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Conhecimento dos alunos que ingressam no curso de auxiliar de enfermagem em relação ao ser profissional e as suas atribuições.

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Academic year: 2017

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C O N H E C I M E N T O D O S A L U N O S Q U E I N G R E S S A M N O C U R S O D E A U X I L I A R D E E N F E R M A G E M E M R E L A Ç Ã O A O S E R P R O F I S S I O N A L E A S S U A S

A T R I B U I Ç Õ E S

S T U D E N T S ' B A C K G R O U N D O N T H E P R O F E S S I O N A N D D U T I E S O F A S A S S I S T A N T N U R S I N G U P O N E N T E R I N G T H E C O U R S E .

Waiiia Maria Zangirolamo Fidelis* Clarice ileilto Mu rama tsu**

F1DELIS. W.M.Z.: M U R A M A T S U . C.ll. C o n h e c i m e n t o d o s n l u n o s que in g r o s s a in no c u r s o de a u x i l i a r de e n f e r m a g e m e m relação ao ser profissional e s u a s a t r i b u i ç õ e s . I t c v . E s c . E n f . U SV. v . 3 3 . n.3. p. 217-2.'!. sei.. 19!)'.).

R E S U M O

Este estudo de natureza descritiva e exploratória, tem como objetivo verificar o conhecimento dos alunos que ingressam no Curso de Auxiliar de Enfermagem em relação ao profissional e suas atribuições. Como resultado, constatou-se que para os alunos o ser e o fazer do auxiliar de enfermagem envolvem o relacionamento interpessoal, responsabilidade, conhecimento teórico-científico e competência.

UN1TERMOS: A u x i l a r o s do o n f e n i i i i g o i n . E n s i n o d e o n f e n n . - i g e m .

A B S T R A C T

This descriptive and exploratory study focused on verifyng hoiv Itnoivlegeable the students of the Auxiliary Nursing Course are regarding their profession and lhe atlribules thereof, liesnlls nere that, as far as the students are concerned, being and attendant involves interpersonal relationship, responsahilily, theorist-scientific know-how and competence.

U N I T E R M S : N u r s e s ' A i d s . N u r s i n g l e a c h i n g .

I N T R O D U Ç Ã O

N e s t a v i r a d a de s é c u l o , v i s a n d o um atendimento digno e eficiente, as enl idades de saúde estão voltando a sua atenção para a satisfação das expectativas dos clientes e famílias, a t r a v é s da mobilização total dos recursos humanos no processo de sensibilização e capacitação, tendo como objetivo a "qualidade total ".

Para GOLDBARG (1995). qualidade total é uma filosofia de gestão participativa, (pie direciona todas as ações da empresa para o atendimento das necessidades e expectativas dos clientes. Tem como objetivo manter os clientes satisfeitos, promover o processo de melhoria contínua através de inovação e mudança, e estabelecer medidas que permitam avaliar o desempenho e a satisfação do cliente.

N e s s e s e n t i d o , as i n s t i t u i ç õ e s de e n s i n o , e n t i d a d e s r e s p o n s á v e i s p e l a f o r m a ç ã o do profissional, devem 1er como meta princípios que venham de encontro a essa nova filosofia, ou seja. a busca da qualidade dos profissionais formados.

NOGUEIRA (1994) comenta que, qualidade consiste nas características do produto que vão ao encontro das necessidades dos clientes e dessa forma proporciona satisfação em relação ao produto.

Nesta perspectiva e d e n t r o deste contexto, e n t e n d e m o s q u e o p r o f i s s i o n a l d e v e e s t a r devidamente habilitado para prestar assistência à saúde, comprometido com a profissão, consciente do que é c u i d a r em u m a s i t u a ç ã o de crise e com s e n s i b i l i d a d e s u f i c i e n t e p a r a h u m a n i z a r o

Enfermeira E s p e e i a l i s l a e m A d m i n i s l raçflo Escolar e e m Koflcxologia. D i r e t o r a da Escola de A u x i l i a r do E n f e r m a g e m do IIIAE. Enfermeira. Doutoranda da E E U S I ' .

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a t e n d i m e n t o , conhecendo a importância de uma abordagem preventiva visando a promoção da saúde.

