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Probabilidades assintóticas da cauda de somas ponderadas de variáveis aleatórias dependentes com variação dominada

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Academic year: 2017

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(1)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Ciˆencias Exatas e da Terra

P´os-Gradua¸c˜ao em Matem´atica Aplicada e Estat´ıstica

Wenia Valdevino F´

elix

Probabilidades Assint´

oticas da Cauda de Somas

Ponderadas de Vari´

aveis Aleat´

orias Dependentes

com Varia¸

ao Dominada

(2)

Wenia Valdevino F´elix

Probabilidades Assint´

oticas da Cauda de Somas

Ponderadas de Vari´

aveis Aleat´

orias Dependentes

com Varia¸

ao Dominada

Trabalho apresentado ao Programa de P´os-Gradua¸c˜ao em Matem´atica Apli-cada e Estat´ıstica da Universidade Fe-deral do Rio Grande do Norte, em cum-primento com as exigˆencias legais para a obten¸c˜ao do t´ıtulo de Mestre.

´

Area de Concentra¸c˜ao: Probabilidade e Estat´ıstica.

Orientadora: Prof

a

. Dr

a

. D´ebora Borges Ferreira

(3)

UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede. Catalogação da Publicação na Fonte

Félix, Wenia Valdevino.

Probabilidades assintóticas da cauda de somas ponderadas de variáveis aleatórias dependentes com variação dominada / Wenia Valdevino Félix – Natal, RN, 2015.

87 f.: il.

Orientadora: Profª. Drª. Débora Borges Ferreira.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Exatas e da Terra. Pós-Graduação em Matemática Aplicada e Estatística.

1. Probabilidade – Dissertação. 2. Cauda pesada – Dissertação. 3. Cauda de variação dominada – Dissertação. 4. Comportamento assintótico – Dissertação. 5. Somas aleatórias ponderadas – Dissertação. I. Ferreira, Débora Borges. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

(4)
(5)

Dedicat´

oria

(6)

Agradecimentos

Agrade¸co em primeiro lugar a Deus, pela sua gra¸ca e miseric´ordia derramada sobre a minha vida, pois sem Ele nada posso fazer. Todas as dificuldades que passei, poder chegar aqui ´e a prova viva do amor de Deus para comigo.

Agrade¸co aos meus pais Elizabeth Ribeiro e Jo˜ao F´elix pelo carinho, dedica¸c˜ao, amor, paciˆencia, aten¸c˜ao que sempre tiveram comigo, pela educa¸c˜ao que me proporci-onaram e de me darem a oportunidade e o incentivo nos estudos em todas as etapas que j´a conclui e mais esta que estou `a concluir.

Agrade¸co a minha excelente orientadora, professora Dra. D´ebora Borges, por toda

dedica¸c˜ao e paciˆencia que teve comigo durante todo o mestrado, por ter me aceitado como orientanda e pela confian¸ca que teve em mim.

Agrade¸co aos irm˜aos da igreja Miss˜ao Evang´elica em Igap´o, a qual fa¸co parte, em especial ao Pastor Gonzaga e sua fam´ılia que muito me incentivou e me ajudou durante toda a minha gradua¸c˜ao, ao casal M´arcia e Paulo Morais que me presentiaram com o meu primeiro computador e tantas outros aux´ılios que me deram me aconselhando e orando por mim. A aben¸coada irm˜a Marlene, a qual me ensinou muitas li¸c˜oes de sabedoria que sempre vou levar guardadas no meu cora¸c˜ao.

Agrade¸co aos meus amigos do mestrado Eduardo, July, M´arcia, F´abio, Renato, Rumenick, Paulo, Daniel, Antˆonio, Anna Rafaella e Allyson, e aos amigos da gradua¸c˜ao que sempre estiveram por perto dando aquela for¸ca nos momentos de dif´ıceis, Isabel, Sara, Dami˜ao, Danillo, Micarlla, Geilson, Romildo.

Agrade¸co a todos os professores com quem tive aula em especial aos professo-res Juan Rojas, Viviane Simioli, Andr´e Gustavo, D´ebora Borges, Nir Cohen, Dione Valen¸ca. Aos professores da UFCG, Joelson e Itailma.

Agrade¸co ao meu namorado, amigo, professor, companheiro nos momentos feli-zes e de aperreio que n˜ao foram poucos, conselheiro, grande incentivador e por toda paciˆencia que teve comigo, Romildo lima.

Agrade¸co aos funcion´arios do CCET-UFRN sempre presentes, em especial, a Alderir, N´ızia, Severino, Rafael, Paulo e a minha amiga Liandra que me acompanhou desde a gradua¸c˜ao.

(7)

“Porque o Senhor d´a a sabedoria e da sua boca vem a inteligˆencia e o entendimento.”

(8)

Resumo

Neste trabalho estudamos o comportamento assint´otico das probabilidades da cauda das somas aleat´orias ponderadas de vari´aveis aleat´orias com certa estrutura de dependˆencia e de varia¸c˜ao dominada, baseados no artigo de Hai-zhong Yang, com t´ıtulo “Asymptotic Tail Probability of Randomly Weighted Sums of Dependent Random Va-riables with Dominated Variation”. Para tanto, apresentamos resultados essenciais sobre a classe de distribui¸c˜oes de cauda pesada que cont´em as seguintes subclasses: de cauda subexponencial, longa, varia¸c˜ao regular,varia¸c˜ao regular estendida e varia¸c˜ao dominada, dentre outras. Nosso objetivo ´e proporcionar todo um embasamento te´orico para esclarecer ao m´aximo a demonstra¸c˜ao do Teorema de Yang. Para isto, apresenta-mos a demonstra¸c˜ao de trˆes lemas principais e de alguns resultados que s˜ao utilizados na demonstra¸c˜ao desses lemas.

(9)

Abstract

In this work we study the asymptotic behavior of tail probability of random weighted sums of random variables with a certain dependence structure and dominated variation, based on the Hai-zhong Yang article, with title “Asymptotic Tail Probability of Randomly Weighted Sums of Dependent Random Variables with Dominated Vari-ation”.We present key results about the distributions of heavy tail class that contains the following subclasses: subexponential tail, long, regular variation, extended regular variation and variation dominated, among others. Our goal is provide an entire theo-retical foundation to detail proof of Yang’s Theorem. For this we demonstration three main lemmas and some results that are used in the demonstration of those lemmas.

(10)

Lista de nota¸

oes

1. v.a. : vari´avel aleat´oria;

2. i.i.d. : independentes e identicamente distribu´ıdas;

3. ¯F: cauda da distribui¸c˜ao F tal que ¯F(x) = 1F(x) para todo xR; 4. S: subclasse subexponencial;

5. L: subclasse de cauda longa ;

6. D: subclasse de cauda de varia¸c˜ao dominada;

7. R: subclasse de cauda de varia¸c˜ao regular;

8. VRE: subclasse de cauda de varia¸c˜ao regular estendida;

9. a(x)&b(x) ⇒lim inf

x→∞ a(x)

b(x) ≥1;

10. a(x).b(x) lim sup

x→∞ a(x)

b(x) ≤1;

11. a(x)∼b(x) ⇒ lim

x→∞ a(x)

b(x) = 1;

12. X =d K: X segue uma distribui¸c˜aoK;

13. F ∗G: convolu¸c˜ao da distribui¸c˜ao F com aG;

14. JF+: ´ındice superior de Matuszewska;

15. JF−: ´ındice inferior de Matuszewska;

16. a∧b representa o m´ınimo entre os dois valores a eb;

17. ab representa o m´aximo entre os dois valores a e b;

18. o(h): dizemos que f(h)=o(h) se, e somente se, lim

h→0

f(h)

h = 0;

19. O(g(x)): dizemos quef(x) =O(g(x)) se, e somente se lim sup

x→∞

f(x)

g(x)

<.

(11)

21. X− =−{X0}: dizemos que X´e a parte negativa da vari´avel X.

22. µ: medida de Lebesgue.

(12)

Sum´

ario

Introdu¸c˜ao 2

1 Conceitos Preliminares 5

1.1 Distribui¸c˜oes de Cauda Pesada. . . 5

1.2 Subclasses de Distribui¸c˜oes de Cauda Pesada . . . 7

1.2.1 Subexponencial . . . 7

1.2.2 Cauda Longa . . . 10

1.2.3 Varia¸c˜ao Dominada . . . 10

1.2.4 Varia¸c˜ao Regular . . . 13

1.2.5 Varia¸c˜ao Regular Estendida . . . 15

1.3 Aplica¸c˜oes . . . 16

1.3.1 Modelo de Ru´ına . . . 16

1.3.2 Teoria de Filas . . . 20

1.3.3 Aloca¸c˜ao de capitais . . . 21

2 Resultados Preliminares e Lemas Principais 23 2.1 Resultados Preliminares 1 . . . 24

2.2 Resultados Preliminares 2 . . . 39

2.3 Lemas principais . . . 48

2.4 Teorema de Yang . . . 53

2.5 Considera¸c˜oes finais . . . 62

(13)

A Distribui¸c˜oes de Probabilidade e as Rela¸c˜oes entre as subclasses 66

A.1 Distribui¸c˜oes de Probabilidade . . . 66

A.2 Rela¸c˜oes entre as Subclasses de Distribui¸c˜oes . . . 73

(14)

Introdu¸

ao

Modelos matem´aticos que envolvem vari´aveis aleat´orias pertencentes `a classe de cauda pesada est˜ao presentes em diversas ´areas da ciˆencia. Por exemplo, em Ciˆencias Atuariais nos modelos de seguros e resseguros que envolvem grandes desastres naturais ou grandes perdas conjuntas, em Economia nas cota¸c˜oes da bolsa de valores de merca-dos muito oscilantes, em estumerca-dos de insurgˆencias e movimentos terroristas em Teoria Militar, dentre v´arios outros.

