L il iana V icente M el o de L ucas
AVALIAÇÃO D A IN FLU ÊN CIA D A FORÇA D E
MORD ID A N A P RÓTES E P ARCIAL
REMOVÍVEL CLAS S E I MAN D IB U LAR
AS S OCIAD A AO
IMP LAN TE OS S EOIN TEGRAD O,
PELO MÉTOD O D OS
AVALIAÇÃO D A IN FLU ÊN CIA D A FORÇA D E
MORD ID A N A P RÓTES E P ARCIAL REMOVÍVEL
CLAS S E I MAN D IB U LAR AS S OCIAD A AO
IMP LAN TE OS S EOIN TEGRAD O,
PELO MÉTOD O D OS
ELEMEN TOS FIN ITOS
Disse rta ç ã o a p re se nta d a à Fa c uld a d e d e O d o nto lo g ia d o “ C a mp us d e Ara ç a tub a – UNESP” , p a ra o b te nç ã o d o g ra u d e MESTRE EM O DO NTO LO G IA (Pro g ra ma d e Pó s-G ra d ua ç ã o e m O d o nto lo g ia - Áre a d e C o nc e ntra ç ã o : Pró te se De ntá ria ).
O rie nta d o r: Pro f. Dr. Ed ua rd o Piza Pe llizze r
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca da FOA / UNESP
Lucas, Liliana Vicente Melo de
L933a Avaliação da influência da força de mordida na prótese par- cial removível classe I mandibular associada ao implante osseoin- tegrado, pelo método dos elementos finitos. / Liliana Vicente Me- lo de Lucas. -- Araçatuba : [s.n.], 2003
195 f. : il.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia, Araçatuba, 2003
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Piza Pellizzer
1. Prótese parcial removível. 2. Implante dentário. 3. Métodos dos elementos finitos. 4. Força de mordida.
L il iana V icente M el o de L ucas
N ASCIMEN TO: 22.0 7.1977 – Birigüi / SP
FILIAÇÃO: ANTONIO LUIZ DE LUCAS
TEODORA CAROLINA VICENTE MELO DE LUCAS
19 9 6 / 19 9 9 : Curso de Graduação - Faculdade de Odontologia do Cam pus de Araçatuba - UNESP.
2 0 0 0 / 2 0 0 1: Professora do Curso Técnico de Prótese Dentária, da Fun dação Educacion al de Araçatuba.
A os meus pais L ucas e D ora, por todos os momentos de apoio, carinho
e compreensão; pelo exemplo de vida digna, por me amarem...
A vocês dedico esta conquista, minha vida e meu imenso amor.
À minha família (...razão do meu viver...)
M eus irmãos Carla e J únior,
M eus sobrinhos Caio, T iago e I sabela,
M eus cunhados A lessandra e P ércio:
por terem compreendido minha ausência e,
principalmente, por me incentivarem sempre.
A os meus queridos avós P edrina e Orlando (in memorian) e H ermínia
e L uiz B enedito, por tudo que representam em minha vida. P or terem
gerado pessoas tão maravilhosas como meus pais.
À minha prima Fabiana (muitas saudades...).
À minha tia e madrinha É dme.
À minha segunda família:
Sr. M arinho e D . Shirley, pelo carinho ;
A o meu namorado R odrigo, por ter participado
A o professor e O rientador, E duardo P iza P el l izzer,
pel os ensinamentos e consel hos doados,
pel a convivência nestes anos de trabal ho
A D eus, pel a dádiva da vida e por Sua eterna proteção.
À Facul dade de O dontol ogia de A raçatuba – U nesp, na
pessoa do diretor Francisco A ntônio B ertoz.
A o professor, coordenador do programa de P ós- G raduação e
grande amigo, W il son R oberto P oi, por ter descoberto em mim o
gosto pela pesquisa e tê- l o incentivado, doando sua sabedoria,
atenção e carinho. À sua esposa I sabel Cristina L ui P oi, por seu
auxíl io na formatação deste trabal ho e por sua amizade.
A o professor E duardo P assos R ocha, pel a atenção
dispensada e por sua disponibil idade.
À minha prima É dme, por ter me apresentado à O dontol ogia.
A os funcionários do D epartamento de M ateriais
O dontol ógicos e P rótese da Facul dade de O dontol ogia de
A raçatuba – U nesp, por estarem prontos a ajudar, em todas as
horas.
A os funcionários da B ibl ioteca desta I nstituição, sempre tão
A o P rofessor J oão A ntonio P ereira, do D epartamento de
E ngenharia M ecânica da Facul dade de E ngenharia de I l ha
Sol teira - U nesp, pel o manuseio do programa A N SY S. P or
compartil har seu conhecimento e disponibil izar seu tempo durante a
fase de interpretação dos resul tados.
A o professor A l berto Carl os B otazzo D el bem, por
possibil itar a util ização das instal ações do l aboratório da D iscipl ina
de O dontopediatria desta I nstituição.
A os Col egas de P ós- G raduação: A imeé, Fel l ippo, K arina,
P aul o e R icardo, pel a convivência e troca de experiências.
A o professor T etuo O kamoto, pel os ensinamentos doados
durante minha I niciação Científica (onde tudo começou).
A o professor e também vice- diretor desta Facul dade P aul o
R oberto B otacin, pel a amizade e incentivo desde o primeiro
ano de graduação.
A os professores: J orge K omatsu, por ter me dado a
oportunidade de iniciar na carreira acadêmica, como professora e
J osé E duardo R odrigues, pel a confiança depositada em mim,
durante nosso primeiro trabal ho juntos.
A os meus al unos e funcionários da U niversidade P aul ista de
possibil itarem o nascimento de uma sincera amizade.
A os amigos professores da D iscipl ina de Cl ínica I ntegrada
desta Facul dade.
A todos meus professores de graduação, que al ém de terem
participado de minha formação profissional e intel ectual ,
ensinaram- me a praticar uma O dontol ogia ética.
À s professoras M arisa L autenschl ager dos Santos, pel a
cuidadosa correção gramatical e M aria T eresa G al vani Z in,
pel a atenção doada durante a fase final de redação deste
trabal ho.
À s minhas grandes amigas V anessa M arques G ibran e
Fernanda Figuerôa Sanches, por compreenderem minha
ausência e, principal mente, por estarem sempre ao meu l ado.
Ser um cl aro destino
Com um sonho profundo
E sonhar, como o anjo,
O utra paz e outro mundo.
E depois, quando vol tes,
E nquanto a vida passa,
Sentirás que é o céu
Q uem habita a tua casa.