Estudos realizados por PORFÍRJO et ai ( 15)92) s o b r e o p r o f i s s i o n a l a u x i l i a r de e n f e r m a g e m , retraiam a preocupação das instituições formadoras e das capiladoras em relação ao elemento formado. Por outro lado. N AR CHI: FR1EDLANDER (1995) comentam que as escolas nem sempre se preocupam com o controle de q u a l i d a d e do seu p r o d u t o , e q u e a a v a l i a ç ã o i n s t i t u c i o n a l é fundamental para a melhoria da qualidade tanto da estrutura quanto do processo e do produto formado.

Em se tratando do perfil do futuro profissional, chamou-nos a a t e n ç ã o a pesquisa realizada por

F I G U E I R E D O : SILVA (1997), em q u e 70% da população pesquisada não trabalhava na área de enfermagem, e q u a n t o ao g r a u de escolaridade. 5).16% tiveram acesso ao ensino superior,

lisse resultado vem de encontro com as experiências das a u t o r a s com o ensino médio, o devido a grande demanda para o curso, as mesmas, preocupadas com o processo de seleção, quest ionam: Qual o real perfil do candidato? Qual o papel dos candidatos? Que motivos levam a se inscreverem no curso? Insatisfação no emprego atual e a busca de uma nova p r o f i s s ã o ? M e r c a d o de t r a b a l h o relativamente fácil? Desemprego?

Esses questionamentos nos conduziram a mais uma reflexão em relação as pessoas que buscam estes cursos, pois cada um vindos de lugares distintos -carrega a sua história e experiência vivida, mas com um denominador comum, buscam a enfermagem como p r o f i s s ã o . E s t a p e s s o a q u e b u s c a a profissionalização, possui realmente a clara visão do ipie é ser um profissional da área da saúde? Quais são e x a t a m e n t e as a t r i b u i ç õ e s do a u x i l i a r de enfermagem?

Estas são algumas das reflexões que advém dos problemas vivenciados pelas autoras em relação a evasão dos alunos no decorrer do curso, que se apresenta em torno de 20 a 25%. pois a mesma significa ônus para a insituição de ensino, para o aluno e também para aquele c a n d i d a t o que não obteve a vaga para o curso. No e n t a n t o entende-se (pie a evasão não pode ser vista somente por estes aspecto, deve-se levar em conta aspectos pessoais, econômicos e outros, m a s sem dúvida este é um aspecto muito relevante.

Diante do que foi exposto, decidiu-se realizar este trabalho com os objetivos de:

1) Verificar o conhecimento dos alunos (pie ingressam no Curso de Auxiliar de Enfermagem em relação ao ser profissional e suas atribuições.

2) Obter subsídio para o aperfeiçoamento do critério de seleção.

M E T O D O L O G I A

list, a p e s q u i s a d e s c r i t i v a de c a r á t e r exploratório foi realizada junto aos alunos incritos no Curso de de Auxiliar de Enfermagem de uma escola do município de São Paulo. No momento da coleta de d a d o s e s t a v a m p r e s e n t e s 45 a l u n o s matriculados no referido curso, no ano de 1997.

A coleta de dados se deu no primeiro dia de aula do ano letivo, m e d i a n t e a utilização de um i n s t r u m e n t o (Anexo I). que constou de questões abertas. Optou-se por questões abertas para permitir aos alunos, livre expressão de suas idéias e opiniões. Uma das autoras dirigiu-se â sala de aula, onde os a l u n o s se e n c o n t r a v a m r e u n i d o s , expôs resumidamente o trabalho, os objetivos da pesquisa o solicitou a cooperação o participação dos mesmos; mediante aquiescência, foram entregues aos alunos os questionários, onde foi ressaltada a importância da o p i n i ã o de c a d a u m , bem como da n ã o obrigatoriedade em respondê-lo.

As autoras deixaram que os alunos opinassem de forma livre, e s c r e v e n d o com s u a s p r ó p r i a s p a l a v r a s . Os dados o b t i d o s d e s t a forma e que representam a opinião sobre as questões formuladas, foram analisados através de repetidas leituras e em seguida a g r u p a d a s e quantificadas de acordo com suas semelhanças e posteriormente classificadas em categorias e apresentadas por meio de quadros, com

freqüência absoluta e relativa.