As vari´aveis aleat´orias que pertencem `a classe de cauda pesada s˜ao caracterizadas principalmente pelo decaimento das suas caudas (`a direita ou `a esquerda) que s˜ao bem mais lentos do que um decaimento exponencial. Neste trabalho nos referimos `as caudas somente `a direita, pois apresentamos v´arios exemplos e resultados que envolvem apenas vari´aveis aleat´orias n˜ao-negativas. Este detalhe ´e bastante relevante, porque o comportamento das caudas `a direita e `a esquerda n˜ao s˜ao sempre o mesmo.

Existem muitas fun¸c˜oes de distribui¸c˜ao que pertencem `a classe de cauda pesada como a t-Student, loggama, lognormal,α−est´aveis truncadas, Cauchy padr˜ao, Weibull com taxa de falha decrescente, Pareto, Burr entre outras. Apresentamos gr´aficos de algumas dessas distribui¸c˜oes, para observar o comportamento de suas caudas.

As principais subclasses de distribui¸c˜oes de cauda pesada s˜ao: subexponencial, cauda longa, cauda de varia¸c˜ao regular, cauda de varia¸c˜ao regular estendida e cauda de varia¸c˜ao dominada. Dentre todas as cinco subclasses, duas em especial s˜ao bastante utilizadas ao longo deste trabalho, as quais s˜ao as subclasses de cauda longa e cauda de varia¸c˜ao dominada. Baseamos nosso trabalho no artigo de Hai-zhong Yang que tem por t´ıtulo ”Asymptotic Tail Probability of Randomly Weighted Sums of Dependent Random Variables with Dominated Variation”.

Seja a sequˆencia de vari´aveis aleat´orias a valores reais {Xn;n ≥ 1} com fun¸c˜ao

de distribui¸c˜ao F. Seja a sequˆencia {θn;n ≥ 1} que chamamos de pesos aleat´orios,

essa sequˆencia ´e n˜ao-negativa e independente da sequˆencia{Xn;n ≥1}, e considere a

(15)

Sn = n

X

i=1

θiXi, (1)

onde {Xn;n ≥1} pertence `a subclasse de interse¸c˜ao de cauda longa e de varia¸c˜ao

do-minada, e satisfaz mais algumas condi¸c˜oes que est˜ao presentes do Teorema de Yang. O nosso principal objetivo ´e esclarecer a demonstra¸c˜ao do Teorema de Yang que investiga o comportamento assint´otico das caudas de somas ponderadas de vari´aveis aleat´orias em (1) que pertencem `a interse¸c˜ao das subclasses de cauda longa e de varia¸c˜ao domi-nada, ou seja, investigamos as hip´oteses para garantir a seguinte convergˆencia

P(Sn > x)∼ n

X

i=1

P(θiXi > x) ∀n= 1,2, ... e x→ ∞, (2)

para isto , precisamos provar v´arios resultados como os lemas principais que s˜ao enun-ciados no artigo do Hai-zhong Yang [22].

Uma motiva¸c˜ao para este resultado apresentamos na Se¸c˜ao 2.4, onde trazemos um exemplo na teoria da ru´ına. Neste exemplo queremos obter uma estimativa para a probabilidade de ru´ına a tempo finito, diante disso o resultado assint´otico (2) nos permite a facilita¸c˜ao dos c´alculos, pois encontrar a distribui¸c˜ao conjunta da cauda da probabilidades das somas ponderadas ´e muito mais complexo do que encontrar a da probabilidade conjunta do produto de v.a.’sθi e Xi.

As somas ponderadas aleat´orias tˆem um papel muito relevante em v´arios proble-mas te´oricos e aplicados. Mais adiante na Se¸c˜ao1.3, apresentamos exemplos envolvendo essas somas. Na teoria da ru´ına elas s˜ao utilizadas com frequˆencia na modelagem de super´avit de uma empresa de seguros. Atualmente existe uma ampla literatura envol-vendo essas somas ponderadas como tamb´em o comportamento assint´otico das caudas delas, por exemplo, Cline e Samorodnitsky [5], Tang e Tsitsiashvili [17] e [18], Cheng [4], Tang e Yuan [19], Geluk e De Vries [9], Zang et al [23] e Yang [22] dentre outras.

(16)

No Cap´ıtulo 2, apresentamos mais algumas defini¸c˜oes relevantes como os ´ındices de Matuszewska que utilizamos bastante nos enunciados de v´arios lemas, proposi¸c˜oes e teoremas ao longo do trabalho. Demonstramos v´arios resultados na Se¸c˜ao 2.1 e na Se¸c˜ao2.2que nos proporcionam embasamento te´orico para as demonstra¸c˜oes dos Lemas Principais que se encontram na Se¸c˜ao 2.3. Finalmente, na Se¸c˜ao 2.4 esclarecemos a demonstra¸c˜ao do resultado mais esperado deste trabalho, o Teorema de Yang, j´a citado anteriormente.

(17)

Cap´ıtulo 1

Conceitos Preliminares

Neste cap´ıtulo estudamos a classe de cauda pesada e algumas subclasses impor-tantes. Inicialmente apresentamos v´arias defini¸c˜oes que s˜ao utilizadas ao longo deste trabalho e alguns exemplos que nos mostram o comportamento da cauda de probabi-lidade de fun¸c˜oes de distribui¸c˜ao que pertence tanto a classe de cauda pesada quanto exemplos que pertencem a cada uma das cinco subclasses abordadas que s˜ao a su-bexponencial, cauda longa, varia¸c˜ao dominada, varia¸c˜ao regular e varia¸c˜ao regular es-tendida. Em seguida trazemos trˆes aplica¸c˜oes envolvendo vari´aveis aleat´orias de cauda pesada como tamb´em modelos e exemplos que utilizam as somas ponderadas aleat´orias. Quando nos referirmos a cauda da distribui¸c˜aoF usamos a seguinte nota¸c˜ao ¯F, tal que

¯

F = 1−F.

1.1

Distribui¸

oes de Cauda Pesada

Defini¸c˜ao 1.1. Uma fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao F ´e dita de cauda pesada (`a direita) se para todoε >0,

lim sup

x→∞

¯

F(x)

e−εx =∞. (1.1)

Defini¸c˜ao 1.2. Uma fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao F ´e dita de cauda leve se existir ε > 0, tal que

lim sup

x→∞

¯

F(x)

e−εx <∞. (1.2)

(18)

Defini¸c˜ao 1.3. Dizemos que X tem distribui¸c˜ao de cauda pesada (`a direita) se,

MX(θ) = E[eθX] =∞, ∀θ > 0. (1.3)

As Defini¸c˜oes 1.1 e 1.3 s˜ao equivalentes, ver o resultado que garante esta equi-valˆencia em Santana [16]. Existem muitas fun¸c˜oes de distribui¸c˜ao que pertencem `a classe de caudas pesadas como: a t-Student, loggama, lognormal,αest´avel truncada, Cauchy Padr˜ao, Weibull com taxa de falha decrescente, Pareto, Burr, Benktander ti-pos I e II, entre outras. As fun¸c˜oes de distribui¸c˜ao de cauda leve s˜ao: a exponencial, a geom´etrica de parˆametros 0 ≤ p ≤ 1, Poisson de parˆametro λ > 0, normal entre outras.

Por que caudas pesadas?

A Defini¸c˜ao 1.3, apresentada anteriormente, nos mostra a principal caracter´ıstica desta classe que ´e a de n˜ao apresentar fun¸c˜ao geradora de momentos. O decaimento da cauda de uma fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao de uma vari´avel aleat´oria assim ´e mais lento do que o decaimento exponencial, o que nos leva a crer que nas suas caudas podemos obter mais informa¸c˜oes. ´E sabido que nas v´arias ´areas da probabilidade, em muitos problemas pr´aticos, as vari´aveis que melhor se ajustam aos modelos s˜ao as de cauda pesada. Existem v´arias situa¸c˜oes pr´aticas em que as evidˆencias estat´ısticas mostram que quantidades reais podem ser modeladas como uma vari´avel aleat´oria de cauda pesada. Por exemplo: renda de uma fam´ılia arbitr´aria, tamanhos de arquivos, tama-nhos de reivindica¸c˜oes entre outras. Nos exemplos que apresentamos a seguir, fazemos um comparativo com duas fun¸c˜oes de distribui¸c˜ao de cauda leve para visualizamos o comportamento do gr´afico das caudas dessas fun¸c˜oes de distribui¸c˜ao.

