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Bolsas de mercadorias a termo: teoria e evidências

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Academic year: 2017

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1198103486zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 1111111111111111111111111111111111111111

••zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

BOLSAS DE MERCADORIAS A TERMO: TEORIA E EVIDENCIAS

(2)

ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO

DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

v

BOLSAS DE MERCADORIAS A TERMO: teoria e evidênciaszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

co <, co co "<:t

(")EDCBA

F u n d a ç ã o G e t u l i o V a r g a s

E & c o l ad eA d m i n i & l r a ç ã o

GV d e E m p r e s a sd e S i ! o P a u l oaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA B i b l i o t e c a

1198103486

Dissertaçio de Mestrado

autor: LUIZ AFONSO SIMOENS DA SILVA

matf~cu1a: 15.712

curso: C.M.A .

.~rea de concentraçio: Administraçio.Cont~bi1-Financeira

prot'. orientador: W1adimir AnfonioPu-ggina

(3)

IIzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

/

IndicezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

.Ld st aaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAd e T a b e l a sEDCBA - . I " • • • • • • • • - • • • • • • • •

IX

Lista deG~;fi~os •.•.'.~••... ~...••...•.•..••

XI

. .

Errt r-o du ç áo , •••.•••••••• ' ••••• '. ~ •••••

0-'. . . .

X I I

. ,

I. Histórico

...

' 01

.A. A Agricultura no Brasil ° • • • • • • 02 1. Causas doLKJIHGFEDCBAAtiaso d~ Agricultura... b2 .2. Programas a Favor da Agricultura ~J

J.

Problemas da Agricultura ainda sem solução 05 4. A Posição do Brasil no Corner-cí.oMundial ...O 06 B. A Origem das Bolsas de Mercadorias... 10

1. ·Fatores que Antecederam o Surgimento das Bolsas de Mercadorias...

10

2. O Contrato."to-arrive". - Porque era Inade-q u a d o ~ _ ,. ' . . . . 1,1 J.' O Desenvolvimento de Contratos Futuros.... 14

4. As.Vantagens para a Economia Fornecidas p~ las Bolsas de Mercadorias... 16

C. O Nascimento das ·Bolsas.•...•... ~ 18

1. Os Mercados Medievais ..· 0. . . 18

2. Os "S'hooguns"J aponeses ..~•...•... :..'' . 21

(4)

D. As Bolsas Atuais: Mercado$ e Mercadorias •••.

1. Organização e Operação dos Mercados .••••.

28

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

i~~v

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA .

.

2.' .Mer9.dorias Negocíadas ~..•'..••...•....••. 30

).'As Bolsas de Mercadorias ...•...••• 34

E.

Desenvolvimento H{st6rico ~e Alguns Produtos 45

1. Caf~ (grão-sol~vel)... 46

2. Soja (grão, fareio etortaL... 52

4.

A ç u c a r, .aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA~ .

). Cacau · ·..··...•...•....••. 59'

61

5.

Algodão... 65'

lI. Aspectos Econ~mico~ do Mercado, Infor~aç~es e'·

. .

L e g i s l a ç ã o : . . . . 6 9

.,A. Os Mercados de Futuros e o Modelo Competiti

v o ' -. . ~ .

'. B. Transferencia"'. deRisco. · ·....•.•...

(ZV

74

c.

Financiamento .at~av~s de Capital Pr6prio....

77

D.

E s p e c u l a ç a o

-

~ >••••••••••• "•••••

E.

A

F.

A

1.

2.

).

pifUsão da Informação ....·...•...

-R e g u l a m e n t a ç a o o - .' .

O Primeiro Re~ul~ment9 •...•...••

Regras e Irregularidade·s.! ...'...•.

Fdn.aLddades •...•...•...•.

4.

A Legislaçã~ .Brasileira ... ~•...

80

,85

88

88

91

93 'cõ."

(94~

(5)

111. A Mec~nica de Negociaçio.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

.

aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA-EDCBA. .

.

. . . .

.

. .

.

.

A . QI~em N e g o c i a .

C. Transaç~es por Caixa.

.

.

"'

D. Contratos Futuros ...•

.

.

, ,

E.A C~mara de çompensaçio.·..

. .'.

.

.

1. Necessidade de Central{zaçio ..

2. Evoluçio dos M~todos de Comp~nsaçio.

3.

4.

R e c . u r s o s . . • . . • . . . • .

.

'

...

5.

Garantias Financeiras ..

6.

Informaç~es ao Mercado.

F.' Membros do Mercado ....•....

...

'

.

G. Abertura de uma Conta par~ Negociaçio.

H.

A Ne go c í azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAç áo ••••. _ •• _~ ~ ••

1. Local de Execuçio ..:.

..

~.

2. Como Inicia e Encerra.

3. O Pedido ...•~.

..-

.

4.

Tipos de Pedidos.

.

'

.

T. Tipos deNegbci~dores e de Contratos.

J. Venda a Descoberto (IIShortSellingll

).

L.

Comiss~es ou Taxas.

.'

'.

M. Margen~ ou Dep6sitos.

N.,Termos do Contrato ...

o.

Flutuaç~es de Preço .

1

• f· •

.

..

'

..

·

'

..

!

,

· ..

\ i IV

97

./-.~GFEDCBA

· 9 ! 3 j

(6)

P.

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

o

Quadro de Cotações.aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA• • • • • • • • • e . e • • • • • • • • • • •

Q.

Prêmios e Descontos.

R. 'Os Meses d.•·:·.·.Eni:::-"eg·a:Bases para Seleção.

S. Liquidação de Contratos.

T. O Fator Temp6~ .••••••.•

U~Nego6iação Fracion~ria.

IV. Cobertura ("fledging") e Especulaçã·ó·••

A.

Co'b e r tur-a ••zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

. . .

. .

EDCBA. - .

.

'

.

1. O que e.,

.

.

. . .

...

. . . .

...

. . . .

.

..

2. Razões para Fazer o "He d g e " •

). Ax.í.omas " H e d g e " . I • •

i

do

4.

A Bas e • e . e • • • • ~ • • •

5.

Tipos de Operaç:5es de Cobertura.

6.

Vantagens do "He d g í.n g!",

7.

"Hedging" com Mercado Invertido (com des

. c o n t o ) ~ .

8.

Limit~ções da Teoria •...

...

'.-

.

. 9. Problemas com o "Hed g í.n.g" .••..•••..••• i••

10. Procedimentos Avançados.

11. "Hedging" e Especulação. i

••••••• I- •

\

·B. Especulação ••..•.•••...0 ••••

e ."

1. O Papel do. Especulador: Funções.

2 • Mot iv ações , .

..

'

..

). Mercados de Futuros como Meio de

Especu--

.

l a ç a o .

(7)

VI

5.

"Spreads" e "Straddles" - um Método dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

4. Tipos de Especuladores ••••.•••••• ~•••••. 187

Especular com Me'rcadórias... .•• 189

6. Tipos de "Spreads" •.••••·•..•....•...•.•• 191

8.

Estratégia dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

..

' .

Nego c La ç a o •••••••• ~ •••••••

7. Alavancagem com "Spreads"... 197

199

9.

Resultados da Especulação... 202

V. ~étodos de Análises de Investimentos Aplicados

a M ercadorias ••.•••.•..•••. ' .' ••.•••••.•••••••••

A. A Análise Fundamentalista .... ~...•.•.

1. Análise da Dem anda ••••••••••••••••••••••

.)

!

2. Análise da Oferta .•••.•...•••••.••..•• ,: ••

207 '

20~

210

214

3. Desenvolvimento de um ModeLo ~.'.. 215

4. Uso de Aná;lise Fundamentalista ...•.'.. 216

5.

Relacionament~Adicionais entre Preço e

• Q.i.·.antidade •••••••. _ •• -••.•••••• ' ••.••.•••••

6.

Problemas com a An~lise Fundamental ....•

B. ,Análise Técnica ou' ""

Gr-af'ríst a ••••••.••••••• ~.•

j

, . I

1. Graficos em Barras ~.•

2. Método do Ponto-e-Figura ...••..

3. Método das Medias Moveis ...~•..., . -,

4.

Outras Ferramentas Técnicas ~ .