R E S U L T A D O S E D I S C U S S Ã O

P a r a iniciar a a p r e s e n t a ç ã o dos dados, é i m p o r t a n t e e s c l a r e c e r que foram e n t r e g u e s 45 questionários e Iodos foram respondidos.

Quanto ao perfil dos alunos, evidenciou-se que 65.8% são do sexo feminino, concentrados na faixa e t á r i a de 18 a 30 a n o s (87.7%>). Em relação á e s c o l a r i d a d e . 75,6%) p o s s u e m o e n s i n o médio completo, vindo de encontro com o perfil encontrado no estudo realizado por MACHADO. SANTESSO (15)5)7).

Vale ressaltar também que 14.6% da população estudada possuo o ensino superior e são graduados nas á r e a s de: m a t e m á t i c a , biologia, pedagogia, química o psicologia. Em relação ao trabalho. 65.8% estão empregados, sendo que destes 10% atuam como alondonl.es do enfermagem o 34.2%> não exercem atividades r e m u n e r a d a , alegando desemprego e profissão não definida.

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Q u a d r o I: Freqüência das categorias segundo opinião dos alunos inscritos no curso sobre o que é "ser auxiliar de enfermagem". São Paulo. 1997.

C a t e g o r i a s N" %

Relacionamento interpessoal 24 27,2

Responsabilidade 19 21.5

Conh ec im on to 16cn ico-c i en tífico 17 19,3

Competência 14 15,9

Senso de hierarquia 11 12,5

Atitude profissional 2 2,2

Promoção da saúde 1 1.1

Verifica-se pelo quadro I. que houve uma p r e d o m i n â n c i a da c a t e g o r i a " R e l a c i o n a m e n t o I n t e r p e s s o a l " , com 2 7 . 2 % d a s r e s p o s t a s . O relacionamento consiste em assistir ao paciento em sua t o t a l i d a d e , holíst i c a m e n t o . isto ó. i n l e r -relacionando os aspectos físicos, psíquicos, sociais o culturais. O mesmo implica um envolvimento emocional m a d u r o , v a l o r i z a n d o o a c e i t a n d o o paciente como ser único e ímpar.

Entendemos também que o relacionamento interpessoal é a capacidade de estabelecer e manter contato com os pacientes e equipe, demonstrando cmpatia. calor h u m a n o o se fazendo e n t e n d e r através da comunicação. A comunicação devo ocorrer de forma cordial e positiva, e devo ter como objetivo diminuir a ansiedade e confortar os pacientes.

Segundo KAWAMOTO: F O R T E S (198(5) a comunicação é um dos i n s t r u m e n t o s básicos da enfermagem, pois a interação enfermagem/paciente depende basicamente da mesma.

TARAI IASI11 (1991) afirma também que a comunicação devo e s t a r p r e s e n t e em Iodas a s atividades, pois sem ela n ã o existe t r a b a l h o e relacionamento humano, portanto, não há grupo, organização e sociedade.

MENDES (1994) ressalta (pie a comunicação e o relacionamento com o paciente não devem se limitar ao cumprimento do seu papel, através do uma relação profissional mecanizada e despersonali/.ada. Acrescenta ainda que por ser uma profissão da área da saúde, não bastam conhecimentos e habilidades próprias da profissão, pois o paciente não é apenas um ser acometido por uma doença, é uma pessoa, um eu com desejos, aspirações o vontade de viver e (pie se sente deslocado num hospital.

P a r a i l u s t r a r a e x i s t ê n c i a da c a t e g o r i a "Relaciona m onto I n t e r p e s s o a l " , a p r e s e n t a m o s a l g u m a s falas q u e p r o c u r a m e x p r e s s a r e s t a percepção dos alunos:

"ajudar ao próximo, com dedicação o amor" "ser humano, sabor ouvir o falar o preocupar-se com os problemas da sociedade"

"apresentar espírito humanitário e vontade de ajudar as pessoas, entendendo o estado emocional do paciente".

Q u a n t o â c a t e g o r i a " R e s p o n s a b i l i d a d e " , apresentou 21,5% de indicações e foi interpretada n e s t e e s t u d o c o m o s e r p o n t u a l , a s s í d u o , t e r c a p a c i d a d e de t o m a r d e c i s õ e s e e x e c u t a r a s atividades livres de riscos o responder legalmente polos seus atos.

