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A demanda por moeda e a questão das inovações financeiras: o caso do cartão de crédito

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(1)

ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

DA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

PRAIA DE BOTAFOGO, 190/10.° ANDAR

RIO DE JANEIRO - BRASIL - CEP 22.250

LAUDO SOBRE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Como integrante da Banca Examinadora, designada

pela EPGE para julgar a Dissertação de Mestrado intitulada "A DE

MANDA POR MOEDA E A QUESTÃO DAS INOVAÇÕES FINANCEIRAS: O CASO DO

CARTÃO DE CRÉDITO", do candidato ao título Sr. Jorge Cláudio Ca

valcante de Oliveira Lima, sou de parecer que a referida Disser

tação seja aprovada e outorgado o título pretendido pelo candi

dato e autor desse trabalho.

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 1990

Antônio [Saxazar P. Brandão,

Presidente da Banca e

(2)

GETOlK)

VARQAS

TESE

DE

MESTRADO

APRESENTADA

À

EPGE

(3)

FUNDAÇÃO

GETÚLIO

VARGAS

A DEMANDA

POR

MOEDA

E AS

INOVAÇÕES

FINANCEIRAS:

O CASO

DO

CARTÃO

DE

CRÉDITO

DISSERTAÇÃO

SUBMETIDA

À CONGREGAÇÃO

DA

ESCOLA

DE

PÓS-GRADUAÇÃO

EM

ECONOMIA

(EPGE)

PARA

OBTENÇÃO

DO

GRAU

DE

MESTRE EM ECONOMIA

POR

JORGE CLÁUDIO CAVALCANTE DE OLIVEIRA LIMA

Rio de Janeiro, RJ

(4)

ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

CIRCULAR N? 64

Assunto: Apresentação e defesa pública

de Dissertação de Mestrado.

Comunicamos formalmente à Congregação da Escola que está

marcada para o dia 19 de novembro de 1990 (2§ feira), às 13:30h,

no Auditório Eugênio Gudin (10^ andar), a apresentação e defesa

pública de Dissertação de Mestrado em Economia, intitulada "A DE

MANDA POR MOEDA E A QUESTÃO DAS INOVAÇÕES FINANCEIRAS: O CASO DO

CARTÃO DE CRÉDITO", do candidato ao título Sr. Jorge Cláudio Ca

valcante de Oliveira Lima.

A Banca Examinadora "ad hoc" designada pela Escola se

rá composta pelos doutores: Fernando de Holanda Barbosa, Luiz

Guilherme Schymura de Oliveira, Clovis José Daudt D. Lyra de

Faro e Antônio Salazar Pessoa Brandão (Presidente).

Com esta convocação oficial da Congregação de Professo

res da Escola, estão ainda convidados a participar desse ato

a-cadêmico os alunos da EPGE, interessados da FGV e de outras

ins-t iins-tuições.

Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1990

fario Herrrtqúe Simonsen

(5)

ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

DA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

PRAIA DE BOTAFOGO, 190/10.° ANDAR

RIO DE JANEIRO - BRASIL - CEP 22.250

LAUDO SOBRE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Como integrante da Banca Examinadora, designado

pela EPGE para julgar a Dissertação de Mestrado, intitulada "A

DEMANDA POR MOEDA E AS INOVAÇÕES FINANCEIRAS: O CASO DO CARTÃO DE

CRÉDITO", do candidato ao título Sr. Jorge Cláudio Cavalcante

de Oliveira Lima, apresento as seguintes ponderações que justifi

cam meu parecer e voto:

1) 0 trabalho apresentado pelo candidato descreve completa e de

talhadamente o funcionamento do mercado brasileiro de cartão de

crédito;

2) A introdução do cartão de crédito, como uma inovação finan

ceira na demanda por moeda de nosso país, sugere alguns bons

resultados, embora o "sigilo bancário" impossibilite conclusões

mais gerais.

Assim e nessas condições, sou de parecer que a

referida Dissertação seja aprovada e outorgado o título pretendi

do pelo candidato e autor deste trabalho.

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 1990

uilherme

Profe

ymura dei Oliveira,

(6)

^FUNDAÇÃO

GETVUO VARGAS

ESCOLA DE POS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

CAIXA POSTAL 9OS3-ZC-O2

RIO D« JANEIRO - RJ - BRASIL

LAUDO SOBRE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Como integrante da Banca Examinadora, designado pela

EPGE para julgar a Dissertação de Mestrado, intitulada "A DE

MANDA POR MOEDA E A QUESTÃO DAS INOVAÇÕES FINANCEIRAS:0 CASO

DO CARTÃO DE CRÉDITO", do candidato ao título Sr. JORGE CLÁU

DIO CAVALCANTE DE OLIVEIRA LIMA, apresento as seguintes pon

derações que justificam meu parecer e voto:

a) 0 autor apresenta,na sua Dissertação, uma análise bastante

detalhada da utilização do cartão de crédito nas transações

econômicas;

b) 0 autor investiga a hipótese de que o cartão de crédito po

de ser tratado como uma inovação financeira que afeta a de

manda de moeda, e deste modo contribui para uma melhor com

preensão do papel das inovações financeiras no comportamen

to da demanda de moeda no Brasil.

Assim e nessas condições, sou de parecer que a referi

da Dissertação seja aprovada e outorgado o título pretendido

pelo candidato e autor deste trabalho.

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 1990

Fernando de Holanda Barbosa,

(7)

ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

DA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

PRAIA DE BOTAFOGO, 19O/10.° ANDAR

RIO DE JANEIRO - BRASIL - CEP 22.250

LAUDO SOBRE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Como integrante da Banca Examinadora, designado pela

EPGE para julgar a Dissertação de Mestrado, intitulada "A DEMAN

DA POR MOEDA E A QUESTÃO DAS INOVAÇÕES FINANCEIRAS: O CASO DO

CARTÃO DE CRÉDITO", do candidato ao titulo Sr. Jorge Cláudio Ca

valcante de Oliveira Lima, sou de parecer que a referida disser

tação seja aprovada e outorgado o titulo pretendido pelo cândida

to e autor deste trabalho.

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 1990.

Clovis de Faro,

(8)
(9)

AGRADECIMENTOS

Esta dissertação é parte de um projeto de pesquisa pessoal, mas que não seria possível

sem a ajuda de muitos.

A maior dívida é para com o orientador da tese Antônio SaJazar P. Brandão que sem

pre se mostrou uma fonte inesgotável de críticas, comentários e sugestões. Um agradec

imento especial ao professor Fernando de Holanda Barbosa que em muito contribuiu

para a finalização desta dissertação com comentários sempre precisos e por fim gostaria

também de agradecer aos professores Luiz Guilherme Schymura de Oliveira e Clóvis de

Gostaria de estender o meu agradecimento à várias outras pessoas que também me

auxiliaram. Aos amigos Ricardo de Oliveira Cavalcanti, Maria Teresa, Eduardo Ferreira,

Márcio Bezerra, Antônio José e Pablo Montaldo pela companhia e discussões. Aos pro

fessores e amigos Luiz da Costa Laurencel e Saulo Bispo dos Reis que me ajudaram

com

opiniões

bastante

amadurecidas.

Às

amigas.

