinantes constituintes da resiliência em Barbosa.

ANÁLISE ESTATÍSTICA

A análise estatística foi realizada por meio de testes qui-qua-drado, t-Student, t-Student pareado e Pearson.

Em seguida, foi explorada cada uma das variáveis socio-demográficas relevantes para o estudo, em relação às variá-veis psicológicas contidas nos resultados dos instrumentos IFP, MBI, Escala de Resiliência Wagnild & Young, para verifi-car a distribuição destes em cada uma delas e para estudos de estatística inferencial das amostras.

A análise de variância (Anova) na comparação entre três ou mais subgrupos e o relacionamento entre os escores dos instrumentos e de suas subescalas.

Foi arbitrado, para todos os testes, o nível de significância em p < 0,05.

RESULTADOS

Os resultados em T1 correspondem aos 121 médicos residentes e em T2 aos 117 que compareceram para o seguimento. Para

a comparação do burnout entre T1 e T2, foram excluídos do banco de dados aqueles que não participaram do seguimento.

A média da idade foi de 26,2 – mínima 22 e máxima de 34 anos (DP = 2,0). As mulheres somaram 53% (N = 64), e os ho-mens 47% (N = 57); 92% (N =111) solteiros, com renda familiar variando entre 2 até mais de 18 salários mínimos, sendo que 49% (N = 48) informaram renda superior a 18 salários mínimos. As características de personalidade descritas a seguir fo-ram conceituadas acima.

As características de personalidade dos médicos residen-tes, medidas pelo IFP, mostraram que o escore médio para o desempenho foi muito alto, sem diferença entre homens e mu-lheres (p = 0,133) e também entre as especialidades médicas (p = 0,457) (Tabela 1).

A média dos escores nas características de personalida-de personalida-de afiliação, dominância e personalida-denegação foi alta, e não houve diferença entre homens e mulheres e entre as especialidades médicas (Tabela 1).

Quanto a assistência, intracepção, afago, deferência, exi-bição, ordem, persistência, mudança, autonomia e heterosse-xualidade, foram identificadas com escores dentro da média (Tabela 1). As diferenças foram em relação ao afago, com esco-res mais elevados entre os médicos esco-residentes da Pediatria (p = 0,044). Na característica agressão, as mulheres apresentaram escores mais baixos que os homens (p = 0,001). A persistên-cia foi estatisticamente diferente entre as três espepersistên-cialidades

TABELA 1

Média dos escores das características de personalidade do Inventário Fatorial de Personalidade, comparação entre o sexo e comparação entre as especialidades dos médicos residentes

Características de

personalidade IFP Sexo masculino feminino Sexo p* Especialidades clínicas Especialidades cirúrgicas Especialidades pediátricas p**

Assistência 55 60 0,211 53,8 55,0 66,1 0,071

Intracepção 60 55 0,291 54,5 58,4 59,9 0,651

Afago 51 54 0,597 45,3 54,4 60,0 0,044

Deferência 59 60 0,902 52,8 63,5 64,5 0,090

Afiliação 68 63 0,262 62,0 66,5 67,8 0,503

Dominância 62 62 0,921 58,7 63,6 64,7 0,544

Denegação 59 62 0,465 55,1 62,3 66,8 0,083

Desempenho 75 68 0,133 70,7 75,2 68,4 0,457

Exibição 55 53 0,656 50,8 59,8 52,3 0,252

Agressão 48 30 0,001 37,4 42,7 34,1 0,471

Ordem 56 53 0,504 53,3 54,7 56,3 0,890

Persistência 56 56 0,958 49,7 64,5 55,6 0,037

Mudança 53 47 0,209 48,4 53,8 48,3 0,556

Autonomia 59 50 0,085 55,7 52,9 54,5 0,887

Heterossexualidade 58 48 0,036 53,9 57,5 45,4 0,119

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médicas (p = 0,037). Em relação à característica heterossexua-lidade, as mulheres apresentaram escores mais baixos que os homens (p = 0,036) (Tabela 1).

