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Hipersensibilidade tardia a antígeno de Trypanosoma cruzi: III - sensibilidade do teste cutâneo com antígeno T12E no diagnóstico de doença de Chagas em pacientes hospitalizados.

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Revista da So ciedade Brasileira de M edicina Tropical 2 8 (3 ):2 6 7 - 2 7 1 , jul- set, 1995.

H IPER S EN S IBILID A D E TA RD IA A A N T ÍG EN O D E

TRYPANO SO M A CRUZI.

m - SEN SIBILID A D E D O TESTE

CUTÂ N EO CO M A N TÍG EN O T 12E N O D IA G N Ó STICO D E D O EN ÇA D E CHA GA S EM PA CIEN TES HO SPITA LIZA D O S

A ntonio R.L Teixeira e M aria da G lória Teixeira

Fo i feit a av aliação d e três méto do s im uno ló gico s p a ra diagnó st ico d e d o ença de Chagas, em 1 2 0 p acient es ho spitaliz ado s. O teste cut âneo e a im uo fluo res cência fo ra m po sitiv o s em 10% do s caso s. A hem aglut inação f o i po sitiv a em 1 4 ,1 % do s pacient es. A co - p o s it iv idade do teste cu t â ne o co m a he m a glut ina çã o e dessa co m a im uno fluo res cência f o i d e 7,5% . A penas 5 % do s p acient es est udado s t inham os três ex am es co nco rdant es positiv os. To dav ia, 1 9 ,1 % do s p acient es t inham p elo m eno s um do s três ex am es positiv os. N este est udo a es pecificidade do teste cut âneo f o i sem elhant e a d a im uno fluo res cência. A sensibilidade desses testes, entretanto , f o i m e no r q u e a da hem aglut inação indiret a. Estes dado s m o st ram q u e o teste cut âneo co m o ant ígeno T 1 2 E f a z o diagnó s t ico da d o e n ç a d e C hagas p o r um a sim ples re a çã o d e hipers ensibilidade cut ânea t ardia d e f ã c il ex ecução .

P alav ras- chav es: H ispersensibilidade cut ânea t ardia. A nt ígeno T12E. D o ença de C hagas.

Em estud o p rév io , em p reg o u-se o teste cu tâneo co m o antíg eno T12E p ara pro d uzir h isp e rse n s ib ilid a d e tard ia em c o e lh o s chag ásico s7. A reação p ap ulo sa end urad a que se fo rm av a no sítio d e ino cu lação d o antíg eno nesses anim ais era facilm ente m ensuráv el. Em v ista d a in o c u id a d e d e sse te s te , su a esp ecificid ad e fo i av aliad a num a p o p ulação de ind iv íd uo s resid entes em área end êm ica de d o ença d e Chagas8. No p resente estud o , fo i inv estig ad a a sensibilid ad e d o teste cutâneo e

d e e x a m e s s o ro ló g ic o s e m p re g ad o s

ro tineiram ente p ara d iag nó stico da d o ença de Chag as, em p acientes ho sp italiz ad o s co m p ato lo g ias crô nicas d e natureza d iversa. Os resultad o s ap resentad o s aqui m o stram que a a s s o c ia ç ã o d o te s te c u tâ n e o c o m o s e x am e s so ro ló g ico s d e hem ag lutinação e im uno fluo rescência co ntribui p ara esclarecer o d iag nó stico clínico .

Lab oratório M ultidisciplinar d e Pesq uisa em D o en ça de Chagas. Faculd ade d e C iências da Saúde, U niversidade de Brasília, BrasíM a-DF e D ep artam ento d e Saúde Preventiva do H ospital Professor Edgard Santos da U niversidade Federal da Bahia, Salvador, BA.

E n d e r e ç o p a r a c o r r e s p o n d ê n c ia: D r. A ntonio R. L. Teixeira. Lab oratório M ultidisciplinar d e Pesq uisa em D o en ça de Chagas. Faculd ade d e C iências d a Saúde, U niversidade de Brasília . C aixa Postal 0 4 - 6 8 5 . 7 0 9 1 9 - 9 7 0 , Brasília, DF. Brasil. Fax: (0 6 1 ) 2 7 3 - 4 6 4 5 .