Denise Lopes,

Denise,

Lygia,

Helena

e as tantas outras que com sua simpatia estavam sempre prestes a esclarecer eventuais

dúvidas.

(10)

e Leila

que

participaram

de

tantas

idas

e vindas,

mas

que

sempre

tinham

um

sorriso

companheiro.

Por fim aos meus pais e irmãos que com seu sangue nordestino me deram a com

preensão, tenacidade e perseverança indispensáveis à realização de tal trabalho.

(11)

ÍNDICE

í- Introdução xi

2 - Considerações Iniciais Sobre o Cartão 1

2.1 - Finalidade . 1

2.2 - Evolução do cartão 2

2.3 - Aspectos Operacionais 21

- Problemas Operacionais 21

- Situação atual do cartão ' 36

- Perfil do mercado 40

- Perspectivas do setor 46

3 - Capítulo 2 . .63

3.1 - A Dinâmica da dívida do cartão de crédito 63

3.2 - A hipótese de discriminação de preços e o cartão 80

3.3 - A Teoria da escolha envolvendo risco e o cartão 89

(12)

4- Capítulo 3 115

4.1 - Introduzindo o cartão . 126

4.2 - Demanda de moeda - interpretação teórica da influência

do cartão de crédito sobre a demanda de moeda 133

4.3 - A Abordagem Is-Lm 135

4.4 - Uma abordagem algébrica 165

5 - Capítulo 4 189

5.1 - Introdução 189

5.2 - Especificação da demanda de moeda 190

5.3 - Inovações financeiras 194

5.4 - Cartão de crédito 203

5.5 - Estimativas 205

5.5.1 - Inovações financeiras 217

5.5.2 - Cartão de crédito 233

6- Conclusões 251

(13)

7 - Bibliografia 256

8 - Apêndice 265

- Estatísticas

- Tabelas e Gráficos

(14)

ÍNDICE

DAS

ILUSTRAÇÕES

Página

1 . Cartão de Credenciamento A-l

2 . Posição do Cartão de Credito A-2

3 . Cartão de Crédito A-3

4 . Principais Cartões nos EUA A-4

5 . Faturamento dos Cartões A-5

6 . Curva Logística A-6

7 . Contrato de Adesão A-7

8 . Contrato de Emissão A-8

9 . Funcionamento do Cartão A-9

10. Extrato Mensal/Comprovante A-10

'11. Divisão do Faturamento A-11

(15)

12. Perfil do Mercado A-12

13. Como se divide as Compras A-13

14. faturamento do Setor de Cartão A-14

15. A ciranda do Cartão A-15

16. Evolução da Inadimplência A-16

17. Características dos Portadores de Cartão A-17

18. Contrato do Fornecedor e ADM. ' A-18

19. Volume dô Cheque sem Polidos A-19

20. Velocidade-Renda da Moeda A-20

(16)

ÍNDICE

DAS

TABELAS

Página

1 . Tempo em Meses para Pagamento da Dívida A-21

2 . Teste de Solvência Forte A-21

3 . Relação DMAX/£0 A-22

4 . Parcela dos Recursos A-22

5 .

h/Zo

= 6,25%

- Duração

em

Meses

A-23

6 . k/Zt = 6,25% - DMAX/D0 A-23

7 . Relação Preço com Cartão /à Vista A-24

8 . Lista Parcial de Algumas Inovações A-25

(17)

ÍNDICE

DOS

GRÁFICOS

Página

1 . Gráfico 1 - Atitudes lYente ao Risco A-26

2. Gráfico 2 - Custo Médio da Transação A-27

3 . Gráfico 3 - Atitudes Frente ao Risco A-28

4 . Gráfico 4 - Demanda x Oferta de Crédito A-29

5 .

Gráfico

5 - Fluxo

de

Pagamentos

A-3Ô

6 . Gráfico 6 - Esquema Triangular A-31

7. Gráfico 7 - Relação LM . A-32

8 .

Gráfico

8 - Derivação

Da

LM

A-33

9 .

Gráfico

9 - Introdução

ao

Cartão

A-34

10. Gráfico 10- Elasticidade da Demanda de Moeda A-35

11. Gráfico 11- Relação LM A-36

(18)

12. Gráfico 12- Demanda por Motivo-TYansação A-37

13. Gráfico 13- Demanda por Motivo-Precaução A-38

14. Gráfico 14- Influência do Cartão A-39

(19)

1-INTRODUÇÃO

O cartão de crédito é um instrumento relativamente recente de que dispõe os con

sumidores e que somente agora parece ter realmente tomado um impulso grande. A

indústria

de

cartões

de

crédito

vêm

crescendo

algo

em

torno

de

15

% ao

mês

em

meio

a uma situação de estagnação da economia brasileira e esta vitalidade parece dar sinais

de não ser passageira, ainda que fortemente influenciada pela inflação.

O comércio varejista têm mostrado um declínio acentuado enquanto o faturamento

das empresas administradoras de cartão vêm crescendo mês a mês a despeito da situação

de decréscimo do produto. A inflação avassaladora descobre uma das facetas atraentes

do cartão ao postegar o pagamento para até 40 dias depois das compras, Não obstante

observa-se uma concorrência ferrenha das empresas de cartão na disputa por este filão

de lucros crescentes.

A constante modificação do cenário econômico enseja mudanças rápidas neste mer

cado tão volátil. Ante a essas observações algumas questões afloram imediatamente.

Uma vez que os cartões possibilitam um maior endividamento e mais do que isto efeti

vam

o potencial

de

impulso

latente

em

cada

indivíduo,

ou

seja,

o indivíduo

para

adquirir

um bem não mais necessita dispor do numerário para efetuar a compra podendo sacar

o cartão e arrebanhar a mercadoria, uma questão vem à mente: como o cartão afeta a

demanda por moeda?

(20)

Esta

questão

é sem

dúvida

alguma

importante.

Dentre

as diversas

prescrições

conce

bidas pelos economistas no sentido de equacionar situações de desannonia na ambiência

econômica está a política monetária. Muita importância têm sido dada às perturbações

causadas pelo que se convencionou chamar de inovações financeiras1. Será que estas

pertubarções se traduzem em uma menor eficácia da política monetária? Dentro desta

perspectiva colocada e tomando-se o cartão de crédito como uma inovação financeira,

qual seria o impacto em termos do Brasil da introdução do cartão de crédito sobre a

demanda por moeda, ou ainda sobre a política monetária? Sim, porque ao introduzir-se

o cartão de crédito possibilita-se ao agente econômico abstrair-se do pagamento e assim

sendo cai a quantidade de moeda demandada por este indivíduo para a realização de

suas transações.

A proposta

deste

trabalho

é, tomando

como

referência

o cartão

de

crédito,

avaliar

as possíveis influências do cartão sobre a demanda por moeda. Assim estruturamos esta

pesquisa

da seguinte

forma.

Um

capítulo

inicial

trata

dos

aspectos

mais

gerais

do

cartão

como o aparecimento, sua evolução, modalidades, aspectos operacionais etc ...

Constitui-se como objetivo explícito deste primeiro capítulo situar o objeto de estudo e ao mesmo

tempo tratar de alguns problemas práticos que hoje estamos presenciando como por

e-xemplo

a inegável

atratividade

do

cartão ante

a virulência

da

inflação.

