• Nenhum resultado encontrado

Violência e morte: diferenciais da mortalidade por causas externas no espaço urbano do Recife, 1991.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Violência e morte: diferenciais da mortalidade por causas externas no espaço urbano do Recife, 1991."

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

Violência e mort e: diferenciais da mort alidade

por causas ext ernas no espaço urbano

do Recife, 1991

Vio le nce and d e ath: d iffe re ntials in mo rtality

fro m e xte rnal cause s in Re cife , Pe rnamb uco ,

Brazil, 1991

1 Coorden ação de Pós-Grad u ação d a Facu ld ad e d e Ciên cias M éd icas d a Un iversid ad e Fed eral d e Pern am bu co. Ru a Arn óbio M arqu es 310, San to Am aro, Recife, PE 50100-130, Brasil. 2 Departam en to de Medicin a Trop ical, Hosp ital d as Clín icas, Un iversid ad e Fed eral d e Pern am bu co. Av. Morais Rego s/no,

Cid ad e Un iversitária, bloco A, Recife, PE 50670-620, Brasil. rx im en es@elogica.com .br M aria Lu iz a C. d e Lim a 1 Ricard o Xim en es 2

Abst ract Th is stu d y aim ed to d escribe th e am ou n t of (an d tren d s in ) violen t d eath s in th e city of Recife, Pern am bu co, Brazil, an d to an alyze th eir d eterm in an ts. Th e article p resen ts th e sp atial d istribu tion of th ese d eath s for th e year 1991 an d th e d ifferen ces regard in g sex, age, an d p lace of occu rren ce. It also an alyzes th e p oten tial role of a series of socioecon om ic factors, u sed as in d icators of th e p op u lation’s livin g con d ition s. An exp loratory ecological stu d y w as con d u cted to com -p are variou s grou -p s. In 1991 th ere w ere a total of 1181 violen t d eath s in Recife. Th e stu d y -p oin ts to an overall m ortality rate from extern al cau ses of 90.9/100,000 in h abitan ts. Th e tw o age grou p s 10-39 years an d 60 years an d over w ere th ose at h igh est risk of d eath . M ales sh ow ed excess m or-tality in all age grou p s. Th e m ost im p ortan t sp ecific cau ses of d eath w ere h om icid es an d traffic accid en ts, w ith 51.3% an d 23.4%, resp ectively, of all violen t d eath s. Th e au th ors d iscu ss th e d if-feren ces in th e m ortality rate from extern al cau ses in d ifif-feren t social areas, d efin ed accord in g to livin g con d ition s an d th eir relation sh ip to th e h istory of th e d evelop m en t of Recife.

Key words Mortality; Extern al Cau ses; Sp atial An alysis

Resumo Este estu d o teve com o objetivo d escrever a ten d ên cia e a m agn itu d e d as m ortes violen -tas n a cid ad e d o Recife, su a d istribu ição esp acial n o an o d e 1991 e seu s d iferen ciais qu an to ao sexo, id ad e, local d e ocorrên cia; objetivou , tam bém , an alisar a p articip ação d e algu m as variá-veis sócio-econ ôm icas qu e exp ressam as con d ições d e vid a, n as p ossívariá-veis exp licações d essas d ife-ren ças. Utilizou -se com o m étod o o d esen h o d e estu d o ecológico d o tip o exp loratório e com p ara-ção d e m ú ltip los gru p os. Foram an alisad as 1.181 d eclarações d e óbitos d e resid en tes em Recife, falecid os n o an o d e 1991. Verificou -se u m a m agn itu d e d o coeficien te d e m ortalid ad e p or cau sas extern as n a ord em d e 90,9 p or cem m il h abitan tes. Os gru p os d e d ez a 39 an os e sessen ta an os e m ais con stitu íram os d e m aior risco, e o sexo m ascu lin o ap resen tou u m a sobrem ortalid ad e em tod as as faixas etárias. Os p rin cip ais gru p os d e cau sas esp ecíficas foram os h om icíd ios e os aci-d en tes aci-d e trân sito, qu e rep resen taram cerca aci-d e 51,3% e 23,4% aci-d o total aci-d e óbitos p or essas cau sas, resp ectivam en te. Discu tiram -se algu n s asp ectos d a d esigu ald ad e d a m ortalid ad e p or cau sas ex-tern as n os esp aços sociais, segu n d o con d ições d e vid a e su a relação com o p rocesso h istórico d e form ação d a cid ad e d o Recife.

(2)

Introdução

Nos ú ltim os an os, a violên cia, p or cau sa d e su a ten d ên cia a scen d en te, vem sen d o a p o n ta d a p or d iversos setores rep resen ta tivos d a socie-d a socie-d e co m o sério e im p o rta n te p ro b lem a q u e aflige m u itos p aíses, e o Brasil em esp ecial.

No ca m p o d a sa ú d e, vem sen d o estu d a d a , p red om in an tem en te, n o qu e se refere à su a exp ressã o em lesõ es e tra u m a s n o co rexp o d o s in -d iví-d u o s q u e ch ega m a receb er a lgu m tip o -d e assistên cia m éd ica ou qu e evolu em p ara o ób i-to. Tais even tos são d en om in ad os cau sas exter-n a s e, d e a co rd o co m a 9aRevisã o d a Cla ssifica çã o In tern a cio n a l d e Do en ça s – CID, refe rem se aos fatores extern os ao organ ism o h u -m an o q u e p rovoca-m lesões, en ven en a-m en tos ou efeitos ad versos ao h om em .

A m ortalid ad e p or cau sas extern as a p artir da década de 80 ocu p a o segu n do lu gar n o qu a-d ro geral a-d e m ortalia-d aa-d e, n as várias regiões a-d o Pa ís, excetu a n d o a Regiã o Su l, o n d e o cu p a o terceiro lu gar (Reich en n h eim & Wern eck, 1994). Nas faixas etárias d e cin co a 19 an os e d e vin te a 49 an os, já con stitu íam , em 1980, a p rim eira cau sa d e m ortalid ad e ocorrid a, em su a gran d e m a io ria , n o sexo m a scu lin o. Den tre a s ca u sa s extern as, os acid en tes d e trân sito e h om icíd ios rep resen ta va m m a is d a m eta d e d a s m o r tes, (Da d o s, 1985). No p erío d o d e 1980 a 1988, o s h o m icíd io s a p resen ta ra m u m crescim en to d e 44%, sen d o o m a io r in crem en to n a s fa ixa s d e d ez a 14 a n os e d e 15 a 19 a n os. Em rela çã o à s ca p ita is, ob serva -se u m a ten d ên cia crescen te n a m a io ria d ela s, d esta ca n d o -se a cid a d e d o Recife co m o a q u ela q u e exib iu u m a d a s m a is elevad as taxas d o Brasil p or h om icíd ios (Sou za, 1994).

Den tre a s ca u sa s extern a s, a s m o rtes p o r h om icíd ios têm sid o ap on tad as com o u m in d i-ca d o r d a vio lên cia rela cio n a d o, en tre o u tro s p rocessos, com a in ten sifica çã o d a s d esigu a l-d al-d es sócio-econ ôm icas (Reich en h eim & Wer-n eck, 1994).

Algu n s tra b a lh o s têm cita d o a p o ssível a s-so cia çã o d a s a lta s ta xa s d e h o m icíd io s co m o p rocesso d e u rb an ização, d esigu ald ad es sócioecon ôm icas, p obreza, tráfico de drogas, en fren tam en tos raciais e étn icos, m u d an ças n a estru -tu ra fa m ilia r, co n flito s a rm a d o s, en tre o u tro s fa to res, (Op a s, 1990, 1994; Da d o s, 1985, 1990; Sou za, 1994).