C. Análise Fundamentalista versus Técnica ...

219

219GFEDCBA

( / 2 y

""223

234

238

241

1 ~ - 4 8

(8)

D. Análise de Mercado Eficiente ("Random Walk")

1.

o

Mecanismo do Mercado.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA .2.

ozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

ModoLo de Coótner.

.

.

J.

Hipóteses ac er-ca da Eficiência do Mercado

4. Estudos Emp{ricos ••••••• ~•••••••.••.•

5.

C~{ticas ~s Análises ~undamentalista

Técnica •...

...

VI.

A Atüação do Brasil no Mercado de Futuros.

A.

Objetivo ..

...

B. Hipóteses.

C. Metodologia Empregada.

.

-I· ..

D.

Resultados Gerais .

1.•Valores Contratados;:

.

;.

2. Lucratividade Geral ..

). Lucratividade por Empresa.

4.·0utro~ Resultados~

E. Análise P?r Produto.

. 1. Zinco .. • •••••••••••••• I·

2. Cobre.

. .

...

. .

..

. .

.

. . . .

.

.

.

. .

...

",EDCBA

, 3 .aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAC a f é ~ : . , i.

4.

Milho ..

...

5.

Algodão ... ,.

.

I

:-6.

Soja (grão, f'arelo-eóleo)

F. O Mercado a Termo no Brasii ••..•...

(9)

VII. Conclusões.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

izyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA ii.

Bibl.iograf'ia.

Anexos.

.

.

..

.

..

.... ..

.

... .

.

...

.

.

.

...

...

.

.

"

VIII

)17

)28

(10)

Lista de TabelaszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAExp,~rtaç.~o MuridLa L •• , ••..•.•••• ~ ••••• , ••••••••••••

09

2 • Neioci~ç;o das Bolsas Norte-Americanas (~arti-aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

c i p a ç ã o p e r c e n t u a l ),. ~ . .

3 • Produç;o Mundial de Café Exportavel ...•.•••..•,

35

47

4 • Percentagens de .j'Opini;oContrária"

(Hipotéti-c as) •-. _.• • • • • • • • • '. • • '. ti • • .- ti • • • • • • • • ; • ••• • • • • • • • • • 247

5 • Dã etr-Lbuí.ç âo dos Cumprimento~ das Corridas nos

Preços Diários para os Futuros de Juiho em

80-j a e M i l h o ' . . . . 2 6 1

6

Valor Global dos Contratos Liquidados (Compra

e Venda nos Estados Unidos) ...•..•.•.... .i 281

7 .

Yalor Global dos Contratos ~i9.uidados (Compra

e Venda em Loridr-es )•...•. ·:...•.•..•... ' 282

8 . Lucro (Prejuizo) Liquido Estimado (Compra e

Venda rios Estados Unidos) ..~....•....~...

.

. 282

.9 • Lucro (Prejuizo) Liquido Esfimado (Compra e

VendaGFEDCBAe m L o n d r e s ).. .' ' i~ ;

10. Negociaç;o Lucrativa ou com Prejuizo(por Em

p r e s a ) : 2 8 4

. I

I.

11. Dd str-Lbui çjio das Empresas .por Tamanho de LU-1

,

. .

c r-o s e d e P e r d a s ~ 2 8 4

!

12. Ne go cí aç ao Lucrativa, ou c<:>mP~ejuizo (por Pr~'

.d u to) • • • • • • •.• . . • • • • . • • •-. • '. • • • ..• • . • • . • • • • • • . .' • .285

13~

Lucro (Prej~izo) Liquido Estimado (Compra e

(11)

xzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

14. Lucro (Prejuizo) Liquido Estimado (Compra e Ven

da de Café nos Estados Unidos) .•...• ~... 293

15. Exportaç.ão de Milhope.lo Brásil... 295

16. Lucro (Prejuizo) Liquido Estimado (Compra e Ven

da de Milho nos Estados Unidos) •....•..•...••... 297

17. Exportaç~es Brasileiras de Alg;dão'em Pluma.... 299

18. Lu~ro (Prejufzo) Liquido Real (Compra e Venda de

Algodão nos Estados Unidos) ....•• :..•.•..•..••••• 299

19. Exportaç~es Brasileiras de Soja ~ Deriyados.... 302

20. Lucro (Prejuizo) Liquido Est~mado (Compra e Ven

da de Soja em Grão nos Estados Unidos)... 305

21. Lucro (Prejuizo) Liquido Estimado (Compra e Ven

I-da de Farelo de Soja nos Estados Unidos) ..••.~... 308

22. Lucro (Prejuizo) Liquido Estimado (Compra e Ven

da de Óleo de Soja nos Estados Unidos)... 309

23. Operaç~es a Termo na Bolsa de Mercadorias deEDCBA

(12)

Li~ta de Gr~ricoszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

.

1. Flutuações ~e Preço através do Tempo... 82

2. CuzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAr-va 'de Demanda por uma Mercadoria... 211

3 Tend••.·enC1a. para C·"1maaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAde "Dow"XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA. 224

, •..

4. Linha de Tendencia para Cima •.•..••.•••••••••••• ~ 225

228

5.

Formações Distinguidas pela An~lise Técnica ••••..

6 • P o nto -

e -

fi g u r a . . . . . . . . " .~ . . . . 2,35

237

7.

Área de Congest;o e Conta •.•....••••••.•..•..••..

8.

Flut~ações Hipotéticas ~e Preços dentro de

Limi-t e s F i x o s . . . . 2 5 6

(13)
(14)

As bolsa~ de mercadorias existentes nas

mais avançadas sociedades capitalis~'fi s;o instituiç~esGFEDCBA. »zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Ja

provectas ~ ao menos algumas delas - como ~ o caso da cente

nária "Chicago Board ozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAf Trade" ~ Fundada 'em1848, primeiro

começou com contràtos de entrega futura, depois evoluindo

para os cont,rat~s futuros propriamente ditos em 1859. No

Brasil, os neg6cios a termo com algo~;o já se fazem há

mais de sessenta anos, embora em volume pouco

significati-VOe

A import~ncia dessas instituiç~e~, como

instrumento de pol{tica global de estabilizaç;o dos .ganhos

decorrentes da'produç;o de safras agr{colas; a permiss;o da

da p~lo Banco Central a empresas expprtadoras e importadar~

para operar. a termo em bolsas estrangeiras e a recente

am-~pliaç;o das transaç~es da Bolsa de Mercadorias de S;o Pau

lo, .

.

incluindo a soja ~ o cafe, levaram-nos a optar por uma

dissertaç;o que, em linhas gerais, obedece ao seguinte

es-quema:

~

No cap1tulo

I,

destacamos a origem e e

voluç;o hist6~ica das bolsas de mercadorias, começando

pe-las r-eLaçSes medievais de troca, ~as:s~ndo p~los "shoguns" ~

poneses do s~culo XVII e, finalmente, focalizando as moder

nas bolsas de contratos futuros como, por exemplo, as nor

te-americanas "Chicago Board of Trade" e "Chicago

(15)

-XIV··zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

, NO'capItulo 11, discutimos alguns aspe~

,tos econonrí.co s do mercado (d'~ntr~ os quais o modelo competizyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

'"

,tivo; a'transferenciade risco do produtor para o especul~

dor e o financiamento de capital), os meios adotados para

difusio da info~maçio e a regulamen~açi9 a que estio sujei

tas as transações efetuadas.'

.

,

. '" ,

No capltulo 111, de&crevemos a mecanlca

de f"un cí.on amen ot dasbo sas,I ai,'" ancl'dui, .as as. carac .ter-a' t"s acas

d6~ participant~s, dos contratos, d6s pedidos e da câmara

de Compensaçio.

o

capItulo

IV

é dedicado as, ;.operaçoesI ••

de cobertura ("hedge") e especulatívas. Como func10nam,qual

o papel do "hedger" e'.qual o do especulador, tipos de oper~

••

çoes,' vantagens e problemas com que cada um se defronta.