Lista de Figuras... 15
Lista de Tabelas... 22
Lista de Abreviaturas e Sím bolos... 23
1 In trodução... 25
2 Revisão da Literatura ... 30
2.1 Forças Mastigatórias ...31
2.2 As Próteses Parciais Rem ovíveis de Extrem idade Livre...56
2.3 Associação entre a Prótese Parcial Rem ovível e os Im plantes Osseointegrados...72
3 Proposição... 85
4 Material e Método... 87
4.1 Modelos: ...87
4.2 Programas:... 90
4.3 Geom etria das Estruturas: ... 90
4.3.1 Man d íbu la e Ligam en to Per iod on tal:... 90
4.3.2 Den tes n atu r ais e ar tificiais... 91
4 .3.3 Pr ótese Par cial Rem ovível... 92
4.3.4 Sist em a d e Im p lan t e e a Con exão com a PPR... 93
4.4 Desenvolvimento dos modelos de Elementos Finitos ...95
4.5 Condições de contorno...99
4.6 Carregam ento ... 10 0 5 Resultado... 102
6 Discussão... 159
7 Con clusão... 174
8 Referências Bibliográficas... 176
Resum o... 193
Lista de Figuras
Figura 1 - Modelo A representando um hem iarco m andibular sem
suporte posterior, com a presença do dente 33. 87
Figura 2 - Modelo B represen tan do um hem iarco m an dibular com a presença do dente 33 e de um a PPREL convencional. 88 Figura 3 - Modelo C represen tan do um hem iarco m an dibular com a
presença do dente 33, da PPREL e de um im plante osseoin tegrado Brän em ark de 10 x 3,75 m m , sob a base da
PPREL. 88
Figura 4 - Máquin a recortadora ISOMET-BUEHLER em sua visão geral. 92
Figura 5 - Máquin a recortadora ISOMET-BUEH LER m ostran do os seus
dispositivos para fixação e corte. 92
Figura 6 - Seccionam ento do sistem a de im plante. 93
Figura 7 - Sistem a de im plante seccionado. 93
Figura 8 - Elem ento PLANE 2, com 3 arestas em parábola e 6 nós. 94 Figura 9 - Modelo A após a geração da m alha de elem entos finitos. 95 Figura 10 - Modelo B após a geração da m alha de elem entos finitos. 96
Figura 11 - Modelo C após a geração da m alha de elem entos finitos. 96
Figura 12 - Exem plo de aplicação da força de 45º , no sentido de m esial
para distal. 98
Figura 13 - Mapa de deslocam entos do MA, com aplicação de força
vertical. 10 1
Figura 14 - Mapa de deslocam entos do MA, com aplicação de força de 45º
de m esial para distal. 10 1
Figura 15 - Mapa de deslocam entos do MA, com aplicação de força de 45º
de distal para m esial. 10 1
vertical. 10 2 Figura 17 - Mapa de deslocam entos do MB, com aplicação de força de 45º
de m esial para distal. 10 2
Figura 18 - Mapa de deslocam entos do MB, com aplicação de força de 45º
de distal para m esial. 10 3
Figura 19 - Mapa de deslocam entos do MC, com aplicação de força
vertical. 10 3
Figura 20 - Mapa de deslocam en tos do MC, com aplicação de força de 45º
de m esial para distal. 10 4
Figura 21 - Mapa de deslocam en tos do MC, com aplicação de força de 45º
de distal para m esial. 10 4
Figura 22 - Mapa geral das tensões do MA, sob força vertical. 10 6 Figura 23 - Mapa de tensões do esm alte (MA), sob aplicação de força
vertical. 10 7
Figura 24 - Mapa de tensões da dentina (MA), sob aplicação de força
vertical. 10 7
Figura 25 - Mapa de tensões do osso cortical (MA), sob aplicação de força
vertical. 10 8
Figura 26 - Mapa de tensões osso esponjoso (MA), sob aplicação de força
vertical. 10 8
Figura 27 - Mapa de tensões da fibrom ucosa (MA), sob aplicação de força
vertical. 10 9
Figura 28 - Mapa de tensões do ligam ento periodontal (MA), sob
aplicação de força vertical. 10 9
Figura 29 - Mapa de tensões geral do MA, sob força de 45º de m esial para
distal. 110
Figura 30 - Mapa de tensões do esm alte (MA), sob força de 45º de m esial
para distal. 111
Figura 31 - Mapa de tensões da dentina (MA), sob força de 45º de m esial
para distal. 111
Figura 32 - Mapa de tensões do osso cortiçal (MA), sob força de 45º de
m esial para distal. 112
Figura 33 - Mapa de tensões do osso esponjoso (MA), sob força de 45º de
m esial para distal. 112
m esial para distal. 113 Figura 35 - Mapa de tensões do ligam ento periodontal (MA), sob força de
45º de m esial para distal. 113
Figura 36 - Mapa geral das tensões do MA, sob força de 45º de distal para
m esial. 114
Figura 37 - Mapa de tensões do esm alte (MA), sob força de 45º de distal
para m esial. 115
Figura 38 - Mapa de tensões da dentina (MA), sob força de 45º de distal
para m esial. 115
Figura 39 - Mapa de tensões do osso cortical (MA), sob força de 45º de
distal para m esial. 116
Figura 40 - Mapa de tensões do osso esponjoso (MA), sob força de 45º de
distal para m esial. 116
Figura 41 - Mapa de tensões da fibrom ucosa (MA), sob força de 45º de
distal para m esial. 117
Figura 42 - Mapa de tensões do ligam ento periodontal (MA), sob força de
45º de distal para m esial. 117
Figura 43 - Mapa de tensões geral do MB, sob força vertical. 119 Figura 44 - Mapa de tensões do esm alte (MB), sob força vertical. 120 Figura 45 - Mapa de tensões da dentina (MB), sob força vertical. 120 Figura 46 - Mapa de tensões do osso cortical (MB), sob força vertical. 121 Figura 47 - Mapa de tensões do osso esponjoso (MB), sob força vertical. 121 Figura 48 - Mapa de tensões da fibrom ucosa (MB), sob força vertical. 122 Figura 49 - Mapa de tensões do ligam ento periodontal (MB), sob força
vertical. 122
Figura 50 - Mapa de tensões da parte acrílica da PPR (MB), sob força
vertical. 123
Figura 51 - Mapa de tensões da estrutura m etálica da PPR (MB), sob força
vertical. 123
Figura 52 - Mapa de tensões geral do MB, sob força de 45º de m esial para
distal. 124
Figura 53 - Mapa de tensões do esm alte (MB), sob força de 45º de m esial
para distal. 125
Figura 54 - Mapa de tensões da dentina (MB), sob força de 45º de m esial
Figura 55 - Mapa de tensões do osso cortical (MB), sob força de 45º de
m esial para distal. 126
Figura 56 - Mapa de tensões do osso esponjoso (MB), sob força de 45º de
m esial para distal. 126
Figura 57 - Mapa de tensões da fibrom ucosa (MB), sob força de 45º de
m esial para distal. 127
Figura 58 - Mapa de tensões do ligam ento periodontal (MB), sob força de
45º de m esial para distal. 127
Figura 59 - Mapa de tensões da parte acrílica da PPR (MB), sob força de
45º de m esial para distal. 128
Figura 60 - Mapa de tensões da estrutura m etálica da PPR (MB), sob força
de 45º de m esial pa ra distal. 128
Figura 61 - Mapa geral das tensões do MB, sob força de 45º de distal para
m esial. 129
Figura 62 - Mapa de tensões do esm alte (MB), sob força de 45º de distal
para m esial. 130
Figura 63 - Mapa de tensões da dentina (MB), sob força de 45º de distal
para m esial. 130
Figura 64 - Mapa de tensões do osso cortical (MB), sob força de 45º de
distal para m esial. 131
Figura 65 - Mapa de tensões do osso esponjoso (MB), sob força de 45º de
distal para m esial. 131
Figura 66 - Mapa de tensões da fibrom ucosa (MB), sob força de 45º de
distal para m esial. 132
Figura 67 - Mapa de tensões do ligam ento periodontal (MB), sob força de
45º de distal para m esial. 132
Figura 68 - Mapa de tensões da parte acrílica da PPR (MB), sob força de
45º de distal para m esial. 133
Figura 69 - Mapa de tensões da estrutura m etálica da PPR (MB), sob força
de 45º de distal para m esial. 133
Figura 75 - Mapa de tensões da fibrom ucosa (MC), sob força vertical. 138 Figura 76 - Mapa de tensões do ligam ento periodontal (MC), sob força
vertical. 138
Figura 77 - Mapa de tensões da parte acrílica da PPR (MC), sob força
vertical. 139
Figura 78 - Mapa de tensões da estrutura m etálica (MC), sob força
vertical. 139
Figura 79 - Mapa de tensões do im plante (MC), sob força vertical. 14 0 Figura 80 - Mapa de tensões geral do MC, sob força de 45º de m esial para
distal. 14 1
Figura 81 - Mapa de tensões do esm alte (MC), sob força de 45º de m esial
para distal. 14 2
Figura 82 - Mapa de tensões da dentina (MC), sob força de 45º de m esial
para distal. 14 2
Figura 83 - Mapa de tensões do osso cortical (MC), sob força de 45º de
m esial para distal. 14 3
Figura 84 - Mapa de tensões do osso esponjoso (MC), sob força de 45º de
m esial para distal. 14 3
Figura 85 - Mapa de tensões da fibrom ucosa (MC), sob força de 45º de
m esial para distal. 14 4