R eceb id o p ara p ub licação em 2 5 / 0 1 / 9 5 .

M A TERIA L E M ÉT O D O S

A n tíg en o

O antíg eno T12E fo i o btid o d e fo rm as ep im astig o tas d e um c lo n e d o esto q u e

Ern e stin a d e T. c ru z i, d e ac o rd o c o m

p ro ced im ento p ad ro nizad o 7. O antíg eno fo i subm etid o a co ntro le d e qualid ad e e o s lo tes ap ro v ad o s fo ram usad o s neste estud o . A sua ino cuid ad e fo i d em o nstrad a em co elho s: 1) a in je ç ã o d e 50yig d o an tíg e n o em c in c o o casiõ es, co m interv alo s d e uma sem ana a 15 d ias, n ão p ro d u z iu so ro c o n v e rsão nem p o sitiv ação d o teste cutâneo ; 2) o p erfil d o eletro card io g ram a d e co elho s chag ásico s, que fo ram subm etid o s ao teste cutâneo co m o antíg eno T12E a cad a 30 d ias, d urante um ano , fo i sem elhante aq uele d o grup o co ntro le d e

co elho s infectad o s co m T. cruz i, m as q u e não

fo i subm etid o ao teste7. O g rup o co ntro le d e co elho s nâo -infectad o s subm etid o s ao teste cutâneo não ap resento u v ariação no p erfil d o s eletro card io g ram as, quand o co m p arad o co m aq uele d o s co elho s no rm ais q ue não fo ram subm etid o s ao teste.

A m o strag em

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Teixeira ARL, Teixeira M G . Hipersensibilidade tardia a antígeno de T ryp anosom a cruzi. III. Sensibilidade do teste cut âneo co m ant ígeno T12E no diagnó stico de do ença de Chagas em pacientes hospitalizados. Revista da So ciedade Brasileira de M edicina Tro pical 28:2 6 7 - 2 7 1 , jul- set, 1995.

d iag n ó stic o c lín ic o - lab o rato rial d e cad a p aciente fo i o btid o d o s p ro ntuário s d e 65 m ulheres e 55 ho m ens, cujas id ad es v ariaram d e 2 a 77 ano s. A s p ato lo g ias d iag no sticad as estão ap resentad as na Tabela 1. Fo i feito teste cutâneo e co lheu -se 5m l d e sang ue d e cad a p aciente. A s alíquo tas d e so ro s fo ram mantid as em re frig e rad o r e u sad as n o s ex am es im uno ló g ico s p ara d iag nó stico d e d o ença de Chagas.

T este cu tân e o

O teste cu tâneo (TC) co nsistiu na injeção d e lOOpl d o antíg eno T12E co ntend o 50p g d e p ro teína na face interna d o antebraço d e cad a p aciente, d e fo rm a a p ro d uzir uma bo lha intrad érm ica. A leitura d o teste era feita 48h ap ó s a injeção , e co nsistiu na m ed id a, co m régua m ilim etrad a, d o s d iâm etro s v ertical e ho rizo ntal d a reação end urad a no sítio d e injeção . Em trabalho anterio r8 fo i m o strad o que um resultad o p o sitiv o era reação co m d iâm etro

> l c m .

Exam es sorológicos

a) H em ag lu tin açâo in d ireta (H l): foi em p reg ad o o 'm éto d o d escrito p o r C eriso la e co ls4. O s e xam e s f o ram f eito s e m d ilu içõ es d u p las e m p lacas d e m icro titu lação . S oro s p o sitiv o s e n eg ativ o s e ram in clu íd o s co m o co n tro le d e re ação . C o n sid ero u - se u m a re ação p o sitiv a a ag lu tin ação d o s eritró cito s sen sib iliz ad o s co m an tíg en o d e T. cruz i, em d ilu içõ es ig ual ou m aio r q u e 1 :8.

b ) Im u n o f lu o rescên cia in d ireta (IF): a técn ica d escrita p o r C am arg o 2 foi em p reg ad a n este estu d o . U m a re ação p ositiv a era in d icad a p ela f lu o rescên cia v e rd e - m açã d o p arasito , n a d ilu ição 1 :2 0 d o so ro .