Os métodos de análise adotados para

pr-ecí.fLcaçjio dos ativos sio mostr:ados no capÍ tulo ;V: vanta

ge~~ e limitações das escolas fundamentalista, tecnlca, ~

.

ou

grafist~ e de mercado. eficiente ("random walk") sao•• aponta

das e comparadas, com o intui to de sabermos da po:ssibilid~

~

de de··antecipar um determinado moviment6 de mercado •

Os cinco itens discrimin~dos compoem

..

a

parte d~scritiva do trabalhQ e servirio de base teórica p~

(16)

- em o Brasil e as .Bolsas de Futuros (cap:ttulo VI), procur~

mos levantar os resultados obtidos até agora com as oper~

ç~es efet~adas rias bolsa~ internacionais, facultadas por

legislação do Banco Centr~l e, em menor escala, aquelas

,.

poucaS transaç~es ocorridas na Bolsa de Mercadorias de

são Paulo, nos seus.nove meses de atuação durantezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAo ano

de

1978;

e, finalmente,

o cap:ttulo VII, ~oltadopara conclusões gerais e/ou esp~GFEDCBA

t .

Clficas decorrentes do estudo, particularmente no que se

refere :s pe~das em divisas para o Pa:ts.

Nossa pretensão ao elaborar esrta

dis-sertação foi a de descrever, embora, de maneira superficial,

uma bó a parte das opera.ções e anâl.ises envolvidas com o mer

cad~ a·termo em mercadorias, face: atualidade do tema e a,

escassez de bons textos e~ l:tngua portugu~sa. Quanto aos n~

meros alcançados por empresas nacionais e estrangeiras que

f

ope~am no Pals, esperamos que el~s sirvam de base para pos-,

terior e mais ampla averiguação, dotando p úbL'íco e:autorid~

des de uma visão maior dos in~meros probl~mas lig~dos a es

(17)

,.aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

I . H I S T Ó R I C O .zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

í °í

(18)

A. A Agricultura no Brasi.ll

1. Causai do Atras6 da A~r~~ultura

Durante.a Segunda Guerra ~undial, a

es-,.

cassez generalizada de produtos no mercado internacional

~ as.dificuldades de tran~porte mar{timo impediam o su

primento normal de bens d~ consumo ~o mercado

brasilei-r-o, A indústria· 'rrací.on aL p~de, .então, ampliar sua prodE;.

ção, n;o s~ por ter ficcido livre· d~ concorr~ncia mundialzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

,

como, tambem, por ter-se elevado o valor das

exporta-..

çoes, o que resultou em aumento da demanda efetiva no

mercado Lrrter-no,

~ ,

Nesse per10do e no pos-guerra, a pol,!.~

tica de substituição de import~ç~es dominou o cen~rio

e-con~mico nacional. O objetivo era a rápida industrializ~

ção, qualqúer que fosse o seu· preço, ficando, por canse

guinte, o setor agr1cola~ relegado a um plano mu~to secun

dário.

I

·i

Medidas de controle cambial, crédito

. , \

bancario e taxas de juros subsidiadas mostrara~-se notá

.,

veis em termos de desenvolvimento industrial, mias graves

~

.foram seus r-efLexo s' sobre· o setor ag.r-Lco La , Os produtos

~

..

agr1colas de exportaçao, 'por exemplo, foram prejudicados

1- Ruy Miller Paiva, Salomão Schattan

&

Claus F. Trench

Freitas, Setor Agrlcola do Brasil: comportamento eco

n~mico, problemas e possibilidades

(2ª

edição; Rio

de Janeir6: Editora Forense·; são Paulo: Editora da

(19)

03. "zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

enquanto durou o controle cambial, com taxas irreais,ex

cessivamente baixas, e"meamo as sobretaxas que ocasLonaj,

mente lhes eram paga:s nunca se mostravam suficientes p~

ra compensar a difereriça; Desse mod~, produtos que eram

ou podiam ser exportados, como algodão, cacau, laranja,

fumo, "amendoim, Carne e outros, er~m mantidos no mercado

interno, em crúzeiros, com sérios reflexos no volume pr~

duzido e, conseqüentemente, no volume exportado.

Além disso,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAos produtos agrl~~laspreci~

savam submeter-se a um rfgidocontrole de preços por paE.

te dos órgãos governamentais que, incapazes de

restrin-gir a infla~ão via combate ~s suas causas, tabelavam o

"preço dos produtos finais, particularmente daqueles de

maior impacto no custo de vida como leite, carne, açucar,

e óleos vegetais.

Como resultado dessas' medidas, o prod!!.

to r~al do setor agrfcola crescçu e~, apen~~ 87%

"1947 ~1961, enquanto a produção industrial atingiu a

entre

.262% no mesmo perfodo.

2. Programas a Favor da Agricultura

~

Em perlodos mais recentes, pelo menos aGFEDCBA

I

part~r de 1968, a~ auto~idades da ~rea econ~mica parecem

ter reconhecido a necessidade de se"terum desenvolvimen

to mais equilibrado e algumas "medidas foram tomadas no

s~ntido de favorecer a modernização da produção e comer

cial{za~ão dos produtos agr!colas e ampliar a fronteira

agrfcola do pafs, o~upando as ~reas ainda disponfvei~ de

(20)

·cionais presumiam, em

197

Q,

q~e

80%

do aumento necess~rio

da produção agropecuária do ano de

1976

teria de vir ,de

um acréscimo da pro~ução" por hectare. Poucas regi~es do

,.

mundo poderiam atingir essa meta" e, ,entre el as, o Brasil

parecia o mais importante dentre os que possuem terra su

ficiente para obter um aumento de p~odução, resultante do

aumento em hectares "de ~rea cultivad~2.

Os instrumenfos util~zados incluiam:

~ melhoria do n{vel tecnol~gico da produção agr{cola;

- fortalecimento da infraestrutura de produção~

- expansão da fronteira agr{cola;

- créditos agr{colas subsidiados;

~ pol{tica de preç~s ml.nl.mos,que servem como preços~

.

de

garantia e como forma de se estimular ou desestimular a

..

expans6c de determinados produtos;

- intervenção no processo de comercialização, através da

CIBRAZEM (Companhia Brasileiia de Armazenamerito)

IzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

e da

COBAL (Companhia Br-asLl.e í.ra de Alimentação) ;.e

- controle de preços agr{colas pela SUNAB

(Superintenden-bia Nacional do Abaste~imento).

2 - R. L. Beukenkamp, "Alimentos para um Mundo Faminto"in

111 Semin~rio Internacional: o mercado de commodities

(21)

,.05 •..zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

J.

Problemas da Ag~icu~tura ainda sem S@luç;o

A despeito dos esforços governamentais

e~ favor da agricultura, deve-se ressaltar alguns pr~

blemas que ainda persLst-em , total ou parcialmenteJ:

-escassez de pesquisas agron~micas ~~sicas;

- ne.cessLdade de suprimento de fertilizantes a preços

mais baixos;

- melhoria da ~enda e das condiç;es de vida do trabalha

'dor rural; e

necessidade de reformular o sistema de estatisticas a

~ ~ . . ~ . N

gr1colas do pa1s, p01S as atualmente dispon1veis sao'

I

insuficientes quantozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

à

qualidade e quantidadé.

Além disso, todos os programas de in

" N "~ •

'centivo a produçaoagr1cola anteriormente mencionados,

pretendiam evitar flutuaç;es, acentuadas nos preços de

venda ao' cunsu~idorfinal, reduzindo a margem de

lucra-tividade dos i~termediários, através dos controles ou

da manipulaç;o de estoques reg~ladores. Esta e~tratégia

ta~bém não está isenta de crfticas, u~a vez qu~ h~ mui

ta dúvida quanto

à

capacidade' de o governo intervir na

hora precisa. Ao lado dos eve~tuais heneffcios sob a

forma de reduç;o de.preços para o consumidor Iinal, t~m

de ser ponderados os custos' representados pela compra e

m~nu~enç;o de 'estoques e; principalmente, os efeí,tos

das alteraç;e~ ex~genas nos preços de mercado sobre a

(22)

oferta a longo prazo do produto. Leite e carne siodois

.bons exemplos de como preocupações conjunturais com o

custo de vida, que pressionam no sentido de tabelamentos

irre.aisdepreços ou rest'rições

à

'exportação, podem af~

t,r, seriamente, .programas de inv~stimento e de moderni

zação que exigem uma taxad~ r~ntabilidade est~vel e

compensadora. Devido a estes problemas é que se julga

necess~rio o estudode'formas mais,sofisticadas de reg~

larização da comercialização, ~omo é o caso das bolsas

de mercadoria~, em que as operações de compra e venda a

termo permitem que o próprio mercado exerça a função rezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

. - 4

guladora de preços e quantidades .