Figura 86 - Mapa de tensões do ligam ento periodontal (MC), sob força de
45º de m esial para distal. 14 4
Figura 87 - Mapa de tensões da parte acrílica da PPR (MC), sob força de
45º de m esial para distal. 14 5
Figura 88 - Mapa de tensões da estrutura m etálica da PPR (MC), sob força
de 45º de m esial para distal. 14 5
Figura 89 - Mapa de tensões do im plante (MC), sob força de 45º de m esial
para distal. 14 6
Figura 90 - Mapa geral das tensões do MC, sob força de 45º de distal para
m esial. 14 7
Figura 91 - Mapa de tensões do esm alte (MC), sob força de 45º de distal
para m esial. 14 8
Figura 92 - Mapa de tensões da dentina (MC), sob força de 45º de distal
para m esial. 14 8
distal para m esial. 14 9 Figura 94 - Mapa de tensões do osso esponjoso (MC), sob força de 45º de
distal para m esial. 14 9
Figura 95 - Mapa de tensões da fibrom ucosa (MC), sob força de 45º de
distal para m esial. 150
Figura 96 - Mapa de tensões do ligam ento periodontal (MC), sob força de
45º de distal para m esial. 150
Figura 97 - Mapa de tensões da parte acrílica da PPR (MC), sob força de
45º de distal para m esial. 151
Figura 98 - Mapa de tensões da estrutura m etálica da PPR (MC), sob força
de 45º de distal para m esial. 151
Figura 99 - Mapa de tensões do im plante (MC), sob força de 45º de distal
para m esial. 152
Figura 10 0 - Gráfico de colun as com paran do os valores m áxim os das tensões da fibrom ucosa, nos m odelos A, B e C, após aplicação de forças vertical (0 º ) e oblíqua de 45º , de m esial para distal e
de distal para m esial. 153
Figura 10 1 - Gráfico de colun as com paran do os valores m áxim os das tensões do ligam ento periodontal, nos m odelos A, B e C, após aplicação de forças vertical (0 º ) e oblíqua de 45º , de m esial
para distal e de distal para m esial. 154
Figura 10 2 - Gráfico de colun as com paran do os valores m áxim os das tensões do osso cortical, nos m odelos A, B e C, após aplicação de forças vertical (0 º ) e oblíqua de 45º , de m esial para distal e
de distal para m esial. 154
Figura 10 3 - Gráfico de colun as com para ndo os valores m áxim os das tensões do osso esponjoso, nos m odelos A, B e C, após aplicação de forças vertical (0 º ) e oblíqua de 45º , de m esial
para distal e de distal para m esial. 155
Figura 10 4 - Gráfico de colun as com paran do os valores m áxim os das tensões do im plante, nos m odelos A, B e C, após aplicação de forças vertical (0 º ) e oblíqua de 45º , de m esial para distal e de
Lista de Tabelas
Qu a d r o 1 - Dim en sões, em m ilím et r os, d o osso cor t ica l, liga m en t o p er iod on t a l, fib r om u cosa , in ser çã o con ju n t iva e ep it élio
ju n cion a l 9 0
Qu a d r o 2 - Dim en sões d os d en t es 33, 34 , 35, 36 e 37, em m ilím et r os, d e a cor d o com va lor es es t a b elecid os p or F igú n ( 19 8 6 ) 9 1
Qu a d r o 3 - P r op r ied a d es m ecâ n ica s d os elem en t os q u e com p õem os
m o d e lo s 9 7
Qu a d r o 4 – Deslocam en t os m áxim os, em m ilím et r os, d os m od elos A, B e C e su a s r esp ect iva s loca liza ções 10 5
Qu a d r o 5 – Va lor es m á xim os d a s t en sões, em MP a , d a s d ifer en t es est r u t u r a s q u e com p õem o m od elo A, em t od a s a s sit u a ções
d e fo r ça 10 8
Qu a d r o 6 – Va lor es m á xim os d a s t en sões, em MP a , d a s d ifer en t es est r u t u r a s q u e com p õem o m od elo B, em t od a s a s sit u a ções
d e for ça 13 4
Qu a d r o 7 – Va lor es m á xim os d a s t en sões, em MP a , d a s d ifer en t es est r u t u r a s q u e com p õem o m od elo C, em t od a s a s situações
d e for ça 15 3
Qu a d r o 8 – Va lor es d a ca r ga d e r u p t u r a , em MP a , p a r a os d ifer en t es
Lista de Abreviaturas e Sím bolos
Cr -Co = Liga d e Cr om o Cob a lt o I b f = Lib r a s-fo r ça
Kgf = Quilo gr a m a s-fo r ça MA = Mod elo A
MB = Mod elo B MC = Mod elo C
MEF = Mét od o d os Elem en t os Fin it os MPa = Mega Pa sca l
N = N e wt o n
PPF = P r ót ese P a r cia l Fixa PPR = P r ót ese P a r cia l Rem ovível
1 In trodução
Prótese Parcial Rem ovível (PPR) possui papel
essencial no tratam ento de pacientes parcialm ente
desdentados, que apresentam espaços edêntulos extensos, ou ainda, que
não possuem suporte den tal posterior (Classes I e II de Ken n edy).
A reabilitação com prótese parcial rem ovível de
extrem idade livre (PPREL) m erece especial aten ção, por parte do
profissional, devido à diferença de resiliência en tre a m ucosa
rem an escen te da área desdentada e o ligam ento periodontal do dente
suporte. Isto cria um m ovim ento de rotação, com eixo sobre os descansos
dos últim os dentes suportes, quando forças de oclusão são aplicadas sobre
a base da sela. Esta rotação pode induzir forças horizontais e,
principalm ente, laterais desfavoráveis sobre eles, podendo levar ao
aparecim ento de inflam ação e retração gengival, além do aum ento de sua
m obilidade (Todescan et al., 1996).8 5
Apesar da dedicação de vários estudiosos em m elhorarem
o comportamento biom ecân ico destas próteses (Kratochvil, 1963;4 9
Kratochvil & Caputo, 1974;5 1 Eliason, 1983;2 2 Todescan et al., 1996)8 5,
A
pode- se observar clinicam ente que a PPREL ainda representa um desafio
com relação ao tratam ento reabilitador. Som a- se a este com portam en to
biomecânico peculiar o ciclo m astigatório, que possui com ponentes de
força laterais e verticais, poden do agravá- lo ainda mais.
Entretanto, com o advento dos im plantes osseointegrados,
com sucesso clínico com provado para tratam entos reabilitadores,
principalm ente para casos de edentulism o total (Bränem ark et al., 198 3)9,
tornou- se possível in stituir altern ativas de tratam en to para pacien tes com
arcos encurtados, com o a colocação de um suporte distal para m inim izar a
descom pensação m ecânica e seus efeitos sob re as estruturas de suporte.
Porém , são poucos os trabalhos que relatam a associação
das PPRs com os im plantes osseointegrados, sendo que a m aioria deles faz
apenas um a abordagem clínica (Ganz, 1991;2 7 Battistuzzi et al., 1992;5
George, 1992;3 0 Keltjens et al., 1993;4 7 Giffin, 1996;3 2 J ang, 1998;4 4
H alterm an et al., 1999;3 5 Pellecchia et al., 20 0 0 ;7 1 Carvalho et al., 20 0 1;1 3
McAn drew, 20 0 2).6 0 Os raros trabalhos de pesquisa existen tes abordan do
este tem a são o de Lacerda (1999),5 3 que analisou, por meio do Método dos
Elem entos Finitos (MEF), o com portam ento das estruturas de suporte da
PPREL com encaixe associada a um im plante na região distal do rebordo
desden tado; o de Mathias (20 0 1),5 9 que através da fotoelasticidade
estudou esta associação, en tretan to utilizando um a PPREL a gram po e
im plantes de tam anhos variáveis com m agneto; e, por fim , o de Rocha
(20 0 1)7 6 que observou, tam bém por m eio do MEF, o com portam ento do
um im plante na porção distal.
A m odelagem por Elem entos Finitos é considerada um a
técnica bastante eficiente na solução de problem as de engenharia. A
diversidade de suas aplicações aum entou notavelm ente, resultando em
um a am pliação do uso deste m étodo em outras áreas de pesquisa,
especificam ente naquelas que interagem diretam ente com problem as de
Engenharia (Rubo & Souza, 20 0 1).7 7 Tr a t a- se de um a ferram en ta
com putacional efetiva adaptada da área da engenharia para a biom ecânica
dos im plantes e das próteses dentais (Geng et al., 20 0 1),2 9 tendo se
m ostrado bastante eficaz para exam inar com plexos com portam entos
m ecânicos de próteses e estruturas circunvizinhas, sujeitas às forças
sim ilares às oclusais que são, de outra m aneira, difíceis de serem
determ in adas (Lagan á, 1996;5 5 Lacerda,1999).5 3
Em decorrência da escassez de trabalhos acerca da
associação de im plantes osseointegrados e PPR, o em prego clínico deste
tipo de tratam ento reabilitador, na m aioria das vezes, ocorre de m aneira
em pírica ou, ainda, não ocorre, deixando de beneficiar os pacientes
portadores de PPREL convencionais que sofrem com o problem a
biom ecânico próprio deste tratam ento reabilitador.