Um

segundo

'qualquer inovação que venha a reduzir os custos de transação

(21)

capítulo trataria de fornecer algumas idéias concebidas dentro da teoria econômica e

aplicá-las.

É o caso

da teoria

da escolha

envolvendo

o risco

e a decisão

entre

a utilização

do cheque (risco) vis-à-vis o cartão (sem risco).

No terceiro capítulo trataremos de abordar o cartão dentro das diversas teorias de

demanda por moeda para desta forma averiguar como se daria esta influência sobre a

demanda por moeda. Quanto a este ponto damos especial atenção à análise keynesiana

e sintetizada pela análise IS-LM. Um outro modelo desenvolvido aqui neste contexto é o

modelo de Baumol sobre sua teoria de encaixes.

No quarto capítulo mostramos a evidência empírica que pode ser coletada a partir

dos dados da economia brasileira. Estaremos interessados em estimar uma equação de

demanda por moeda que capte este efeito acima alertado. Por fim apresentaremos as

principais conclusões que pudemos extrair do arrazoado teórico e constatadas ou não

pelos nossos dados.

(22)

2 - CONSIDERAÇÕES

INICIAIS

SOBRE

O CARTÃO

DE

CRÉDITO

2.1 - Finalidade

O comércio sempre impulsionou a atividade econômica, e em seu bojo assistimos o

aparecimento

de

instrumentos

que

visavam

dinamizar

a atividade

comercial

e permitir

desta

forma

maiores

vendas

e portanto

maior

circulação

da

riqueza

ensejando

um

maior

crescimento

econômico. Neste

contexto

deve

ser

inserido

o cartão

de

crédito,

um

instru

mento que no início se restringiu a utilização dos próprios comerciantes, mas que com

o desenvolvimento

posterior

deste

passa

a ser

administrado

por

bancos

e/ou

empresas

intermediárias.

A finalidade

principal

dos

cartões

é a de

facilitar

a venda

de

bens e/ou

prestação

de

serviços permitindo ao seu usuário um pagamento diferido para um momento posterior

ao ato da compra e assegurando ao vendedor o recebimento da venda. Transforma-se

uma

venda

à vista

em

uma

venda

a prazo

(prazo

esse

de 30 à 40 dias),

valendo-se

de um

expediente bastante prático vís-a-vís outras formas convencionais de crediário. O cartão

desburocratiza

as operações

do

crediário,

que

exigem

apresentação

de

hollerith,

carteira

de trabalho, CIC etc ... ao mesmo tempo em que potencializa a verdadeira vocação do

comércio, pois não é mais necessário esperar-se o instante em que dispõe do dinheiro para

efetuar a compra. Note-se que hoje ante a retração nas vendas do comércio, as empresas

(23)

administradoras

de cartão

veêm

seu

faturamento

mensal

crescer

15 % a.m.,

o que

têm

levado

muitos

a crer

que

o cartão

em

larga

medida

tem

sustentado

o comércio

varejista.

Hoje

cerca

de

60

à 65

% do

faturamento

das

administradoras

advém

das vendas

nos

Shopping-Centers o que demonstra a vocação dos cartões em efetivar compras.

O cartão

em

si já é uma

prova

de

que

seu

portador

está

em

condições

econômicas

para

saldar

seus

débitos.

Com

isso

ganha-se

tempo,

economizando-se

várias

operações

burocráticas

e tanto

o usuário

quanto o

vendedor

teriam

vantagens

podendo

este

dispor

de

um

número

maior

de

clientes

em

virtude

da

maior

disponibilidade

de

tempo.

2.2 - Evolução do Cartão e as Diversas Modalidades

Nos

primórdios

do

cartão

de crédito,

estes

eram

cartões

que

visavam

apenas

a iden

tificação

dos

portadores

como

pessoas

economicamente

sadias

e que

portanto

dispunham

de fundos

para

fazer frente

aos

seus

gastos

de consumo

sendo

por

este

motivo

chamados

inicialmente

de

cartões

de

bom

pagador

ou

ainda

cartões

de

credenciamento.

Nesta

operação

apenas

2 pessoas

participavam

do

processo

e interagiam

entre

si.

Era

de um

lado

o vendedor

e de outro

o comprador,

pois

neste

caso

o próprio

vendedor

era

quem

emitia

o cartão

dispensando

desta

forma

a intermediação

de

um

organismo

para a emissão dos cartões (Fig. 1 no apêndice).

Foi

nesta

circunstância

peculiar

que

apareceram

os cartões

que

como

já foi

dito

(24)

eram

fornecidos

somente

aos

clientes

de

boa

reputação

e portanto

em

sua

primeira

fase

a

característica

fundamental a

ser

ressaltada

é que

o emissor

do

cartão

é a própria

empresa

vendedora,

que

sem

a interveniência

de

terceiros,

faz

uma

venda

a termo

(prazo)

aos

seus

clientes

que

em

um

período

posterior

efetuavam o

pagamento

da

compra.

Garcia

(1980)

situa

o aparecimento

destes

no

início

do

século

nos

EUA.

Por

volta

de

1914

grandes

lojas

de

departamento

e cadeias

de

postos

de

gasolina

já possuíam

seus

cartões. Postos como Esso e Texaco e hotéis passaram a utilizar este instrumento em

favor

dos

clientes,

fato

que

até

hoje

perdura

(Fig.

2 no

apêndice).

Esta

nova

prática logo

se disseminou,

como

uma

nova

moda,

pela

França,

Alemanha

e

Inglaterra. A difusão dos cartões (ainda cartões de credenciamento) foi em grande parte

retardada pela grande depressão de 1929 e pelas duas grandes guerras. Assim sendo,

não foi antes da década de 50 que os cartões tiveram um impulso vertiginoso. Algumas

.empresas

percebendo

que

este

instrumento

propiciado

pelos

cartões

de

bom

pagador

(ou

credenciamento) poderiam ser estendidos a uma grande gama de pessoas, que estavam

até então à margem do processo, se engajam no esquema. Estas empresas, mesmo

não sendo vendedoras de bens ou prestadoras de serviço, surgem e passam a atuar como

intermediárias entre vendedores e compradores possibilitando desta forma que pessoas que

não eram clientes agora sejam. Isto porque estas empresas intermediárias

comprometiam-se a pagar

as despesas

efetuadas

pelos

usuários

dos

cartões

aos

vendedores

(mantém-se

(25)

a confiança do sistema) cobrando para isto um certo percentual dos vendedores. Toma

com isto uma nova dimensão o cartão de crédito, pois a responsabilidade do pagamento

passa agora a ser da empresa emissora do cartão (dissocia-se o vendedor do emissor)

deslocando-se a confiança por parte do vendedor na capacidade do comprador sanar

sua dívida com a empresa emissora. Assim o comprador não mais ficava a dever ao

vendedor, mas à empresa que lhe forneceu o cartão (Fig. 3 no apêndice).

