ASPECTOS DO TEMPO CIRCULAR DE CEM ANOS PE SOLWÂO
Luiz Canloò FERNAWPES*
A n a r r a t i v a f i c c i o n a l de G a b r i e l G a r c i a Marquez p a r t i c i p a do c o n j u n t o de obras que i n o vam a ficção hispano-americana em meados do sécu l o , ao e s t a b e l e c e r relações de maior p r o x i m i d a d e e n t r e a linguagem literária e o c o n t e x t o régio n a l profundamente v i n c u l a d o a uma r e a l i d a d e míti ca, de difícil assimilação p e l a tradição c u l t u r a l do O c i d e n t e . Procuramos, n e s t e t r a b a l h o , a p o n t a r p r o c e d i m e n t o s do e s t a t u t o f i c c i o n a l de
Cem Anoò de Solidão que o aproximam do pensa mento mítico v i g e n t e em sociedades p r i m i t i v a s de arquétipos.
O ESPAÇO MÍTICO DA FICÇÃO
nha de Macondo c o n s t i t u e m o e i x o que se expande em círculos concêntricos para " a b e r t u r a s " e transcendência do espaço p r o f a n o . Em r e d o r desse espaço, há uma espécie de cordão de i s o l a m e n t o em relação ao e x t e r i o r , b a r r e i r a para a inserção de Macondo no c o n t e x t o histórico, espaço i n f o r me que p r e n u n c i a as desgraças da a l d e i a ; a mata espessa é um l u g a r mítico onde José Arcádio Buendia vivência o sonho f r u s t r a d o de c o l o c a r a comunidade em c o n t a t o com os " i n v e n t o s humanos":
" . . . paraíso de umidade e s i l ê n c i o , a n t e r i o r ao pe
cado o r i g i n a l . . . um u n i v e r s o de pesadelo onde,
durante mais de dez d i a s , nao voltaram a v e r o
s o l . . . onde o mundo se tornou t r i s t e para sem
pre . . . " ( 2 , p. 17)
desencadeador da solidão que impulsionará os Buendia para o t r a n s c e n d e n t a l . O traçado das ruas e a disposição das casas são determinados p e l o f u n d a d o r , de modo t a l que t o d o s possam usu
f r u i r das águas do r i o e da l u z do s o l em harmo n i a , p r e c e i t o s i m i l a r ao que f a z i a os a n t i g o s i m i t a r e m a ordenação do cosmos na disposição de suas moradias e c i d a d e s ; a casa de sua família, p r i m e i r a no l u g a r e j o , é o modelo para as demais que são construídas.
O s o l a r dos Buendia é uma espécie de templo i d e a l i z a d o para a " a b e r t u r a " na r e a l i d a d e ilusó r i a do mundo p r o f a n o , a d e s c o n t i n u i d a d e para acesso ao mundo das d i v i n d a d e s .
No pátio e x t e r n o têm l u g a r comunicações com o que está "no a l t o " , m a t e r i a l i z a d a s nas l e v i t a ções de Remédios e do padre N i c a n o r Reina. Do t r o n c o do c a s t a n h e i r o , onde está amarrado desde que f o i c o n s i d e r a d o demente p e l o s f a m i l i a r e s , o p a t r i a r c a José Arcádio c o n t e s t a , em L a t i m , a de monstração m i r a c u l o s a do padre como prova da existência de Deus: a i n t i m i d a d e com forças so b r e n a t u r a i s já terão c o n f e r i d o a e l e s a b e d o r i a s u f i c i e n t e p a r a r e p u d i a r o b l e f e de t a l dogmatis mo. É a i n d a no pátio que o f i l h o n a s c i d o da r e l a
Babilônia e sua t i a Amaranta, é devorado p e l a s f o r m i gas, ocasião em que s i n c r o n i z a m - s e em s i m u l t a n e i dade incomparável passado e f u t u r o , anunciados p e l a voz i m o r t a l dos pergaminhos, no momento exa t o da decifração de sua epígrafe:
" . . . o primeiro da e s t i r p e (José A r c á d i o Buendia)
e s t á amarrado numa árvore e ao ú l t i m o as formigas
e s t ã o comendo . . . " ( 2 , p. 324)
0 b a n h e i r o é espaço para transgressões de t a b u s , bem como regressões míticas ao pecado en dogãmico. Remédios, a b e l a , banha-se aí demorada mente, o p o r t u n i d a d e para e n c o n t r o s f u r t i v o s com Maurício Babilônia. É também onde o José Arcádio que e s t a v a d e s t i n a d o a s e r Papa promove encon t r o s l i c e n c i o s o s semelhantes a c e r t o s r i t u a i s o r giásticos de purificação mítica; o u t r a s vezes, devaneando, é a l i que se perde em lembranças i n cestuosas dos c a r i n h o s da t i a .