Já Min ayo (1994), ch am a aten ção p ara p ro-cesso s so cia is, ta is co m o a m a rgin a lid a d e e o d esem p rego, qu e, em razão d a estru tu ra social, co n trib u em p a ra a exp lica çã o d a vio lên cia . O m od elo exp licativo d esen volvid o p or Castella-n o s (1991), a o co Castella-n sid era r a rep ro d u çã o so cia l

com o categoria d e an álise, oferece u m a con tri-b u içã o teó rica p a ra o estu d o d a situ a çã o d e saú d e, segu n d o con d ições d e vid a.

Nesse con texto, d estacam os a im p ortân cia d e estu d a r a m o rta lid a d e p o r ca u sa s extern a s n a cid ad e d o Recife, com o in d icad or d a violên -cia, ten d o com o b ase o con ceito d e esp aço so-cia lm en te o rga n iza d o. No p resen te tra b a lh o, p artim os d o p ressu p osto d e qu e a ocu p ação d o esp a ço n ã o o co rre d e fo rm a a lea tó ria , e, sim , revela a d esigu a ld a d e d e co n d içõ es d e vid a q u e, p o r su a vez, in term ed ia ria m , em ú ltim a a n á lise, o risco d iferen cia d o d e d eterm in a d os gru p o s so cia is se re m a lvo s p re fe re n cia is d a m ortalid ad e p or cau sas extern as.

A p resen te in vestiga çã o visa d escrever a ten d ên cia e a m agn itu d e d as m ortes violen tas n a cid ad e d o Recife n o an o d e 1991, e an alisar seu s d iferen cia is q u a n to a o sexo, id a d e, lo ca l d e ocorrên cia, b em com o a su a d istrib u ição es-p acial segu n d o b airros e estratos d e con d ições d e vid a.

M et odologia

Descrição da área

A á rea estu d a d a fo i a cid a d e d o Recife, co m u m a p op u lação estim ad a p elo cen so em torn o d e 1.298.229 h ab itan tes, p ara o an o d e 1991. A cid ad e é com p osta d e 94 b airros e d ivid id a em seis regiões p olítico-ad m in istrativas – RPAs. Os b a irro s a p resen ta m u m a h etero gen eid a d e q u a n to à d en sid a d e d em o grá fica e u m a co m -p osição etária b astan te sem elh an te.

O crescim en to p op u lacion al n o ú ltim o p e-ríod o in tercen sitário (1980-1991) foi d e 0,66% a o a n o, u m d o s m en o res em rela çã o a o u tra s cap itais d o País.

Do p o n to d e vista so cia l, segu n d o Ro ch a (1994), a cid a d e d o Recife d etém o m a is a lto p ercen tu al d e p ob res q u an d o com p arad a com ou tras cap itais d o Brasil, ch egan d o a 48,5% d a p o p u la çã o e 19% d e in d igen tes. Ao co m p a ra r os m esm os in d icad ores em 1981, a au tora ob -servou , em 1990, u m a m elh oria d estes p ara to-d as as regiões e estratos to-d o País, exceto Rio to-d e Jan eiro.

(3)

Desenho do estudo

Estu d o eco ló gico d o tip o exp lo ra tó rio e co m -p aração d e m ú lti-p los gru -p os.

A estratificação d a cid ad e d o Recife em cm ad as d e con d ições d e vid a teve cocm o u n id a-d e m ín im a a-d e an álise o b airro. Não foi p ossível d esa grega r o esp a ço u rb a n o d o m u n icíp io a té n ível d e setor cen sitário p or d ificu ld ad es op e-racion ais, tais com o: m á qu alid ad e d e in form a-ção n o item en d ereço, q u e con sta d o atestad o d e ób ito, e p elo fato d e os d escritores d os seto-res cen sitários n ão se b asearem n a n u m eração d as resid ên cias n os lograd ou ros.

Os b airros foram ord en ad os d e form a cres-cen te segu n d o o p ercres-cen tu a l d e ren d a d e a té d o is sa lá rio s m ín im o s (SM) p erceb id o p elo ch efe d a fam ília d e cad a b airro e agru p ad os em qu atro estratos:

Estra to 1: p rim eiro co n ju n to d e 25% d o s b a irro s co m p ercen tu a l d e ren d a a té d o is SM, varian d o d e 4% a 43% – d en om in ad o estrato d e elevad a con d ição d e vid a.

Estra to 2: segu n d o co n ju n to d e 25% d o s b a irro s co m p ercen tu a l d e ren d a d o is SM, va -rian d o d e 44% a 59% – d en om in ad o estrato d e in term ed iária con d ição d e vid a.

Estrato 3: terceiro con jun to de 25% dos bairro s co m p ercen tu a l d e ren d a a té d o is SM, va -rian d o d e 60% a 75% – d en om in ad o estrato d e b aixa con d ição d e vid a.

Estrato 4: qu arto con ju n to d e 25% d os b air-ros com m ais elevad o p ercen tu al d e ren d a até d ois SM, varian d o d e 76% a 97% – d en om in ad o estrato d e m u ito b aixa con d ição d e vid a.

As va riá veis estu d a d a s fo ra m ó b ito s p o r cau sas extern as, sexo, id ad e, b airro d e resid ên -cia, local d e ocorrên cia d o ób ito, variáveis rela-tivas à in fra-estru tu ra d e serviços u rb an os p or b a irro (a b a stecim en to d e á gu a , esgo to, p a vi-m en tação, livi-m p eza p ú b lica) e ren d a.

Font e de dados

Fo ra m a n a lisa d a s 1.181 d e cla ra çõ e s d e ó b ito p o r ca u sa s e xte rn a s d e re sid e n te s e m Re cife, referen tes ao an o d e 1991.

As in fo rm a çõ es rela tiva s à in fra -estru tu ra d e serviços u rb an os foram ob tid as n a Secreta-ria d e Pla n eja m en to Urb a n o e Am b ien ta l (Se-p la n ) d a Prefeitu ra d a Cid a d e d o Recife (PCR) e são relativas ao an o d e 1991. A ren d a e a p o-p u la çã o o-p or sexo e fa ixa etá ria , o-p or b a irro, fo-ra m ob tid a s va len d o-se d o Cen so Dem ográ fi-co (FIBGE, 1991).

Análise dos dados

A p rim eira etap a d a an álise d escreveu u m a d is-trib u içã o d e freq ü ên cia d a s va riá veis selecio-n a d a s e estim o u o s a selecio-n o s p o teselecio-n cia is d e vid a p erd id os (APVP) e taxa d e APVP p or gru p os d e cau sas extern as. O cálcu lo d os APVP foi feito d e acord o com o m étod o d e Rom ed er & McWh in -n ie (Rom ed er & McWh i-n -n ie, 1988, ap u d Cn e-p i, 1992), con sid eran d o 69 an os o lim ite m áxi-m o d e id ad e, q u e corresp on d e à esp eran ça d e vid a a o n a scer p a ra p o p u la çã o d o Recife em 1990, d a d o fo rn ecid o p elo Dep a rta m en to d e Dem ografia d a Fu n d ação d e Pesqu isa Joaqu im Nab u co.