Foi constatada elevada resiliência em 63,6% da amostra total. A resiliência também foi alta quando verificado o escore médio entre os médicos residentes, não havendo diferenças entre sexo e as três especialidades (Tabela 2).

TABELA 2

Escores obtidos na Escala de Resiliência dos médicos residentes

Resiliência

N % mínimoEscore máximoEscore Escore médio Desvio padrão

Fraca 0 0

97 160 133,5 12,9

Moderada 44 36,4

Forte 77 63,6

Total 100 100

A síndrome de burnout foi moderada com tendência a alta na dimensão despersonalização, com piora no final de um ano (p = 0,004). Na dimensão exaustão emocional, foi moderada, sem piora ao final do primeiro ano (p = 0,624). A dimensão baixa realização profissional foi moderada, com piora ao final de um ano (p = 0,001) (Tabela 3).

TABELA 3

Média dos escores do Maslach Burnout Inventory e comparação entre T1 e T2

Domínios do MBI Média Desvio Mediana p*

Despersonalização T1 12,1 6,8 11,0

0,004

T2 13,9 7,2 14,0

Exaustão emocional T1 26,0 10,9 24,0

0,624

T2 22,5 11,1 26,0

Baixa realização profissional T1 38,1 6,9 40,0

0,001

T2 35,5 8,6 37,0

* teste t-Student.

Os médicos residentes que apresentaram elevada resi-liência na escala utilizada também obtiveram menores escores para o burnout. No entanto, quando comparamos na popula-ção estudada a média dos escores da resiliência com os escores médios do burnout, não foi constatada uma associação estatis-ticamente significante (Tabela 4).

Quando as características de personalidade foram asso-ciadas com os MCDs de resiliência descritos por Barbosa22,23

(Tabela 5), verificamos elevada resiliência no domínio de

cren-ças autocontrole entre os médicos residentes que apresenta-ram como resultado no Inventário Fatorial de Personalidade escore alto (18,9%) e muito alto (41%) na característica de do-minância; alto (8,2%) e muito alto (31,1%) na característica de denegação; alto (8,2%) e muito alto (31,1%) em autonomia, e escore muito baixo (50,8%) e baixo (7,4%) em agressão.

TABELA 4

Média dos escores do Maslach Burnout Inventory e comparação com a resiliência dos médicos residentes

Domínios do MBI Resiliência graduada N Média DP p*

Despersonalização Média

Alta 42 75

15,0 13,4

7,0 7,3

0,234

Exaustão emocional Média 42 27,9 10,8 0,084

Alta 75 24,2 11,1

Baixa realização profissional Média 42 33,8 8,9 0,096

Alta 75 36,6 8,3

* teste t-Student.

Elevada resiliência em relação ao domínio autoconfian-ça foi constatada naqueles que obtiveram escore alto (18,9%) e muito alto (41%) em dominância; alto (13,9%) e muito alto (54,9%) em desempenho; alto (15,6%) e muito alto (31,1%) em persistência, e escore alto (8,2%) e muito alto (31,1%) em au-tonomia.

Elevada resiliência no domínio empatia foi verificada naqueles que apresentaram escore alto (13,9%) e muito alto (33,6%) na característica de personalidade de assistência; alto (12,3%) e muito alto (35,2%) em deferência; escore alto (13,9%) e muito alto (45,1%) em afiliação, e escore alto (8,2%) e muito alto (31,1%) em denegação.

Elevada resiliência com relação ao domínio otimismo para com a vida foi constatado entre os médicos residentes que obtiveram escore alto (13,9%) e muito alto (54,9%) na ca-racterística de personalidade de desempenho; alto (15,6%) e muito alto (31,1%) em persistência, e alto (8,2%) e muito alto (31,1%) em denegação.