territórios d e s a b i t a d o s e t r a v a r relações com seres esplêndidos, sem necessidade de abandonar seu g a b i n e t e ..." ( 2 , p. 1 1 ) . Nesse l u g a r será instalado o laboratório de d a g u e r r e o t i p i a , no q u a l José Arcádio Buendia tentará r e g i s t r a r a imagem de Deus, a f i m de acabar com as polêmicas sobre a existência d i v i n a . A d e f i n i t i v a beatífic cação do q u a r t o o c o r r e formalmente no r i t u a l que se segue à morte física de Melquíades; após reve l a r t e r f i n a l m e n t e alcançado a e t e r n i d a d e , o ve l h o c i g a n o manda que se queime mercúrio a l i , du r a n t e três d i a s , a p a r t i r do que o cômodo f i c a t r a n s f o r m a d o em templo sagrado para a b r i g a r os o n i s c i e n t e s pergaminhos. M u i t o tempo d e p o i s , quando um grupo de d e s o r d e i r o s o i n v a d e , pondo em r i s c o a i n t e g r i d a d e dos m a n u s c r i t o s , intervém uma força p r o t e t o r a invisível que os f a z lev^L t a r , como que para r e i t e r a r a exemplaridade des se território cósmico r e s e r v a d o para " a b e r t u r a s " à transcendência.
OS SINAIS DE FORÇAS DA NATUREZA
mais.dramáticos, como a chuva de f l o r e s amare l a s que c a i na n o i t e em que morre o fundador José Arcádio, c o b r i n d o o pátio numa densa cama da- Outras vezes, serve para c o n f i r m a r pressa g i o s , como o de A u r e l i a n o a i n d a menino a n t e c i p a n do a queda de uma panela que está sobre o fogão
(2, p. 2 0 ) ; ou o do índio Manaure que chega à a l d e i a para os " f u n e r a i s do r e i " , no e x a t o i n s t a n t e em que o p a t r i a r c a José Arcádio Buendia ess tá ã morte ( 2 , p. 1 1 6 ) .
sem passado" ( 2 , p. 4 2 ) .
A desmemoriada Rebeca é t r a z i d a aos Buendia para escapar da "doença da insónia" e p r a t i c a o hábito da g e o f a g i a , ânsia telúrica que denuncia o r e t r o c e s s o a uma condição a n i m a l a n t e r i o r , r e s quício dos tempos p r i m o r d i a i s da humanidade. A exagerada f e r t i l i d a d e dos animais c r i a d o s p o r A u r e l i a n o Segundo e P e t r a Cotes p a r t i c i p a desse
j o g o de interferências da n a t u r e z a nos d e s t i n o s humanos, como uma espécie de compensação à ausên c i a de f i l h o s no e n v o l v i m e n t o p a s s i o n a l i n f e c u n do que os aproxima.
PRESENÇAS DA SOLIDÃO E DA MORTE
A forma de enunciação de Cem Ano* de Soli
dão, apoiada em c o n s t a n t e s antecipações e r e t r o cessos, g a r a n t e a sugestão de um p r e s e n t e e t e r n o predominante, já desde as p r i m e i r a s l i n h a s da n a r r a t i v a que, a p a r t i r do passado, propõe uma prospeção do f u t u r o :
"Muitos anos d e p o i s , f r e n t e ao p e l o t ã o de fuzilamen
t o , o c o r o n e l A u r e l i a n o Buendia h a v i a de r e c o r d a r
aquela tarde remota em que seu p a i o levou para co
A obra é constituída de v i n t e p a r t e s , con tendo as dez últimas uma retomada das dez p r i m e i r a s , mas segundo uma dinâmica de r i t m o i n v e r s o , c u j a culminância na extinção da e s t i r p e fami l i a r remete â p o s s i b i l i d a d e de r e e n c o n t r o com o estado i n i c i a l de suas o r i g e n s remotas. T a l f o r ma de enunciação evoca procedimentos de socieda des arquetípicas estudadas p o r M i r c e a E l i a d e (1) , que r e p e t i a m em r i t u a i s c e r t o s gestos paradigma t i c o s , buscando p r o v o c a r "paradas" no tempo e os s i n a i s de sua abolição. Em suas f e s t a s religió sas, mais que a mera celebração de c o l h e i t a s , cu r a s , g u e r r a s e expedições, tentavam p r o v o c a r "pa r a d a s " na c r o n o l o g i a de suas realizações e con q u i s t a s para que os arquétipos fossem r e a v i v a dos.
f r i d o a n t e s o c a s t i g o de g e r a r uma criança com "rabo de p o r c o " .