Exemplo 1.1. A distribui¸c˜ao Pareto pertence `a classe de distribui¸c˜ao de cauda pesada. Vamos comparar esta distribui¸c˜ao com a distribui¸c˜ao exponencial ambas com m´edia igual a 1 e observar o decaimento da cauda de cada uma na Figura1.1.

(19)

Figura 1.1: Gr´afico da distribui¸c˜ao Pareto x exponencial

Figura 1.2: Gr´afico da distribui¸c˜ao Cauchy x normal

1.2

Subclasses de Distribui¸

oes de Cauda Pesada

Nesta se¸c˜ao apresentamos as defini¸c˜oes das principais subclasses de distribui¸c˜oes que vamos abordar ao longo do nosso trabalho e alguns exemplos de fun¸c˜oes de distri-bui¸c˜ao de probabilidade que pertencem a cada subclasse, juntamente com o comporta-mento das suas caudas que ilustramos atrav´es de gr´aficos. Existem outras subclasses de distribui¸c˜oes de caudas pesadas, mas aqui s´o definimos as que nos interessa. Temos aqui o cuidado de para cada defini¸c˜ao das subclasses explicitar em que artigo esta-mos nos baseando, porque em diversos trabalhos que pesquisaesta-mos cada um aborda a defini¸c˜ao destas subclasses com algumas diferen¸cas aparentes.

1.2.1

Subexponencial

Defini¸c˜ao 1.4. SejamX1 e X2 vari´aveis aleat´orias i.i.d’s. Seja F¯2∗ = ¯F ∗F¯, ou seja, a convolu¸c˜ao deconsigo mesma, onde F¯2∗(x) = P(X

(20)

F ∈ S se:

lim

x→∞

¯

F2∗(x)

¯

F(x) = 2. (1.4)

A subclasse S ´e denominada subexponencial. Esta defini¸c˜ao ´e baseada no artigo de Pitman ver [13].

Segundo Santana [16] uma motiva¸c˜ao para a subclasse subexponencial ´e baseada em modelos de reserva de capital de risco de uma empresa seguradora. Neste contexto ´e bastante relevante estabelecer uma rela¸c˜ao entre os valores individuais das indeniza¸c˜oes pagas e a quantia total paga ao final do per´ıodo de tempo considerado, desta forma surge o interesse em assumir hip´oteses sob as quais o valor da maior indeniza¸c˜ao de-termina o valor total das indeniza¸c˜oes pagas. Assim podemos interpretar as vari´aveis aleat´orias i.i.d’s X1, X2, ..., Xn com distribui¸c˜ao F como as respectivas indeniza¸c˜oes

pagas em cada per´ıodo de tempo n (por exemplo em anos).

Considere a soma parcial Sn=X1+X2+...+Xn que representa a quantia total

de indeniza¸c˜oes pagas e Mn = max{X1, X2, ..., Xn} representando o maior valor pago

dos n per´ıodos considerados. Ent˜ao nosso objetivo ´e encontrar fun¸c˜oes de distribui¸c˜ao

F de modo que as caudas das somas Sn e do m´aximo Mn sejam assintoticamente da

mesma ordem, isto ´e, P(Sn > x) ∼ P(Mn > x), o que indicaria a forte influˆencia da

maior indeniza¸c˜ao paga sobre o total de indeniza¸c˜oes. Note que,

P(Sn > x) = P n

X

i=1

Xi > x

!

= ¯Fn∗(x)∼P(Mn> x)∼nF¯(x).

Mais informa¸c˜oes sobre a subclasse subexponencial podem ser encontradas em Pitman [13], Embrechts [6], Cline e Samorodnitsky [5], Kl¨uppelberg [11] entre outros.

Exemplo 1.3. Considere a vari´avel aleat´oria X =d W eibull(1, τ) com taxa de falha λ

decrescente e com fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao F(x) = 1e−xτ

tal que 0 < τ < 1 e a sua fun¸c˜ao densidade de probabilidade ´ef(x) =τ xτ−1e−xτ

. Provemos que F ∈ S, para isto utilizamos a seguinte proposi¸c˜ao:

Proposi¸c˜ao 1.1. Seja F(x) uma fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao de probabilidade e f(x) a sua fun¸c˜ao de densidade comλ(x) = f¯(x)

F(x), a taxa de falha deF, tal queλ(x)´e decrescente

parax≥x0, para algum x0 e 0≤ lim

(21)

Z ∞

0

exλ(x)f(x)dx <.

Ou seja, a fun¸c˜ao exλ(x)f(x) ´e integr´avel. Omitiremos a demonstra¸c˜ao que pode ser vista em Asmussen [1].

Calculando esta taxa de falha para a fun¸c˜ao distribui¸c˜ao do exemplo acima temos,

λ(x) = f¯(x)

F(x) =

τ xτ−1e−xτ

e−xτ =τ x

τ−1. (1.5)

Note queλ(x)satisfaz as hip´oteses da Proposi¸c˜ao1.1, usando (1.5)ef(x) =τ xτ−1e−xτ obtemos

Z ∞

0

exλ(x)f(x)dx =

Z ∞

0

exτ xτ−1τ xτ−1e−xτdx

=

Z ∞

0

τ xτ−1eτ xτ−xτdx

= e

(τ1)

τ 1

0

= 1

1−τ < ∞.

Portanto, F ∈ S.

(22)

Figura 1.3: Figura da cauda da distribui¸c˜ao Weibull

1.2.2

Cauda Longa

Defini¸c˜ao 1.5. Seja X uma vari´avel aleat´oria com fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao F.Dizemos queF ´e de cauda longa e denotamos por F ∈ L se:

lim

x→∞

¯

F(x+y) ¯

F(x) = 1, ∀ y∈R. (1.6)

Esta defini¸c˜ao ´e baseada no artigo de Yang ver [22].

Exemplo 1.4. O exemplo que apresentamos anteriormente da distribui¸c˜ao Weibull com taxa de falha decrescente tamb´em ´e um exemplo de distribui¸c˜ao de cauda longa, pois vemos na Se¸c˜ao A.2 do Apˆendice A que se uma distribui¸c˜ao pertence `a subclasse subexponencial, ent˜ao ela tamb´em pertence `a subclasse de cauda longa.

1.2.3

Varia¸

ao Dominada

Defini¸c˜ao 1.6. Seja X uma vari´avel aleat´oria com fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao F.Dizemos queF ´e de varia¸c˜ao dominada e denotamos por F ∈ D se:

lim sup

x→∞

¯

F(xy) ¯

F(x) <∞ para todo y∈R. (1.7)

Baseada no artigo de Yang [22].

(23)

lim inf

x→∞

¯

F(xy) ¯

F(x) >0 para algum y >1. (1.8)

Baseada no artigo do Cline e Samorodnitsky [5].

Defini¸c˜ao 1.8. Seja X uma vari´avel aleat´oria com fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao F.Dizemos queF ´e de varia¸c˜ao dominada e denotamos por F ∈ D se:

lim sup

x→∞

¯

F(xy) ¯

F(x) <∞ para algum 0< y < 1. (1.9)

Baseada no artigo do Geluk e Tang [8].

Apresentamos todas essas defini¸c˜oes de cauda de varia¸c˜ao dominada, pois utili-zamos esses artigos citados acima ao longo deste trabalho. Todas as defini¸c˜oes acima s˜ao equivalentes como vemos na Proposi¸c˜ao A.1do Apˆendice A.

Exemplo 1.5. Seja X =d Pareto tal que F¯(x) = (x0/x)α para x ≥ x0. E f´acil ver´ que esta distribui¸c˜ao pertence `a subclasse de varia¸c˜ao dominada, ou seja,

lim sup

x→∞

¯

F(xy) ¯

F(x) =y

−α <

para algum 0< y <1.

Vejamos na Figura 1.4 seu gr´afico.

Figura 1.4: Gr´afico da distribui¸c˜ao Pareto

(24)

s˜ao: a Burr, a Weibull com taxa de falha decrescente, a Pareto e a fun¸c˜ao de dis-tribui¸c˜ao que est´a presente no Exemplo A.2 no Apˆendice A. Vejamos agora como de fato a distribui¸c˜ao Burr com parˆametrosα, k eτ estritamente positivos a Weibull com

τ = 12 e a Pareto com parˆametrosx0 = 1 pertencem a L ∩ D.

1) Burr

1.a) F ∈ L,de fato

lim

x→∞

¯

F(x+y) ¯

F(x) = xlim→∞

(k+ (x+y)τ)−α

(k+xτ)−α

= lim

x→∞

(k+xτ)α

(k+ (x+y)τ)α

= lim

x→∞

k+xτ

k+ (x+y)τ

α

=

lim

x→∞

k+xτ

k+ (x+y)τ

α

, pela regra do L’hospital

=

lim

x→∞

τ xτ−1

τ(x+y)τ−1

α

=

lim

x→∞

xτ−1

xτ−1(1 + y

x)τ−1

α = " lim x→∞ 1 (1 + yx)τ−1

= 1.