Como podemos depreender deste fato modifica-se a estrutura obrigacional que per

faz a base do cartão de crédito. Vejamos isto de forma mais atenta. Enquanto no

modelo descrito anteriormente, o comprador se obrigava diretamente com o fornecedor,

no sistema de venda triangular em que a empresa emissora dos cartões aparece como

intermediária entre o comprador e o vendedor, a venda é feita por este (vendedor) dire

tamente ao comprador, mas a obrigação do pagamento se transfere à empresa emissora

do cartão, que em um momento posterior cobrará a dívida dos portadores (ou usuários)

dos cartões. Assim o fornecedor passa a ser credor não do comprador, mas do emis

sor do cartão e consequentemente o comprador passou a ser devedor, ao adquirir um

bem, não do fornecedor, mas da empresa que emitiu os cartões. Esta é a característica

fundamental do cartão de crédito. Note-se que designamos este cartão oriundo do novo

esquema de cartão de crédito, distinto portanto da designação cartão de credenciamento.

Explicitaremos este ponto um pouco mais à frente.

(26)

Foi em 1949 que surgiu o primeiro cartão de crédito nesta modalidade nos EUA.

Devemos notar que esta nova modalidade de cartão apareceu com o Diner's Club que se

destinava no início a cobrir despesas em hotéis e restaurantes, mas depois teve ampliado

a gama de serviços a que se destinavam uma vez que a atratividade do cartão reside

justamente no fato de poder comprar bens e/ou serviços os mais variados possíveis. O

Diner's Club foi instituído como um intermediário entre o comprador e o fornecedor,

fazendo a empresa jus a cobrança de taxas de inscrição, anuidade e principalmente uma

comissão referente às vendas efetuadas. Em 1953 o Diner's foi lançado em Londres e

1954 na França e a exemplo dos EUA se destinavam a despesas de viagens (hotéis,

restaurantes) e em uma segunda etapa à compra dos mais diversos bens.

Porém, a evolução dos cartões não cessa aí neste instante. Ante o sucesso inusitado

deste novo instrumento de crédito e antevendo no cartão de crédito a possibilidade de

obter resultados bastante expressivos, os bancos entram também neste ramo. Assim,

os bancos passam a associar-se às empresas emissoras de cartão, fornecendo os recur

sos necessários para fazer frente às obrigações assumidas pelo emissor ou ainda através

de suas redes de agências difundir ainda mais o uso, criando-se assim a mentalidade

do cartão. Um desenvolvimento posterior se dá quando as próprias instituições finan

ceiras passam a emitir seus próprios cartões, tomando o lugar, através de empresas

coligadas (subsidiárias) criadas especialmente para esse fim, das empresas

(27)

ras

de

cartão.

Os

bancos

ao disporem

de

uma

grande

massa

de

recursos

possibilitam

aos

usuários

não

somente

o direito

de

adquirir

bens

e/ou

serviços,

mas

também

o de

utilizar todos os demais serviços bancários.

Em

1951

o Franklin

National

Bank

lançava

o seu

cartão

de crédito

utilizando-se

deste

novo conceito. 0 banco abria um crédito revolving1 no qual o usuário tinha suas compras

quitadas

pelo

banco

e este

passava

a debitar através

de

um

extrato

mensal

a quantia

a ser

paga

pelo

portador

do

cartão.

À medida

que

o pagamento

era

efetuado

junto

ao

banco,

estes

pagamentos

eram

creditados

e portanto

o saldo

devedor

era

diminuído.

Modificava-se

mais

uma

vez

a estrutura

dos

cartões

através

da realização

de uma

abertura

de

crédito

bancário,

passando

os usuários

a incorrerem

em

custos

adicionais

em

virtude

deste

fato.

Não

obstante

o aparecimento

dos

assim

chamados

cartões

bancários,

grandes

empresas

continuavam

a fornecer

cartões

de

credenciamento

como

a Sears

e os

Hotéis

Hilton.

Entretanto

o American

Express

Card

(AMEX),

empresa

até

então

tradicional

no

setor

de

viagens,

lança

o seu

cartão.

O ano

de

1958

ainda

assiste

o lançamento

do

Bank

Americard

ligado

ao

Bank

of América

e detentor

de

uma

poderosa

rede

de

agências com o que este passa a ser o principal cartão de crédito. Porém é somente na

década

de 60 que

a evolução

da utilização

dos

cartões

de crédito

como

um

instrumento

de

crédito e pagamento toma um impulso vertiginoso. O Bank Americard (hoje conhecido

1 Revolving = Rotativo, similar à uma linha de crédito

(28)

mundialmente

como

VISA)

e o Master

Charge

(outro

sistema

gigantesco)

se associam,

eliminando

a concorrência,

e dando

início

ao

que

se convencionou

chamar

a indústria

do

cartão.

O crescimento

exponencial

do

número

de

cartões

se espalha

por

todo

o mundo

e em

1961/62,

chegam

ao

Japão

os primeiros

cartões

levados

pelo

Diner's

Club

que

se

associa

ao

FujiBank

e logo

aparecem

novos

cartões

emitidos

pelos

bancos

Mitsubishi

e

Sumitomo.

Na Inglaterra que já possuía o Diner's são lançados os Travei Credit Cards com o

intuito

de fomentar

o turismo,

porém,

é em

1956,

com

o lançamento

(aparecimento)

do

Barclaycard

que

se assiste

uma

explosão

dos

cartões

por toda a

Inglaterra.

O Barclay

como uma das instituições financeiras de reputação mais sólida na Inglaterra dissemina

o uso do cartão em toda a Grã-Bretanha; Ainda em 1966 a França também se insere no

frenesi "do dinheiro de plástico"; com o aparecimento das caries Ceteles, caries Boreée

c caries Blens. Entretanto é nos Estados Unidos da América que os cartões têm seu

maior mercado (Fig. 4 no apêndice). Note-se que uma tendência que se afirma cada vez

mais é a predominância quase total dos cartões de crédito bancário. Aliás, a evolução

nos diversos países parece ser a mesma. Num primeiro estágio o cartão aparece, mas o

crescimento avassaíador passa a se dar a partir da associação e entrada em cena de uma

grande empresa, principalmente os bancos.

No Brasil, o processo se assemelha bastante ao descrito acima, entretanto devemos

(29)

ressaltar

a existência

de peculiaridades.

Após

um

crescimento

inicial

lento,

os cartões

de

crédito

tiveram

durante

um

certo

tempo

um

grande

crescimento

e depois

arrefeceram

o

seu

ímpeto.

Agora,

com

a volta

da

inflação,

o mercado

parece

ter

recuperado

seu

fôlego

e dá sinais de um crescimento sustentado.

O cartão

foi

concebido

como

um

instrumento

que

facilitasse

as vendas,

desburocrati

zasse

o crédito

e assim

sendo

efetivasse

o potencial

das

vendas

latentes

nos

consumidores.

Entretanto

ante

uma

inflação

de

24 % a.m.

(20

anos de

inflação

na

Suíça)

torna-se

uma

grande vantagem para o consumidor adquirir bens com o cartão para o pagamento até 40

dias

após

as compras

. A inflação

introduz

uma

distorção

no

sistema

que

mostra de

um

lado

o consumidor,

e o jeüinho

brasileiro

e de

outro

lado

os

lojistas

que

recebem

30

dias

após,

defasados

assim

de

um

mês

de

inflação.