Desta form a, este trabalho tem com o objetivo analisar a
associação da PPREL com um im plante osseointegrado posicionado na
regiã o posterior do rebordo residual e as conseqüências da incidência da
força sobre este conjunto, variando- se sua direção e sentido, utilizando o
2 Revisão da Literatura
“Cada homem tem seu lugar no mundo no tempo que lhe é concedido.
Sua tarefa nunca é maior que sua capacidade para poder cumpri-la.
E la consiste em preencher seu lugar, em servir à verdade e aos homens.”
J oão G uimarães R osa
ara m elhor correlacionar os trabalhos
científicos e clínicos pesquisados com o tem a
abordado neste trabalho, esta revisão de literatura foi subdividida em três
tópicos, a saber: forças m astigatórias, prótese parciais rem ovíveis de
extrem idade livre e a associação desta com os im plantes osseointegrados.
Ten do- se em vista que existem , na literatura m undial, inúm eros estudos
enfocando cada um deles, seria quase que im possível utilizarm os todos e,
desta form a, foram selecionados, principalm ente, aqueles de m aior
in teresse para o este trabalho.
P
2 .1 Fo rç a s Ma s tiga tó ria s
“N ada acontece que não tenha sido antes um sonho.” Carl Sandburg
sistem a m astigatório é a unidade funcional do
corpo responsável, prim ariam ente, pela
m astigação, fala e deglutição. É com posto por ossos, articulações,
ligam entos, dent es e m úsculos. Além disso, há um intricado sistem a de
controle neurológico que regula e coordena todos esses com ponentes
estruturais. A m astigação representa o estágio inicial da digestão, quando
o alim ento é dividido em pequenos pedaços, para facilitar a deglutição. Ela
é com posta por m ovim entos rítm icos e bem controlados de abertura e
fecham ento dos dentes e, conseqüentem ente, da m andíbula. Cada um
destes m ovim entos representa um a força de m astigação. A influência
dessas forças sobre o sistem a estom atognático é m uito grande, visto que o
equilíbrio entre elas e os tecidos dentais e de suporte gera um a condição
harm oniosa e agradável para este com plexo aparelho, ao m esm o tem po em
que o desequilíbrio entre estas partes pode levar a traum as oclusais, dores
nas articulações têm poro- m andibulares e perdas dentárias (Okeson,
20 0 0 ).7 0
Com relação à força de m ordida, Black (18 95)8 verificou
que nos indivíduos dentados ela pode ficar em torno de 125 Kgf (1225 N) e
que pode ser m odificada através do bloqueio dos nervos periodontais por
m eio de anestesia local.
Em se tratan do de portadores de próteses, a força m áxim a
de oclusão é m aior nas próteses parciais do que nas totais, porém m enor
do que aquela vista em indivíduos dentados. As pessoas portadoras de
prótese total (PT) geralm en te apresen tam um a força m áxim a de oclusão de
um terço a um sexto daquelas encontradas em pessoas com dentes
n aturais saudáveis (Carr & Lan ey, 198 7).1 2
A oclusão habitual é a posição na qual os dentes
norm alm ente fazem contato, prom ovendo um a oclusão livre de contatos
prem aturos (De Boever et al., 1978 ).2 1 Quando a m astigação ou a força de
m ordida, nesta posição, alcança seu m áxim o, não há m ovim ento
m andibular (Atkinson & Shepherd, 1967)4 e, conseqüentem ente, não há
com ponente horizontal das forças, devido ao deslizar da m andíbula.
Lundgren & Laurell (198 4)5 8 afirm am que, quando as forças exercidas
durante as atividades funcionais alcançam esse ponto m áxim o, as forças de
contato são principalm ente axiais. Defendem , ainda, que as axiais são
claram ente predom inantes durante atividades funcionais, com o oclusão,
m astigação e deglutição.
Siegele & Soltesz (198 9)8 0 asseguram que os com ponentes
m ais com uns das forças oclusais são definidos com o verticais e
horizontais, em ação estática e afirm am que as forças horizontais são
aproxim adam ente 25% das verticais. Deste m odo, o registro de forças
direcionadas apenas axialm ente pode ser considerado um a lim itação de
seu estudo.
Yu r kstas & Cu r by (1953)9 4 avaliaram as forças verticais que
alim entos. Participaram do estudo dois pacientes portadores de PT dupla;
dois portadores de PPR classe II m andibular, tendo com o antagonista um a
PT e, um outro, com dentes naturais no arco antagonista. De um a três
sensores de tensão foram incorporados aos dentes artificiais, e conectados
a um equipam ento eletrônico. Os resultados indicaram que forças
relativam ente pequenas foram necessárias para a m astigação da m aioria
dos alim entos presentes na dieta e que, deste m odo, estes pacientes
possuíam capacidade para m astigar um a grande variedade de alim entos;
um a força m áxim a de 12 kgf (118 N) foi obtida durante a m astigação de
determ inados tipos de pães; a ingestão de líquido com certos alim entos,
por parte dos portadores de PTs duplas, reduziu a força m áxim a de
m astigação, assim com o a ingestão de alim entos cozidos.
Atkin son & Shepherd (1967)4 avaliaram a posição do dente
e as forças desenvolvidas durante a m astigação. Um paciente portador de
PT superior e den tes n aturais inferiores e outro, portador de PT dupla, em
cujos dentes artificiais selecionados foram incorporados sensores de
tensão, participaram do estudo. As posições da m andíbula e do dente
foram registradas através de fotografia, e as forças desen volvidas duran te a
m astigação, através de um osciloscópio. Os autores observaram que forças
sign ifican tes n ão se desen volveram até que os den tes estivessem quase em
contato e que, depois do m esm o ser m antido, a força aum entou sem que
m aiores m ovim en tos fossem detectados.
De Boever et al. (1978 )2 1 realizaram um a investigação com
relacioná- las a diferentes tipos de alim entos e à atividade elétrica dos
m úsculos, com três indivíduos portadores de PPRs. Segundo os autores, as
forças exercidas sobre a superfície oclusal, durante a m astigação norm al,
raram en te excedem 5,0 a 7,0 Kgf (49 a 69 N), quan do registrados n este
tipo de prótese. Os autores concluíram que: 1) a freqüência m astigatória é
relativ am en te con stan te para um dado alim en to teste e pode ser alterada
através da consistência do alim ento, sendo diferente de sujeito para
sujeito; 2) as forças m astigatórias funcionais são pequenas quando
com paradas com as forças isom étricas estáticas de fecham ento; 3) são
variáveis de sessão para sessão e m udam com a consistência e viscosidade
do alimento; 4) na mastigação unilateral, as forças funcionais no lado da
m astigação são significantem ente m aiores do que do lado oposto.
Haraldson et al. (1979)3 6 estudaram , por m eio de
questionário, exam e clínico, registros eletrom iográficos e de força de
m ordida e atividade m uscular postural, a função do sistem a m astigatório
de 13 m ulheres portadoras de próteses im plantossuportadas, com
parando-as com 10 indivíduos dent ados. Am bos os grupos estavam satisfeitos com
sua capacidade m astigatória, de acordo com o questionário. Clinicam ente,
o estado do sistem a m astigatório dos dois grupos era norm al. Os três
níveis de força de m ordida (m ordida suave, m ordida durante a m astigação
e m ordida m áxim a) foram registrados através de tran sdutores de ten são
m ontados em dois garfos de m ordida e, tam bém , eletrom iograficam ente.
Com relação à força de m ordida com a m andíbula em posição postural,
nenhum dos m étodos de registro aplicados, nem m esm o com relação à
atividade m uscular m astigatória. Os autores concluíram que os pacientes
portadores de próteses im plantossuportadas possuem função m uscular
m astigatória igual ou aproxim ada àquela existente em indivíduos dentados
ou portadores de próteses dentossuportadas.