RESULTA D O S

O s exam es im uno ló g ico s fo ram realizad o s p o r três inv estig ad o res, em o casiõ es d iferentes, q ue não tinham co nhecim ento d e resultad o s d o s p ro ntuário s. A Tab ela 1 m o stra a relação d e p ato lo g ias co ntem p lad as no s d iagnó stico s clínico s d o s p acientes incluíd o s neste estud o . Para efeito d e ap resentação , o s d iagnó stico s fo ram g rup ad o s p o r freqüências.

O s p ercentuais d e p o sitiv id ad es d e cad a um d o s exam es im uno ló g ico s em p regad o s

p ara d iag nó stico d a infecção p o r T. cruz i estão

ap resentad o s na Tabela 2. A hem ag lutinaçâo fo i p o sitiv a em 14,1% (17/ 120) d o s caso s. A im uno fluo rescência e o teste cutâneo fo ram p o sitiv o s em 10% d o s caso s.

T abe la 1 - D iag n ó st ic o c lín ic o em 1 2 0 p ac ie n t e s in t e r n ad o s n o H o s p it al P ro fe sso r E d g ar d Santos/U FBA .

D iag nó stico To tal

D iab etes m elitu s 9

Esq u isto sso m o se hep ato -esp lên ica 8

H ip ertensão arterial 7

M io card ite ch ag ásica crô n ica 6

Sínd ro m e nefró tica 5

Cirro se hep ática 4

Calazar, Ca d e p ró stata, este n o se d e e sô fag o , hep atite v irai, H o d g kin, leish m an io se, sínd ro m e d ep ressiv a e

d iag nó stico a e sc larec er x 3 24

AVC, card io p atia id io p ática, feb re reum ática,

h an sen íase, hep ato m a, hérnia um b ilical, infarto m io cárd ico , icterícia o bstru tiv a, LES, o steo m ieUte,

p neu m o nia lo b ar, tu b ercu lo se x 2 24

A cid o se tubular, anem ia au to -lm u ne, ag ranu lo cito se, artrite reu m ató id e, b lasto m ico se, Ca d e b ex ig a, b rô n q u io , c ó lo n , estô m ag o , esô fag o , faring e, m am a,

p ân creas e rim ; card io p atia isq u êm ica, c o artaç ão d a ao rta, d erm atite D u ring -Bro ca, d iab etes ju v enil,

end o card ite b acteriana, e ste n o se v ias biliares, g lo m eru lo nefrite, hem o rrag ia d ig estiv a, hip ertiro id ism o , neu ro fib ro m a, p ancreatite, p ielo n efrite, p neu m o tó rax,

raq u itism o , salm o n elo se p ro lo ng ad a, sínd ro m e d e

Lyell, ú lcera v arico sa, uro litíase, d esnu trição x l 33

T abe la 2 - R esu lt ados d o s e x am e s im u n o ló g ic o s p a r a d o e n ç a d e C hag as e m 1 2 0 p ac ie n t e s ho s p it aliz ad o s* ________ _

Exam es Resu ltad o s

H em ag lu tinaçâo (H l) 17/ 120

Im u no flu o rescência (IF) 13/ 120

Teste c u tân eo (TC ) 12/ 120

14,1

10,8 10,0

* Fo ram co n sid erad o s p o sitiv o s títu lo s ig u ais o u m aio res q u e 1:8 p ara H l e 1:20 p ara IF. u m teste c u tân eo p o sitiv o era in d ic ad o p o r reaç ão end u rad a ig u al o u m aio r q u e lc m -.

O s resultad o s d o s exam es im uno ló g ico s p o sitiv o s p ara d o en ça d e C hag as fo ram d istribuíd o s d e aco rd o co m sexo , id ad e e d iag nó stico clínico d o s p acientes. Esses d ad o s estão sum arizad o s na Tabela 3.