4. A Posição do Brasil no -Comércio Mundial

As e~portações de produtos prlmarlos- ,

.

aumentaram sua participaçio rel~tiva', entre 1975 e 197~

passando de

58%

para

60,5%

d6 total.

Al~m de esta evoluçio não haver de cor

rido de melhoria generalizada nos pre~os externos,

pro-dutos de ex~ressã~ - como açucar~ algodã~, cacau, mlne. ,

rio de ferro e outros - foram negociado!" em voLum e sen=

sivelmente inferior ao dos anos' anteriores.

4 -

Carlos Geraldo Langoni, A Economia da Transformac50

(23)

Todavia, o desempenho menos favorável des

ses produtos' foi compensado, .com ampla margem, pelo extr~

ordinário cresci~ento do Válor das exportaç;es de caf~ em

gr;o

(154~4%),

que atingiu US$

2.173

milh;e~, e pelo aumen

to de

37,4%

no valor.das exportaçõe~ de soja, que alcançou

US$

1.582

milhões

5•

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

O ano.de

1977

trouxe mais um dado ponder~

vel nas consideraç;es'aqui tecidas: ne~te perlodo, oBra

sil·passou a ocupar o segundo lug~r tia tábua dos, maiores

~

e~portadores mundiais de produtos agr1colas, graças a uma

coincidência de fatores, mais ou menos aleatórios, que res

tringiram a oferta mundial de nossos principais! produtos.

Com

42,7%

de sua pauta de exportações representada por ca

f~ ~m gr;o, soja, aç~car, cacau ~m amêndoa e milho em gr;o

e dos cerca de

67%

d~s US$

12.1)9

milhões exportados em

1977,

'segundo a CACEX, ligado~ : agricultura eGFEDCBAI '

pecuar1a

-.

quer sob a forma de mat~ria-pr~ma, quer sob a forma de pr~

~ . ~

dutos agr1colas transform~dos - volta-se a falar em pa1s

de caracterlsticas essencialmente agrlcolas e a ~e dar

a-tenç;o redobrada ao~ r~clamos dos produtores internos.

I

Algumas dessas quest0es levantadas pelas

classes produtoras têm se concentrado, uL t Lmament e , na co

. .

~ercializaç;o do caf~ e nio ~;o poucas as àcusações de

mi-nistrbs da área econ~mica "quanto a esquemas demanipulaç;o

d6s preços do produto nas bolsa~ internacionais - ma~s es

pecificamente na Bolsa de Caf~ e Açúcar de Nova Iorque.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

5 - BRASIL, Relatório do Banco Central do Brasil (nrasIli~

(24)

o

presidente de uma entidade da classe no

Pa~a~~ ohservou n;o podermos mais confiar na Bolsa d~ Nova

Iorque e·que, sendo os maióres p~duutores de caf~, deverIazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

, "

mos ériar nossa -pr-opr-a a bolsa .em Santos.

Diante dessa e outras pol~micas, nao pod~

..

mos deixar de perguntar o porqu~ dainexist~ncia, at~

a-bril de

1978,

dessas instituiç3es no Brasil e aventar a hi

p~tese de que, afinal; n;o passamos ainda do est~gio de'm~

ros fornecedores marginais de mat~ria-prima ao mercado

ex-terno. '0 quadro a seguir, que compara a par-t dcí.paç jio- rela

~

~.

"

tiva de cada pa1S ou grupo de pa1se~ no comerC10 m~ndial,

parece confirmar essa assertiva, uma vez 'que ao"Brasil nao..•

coube, em

1977,

a responsabilidade por mais de i,l% do vo

(25)

TABELA 1

Exportação Mundial

US$

Milhões

D' I S C R I.M I N A

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAç 1

O

1977GFEDCBA

T O T A L 1.122.210 100,0

Comunidade Econômica Européia - CEE

Organização dos Paises Exportadores

de P~tróleo -OPEP

Estados Unidos

Conselho dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAAs sí.s-tenc í.aEcon. Mútua

COMECON

Japão

Associação Européia de Livre

Comér-cio - AELC

Canadá

Associação Latino-Americana de Livre

Comércio - ALALC'

BRAS1~ Outros 380.850 33,9 144.050 12,8 120.164 .10,7 100.540 81.126 64.850

43.199

29.430 12.139 158.001 9,0 7,2 5,8

),9

2,6 1,1 14,1

FONTE: Relatório do Banco Ceritral do Brasil .

.

.

A validade desse argumento, embora par.!::..

ça evidente se posicionarmos a exportação total do' Brasil

no conserto das nações, perde Um pouco de sua ,força se en

carar-rnosa participação de alguns produtos agricolas indi

vidualmente.A soja brasileira, po~ exemplo, respondeu por

18,1% da safra mundial do periodo 1976/77;no cacau já aI

cançamo~ a posição de segundo maior produtor, logo apos,

(26)

da não hav~amos ultrapassado a Nigéria); ede maiores pr.2,.

dutores de aç~car e ca~é .- este ~ltimo com uma partici~a-zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

,

ção médià .de

~6%,

entre 19~0/7l eLKJIHGFEDCBA

Y974/75,

no volume to

tal de ~a~é expórt~vel.

Se por um lado ,.estudiosos temem que a

agricultura possa vir a ser um elemento estrangulador do

desenvolvimento da economia brasi~e~ra, por outro, os oti

. ~

mistas prognosticam uma grande importancia a ser assumida

pelas operações a termo. Para estes, o apoio concedido ao

setor ~rim~rio permitir~, dentro em pouco, a negoc~~çãofu

tura com os mais importantes produtos de consumo interno

(arroz, ~eijão, carne, milho, trigo), de export~ção' ( ca-zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

~é,

açucar, cacau, carne, soja, algodão, óleos

..

v~getais,

md'Lho ) e de 'importação (trigo, não' ~errosos).

B. A Origem das Bolsas de Mercadorias

1. Fatores que Antecederam o Surgimento das Bolsas de

Merca-dorias

~.

Uma das caracter1sticas da sociedade nor

te-americana, no que diz respedto a instituiç5es financei

.

.'

ras, e a de que estas surgem sempre cómo uma resposta aGFEDCBA

r - " " , ,

necessidades espeC1L1cas. O sistema banc~rio e ~s bolsas

de valores e de mercadorias são exemplos deste ~en~menooo

nhecido como "demand :following", ocorrido no século

XIX

(27)

·0' lL ·'.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

,Esse aumento de capacãdade produtiva,

a-l~ado : r~pida explosio demogr~fica, deveu-se a novas t~c

nicas ,a·gr~c·olase'industriais e : abertura comercial dazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

..

naçao para o mundo.

\ .

Às principais ~onseq6ências da industria

lizaçio e expansio de mercados foram, logicamente, as

:..

maiores exigencias das empresas por capital e cr~dito e o

risco de variaç~es de preços devido a maiores per{odos de

,tempo entre produçio e venda final e : maior

,

6

os produtores pelos mercados •

competiçio

entre

••

Enquanto a falta de capital de 'giro pode

ser s~perada pelo sistema banc~r~o, a escassez de capital

'.

..

fixo encontrou resposta na impl~ntaçao das bolsas de valo

res. O problema do aumento de risco, por outro lado, so,

foi solucionado quando da implantaçio das bolsas especi~

.

..

lizadas em negoc1açao de contratos futuros.

2. O Contrato "to-arrive" - Porque era Inadequado

Para se chegar aos instrumentos atuais

de transferência de risco~ que sio os contratos futuros,

necess~riofoi pa~sar por fa~e~ menos sofisticaJas.

As-sim ~ que, por volta' de 1850, os contratos. conhecidos co

mo "to-arrive", gradualmente. fizeram sua aparição. Foi a

6 -

Gerald Gold, Modern Commodity Futuras TrHd~ng

çio; Nova Iorque: CQmmodity Research Bureau, p.lO.