Para an alisar o com p ortam en to d a m ortali-d aortali-d e p or cau sas extern as ao lon go ortali-d o p eríoortali-d o d e 1977 a 1991, atu alizou -se a série d e Men ezes et al. (1989).

Na segu n d a etap a, foi an alisad a a d istrib u i-ção esp acial d as m ortes p or cau sas extern as n a cid a d e d o Recife, n o a n o d e 1991, segu n d o o s estra tos d e ren d a . Esses estra tos fora m ca ra cterizad os q u an to às variáveis d e in fraestru tu -ra de serviços u rban os e coeficien te de m ortalidade p or cau sas extern as (p or cem m il h abitan -tes) e p rin cip ais gru p os d e cau sas esp ecíficas.

Bu scan d o-se verificar a associação en tre as variáveis relacion ad as às con d ições d e vid a e a m ortalid ad e p or cau sas extern as, foram calcu -la d o s o s co eficien tes d e co rre-la çã o d e Sp ea r-m an , u tilizan d o-se o p rograr-m a SPSS.

Result ados

Em certo s p o n to s d a série h istó rica d e 1977 a 1990, a m ortalid ad e p rop orcion al n a cid ad e d o Recife revela u m a m u d an ça n o p erfil d e m orta-lid a d e n o p erío d o exa m in a d o, sen d o m o rtes p o r ca u sa s extern a s u m d o s gru p o s d e ca u sa s m ais im p ortan tes n o q u ad ro geral, ap en as su -p erad o -p elas d oen ças d o a-p arelh o circu latório (Tab ela 1).

Ao se com p ararem as taxas d e m ortalid ad e p or cau sas extern as en tre as p rin cip ais cap itais b rasileiras n o an o d e 1990 (Tab ela 2), Rio d e Ja-n eiro e Recife sã o a s ca p ita is q u e d etêm , res-p ectivam en te, a res-p rim eira e a segu n d a m aiores taxas, segu id as d e São Pau lo e Cu ritib a.

(4)

Qu a n d o se estra tifica a m o rta lid a d e p o r ca u sa s extern a s segu n d o fa ixa etá ria e sexo ( Ta b ela 3), o b ser va -se u m a so b rem o rta lid a d e n o sexo m ascu lin o, exceto n a faixa etária d e ze-ro a qu atze-ro an os.

Den tre os gru p os d e cau sas (Tab ela 4), p er-ceb e-se qu e h om icíd ios e acid en tes d e trân sito são os d ois m ais im p ortan tes, com coeficien tes d e 46,7 e 21,2 p or cem m il h ab itan tes resp ecti-vam en te, sen do h om icídios o gru p o com o m ais alto coeficien te. Esse é u m dado qu e caracteriza a cid ad e d o Recife com o u m a d as cap itais m ais violen tas d o n osso p aís.

Atu alizan d o-se os d ad os relativos aos an os d e 1986 até 1991, com p lem en tan d o a série h is-tórica d e 1977 a 1985 tra b a lh a d a p or Men ezes et al. (1989), e com p aran d o-se as taxas n o in í-cio e n o fin a l d o p erío d o, o b ser va -se, n a série estu d a d a ( Ta b ela 5), q u e h á u m a ten d ên cia crescen te d a m ortalid ad e p or cau sas extern as, co m u m a u m en to rela tivo d e 84,3% n o s 14 an os con sid erad os. Em tod os os gru p os d e cau -sas esp ecíficas h ou ve u m crescim en to relativo d o in ício d a série (1977) p ara o fin al (1991),

ex-Tab e la 1

Mo rtalid ad e p ro p o rcio nal, se g und o p rincip ais g rup o s d e causas d e ó b ito s. Re cife , 1977-1990.

Causas 1977 1978 1985 1990*

1a Do e nça ap . circ. Do e nça ap . circ. Do e nça ap . circ. Do e nça ap . circ.

(27,3) (26,5) (31,9) (32,2)

2a Do e nça infe c. p aras. De mais causas De mais causas Causas e xte rnas

(19,5) (17,6) (19,9) (13,6)

3a De mais causas Do e nça infe c. p aras. Causas e xte rnas Ne o p lasmas

(16,6) (15,2) (10,9) (10,7)

4a Do e nça ap . re sp . Causas p e rinatais Ne o p lasmas Do e nça ap . re sp .

(12,1) (10,7) (9,9) (8,6)

5a Ne o p lasma Do e nça ap . re sp . Do e nça infe c. p aras. Do e nça infe c. p aras.

(8,4) (10,6) (9,4) (8,1)

6a Causas p e rinatais Ne o p lasma Causas p e rinatais Ap . d ig e stivo

(7,4) (9,1) (9,0) (6,4)

7a Causas e xte rnas Causas e xte rnas Do e nça ap . re sp . Do e nça g land . nutr. Me tab

(5,9) (7,9) (7,8) (6,3)

8a S. S. mal d e f. S. S. mal d e f. S. S. mal d e f. Causas p e rinatais

(2,8) (2,3) (2,1) (5,7)

9a De mais causas

(5,5)

10a S. S. mal d e finid o s

(2,9)

Fo nte : 1977-1985: Me ne ze s e t al., 1989.

* 1990: Dad o s atualizad o s p e la p e sq uisa co m b ase no Siste ma d e Info rmaçõ e s so b re Mo rtalid ad e . SES/ Fusam – PE.

Tab e la 2

Núme ro d e ó b ito s e co e ficie nte d e mo rtalid ad e p o r causas e xte rnas (p o r ce m mil hab itante s) e m alg umas cap itais d o Brasil – 1990.

Capit ais n Coef.

Fo rtale za 935 54,6

Re cife 1.360 104,7

Salvad o r 1.165 56,1

Be lo Ho rizo nte 1.388 68,7

Rio d e Jane iro 6.322 115,3

São Paulo 9.464 98,1

Curitib a 1.160 88,2

Po rto Ale g re 1.002 79,3

Go iânia 618 67,0

(5)

ceto n o gru p o d e ou tras violên cias, on d e se evi-d en ciou u m evi-d ecréscim o evi-d e 61%. Esse evi-d ecréscim o p ossivelecréscim en te reflete u ecréscim a ecréscim elh oria acen -tu ad a n o sistem a d e in form ação, com u m a m elh or classificação da cau sa básica de óbito, con -trib u in d o p rova velm en te p a ra o a u m en to d os ou tros gru p os esp ecíficos de cau sas extern as. O m aior p ercen tu al d e crescim en to foi en con tra-d o n os h om icítra-d ios, com u m au m en to tra-d e 357%; p o r o u tro la d o, o s a cid en tes d e trâ n sito a p resen ta ra m u m a créscim o rela tivo d e 23%; o u -tros acid en tes, d e 53,6%; e os su icíd ios, d e 65%. Ressalte-se o com p ortam en to d os h om icíd ios, q u e, a p a rtir d a d éca d a d e 80, u ltra p a ssa m o s acid en tes d e trân sito e ap resen tam u m cresci-m en to p rogressivo até 1990.

An alisan d o os p rin cip ais gru p os d e cau sas extern as segu n d o faixa etária em 1991 (Figu ra 1), em rela çã o a o s h o m icíd io s, o s d a d o s reve-la m o s m a io res co eficien tes n a p o p u reve-la çã o d e 15 a 19 an os, vin te a 29 an os e trin ta a 39 an os. É cu rioso n otar qu e n a faixa d e sessen ta an os e m ais h á u m a elevação d o coeficien te, p orém é n a p op u lação jovem q u e se con cen tra o m aior risco d e m orrer. Os a cid en tes d e trâ n sito a co -m ete-m -m a is a p o p u la çã o id o sa , a p a r tir d o s cin q ü en ta a n o s. Os o u tro s a cid en tes ta m b ém a p resen ta m co m p o rta m en to sem elh a n te a o dos aciden tes de trân sito, com u m elevado coe-ficien te n a faixa d e trin ta a 39 an os e o ou tro n a faixa d e sessen ta an os e m ais.