Elevada resiliência no domínio sentido da vida foi evi-denciada nos médicos residentes que apresentaram escore alto (13,9%) para a característica de personalidade de desempenho; escore alto (15,6%) e muito alto (31,1%) na característica de persistência, e alto (12,3%) e muito alto (24,6%) em mudança.

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perso-nalidade de intracepção, presente nesses dois domínios dos Modelos de Crenças Determinantes de resiliência.

O maior prejuízo na resiliência, de modo geral, esteve relacionado ao domínio leitura corporal, mas foi constatado, principalmente, entre aqueles que apresentaram escores mui-to baixos (22,1%), baixos (13,9%) e médios (29,5%) na caracte-rística de personalidade heterossexualidade.

DISCUSSÃO

A síndrome de burnout foi identificada de forma moderada em nosso estudo nos três domínios – despersonalização, exaustão emocional e baixa realização profissional –, em consonância com vários artigos publicados nos últimos anos4,6-15.

Como salientamos, os aspectos pessoais e ambientais têm se apresentado como prováveis causas da instalação da sín-drome de burnout. Demonstramos na apresentação teórica que autores2,3,13,16 mencionam que o processo de exaustão surge

na-queles que não conseguem superar as adversidades vivencia-das no período de residência médica, tornando-se vulneráveis aos transtornos mentais. Também argumentamos que a liência é uma importante contribuição para o futuro da resi-dência médica, pois entendemos que os indivíduos capazes de superar as adversidades de forma saudável estão expressando comportamentos resilientes.

Sem desconsiderar a influência dos aspectos ambientais, mas com foco nos aspectos pessoais, consideramos que a ele-vada resiliência foi protetora de maiores índices para a sín-drome de burnout neste estudo. A associação do escore médio entre a resiliência e a síndrome de burnout não apresentou di-ferença estatisticamente significante, porém revelou forte ten-dência de que a alta resiliência está correlacionada com baixos índices para a síndrome de burnout. Isto se deu, provavelmen-te, devido ao tamanho da amostra. Sugerimos a realização de estudos com uma população maior.

TABELA 5

Escores obtidos pelos médicos residentes no IFP e associação com os MCD de resiliência

Modelos de crenças determinantes de resiliência- (MCD)

Necessidades medidas pelo IFP

Escore muito baixo

(N)

%

Escore baixo

(N) %

Escore médio

(N) %

Escore alto (N)

%

Escore muito alto

(N) %

Autocontrole (AC)

Dominância 22 18 10 8,2 17 13,9 23 18,9 50 41 Denegação 18 14,8 9 7,4 36 29,5 10 8,2 49 31,1 Autonomia 27 22,1 12 9,8 35 28,7 10 8,2 38 31,1 Agressão 62 50,8 9 7,4 17 13,9 10 8,2 24 19,7

Autoconfiança (ACnf)

Dominância 22 18 10 8,2 17 13,9 23 18,9 50 41 Desempenho 8 6,6 11 9 19 15,6 17 13,9 67 54,9 Persistência 29 23,8 10 8,2 26 21,3 19 15,6 38 31,1 Autonomia 27 22,1 12 9,8 35 28,7 10 8,2 38 31,1

Análise do contexto (ACxt) Ordem 28 23 16 13,1 27 22,1 13 10,7 38 31,1 Intracepção 28 23 11 9 23 18,9 18 14,8 42 34,4

Empatia (EMP)

Assistência 24 19,7 12 9,8 28 23 17 13,9 41 33,6 Deferência 19 15,6 10 8,2 35 28,7 15 12,3 43 35,2 Afiliação 13 10,7 13 10,7 24 19,7 17 13,9 55 45,1 Denegação 18 14,8 9 7,4 36 29,5 10 8,2 24 31,1

Otimismo para com a vida (OV)

Desempenho 8 6,6 11 9 19 15,6 17 13,9 67 54,9 Persistência 29 23,8 10 8,2 26 21,3 19 15,6 38 31,1 Denegação 18 14,8 9 7,4 36 29,5 10 8,2 24 31,1