(7[\ edi

(28)

·1975):-acumulação de excedentes de estoques em algumas épocaszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAé

sua falta em outras que levou a uma modificação na tradi

cdorraL transação .~vista, (;'cash-and-carry,,}7.

As tentativas,. iniciais de evitar os ris

cos de preço envolvidos em possui~, processar, e~tocar e

distribuir foram no· sentido de verid er- a mercadoria antes

de sua chegada ao destino final. Esta venda numa base

"to-arriv.e" passava o risco de queda de preços para os

. . 8zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

.c ompr-ado r-es •

Mas quem seriam estes compradores? Neg~

ciantes e fabricantes que necessitavam da mat~ria- prima

a qualquer tempo, mas que, nem pqr isso, mostraram-se ca

pazes de absorver todo o risco "envolvido nas transações.

LO$~ ficou claro que· outros tomadores de risco precis!!,.

vam ser descobertos.

Especuladores'sempre os houve em qual.

quer época e lug'ar" mas p'ouco s 'foram aqueles qu~ se

dis-i

puser-arn a fazer a terceira par-t e enquanto não s~ supera~

sem sérias dificuldades com os contratos "to-arrive". Es

sas.dificuldades incluiam

9:

7 - Richard J. Teweles, Charles V. Harlow

&

5tóne, TheCommodity Futures Game (Nova

McGraw-Hill,

1974),

p.

9.

Herbert L.

Iorque:

8 -

Os contratos "to-arrive", usualmente feitos para en

trega imediata, diferençavam-se dos contratos de tem

po ou p~r~ entrega futura ("time, or forward,

contracts"), na med-i da em que estes propunham-se a

€ntregar uma quantidade pad~ão a um preço definidonu

(29)

1

s-

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

- qualidade ,(grau) da mercadoria ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAt.amarrho de lot e variá

veis. implicando em que ·0 especulador teria que ter um

raro c~nhecimento do mercado e dos pr~mi~s e descontos

# •

para os VarlOS tipos;

- pra.zos variáveis de pagamento _.mu Lto embora geralme!!:,

mente houvesse pa~r~es de pagamento, variaç~es nio

e-ram incomuns. Se os termos seriam a vista na. , chegada,

pa~amento em 10 ou )0 dias, com desconto ou premlo,•.. .

e-,

ram assuntos sujeitos a barganha indi~idual;

preços eram secretos em muitos casbs - era muito dif{

cil para um especulador obter igual tratamento, em ter

I

mos de preço, com relaçio a alguém envolvido diretame!!:,

te na indústria. Grandes oper~dores, por outro lado,

c~nseguiam concess~es de preç~s :s expensas de

peque-nos o.peradores;

.,..conf'd abjí.L ~dade de compradores e vendedores - na hipót~

se de o preço cair, seria o comprador suficientemente

. .

responsável para· aceitar a mercadoria e absorver a pe~

da? Inversamente,

i

..

o comprador nao poderia estar certo

de que o vendedor cumprisse .com sua obrigação, caso o

preço avançasse rapidamente;

- ~ens danificados (ou qualidade errada) na .chegada - es

te tipo de problema, por ser muito comum, levava a li

t{gios para determinar responsabilidades, o ~ue nao

..

(30)

- dificuldade einencontrar novos compradores - face ao p~

queno n&mero de individuos dispostos a aceitar riscos

.·em.contratos "to-arri ve!", haviazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBApou ca liguidez no siste

ma ..Os especuLador-e s , Lnteressados não em receber a me.!.,

cadoria, mas em ~'ompensar suas p~sições antes da data

de .entrega, nao se sentiam

•..

estimulados neste tipo de

0-•..

peraçao.

3.

O Desenvolvimento de Contratos Futuros

Muito embora os primeiros contratos

"to--arrive" não fossem negociáveis, os documentos impressos

que .foram desenvolvidos par~ especificar o gra~, a quanti

,

dade e a epoca de entrega dos bens, logo se tornaram trens

:Çeriveis. Estas alterações r-e su'Ltaram na criação dos mer

c~dos ~e futuros, que nada mais sao que pontos

...

centrais

de encontro entre compradores. e vendedores para

transa-..

çoes comerciais.

Os contratos que atrairam grandes quanti

dades de capital de risco passaram, en~ão, a ser conheci

dos· como "futuros", apresentando como uma de suas princi

pais caracteristicas diferenciadoras'o fato de hue não ha

via obrigatoriedàde. de entrega ou recebimento da mercado

ria.

Sendo um mercado essencialmente financei

ro e com uma 60a liquidez fornecida pelos agora interessaGFEDCBA

t

dos especulad9res\ tornou-se posslvel a operaçao

-

de

(31)

de uma posiçio oposta ~quela manti~a no mercado flsico.

Assim, ..todo LndLvLduo qUE:)·tem 'ou compra mercadorias de

veria vender um montante equivalente de "futuros",

ga-rantindo-se contra !lutu~ç;es inde~ej~veis de preço. Se

o preço cai, ~ perda pela manu~enç;o'de mercadorias emzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

,

estoque sera compensada, total ou·parcialmente, por um

ganho no mercado de "futur·o"; se o pr~ço sobe, a perda

no "futuro" ficará coberta por um aumento no valor da

·mer6ador~a flsica.

A análise dos contratos futuros em.

es-cala Lrrt er-n'acLon aL mostra que, no 1.n1.c1.o,• f . a zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

I

f'drra Ld d a d e

era de atendimento, apenas, ~s necessidades nacionais,

evoluindo e se aperfeiçoando ~ "medida que prevaleceram

f6rmas descentralizadas de com~rcio. A venda futura tem

sido utilizada como fo~ma de projetar os preços no tem

po e estabilizar as possibilidades de ganho e, como to

do ·"papel", o con tr-ato nio representa senáo uma Lnten«

N 10

çao de comprar ou de vender •

10 - Noêmio D. Splnola, Commodities: o preço do futuro

(Rio de Janeiro: ,Instituto Brasileirb de Mercado

(32)

4.

As Vantagens para a Economia Fornecidas pelas Bolsas dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

.

Mercadorias

Al~~ da j~ citada ~aracter{stica de n;o

obrigatoriedade de exist~ncia real de mercadoria para

entrega, outras foram as medidas tomadas no sentido de

tornar os mercados de futuros empreendimentos

vitorio-11 sos

- a qualidade {grau).e o t~mahho· do contrato s;o fixos;,

- a qual~da~e das mercadorias tem que se~ mantida, o

'que .~ conseguido atrav'~s de LnspezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAç ào feder-aL regu.lar;"

..

, ,

- o pagamento deve ser feito a epoca da entrega;

- preços s;o estabelecidos abertamente, -por lance~ pu-,

blicos de oferta e procura, de modo a que o acesso se

ja igual para todos os negocí.ador-e s ;

- exige-$e o estabelecimento de responsabilidade finan

ceira de todos os compradores e vendedores;

-a C~mara de Compensaç;o ligada ao mercado garante o

cumprimento do contrato, mesmo que uma das partes nao

..

o faça (as funç~es da C~mara 'de Compensaç;o s;o discu

.

'.

tidas no capItulo 111); e

em virtude das estritas regras e de toda a negociaç;o

concentrar-se em um ~nico 160al, n;oh~ dificuldade

em liquid~r posiç~es previamént~'assum~das, a nao ser

..

temporariamente, quando o mercado ~~ avançou oudecli

, • • f 1

nou o maX1mo perm1ss1ve pf\ra o dia ou, em casos ex

tremos, quando o mercado ~ f~chado por alguma emerg~n

(33)

17.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Todas essas medidas levaram a um g~ande

aumento do volume de c~ntratos negociados, particula.!:,

mente nos últimos anos,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAe 'possibilitaram uma ser1e, , de

outras vantagens, tais como a de os mercados de futuros

,

agirem como pontos focais para a disseminaç;o de

esta-tlsti~as vi tais para as indúst~ias .•Também fizeram-nos

atuar como um mercado alternativo para a mercadoria, au

mentando a liquidez do~ estoques~l portanto, reduzindo

os riscos de variaç;o de preço~. Finalmente, segundo

Gerald Gold, ~les rpduzem o preço do pr9duto acabado e;

em conseqUência, o custo de vida. "Desde que o uso de

,. ,

.

futuros diminui o risco do negocio, a necessar1a margem

de lucro pode ser, e de fato é, reduzida [•.•

1

assim

abaixando o preço do,!3produtos."