1.b) F ∈ D,de fato

lim sup

x→∞

¯

F(xy) ¯

F(x) = lim supx→∞

(k+ (xy)τ)−α

(k+xτ)−α

= lim sup

x→∞

(k+xτ)α

(k+ (xy)τ)α

= lim sup

x→∞

(k/xτ+ 1)α

(k/xτ+yτ)α

= y−ατ < .

2) Weibull

(25)

2.b) Vamos verificar que a Weibull com parˆametro τ = 12 pertence `a subclasse D,

utilizando a Defini¸c˜ao 1.8,

lim sup

x→∞

¯

F(xy) ¯

F(x) = lim supx→∞

e−(xy)1/2

e−x1/2

= lim sup

x→∞

e−(x1/2·y1/2)+x1/2

= lim sup

x→∞ e

x1/2·(1y1/2)

< ,

pois 0 < y <1, isto implica que 1−y1/2 <0.

3) Pareto

3.a) Do Exemplo 1.5 j´a sabemos que a distribui¸c˜ao Pareto pertence `a subclasseD.

3.b) Vamos verificar que a Pareto com parˆametrox0 = 1 e α= 2 pertence `a subclasse L,

lim

x→∞

¯

F(x+y) ¯

F(x) = xlim→∞

1/(x+y)2

1/x2

= lim

x→∞ x2

(x+y)2

= lim

x→∞

x2

(x2+ 2xy+y2), pela regra do L’hospital

= lim

x→∞

2x

(2x+ 2y), pela regra do L’hospital = 1.

1.2.4

Varia¸

ao Regular

Defini¸c˜ao 1.9. Dizemos que a cauda da fun¸c˜ao F ∈ D ∩ L´e de varia¸c˜ao regular se:

lim

x→∞

¯

F(yx) ¯

F(x) =y

−α para algum α0, y 1. (1.10)

Denotamos a classe das distribui¸c˜oes com essa propriedade de R. Esta defini¸c˜ao ´e baseada no artigo de Tang e Tsitsiashvili, ver [17].

Exemplo 1.6. Seja X =d Burr(α, k, τ) tal que α, k, τ > 0 e a sua cauda ´e dada por:

¯

(26)

lim

x→∞

¯

F(xy) ¯

F(x) = xlim→∞

(k+ (xy)τ)−α

(k+xτ)−α

= lim

x→∞

(k+xτ)α

(k+ (xy)τ)α

= lim

x→∞

(k/xτ + 1)α

(k/xτ +yτ)α

= y−ατ.

Assim, se chamarmos θ =ατ ≥0, obtemos que:

lim

x→∞

¯

F(xy) ¯

F(x) =y

−θ y1 para algum θ0.

Vejamos na Figura 1.5 o gr´afico da fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao Burr, para isto, escolhemos alguns valores para os parˆametros τ, α e k.

Figura 1.5: Gr´afico da cauda da distribui¸c˜ao Burr

Defini¸c˜ao 1.10. Seja X uma vari´avel aleat´oria com fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao F, dizemos que a sua cauda ´e de varia¸c˜ao r´apida se,

lim

x→∞

¯

F(xy) ¯

F(x) = 0, para todo y >1. (1.11)

Observa¸c˜ao 1.1. Outra nota¸c˜ao encontrada para a cauda de varia¸c˜ao regular ´eRα,

onde se∈ Rα, dizemos que a fun¸c˜ao relacionada com a cauda `a direita da

(27)

casos particulares importantes nesta subclasse. O primeiro ´e estabelecido para α = 0, ou seja, R0 e representa a subclasse das caudas das distribui¸c˜oes de varia¸c˜ao lenta. O segundo caso ´e estabelecido para α = ∞, ou seja, R−∞ e representa a subclasse das

caudas de distribui¸c˜oes de varia¸c˜ao r´apida. As defini¸c˜oes destas duas subclasses se encontram a seguir.

1.2.5

Varia¸

ao Regular Estendida

Defini¸c˜ao 1.11. Dizemos que F ∈ D ∩ L ´e subclasse de varia¸c˜ao regular estendida denotada por VRE(α,β) se existir algum 0< αβ < tal que:

y−β lim inf

x→∞

¯

F(xy) ¯

F(x) ≤lim supx→∞

¯

F(xy) ¯

F(x) ≤y

−α para todo y

≥1. (1.12)

Esta defini¸c˜ao ´e baseada no artigo de Yang ver [22].

Exemplo 1.7. Seja X =d Cauchy(α, β) com α = 0 e β = 1 cuja densidade de proba-bilidade ´e dada por f(x) = [π(1 +x2)]−1I

(−∞,∞). Note que a Cauchy padr˜ao pertence `a subclasseVRE, pois basta verificar que ela pertence `a subclasse R j´a que R ⊂ VRE.

A cauda da distribui¸c˜ao Cauchy padr˜ao ´e dada por F¯(x) = 1 2 −

1

π arctan(x) tal que

−∞< x < . Assim:

lim

x→∞

¯

F(xy) ¯

F(x) = limx→∞

1 2 −

1

π arctan(xy)

1 2 −

1

πarctan(x)

= 1 para θ= 0 e y1.

Vejamos a Figura1.5 que representa o gr´afico da cauda da distribui¸c˜ao Cauchy padr˜ao com os parˆametros α = 0 e β = 1.

(28)

Figura 1.6: Inclus˜ao das Subclasses

1.3

Aplica¸

oes

Nesta se¸c˜ao apresentamos trˆes aplica¸c˜oes, a primeira em modelo de ru´ına, a se-gunda em teoria de filas e a terceira em aloca¸c˜ao de capitais. Essas aplica¸c˜oes nos mostram situa¸c˜oes em que as vari´aveis aleat´orias pertencentes `a classe de cauda pesada est˜ao envolvidas como tamb´em as somas ponderadas aleat´orias. Atualmente existe uma ampla literatura envolvendo as somas ponderadas aleat´orias especialmente em seguros, finan¸cas e gest˜ao de riscos. Dentre v´arios autores que investigam o comportamento das somas ponderadas citamos Cline e Samorodnitsky [5], Tang e Tsitsiashvili [18] e [17], Cheng [4], Tang e Yuan [19], Yang [22] dentre outros.

1.3.1

Modelo de Ru´ına

(29)

Modelo I

O modelo de risco cl´assico ´e um processo de Poisson composto, desenvolvido por Lundberg-Cram´er no in´ıcio do s´eculo XX, usado para descrever a trajet´oria do super´avit de uma seguradora at´e um dado instante. Esse modelo, a tempo cont´ınuo, considera apenas o capital inicial, o recebimento de prˆemios (importˆancia paga pelos segurados pela contrata¸c˜ao do seguro) a uma taxa de entrada constante ao longo do tempo, e as indeniza¸c˜oes pagas aos segurados no momento em que os sinistros ocorrem. A reserva ou lucro da seguradora at´e um dado instantet, comt ≥0,´e dada pela seguinte express˜ao:

R(t) = x+ct

N(t)

X

i=1

Bi, (1.13)

onde:

• R(t) ´e o super´avit no instante t.

• x0 ´e o capital inicial da seguradora;

• c > 0 ´e a taxa fixa de prˆemios por unidade de tempo;

• {N(t)}t≥0 ´e um processo de Poisson com taxa de chegada λ >0 que expressa o

n´umero de indeniza¸c˜oes a serem pagas em um intervalo de tempo (0;t];

• B1, B2, ... s˜ao vari´aveis aleat´orias i.i.d., independentes de {N(t)}, e Bn denota o

valor do n-´esimo pedido de indeniza¸c˜ao.

Na Figura 1.7 apresentamos o gr´afico de uma trajet´oria de R(t).

Modelo II

Apresentamos agora a aplica¸c˜ao de uma empresa seguradora que utiliza as so-mas ponderadas proposta no artigo de Tang e Tsitsiashvili e que ´e abordada mais detalhadamente no trabalho de Santana [16].

(30)

Figura 1.7: Figura ilustrativa do super´avit de uma seguradora ao longo do tempo.

R0 =x, tal que x≥0

Rn =ξn·Rn−1+ (Wn−Zn), n= 1,2, ...

(1.14)

Denotamos as vari´aveis aleat´orias do seguinte modo:

• {Zn}n≥1 representa a quantia total das indeniza¸c˜oes pagas no per´ıodo (n−1, n);

• {Wn}n≥1 representa a quantia total dos prˆemios recebidos (n−1, n);

• {ξn}n≥1coeficiente de infla¸c˜ao, que representa o retorno do investimento realizado

no per´ıodo (n−1, n);

• {Zn, Wn}n≥1 s˜ao i.i.d. aos pares e s˜ao mutuamente independentes da sequˆencia {ξn}n≥1;

• {Rn}n≥1 representa o valor do capital da empresa no final de cada per´ıodon.

Assuma queP(ξn>0) = 1,para todo n≥1.

(31)

Ψ(x, n) =P

min

0≤m≤nRm <0|R0 =x

e Ψ(x) =P

min

m≥0Rm <0|R0 =x

.