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Teixeira ARL, Teixeira M G . Hipersensibilidade tardia a ant ígeno de T ryp anosom a cruzi. III. Sensibilidade do teste cut âneo co m antígeno T12E no diagnó stico de do ença de Chagas em pacient es hospitalizados. Revista da So ciedade Brasileira de M edicina Tropical 2 8 :2 6 7 - 2 7 1 , jul- set, 1995.

e o utro co m calaz ar tiv eram exam es Hl e IF p o sitiv o s. A ind a nesse grup o , um p aciente co m Ca d e m am a e o utro co m sínd ro m e de Lyell tiv eram o s exam es Hl e TC p o sitiv o s.

Po r últim o , no v e (7,5% ) p acientes tiv eram ap enas um d o s três exam es im uno ló g ico s p o sitiv o s. A H l fo i p o sitiv a em cinco caso s, entre o s quais hav ia um p aciente co m Ca d e p ân c re as e m e g ae sô fag o e o u tro c o m m io c ard io p atia c o n g e stiv a d e e tio lo g ia d esco nhecid a. De d o is exam es p o sitiv o s p ela IF, um era d e p aciente p o rtad o r d e calazar. O teste cutâneo fo i p o sitiv o iso lad am ente em um p aciente co m d iag nó stico d e d iabetes e em outro co m v arizes eso fág icas.

D ISCUSSÃ O

Em estud o p rév io 7, a esp ecificid ad e do teste c u tâneo co m o antíg eno T12E fo i

ind icad a p o r reaç õ es cu tâneas de

hip ersensib ilid ad e tard ia em 98,9% d o s chag ásico s co m co nfirm ação p arasito ló g ica, e reaçõ es negativ as em ind iv íd uo s d o grupo co ntro le. To d avia, em p acientes chag ásico s sem co nfirm ação p arasito ló g ica, o teste

c u tân e o fo i p o sitiv o em 89,7% d o s c aso s c o m e x am e s d e h e m ag lu tin aç ão e d e

im u no flu o rescência co nco rd antes. N este

estud o , no v e p acientes ap resentaram co -

p o sitiv id ad e d o teste cu tâneo c o m a

hem aglutinação . Co incid entem ente, tam bém

f o i e n c o n tr a d a c o - p o s i ti v i d a d e d a

im uno fluo rescência co m hem ag lutinação em no v e p acientes. A ssim, a incid ência da d o ença d e Chagas na am o stra estud ad a teria sid o 7,5% , se co nsid erarm o s chag ásico o ind iv íd uo que tem p elo m eno s d o is exam es p o sitiv o s. To d avia, o p ercentual aum entaria p ara 14,2% se co nsid erarm o s ap enas o s resultad o s da h e m a g lu tin a ç ã o . A in d a, o p e r c e n tu a l aum entaria p ara 19,1% se to m ássem o s o s resultad o s cum ulativ o s d o s três exam es p o sitiv o s realizad o s na am o stra. Esses d ad o s sug erem q ue o s três testes im u no ló g ico s em p reg ad o s nesse estud o rev elam antíg eno s d iferentes. D esse fo rm a, a o co rrência d e d iscrep âncias entre resultad o s d o s exam es p o d e ser to m ad a co m o ind icação d e q ue o s p acientes ap resentam v ariaçõ es no rep ertó rio d e antico rp o s sérico s co ntra cad a antíg eno d o p ro to zo ário . Esses d ad o s justificam o em p reg o

Tabela 3 - Info rm açõ es clínicas d e p a cient es ho spitalizado s q u e t iv eram um o u m ais