A

afi~mação anterior não pode serLKJIHGFEDCBApaci

ficamente aceita, j~ que a negocLe.ç áo de futuros tem es

tado.sujeita a vari~veis graus de critica desde o ", f

1n1-cio de .SUa existência. Quando forem discutidos os as

~ectos econ~micos do mercado e a legislação existentem

próximo capitulo, veremos que numerosos têm sido os ata

ques a este tipo de trarisaç:o que, se para alguns e•

suavizador dos preços, para outros é fonte de desestabi

(34)

c.

O Nascimento das BolsasaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1 . Os Mercados Medievais

O com~rcio exercido entre locais muito

distantes uns dos outros é uma velha atividade dazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAesp~,

c~e human~. OS,fenlcios, gregos, romanos e bizantinos

já o utilizavam como fonte de·poder econômico, criando

datas e locais fixos para seu exerc{cio. Devido ~s dis

t~ncias e aos perigos da viagem, porém, a nego.c í.aç âo

e-. b t'" . 12

ra feita somente em ases de permu a ou a vlsta .

A despeito da queda dessas

civiliza-ções, os princ{pios básicos dos mercados centrais so

breviveram ~ Idade M~dia, mesmo quando o auto-suficien

te estado,feudal europeu interrompeu o fluxo

Quando a tradição urbana de Roma de~apareceu da

Euro-de bens.

pa, apenas poucas cidades do- sul da Fr~nça e da Itá

Lia mantiveram seus laços com a.África e a Ásia.

Durante a Idade Média -a

estabilidade

p~l{tica e econômica vagarosamen~e retornou. Os secu,

los XI e XII viram diversos monarcas ampliarem seus d~

t· •

mlnlOS e, com isso, lançarem aa bases do moderno esta

do europeu.

Por volta do século'XII, dois grandes

centros começaram a florescer como resultado da redes

(35)

Veneza, Florença, G~~ova, Pisa e Milão voltaram-se para

o Oriente; na região de Flandres (agorà Holanda e Bélgi

cal, l~ços' foram criado~' com a Ingl~terra. Os comercian

tes italianos, especializados em seda, condimentos, me

~ais raros e perfum~s ex~ticos,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAcomeçaram, tambem, a in,.

terr~lacion~r-se com os flamengos, que possuiam teci

dos, vinho, peixe ~algado, made~ra e artigos de metal,

relançando a prática.de mercados pré-anunciados emzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAep~

,.

cas 'e locais fixos.

'"

Existe evidencia que, em 1114, os

con-des de Champagnefavoreceram o estabelecimento de fei

ras em suas terras, para encorajar a atividade mercan

til da qual eles extraiam tributos. Essas feiras

medie-yais, organizadas pelas primeiras associações comer

ciais ~formadas por mercadores, artffices e promotores),

foram, p~ovavel~ente, as que originariamente usaram os

contratos para entrega futura 'na Europa.

No século XIII, a maioria das negoci~

ções nas feiras era ~'vista, isto e, para entrega,.

ime-diata, mas a pr~tica de tontr~tar para entrega: post~

riór da mercadoria, com pad~ões de q~alidade ~dtabeleci

dos por amostras, j~ era bem aceita13• Para'ta~to, pa~

saram a usar um inovador do~umento chamado "lettre de

faire" como contrat'o que especificáva a entrega dos

bens numa data futura.

13 - Commodity'Trading Manual (Chicago Board of Trade,

(36)

.Essas "lettres defaire", que possuiam

algumas caracterIsticas do moderno conhecimento de de

p~sito, eram assinadas por um reputado mer?ador, para

indicar que uma dete~~in~da mercadoria estava sendo

mantida em seu arm~z~m" Ass~m, o documento podia ser

vendido a uma terceira parte que, por seu turno, p~

.

~

d1a ou revende-lo ou entrar na posse dos bens compr~

dos. Essa operação era, em muitqs aspectos, similar

dos _czyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAorrtempor-Êneo s contratos f'utur-os, diferindo, ap2.

dos sendo consumados numa base mais

não eram padroniz~

14

pessoal .

~as, pelo fato de que os documentos

A principal contribuição das f~iras me

dievais para o atual com~rcio.foi a formalização das

prá.ticas de negociação, que foram codificadas e torna

ram-se' conhecidas como Lei Mercantil. Esta lei estabe

leceu padr~es de conduta aceit~vei~ para as autorida

des l6cais, padr~es esses que 'formaram a base para

as·pr~ticas comuns no uso de contratos, faturaS de ven

da,conhecimentos de ~ep~sito,

!

. , ,:

cartas de credito e ou

tros documentos. Tamb~m o princIpio da.auto- r~gulação

í

dai adveio, levando ~ criação de cortes judici~is pr~,

prias - as "courts of the fair" - dirigidas'pe~os pr~,

prios comerciantes.

Uma segunda grande contribuição refe

re-se ; estrutura do mercado. Com o crescimento dos

(37)

-.21.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

das modernas cí.dades .~,~::.rvl)-êias,a feira regional

decli-••

riou em importancia. Mercados foram criados em muitas c~zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

dades , servindo como c errt-r-o' de negociação para muitos

tipos de mercadorias.

A

~iversidade dos participantes e

seus negócios levo~ ~ necessidade de desenvolver

pa-dr~~s e pritic~s comuns de di~tribuição, financiamento

e aceitação de risco •.Um exemplo desses mercados foi o

"Royal Exchange", aberto em Londres em

1570

e posterio.!:,

mente dividido em mercados especializac;los,conhecidos em

grupo como "Londo n Commodity Exchange" - denominação que

prevalece até hoje.

2. Os "Shoguns"'Japoneses

O:primeiro ca~6 registrado de

negocia-ção futura organizada ocorreu no Japão no século XVII.

" .'Ricos pr-opr-Le t àr-Lo's de' terra .e senhores feudais do Lm pe

••

rio japones viram-se pressionados entre uma economia mo

. '. . •.•.

netar1a em expansao nas 'cidades e seus recursos funda

I

mentalmente baseados na agricul tura. O's aluguéis que

60bravam de seus arrendat&rios eram pagos sob a forma

d~ uma parte da colheita anual de ar~oz. Esta receita

er~ irregular e sujeita a fatores incontrol~veis,

o tempo e outras c~racterlsticas sazonais. Em

como

virtude

de a·~conomiamonetiria exigir que a nobreza pOSSU1sse~

(38)

mum aos senhores velider recibos de depósito contra bens

armazenados no interior ou na cidade. 'Comerciàri.tesgera.!.

mente' compravam estes' do cumerrtos , como antecipação

suas necessidades projetadas15•zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA ••

as

,.

Aos poucos, a cl~ss~ mercantil ~oi cres

cendo em import~ncia e é'provável que ai hajam ~loresci

""

•..

do as pr-ame ar-a s vocaçoes para barrqueí.r-o s , simultaneamen

te com anegociação'dos recibos de depósito e a cobran

çã.de taxas de juros, b~stante altas por certo, pelos em

.

16

"préstimos realizados o

Ao final do século XVII, o mercado de ar

.1

roz .sediado"em Dojima caracteri~ou-se pelo ~ato de permi

tir apenas negociaç~es ~uturasr Em 1730, oShogunato de

"Tokugawa, ou Governo Imperial~ designou e oficialmente·

reconneceu o mercado como "Gho-ai-mai", ou,literalmente,

"arroz rtegocdado no livrorro Üma série de regras foi, en

tão, estabelec~da, segundo He~ry Ho Bakken17: !

I

o prazo de duração do contrato era lim~tado;;

.- .todos os contratos ,- para quaisquer periodos'Ide tem

po - eram padronizados;

i

!