Supondo uma estrutura de dependˆencia arbitr´aria para a sequˆencia {ξn}n≥1. Denote

Xn = Zn−Wn, vari´aveis aleat´orias i.i.d.’s. Desenvolvendo a equa¸c˜ao recursiva (1.14)

obtemos:       

R0 =x

Rn=R0

n

Y

i=1

ξi− n X k=1 Xk n Y

i=k+1

ξi, n = 1,2...

Considere Yn = ξn−1 o fator de desconto no per´ıodo (n −1, n). Denote por

∼ Rn os

valores descontados deRn, e s˜ao dados por

       ∼ R0=x

Rn=x− n X k=1 Xk k Y i=1

ξi, para n ≥1.

(1.15)

A probabilidade de ru´ına em quest˜ao neste problema ´e

Ψ(x, n) = P

min

0≤m≤n

∼ Rn<0|

∼ R0=x

, para n 1. (1.16)

Desenvolvendo a express˜ao (1.16), obtemos:

Ψ(x, n) = P max

1≤m≤n m X k=1 Xk k Y i=1

Yi > x

! ∼P m X k=1 Xk k Y i=1

Yi > x

!

.

Considerando θk = k

Y

i=1

Yi com 1≤k ≤n a probabilidade da ru´ına se reduz a:

Ψ(x, n) = P

m

X

k=1

Xkθk > x

!

(32)

A partir disto, o trabalho de Santana [16] utiliza resultados que permitem a obten¸c˜ao de aproxima¸c˜oes para Ψ(x, n) quando x → ∞ para os casos onde F ∈ S e

{ξn}n≥1 ´e limitada de alguma forma.

1.3.2

Teoria de Filas

Filas de espera em geral s˜ao encontradas nos lugares em que precisamos de servi¸cos prestados como em supermercados, hospitais ou lojas de conveniˆencia , ocasio-nando perda de tempo para os seus usu´arios e outros preju´ızos. Segundo Fraga [7], ”A Teoria de Filas ´e um ramo da ciˆencia que estuda o processo formador de filas a partir da modelagem anal´ıtica de processos em sistemas que resultam em espera”. Tem o objetivo de propor uma melhoria significativa para o atendimento dos clientes a fim de minimizar o tempo de espera nas filas. Abaixo vemos um exemplo bem simples de uma situa¸c˜ao em que a vari´avel de cauda pesada ´e utilizada para modelar uma fila com um ´

unico servidor. Neste processo assumimos que o crit´erio de atendimento ´e por ordem de chegada. Considere que

• As chegadas de clientes s˜ao de acordo com um processo de Poisson {Nt}t>0 com

taxa λ >0;

• {Ei}´e uma sequˆencia i.i.d. e representa o tempo entre ai-´esima e a (i+ 1)-´esima

chegada do cliente;

• {Bi} ´e uma sequˆencia i.i.d. e representa o tempo de atendimento do i-´esimo

cliente;

• {Xn} ´e uma sequˆencia i.i.d. expressa por Xn = n

X

i=1

Bi − n

X

i=1

Ei representa o

tempo de espera para ser atendido;

• {Wn} ´e o total de espera at´e a chegada do n-´esimo cliente.

Neste caso, a vari´avel aleat´oria em quest˜ao que assumimos ser de cauda pesada ´eXn,

pois quanto mais tempo o cliente espera para ser atendido, consequentemente torna-se maior a fila, e o que se espera ´e que possamos otimizar o m´aximo para que os clientes estejam satisfeitos.

(33)

Considere um cliente que necessita de assistˆencia t´ecnica den m´aquinas: Mn1, ...., Mnn

em s´erie, onde a m´aquinaMnj tem um tempo de servi¸co Wnj que ´e exponencialmente

distribu´ıdo com m´edia βj, 1≤j ≤ n, e onde os tempos de servi¸co {Wn1, ..., Wnn} s˜ao

independentes. Ent˜ao a soma dos{Wn1, ..., Wnn}representa o tempo total de servi¸co ao

cliente. Tome {Xnj},1≤j ≤n, n≥1,vari´aveis aleat´orias identicamente distribu´ıdas,

que s˜ao matrizes triangulares, onde X11 > 0 quase certamente e Xnj ´e independente

das {Wn1, ..., Wnn}.

InterpretandoXnj como a produ¸c˜ao da m´aquinaMnj por unidade de tempo de servi¸co,

a soma

Sn=

X

n≥1;1≤j≤n

WnjXnj

representa a produ¸c˜ao total para o cliente usando asn m´aquinas.

1.3.3

Aloca¸

ao de capitais

Sejam as vari´aveis aleat´orias a valores reais X1, X2, ...Xn independentes e

per-tencentes `a subclasse subexponencial, chamamos de vari´aveis aleat´orias prim´arias, e

θ1, θ2, ..., θn vari´aveis aleat´orias n˜ao-negativas que chamamos de pesos e s˜ao

indepen-dentes das vari´aveis aleat´orias prim´arias. A soma ponderadas de forma aleat´oria ´e dada a seguir:

Sn = n

X

i=1

θiXi. (1.18)

Agora, sejam as vari´aveis aleat´orias Z1, Z2, ..., Zn com a seguinte representa¸c˜ao

es-toc´astica,

Zi =θiXi, i= 1,2, ..., n, (1.19)

tal queZi representa o produto das vari´aveis aleat´orias prim´arias e os pesos aleat´orios

descritos acima.

Neste exemplo os pesos aleat´orios θ1, θ2, ..., θn s˜ao arbitrariamente dependentes

entre si, mas n˜ao necessariamente limitados.

Considere um investidor que investe em n linhas de neg´ocios. Cada linha i gera um potencial vari´avel com a perda l´ıquida Zi na forma de perda de lucro. Essas

(34)

em ambientes macroeconˆomicos semelhantes. Na representa¸c˜ao estoc´astica (1.19) em que, as vari´aveis aleat´orias X1, X2, ..., Xn s˜ao independentes com as suas respectivas

fun¸c˜oes de distribui¸c˜aoF1, F2, ..., Fn, enquanto os pesos aleat´oriosθ1, θ2, ..., θn s˜ao

n˜ao-negativos, n˜ao-degenerados no zero, e arbitrariamente dependentes uns dos outros, mas independentes das vari´aveis aleat´orias prim´arias, ent˜ao a soma aleat´oria ponderada em (1.18) representa a perda total.

Para alguns investidores regulamentados, tais como bancos ou companhias de seguros, uma reserva de capital de risco serve como uma almofada para protegˆe-los de grandes perdas. Nosso interesse ´e na aloca¸c˜ao do capital de risco para as linhas individuais.

Assumimos que cada vari´avel aleat´oria em (1.18) tem m´edia finita. De acordo com o princ´ıpio de Euler, mais informa¸c˜oes sobre isto ver Tasche [20], o montante de capital alocado na linhai ´e,

E[θiXi|Sn > x] =

E[θiXiI(Sn>x)]

P(Sn> x)

, i= 1, ..., n,

tal que x´e o valor de risco (VaR) de Sn, isto ´e,

x=V aRq[Sn] = inf{y ∈R:P(Sn≤y)≥q}, 0< q <1.

(35)

Cap´ıtulo 2

Resultados Preliminares e Lemas

Principais

Neste cap´ıtulo apresentamos resultados relevantes, a serem utilizados nas demons-tra¸c˜oes dos lemas principais, os quais proporcionam o embasamento te´orico necess´ario para esclarecer a demonstra¸c˜ao do Teorema de Yang. Este est´a presente no artigo base deste trabalho que tem por t´ıtulo “Asymptotic Tail Probability of Randomly Weighted Sums of Dependent Random Variables with Dominated Variation”.

Defini¸c˜ao 2.1. Seja X uma vari´avel aleat´oria e F a sua fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao. De-finimos e F¯∗ respectivamente por:

¯

F(y) = lim inf

x→∞

¯

F(xy) ¯

F(x) , ∀y >0 e (2.1) ¯

F∗(z) = lim sup

x→∞

¯

F(xz) ¯

F(x) , ∀z >0. (2.2)

Defini¸c˜ao 2.2. Seja uma vari´avel aleat´oria X a valores reais com fun¸c˜ao de distri-bui¸c˜aoF. Para todo y >0dizemos queJF+´e o ´ındice superior de Matuszewska definido por:

JF+ = lim

y→∞

log ¯F(y)

log(y) . (2.3)

Defini¸c˜ao 2.3. Seja uma vari´avel aleat´oria Y a valores reais com a fun¸c˜ao de distri-bui¸c˜aoG. Para todoz >0dizemos queJG´e o ´ındice inferior de Matuszewska definido por:

JG− =− lim

z→∞

log ¯G∗(z)

(36)

Mais informa¸c˜oes sobre os ´ındices de Matuszewska ver Bingham [3]. Segundo Wang e Tang [21], os ´ındices de Matuszewska quando finitos exercem um papel semelhante ao ´ındice α das fun¸c˜oes de varia¸c˜ao regular. Se ¯F ∈ R−α, temos que JF− = JF+ = y−α, e

seF ∈ VRE(−α,−β), ent˜ao α ≤JF−≤JF+≤β.

