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Crescimento relativo de órgãos e vísceras de bubalinos mediterrâneo não-castrados terminados em confinamento

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CAMPUS DE BOTUCATU

CRESCIMENTO RELATIVO DE ÓRGÃOS E VÍSCERAS DE BUBALINOS MEDITERRÂNEO NÃO-CASTRADOS TERMINADOS EM CONFINAMENTO

LUCIANO VAZ PINHEIRO

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Zootecnia, Área de Concentração-Nutrição Animal como parte das exigências para obtenção do título de mestre.

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CAMPUS DE BOTUCATU

CRESCIMENTO RELATIVO DE ÓRGÃOS E VÍSCERAS DE BUBALINOS MEDITERRÂNEO NÃO-CASTRADOS TERMINADOS EM CONFINAMENTO

LUCIANO VAZ PINHEIRO Zootecnista

Orientador: Prof. Dr. André Mendes Jorge

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Zootecnia, Área de Concentração- Nutrição Animal como parte das exigências para obtenção do título de mestre.

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Pinheiro, Luciano Vaz, 1978-

P654c Crescimento relativo de órgãos e vísceras de bubalinos Mediterrâneo não-castrados terminados em confinamento / Luciano Vaz Pinheiro. – Botucatu : [s.n.], 2007.

iv, 41 f. : il., tabs.

Dissertação (Mestrado) -Universidade Estadual Paulis- ta, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Botu- catu, 2007

Orientador: André Mendes Jorge Inclui bibliografia

1. Alometria. 2. Búfalo. 3. Carcaças. I. Jorge, André Men-des. II. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Campus de Botucatu). Faculdade de Medicina Veteri-nária e Zootecnia. III. Título.

(4)

AGRADECIMENTOS

A minha família, pela paciência, apoio e palavra amiga.

Ao professor André Mendes Jorge por ser um homem abençoado e ter princípios dignos de um mestre.

A minha namorada Miriam, pelo companheirismo e dedicação.

(5)

SUMÁRIO

Página CAPÍTULO 1

Considerações Iniciais ...5

Referências bibliográficas...20

CAPÍTULO 2 Crescimento Relativo de Órgãos e Vísceras de Bubalinos Mediterrâneos Não-Castrados Terminados em Confinamento ...24

Resumo ...25

Abstract ...26

Introdução ...26

Material e Métodos ...27

Resultados e Discussão ...31

Conclusões ...37

Literatura citada ...38

(6)

CAPÍTULO 1 1

Considerações iniciais 2

Na atualidade, a necessidade de aumentar a eficiência dos sistemas de produção 3

de proteína de origem animal é premente em razão, principalmente, do crescimento da 4

população mundial, que demanda alimentos alternativos e saudáveis. A carne de búfalo 5

se apresenta como opção, por sua equivalência nutritiva à carne bovina, embora exista 6

alguma rejeição ocasionada pelo abate de animais velhos e o insatisfatório abate, pela 7

manipulação e comercialização da carne de forma inadequada. 8

O rebanho de bubalinos do Brasil tem o maior índice de crescimento dentre todos 9

os animais domésticos. A Associação Brasileira dos Criadores de Búfalos estima o 10

rebanho em 3 milhões de cabeças (Bernardes, 2006). 11

Dados do Anualpec (FNP, 2005), indicam que de 1996 até 2005 o rebanho 12

bubalino no Brasil cresceu cerca de 16,9% e de acordo com Silva et al. (2003) e 13

Mariante et al. (2003), a taxa anual de crescimento do rebanho bubalino é cinco vezes 14

maior que a de bovinos no Brasil, sendo superior a 12%, embora existam estimativas de 15

que esta taxa possa chegar aos 16%. 16

Búfalos possuem maior capacidade de depositar proteínas no tecido muscular 17

(elevando a qualidade da carne), mantendo o nível de gordura dentro do mínimo 18

necessário e, além disso, apresentam boa adaptabilidade aos trópicos, diversas 19

condições de manejo e alimentação (Jorge et al., 1997). 20

No desempenho zootécnico, de acordo com Sekhon & Bawa (1996) e Faila et al. 21

(1997), os búfalos são mais precoces do que os bovinos e têm exibido maior ganho de 22

peso do que os zebuínos, apresentando valores muito semelhantes em performance. 23