Com o intuito de avaliar as forças da m astigação e
deglutição, sem causar distúrbio na oclusão, Gibbs et al. (198 1)3 1
realizaram um estudo com 20 pacientes dentados, com idade en tre 17 a 55
anos, utilizando um m étodo de transm issão de som com o m eio de registro.
Observaram que as forças oriundas do contato oclusal na m astigação e
deglutição, apesar de altas, estão em torno de 40 % da força m áxim a de
m ordida exercida pelos pacientes, que foi de 74 Kgf (726 N).
Lundgren & Laurell (198 4)5 8 propuseram um a
m etodologia para o estudo das forças oclusais em dentições
proteticam ente restauradas. O m étodo de m edição é baseado no uso de
tran sdutores de ten são que podem ser acoplados em coroas protéticas, em
PPFs ou PPRs, sem interferir com a oclusão, devido ao seu reduzido
tam anho. Nele, a m agnitude, a duração e a freqüência das forças podem
ser registradas em várias partes da den tição, sim ultan eam en te.
Gun n e (198 5)3 4 avaliou a eficiência m astigatória, a
experiência subjetiva da perform ance m astigatória e a ingestão de dieta em
19 pacientes tratados com um a PPR classe I m andibular. Os m esm os
foram testados em três ocasiões: 1) an tes do tratam en to, 2) com as
observou que a eficiência m astigatória e a experiência subjetiva da
perform ance m astigatória aum entaram , significantem ente, com a prótese
em posição, m as nenhum a m udança foi encontrada com relação à ingestão
de aliment os.
Lassila et al. (198 5)5 6 realizaram um estudo com o objetivo
de m ensurar a força m áxim a de m ordida e exam inar a condição intrabucal
de 89 pacientes, que foram divididos em três grupos, de acordo com o tipo
de prótese que usavam : 1) portadores de PT dupla; 2) portadores de PT
superior tendo com o antagonista PPREL; 3) dentição natural superior ou
PPF contra PPREL. A m ensuração foi realizada com um aparelho de sete
pontos diferentes de registro, através da colocação de um garfo de m ordida
en tre os den tes antagonistas, enquanto a oclusão era estabilizada
contra-lateralm ente por um tubo de plástico. Os autores observaram que a força
m áxim a de m ordida foi m aior nos pacientes m ais novos, nos hom ens e
n aqueles que estavam satisfeitos com suas próteses; ela foi menor na
presença de algum distúrbio oclusal, especialm ente no grupo 1; no grupo
2, a alta força de m ordida teve correlação com a fratura das próteses; os
portadores de PTs apresentaram força de m ordida satisfatória, sendo que a
m elhor área de m ordida estava localizada m ais posteriorm ente em relação
aos pacientes que possuíam algum dente natural em am bas as arcadas; e,
por fim , que as m udanças na m ucosa de suporte e altura negativa do
rebordo alveolar de pacien tes portadores de PTs dim in uem levem en te a
força de m ordida.
de três anos, a força de m ordida e a eficiência m astigatória num grupo de
27 pacientes desdentados, que apresentavam problem as de adaptação com
suas PTs e que receberam prim eiram en te n ovas próteses e,
posteriorm ente, um a PT fixa m andibular im plantossuportada. A
habilidade m astigatória foi avaliada através de um questionário e a
eficiência m astigatória, por m eio da trituração de alim entos testes. A força
de m ordida foi m ensurada em diferentes situações: com a prótese antiga
do paciente, com as próteses convencionais, porém novas, com dois m eses
e com três anos após a inserção da prótese fixa im plantossuportada. Os
autores observaram que não houve m elhora significativa na eficiência
m astigatór ia após a instalação das novas próteses convencionais. J á com
as próteses im plantossuportadas houve, notadam ente, m elhora na
avaliação dos pacientes com relação a sua habilidade m astigatória, nos
resultados dos testes de eficiência m astigatória e na força de m ordida. Os
m elhores resultados foram observados no período de três anos.
Devido à dim inuição na capacidade da força m áxim a de
oclusão, o estado edêntulo pode ser freqüentem ente bastante debilitante.
Os recen tes avan ços n a área da prótese sobre im plan te têm trazido n ovas
esperanças para essa população, com o a m elhora na função oral. Com o
in tuito de com provar esta m elhora, Carr & Lan ey (198 7)1 2 analisaram a
força m áxim a de oclusão (FMO) de 14 pacientes edêntulos portadores de
PTs após receberem tratam en t o com prótese m andibular
im plantossuportada. Os transdutores de força foram em bebidos em um
com prótese sobre im plante. Os resultados indicaram que a FMO
aum entou significantem ente com o tratam ento por m eio de próteses
im plantossuportadas; a FMO dos portadores de PTs convencionais variou
de 4,5 a 25,3 libras- força (20 a 114 N) e com a prótese im plantossuportada
m andibular a variação foi de 10 ,2 a 57,5 libras- força (46 a 259 N); em
geral, os pacientes que eram edêntulos há m ais tem po apresentaram um
aum en to m en or da FMO registrada en tre um a três m eses, após a in serção
da n ova prótese.
Com a evolução da im plantodontia novos conceitos
surgiram e dois tipos principais de força do com plexo im plante- prótese
devem ser considerados: força axial e m om ento de força. A força axial é
m ais favorável, pois distribui o estresse m ais uniform em ente ao longo do
im plante, enquanto o m om ento de força exerce gradientes de estresse no
im plante e tam bém no osso. A força de tensão tende a separar a unidade
de ancoragem do im plante, por isso, esse fenôm eno é o que oferece m aior
preocupação em relação à falha m ecânica. A força de com pressão,
entretanto, pressiona os com ponentes do sistem a juntos e, norm alm ente,
não introduz nenhum problem a m ecânico na interface osso- im plante. Por
conseguinte, para se obter sucesso nos resultados, quando um sistem a de
im plante é utilizado em várias situações clínicas, é essencial tecer
considerações a respeito dos aspectos m ecânicos (de engenharia) da
restauração protética, para que as falhas causadas por sobrecarga possam
ser m inim izadas. Assim , Rangert et al. (198 9),7 3 baseados em
Brän em ark, en um eraram diretrizes básicas para se controlar as forças
m ecânicas que atingem o im plante e o tecido ósseo. Citaram com o regras
gerais de engenharia para a posição dos im plantes e desenho da prótese: 1)
distribuir os im plantes ao longo da curvatura da linha oclusal; 2) assegurar
bom assentam ento entre a prótese e o interm ediário e perm itir que o
parafuso de ouro esteja bem apertado; 3) m axim izar o braço de alavanca
em , aproxim adam en te, duas vezes n a região de m olar e em quatro vezes n a
de incisivos; 4) m axim izar o deslocam ento para aproxim adam ente um
diâm etro do interm ediário na região de m olar e de dois diâm etros na
região de incisivos. Afirm aram que, por causa do deslocam ento da força
axial ou transversal, aquelas m ais distantes podem gerar altos m om entos
de força sobre as próteses parciais suportadas por poucos im plantes.
Entretanto, através da colocação dos m esm os na linha oclusal, o braço de
alavanca pode ser controlado e através da m odificação da inclinação das
cúspides, a força transversal tam bém . Relataram , ainda, que as
experiências clínicas com estas próteses m ostram tratam entos com
resultado de sucesso, quando as regras de engenharia são discutidas e
seguidas.
H obkirk & Psarros (1992)3 9 realizaram um estudo para
avaliar a influência do m aterial da superfície oclusal de próteses
im plantossuportadas sobre a força m astigatória m áxim a de cinco
indivíduos. Um transdutor eletrônico de força de três canais foi associado a
um a prótese fixa im plantossuportada, de articulação balanceada e com
enquanto os pacientes m astigavam diversos alim entos. Foi encontrado que
a m édia do pico das forças m astigatórias variou consideravelm ente de
indivíduo para indivíduo, m as foi constante no m esm o paciente. Nenhum a
diferença relacionada com o m aterial do dente artificial pôde ser detectada
na proporção da força. Em todos os pacientes foi notada a distribuição das
forças através dos im plantes.