O primeiro

cartão

introduzido

aqui

no Brasil foi, a exemplo do ocorrido lá fora, o Diner's Chb que chegou em 1956 como

cartão

de crédito

não-bancário

(mais

tarde

explicitaremos

esta

distinção).

O crescimento

que

se assistiu

a seguir

foi

especialmente

lento

e este

instrumento

passou

algum

tempo

obscurecido

pela

nova

vedete:

o crédito

direto

ao consumidor

em

1966.

Logo

em

seguida

aparecem

uma

série

de cartões

com

a participação

direta

dos

bancos

seguindo

desta

forma

a tendência

internacional.

O cartão

ELO

- ligado

ao

grupo

Bradesco

em

associação

com o Visa aparece em 1967 e começa a sacudir o mercado em função do gigantismo

da

estrutura

do

banco

Bradesco

e sua

participação

nacional

através

de

sua

rede

de

(30)

agências. Em 1970 surge o cartão Credicard, administrado pela Credicard S/A e que

aproveitando-se do momento, se associa também ao Visa. Os dois gigantes do mercado

nacional passam a disputar palmo a palmo cada terreno e a competição acirrada estimula

o desenvolvimento da indústria nascente. O cartão Nacional ligado ao Banco Nacional

S/A aparece em 1972 sendo administrado peia empresa do mesmo nome. Após essa

avalanche de adesões e um crescimento elevado, o mercado passa por um período de

crescimento lento e somente em 1981 dá mostras de uma revigoração. Em 1981, aparece

o American Express (AMEX) que novamente reacende o processo e acirra a competição.

Passamos a assistir uma série de mudanças. O Credicard passa, a partir de 1985, a

administrar o Dinercs e muda sua estratégia de crescimento. O Credicard rompe com

o Visa em 1987 e se associa a um outro gigante do mercado americano: o Master

Charge. Em 1988, o Banco do Brasil sacode o mercado com a entrada em cena do

Ouro Card que passa a ter um crescimento vertiginoso. No ano de 1989 as mudanças

continuam com o cartão Nacional se associando ao Visa, juntamente com o Ouro Card, e

o AMEX (através do BCN, Bamerindus e Econômico) lança um novo cartão: o SOLLO.

Começa a aparecer um conceito de um novo cartão, o multicartão, um cartão que além

de ser cartão de crédito permite acesso a terminais eletrônicos, movimentação de conta

corrente e cartão garantia de cheque. Segundo dados da ABECS (Associação Brasileira

de Empresas de Cartão de Crédito e Serviços). O Bradesco detém 36,6% do mercado,

(31)

seguido

pelo

Credicard

com

17,1%,

Nacional

6,4%

e o Diners

4,2%

(Fig.

5 no

apêndice).

A evolução dos dados sobre cartão de crédito tanto no mercado nacional quanto

no mercado internacional sugerem um certo padrão de comportamento. Este padrão

embute a seguinte hipótese: no caso de uma difusão de uma inovação (o cartão) a taxa

a qual as pessoas passam a usá-lo cresce à medida em que ele é usado em todo o lugar,

mas diminui à medida que o número de pessoas ainda por virem a adotá-la cai. A curva

que descresve este padrão é conhecida como curva logística e possui o formato mostrado

abaixo (Fig. 6 no apêndice).

Esta curva é bastante interessante e mostra dois pontos chaves:

(1) - O nível de saturação - dado pelo volume potencial de pessoas em condição de

possuir um cartão de crédito e

(2) -O ponto crítico - o ponto a partir do qual o crescimento se arrefece. O ponto de

. saturação seria equivalente aos 12-13 milhões de usuários, segundo dados do IBGE

(anuário de 1987)

Conforme deve ter ficado claro da nossa exposição anterior acerca da evolução dos

cartões

de

crédito

a partir

do

aparecimento

até

os dias

de hoje

temos2.

(A) Cartões de credenciamento - cartões emitidos pelas próprias empresas vendedoras

para uso dos seus clientes;

2Martins, Fran. Cartões de crédito : natureza jurídica. Rio de Janeiro, Forense, 1976

(32)

sas que fornecem (emitem) cartões em 3 grupos: O primeiro grupo é composto daquelas

empresas que fornecem cartões de credenciamento aos seus próprios clientes, tendo como

exemplo as grandes lojas de departamentos. Num segundo grupo estão as empresas que

servem, de intermediárias entre compradores e vendedores dispondo apenas dos próprios

. recursos não recorrendo a instituições financeiras para a conclusão de suas operações,

podendo ai ser citado a casa Tavares, Temper etc... Por fim em um terceiro grupo

estão as empresas bancárias ou ligadas a bancos em que as contas dos clientes junto

aos fornecedores no momento da sua liquidação, são satisfeitas pelos bancos ou a esses

transferidas pela empresa administradora do cartão. Os bancos hão são os responsáveis

diretos pela liquidação da operação. Normalmente são criadas entidades (como o Cartão

Nacional S/A) que se encarregam de promover a liquidação das contas apresentadas pe

los fornecedores, lidando essa entidade com os bancos. Aqui neste momento ocorre uma

operação de crédito bancário, pois as empresas quando transferem para os bancos as

contas, recebem destes dinheiro para a liquidação da operação e para isso deverão os

usuários arcar com os juros, Podemos,, lembrando íYan Martins (1976), distinguir os

cartões de crédito em :

(A) Cartões de Credenciamento;

. t. f não-bancários (Mésbla,...)

IB) Cartões de Crédito propriamente ditos <, /. ,_ \ -T . , .

[bancários (Bradesco, Nacional,...)

(33)

crédito propriamente-ditos: as empresas bancárias e as não bancárias. As empresas

bancárias permitem ao usuário do cartão a utilização de um crédito bancário (caso

o pagamento das compras não ser der à vista), enquanto as não bancárias apesar de

concederem o crédito ao usuário não permitem que este se utilize do crédito bancário,

Porém, como era de se esperar o emissor deveria dispor de grande soma de dinheiro

(capital-recursos) para, com recursos próprios custear as despesas aos fornecedores, com

um retorno às vezes duvidoso em função do risco de solvência dos usuários.

Os bancos vislumbraram nos cartões uma oportunidade de obter lucros vantajosos

era função das comissões cobradas dos lojistas (fornecedores). Abre-se um rico filão a

ser devidamente explorado. Os bancos propiciavam um serviço de informação rígido e

um cadastramento dos titulares (usuários) feitos de uma tal maneira que reduzisse a

um mínimo as possibilidades de perda. Torna-se um grande atrativo aos lojistas que

agora passam a dispor de uma maneira eficaz e segura de receber, sem os incômodos do

crediário, e sem a incerteza dos cheques que admitem a falta de fundos.

Para lidar com este volume de informações e transações há a necessidade de se

utilizar um computador que catalize todos os esforços no sentido da presteza, veracidade e

fidedignidade dos dados. Os gastos era informática são bastantes elevados o que justifica

a premência de se ter uma estrutura grande e que possa tirar proveito dos "fenômenos

(34)

"take-off"

(decolagem)

do cartão

está

intimamente

ligada

ao processo

de entrada

de bancos

no

setor.