Em Recife, em 1991, os APVP revelam p ara o total d e cau sas extern as u m a som a d e 39.782 a n o s d e vid a p o ten cia lm en te p erd id o s em ra -zão d a violên cia e d os acid en tes, com u m a taxa d e 30,6 an os d e vid a p erd id os em cad a m il h a-b itan tes. Ch am am a aten ção as faixas d e vin te

a 29 an os e trin ta a 39 an os, on d e se con cen tra u m a so m a d e 23.608 a n o s d e vid a p o ten cia l-m en te p erd id o s, cerca d e 59,9% d o to ta l d a s p erd as referid as.

An a lisa n d o -se co m m a is d eta lh es o s tip o s d e h om icíd io e acid en tes d e trân sito em 1991, verifica-se qu e, d en tre os tip os d e acid en tes d e trâ n sito, o s a tro p ela m en to s sã o resp o n sá veis p o r 45,5% d a s m o rtes; en treta n to, n a rea lid a -d e, esse p ercen tu al p o-d erá ser m aior, u m a vez qu e, n os d ad os estu d ad os, 51,6% d os acid en tes são d e n atu reza n ão esp ecificad a. A colisão en -tre veícu los ap resen ta u m p ercen tu al d e 0,7%; q u a n to a o s h o m icíd io s, p rep o n d era o u so d a a rm a d e fo go em 83,5%, segu in d o -se a este o u so d e arm a b ran ca em 14,4%.

No q u e se refere à d istrib u içã o esp a cia l d a m o rta lid a d e p o r ca u sa s extern a s, n a s Figu ra s 2, 3 e 4 ob servam -se os coeficien tes d e m ortalid aortalid e p or cau sas extern as e p or gru p os ortalid e cau

-Tab e la 3

Núme ro d e ó b ito s e co e ficie nte d e mo rtalid ad e p o r causas e xte rnas (p o r 100.000 hab .) e razão d e taxas, se g und o faixa e tária e se xo . Re cife , 1991.

Faixas et árias n Coef. M asculino Feminino Razão de t axas

n Co e f. n Co e f.

0-4 21 16,4 11 16,4 10 15,8 1,0

5-9 19 13,9 15 21,7 4 5,9 3,6

10-14 46 33,1 34 49,2 12 17,2 2,8

15-19 137 98,3 111 166,2 26 35,8 4,6

20-29 382 152,2 328 280,2 53 39,6 7,0

30-39 200 106,4 177 208,5 23 22,3 9,3

40-49 114 90,4 94 170,8 19 26,7 6,4

50-59 70 80,7 52 142,8 18 35,8 3,9

60 e mais 192 184,6 134 210,8 58 143,3 1,5

Fo nte : Se cre taria Estad ual d e Saúd e / Fusam – PE. Se m info rmação : trê s caso s.

Tab e la 4

Núme ro d e ó b ito s e co e ficie nte d e mo rtalid ad e p o r causas e xte rnas (p o r 100.000 hab .) se g und o g rup o s d e causas e xte rnas e sp e cíficas. Re cife , 1991.

Causas ext ernas n Coef.

Acid e nte s d e trânsito (E 810 - E 819,9) 276 21,2

O utro s acid e nte s (E 820 - E 949) 194 14,9

Suicíd io s (E 950 - E 959) 50 3,8

Ho micíd io s (E 960 - E 969) 606 46,7

O utras vio lê ncias (E 980 - E 989) 53 4,0

Causas e xte rnas (E 800 - E 999) 1.181 90,9

(6)

Tab e la 5

Co e ficie nte d e mo rtalid ad e p o r causas e xte rnas (p o r 100.000 hab .) se g und o g rup o d e causas e xte rnas e sp e cíficas. Re cife , 1977-1991.

Ano Causas ext ernas Tot al

Acid e nte d e trânsito O utro s acid e nte s Suicíd io Ho micíd io O utras vio lê ncias

(E810-819,9) (E820-E949) (E950-E959) (E960-E969) (E980-E989) (E800-E999)

Co e f. Co e f. Co e f. Co e f. Co e f. Co e f.

1977 17,2 9,7 2,3 10,2 9,9 49,3

1978 19,3 10,6 3,2 11,2 12,5 56,8

1979 19,9 6,6 2,3 16,7 23,4 69,2

1980 18,4 7,1 2,3 16,4 21,9 66,2

1981 16,4 14,3 3,2 20,8 12,6 67,2

1982 19,9 17,8 1,4 25,0 13,1 77,3

1983 17,0 20,5 1,8 26,5 11,0 76,8

1984 16,9 20,9 2,2 30,3 11,8 82,2

1985 19,9 16,8 1,4 32,2 11,6 82,3

1986 23,3 19,2 1,6 35,7 20,0 99,8

1987 25,2 10,0 1,2 35,5 18,4 90,5

1988 23,0 11,0 1,0 35,6 22,9 93,6

1989 25,6 11,0 1,0 48,1 19,3 105,1

1990 23,2 20,3 3,1 52,6 6,2 105,4

1991 21,2 14,9 3,8 46,7 4,0 90,9

Fo nte : 1977-1985: Me ne ze s e t al., 1989.

1977-1985: Atualizad o p e la p e sq uisa co m b ase no ate stad o d e ó b ito e mitid o p e la SES/ FUSAM/ PE. 1986-1990: Estatística d e mo rtalid ad e , MS.

1991: Atualizad o p e la auto ra co m b ase nas d e claraçõ e s d e ó b ito d a SES – Fusam – PE.

Fig ura 1

Co e ficie nte d e mo rtalid ad e p o r g rup o s d e causas e xte rnas e sp e cífica (p o r 100.000 hab .) se g und o faixa e tária. Re cife , 1991.

0

co

e

fi

ci

e

n

te

(

1

0

0

.0

0

0

/h

ab

.)

20 40 60 80 100 120

ho micídio s

suicídio s

o utro s acidentes

acidentes de trânsito

> 60 idade 50-59

40-49 30-39

20-29 15-19

10-14 5-9

(7)

sas esp ecíficas p or b airro, agru p ad os em qu ar-tis. Ao se a n a lisa rem a s ca u sa s extern a s com o u m tod o (Figu ra 2), ob ser va-se u m a d istrib u i-çã o b a sta n te h etero gên ea en tre o s b a irro s d a cid a d e d o Recife. Os b a irro s q u e exib ira m o s m ais elevad os coeficien tes foram : Cid ad e Un i-versitária, San to An tôn io, Recife, Casa Am are-la, Totó, São José e Gu ab irab a. Em relação aos aciden tes de trân sito (Figu ra 3), p ercebe-se qu e os b airros Cid ad e Un iversitária, Recife, Ap ip u -co s, To tó , Ca sa Am a rela , Bo a Vista e Sã o Jo sé p erfizera m os m a is a ltos coeficien tes. Qu a n to a o s h o m icíd io s (Figu ra 4), n o ta -se q u e fo ra m o s b a irro s d o Recife, Sa n to An tô n io, Cid a d e Un iversitária, Casa Am arela, Brejo d a Gu ab ira-b a , Gu a ira-b ira ira-b a e Sã o Jo sé o s q u e refletira m o s m ais altos coeficien tes.