A mesma disposição solitária dos Buendia se r e p e t e no comportamento dos demais moradores de Macondo, que, e n c e r r a d o s nos l i m i t e s e s t r e i t o s da r e a l i d a d e mais próxima, repelem com i n d i f e r e n ça as novidades que l h e s chegam do e x t e r i o r . Mas a introversão dos Buendia, denunciada na r e p u l s a às c o i s a s p r o s a i c a s do c o t i d i a n o , r e s i s t e até a q u a l q u e r r e l a c i o n a m e n t o c o n s i s t e n t e e duradouro mesmo com e l e s : a essa e s t i r p e f a m i l i a r , conde nada ao a f a s t a m e n t o dos o u t r o s homens, apenas r e s t a a companhia dos mortos que povoam sua casa sem cerimônias. O fundador José Arcádio t o r n a - s e íntimo do fantasma de Prudêncio A g u i l a r , a quem matou num d u e l o , e de quem e s c u t a as confidên
c i a s q u e i x o s a s sobre "os t e d i o s o s domingos da m o r t e " ( 2 , p. 1 2 8 ) . Mesmo d e p o i s de m o r t o , Melquíades permanece na casa, p o i s a l e g a não su
p o r t a r a "solidão da morte" ( 2 , p. 4 6 ) . No l a r dos Buendia, território do sagrado, solidão e morte assumem uma dimensão c o i n c i d e n t e e que não a t e m o r i z a : o d e s a f i o mais terrível é aquele suge r i d o p e l a "peste da insónia", o da anulação da i d e n t i d a d e c o l e t i v a provocada p e l o esquecimento.
(3, p. 73) t r a t a dos d o i s estágios da morte em Cem Anoi> de. Solidão : o da solidão, que e x p l i c a a f a m i l i a r i d a d e dos Buendia com o mundo sobrena t u r a l , e o da morte p e l o esquecimento. E s t a últi ma forma de morte pode s e r experimentada até pe l o s v i v o s , como o c o r r e com Úrsula Buendia na b r i n c a d e i r a dos n e t o s que simulam tomá-la por m o r t a , apesar de seus p r o t e s t o s ( 2 , p. 2 6 8 ) .
O TEMPO REATUALIZADO PELAS REPETIÇÕES
Segundo os v a l o r e s de sociedades p r i m i t i v a s estudadas p o r E l i a d e , o esquecimento do passado corresponde ã perda de s i mesmo, o que é a v e r d a d e i r a m o r t e . Xamãs e i o g u i s , em suas t r a n s m i g r a ções ao passado, buscavam r e c u p e r a r as f o n t e s do p r e s e n t e , paradigma de t o d a sua c o n d u t a ; do co-nhecimento d e l a s é que p r o v i n h a seu domínio mág_i co sobre as c o i s a s . Para os a n t i g o s , o grande d e s a s t r e a s e r e v i t a d o é a perda da "memória co
A veiculação dessas regressões aos tempos o r i g i n a i s da e s t i r p e e n t r e os Buendia é p r o p o r c i o n a d a p e l o domínio da e s c r i t a e de conhecimen t o s t r a n s m i t i d o s p e l o sábio Melquíades. Nos p e r gaminhos legados p o r e l e estão e s c r i t a s as cha ves para o conhecimento das o r i g e n s da família, f o n t e s de s a b e d o r i a e poder para m a n i p u l a r o mi t o em que estão enredados. 0 j o g o n a r r a t i v o sub mete ao " e t e r n o r e t o r n o " seres que são motivados p e l o s mesmos sonhos, mesmas esperanças, tabus e medos: repetem-se os f u z i l a m e n t o s de homens im petuosos como Arcádio e o C o r o n e l A u r e l i a n o , e as tentações de i n c e s t o para as t i a s s e d u t o r a s Amaranta e Amaranta Ürsula. A antiquíssima O r s u l a Buendia mantém-se lúcida para r e v e l a r o c u r s o das c o i s a s :
" I s s o eu j á s e i de cabeça . . . É como se o tempo des;
se v o l t a s em c í r c u l o e t i v é s s e m o s voltado ao p r i n
cípio" ( 2 , p . 1 5 7 ) ,
Nos r e t r o c e s s o s n a r r a t i v o s enunciam-se s e l e t i v a m e n t e i n s t a n t e s c r u c i a i s para o d e s t i n o das personagens p r o t a g o n i s t a s , como nas p r i m e i r a s l i nhãs que s i n t e t i z a m momentos v i t a i s do p e r c u r s o do c o r o n e l A u r e l i a n o . 0 modo de e s c r i t u r a apre senta-se i g u a l m e n t e comprometido com o r e c u r s o aos r e t r o c e s s o s que, como num r i t u a l , vão escre vendo o m i t o . Na s i m e t r i a e s p e c u l a r do romance r e f l e t e m - s e os e s c r i t o s dos pergaminhos que con têm a história t o t a l da família; seu formato f a z lembrar a "máquina da memória" que o p i o n e i r o José Arcádio t e n t a c o n s t r u i r p a r a nunca esqüe c e r as m a r a v i l h a s t r a z i d a s p e l o s c i g a n o s e, mais p r e t e n s i o s o d e p o i s , para r e g i s t r a r todos os co-nhecimentos humanos ( 2 , p. 4 5 ) .