Meijer et al. (1992)6 2 verificaram a distribuição de tensão
ao redor de im pla ntes inseridos num modelo bidimensional mandibular,
através de um a força vertical de 10 0 N, que foi im posta sobre eles ou sobre
a barra de conexão. O estresse foi calculado com a ajuda do MEF para um
n úm ero de supra- estruturas sob diferentes condições de força (dois
im plantes conectados por barra, a m esm a situação com extensão distal da
barra, im plantes independentes, força aplicada uniform em ente sobre eles
e sobre a extensão). O com prim ento dos im plantes e a altura da m andíbula
tam bém variaram . No m odelo onde os im plantes eram independentes,
houve um a distribuição m ais uniform e do estresse quando com parado
com o m odelo onde foram conectados. O m aior estresse com pressivo
tam bém foi m enor no m odelo sem a barra. Os autores observaram que o
uso de im plantes pequenos não teve um a grande influência no estresse ao
redor dos m esm os. Quando a altura da m andíbula foi reduzida, um
estresse substancialm ente m aior foi encontrado no osso circunjacente por
causa da m aior deform ação total do arco inferior em reação ao estím ulo.
Murph y et al. (1995)6 6 analisaram , por m eio do MEF, a
osseointegrado, após a aplicação de forças sobre um a PPF
im plantossuportada com cantilever distal. Foi utilizado um m odelo
simplificado represen tado pelo im plan te Brän em ark de 10 x 3,75 m m ,
interm ediário, tecido ósseo distal ao im plante e cantilever da PPF. Forças
verticais estáticas de 10 N e tam bém de valores crescen tes até 20 0 N,
foram aplicadas sobre o im plante e o cantilever. Os resultados
evidenciaram que, sob todas as condições de carregam ento, o m aior
estresse ocorreu no osso m arginal cervical distal, adjacente ao cantilever.
Os autores ressaltaram que em estudos clínicos, esta não é a região do
tecido ósseo que apresenta as m aiores alterações, vistas radiograficam ente.
Este fato sugere que a extrapolação dos estudos de MEF para a clínica
odontológica deve ser feita com precaução, até que dados sobre as
propriedades m ecânicas do osso m andibular e m axilar tornem - se
disponíveis.
Assif et al. (1996)3 realizaram um estudo para avaliar a
transferência de força de um a prótese fixa im plantossuportada. Um a
m andíbula tridim ensional de resina fotoelástica com im plantes conectados
por um a supra- estrutura serviu de m odelo para o estudo. Calibradores de
força foram unidos à superfície superior da estrutura e, sobre a m esm a, foi
aplicada um a força de 7,5 Kgf (74 N) em sete pontos. As m ensurações
revelaram que houve um a proporção direta en tre a distribuição do estresse
n a estrutura de m etal e o estresse criado n as estruturas de suporte ao redor
dos im plantes; o m odo de transferência de força e de distribuição do
ponto de aplicação da força; a m aior parte do estresse foi distribuída dentro
do cantilever na conexão do suporte distal, quando a força incidiu sobre
ele; a m aior distorção foi observada nos dois calibradores próxim os do
ponto de aplicação da força e ao redor dos dois im plantes correspondentes.
Hobkirk & Brouziotou- Davas (1996)3 7 determ inaram os
efeitos da força m astigatória sobre próteses m andibulares
im plantossuportadas, em articulação balanceada ou não balanceada,
através de um estudo realizado com um grupo de seis pessoas dentadas, ou
portadores de arcos den tais restaurados ou, ainda, que usavam próteses
m andibulares im plantossuportadas. Picos de força m astigatória,
freqüência da m astigação e m édia de força foram determ inadas enquanto
m astigavam pão, cenouras e nozes. A m édia do pico de força m astigatória
variou de pessoa para pessoa e, juntam ente com a força m édia, foram
m enores quando os pacientes com eram pão e m aiores quando m astigaram
nozes, sendo que os valores para a cenoura foram interm ediários. Não
houve diferença detectável na m édia do pico de força m astigatór ia ou
m édia de força quando m astigaram pão para os dois esquem as oclusais;
entretanto, elas foram m ais baixas na oclusão balanceada, quando
m astigaram cenouras e nozes. Foi registrada m édia do pico de força de
m ais de 20 0 0 N/ seg. A freqüência da m astigação foi relativam en te
consistente independente do tipo de com ida.
Ichikawa et al. (1996),4 0 com o intuito de avaliar a
distribuição de estresse no im plante e nos tecidos m oles, realizaram um
r esina acrílica, recoberto por um a fina cam ada de polissulfeto, onde foram
colocados dois implantes na região dos caninos. Ao redor do implante
direito, foram instalados calibradores de tensão e na região do m olar
direito, um a célula de força. Quatro retent ores foram preparados para
con ectar o im plan te e a sobreden tadura, a saber: 1) reten tor m agn ético
(Magfit 40 0 , GC); 2) retentor m agnético m odificado com silicone; 3)
retentor tipo bola pré- fabricado; 4) nenhum tipo de retentor. Forças
estáticas e dinâm icas foram aplicadas bilateralm ente na região de m olar
através de um jig oclusal. Os autores concluíram que houve diferença
significativa na distribuição do estresse entre os retentores utilizados; o
estresse oclusal se concentrou ao redor do im plante, princip alm ente, na
região distal; e o retentor m agnético m odificado prom oveu ótim a
distribuição do estresse.
Kaukinen et al. (1996)4 5 investigaram a influência do
desenho oclusal na transm issão de força sobre um a prótese
im plantorretida e o tecido ósseo. Um im pla n te Brän em ark de 10 x 3,75
mm foi colocado num segmento de osso bovino, que foi mantido em meio
úm ido, e um a prótese im plantorretida foi sim ulada com dentes
anatôm icos (de 33º ) e não- anatôm icos (de 0 º ) de resina acrílica. Forças
verticais foram aplicadas e os dados foram analisados, comparando- se
aquelas requeridas para causar quebra inicial do alim ento, a força m áxim a
para a quebra antes do térm ino do ciclo e a m áxim a tensão registrada
pelos calibradores ao nível do tecido ósseo. Os autores puderam concluir
foi m aior do que para o desenho com cúspides em 0 º ; não houve diferença
significante entre a força m áxim a de quebra ou tensão m áxim a nos dois
desenhos oclusais; e, por fim, a configuração oclusal e a angulação das
cúspides das próteses im plantorretidas têm um im portante significado na
transm issão de força para o tecido ósseo. Desta m aneira, afirm am que se
ela apresentar um desenho oclusal ideal, com cúspides de inclinação
reduzida, anatom ia oclusal rasa e am plas fossas e ranhuras, não
prejudicará a distribuição das forças da m astigação e poderá, até m esm o,
minimizá- las.
No m esm o ano, Sertgoz & Guvener7 9 realizaram um estudo
para in vestigar a distribuição de estresse n a in terface osso- im plante de
um a prótese fixa im plantossuportada, usando cantilever de diferentes
tam anhos (7, 14 e 28 m m ) e diferentes com prim entos de im plante (7, 15 e
20 m m ), através do MEF tridim ensional. Modelos m andibulares foram
criados com a prótese em cantilever bilateral suportada por seis im plantes.
Forças verticais de 75 N e horizontais de 25 N foram aplicadas na distal do
can tilever. Os autores observaram que o estresse m áxim o ocorreu n a
interface osso- im plante m ais distal, do lado da aplicação da força e que o
m esm o aum entou significantem ente com o com prim ento do cantilever.
Não houve diferença estatisticam ente significativa entre o com prim ento
dos im plantes.
Pellizzer (1997)7 2 realizou um estudo para determ inar as
forças de m ordida de 73 indivíduos portadores de PPRs classe I, II ou III
m ordida foi determ inada com o auxílio de um gnatodinam ôm etro de
célula de carga. Observando os resultados, o autor pôde concluir que: 1) as
forças de m ordida determ inadas com um a sem ana de diferença não se
reproduziram na m etade dos indivíduos e três determ inações, na m esm a
sessão, m ostraram gran de variabilidade en tre elas; 2) as selas de
extrem idade livre prom overam forças m uito baixas; 3) quando o arco
antagonista era um a PT, elas foram baixas em todos os casos; 4) os
hom ens apresentaram força de m ordida m aior que a das m ulheres; e 5)
quan do a PPR in ferior era de classe III, os den tes n aturais m olares e
pré-m olares conduzirapré-m a valores pré-m aiores do que os observados nas classes I e
I I .