O exa m e d o s co eficien tes d e m o r ta lid a d e p or gru p os esp ecíficos d e cau sas extern as, p or estra to e segu n d o co n d içõ es d e vid a , fo r n ece m ais elem en tos q u an to às esp ecificid ad es en -tre a s su a s p rin cip a is ca u sa s e a s re la çõ e s só-cio-econ ôm icas d e cad a estrato (Tab ela 6). Ob-servan d o-se os resu ltad os, verifica-se, em rela-ção aos acid en tes d e trân sito, u m m aior coefi-cien te d e m o rta lid a d e n o estra to d e eleva d a co n d içã o d e vid a – estra to 1 (co eficien te d e 29,1 p o r cem m il h a b ita n tes), q u e va i d ecres-cen d o até o estrato d e m ais b aixa con d ição d e vid a – estrato 4 (coeficien te d e 11,5 p or cem m il h ab itan tes).

Os ca so s d e su icíd io s a p resen ta m u m p a -d rão sem elh an te aos -d os aci-d en tes -d e trân sito, p ois à m ed id a qu e p ioram as con d ições d e vid a d ecresce o co eficien te d e m o rta lid a d e (co efi-cien te d e 6,5 n o estra to 1 p a ssa p a ra 1,9 p o r cem m il h ab itan tes n o estrato 4).

Já o s ca so s d e h o m icíd io s a p resen ta m u m co m p o rta m en to in verso a o d o s a cid en tes d e trân sito e ao d os su icíd ios, u m a vez q u e o coe-ficien te d e m o rta lid a d e se eleva d o estra to 1 (co eficien te d e 30,2 p o r cem m il h a b ita n tes) até o estrato 3 (coeficien te d e 54,5 p or cem m il h a b ita n tes). To d a via , n o estra to co n sid era d o d e m a is b a ixa con d içã o d e vid a – estra to 4, h á u m d eclín io d o coeficien te (coeficien te d e 37,4 p o r cem m il h a b ita n tes), a in d a q u e este p er -m an eça -m aior d o qu e o d o estrato 1.

Em relação aos ou tros acid en tes, n ão se ob serva u m p a d rã o b em d efin id o, p o is a s va ria -ções são p equ en as en tre os estratos.

Ao rea liza r-se a co rrela çã o d e Sp ea rm a n , n ão se en con trou associação estatisticam en te sign ifican te en tre as variáveis sócio-econ ôm i-ca s estu d a d a s e a m o r ta lid a d e p o r i-ca u sa s ex-tern as e seu s p rin cip ais gru p os d e cau sas esp e-cíficas (acid en tes d e trân sito e h om icíd ios) n os estratos e n o con ju n to d os b airros. Ap resen

ta-Fig ura 2

Distrib uição d o co e ficie nte d e mo rtalid ad e p o r causas e xte rnas (p o r 100.000 hab .) p o r b airro , e m q uartis. Re cife , 1991.

Q uartil 1 = 0 a 22,2

Q uartil 2 = 22,2 a 67,6

Q uartil 3 = 67,6 a 114,6

Q uartil 4 = 114,6 a 1478,7 Co eficiente de mo rtalidade po r causas externas (po r 100.000 hab .)

(8)

m os os valores d os coeficien tes d e correlação e o s resp ectivo s va lo res d e p p a ra a a sso cia çã o en tre ren d a (p ercen tu a l d e ren d a d e a té d o is SM d o ch efe d a fam ília) e o coeficien te d e m or-ta lid a d e p o r ca u sa s extern a s (r = -0,013 e p = 0,9); ren d a e co eficien te d e m o r ta lid a d e p o r acid en te d e trân sito (r = 0,08 e p = 0,44) e ren -d a e coeficien te -d e m ortali-d a-d e p or h om icí-d ios (r = 0,139 e p = 0,18), n o con ju n to d os 94 b airros estu dados. Qu an do tom am os ap en as o con -ju n to d e 49 b airros, n os qu ais ob servou -se p elo m en o s u m a m o rte p o r a cid en te d e trâ n sito e h om icíd io n o an o d e 1991, con stata-se u m a associação in versa, em bora fraca, estatisticam en -te sign ifican -te, ap en as p ara ren d a e coeficien -te d e m o rta lid a d e p o r a cid en te d e trâ n sito (r = -0,35 e p = 0,014). Os ou tros valores ob tid os fo-ram : ren d a e m ortalid ad e p or cau sas extern as (r = 0,022 e p = 0,88); ren d a e m o rta lid a d e p o r h om icíd io (r = 0,158 e p = 0,278).

Discussão

Com b ase n os resu ltad os en con trad os, fazem -se n ecessários algu n s com en tários m etod oló-gicos qu e p od em ter in flu en ciad o tais ach ad os, u m a vez q u e, ap esar d a evid en te d esigu ald ad e n a d istrib u ição d a m ortalid ad e p or cau sas ex-tern as n o esp aço u rb an o d e Recife e d e u m a d i-feren ciação p or estrato segu n d o con d ições d e vid a , n ã o fo i en co n tra d a u m a co rrela çã o d e Sp earm an estatisticam en te sign ifican te.

Algum as lim itações m etodológicas são apon -tad as, tais com o:

• a p esa r d e o s estra to s serem rela tiva m en te h om ogên eos, n ão se p od e n egar a existên cia d e u m certo grau d e h eterogen eid ad e d ecorren te d e características esp ecíficas d a form ação h is-tórica d a cid ad e;

• a u tilização d e som en te u m an o (1991) ten -d e a co m p ro m eter a esta b ili-d a -d e -d o s -d a -d o s, p rin cip a lm en te n o s b a irro s co m p o p u la çã o ab aixo d e m il h ab itan tes;

• a u tiliza çã o a p en a s d a va riá vel ren d a p a ra exp lica r a m o rta lid a d e p o r ca u sa s extern a s e seu s gru p o s d e ca u sa , co m d eterm in a çõ es d e n atu rezas d iversas e b astan te com p lexas, tam -b ém ten d e a in flu en ciar os ach ad os.

Um o u tro a sp ecto m eto d o ló gico in eren te à s ca ra cterística s d o s estu d o s eco ló gico s d iz resp eito à falácia ecológica. Esta ocorre q u an d o associações en con trad as n o n ível d e p op u -la çõ es o u gru p o s sã o in terp reta d a s co m o re-p rod u zíveis em n ível d e in d ivíd u os.

Com o n o n osso estu d o a u n id ad e d e an áli-se corresp on d e a u m con glom erad o (b airro ou estrato p or con d ição d e vid a), e n ão se p reten

-Fig ura 3

Distrib uição d o co e ficie nte d e mo rtalid ad e p o r acid e nte s d e trânsito (p o r 100.000 hab .) p o r b airro , e m q uartis. Re cife , 1991.

Q uartil 1 = 0

Q uartil 2 = 0,01 a 13,4

Q uartil 3 = 13,4 a 25,5

Q uartil 4 = 25,5 a 739,4 Co eficiente de mo rtalidade po r acidente de trânsito (po r 100.000 hab .)