OV / 7v n oc i w m m n l n n i r r t c / i/ 7 *v 7 n r ! n /" ' h /i n s i c

Paciente Sexo Id ad e D iag nó stico clínico Exam e*

Com três exam es im unológicos positivos

FCC M 71 m io card ite chag ásica crô nica TC, HI e IF

MAVS F 66 m io card ite chag ásica crô nica TC, HI e IF

AMJ M 55 m io card ite chag ásica crô nica TC, HI e IF

ASR F 43 m io card ite chag ásica crô nica TC, HI e IF

IMS M 48 leishm anio se cutâneo -m uco sa TC, HI e IF

SAS M 60 leishm anio se cutâneo -m uco sa TC, HI e IF

Com dois exam es im unológicos positivos

JV S F 50 m io card ite chag ásica crô nica** TC e Hl

CLL M 35 m io card ite chag ásica crô nica HI e IF

MSPJ F 56 m io card io p atia crô nica TC e IF

CSS M 47 leishm anio se cutâneo -m uco sa HI e IF

AS M 8 calazar HI e IF

BM F 51 Ca d e mam a TC e HI

TJF F 38 sínd ro m e d e Lyell TC e HI

Com um exam e im unológico positivo

AF M 67 icterícia o bstrutiva HI

DJA M 64 neo p lasia HI

PRS M 63 Ca p âncreas: m eg aesô fag o HI

MPQ F 53 m io card io p atia co ngestiv a HI

MSS F 40 salm o nelo se p ro lo ngad a HI

AJP M 9 calazar IF

MLFS F 9 hep atite co lestásica IF

MJS M 56 v arizes eso fág icas TC

AA F 60 d iabetes TC

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Teixeira ARL, Teixeira M G. Hipersensibilidade tardia a antígeno de T rypanosom a cruzi. III. Sensibilidade do teste cut âneo com. ant ígeno T12E no diagnó stico de do ença de Chagas em pacientes hospitalizados. Revista da So ciedade Brasileira de M edicina Tropical 2 8 :2 6 7 - 2 7 1 , jul- set, 1995.

d e m ais d e um exam e im u no ló g ico no d iag nó stico da d o ença d e Chagas.

A v ariação d e sensibilid ad e d o s exam es d e hem ag lutinação , im uno fluo rescência e d o teste cutâneo p ara d iag nó stico d e d o ença d e Chagas fo i ind icad a p elo s p ercentuais d e p o sitiv id ad e na am o stra estud ad a. O s resultad o s d este estud o são co nsistentes, p o is, co m trabalho s

d a literatura q u e relatam v ariação d e

sensibilid ad e d e aco rd o co m o s m éto d o s em p reg ad o s, co nd içõ es técnicas d e realização d o s exam es e, tam bém , co m as características d a p o p ulação estud ad a15 6 9. D iferentem ente d e tra b a lh o s c i ta d o s 1 3 9, q u e lid am c o m p o p u laçõ es sem d o ença co nhecid a, no sso estud o p ro curo u d eterm inar a sensibilid ad e d e três m éto d o s im uno ló g ico s no d iag nó stico da

in fe c ç ão p elo T. cruz i, em p acientes

ho sp italizad o s co m d iversas p ato lo g ias. Tend o em v ista q ue 19,1% (22/ 120) d esses p aciçntes ap resentaram p elo m eno s um exam e p o sitiv o , aind a fica p ara ser d eterm inad o o significad o real d e um resultad o d isco rd ante entre o s três exam es realizad o s. Uma p alavra d e p recaução d ev e ser o bserv ad a, p o is, entre o s p acientes q ue tiv eram ap enas hem ag lutinação p o sitiv a havia um p aciente co m Ca d e p âncreas e m eg aesô fag o e o utro co m m io card io p atia c o n g e stiv a d e e tio lo g ia a e sc lare c e r. Fo i

v isto ain d a q u e u m p a c ie n te c o m

im u no flu o rescência p o sitiv a ap enas tinha d iag nó stico clínico d e calazar. A ind a, no q ue co ncerne à sensibilid ad e d o s m éto d o s d e d iag nó stico , um p aciente co m insuficiência card íaca co ng estiv a p o r m io card ite chag ásica,

c o m e x am e s d e h e m a g lu tin a ç ã o e

im u no flu o rescência p o sitiv o s, tev e o teste cutâneo neg ativ o . Em caso s id êntico s, o teste cutâneo não d ev e ser ind icad o , p o is alteração d o le ito v asc u lar p e rif é ric o e c ian o se co m p ro m etem a hip ersensibilid ad e tardia.

