• Nenhum resultado encontrado

Reforço do triângulo inguinal com enxerto de fáscia transversal: técnica.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Reforço do triângulo inguinal com enxerto de fáscia transversal: técnica."

Copied!
2
0
0

Texto

(1)

56

ABCD Arq Bras Cir Dig

Técnica

2010;23(1):56-67

REFORÇO DO TRIÂNGULO INGUINAL COM ENXERTO DE FÁSCIA

TRANSVERSAL – TÉCNICA

Inguinal triangular effort with a fascia transversalis graft - technique

Alcino Lázaro da SILVA

Trabalho realizado no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.

DESCRITORES – Fáscia. Hérnia inguinal. Recidiva.

RESUMOIntrodução - O esforço maior do cirurgião, na operação da hérnia inguinal, é prevenir a recidiva. Objetivo - Comunicar o uso de um retalho livre de fáscia transversal. Método – Operou-se um paciente, portador de hérnia inguinal direta, cuja fáscia transversal era extensa, espessa e elástica. Retirou-se um retalho em forma de calota que foi recolocado, sob a forma de enxerto, após o reforço clássico da fáscia transversal do triângulo inguinal. Resultado - Há dois anos sem recidiva. Conclusão - Sobre o reforço do triângulo inguinal pode-se colocar um enxerto da própria fáscia transversal se ela for exuberante.

ABSTRACTBackground - The physician’s greatest effort at the inguinal hernia surgery is to prevent its recurrence. Aim - To communicate the use of free flap of “fascia transversalis” added to a triangular inguinal reinforcement. Methods – It was proceeded a surgery on a patient who carried a direct inguinal hernia, whose “fascia transversalis” was wide, thick and strechful. It was extracted one central round part of the fascia which was replaced as one free graft after the classical reinforcement of the triangular “fascia transversalis” inguinal. Result – In follow-up of two years there is no recurrence. Conclusion - A free graft from “fascia transversalis” when abundant may be used in surgery of inguinal hernia.

INTRODUÇÃO

A

hérnia inguinal (HI), como um reduto maior da cirurgia geral, oferece desafios na sua reconstrução, no sentido de evitar um dos fantasmas do cirurgião que é a recidiva. Todos os cirurgiões sabem e aceitam ser a fáscia transversal1,2 o elemento mais importante, tanto na gênese

como no reforço preventivo. As propostas e os procedimentos adotados, sempre que associados ao uso correto da fáscia, levam a um resultado melhor.

Adotamos como conduta a redução da hérnia, o aproveitamento da fáscia, eventualmente o uso de prótese sintética e, sempre que possível, o reforço com o saco herniário aberto e a face peritoneal para fora (Figura 1).

Os resultados são satisfatórios e nos induzem a persistir desde que poupamos o paciente de ficar com um corpo estranho.

TÉCNICA

Operamos um paciente, 60 anos, sadio, com hérnia inguinal direta bilateral em uso de funda há anos. Isto alargou o triângulo inguinal e fez com que a fáscia transversal se tornasse pouco espessa. À direita corrigimos a lesão e reforçamos com o saco herniário. À esquerda o anel era largo, não havia saco suficiente para produzir o enxerto e era um candidato a receber uma prótese. Trabalhando o tecido com maior observação a fáscia se apresentou espessa e elástica. Julgamos oportuno, então, aproveitá-la de duas formas:

Correspondência:

Alcino Lázaro da Silva,

e-mail: franciscoalberto@superig.com.br

Fonte de financiamento: não há Conflito de interesses: não há

Recebido para publicação: 04/02/2010 Aceito para publicação: 09/03/2010

HEADINGS - Fascia. Hérnia inguinal. Recurrence.

ABCD Arq Bras Cir Dig 2010;23(1):56-57 ABCDDV/695

(2)

57 retirando uma porção em forma de calota e fazendo o reforço do triângulo com a fixação dela aos ligamentos inguinal (Poupart) e iliopúbico (Thomson).

O tecido obtido, com alguns centímetros, foi suturado sobre o reforço, a exemplo de uma prótese sintética usada na rotina. Isto foi possível porque a fáscia se alargou e formou material suficiente para criação de um enxerto; era mais espessa, não era obesa e aceitou bem esticá-la e suturá-la, como na Figura 1.

Como não encontramos, até agora, nenhuma comunicação a esse respeito e tendo resultado imediato que nos satisfez, julgamos que seria útil comunicar o fato para repetirmos mais vezes esta alternativa.

REFERÊNCIAS

1. Silva AL. O uso do saco herniário no reforço da hernioplastia inguinal. Rev Col Bras Cir. 1995; 3:153-4.

2. Sousa PL, Silva AL. Emprego do saco herniário no reforço parietal nas hérnias inguinais indiretas do adulto. Rev Col Bras Cir. 1998; 25(3): 193-9.

FIGURA 1 - Área inguinal exposta, após redução do saco herniário; sobre o reforço da fáscia transversal fixa-se a prótese biológica esticada

ABCD Arq Bras Cir Dig 2010;23(1):56-57

REFORÇO DO TRIÂNGULO INGUINAL COM ENXERTO DE FÁSCIA TRANSVERSAL – TÉCNICA

Imagem

FIGURA  1  -  Área  inguinal  exposta,  após  redução  do  saco

Referências

Documentos relacionados

Acesso Terc Classificador Nome da Conta C/C... Acesso Terc Classificador Nome da

de dados usadas para a construção de classificadores de proteínas podem ser compostas por instâncias que executam uma função, com o problema sendo chamado de

página principal da disciplina ou no botão para salvar e mostrar como a atividade será apresentada ao aluno; o link para o texto criado será exibido na seção (tópico, sema-

* Sem indicador de lugar ICAO / No ICAO Location Indicator Internacional International (INTL) Nacional National (NTL) Militar Military (MIL) Outros Other (OTR) IFR - VFR

Este trabalho pauta também a necessidade de se incorporar a Educação Ambiental como forma de contribuir para a sustentabilidade do programa, aponta ainda questões pertinentes

In the present paper we will study teleparallel gravity within the MAG approach. A similar analysis was previously developed in 关6兴 for the Poincare´ gauge approach. We will

The presence of mammals is usually limited by the area size (Chiarello 1999, Michalski & Peres 2007), which is a problem common in urban fragments, because in general

A goiaba minimamente processada recoberta com revestimento comestível a base de pectina de baixa metoxilação é um alimento seguro estando próprio para o consumo humano ao longo de