(9)

d e essa in ferên cia em n ível d e in d ivíd u o, n ã o ap rofu n d arem os a d iscu ssão d esse tip o d e viés. Estu do realizado p or Mello et al. (1997) con -firm a a ten d ên cia crescen te d a m o rta lid a d e p or cau sas extern as ob servad a em n osso trab a-lh o, a qu al vem se m an ten d o n a série estu d ad a p ela au tora, q u e vai até 1994. Além d e ch am ar a aten ção p ara o crescim en to d as cau sas exter-n a s, d esta ca , p riexter-n cip a lm eexter-n te, o a u m eexter-n to d o s h om icíd ios, resu ltad o tam b ém en con trad o n os d ad os an alisad os.

A m agn itu d e d a taxa d e h om icíd ios en con -trad a n o Recife, eq u ip ara-se às taxas d e h om cíd io s d e El Sa lva d o r (41,6 p o r cem m il h a b itan tes) e Colôm b ia (44,9 p or cem m il h ab iitan tes), p aíses q u e vêm p assan d o p or graves con -flitos in tern os (Op as, 1994).

Em term os d a con ju n tu ra econ ôm ica e so-cial a p artir d a d écad a d e 80, algu n s p esq u isa-d o res vêm a p o n ta n isa-d o fa to s q u e p o isa-d em esta r rela cion a d os a o a u m en to d a s ta xa s d e m ortes vio len ta s, esp ecia lm en te o s h o m icíd io s, n o s gran d es cen tros u rb an os, tais com o: o d eclín io d a ren d a per capitaen tre 1980 e 1992; o ráp id o p ro ce sso d e u rb a n iza çã o co m m u d a n ça s só-cio-cu ltu rais atrelad as, levan d o a u m a d eterio-ração d a qu alid ad e d e vid a; a con solid ação d os gru p o s d e exterm ín io ; a a cen tu a çã o d a s d esi-gu ald ad es sócio-econ ôm icas, en tre ou tros (Ro-ch a , 1994; Min a yo, 1994; Op a s, 1994; Yu n es, 1994).

No caso d o Recife, os resu ltad os en con trad os con trariam a itrad éia trad ifu n trad itrad a trad e q u e o au m en to d a violên cia é resu ltan te d o crescim en -to d a s cid a d es ca u sa d o p ela in ten sifica çã o d a m igração d as p op u lações ru rais e d a exp an são d a p ob reza. Nesta cap ital, o crescim en to in ter-cen sitá rio (1980-1990) fo i d e 0,66% a o a n o, e h ou ve red u ção d a p rop orção d e p ob res e in d i-gen tes n a d écad a d e 80. Segu n d o Roch a (1994), em b ora n ão ten h a h avid o agravam en to d a p o-b reza e d a in d igên cia n o q u e se refere à ren d a, os n íveis atu ais se torn am in aceitáveis em face d a s d esigu a ld a d es crescen tes e d a u rb a n iza ção. A acen tu ação d as d esigu ald ad es n as con -d içõ es -d e vi-d a , co m o ch a m a a ten çã o Ro ch a (1994), p od e estar con trib u in d o p ara o au m en -to d a violên cia com o u m -tod o e em esp ecial em relação aos h om icíd ios.

O estu d o realizad o p or Zalu ar et al. (1994), ao an alisar os d ad os d e m ortalid ad e p or cau sas extern as, em esp ecial os ób itos p or h om icíd io, n o p eríod o d e 1981 a 1989, n as d iferen tes Un i-d ai-d es i-d a Fei-d eração (UF), áreas m etrop olitan as e ca p ita is, e a o co n fro n ta r esses d a d o s co m aq u eles d a d istrib u ição d a p ob reza n o Brasil e d os flu xos m igratórios, con clu i p ela in existên -cia d a asso-ciação en tre as taxas d e h om icíd ios

Fig ura 4

Distrib uição d o co e ficie nte d e mo rtalid ad e p o r ho micíd io s (p o r 100.000 hab .) p o r b airro , e m q uartis. Re cife , 1991.

Q uartil 1 = 0 a 2

Q uartil 2 = 2 a 32,7

Q uartil 3 = 32,7 a 55,4

Q uartil 4 = 55,4 a 530,9

Co eficiente de mo rtalidade po r ho micídio s (po r 100.000 hab .)

(10)

Tab e la 6

Núme ro d e ó b ito s e co e ficie nte d e mo rtalid ad e p o r g rup o s d e causas e xte rnas e sp e cíficas (p o r 100.000 hab .), p o r e strato , se g und o co nd içõ e s d e vid a. Re cife , 1991.

Variáveis Est rat o 1 Est rat o 2 Est rat o 3 Est rat o 4

n Co e f. n Co e f. n Co e f. n Co e f.

Acid e nte d e trânsito 81 29,1 90 21,3 53 18,2 35 11,5

O utro s acid e nte s 37 13,3 62 14,6 44 15,1 37 12,1

Suicíd io s 18 6,5 14 3,3 11 3,8 6 1,9

Ho micíd io s 84 30,2 214 50,6 159 54,5 114 37,4

O utras vio lê ncias 7 2,5 19 4,5 13 4,4 11 3,6

To tal 227 81,6 399 94,3 280 96,0 203 66,5

Se m info rmação : 72 caso s.

e p obreza ou m igração. O estu do refere o Rio de Jan eiro com o a região m etrop olitan a q u e m ais em p ob receu , p rin cip alm en te a p artir d e 1988, p o rém n esse p erío d o a ta xa d e h o m icíd io s já h a via d o b ra d o. Sã o Pa u lo m a n teve o m esm o p ercen tu al d e p ob res q u e tin h a n o com eço d a década, o qu e n ão exp lica o au m en to da taxa de m ortes violen tas e d e h om icíd ios n os an os 80.

Ou tro trab alh o, an alisan d o ten d ên cia e d i-feren ciais d e m ortalid ad e p or cau sas extern as em crian ças, su gere u m a m ais forte associação in versa en tre a ren d a fam iliar e a m ortalid ad e p or cau sas extern as d o qu e en tre a ren d a fam i-liar e a m ortalid ad e geral (Sin gh , 1996).

Além d e d esta ca r a im p o rtâ n cia d a s d esigu aldades sociais, Min ayo (1994) ch am a a aten -çã o p a ra o fa to d e q u e, n o ca so esp ecífico d os h om icíd ios, esse fen ôm en o p od e estar associa -d o a o in crem en to -d o u so -d e a r m a -d e fo go. A au tora ap on ta o Rio d e Jan eiro, o Recife, Salva-d or e Porto Alegre, en tre 1980 e 1989, com o as cap itais on d e o crescim en to d as m ortes violen -tas en volven d o o u so d aq u ele tip o d e arm a foi m ais in ten so.

Pesq u isa rea liza d a n o s Esta d o s Un id o s d a Am érica evid en cia o au m en to d os h om icíd ios em ad olescen tes, in d ep en d en te d o gên ero e raça, e relacion a com o u so de arm a de fogo, p rin -cip a lm en te n o gru p o d e id a d e en tre d ez a 24 an os (Rach u b a, 1995).

Em n osso estu d o, o in stru m en to m ais u tili-zad o n o caso d os h om icíd ios foi a ar m a d e fo-go, em cerca d e 83,5% d os casos. Ou tros au to-res tam b ém d iscu tem essa qu estão, m ostran d o q u e tal in stru m en to tem u m p ap el fu n d am en tal n o crescim en to d as taxas d e m ortes violen -tas (Sou za, 1994). Stark (1990), p or su a vez, deta ca q u e a s d esigu a ld a d es so cia is gera m fru strações, clim a de ten são e con flitos, con tribu in -d o p ara o au m en to -d as taxas -d e h om icí-d ios.