A proposi¸c˜ao a seguir nos mostra que existe uma rela¸c˜ao muito relevante entre o ´ındice superior de Matuszewska e a subclasse de varia¸c˜ao dominada que ´e utilizada em alguns resultados ao longo do texto. Omitiremos a prova deste fato, mas a demons-tra¸c˜ao pode ser encontrada em Bingham [3].

Proposi¸c˜ao 2.1. Seja X uma vari´avel aleat´oria com fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao F, temos queF ∈ D se, e somente se, o ´ındice superior de Matuszewska ´e finito.

2.1

Resultados Preliminares 1

At´e aqui apresentamos resultados que envolvem a fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao de uma vari´avel aleat´oria. A partir de agora trazemos defini¸c˜oes e resultados concernentes `a distribui¸c˜ao do produto de vari´aveis aleat´orias, pois estes resultados ser˜ao de extrema relevˆancia para a demonstra¸c˜ao do Teorema de Yang.

Proposi¸c˜ao 2.2. Seja F uma fun¸c˜ao positiva, se JF+ <, ent˜ao para todo α > JF+, existem constantes positivas M, N, tais que:

F(y)

F(x) ≤M

y

x

α

(yxN). (2.5)

Ver demonstra¸c˜ao em Bingham [3].

Defini¸c˜ao 2.4. Dizemos que F pertence `a subclasse de fun¸c˜ao de varia¸c˜ao O-regular denotada por OR, se para todoλ 1

0<F¯(λ)F¯∗(λ)<. (2.6)

Mais informa¸c˜ao sobre essa subclasse ver Bingham [3].

A partir de agora considere X e Y vari´aveis aleat´orias independentes, onde X

assume valores emRcom fun¸c˜ao distribui¸c˜aoF eY estritamente positiva com a fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao G. Escrevamos Z =XY e denotemos por H a fun¸c˜ao distribui¸c˜ao de

(37)

¯

H(x) =

Z ∞

0

¯

F(x/y)G(dy). (2.7)

Teorema 2.1. Sejam as vari´aveis aleat´orias X, Y e Z com as respectivas fun¸c˜oes de distribui¸c˜ao F, G e H.

i) Para F e G pertencentes `a subclasse de varia¸c˜ao O-R temos que

(JF−∧JG−)≤JH− ≤JH+ ≤(JF+∨JG+); (2.8)

ii) Se F ∈ D, ent˜ao H ∈ D;

iii) Se F ∈ D e G¯(t) = o( ¯H(bt)) para algum b >0, ent˜ao para cada λ >1,

¯

F(λ)≤H¯(λ)≤H¯∗(λ)≤F¯∗(λ); (2.9)

iv) Se F ∈ D e E(YJF++ǫ)< para algum ǫ >0, ent˜ao (2.9)´e v´alida e

0<E( ¯F(Y−1))lim inf

x→∞

¯

H(x) ¯

F(x) ≤lim supx→∞

¯

H(x) ¯

F(x) ≤E( ¯F

(Y−1))<

∞. (2.10)

Lema 2.2. Sejam as fun¸c˜oes de distribui¸c˜ao F, G e H como definidas anteriormente, ent˜ao para cada λ >1,

a)(λ)≥F¯(λ)∧G¯(λ).

b) H¯∗(λ)F¯∗(λ)G¯(λ) + 1

2F¯∗(λ)∧G¯∗(λ).

A demonstra¸c˜ao deste lema se encontra em Cline e Samorodnitsky [5].

Demonstra¸c˜ao do Teorema 2.1.

(i) Por defini¸c˜ao sabemos queJH−= lim

λ→∞

−log ¯H∗(λ)

logλ , pelo item (b) do Lema2.2, temos

que para quaisquerF e Ge para cada λ >1

¯

H∗(λ)( ¯F∗(λ)G¯∗(λ)) + 1/2( ¯F∗(λ)G¯∗(λ)).

(38)

log ¯H∗(λ)

log (λ) ≤

log[( ¯F∗(λ)G¯∗(λ)) + 1/2( ¯F(λ)G¯∗(λ))]

log(λ)

≤ log[(3/2)·(F∗(λ)∨G∗(λ))]

log(λ)

= log(3/2) log(λ) +

log[(F∗(λ)G(λ))]

log(λ) .

Aplicando o limite quandoλ → ∞

lim

λ→∞

−log ¯H∗(λ)

log (λ) ≥ λlim→∞

−log(3/2)

log(λ) + limλ→∞

−log( ¯F∗(λ)G¯∗(λ))

log(λ)

= lim

λ→∞

−log( ¯F∗(λ)G¯∗(λ))

log(λ) . (2.11)

Para obter a primeira desigualdade consideramos dois casos.

Caso (1): SeJFJG− e ambos s˜ao finitos, ent˜ao por defini¸c˜ao temos

lim

λ→∞−

log ¯F∗(λ)

logλ ≤λlim→∞−

log ¯G∗(λ)

logλ .

Isto implica que

lim

λ→∞

−log ¯F∗(λ) + log ¯G(λ)

logλ ≤0.

Assim

lim

λ→∞log

¯

G∗(λ)

¯

F∗(λ)

≤0.

Desta forma, paraλ suficientemente grande temos G¯¯∗(λ)

F∗(λ) ≤1, obtendo assim ¯G∗(λ)∨

¯

(39)

JH− = lim

λ→∞

−log ¯H∗(λ)

log(λ)

≥ lim

λ→∞

−log( ¯F∗(λ)G¯∗(λ))

log(λ)

≥ lim

λ→∞

−log ¯F∗(λ)

log(λ) = JF−.

Caso (2): SeJG− ≤JF− e ambos s˜ao finitos ent˜ao por defini¸c˜ao

lim

λ→∞−

log ¯G∗(λ)

logλ ≤λlim→∞−

log ¯F∗(λ)

logλ .

Isto implica que

lim

λ→∞

−log ¯G∗(λ) + log ¯F(λ)

logλ ≤0.

Assim

lim

λ→∞log

¯

F∗(λ)

¯

G∗(λ)

≤0.

Desta forma para λ suficientemente grande temos F¯¯∗(λ)

G∗(λ) ≤1, obtendo assim ¯F∗(λ)∨

¯

G∗(λ) = ¯G(λ). Unindo este resultado a (2.11) temos

JH− = lim

λ→∞

−log ¯H∗(λ)

log(λ)

≥ lim

λ→∞

−log( ¯F∗(λ)G¯∗(λ))

log(λ)

≥ lim

λ→∞

−log ¯G∗(λ)

log(λ) = JG−.

Dos casos (1) e (2) temos que,

JH

JF−, se JFJG− J−

G, se JG− ≤JF−

(40)

Note que para toda fun¸c˜ao de distribui¸c˜aoH temos queJHJH+.Para obter a ´ultima desigualdade basta utilizar o item (a) do Lema 2.2 e proceder de modo an´alogo `a demonstra¸c˜ao anterior.

(ii) Pela Proposi¸c˜ao2.1, para ver que H ∈ D basta que JH+ <. Primeiro provemos que JH+ ≤ JF+ no caso em queJF+ ´e finito, e consideremos JF+ < α, para algum α > 0. Note que se F ∈ D, ent˜ao F pertence `a subclasse de varia¸c˜ao O-R. Pelo Teorema da Representa¸c˜ao de fun¸c˜oes de varia¸c˜ao O-regular em Bingham [3] que esta enunciado no Apˆendice B, temos que

−log ¯F(t) =ηF(t) +

Z t

0

ςF(u)

u du, (2.12)

ondeηF ´e limitada eςF ≤α. Desde que ¯F seja mon´otona e limitada, podemos escolher

ςF eηF sendo n˜ao-negativas. Agora sejam as fun¸c˜oesρF(t) e ¯H0(t) dadas da seguinte

forma:

ρF(t) =

Z t

0

ςF(u)

u du e H¯0(t) =

Z ∞

0

e−ρF(t/y)G(dy).

Note que,

log ¯H(t) = log H¯¯(t)

H0(t)

+ log ¯H0(t)

= log H¯¯(t)

H0(t)

+

Z t

0

u·H¯′ 0(u)

u·H¯0

du.

Isto implica que,

−log ¯H(t) =log H¯¯(t)

H0(t)

+

Z t

0

−u·H¯′ 0(u)

u·H¯0(u)

du.

Considere ηH(t) = −log

¯

H(t) ¯

H0(t)

e ςH(t) = −

tH¯0′(t)

¯

H0(t)

, ambas s˜ao limitadas e ςH(t) ∈

[0, α],∀t≥0. Ent˜ao

−log ¯H(t) =ηH(t) +

Z t

0

ςH(u)

u du.

Provamos agora que

ςH(t) =

1 ¯

H0(t)

Z ∞

0

ςF(t)e−ρF(t/y)G(dy)∈[0, α].