- 'um tipo (qualidade) básico ~e arroz para quaiquer

pe-I

, ~ , í

rJ..odocontratual,era estabelecido antecipadamente;

,

- nenhum contrato pod'er-La ter sua validade prolongada

~ . "

..

por um novo perJ..odode negocJ..açao;

15 Op. cito 7, p ••8.

(39)

23.

todas as nego~iações tinham que ser.compensadas atra~

vés de uma C~mara de Compensação; ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

. .

- .ca4a n~gociante precisava estabelecer um linha de

crédito com a C~mara de Compensação de sua escolha.?

,.

A principal diferença entre o mercado

"cho~ai-maili e os .atuais mercados de futuros era que a

entrega de mercadoria' ~ vista nunca-podia ser feita. Es

.te conce.ito de "negociação futura apenas" levou a rela

'cionameritos impróprios entre os.preços'~ vista e

futu-ros, gerando flutuações erráticas e~ por isso, o merca

do foi fechado emzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA1869. Menos de dois anos depois,' no entanto,

I i ,

foi reaberto e permitidas as entregas: flsicas

de.mercadorias. Talvez tenha ~i~o esta atitude a que me

. A· .

~hor atestou a importancia da negociação futura como fa

tor d& manutenção de um mercado ordenado.

A históri~ dos mercados de futuros para

,

,

.

produtos agrlcolas oscila em todos os palses entre o

mais ortodoxo dos liberalismos e o intervencioriismo

a-. .~

be~to ou não conféssado, como ocorreu.no Japão e

tam-!

bém, na Alemanha, onde foram fechados por volt~ de 1896

j

e .posteriormente reabertos. Quanto maior o gra~ de in

i

tervencionismo do Estado,

18'

mercados de futuros .

•..

tanto menor a import~ncia dos

(40)

J.

A "Chicago Board of-Trade"

No in{~i~ d~ 1800, os mercados de

"éommodities" nos Estados Unidos, Inglaterra e continen

te europeu operavam ~ vista, para entrega em at~ trin

\-ta dias ("spot"). Produtores e cqnsu~idores de mercado

rias.b~sicas - alimentos,' tecidos, ~ouro, metais, made~

ra serrada - lutavam com o velho pr?blema da distribui

ção e comer-czyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAí aLazaç ào de gêneros, retornos rent~veis e

. . 19

um custo razo~vel para 61ientes 'e consumidores .

Antes do in{cio das transações de futu

ros, as oscilações de preços eram mais violentas,

!

as di

ferençasentre compradores e vendedores eram m~is exten

sa.s, O .a gr-Lcu.L tor recebia meno s-e o consumidor pagava

~aís. Os n{veis de preço declinavam rapidamente na ep~,

ca da 'colheita, quando os suprimentos eram abundantes,

e elevav"am-se'mud,to na entressafra, quando os estoques

. 20 i

achavam-se em grande parte esgotados • A demanda de

'curto prazo não podia absorver as mercadorias ~

qual-quez-. preço, ainda que.baixo, e assim os bens eram

.j

jog~

dos nas ruas ~or falta de co~pradores. Esse quadro cao,

tico, que tipificou Chicago. e.outrai cidades,

;

i

era

agra-vado por falta de ~dequada infraestrutura.

A

-, '"

inexisten

cia de estradas, portos, vias fluviais e de sistema de

19 Op, cit. 1J, p. J .

20 - Frederick UhLm ann , "A História da Bolsa Comercial

de Chicago e seu 'Si~tema de Operações" in III Semi

n~rio Internacional:o mercado d~ commodities (Rio·

(41)

armaz~ns e silos concorria para de~articular a produç;o.

Os primitivos mercados, de "commodi ties "foram a princi-GFEDCBA

, I

paI força, por detras dos esforços legislativos doGFEDCBAsecuI ,

'lo XIX, ",para suprir essas falhas e desEmvol ver padrões

de qualidade e peso.

Chicago tornou-sei ent;o, o centro dazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

.

...

~ . ~

reg1ao agr1cola e de transvortes do pa1S e, na medida em

que.a economia americana se expandia, viu suas desorgani

zadas associações evoluirem at~ se transform~rem em mer

cados formalizados, o primeiro dos quais foi a Chicago

Boardof Trade, estabelecida em 1848 com oitenta e dois

membros (em"1973, contava com 1402 membros).

Foi ne~ta Bolsa Comercial de Chicago que,

em 13 de março de 1851, foi registrado o primeiro contr~

to. Este contrato autorizava a ~ntreg~ de 3000 bushels~

milho em junho " a um preço um centavo 'por bushel

abai-d' d 21 C t d ' ... t t t·

xo o preço e março • on u o~ es~as pr1me1ras en a 1

'vas limitaram-se ~ forma de entrega futura ("for\vard

,delivery"). Os contratos f'utur-os , ,como existem hoje, sur

giram somente em 1865, protegidds por uma complexa legi~

lação, que definiu os pr-LncLpzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAí o s b~sicQS para as ' transa

•..

çoes.

A negociação ~e futuros na Chicago Board

Df Trade rapidamente alcançou proporções significatiVas e

(42)

transações com futuros começaram na "New York ProducezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

.

Exchange" e.na "New York Cotton Exchange" por volta

, .zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA- . ""

de 1870. Nessa mesmaepoca, futurús eram negociados

na "New Or LearrsCotton Exchange" e, em 1885, na "New

York Coff'ee Exchange.",

Os mercados de "commodities"

america-nos tornaram-se, na atualidade, uma vasta e complexa

institui~;o, com ce~ca de dez bolsas grandes e doze

...

bolsas ~enores, nas quais sao negociadas aproximad~

ment~ quarenta mercadorias. Na Gr;-Bretanha, duas boI

sas são particularmente important!9s: 'a "London Metal

Exchange", especializada em metais, e a "Béiltic

Exchange", a maior bolsa de fretes marItimos do

mun-.ae ,

Para se ter uma idéia da import.incia

atribuI da a essas operações, basta mencionar que hoje

o volume de dinheiro aplicado em "commodities" excede

~queie dirigido ~s ações e tItulos de dIvida. A esse

respeito, aliás, Gerald Gold22 a f'd.r-ma que "em 1973 o

valor das mercadorias negociadas nosmercadbs de futu

rqs americanos alcançou 500 bi~hões de d~lares, apr2..

x í.madam ente um terço do produ to nacional bruto e mais

do que o valor de todos os tItulos negociados na ' BoI

sa de Valores de Nova Iorql1~ [...] 'Ainda assim,

não alcançaram 10% do número de negociadores que

par-eles

(43)

27-GFEDCBA

~ t 2 )zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Mais recentemente, Noemio D. Sp1nola ,

autor do primeiro e único livro a respeito de

"commodi ties" nozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBABr-asfLv- destacou O· fato de que o "boom"

no mercado de futuros americano fez com que os nego-,

'cios crescessem em,1)6%, entre 1970 e 19~5, contra apenas

60% de aumenio no volume tranaac{ona~o em aç~es. Cita

ou-tros'números: "em 1966 uma cadeira de corretor na NYSE,

no coração de Wall Street, custava perto de )00 mil dóla

res. Naquela época, uma cadeira de corretor em Chicago

'custava pouco mais de 20 mil ~ólares .•. ,Hoje as cadeiras

da NYSE não valem mais que 100 mil dólares e uma patente

de corrétora em Chicago custa bem mais que iss~ [.~.]II

Há uma grande diferença entre o merCa

do de "commodi ties"

e

o de aç~ es, não rest a dúvida, e

seria errado pretender comparar negócios com cereais e nê

gócios com titulos. Mas o fat? é que, ao lado ~os contra

tos de trigo, milho e soja, surgiu na Chicago Board of

Trade um ativo ~ercado de opç~es para a compra :e venda de

_ , I,

açoes, que hoje se constitui no mais prospero ~egocio no

, d d . taí - t· . 24 ,

merca o e cap1 a1S nor e-amer1Cano .

2) - Nb~mio D. Spinola" "Como rou Nova Iorque", Bolsa,

(12 abr.1976),

p.7.-24 - Ibid., p~

7.

, ,

~ porque Chicago ja

Rio de Janeiro, nº

(44)

As ;ú~t..~"mase s t a t Ls t Lc a s de que dispomos,

mostram que, em

1969,

esta Bolsa domiriava

43,7%

do volu

. .'

me total de contn-C:·'~"':'::~'.li.t.oembora Ja houvesse alcanç~

do

72,8%

em

1966.