Leitura corporal (LC) Heterossexualidade 27 22,1 17 13,9 36 29,5 8 6,6 34 27,9 Mudança 31 25,4 16 13,1 30 24,6 15 12,3 30 24,6

Conquistar e manter pessoas (CMP)

Afago 33 27 10 8,2 32 26,2 12 9,8 35 28,7

Intracepção 28 23 11 9 23 18,9 18 14,8 42 34,4 Agressão 62 50,8 9 7,4 17 13,9 10 8,2 24 19,7 Autonomia 27 22,1 12 9,8 35 28,7 10 8,2 38 31,1 Exibição 31 25,4 12 9,8 19 15,6 21 17,2 39 32 Afiliação 13 10,7 13 10,7 24 19,7 17 13,9 55 45,1

Sentido de vida (SV)

Desempenho 8 6,6 11 9 19 15,6 17 13,9 67 54,9 Persistência 29 23,8 10 8,2 26 21,3 19 15,6 38 31,1 Mudança 31 25,4 16 13,1 30 24,6 15 12,3 30 24,6

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Sobre essa constatação, podemos confrontá-la com o es-tudo de Dyrbye et al.2, que, em vários Centros de Formação

Médica nos Estados Unidos, avaliaram burnout e resiliência. Esses pesquisadores concluíram que os alunos que não apre-sentaram burnout foram mais propensos a melhor qualidade de vida, menos angústia e não apresentaram quadros de de-pressão. Como limitações do estudo, os autores apontaram que ele foi bem desenhado para medir fadiga e estresse e sua relação com o burnout, porém era pouco capaz de avaliar a relação do burnout com a resiliência. Propuseram a construção de estudos com desenhos mais focados neste objetivo.

Aspectos ligados à personalidade como forma de mode-rar os efeitos do estresse, como relatamos na introdução, foi o foco de outros estudos3,14,15. Eles descrevem que características

como alto nível de compromisso, controle interno, sentido de segurança e tendência a encarar transtornos como desafios são encontradas em sujeitos que apresentam menores índices de estresse. Os indivíduos que apresentam estas características foram nomeados por esses autores de personalidade resiliente.

Como já apresentado, a resiliência tem se mostrado um importante aspecto ligado ao enfrentamento de situações ad-versas. Ela tem sido compreendida como atributos ou predis-posições do indivíduo e, como tal, pode ser desenvolvida. Por-tanto, ao constatarmos que a resiliência está associada a menor burnout, o desenvolvimento desta capacidade pode melhorar o enfrentamento e a formação desses profissionais.

Quando associamos a resiliência constatada no grupo de médicos residentes, considerando os MCDs com as caracte-rísticas de personalidade, encontramos algumas forças impor-tantes e protetoras e algumas fragilidades que precisam ser trabalhadas.

De modo geral, os médicos residentes apresentaram altos escores para as características de personalidade que definem elevada resiliência no domínio de crenças autocontrole. Para aqueles que apresentaram escores baixos, indicando fragili-dade neste MCD, verificamos a necessifragili-dade de desenvolver algumas crenças relacionadas à agressão (Tabela 5). A baixa agressão pode levar o individuo a uma frágil tomada de deci-são ou enfrentamento de uma situação.

Com relação ao domínio de crenças análise do contexto, os médicos residentes demonstraram fraca resiliência, prin-cipalmente pelos altos escores encontrados na característica de personalidade intracepção (Tabela 5), que revela que estes indivíduos tendem a fazer uma análise do contexto muito sub-jetiva e de acordo com suas fantasias, deixando de avaliar os fatos de forma concreta e racional.