M ASSA ROL LO (1991) cita a responsabilidade como um d o s a s p e c t o s r e l a t i v o s â e s t r u t u r a o r g a n i z a c i o n a l do S e r v i ç o de E n f e r m a g e m , no sentido de se atingir eficientemente seus objetivos, o alerta que a autoridade o a responsabilidade devem ser equivalentes, ou seja. quando se delega a um subordinado a responsabilidade, deve-se atribuir-lhe também a autoridade necessária para a execução dessa atividade.

P a r a DRUCI\ER(1984), a responsabilidade do trabalhador varia de acordo com o tipo de trabalho, com o nível de i n s t r u ç ã o , d a s a p t i d õ e s e dos conhecimentos. Afirma também que o trabalhador é responsável pelo seu serviço, pela relação entre os diversos serviços, polo modo como o trabalho deve ser executado para o alcance das metas propostas e pelo desempenho, tanto em q u a n t i d a d e como em qualidade.

A segtiir são a p r e s e n t a d o s alguns exemplos que demonstram o significado de responsabilidade para os alunos:

"ser alento em relação aos seus deveres" "estar comprometido com o seu papel" "estar a l e n t o nos cuidados com o paciente" "ser pontual o consciente"

A c a t e g o r i a " C o n h e c i m e n t o T é c n i c o -Científieo". obteve 19,3% das respostas, as quais indicam a e x e c u ç ã o dos p r o c e d i m e n t o s p a r a a p r e s t a ç ã o d o s c u i d a d o s de e n f e r m a g e m , com f u n d a m e n (.ação c ion ti fica.

MURAMATSU (1996) salienta em seu estudo a importância do ensino dos procedimentos, a fim

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de que estes sejam executados com s e g u r a n ç a e p o s s i b i l i t e m ao f u t u r o p r o f i s s i o n a l um bom desempenho na prática. Sobre este aspecto, os alunos expressaram que o profissional deve:

"administrar medicamentos, colocar sondas, executar curativos, cuidar da higiene e auxiliar os pacientes nas suas necessidades"

"ter conhecimentos da execução das técnicas para junto com a equipe, cuidar dos pacientes"

"ser capaz de executar tarefas (pie cont ribuam para a recuperação do paciente"

A categoria "Competência" foi cilada em 15.9% das respostas e indica a capacidade de ordenar e desenvolver racionalmente as atividades, perceber fatos, detalhes e senso de prontidão. As falas (pie ilustram esta categoria são:

"1er qualificação pessoal e profissional para lidar com vidas humanas"

"ser eficiente, atencioso o ter aptidão"

"ser alguém treinado e interessado em ajudar ao paciente com segurança e competência"

A categoria "Senso de H i e r a r q u i a " obteve 12.5%) de respostas diz respeito á capacidade de respeitar hierarquicamente as categorias existentes no ambiente profissional.

L E I T E : P E R E I R A (1991) afirmam que a equipe de enfermagem constitui o grupo mais amplo do s e t o r da s a ú d e , e r e s s a l t a t a m b é m a h é t é r o g è n e ida de e x i s t e n t e na f o r m a ç ã o dos elementos da equipo, que desenvolvem atividades do n a t u r e z a e a b r a n g ê n c i a diversificadas. Daí a necessidade de um conhecimento de suas atribuições dentro de uma equipe. Abaixo são a p r e s e n t a d a s

a l g u m a s e x p r e s s õ e s que m e l h o r i l u s t r a m esta categoria:

" a j u d a r aos e n f e r m e i r o s o aos m é d i c o s , respeitando a hierarquia"

"desenvolver as ordens do médico quanto ao tratamento, sob a supervisão da enfermagem"

A categoria "Atitude Profissional", aparece em 2.2% das respostas o é definido, como sendo o estado mental, a disposição interna, a forma de pensar e sentir do profissional, expressa pelo seu modo de ser o por ações de ajuda terapêutica, do acordo com os princípios éticos (FELOHER. 1983). que podem ser evidenciadas nas seguintes (alas:

"1er ética o postura"

"ser prestativo o atencioso, mesmo nas horas mais difíceis"

No que se refere a categoria "Promoção da S a ú d e " , como s e n d o a c a p a c i d a d e de e x e c u t a r medidas preconizadas que objetivam a u m e n t a r a saúde e o bem estar do cliente, obleve-se apenas 1,1% das respostas, e que podem ser observadas na expressão:

"contribuir para a pessoa m a n t e r sua saúde" ROUQUAYROL (1988) ressalta a importância do profissional no processo do promoção à saúde. Recomenda (pie a p r e v e n ç ã o p r i m á r i a deve ser realizada a partir do nível do conscientização da comunidade envolvida, como também da própria s a ú d e do profissional, o este deve ser o agente esclarecedor da comunidade.