D e m aio r interesse, um estud o recente m o stro u q u e o s exam es so ro ló g ico s d e hem ag lutinação , im uno fluo rescência e ELISA

co m antíg eno d e fo rm as d e cultiv o d e T. cruz i

ap resentam reaçõ es cruzad as co m antico rp o s p resentes no s so ro s d e p o rtad o res d e calazar e d e leishm anio se cutânea-m uco sa10. Este estud o m o stro u q ue o s m esm o s exam es im uno ló g ico s

co m antíg eno s d e Leishm ania chagas i ó u d e

leis hm a nia braz iliensis d ão reação cruzada

co m so ro s d e p o rtad o res d e infecçõ es p o r T.

cruz i. D essa fo rm a, fico u im p o ssív el fazer

d iag nó stico d iferencial entre essas três

infecçõ es crô nicas co m b ase em exam es so ro ló g ico s. Em ad ição , v erifico u-se tam bém qúe so ro s d e p acientes p o rtad o res d e sífilis, tuberculo se, esquisto sso m o se, p ênfig o , malária e p araco ccid io id o m ico se, q ue ap resentav am reaç õ es cruz ad as co m antíg eno s d esses

p ro to z o ário s da o rd em Kineto p lastid a,

tam bém , rev elaram d iv ersas band as d aqueles antíg eno s no “ im m u n o b lo t” . Em c o n ju n to , e ssas o b serv aç õ es m o stram q u e a alta sensibilid ad e d as reaçõ es im unes g eralm ente se aco m p anha d e m eno r esp ecificid ad e d e d iagnó stico . N este estud o , a esp ecificid ad e d o d iag nó stico da d o ença d e Chagas p elo teste cu tâneo d e hip ersensib ilid ad e tard ia ao antíg eno T12E fo i m aio r q ue aq uela o btid a co m o teste d e hem ag lutinação ind ireta. A sensibilid ad e d o teste cutâneo , p o rém , fo i m eno r q ue a d o teste so ro ló g ico . O s resultad o s ap resentad o s aqui m o stram , p o rtanto , q ue a utilização d o s três m éto d o s d e d iag nó stico co nfirm a m aio r nú m ero d e c aso s co m d iag nó stico clínico d e d o e n ç a d e C hag as d o q u e te ria sid o co nfirm ad o p o r q ualq uer um d o s exam es em p regad o s.

SUM M A RY

I n this st udy w e ev aluat ed t hree im m uno lo gic m etho ds f o r co nfirm at io n o f clinical diagno s is o f C hagas' disease, in 1 2 0 in- patients. The skin testing

w ith the T 12E ant igen a n d t he im m uno fluo res cence w ere po sit iv e in 10 % o f cases. The hem agglut inat io n w as p o s it iv e in 1 4 .1 % o f t h e s e p a t i e n t s . T he co - p o s it iv it y o f re s u lt s o f s k i n - t e s t in g w it h h e m a g g l u t i n a t i o n a n d o f t his l a t t e r w it h i m m u n o f l u o re s c e n c e re a c h e d 7 .5 % o f cas e s . Ho w ev er, o nly 5 % o f co- positiv ity w as achiev ed w ith results o f skin testing, im m uno fluo res cence a n d hem agglut inat io n. Furt herm o re, 1 9 .1 % o f the in ­ pat ient s sho w ed at least o ne o ut o f these ex am s to be po sitiv e. The specificity o f the skin testing p aralleled t hat o f t he im m uno fluo res cence. The sensitiv ity o f t hese ex am es , ho w ev er, w as lo w er t han t hat o b t ained by t he indirect hem agglut inat io n. These dat a sho w t hat the skin testing w ith T 12E ant igen allow s the diagno sis o f C hagas ' disease by a sim ple a n d handy m et ho d.

K ey - w o rds: D elay ed- t y pe skin hy persensitiv ity . T12E ant igen. C hagas ’ disease.

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(5)

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Referências

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