A maior parte dos médicos residentes deste estudo apre-senta elevada resiliência em relação ao domínio empatia, que se refere à capacidade de emitir mensagens que promovem a

interação, aproximação, conectividade e reciprocidade entre as pessoas, favorecendo a liderança22,23,25 e demonstrando o

quan-to as características de personalidade assistência, deferência e afiliação, ligadas a este MCD, podem desenvolver bom rela-cionamento entre pares no trabalho, reduzindo os malefícios da alta competitividade entre os médicos residentes.

Altos escores para a característica desempenho e persis-tência (Tabela 5) foram fundamentais para a compreensão do domínio de crenças otimismo para a vida, que evidencia a crença de que as coisas podem mudar para melhor, capacida-de capacida-de controlar o capacida-destino dos eventos22,23,25 e, assim, minimizar

sentimentos de insegurança que conduzem a incertezas e con-sequente estresse.

Os médicos residentes deste estudo mostraram fraca re-siliência em relação ao domínio de crenças leitura corporal, que revela a observação que o indivíduo faz do modo como seu corpo reage em diferentes contextos e também diante de situações adversas de conflito e de elevado estresse. O maior prejuízo esteve relacionado à característica de personalidade heterossexualidade (Tabela 5).

Os altos escores constatados nas características de perso-nalidade afago e afiliação e baixo escore em agressão (Tabela 5) foram responsáveis pela elevada resiliência relacionada ao domínio de crenças conquistar e manter pessoas. Indivíduos com estas características possuem maior capacidade de con-quistar e se vincular a outras, conectando-se para a formação de fortes redes de apoio e proteção, sem receios, medo do fra-casso e demasiadas forças em suas iniciativas22,23,25. Esta é uma

importante necessidade do ser humano quando em situações adversas.

O domínio de crenças sentido de vida foi fortemente as-sociado à característica de personalidade desempenho, per-sistência e mudança (Tabela 5), revelando que estes médicos residentes tendem a acreditar num sentido maior para a vida, nos recursos transcendentes que o ser humano tem em face de seus limites, no fortalecimento e capacidade para preservar sua vida, evitando colocar-se em situações de risco e buscando áre-as onde possam se beneficiar dáre-as condições de proteção22,23,25.

Diante destes dados, verificamos que a resiliência como uma predisposição multideterminada pode ser associada às características de personalidade descritas em Murray20

quan-do estas são comparadas aos Modelos de Crenças Determi-nantes para a resiliência descritos por Barbosa23.

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A associação das características de personalidade aos MCDs para a resiliência foi uma importante forma de avaliar pontos fortes e frágeis no enfrentamento das adversidades da residência médica para estes médicos residentes.

CONCLUSÕES

Neste estudo, o burnout foi evidenciado pelos resultados esta-tísticos, e a resiliência foi constatada como forma de proteção.

O estudo da resiliência e sua associação às características de personalidade é uma grande contribuição para o desenvol-vimento de estratégias de intervenção em grupo de profissio-nais em situações adversas, como os médicos. Uma vez com-preendidas as características de personalidade e a resiliência como crenças que o indivíduo acessa para se comportar diante de situações adversas, pode haver grandes benefícios aos pro-fissionais da medicina.

A relevância deste estudo e da proposta apresentada incide no fato de se relacionar a uma questão de saúde importante tanto para quem cuida, no caso o médico, quanto para quem é cuida-do, no caso os pacientes que recebem esta prestação de serviços.

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CONTRIBUIÇÃO DOS AUTORES

Rosana Trindade Santos Rodrigues construiu o Projeto, reali-zou a pesquisa, analise dos resultados e escrita deste artigo. George Souza Barbosa participou da análise dos resultados e construção do artigo. Paulo Antonio Chiavone participou desde a elaboração do Projeto de Pesquisa até a fase final do trabalho e construção deste artigo.

CONFLITO DE INTERESSES Declarou não haver.

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA Rosana Trindade Santos Rodrigues

Rua Maestro Cardim, 560 – cj 195 Bela Vista – São Paulo

CEP 01323-000 – SP

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