No quadro II, estão indicadas as categorias r e f e r e n t e s à q u e s t ã o : "O que faz o a u x i l i a r de enfermagem.

Q u a d r o II: Freqüência das categorias segundo a opinião dos alunos inscritos no curso sobre o que "faz o auxiliar de enfermagem". São Paulo. 1997.

C a t e g o r i a s N" %

Executa os procedimentos com Conhecimento Técnico-Cienlífico 29 38,6

Respeita o Senso do Hierarquia M 18.6

Mantém Relacionamento Interpessoal 11 14,6

Desenvolve as atividades com Competência 09 12.0

Participa na Promoção da Saúde 07 9,3

Tem Responsabilidade 05 6.6

Na categoria " Lxecuta os procedimentos com Conhecimento técnico-cienlífico" obteve 38.6%> das respostas. Índico e s p e r a d o polo q u e s t i o n a m e n t o proposto pois enfoca a execução dos procedimentos na prática de enfermagem. Algumas falas ilustram esta opinião:

"realizar atividades básicas, como: limpeza (banho, higiene íntima, a r r u m a ç ã o de cama)"

" m i n i s t r a r m e d i c a m e n t o s : controlar sinais vitais o o estado geral do paciento"

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Acreditamos que esses conhecimentos se deva ao fato de que alguns alunos já trabalham na área da saúde. A categoria " Respeita o Senso de Hierarquia", obteve 18.6% das respostas. As Calas quo indicam oslo aspecto são as seguintes:

"ajudar o enfermeiro nos hospitais, postos e pronto atendimentos"

" e x e c u t a r t é c n i c a sob a s u p e r v i s ã o do en lb nu eiro"

Nestas falas, pode-se observar (pio. para alguns alunos o profissional auxiliar do enfermagem é subordinado ao médico, como por exemplo:

"hierarquicamente está abaixo do médico" "acata ordens do médico"

Nota-se pelo percentual de respostas, (pie a maioria dos alunos tom pouca noção de (pie o trabalho de enfermagem é uma atividade (pie deve ser exercida cm equipe, o sob a supervisão do enfermeiro.

A c a t e g o r i a " M a n t é m R e l a c i o n a m e n t o Interpessoal", obteve H . 6 % das respostas, indico relativamente baixo, e que merece atenção especial, pois um bom relacionamento é imprescindível para uma boa atuação profissional, principalmente na área de enfermagem, uma vez (pio lidamos com o ser humano.

Acreditamos (pie para um bom relacionamento interpessoal, devemos saber escutar, ter respeito, aceitação e empáfia pelo outro. Vale ressaltar, no entanto, que no q u a d r o 1, e s t e item foi o (pie apresentou maior p e r c e n t u a l , d e n o t a n d o que os alunos valorizam o relacionamento interpessoal, como sendo fundamental para o "ser auxiliar de enfermagem". Algumas falas indicam estos aspectos:

"usar do sensibilidade para (pio os pacientes se recuperem"

"ser solidário o respeitar o paciente"

"ser s e n s í v e l p a r a d a r apoio, c a r i n h o o confiança"

A categoria "Desenvolvo as Atividades com Competência" recebeu 12%) das referências como: "ser um profissional (pie ajuda a devolver o indivíduo em boas condições psíquicas o físicas para a sociedade"

"ser capacitado para atuar"

Do nosso ponto de vista deveria ler sido citado com um percentual maior, pois entendemos que o fazer exige h a b i l i d a d e o c o m p e t ê n c i a . A p r á t i c a de enfermagem pressupõe competência para executar uma série de habilidades, desde as mais simples As mais complexas. Sendo o ser humano o objeto do nosso trabalho, torna-se imprescindível executar essas atividades com competência.