Um

banco

com

seu

volume

de

recursos

e o aparato

no

setor

de

informática

reúne

características

chaves

para

deflagrar

o início

do

processo.

Uma

fonte

do

setor

ilustra

esta

questão

afirmando

que

para

se operar

na

indústria

de

cartões

"tem

que

se

ser

grande*,

algo

em

torno

de

um

milhão

de

usuários,

segundo

a sua

sensibilidade.

Um

acontecimento

recente

mostra

a importância

do

que

acabamos

de

dizer.

Empolgados

com

a possibilidade

de se fazerem

lucros

adicionais

e aumentarem

as suas

vendas,

várias

lojas

se lançaram

no sonho

de possuir

seu

próprio

cartão,

mas

foram

obrigadas

em

face

dos

custos

elevados

a recuarem

desta

idéia.

Hoje

estas

lojas

operara

sob

a tutela

de um

cartão

mantido

pela própria

administradora

do shopping

em

que

funcionam.

Os cartões

de crédito

bancários

são

aqueles

em

que

o emissor

é composto

de bancos

ou

por

uma

sociedade

que

tem

a participação

direta

ou

indireta

dos bancos

e neste

caso

a operação

com

estes

cartões

termina

sempre

em

uma

operação

bancária

com

todas

as

conseqüências

inerentes

a ela

(p.ex.judicial).

Fechou-se

o ciclo

e formou-se

o trinômio

perfeito

o usuário

(portador

e titular

do

cartão)

tem

a certeza

de

que de

que

se fizer

mau

uso

do

cartão

estará

sujeito

às medidas

que

os bancos

tomam

com

relação

aos

seus

clientes

faltosos,

insolventes

ou inadimplentes.

O fornecedor,

por

sua

vez,

tem

assegurado

o recebimento

uma

vez

que

são

os bancos,

entidades

sólidas,

que

lastreiam

o pagamento

(35)

Aí é que podemos identificar a componente de crédito que permeia todo o processo.

Crédito significa confiança que alguém deposita em outrem quanto ao recebimento de

um

bem

e/ou

dinheiro.

Como

vimos

todo

sistema

se assenta

na

confiança,

muito

embora

existam claramente alguns instrumentos de coerção.

Uma diferença fundamental separa os cartões de crédito bancários dos não bancários;

no ato da compra quando sâo apresentadas as faturas, poderá ser paga apenas uma parte

das mesmas sendo o restante em prestações posteriores. Ao saldo das prestações restantes

será acrescido juros e demais encargos financeiros, o que aumentará a importância a ser

paga no faturo. A incidência dos juros se deve ao fato desta se tratar de uma operação

bancária e portanto similar às demais. Essa vantagem adicional do cartão de crédito

foi decisiva para que o cartão surgisse como uma alternativa a mais à disposição dos

consumidores e assim sendo, estes passassem a ser largamente, utilizados.

0 cartão de crédito bancário pode ser utilizado pelo usuário na aquisição de bens

e/ou

serviços.

Ao

possuir

o cartão

o usuário

está

em

condições

de

usar

um

crédito

(como

se fosse uma linha de crédito) aberto em seu favor pela instituição financeira, e o simples

fato de se possuir um cartão (e portanto cadastro) sinaliza sobre as possibilidades de ser

saldado o débito.

Os

cartões

de

crédito

bancários

podem

ser

subdivididos

em

várias

modalidades3:

(36)

(A) Cartões de crédito emitidos por um banco;

(B) Cartões emitidos por sociedades formadas por grupos de bancos;

(C) Cartões emitidos por uma subsidiária do banco;

(D). Cartões emitidos por sociedades autônomas, que contam com a participação dos'

grandes bancos.

Vamos abordar de forma sucinta estas modalidades.

(A) Cartões de crédito emitidos por um banco

Quando o emissor dos cartões de crédito é nm banco, no momento em que se concede

um cartão, abre-se um crédito em conta corrente em nome de seu cliente. A pessoa

portanto devera ser correntista do banco e essa conta corrente será movimentada pelas

quantias adiantadas aos fornecedores. O usuário ficará sujeito ao pagamento de juros,

taxas e outras comissões se optar pelo pagamento parcelado. Os fornecedores, por sua

vez, devem se filiar ao banco e também possuir unia conta corrente e além do mais

estão sujeitos a cobrança de uma comissão sobre as vendas,comissão esta que varia

inversamente com o prazo de recebimento. Assim caso o lojista receba o dinheiro em 15

dias, receberá as vendas abatidas de um percentual a. Caso as vendas sejam recebidas

em 7 dias, o percentual descontado será maior, a 4- x por exemplo. Podemos citar o

cartão Bradesco, emitido pelo banco Bradesco e participante do aiatema ELO4.

(37)

(B) Cartões emitidos por um grupo de bancos

Vários bancos podem se associar para o fornecimento de cartões de crédito. Dessa

associação costuma originar-se uma sociedade que administrará a emissão dos cartões e

a sua movimentação, não ficando vedada a emissão dos cartões de crédito por parte dos

bancos, negociando quando for o caso com os bancos a abertura de crédito em favor dos

usuários dos cartões. Podemos citar como exemplo o caso do cartão SOLLO, lançado em

dez/88 com a participação dos bancos Bamerindus, BCN e Econômico juntamente com

o American Express. O American Express será responsável pela estrutura operacional,

tecnológica e administrativa e o sistema de funcionamento será idêntico ao descrito an

teriormente. Para tanto será constituída a empresa Tempo e Cia. Outro exemplo é o

próprio cartão American Express, administrado pela American Express do Brasil S/A

Turismo e que conta com a participação dos bancos Bamerindus (15%) e Econômico

(15%).

(C) Cartões de crédito emitidos por uma subsidiária de um banco.

Nesse caso a subsidiária funcionará como emissora dos cartões tratando diretamente

com os usuários. O usuário não precisa ser correntista do banco. A subsidiária poderá

convencionar com bancos do mesmo ou de outro grupo a participação nos serviços de

cobrança dos titulares e no pagamento dos fornecedores. Mas a abertura de crédito

(38)

São exemplos desta modalidade o Cartão Nacional S/A, empresa subsidiária do Banco

Nacional S/A e o Ourocard, cartão administrado pela BB-Card, uma empresa subsidiária

do Banco do Brasil S/A.

(D) Cartões de créditos emitidos por uma sociedade não subsidiária, mas contando com

a participação de bancos.

Neste caso o usuário é o devedor final desta sociedade e os fornecedores credores

quando são apresentadas as faturas. As negociações em favor dos usuários e os finan

ciadores são os bancos participantes. Citamos o caso da Credicard S/A administradora

de cartões de crédito. A empresa se encarregará de fazer os pagamentos aos fornece

dores e de efetivar a cobrança junto aos usuários podendo ser utilizado qualquer banco

participante do sistema. A abertura do crédito em caso do pagamento parcelado será

feito com a participação da empresa. Não é necessário ser correntista no ato da assi

natura do contrato de adesão do usuário ao cartão de crédito. O usuário é escolhido

mediante o preenchimento de uma ficha cadastral na qual são observadas várias ca

racterísticas do pretendente, principalmente as referências bancárias, imóveis, condições

econômico-financeiras etc... (Fig. 7 no apêndice)

Das informações contidas acima depende toda a segurança do sistema, bem como

a manutenção de um cadastro atualizado, abrangente, algo vital na sobrevivência na

(39)

.JL

(B) Cartões emitida por empresas que intermediam o processo de venda entre com

pradores e vendedores e

(C)

Cartões

de

emissão

de

bancos

ou

grupos

de

bancos,

possibilitando

ao

portador

a

utilização do crédito bancário.