Os d a d o s in d ica m ta m b ém u m a eleva d a p rop orção d e m ortes violen tas en tre m u lh eres acim a d e sessen ta an os, p rovavelm en te vítim as d e a cid en tes e a tro p ela m en to s. Esses resu lta -d o s ta m b ém fo ra m en co n tra -d o s p o r Min a yo (1994), q u e u tilizo u o s d a d o s d e m o rta lid a d e d a p op u lação d e m ais d e sessen ta an os, estan -d o as altas taxas -d e cau sas extern as vin cu la-d as a atrop elam en tos e qu ed as.

Em relação aos h om icíd ios, o estu d o ap re-sen tou u m a taxa m ais elevad a n as faixas d e 15 a 39 an os, d ecrescen d o até os 59 an os e torn an -d o a se eleva r n o s i-d o so s -d e sessen ta a n o s e m ais. Qu an to à faixa etária d e 15 a 39 an os, ou -tros trab alh os ap on tam com o p rin cip al gru p o d e risco ju stam en te essa p op u lação jovem , d e b a ixa ren d a , b a ixa q u a lifica çã o p ro fissio n a l e sem p ersp ectivas n o m ercad o form al d e trab a-lh o (Sou za, 1994). Por ou tro lad o, a q u e gru p o social p erten ce a p op u lação d e id osos e q u ais os m otivos atrib u íd os à cau sa d e violên cia n es-sa faixa etária são q u estões q u e m erecem u m a m aior reflexão.

Qu an to aos acid en tes d e trân sito, segu n d o estu d o realizad o p or Mello et al. (1994), os re-su ltados n ão diferem dos en con trados n a m aio-ria d as cap itais b rasileiras.

A an álise d a d istrib u ição esp acial d a m orta-lid ad e p or cau sas extern as em Recife n o an o d e 1991 revela u m a gran d e h eterogen eid ad e, com u m a va ria çã o b a sta n te a cen tu a d a (0 – 1478,7 p o r cem m il h a b ita n tes) e q u e se esp a lh a p o r tod a a cid ad e.

(11)

Agradecimentos

Agrad ecem os ao Professor Jairn ilson Paim p ela valio-sa con trib u ição e leitu ra crítica d o texto.

q u e ap resen tam u m m ín im o d e b em estar so -cia l a ssegu ra d o, sen d o vizin h o s d o b a irro d e Bo a Via gem , o n d e resid e a n ova b u rgu esia e q u e é u m a área em q u e o govern o tem in vesti-d o em p rojetos vesti-d e tu rism o. O ou tro n ú cleo lo-ca liza -se n a á rea su l e se co n stitu i p rin cip a l-m en te d e b airros n os l-m orros d a Zon a Su l, col-m u m a ocu p ação m ais recen te (Coh ab, Ib u ra). Te-m o s o u tro n ú cleo n a Zo n a Oeste, q u e co rresp o n d e à s á rea s d e fa vela s situ a d a s n o s a la ga -d o s, co m o Mu sta r-d in h a , Ma n gu eira , Jiq u iá e Ja rd im S. Pa u lo. H á a in d a u m n ú cleo n a Zo n a Norte d os m orros: Pau Ferro, Macaxeira.

No en tan to, n o estrato d e m ais b aixa con d i-ção d e vid a, estrato 4, h á u m d eclín io d o coefi-cien te m éd io em rela çã o à m o rta lid a d e ta n to p or cau sas extern as, com o p or h om icíd ios. Es-se estrato com p reen d e b airros m en os p op u lo-so s, d e m a is b a ixa s co n d içõ es d e vid a , m en o s h etero gên eo s d o p o n to d e vista so cia l, p o ssivelm en te com u m a exp osição m en or aos con -flito s in terin d ivid u a is, o q u e refo rça a tese d e Stark (1990).

Estu d o rea liza d o n o Rio d e Ja n eiro co m o ob jetivo d e d iscrim in ar áreas com riscos d ife-ren ciad os d e violên cia con tra ad olescen tes n ão verifico u u m a a sso cia çã o en tre a s ta xa s d e m orte p or h om icíd ios e as áreas com p iores in -dicadores sócio-econ ôm icos. Sou za et al. (1997) com en tam qu e este fato reforça a teoria d e qu e n ão é ap en as a p ob reza q u e exp lica a ocorrên -cia d a vio lên -cia , m a s u m co n ju n to d e fa to res associad os.

Em relação à m ortalid ad e p or acid en tes d e trâ n sito, o b servo u se u m co m p o rta m en to in -verso. É exatam en te n o estrato d e m ais elevad a co n d içã o d e vid a , estra to 1, q u e se o b ser va o m a is a lto co eficien te m éd io d e m o rta lid a d e. Prova velm en te é n esse estra to q u e circu la o m aior n ú m ero d e carros e on d e ocorre tam b ém u m a m a io r circu la çã o d e p esso a s. Resu lta d o s co n co rd a n tes fo ra m en co n tra d o s ta m b ém n o estu d o d e Sou za et al. (1997). Com p ortam en to sem elh a n te fo i en co n tra d o n o q u e se refere à

m o rta lid a d e p o r su icíd io s, o q u e co rro b o ra a h ip ó tese d esen vo lvid a p o r Ro d rigu ez (Ro d ri-gu ez, 1973, a p u d Da d o s, 1985) d e q u e in d iví-d u o s resiiví-d en tes em á rea s m a is iví-d esen vo lviiví-d a s cu ltu ralm en te têm m aior ten d ên cia à au top u n ição. Esses resu ltad os tam b ém foram en con -tra d o s em estu d o rea liza d o n o Rio d e Ja n eiro, on d e se ob servou qu e, n as regiões com m elh or n ível só cio -eco n ô m ico, a s ta xa s d e su icíd io eram m aiores (Dad os, 1985).

Ap esar d as lim itações alu d id as, a p resen te in vestigação tran scen d e o en foqu e d os estu d os d e ten d ên cia, u m a vez qu e p erm ite localizar os a grega d os d e m a ior risco n os esp a ços socia is; a lém d isso, ta is resu lta d o s p o d erã o co la b o ra r p a ra su b sid ia r a lgu m a s m ed id a s d e co n tro le. Ao a p o n ta r o s id o so s co m o vítim a s d e m o rtes violen tas, esp ecialm en te dos aciden tes de trân sito, p o d erá reo rien ta r a s ca m p a n h a s o u p ro -gram as d e ed u cação p ara o trân sito n o sen tid o d e p rotegê-los n as ru as, ao in vés d e con cen trar su a a tu a çã o so b re a s cria n ça s esco la res. A in -form ação sob re o p red om ín io d o u so d a arm a d e fo go n a m o rta lid a d e p o r h o m icíd io s p o d e su b sid ia r m ed id a s m a is efica zes a serem a d o-ta d a s p elo Eso-ta d o q u a n to à a q u isiçã o e p o r te d aqu ele in stru m en to.

Com b ase n os resu ltad os en con trad os, n o-va s reflexõ es su rgem , ta is co m o : q u a l seria a p rop orção d e h om icíd ios p rod u zid os p ela p olícia so b o ró tu lo d e in ter ven çõ es lega is, esp e cia lm en te co n tra a d o lescen tes e a d u lto s jo -ven s? Essas m ortes violen tas n ão p od eriam ser red u zid as p elo con trole p ú b lico d os ap arelh os rep ressivos d o Estad o?