Km relação á categoria "Participa na Promoção da Saúde", obteve-se 9.3% de referências, que pode ser identificada a p a r t i r das seguintes falas:

"ajudar na prevenção das doenças" "trabalho preventivo..."

"cuidar da saúde"

Comparando com a primeira pergunta, que se referia ao ser auxiliar do enfermagem, houve um aumento do percent uai do 1.19% para 9.39%. mesmo assim consideramos baixo. Percebemos que a maioria dos alunos não possui a idéia exata da promoção da s a ú d e o da importância dessa a t i t u d e e n q u a n t o profissionais. Isso reflete a realidade vivenciada no nosso país. em que o aspecto preventivo é pouco valorizado.

PEREIRA (1992) refere que a promoção da saúde é responsabilidade individual do profissional, o acrescenta a necessidade de uma conscientização do mesmo e da população com relação aos fatores externos (pie influem no nível da saúde.

Na categoria "Tem Responsabilidade" denota-se uma corta discrepância entre os resultados do quadro I e II. referente ao percentual de 21% para 6.6%). merecendo, portanto, uma certa atenção, pois a responsabilidade, segundo o Código de Ética, cap. II - a r t . 16. significa e x e c u t a r as a t i v i d a d e s inerentes âs suas atribuições, e assistir o paciente livro de q u a l q u e r dano decorrente de imperícia, negligência o imprudência.

A r e s p o n s a b i l i d a d e , p a r a O G U I S S O , SCHMI DT (1985), exprime a obrigação de responder por a l g u m a coisa. Significa, pois, a obrigação, encargo, compromisso ou dever de satisfazer ou e x e c u t a r a l g u m a a t i v i d a d e q u e se t e n h a convencionado, ou ainda s u p o r t a r as sanções ou p e n a l i d a d e s d e c o r r e n t e s d a q u e l a o b r i g a ç ã o . Acrescenta (pie quando o ser h u m a n o se apresenta sob as vestes do um profissional, os deveres serão normas de condutas, que orientarão o exercício de suas atividades, nas relações com profissionais entre si. com seus clientes o com a comunidade.

Diante desta perspectiva, entendemos que a responsabilidade e n q u a n t o o "fazer" do profissional deveria estar sendo entendida como tal e portanto, a p r e s e n t a r percentual maior de citações.

C O N C L U S Õ E S

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C o n h e c i m e n t o Técn i c o - C i e n t í f i c o (19.:5%) o Competência (15.9%): enquanto que sobre o que "fa/ o a u x i l i a r de e n f e r m a g e m ". as c a t e g o r i a s m;iis

l e m b r a d a s Coram: lí.xecufa o P r o c e d i m e n t o com Conhecimento Têcnieo-Científico (38.G%). Respeita o S e n s o de H i e r a r q u i a (18, G%). M a n t é m

Relacionamento Interpessoal (H.6%) e Desenvolve as Atividades com Competência (12% ).

Estes resultados levaram nos a refletir sobre a n e c e s s i d a d e de se e s t u d a r a c r i a ç ã o de um p r o g r a m a de d i v u l g a ç ã o s o b r e e s t a c a t e g o r i a p r o f i s s i o n a l , e n f o c a n d o a s p e c t o s q u a n t o a i m p o r t â n c i a do i n t e r r e l a c i o n a m e n t o e n t r e

profissional, paciente, família o equipe, do equilíbio emocional, da atitude de disponibilidade quanto ao ajudar e ainda q u a n t o âs atribuições, jornada e condições de trabalho, de tal forma que possam esclarecer dúvidas sobre o ser e o lazer do auxiliar de enfermagem, evitando-se assim a evasão escolar e também a formação de profissionais que não se enquadrem com a profissão. Pois a enfermagem não 6 apenas o executar dos procedimentos: 6 interagir com o ser humano, estar comprometido com a vida, vivenciar a experiência da dor. sofrimento e alegria e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

R E F E R Ê N C I A B I B L I O G R Á F I C A

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(7)

A N E X O - Q u e s t i o n á r i o

1 - Sexo

( ) masculino ( ) feminino

2 • Idade

3 - Escolaridade

I grau ( ) incompleto ( ) completo II grau ( ) incompleto ( ) completo

III grau ( ) incompleto ( ) completo - Especifique

4 - Trabalho

( ) sim ( ) não Se não. porquê ?

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Referências

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