O DESGASTE DO EIXO: FIM DO CICLO
de sua aspiração a transcendência, c o n f e r e a e l e s um p e r f i l icônico. A diferença e n t r e A r c a
d i o s e A u r e l i a n o s , nomes r e c o r r e n t e s na histó r i a , f i c a apenas na maior disposição d e s t e s para a introversão e daqueles para o a r r e b a t a m e n t o : nenhum escapa do l a b i r i n t o inevitável da solidão da espécie. Ãs mulheres cabe e s t a r r e a v i v a n d o a ânsia de transgressão, ou exercendo a l u c i d e z de comando e q u i l i b r a d o r a das ações visionárias dos homens.
A trajetória do C o r o n e l A u r e l i a n o c o n f i g u r a uma síntese dos descaminhos da solidão: sua v i da de a v e n t u r a s , em que promove inúmeras guer r a s , rebeliões e e n f r e n t a m e n t o dos poderosos, tornando-se quase um herói n a c i o n a l , d e p o i s de g e r a r dezessete f i l h o s , t e r m i n a melancólica no i s o l a m e n t o na casa da família, ocupado em f u n d i r e r e f u n d i r p e i x i n h o s dourados, num "círculo v_i c i o s o e x a s p e r a n t e " ( 2 , p. 1 6 1 ) . D e s i l u d i d o da p r o x i m i d a d e humana e da política de " l i b e r a i s " e "conservadores" ("... a única diferença e n t r e l i b e r a i s e conservadores é que os l i b e r a i s vão à missa das c i n c o e os conservadores vão â missa das o i t o ..." ( 2 , p. 1 9 3 ) , tem um f i n a l insignjL
do q u i n t a l e e n c o n t r a seu corpo rodeado de u r u bus, "... a cabeça e n t r e os ombros, como um f r a n guinho ..." ( 2 , p. 2 1 1 ) .
No f i n a l das g u e r r a s , Macondo conhece o au ge de seu d e s e n v o l v i m e n t o econômico, com a chega da da e s t r a d a - d e - f e r r o e a instalação da compa n h i a m u l t i n a c i o n a l b a n a n e i r a . Começa, então, seu declínio, com a devastação de r e c u r s o s n a t u r a i s e as injustiças de forças e x t e r n a s sendo a s s i s t i d a s p e l o s moradores amordaçados em seu pecu l i a r i s o l a m e n t o , i m p o t e n t e s para r e a g i r . Suce dem-se a r b i t r a r i e d a d e s conjugadas ao p r o g r e s s o m a t e r i a l : ao massacre de foliões no d e s f i l e de c a r n a v a l , e ao t r e m carregado com os cadáveres de operários assassinados, os pacíficos raaconden ses só sabem responder com uma única forma de r e sistência: a b r a n d u r a de um esquecimento quase desumano.
O anúncio do desgaste irremediável da roda do tempo compete ã clarividência da i d o s a ma t r i a r c a Úrsula Buendia, testemunha do c i c l o de m a r a v i l h a s inaugurado p e l o s c i g a n o s : "0 que acon
t e c e é que o mundo v a i se acabando pouco a pou co ..." ( 2 , p. 1 5 0 ) , "os anos de agora já não vêm como os de a n t e s " , c o i s a s que p e r c e b i a como
As imagens da irreversível extinção de Macondo c o n f i g u r a m a v o l t a ao "caos" que apavora va o homem das sociedades p r i m i t i v a s :
"Macondo e r a j á um pavoroso redemoinho de p ó e e £
combros c e n t r i f u g a d o s p e l a cólera do furacão b í
b l i c o . . . e s t a v a p r e v i s t o que a cidade dos espe
lhos (ou espelhismos) s e r i a a r r a s a d a pelo vento e
d e s t e r r a d a da m e m ó r i a dos homens . . . " ( 2 , p . 3 2 5 ) .
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