(41)

Apˆendice B proveniente da Teoria da Medida, assim

ςH(t) = −

tH¯′ 0(t)

¯

H0(t)

=− ¯t

H0(t) ·

Z ∞

0

e−ρF(t/y)G(dy)

= − ¯t

H0(t)·

Z

0

(e−ρF(t/y))G(dy)

= − ¯t

H0(t)·

Z

0

(−ρF(t/y))′ ·e−ρF(t/y)G(dy)

= ¯t

H0(t) ·

Z

0

(1/y)· ςF(t/y) (t/y) e

−ρF(t/y)G(dy)

= ¯1

H0(t) ·

Z ∞

0

ςF(t/y)·e−ρF(t/y)G(dy)

.

E mais,

ςH(t) =

1 ¯

H0(t)·

Z ∞

0

ςF(t/y)·e−ρF(t/y)G(dy)

¯1

H0(t)·

Z

0

α·e−ρF(t/y)G(dy)

= α·

R∞

0 e−

ρF(t/y)G(dy)

R∞

0 e−ρF(t/y)G(dy)

= α.

Sendo assim temos que H satisfaz a representa¸c˜ao para OR para JH+ α. Uma vez que α pode ser escolhido `a vontade em (JF+,). Conclu´ımos que JH+ JF+ <, isto ´e, H ∈ D.

(iii) Se F ∈ D, pelo item anterior j´a sabemos que H ∈ D. Por hip´otese, temos que ¯

G(t) = o( ¯H(bt)), para algum b > 0. Provemos que ¯H∗(λ) F¯∗(λ), para isto fixemos λ > 0 e escolha um t0 > 0 suficientemente grande tal que ¯F(λt) ≤ (1 +ε) ¯F∗(λ) ¯F(t)

para tt0 e para qualquer ε >0.Escolha agora t1 > t0 tal que ¯G(t/t0)≤εH¯(t) para

tt1. Em seguida, para tal t,

¯

H(λt) =

Z ∞

0

¯

F(λt/y)G(dy)

=

Z t/t0

0

¯

F(λt/y)G(dy) +

Z ∞

t/t0

¯

F(λt/y)G(dy)

Z t/t0

0

¯

F(λt/y)G(dy) +

Z ∞

t/t0

(42)

continuando com o mesmo racioc´ınio

Z t/t0

0

¯

F(λt/y)G(dy) +

Z ∞

t/t0

G(dy) =

Z t/t0

0

¯

F(λt/y)G(dy) + 1G(t/t0)

=

Z t/t0

0

¯

F(λt/y)G(dy) + ¯G(t/t0)

≤ (1 +ε) ¯F∗(λ)

Z t/t0

0

¯

F(t/y)G(dy) +εH¯(t)

≤ (1 +ε) ¯F∗(λ)

Z ∞

0

¯

F(t/y)G(dy) +εH¯(t)

= (1 +ε) ¯F∗(λ) ¯H(t) +εH¯(t) = [(1 +ε) ¯F∗(λ) +ε] ¯H(t).

Fazendoε0 e depois aplicando o limite superior em ambos os lados obtemos,

lim sup

t→∞

¯

H(λt) ¯

H(t) ≤F¯

(λ) H¯(λ)F¯(λ).

Temos tamb´em, para todoλ >0,que ¯H(λ)≥F¯(λ).

(iv) Por hip´otese F ∈ D e E(YJF++ε)<para algum ε >0.Sejap(J+

F, JF++ε). As

seguintes afirma¸c˜oes abaixo s˜ao verdadeiras:

a) lim

t→∞t

pG¯(t) = 0

b) lim

t→∞t

pF¯(t) =.

De fato, para mostrar o item a) basta usar a desigualdade de Markov da seguinte forma,

P(Y > t)≤ E(Y

(JF++ε))

t(JF++ε) ⇒t

pP(Y > t)tpE(Y(J

+ F+ε))

t(JF++ε) =

E(Y(JF++ε))

t(JF++ε)−p .

Aplicando o limite comt → ∞, obtemos lim

t→∞t

pG¯(t) = 0.

Para mostrar o item b) basta usarmos o item b) do Lema 2.7, provamos na Se¸c˜ao 2.3, que afirma que se F ∈ D, ent˜ao para todo p > JF+ temos que t−p = o( ¯F(t)), logo

tpF¯(t)→ ∞,ou seja, lim t→∞t

pF¯(t) =

∞.

(43)

¯

G(t) =o[ ¯F(bt)], b >0, (2.13)

pois

¯

G(t) ¯

F(bt) =

tpbpG¯(t)

tpbpF¯(bt) =

¯

G(t) ¯

F(bt).

Usando este resultado, conseguimos mostrar que ¯G(t) =o[ ¯H(bt)],b >0. De fato,

0 lim

t→∞

¯

G(t) ¯

H(bt) = limt→∞

¯

G(t)

R∞

0 F¯(bt/y)G(dy)

= lim

t→∞

¯

G(t)/F¯(bt)

R∞

0 F¯(bt/y)/F¯(bt)G(dy) ≤ lim

t→∞

¯

G(t) ¯

F(bt) · 1

1G(1), com G(1)6= 1 = 0,

caso G(1) = 1 ter´ıamos que JG+ e JG− seriam nulos , o que n˜ao ´e interessante para este resultado. Ou ter´ıamos que a fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao G seria de cauda leve o que seria um absurdo, portantoG(1) 6= 1.

Segue assim do item (iii) deste mesmo teorema que (2.9) ´e satisfeita. Provamos a partir daqui a express˜ao (2.10). Usando a Defini¸c˜ao A.9 do Apˆendice A obtemos que

E( ¯F(1/Y)) =E

lim inf

x→∞

¯

F(xy) ¯

F(x)

>0.

Agora vamos obter a pr´oxima desigualdade. Temos do Lema de Fatou

E( ¯F(Y−1)) =

Z ∞

0

¯

F(1/y)G(dy)

= Z ∞ 0 lim inf t→∞ ¯

F(t/y) ¯

F(t) G(dy)

≤ lim inf

t→∞

Z ∞

0

¯

F(t/y) ¯

F(t) G(dy)

= lim inf

t→∞

¯

H(t) ¯

(44)

Sabemos que o limite inferior ´e sempre menor ou igual que o limite superior, sendo assim ´e imediato que,

lim inf

t→∞

¯

H(t) ¯

F(t) ≤lim supt→∞

¯

H(t) ¯

F(t).

Para obter a desigualdade seguinte tomamost t0,

¯

H(t) =

Z ∞

0

¯

F(t/y)G(dy) =

Z 1

0

¯

F(t/y)G(dy) +

+

Z t/t0

1

¯

F(t/y)G(dy) +

Z ∞

t/t0

¯

F(t/y)G(dy)

Z 1

0

¯

F(t/y)G(dy) +

Z t/t0

1

¯

F(t/y)G(dy) + ¯G(t/t0).

Isto implica que

¯

H(t) ¯

F(t) ≤

Z 1

0

¯

F(t/y) ¯

F(t) G(dy) +

+

Z t/t0

1

¯

F(t/y) ¯

F(t) G(dy) + ¯

G(t/t0)

¯

F(t) .

Na equa¸c˜ao (2.13) se tomarmosb=t0 obtemos ¯G(t/t0) = o( ¯F(t)). Utilizando este fato,

aplicando o limite superior comt→ ∞juntamenente com o Lema de Fatou temos que

lim sup

t→∞

¯

H(t) ¯

F(t) ≤ lim supt→∞

Z 1

0

¯

F(t/y) ¯

F(t) G(dy) +

+ lim sup

t→∞

Z t/t0

1

¯

F(t/y) ¯

F(t) G(dy) + lim supt→∞

¯

G(t/t0)

¯

F(t)

≤ Z 1 0 lim sup t→∞ ¯

F(t/y) ¯

F(t) G(dy) +

+

Z t/t0

1

lim sup

t→∞

¯

F(t/y) ¯

F(t) G(dy).

(45)

lim sup

t→∞

¯

H(t) ¯

F(t) ≤

Z 1

0

¯

F∗(t/y)G(dy) +

Z t/t0

1

¯

F∗(t/y)G(dy)

Z t/t0

0

¯

F∗(t/y)G(dy)

Z ∞

0

¯

F∗(t/y)G(dy)

= E[ ¯F∗(1/Y)]<.

Finalmente para encontrar a ´ultima desigualdade, utilizaremos a Desigualdade (3.2) em Cline e Samorodnitsky [5]. Assim, para qualquerε′

∈(0, ε), existe C < e t0 tal

que

¯

F(t/y) ¯

F(t) ≤

(

CyJ− F−ε

se y ≤1, t≥t0

CyJF++ε′ se 1< yt/t

0, t≥t0.

Assim para t > t0 temos ¯F∗(t/y) ≤ C{y(J + F+ε

) y(J− F+ε

)}. Deste modo, temos

E[ ¯F∗(Y−1)]<. Com efeito,

E[ ¯F∗(1/Y)] =

Z ∞

0

¯

F∗(t/y)G(dy)

Z ∞

0

C· {y(JF++ε ′

)

∨y(JF−−ε ′

)

}G(dy)

= C·

Z ∞

0

y(JF++ε ′

)G(dy)

= C·E[Y(JF++ε ′

)]<.