Atualmente, conforme já dito anteriormente, a emissão de cartões de crédito conta

quase em sua totalidade com a colaboração/participação de um banco ou grupo de

bancos. A razão pela qual observa-se este fato deve-se principalmente à razão dos bancos

disporem de mais recursos e maior escala, ou seja a escala em que operam os bancos

suporta os gastos com processamento, faturas, emissão de extratos, cadastro,etc...

O cartão além de ser um instrumento que dá status ao seu usuário, permite um

fácil endividamento em virtude da sua utilização sem demandar maiores complicações.

Isto pode ser algo preocupante quando se pensam em questões como: o cartão é

infla-cionário? Afeta o multiplicador dos meios de pagamento? Num ambiente como o que

vivemos atualmente o cartão torna-se ainda mais um instrumento que permite equacionar

o orçamento doméstico ao mesmo em que enquanto não paga suas contas, o usuário pode

investir o dinheiro em aplicações de curto-prazo como: poupança, over, fundos ao por

tador etc... driblando a inflação ao pagar suas contas sem juros, no prazo de até 40

dias, e ainda obtém um retorno através das aplicações no mercado financeiro.

Assim para clarificar o objeto de estudo deste trabalho podemos classificar as

(40)

Como mostramos acima aparecem uma série de laços jurídicos definidores da es

trutura jurídica do cartão de crédito. Não quisemos dos estender demasiadamente nos

meandros possíveis, mas somente fornecer uma idéia sobre a estrutura que se monta por

detrás da assinatura do termo de adesão5.

Gostaríamos ainda de chamar a atenção para os artigos n£ 11 e n£ 12, aí reside o

fato que diferencia o cartão bancário do não bancário. Ao aceitar condições vigentes no

contrato, o usuário nomeia e constitui a administradora do cartão como seu procurador

e concede direitos para negociar a abertura de crédito em instituição financeira. Sim

isto ocorre porque ao adquirir um bem é facultado ao titular optar pelo financiamento

dessas despesas era prestações mensais fixas incidindo os custos financeiros estabelecidos

à época (Art. 6).

H Fixamos como objeto de nosso estudo os cartões de crédito bancários, tal qual o

conceito aqui apresentado. Daqui por diante quando nos referirmos de modo indiscrimi

nado ao uso dos cartões de crédito, subtenda-se que estamos tratando do caso dos cartões

bancários somente. A razão desta escolha se prende a vários motivos dentre os quais

destacamos:

(1) A ampla representatividade dos cartões de crédito bancários no total do universo

dos cartões de crédito;

(41)

(2)

A maior

fidedignidade

(veracidade)

das

informações

estatíticas

usadas

no

trabalho

e

(3) A vantagem possibilitada pelo cartão de crédito bancário do pagamento parcelado

das compras.

2.3 - Aspectos Operacionais do Cartão

Procuraremos esclarecer nesta seção o funcionamento do cartão de crédito. O me

canismo de funcionamento é simples, o usuário faz seus gastos - em lojas, restaurantes,

companhias aéreas etc... e, no momento de pagar a conta apresenta o "dinheiro de

plástico". As notas dos gastos efetuados durante o raes são enviadas pelos estabeleci

mentos filiados à empresa que administra o cartão. E preparada, então, uma fatura com

todas as compras do mes discriminadas, que é remetida ao associado (portador) para o

pagamento. Como ficou claro desta breve exposição, são necessários que existam três

elementos, a saber um organismo emissor dos cartões, por nós chamados de empresas

administradoras de cartões; uma pessoa a favor de quem os cartões são emitidas que

serão chamados usuários e por fim a empresa que se destina a vender os bens ou prestar

serviços chamados de fornecedores. Com estes três elementos (administradora, usuário e

fornecedor) fica armada a estrutura de funcionamento dos cartões (Fig. 8 no apêndice).

A administradora do cartão que é o centro nevrálgico de toda a operação seleciona

(42)

de

fornecedores.

Para

a obtenção

do

cartão

deve

ser

preenchida

uma

proposta

(Fig.

7 no apêndice), no qual constam informações sobre a solvabilidade do usuário, renda,

imóveis

etc...

Estas

propostas

serão

analisadas

pelas

administradoras

que

decidirão

sobre

a conveniência de se fornecer ou não o cartão.

O cartão

costuma

ter

ura

limite

de

crédito

(função

dos

dados de

cadastro),

um

prazo

de vencimento e implica no pagamento de uma anuidade, taxa de inscrição, taxa de reno

vação etc... Por outro lado a empresa administradora se encarrega de fazer contatos com

estabelecimentos

que

se comprometem

a seguir

determinadas

prescrições

(regras

estipu

ladas

em

contrato)

e aceitar

os cartões

em

troca

do

fornecimento

de

mercadorias

e/ou

serviços

- é claro

que

serve

aos

interesses

da

administradora

que

a lista

dos

fornecedores

à disposição dos usuários seja a mais abrangente possível para que o usuário possua

ampla liberdade de escolha. Não há portanto nenhuma ligação entre o fornecedor e o

usuário nesta

fase.

Temos

o processo

todo

fechado.

Um

indivíduo

se

propõe

a obter

um

cartão

de

uma

empresa

administradora

preenchendo

a proposta

com

seus

dados

econômico-financeiros. Aceita a proposta, o cartão é emitido e pode ser utilizado nas

firmas que compõem a rede de fornecedores da empresa administradora. Necessitando

adquirir

uma

mercadoria

ou

serviço,

o usuário

dirige-se

à uma

das

empresas

listadas

como fornecedores escolhendo os bens que desejar. Note-se que a venda destes bens é

(43)

à vista6.

Essa

é uma

das

vantagens

do cartão,

pois

do contrário

o usuário

poderia

ser

lesado

se o vendedor

à vista

do cartão

aumentasse

o preço

da mercadoria

em virtude

do

recebimento

postecipado,

muito

embora

algo

parecido

esteja

acontecendo

hoje

em

dia.

Uma

série

de cuidados

deve

proceder

a venda

como

a verificação

da

validade

do

cartão,

assinatura,

lista

negra

(listas

fornecidas

pelas

adm.

de cartão)

etc...

Efetuada

a

venda,

extrai

o fornecedor

uma

nota

(fatura),

nota

esta

assinada

pelo

usuário

e na qual

são

discriminadas

as mercadorias

adquiridas

bem

como

o valor

total

da transação

(Fig.

9 no apêndice

). O usuário

do cartão

nada

pagará ao

fornecedor.

A sua

dívida

é feita

com

a empresa

administradora

do cartão

a quem

nurá

momento

posterior

ao da compra

fará

o pagamento.