Ran gert et al. (1997),7 4 levando em consideração as
diferenças biom ecânicas inerentes ao tratam ento com im plantes de arcos
total e parcialm ente edêntulos, propuseram um a lista de procedim entos
que norteia o clínico durante o planeja m en to e con seqüen te tratam en to
com prótese sobre im plantes, a fim de enum erar e avaliar as situações
deletérias de sobrecarga. Citaram com o fatores de risco: 1) núm ero de
im plantes m enor que o valor de suporte; 2) im plantes conectados a dentes
naturais; 3) im plan tes em lin ha reta; 4) can tilever; 5) excessiva altura da
coroa; 6) história de bruxism o; 7) fratura de dentes com o resultado de
fatores oclusais; 8 ) prótese sobre im plante contatando durante os
m ovim entos excursivos; 9) capacidade de força do im plante; 10 ) precisão
do ajuste da prótese sobre os im plan tes; 11) reten ção do parafuso; 12)
Takanashi & Kishi (1997)8 4 avaliaram a função
m astigatória de sete indivíduos portadores de próteses sobre im plantes na
região de m olar inferior. Os m ovim entos m astigatórios, a descarga
m ioelétrica e o contato oclusal foram exam inados no m esm o indivíduo,
com parando- se o lado da prótese sobre im plante com o lado oposto, que
possuía restaurações ou PPF convencional. Gom a de m ascar, am endoim e
geléia de feijão sem açúcar foram os alim entos testes utilizados. Os autores
observaram , a partir dos registros, que não houve diferenças significativas
entre o lado da prótese im plantossuportada e o lado oposto, com relação
ao movimento mandibular, condição de contato oclusal e sensação de
m astigação. Os dados sugerem que há m ínim a diferença na habilidade
m astigatória entre o lado da prótese im plantossuportada e o lado da
dentição natural.
Tam bém no m esm o ano, Tuncelli et al.8 6 investigaram os
efeitos de vários diâm etros de im plantes, sobre os níveis de estresse, na
região posterior da m andíbula, usando o MEF tridim ensional. Foram
confeccionados quatro m odelos, sendo que, em todos eles, foram
colocados im plantes cilíndricos ocos, de diâm etros variáveis de 3,5, 4,5 e 6
m m . As forças de m ordida de 20 0 N foram aplicadas verticalm ente sobre o
segundo m olar (L2), na união entre prim eiro e segundo m olares (L3),
sobre o prim eiro m olar (L4) e de 50 N, horizontalm ente, na distal do
segundo m olar (L1). Os autores utilizaram forças associadas para cada
m odelo: L1 e L2 para o m odelo com im plante angulado independente; L1 e
im plantes angulado e padrão conectados e, por fim , L1 e L4 para o m odelo
com os dois implantes conectados ao dente natural (segundo pré- m olar).
Os autores puderam concluir que os im plantes de diâm etros aum entados
reduziram a distribuição do estresse e que os angulados apresentam
vantagens, sobre os outros, em resistir aos efeitos prejudiciais das forças
horizontais. Eles afirm aram que, neste estudo, os im plantes de 4,5 m m
foram m ais aceitáveis que os de 6 m m , especialm ente na região posterior
da m andíbula. Sugeriram ainda que investigações futuras, sobre a resposta
biológica das estruturas ósseas varia ndo- se a quan tidade de estresse,
devam ser realizadas.
Preocupados com a influência da deform ação m andibular
sobre a distribuição de força e o núm ero de im plantes, Hobkirk &
Havthoulas (1998)3 8 realizaram um estudo com réplicas de m andíbulas em
resin a acrílica, onde seis im plantes Bränem ark foram colocados na região
entre os foram es m entonianos. Quatro calibradores de tensão, colocados
sobre os interm ediários, m ediram as forças que foram aplicadas
oclusalm ente, em diferentes localizações, sobre um a supra- estrutura de
ouro. A m andíbula foi suportada por sua borda inferior e, em outro
m om ento, suspensa por um a estrutura que sim ulava sua situação natural.
Os autores observaram que, quando a m andíbula estava suspensa,
consideráveis diferenças foram associadas em relação à transm issão de
forças. Forças m aiores e gran des forças de extrusão foram detectadas,
particularm ente quando os im plantes foram conectados. Por fim ,
desenho de um a prótese m andibular estabilizada por im plantes.
Stegaroiu et al. (1998 ),8 3 através do MEF, com pararam a
distribuição do estresse no osso ao redor de im plantes independentes,
usando três desenhos de tratam ento para um a m andíbula parcialm ente
edêntula, sob forças axial (AX), bucolingual (BL) ou m esiodistal (MD). Para
cada um a destas forças, o m aior estresse foi encontrado no m odelo com
um a prótese em can tilever suportada por dois im plan tes (M2). Um estresse
m enor foi encontrado no m odelo com a PPF convencional sobre dois
implantes (M3), sendo que o m enor deles foi observado no m odelo com
três coroas conectadas suportadas por três deles (M1). Quando a força BL
foi aplicada ao M3, o estresse no osso cortical foi alto, com parável àquela
calculada para M2 com a m esm a força. Quando forças AX ou MD foram
aplicadas ao M3, o estresse no osso cortical foi baixo, sim ilar ao encontrado
no M1 sob cada um a destas forças.
Inan & Kesim (1999),4 2 por m eio da análise fotoelástica,
estudaram o estresse funcional no rebordo alveolar criado pelos m ateriais
usados em próteses im plantossuportadas. Num m odelo m andibular
fotoelástico com ausência unilateral do segundo pré- m olar, prim eiro e
segundo m olares, foram colocados dois im plantes de 10 x 3,5 m m , nas
regiões do segundo pré- m olar e segundo m olar e sobre eles foram feitas
supr a- estruturas de diferentes m ateriais, com o porcelana, resina acrílica,
resina com posta e liga de níquel- crom o. Forças de 20 Kgf (196 N), verticais
e inclinadas em 45º , foram aplicadas sobre o m odelo. Com o auxílio de um
diferença estatisticam ente significativa entre as forças vertical e inclinada
para todos os m ateriais usados; 2) a m aior distribuição de estresse ao
redor do ápice do im plante foi observada na porcelana, seguida da resina
acrílica; 3) os dois tipos de resina com posta apresentaram valores
sem elhantes; 4) a liga de níquel- crom o m ostrou a m enor distribuição de
estr esse.
Nishim ura et al. (1999)6 9 desen volveram um trabalho
laboratorial com o objetivo de exam in ar o com portam en to das estruturas
de suporte de um a PPF m andibular, suportada por im plantes e dentes
naturais, que foram unidos através de conectores rígidos e não- rígidos, sob
a sim ulação de forças verticais de 135 N sobre os im plantes e de 90 N sobre
o dente natural, utilizando a análise fotoelástica. Tam bém objetivaram
analisar a variação de suporte com um ou dois im plantes. Para tanto, foi
confeccionado um m odelo de extrem idade livre, com ausência dos dentes
35, 36, 37. O den te 34 recebeu um preparo de m etalocerâm ica
convencional. Dois im plantes de 13 x 3,75 m m foram incluídos no m odelo,
nas regiões de prim eiro e segundo m olares. As próteses foram
confeccionadas com diferentes tipos de conexão: nenhum a conexão,
apenas contato proxim al (PPF im plantossuportada em cantilever); união
rígida soldada e conexão não- rígida (encaixe de precisão). Os autores
observaram que: ocorreu baixa tensão apical no dente ou im plante, com
forças aplicadas m ais distantes do elem ento de suporte; apesar do m enor
estr esse ter sido notado durante o uso de conectores não- rígidos, o
levem en te m aiores n as estruturas de suporte; n o caso de restauração
suportada por dois im plantes, a conexão rígida dem onstrou tran sferên cia
m ais am pla do estresse. Os m esm os advogam que a seleção do desenho do
conector deve ser baseado no estado periodontal dos dentes e no suporte
prom ovido pelos im plantes.