Concluindo assim a nossa demonstra¸c˜ao.

Lema 2.3. Considere o produto Z = XY. Se F ∈ L e G¯(x) = o( ¯F(cx)) para algum

0< c <, ent˜ao H ∈ L.

Demonstra¸c˜ao. Vamos considerar dois casos, o primeiro em que a v.a. Y ´e limitada e o outro em que ela n˜ao ´e limitada.

Caso (1): Y ´e limitada.

(46)

e P(0< Y¯ ≤a)

G(a) ≤ε.

Provamos primeiro que ¯G(a) > 0. De fato, suponhamos por contradi¸c˜ao que ¯

G(a) = 0 desta forma ter´ıamos que P(Y > an) = 0 com 0 < an= 1/n <1 e para todo

n∈N, ent˜ao

lim

n→∞P(Y > an) = 0⇒P(Y >0) = 0⇒Y = 0,

o que ´e um absurdo, a v.a. Y ´e estritamente positiva. Vamos verificar tamb´em que

P(0< Y ≤a) ¯

G(a) ≤ε,

P(0< Y a))

P(Y > a) =

P(Y a)

P(Y > a) =

P(Y a) ¯

G(a) .

Aplicando o limite quandoa0, j´a que ¯G(a)>0,obtemos

lim

a→0

P(0< Y ≤a) ¯

G(a) = lima→0

P(Y ≤a)

P(Y > a) = 0.

Vamos agora verificar algumas desigualdades que ser˜ao utilizadas ao longo desta de-monstra¸c˜ao.

(1.a) Note que, para 0< a < 1 suficientemente pequeno, x >0 e t > a temos

x+ 1

ta ≤ x

t +

1

a.

De fato, sabemos que t2a2x2at0 partindo disto temos

tax+tatax+t2a2xat

Assim,

x+ 1

ta ≤

xa+t ta

x+ 1

ta ≤ x

t +

1

a.

Aplicando ¯F obtemos

¯

F

x+ 1

ta

≥F¯

x t +

1

a

, (2.14)

(47)

(1.b) Mostramos que Z M a ¯ F x t + 1 a

G(dt)

Z M

0

¯

F x t

G(dt)

Z a

0

¯

Fx t

G(dt). (2.15)

ComoF ∈ L, temos por defini¸c˜ao que

lim

x→∞

¯

F(x/t+ 1/a) ¯

F(x/t) = 1,

isto implica que∀ε >0,∃M > 0 com x > M tal que

(1−ε)·F¯(x/t)≤F¯(x/t+ 1/a)≤(1 +ε)·F¯(x/t).

Aplicando a integral nas desigualdades acima conclu´ımos

(1ε)·

Z M

a

¯

F(x/t)G(dt)

Z M

a

¯

F(x/t+ 1/a)G(dt)

≤ (1 +ε)·

Z M

a

¯

F(x/t)G(dt).

Portanto temos

Z M

a

¯

F(x/t+ 1/a)G(dt) ∼

Z M

a

¯

F(x/t)G(dt)

=

Z M

0

¯

F x t

G(dt)

Z a

0

¯

Fx t

G(dt).

(1.c) Provemos que

Z M

0

¯

F(x/t)G(dt)

Z a

0

¯

F(x/t)G(dt)H¯(x)·

"

1

Ra

0 F¯(x/t)G(dt)

RM

a F¯(x/t)G(dt)

#

. (2.16)

Com efeito,

¯

H(x) =

Z ∞

0

¯

F(x/t)G(dt)

Z M

a

¯

F(x/t)G(dt),

isto implica que

¯

H(x)

RM

a F¯(x/t)G(dt)

(48)

⇒ −H¯(x)·

Ra

0 F¯(x/t)G(dt)

RM

a F¯(x/t)G(dt)

≤ −

Z a

0

¯

F(x/t)G(dt)

⇒ H¯(x) H¯(x)·

Ra

0 F¯(x/t)G(dt)

RM

a F¯(x/t)G(dt)

≤H¯(x)

Z a

0

¯

F(x/t)G(dt)

⇒ H¯(x)·

"

1−

Ra

0 F¯(x/t)G(dt)

RM

a F¯(x/t)G(dt)

#

≤H¯(x)−

Z a

0

¯

F(x/t)G(dt).

Assim,

¯

H(x)·

"

1−

Ra

0 F¯(x/t)G(dt)

RM

a F¯(x/t)G(dt)

#

≤ H¯(x)−

Z a

0

¯

F(x/t)G(dt)

=

Z ∞

0

¯

F(x/t)G(dt)−

Z a

0

¯

F(x/t)G(dt)

=

Z M

0

¯

F(x/t)G(dt) +

Z ∞

M

¯

F(x/t)G(dt)

Z a

0

¯

F(x/t)G(dt)

Z M

0

¯

F(x/t)G(dt)

Z a

0

¯

F(x/t)G(dt)

+

Z ∞

M

G(dt)

Z M

0

¯

F(x/t)G(dt)

Z a

0

¯

F(x/t)G(dt)

+ G(∞)−G(M)

Z M

0

¯

F(x/t)G(dt)−

Z a

0

¯

F(x/t)G(dt).

Como quer´ıamos demonstrar.

(1.d) Provamos que

1

Ra

0 F¯(x/t)G(dt)

RM

a F¯(x/t)G(dt)

≥1 F¯(x/a¯)·P(0< Y ≤a)

(49)

Parat < a, isto implica que ¯F(x/t)<F¯(x/a), assim

Z a

0

¯

F(x/t)G(dt)

Z a

0

¯

F(x/a)G(dt)

≤ F¯(x/a)[G(a)G(0)] = F¯(x/a)[P(0< Y a)].

Logo

Z a

0

¯

F(x/t)G(dt)≥ −F¯(x/a)·P(0< Y ≤a). (2.18)

Parat > a, isto implica que ¯F(x/t)>F¯(x/a), ent˜ao

Z M

a

¯

F(x/t)G(dt)

Z M

a

¯

F(x/a)G(dt)

= F¯(x/a)

Z M

a

G(dt)

= F¯(x/a)(1−G(a)) = F¯(x/a) ¯G(a).

Temos assim que

1

RM

a F¯(x/t)G(dt)

¯ 1

F(x/a) ¯G(a). (2.19)

Unindo as express˜oes (2.18) e (2.19) obtemos

1

Ra

0 F¯(x/t)G(dt)

RM

a F¯(x/t)G(dt)

≥ 1

Ra

0 F¯(x/a)G(dt)

¯

F(x/a)·G¯(a)

≥ 1− F¯(x/a¯)·P(0< Y ≤a)

F(x/a)·G¯(a) .

Agora sabendo queF ∈ L, parax >0 e utilizando todos os itens acima vamos mostrar que

¯

(50)

Desta forma

¯

H(x+ 1) =

Z ∞

0

¯

F

x+ 1

y

G(dy)

= Z ∞ a ¯ F

x+ 1

t−a

G(dt)

≥ Z M a ¯ F

x+ 1

ta

G(dt) de (2.14)

≥ Z M a ¯ F x t + 1 a

G(dt) de (2.15)

Z M

0

¯

F x t

G(dt)−

Z a

0

¯

F x t

G(dt) de (2.16)

≥ H¯(x)·

"

1

Ra

0 F¯(x/t)G(dt)

RM

a F¯(x/t)G(dt)

#

de (2.17)

≥ H¯(x)·

1− F¯(x/a¯)P(0< Y ≤a)

F(x/a) ¯G(a)

= H¯(x)·

1− P(0< Y¯ ≤a)

G(a)

≥ (1ε)·H¯(x).

Conclu´ımos que lim

x→∞

¯

H(x+ 1) ¯

H(x) ≥1, e como limx→∞

¯

H(x+ 1) ¯

H(x) ≤1, pois ¯H(x+ 1)≤H¯(x), ent˜ao H ∈ L.

Caso(2): Y ´e ilimitada.

Dizemos que Y ´e ilimitada quando ¯G(x) > 0 para todo x ∈ R. Segundo [5] no item (iii) do Teorema 2.2 afirma que: se F ∈ D e ¯G(x) = o( ¯H(bx)),b > 0, ent˜ao H ∈ L.

Ent˜ao basta provar que ¯G(x) =o( ¯H(bx)),b >0. Note que

1 ¯

H(bx) ≤

1

R∞

b/cF¯(bx/t)G(dt)

,

de fato,

¯

H(bx) =

Z ∞

0

¯

F(bx/t)G(dt)

=

Z b/c

0

¯

F(bx/t)G(dt) +

Z ∞

b/c

¯

F(bx/t)G(dt)

Z ∞

b/c

¯

Imagem

Figura 1.2: Gr´afico da distribui¸c˜ao Cauchy x normal
Figura 1.3: Figura da cauda da distribui¸c˜ao Weibull
Figura 1.4: Gr´afico da distribui¸c˜ao Pareto
Figura 1.5: Gr´afico da cauda da distribui¸c˜ao Burr
+5

Referências

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