O fornecedor

por

sua

vez

irá remeter

dentro

de um

prazo

estipulado

a fatura

para a

empresa

administradora

de

cartão

que

então

processará

as diversas

vendas

daquele

determinado

fornecedor

quando

será

então

deduzida

uma

comissão

do

total

do

faturamento

e o valor

é creditado

líquido

a esse

fornecedor

normalmente

em

conta-corrente

que

este

mantém

em

banco

ligado

ao sistema.

Esta

comissão

varia

função

do

prazo

de recebimento

das

vendas

sendo,

entretanto,

uma

função

inversa

do

prazo.

Hoje

em

dia

as comissões

se situam

em

torno

de

2%

para

recebimento

em

30 dias.

Entretanto

em

função

da inflação,

os fornecedores

podem

querer

uma

redução

do prazo

de recebimento

(REx.

15 dias)

mesmo

que

tenham

que

pagar

uma

comissão

uma

em

(44)

mais elevada. Para fechar o circuito temos a emissão do extrato pela administradora

do cartão (previsto pelo contrato - Art. 8) ao usuário que possui um vencimento para

quitar sua dívida (Fig. 9 no apêndice ). Uma observação pode ser feita, qual seja a de

que no ato da aquisição do bem e/ou serviço poderá indicar o pagamento (parcelado ou.

não).

O mecanismo descrito acima pode ser visualizado através da Fig. (8). Este meca

nismo conforme salientamos é bastante fácil de ser compreendido. Os cartões de crédito

são emitidos pelas empresas administradoras de cartões (ligadas a bancos em sua grande

maioria) e os bancos solicitam aos vendedores que aceitem os cartões (e para isso dão

a necessária confiança ao sistema). Quando um usuário compra uma mercadoria de

um fornecedor com seu cartão de crédito o vendedor manda sua fatura para o banco

com a assinatura do usuário e a conta-corrente do vendedor é creditada com o valor da

transação descontada a comissão. O usuário recebe mensalmente um extrato em que

figuram todas as suas compras e possui normalmente um período pelo qual não incorrem

em pagamento de juros. Por este motivo os juros cobrados sobre o saldo devedor no

caso de uma compra parcelada são os mais altos. Junto aos fornecedores existem muitas

vantagens subjacentes à utilização do cartão e que justificam a sua utilização em grande

escala. Em primeiro lugar temos a extrema segurança que oferecem aos usuários e

(45)

apêndice)

surgem,

como

já foi

dito

várias

obrigações

entre

o titular

e a administradora

do cartão. Por parte do usuário temos:

- Saldar

as suas

dívidas

junto

a administradora

sob

pena

de incorrer

em

custos

judiciais

e financeiros; (Àrt. 24,25)

- Comunicar perda e/ou extravio, roubo; (Art. 18)

- Respeitar os limites do crédito etc.

- Pagamento das anuidades e demais custos

Assim

também

tem

origem

obrigações

para

o emissor

(direitos,

do

usuário)

como:

- Obrigação de pagar as despesas do usuário junto aos fornecedores;

- Obrigação de comunicar ao fornecedor listagens comunicando os extravios, roubos e

cancelamentos (é a chamada "Lista Negra"). .

- Não responsabilidade pelo uso abusivo do cartão.

E os fornecedores por sua vez tem como obrigações:

- Atender aos portadores dos cartões de crédito;

- Obrigação de não acrescer o preço da mercadoria ou serviços;

- Verificar a legitimidade do cartão e de seu uso e

(46)

possui hábitos de consumo e um poder de compra razoável, motivo pelo qual mesmo em

momentos

de

crise

a movimentação

de

negócios

com

cartões

é grande.

O usuário

de

cartão

é normamente

uma

pessoa

prática

e que

gosta

de

segurança.

Outra

vantagem

é

que

se for

extraviado,

o usuário

ao

comunicar

o fato

à administradora

do

cartão

perde

totalmente

a responsabilidade

sobre

o seu

uso.

O dono da

loja

tem

100%

de

certeza

de

que

receberá

o pagamento

pelo

seu

produto

ao

efetuar

a venda7

uma

vez

que

ele

eqüivale na prática à uma venda à vista, além de aumentar as vendas e diminuir os

custos

de

abertura

de

crediário

e movimentação

de

papéis.

Para

o sistema

financeiro

as vantagens também existem uma vez que o custo de compensação de uma operação

com

cartão

é infinitamente

menor

que

o custo

de

compensação

de

um

cheque.

Para

o

fornecedor existe o problema do cheque não apresentar fundos.

As

vantagens

do

cartão

de

crédito

são

indiscutíveis

para o

usuário,

mas

é preciso

que

ele

saiba

usá-lo

da

melhor

maneira

possível.

Como

vimos

anteriormente

todos

os cartões

bancários ligados a instituições bancárias estipulam uma data de vencimento para o

pagamento de contas e normalmente as administradoras de cartão dão um período de 30 a

40 dias

para

o pagamento

destas

sem

que

se incorra

no

pagamento

de despesas

adicionais.

Aí está

a real

vantagem

do

cartão,

a oportunidade

de

se pagar

sem

acréscimo,

entre

dez

7Vís a Vis o número de cheques sem fundos. 1986 - 1,3 milhão 1987 - 6,9 milhão, 1988

(47)

e quarenta

dias

depois

os

gastos

efetuados

hoje.

O segredo

do

bom

aproveitamento

consiste.em

concentrar

o grosso

das

compras

nos

dias

próximos

à data

de

pagamento

da

fatura.

Suponhamos

que

o vencimento

do

nosso

cartão

ocorra

todo

dia

15 de cada

mês.

Como,

normalmente

as empresas

administradoras

demoram

dez

dias

na preparação

e envio

da

fatura

mensal

ao

associado,

serão

remetidas

as

contas

referentes

aos

gastos

efetuados

até

o dia

5 assim,

se no

dia

6 formos

ao

supermercado,

e pagarmos

a conta

com

o cartão,

a fatura

correspondente

somente

será

enviada

no

dia

15 do

mês

seguinte.

Em

função

deste

fato

podemos

notar

2 comportamentos

ótimos

que

o usuário

pode

ter

ao administrar

as compras

com

o seu

cartão.

A 1^ observação

já feita

diz

que

deve-se concentrar

as compras

num

intervalo

de 5 a 10 dias

antes

do vencimento

do cartão.

Essa

condição

de

dispor

de

40 dias,

torna-se

uma

arma

na

mão

do

usuário

ante

uma

inflação

violenta

de

digamos

20%

e estoura

na

mão

do

lojista,

que

recebe

em

média

30

dias

após

as vendas.

O lojista

embute

esta

inflação

no

preço

dos

produtos.

Por

exemplo,

o supermercado

Freeway

é um

dos

poucos

supermercados

de

grande

porte

a

aceitar

cartão,

mas

em

média

seus

preços

eram

mais

elevados.

Basta

imaginarmos

que

em

vez

de se pagar

no ato

se você

tiver

um

cartão

e aplicar

o dinheiro

no

mais

modesto

dos

investimentos:

a poupança

no

dia

do

vencimento

você

retira

da

poupança

e paga

o

cartão,

tendo

ganho

o rendimento

da

poupança

no

período.

Uma

segunda

observação

Imagem

gráfico 4 no apêndice. Se a autoridade monetária resolve adotar uma política monetária

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