(12)

Referências

CASTELLANOS, P. L., 1991. Sistem as Nacion ales de Vgilan cia d e la Situ ación d e la Salu d segú n Con d i-cion es d e Vid a y d el Im p acto d e las Aci-cion es d e Salu d y Bien estar.Wash in gton : Organ ización Pa-n am ericaPa-n a d e la Salu d . (m im eo.)

CEDEC (Cen tro d e Estu d os d e Cu ltu ra Con tem p orâ-n ea), 1997. Mapa de Risco da Violên cia: Cidade de Salvador.São Pau lo: CEDEC.

CENEPI (Cen tro Na cio n a l d e Ep id em io lo gia ), 1992. Novas técn icas: an os p oten ciais d e vid a p erd id os. In form e Ep id em iológico d o SUS, An o 1, no5.

Bra-sília, Min istério da Saú de.

CONSÓRCIO PROCENGE/ ACQUA-PLAN, 1990. Plan o

Diretor d e Desen volvim en to d a Cid ad e d o Recife: A Form ação Política e Cu ltu ral d a Cid ad e d o Re-cife.Recife: Prefeitu ra d a Cid ad e d o Recife/ Secre-taria d e Plan ejam en to Urb an o e Am b ien tal. DADOS, 1985. Mo rta lid a d e p o r ca u sa s e xte rn a s n o

Bra sil – 1980. Vo l. 8. Rio d e Ja n eiro : Ra d is/ En sp. (m im eo.)

DADOS, 1990. Regiões m etrop olita n a s: violên cia n a vid a e n a m o rt e. Vo l. 14. Rio d e Ja n e iro : Ra d is/ En sp. (m im eo.)

FIBGE (Fu n d ação In stitu to Brasileiro d e Geografia e Estatística), 1991.Cen so Dem ográfico, no14:

Per-n am bu co. Brasília: FIBGE.

MELLO, J. M. H . & LATORRE, M. R. D. O., 1994. Aci-d en tes Aci-d e trân sito n o Brasil: Aci-d aAci-d os e ten Aci-d ên cias. Cadern os de Saú de Pú blica, 10 (Su p.1):19-44. MELLO, J. M. H.; GAWRYSZEWSKI, V. P. & LATORRE,

M. R. D. O., 1997. An á lise d o s d a d o s d e m o r ta li-d ali-d e. Revista de Saú de Pú blica, 31 (Su p.4):5-25. MENEZES FILHO, A.; CAVALCANTI, A. M. S. F. &

JU-RANDIR, D., 1989. Mortalidade por Cau sas Exter-n as: Um a d as Faces d a ViolêExter-n cia UrbaExter-n a, Recife 1971-1985. Recife: Nú cleo d e Estu d o s em Sa ú d e Coletiva/ Fu n d ação Oswald o Cru z. (m im eo.) MINAYO, M. C. S., 1994. A violên cia social sob a p

ers-p e ctiva d a sa ú d e ers-p ú b lica . Cad ern os d e Saú d e Pú blica, 10 (Su p.1):7-18.

OMS (Organ ização Mu n d ial d a Saú d e), 1985. Man u al da Classificação Estatística In tern acion al de Doen -ças, Lesões e Cau sas d e Óbito. 9aRevisão. Vo l. 1, Sã o Pa u lo : Cen tro Bra sileiro d e Cla ssifica çã o d e Doen ças.

OPAS (Orga n iza ció n Pa n a m e rica n a d e la Sa lu d ), 1990. La violên cia: u n p rob lem a d e salu d p ú b lica q u e se agrava en la región . Boletín Ep idem iológi-co de la Organ ización Pan am erican a de la Salu d, 11:1-7.

OPAS (Orga n iza ció n Pa n a m e rica n a d e la Sa lu d ), 1994. Morta lid a d e p or a ccid en tes y violen cia en las Am ericas. Boletín Ep id em iológico d e la Orga-n izacióOrga-n PaOrga-n am ericaOrga-n a de la Salu d, 15:1-8. RACHUBA, L. M. A.; STANTON, B. M. D. & HOWARD,

D., 1995. Vio le n t crim e in th e Un ite d Sta te s: a n e p id e m io lo gica l p ro file. Arch ives of Ped iatrics an d Adolescen t Medicin e, 149:953-960.

REICHENHEIN, M. E. & WERNECK, G. L., 1994. Ad oe-cer e m o rrer n o Bra sil d o s a n o s 80: p ersp ectiva s d e n ova s a b o rd a ge n s. In : Saú d e e Socied ad e n o Brasil, An os 80. Rio d e Jan eiro: Relu m e Du m ará. ROCHA, S., 1994. Govern abilidade e Pobreza: O

Desa-fio d os N ú m eros. Trab alh o ap resen tad o n o Sem i-n ário Goveri-n ab ilid ad e e Pob reza. Rio d e Jai-n eiro, 29 d e ju n h o a 1od e ju lh o d e 1994. (m im eo.) SINGH, G. K. & YU, S. M., 1996. US ch ild h ood m

ortal-ity, 1950 th rou gh 1993: tren d s an d socioecon om ic d ifferen tia ls. Am erican Jou rn al of Pu blic Health, 86:505-512.

SOUZA, E. R.,1994. Ho m icíd io s n o Bra sil: o gra n d e vilão d a saú d e p ú b lica n a d écad a d e 80. Cadern os de Saú de Pú blica, 10 (Su p.1):45-60.

SOUZA, E. R.; ASSIS, S. G. & SILVA, C. M. F. P., 1997. Vio lên cia n o Mu n icíp io d o Rio d e Ja n eiro : á rea s d e risco e ten d ên cia s d a m orta lid a d e en tre a d o-lescen tes d e 10 a 19 an os. Revista Pan am erican a de Saú de Pú blica, 1:389-398.

STARK, E., 1990. Reth in kin g h om icid e: violen ce, race a n d th e p o litcs o f gen d er. In tern ation al Jou rn al Health Service, 20:3-26.

ZALUAR, A.; NORONHA, A. C. & ALBUQUERQUE, C., 1994. Violên cia : p ob reza ou fra q u eza in stitu cio-n a l. Cad ern os d e Saú d e Pú blica, 10 (Su p.1):213-217.

Imagem

Fig ura 1
Fig ura 2
Fig ura 3
Fig ura 4

Referências

Documentos relacionados

O subsubtema Inclusão emergiu como uma necessidade plenamente atendida pela metodologia, uma vez que a personalização permite ao professor atender às necessidades de cada

Os objetivos específicos que referem- se ao aspecto maturação biológicos são apontados a seguir: Identificar o estágio de maturação biológica de crianças de

De acordo o presente estudo, foi observado uma alta fidedignidade inter e intradias, apesar de que este realizado em um teste de potência muscular usando o Fitrodyne no

O referido documento prescreve, em seu artigo 1°, que a formação de docentes para atuar nas últimas séries do ensino fundamental, no ensino médio e na

The objectives of this article are as follows: (1) to describe the assessment protocol used to outline people with probable dementia in Primary Health Care; (2) to show the

Note-se que, diferentemente de Estados como a Espanha, onde o espaço intermediário regional está institucionalizado politicamente na figura jurídica da Comunidade Autônoma,

Apontamos nesta parte algumas diretrizes gerais que podem ser aplicadas a qualquer tipologia de mercado ao ar livre, não se constituindo, logo, em soluções, mas sim em indicações

Alimentos como as saladas, que possuem um elevado teor de umidade e que passam por uma manipulação mais frequente durante o seu preparo, são mais suscetíveis a esse tipo