No próximo tópico, desenvolveremos com

'maior'profundidad~a participaç;o··das diferentes bolsas,

relac~onando seus principais produtos.

D. As Bolsas. Atuais: Mercados e Mel:"cadorias

1. Organizaç;oe Operaç;o dos Mer~ados

A principal meta de uma bolsa de merca

dorias é fornecer e regulamentar'um local de modo que

seus membros', e, através deles " os interesses comerciais

incluindo o público, tenham in~talações para negociar em

contratos futuros com mercadorias especIficas. Dentre os

'objetivos, destacamos?5.

estabelecer princIpios de justiça e de eqüidade nos n~

, .

.goC:LOSj

- .fornecer um local organizado e fixar o tempo! de neg~

'.

c:Laçaoj

..

promover a uniformidade nos usos e costumes dos nego-zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

-cLarrt.ee ;

- estabelecer uniformidade no tamanho do contrato e re

-, .

gr'as com relaçao a qu.aLddade , tempo e local de entre

ga e prazos de pagamento;

(45)

29.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

adquirir e disseminar informação comercial e

ecón~mi-ca;

.fornecer maquinaria- para garantir o cumprimento dos

çontratos e o pagamento das obrigações financeiras; e

.•.garantir a integridade financei'ra e de negócios dos

membros com relação aos não membros •

.As balsas sãri organizações sem

lu~rativos e para sua subsi~t;nci~ lançam mão dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

f'dn s

..

tres

-formas de financiamento: investimentos, mensalldades e

taxas. Algumas são proprietárias dos ediffcios onde es

tão instaladas e alugam espaço, enquanto outras' tem

substanciais inversões em outros negócios. A maioria co

bra mensalidades p equ'enas de seus membros, enquanto ou

tras p~eferem instituir uma taxa pelas transações efe

tuadas, de modo a que o custo operacional seja coberto

·em proporção direta ao uso das instalações e

equipamen-tos-da bolsa.

Quanto aos membros da s bolsas norte-ame

.ricanas, verifica-se que apenas pesso~s ffsicas, e nao..•

jurfdicas podem fazer parte delas. Al~m disso, somente

os membros dos mercados podem negociar em contratos fu

turos. A tfpica bolsa de mercadorias, tem um número fixo'

de membros, mas a:lgumas'não impõem limitações a esse

(46)

vezes estabelecido pelos estatutos e outras vezes pelo

Conselho de diretores, hávendo duas principais razões p~

alguém desejar sê-lo:'zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

•..

....

ter acesso ao prega0 para negociar, e

- b~n~ficiar-se das comi~sões'red~zidas dadas aos

mem-bros que não estão presentes" mas que negociam através

de agentes.

Finalmente, as bolsas agem, como

,

arbitros de disputas comerciais, , ,

sem recurso as cortes

legais. Sua ação é comparáyel a da justiça, mas isenta

de formalidades legais e de rigidez.

• 26

2. Mercadorias Negociadas

A lista de mercadorias ativamente neg~

',ciadas nos mercados de futurosn0rte-americanos

impres-. '.

~iorta pelo seu tamanho e diversidade, podendo ser agr.!:!.,

'pada'como segue:

,gr;os: trigo~ milho, aveia,cevada,'sQrgo, milo;

:~leos veget~is: de soja, de colza,' de linhaça;

gorduras e óleos: óleo'de soja, óleo de algodão;

alimentos para criação: farelo'de soja, farinha de pe!.

_ xe, m eLaç o ;

criação e produtos: gado, por6os, frangos, mi~dos de po~

co, presunto, ovos frescos, ovos con

(47)

31 •

alimentos: batata, maçã, suco de laranja,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAaçucar,# cafe,•

~as~a de'tomate~cacau;

produtos florestais:zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAinadeLr-a compensada, madeira serr~

da;

metais: prata, platina, paladium,cobre, # • '

mercur1o" esta

nho;

outros: pr-opario; mo ed'as est r-ang e.ír-es , moedas

norte-a'me-ricanas de prata.

Existe uma tend~ncia de especializaç~o.

dos mercados por grupos de mercadorias, conforme

vere-mos no próximo tópico, além de o volume de negocJ..açao

.

--variar muito de um ano para outro e entre mercadorias.

Como ex_emplo disso, 'podemo s citar o fato de que o va

lor dos contratos trànsacionados pela. Chicago Board of

,Trade foi de ~$

50,1

bilh~es ~~

1967

e apenas ~$

35,0

·bilh~es em

1968;

um decréscimo de

30%,

portanto.

Outra faceta interessante dessas insti

.tu~ç~es financeiras e que elas operam com algumas# , .-, . mer

óadorias, enquanto deixam de fai~-16 com outras de

ca-racterlsticas similares e igual import;ncia. O que as

leva a agir assim? Q.uaisos pr~-requisitos p~ra as mero

cadorias serem aceitas pelas bolsas? Segundo a "Federal

Trade Comission", deve have~, fundamentalmente,

(1)

ho-mogeneidade tal que permita a intercambialidade das uni

dadescomerciais, (2) durabil~dade ou um grau mlnimo de

per~cib~lidade e

(3)

um fornecimento adequado da

(48)

Hieronymus, desenvolveram uma lista mais exata dessas

peculiaridades:zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

•..

As urt~dades devem ser homogeneas e intercambiáveis.

Não necessitam ser tang!veis; b"asta serem descrit!..;

veis.

- A mercadoria deve ter suscetibilidade para ser padr~

nizada e receber gràus. Se padrões puderem ser estabe

lecidos de forma a que, p~r "inspeção e classificaç;o,

a mercador;i..apossa 'ser dividida nuin l1úmero bem defini

do, ·com tipos homog~neos por unidades, então ela pode

vir a ser.negociada com contratos futuros.

A oferta e procura devem ser grandes, caso 'contrário,

especuladores com.substanciais recursos financeiros~

dem vir a controlar o mercado, que deixará de ser . li

#

vre e passara a ser, mer-am errt-e , um palco para conten

das. entre facç~es de especuladores.

A oferta deve fluir naturalmente para o mercado~ N;o

. #

,deve ser apenas grand~, mas tambem fluir livremente

para os mercados mundiais, sem restriç~es, quer gover

namentais, quer de a?ordos comerciais.

- o·A oferta e a demanda devem ser incertas. Se tantoEDCBAu

-ma como outra fossem conhecidas, o;:;pr-e ç os- ajustar-O

se-i~m sem nec~ssidad~de inte~~enção de qualquer mer

(49)

33·zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

~

,

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

- A mercadoria nao deve ser facilmente perec1vel, ·uma

vez que um contrato· futuro pode exigir a entrega do

bem para ciuitos m~s~s depois. Conseqüentemente,

e-. . ,

la deve poder ser estocada em qualquer epoca e por

per{odos consid~r~v~is •

.Os mesmos autores discutem os produ

tos não adaptáveis ~ negocia9ã~ futu~a:

bens pE:rec{veis e frutas e vegetais desenlatados;

- bens manufaturados cuja ofe~ta pode ser cpntrolada

e cujos estilos mudam; e

bens cuja ofertaest~ so~re controle monopol{stico.

Olhando para a lista de mercadorias

citada· no inicio deste. t·ópico, fica claro que. a.

.

enu-meração ~a~ exig~nci~~ não explica porque algumas mer

.cadorias são negociadas e outra.s nã~.·Talvez seja um

erro impor um éonjunto muito rigoroso'de ~aracter{sti

pas para elegibilidade pelos mercados f~~uros. Pare

ce que se o bem puder ser descrito e. intercambi~vel;

. .

N .• , • ." .•

·nao ter sido trabalhado ate o ponto de se identificar

,

. ..

com processos ou firmas espec1ficas; e ter preços va

ri~veis e relativamente competitivos, então nada 'imp~

(50)

3.

As Bolsas de Mercadorias

Hieronymus27 discrimina em seu livro a

__ • N

proporçao da negoc1açao tot~l dividida entre as diver

sas bolsas norte-americanas, mostrando que Chicago domi

na em larga escala este tipo detransaç;o.

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