Vaz et al. (1999)8 8 realizaram um estudo a fim de verificar a
distribuição dos esforços m astigatórios em m andíbulas sob próteses do tipo
sobredentaduras e PT convencional. Três m odelos foram obtidos pela
m oldagem de um a m andíbula hum ana desdentada e confeccionadas em
m aterial fotoelástico. A disposição dos pilares radiculares nas réplicas
originou três grupos: 1) m andíbula sem raízes suportes (grupo controle); 2)
m andíbula com raízes dispostas bilateralm ente na arcada dentária
correspondendo às raízes de dois caninos; e 3) m andíbula com a raiz de um
canino e de um molar dispostas no m esm o hem iarco de m aneira unilateral.
Sobre estas estruturas, foram confeccionadas PT convencional e
sobredentaduras, respectivam ente, as quais ocluiram em um m odelo
padrão de resina acrílica term opolim erizável, m ontado num articulador
sem i- ajustável para a aplicação do carregam ento (20 N), sim ulando um a
carga m astigatória. Após o congelam ento das tensões, as réplicas foram
cortadas em sua linha m ediana e analisadas num polariscópio de
transm issão. Pelo padrão de distribuição de tensões observadas, os autores
puderam concluir que: a) os três m odelos fotoelásticos testados
apresentaram diferentes padrões de distribuição de tensão; b) a m andíbula
apresen tou a m elhor distribuição das tensões, quando com parado com os
outros grupos, pois concentrou a tensão no ápice dos dentes pilares,
m inim izando sua concentração na região desdentada; d) no grupo 3 houve
m aior concentração dos esforços tanto nos ápices radiculares com o na
região interm ediária desdentada.
Fontijn- Tekam p et al. (20 0 0 )2 6 registraram a força de
m ordida e a eficiência m astigatória de sete grupos de pacientes: 1)
portadores de sobreden taduras im plan torretidas; 2) sobreden taduras sobre
raízes; 3) portadores de PTs convencionais em m andíbulas com altura
baixa; 4) o m esm o que o anterior, só que em m andíbulas altas; 5) dentição
natural com arco reduzido; 6) dentição com pleta em pacientes com idade
avançada; e, por fim , 7) pacientes jovens com dentição com pleta.
Utilizaram um m ini transdutor de força de m ordida, colocado na região de
segundos pré- m olares (dentados) e prim eiros m olares (desdentados). Os
resultados m ostraram que a força de m ordida alcançada com as
sobredentaduras im plantorretidas foi interm ediária entre a alcançada nas
dentições artificiais e naturais. A eficiência m astigatória foi
significativam ente m aior do que a de pacientes do grupo 3, m as ainda
m enor que a dos grupos 2 e 4. A variação de valores da altura das
m andíbulas revelaram significativas diferenças na eficiê ncia m astigatória
entre os grupos 3 e 4. Além disso, pacientes com arco dental encurtado
exibiram forças de m ordida sim ilares às dos grupos 6 e 7, m as sua
eficiência m astigatória foi lim itada devido à superfície oclusal reduzida.
encontrada entre a m áxim a força de m ordida e a eficiência m astigatória.
No m esm o an o, com o objetivo de estudar a reabilitação
m astigatória em um grande núm ero de indivíduos portadores de diferentes
tipos de próteses e tam bém detectar diferen ças en tre as habilidades
m astigatórias antes e im ediatam ente após a inserção de novas próteses,
Miyaura et al.6 4 realizaram um estudo inicialm ente com 590 pacientes, que
tiveram suas habilidades m astigatórias analisadas por m eio de um a
película detectora de pressão (Prescale, Fuji Photo Film Co.). Os pacientes
foram divididos em quatro grupos, de acordo com o tipo de dentição
posterior: prótese total (PT), prótese parcial rem ovível (PPR), prótese
parcial fixa (PPF) e dentição natural (DN). As forças m astigatórias dos
portadores de PPF, PPR e PT foram de 8 0 , 35 e 11%, respectivam en te. Os
portadores de PT m ostraram a m aior pressão de m astigação en tre os
quatros grupos, seguidos pelos portadores de PPR. No estudo clínico
individual, a for ça e a pressão m astigatórias e tam bém a área de con tato
oclusal de 85 pacientes foram analisadas. Nenhum a diferença significativa
foi encontrada entre a m astigação antes e im ediatam ente depois da
in serção das próteses. En tretan to, os autores observaram um a m elhora na
adaptação funcional das próteses, dois m eses após sua instalação.
Çehreli & Iplikçioglu (20 0 2)1 4 realizaram um estudo com o
intuito de com parar a tensão causada por PPFs im plantossuportadas sob
cargas axiais e fora do longo eixo do im plante. Dez im plantes incorporados
com calibradores de tensão, configurados para sim ular diferentes situações
dois im plan tes receberam sete PPFs de três elem en tos que foram
cim entadas provisoriam ente. Um a força vertical de 50 N axial e a dois
milímetros do longo eixo do implante foi aplicada em localizações
pré-determ inadas. As tensões foram registradas em tem pos padronizados,
seguindo- se cada seqüência de carregam ento. Para todos os desenhos de
prótese, as forças fora do longo eixo geraram m ais tensão que as axiais e
causaram m om entos de força sobre os im plantes, o que pode induzir um a
perda óssea na região do cervical do im plante. Os autores afirm aram que o
uso de im plantes de largo diâm etro, contatos oclusais apropriados e m esa
oclusal estreita podem prom over forças axiais, m ais benéficas.
No mesmo ano, Dalkiz et al.1 9 investigaram os desenhos de
próteses im plantossuportadas em casos de edentulism o parcial de
extrem idade livre, utilizan do o MEF tridimensional. Um modelo edentado
posterior, que possuía o incisivo central, incisivo lateral, canino e suas
estruturas de suporte, recebeu um im plan te de 13 x 4 m m , n a região de
segundo m olar. Três m odelos com próteses fixas
dentoim plantossuportadas foram confeccionados, com diferentes
desenhos de conexão rígida: entre um dente (canino) e o im plante; dois
dentes (incisivo lateral e canino) e três dentes (incisivos e canino). Os três
m odelos foram carregados com forças verticais e anguladas em 30 º na
direção vestíbulo- lingual e línguo- vestibular. Os autores observaram que o
estresse ao redor do canino, produzido pelas forças de m ordida aplicadas à
prótese, foi m aior do que aquele visto nas raízes dos incisivos. No caso de
canino tam bém apresentou m aior estresse. J á naquelas suportadas tanto
pelo canino, incisivos lateral e central e pelo im plante, a distribuição do
estresse foi m ais equilibrada. A despeito de várias teorias terem sido
pr opostas com relação à intrusão de dentes naturais conectados a
im plantes, os autores afirm am que este tem a ainda é desconhecido, e
advogam que, quando não for possível confeccionar - se um a prótese
totalm ente suportada por im plantes, um a apropriada seleção do caso e um
cuidadoso plano de tratam ento devem ser realizados a fim de se reduzir
sua ocorrência.
Ainda no ano de 20 0 2, com o objetivo de com parar os
efeitos do diâm etro, com prim ento e núm ero de im plantes sobre a
distribuição de tensão no osso, através do MEF, Iplikçioglu & Akça4 3
realizaram um estudo com um m odelo tridim ensional de um a m andíbula
classe II de Ken n edy, on de seis con figurações de PPF de três elem en tos
foram obtidas. Duas delas foram suportadas por três im plantes de 3,75
m m de diâm etro e com pr im en to variável (8 e 10 m m ). As dem ais foram
suportadas por dois im plan tes term in ais (8 x 3,75 m m ; 10 x 3,75 m m ; 8 x
4,1 m m ; 10 x 4,1 m m ). Forças oblíquas de 40 0 N, verticais de 20 0 N e
horizontais de 57 N foram sim uladas. Foram avaliadas as cargas de tens ão
e de com pressão no osso cortical ao redor dos im plantes e tensão de Von
Mises. Os resultados m ostraram que, apesar da m udança no com prim ento
dos im plantes não dim inuir os níveis de tensão, valores m enores de tensão
e com pressão foram observados no osso ao redor dos im plantes com
observada nas próteses suportadas por dois im plantes largos em
com paração àquelas suportadas por três im plantes. Os autores concluíram
que com o uso de im plantes de 10 x 4,1 m m , situados n os extrem os da PPF
de três elem entos, a distribuição de tensão ao seu redor ficou dentro dos