24

(7)

De acordo com Jorge (1999), se as condições de alimentação e manejo forem 1

otimizadas, esses animais podem apresentar cerca de 1,5 kg de ganho de peso por dia. 2

Sendo assim, o setor busca maior produtividade e alternativas que diminuam os 3

custos de produção. Nesse contexto, o desempenho animal vem sendo amplamente 4

estudado, principalmente por estar intimamente ligado à lucratividade deste setor. 5

O plano de alimentação e o peso de abate geralmente são variáveis consideradas 6

pelos produtores e abatedouros como indicativos das condições do produto final, mas o 7

conhecimento do desenvolvimento corporal, que depende da taxa de crescimento, 8

determinada pelo nível de alimentação, também deve ser levado em consideração. 9

No Brasil, vale salientar poucos estudos relativos ao desenvolvimento do trato 10

gastrintestinal (TGI) e tamanho dos órgãos internos dos animais domésticos (Jorge et 11

al., 1997; Signoretti et al., 1996; Oliveira et al., 1994; e Peron et al., 1993). Durante o 12

abate são obtidos uma série de subprodutos que não fazem parte da carcaça, 13

vulgarmente chamados de vísceras. 14

O estudo do desenvolvimento dos órgãos internos é essencial, na medida em que 15

gera informações auxiliares na determinação do peso ótimo de abate de cada raça e em 16

virtude do aproveitamento e suas contribuições para a eficiência no sistema de produção 17

animal. 18

Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar o crescimento relativo dos órgãos e 19

vísceras de bubalinos Mediterrâneo não-castrados terminados em confinamento, 20

(8)

No Capítulo 1 estão apresentados os aspectos mais relevantes dentro do estudo 1

alométrico em seguida, no Capítulo 2 estão apresentados, na íntegra, o estudo do 2

crescimento relativo dos componentes do corpo de bubalinos Mediterrâneo terminados 3

em confinamento, segundo as normas da Revista Brasileira de Zootecnia. No Capítulo 3 4

estão as implicações do trabalho. 5

Desenvolvimento corporal 6

O conhecimento da curva de crescimento das diferentes partes do animal, em 7

diferentes grupos genéticos, permite a compreensão das variações no desempenho e as 8

exigências nutricionais, entre outros aspectos. 9

O crescimento das partes do corpo é estudado alometricamente, podendo assim 10

explicar as diferenças quantitativas geradas nas distintas fases de vida do animal. A 11

alometria explica parte das diferenças quantitativas produzidas entre animais, passando 12

a ser uma forma eficaz para o estudo de suas carcaças. 13

Durante o crescimento, os animais não aumentam apenas peso e tamanho, mas 14

também sofrem alterações nas proporções com que os tecidos são depositados. 15

Oliveira (1999) destaca que o conhecimento sobre crescimento e desenvolvimento 16

corporal de bovinos é importante para subsidiar a melhoria da produção e da 17

produtividade dos rebanhos de corte. 18

Signoretti et al. (1996) definiram como ponto crucial o conhecimento das 19

possibilidades de manipulação do crescimento: quais tecidos e componentes químicos 20

(9)

Almeida et al. (2001) relatam que as curvas de crescimento de tecidos individuais 1

e órgãos apresentam crescimento sigmoidal, porém com taxas de crescimento máximo 2

em momentos diferentes, impossibilitando sua superposição. Oliveira (1999) 3

complementa este raciocínio afirmando que a desaceleração do crescimento ocorre mais 4

precocemente nos órgãos vitais, em seguida nos ossos e músculos, com paralela 5

aceleração do crescimento dos tecidos adiposos. 6

Segundo Castillo Estrada (1996), o estádio de desenvolvimento no momento do 7

abate, tem grande influência na composição da carcaça, onde os músculos e o tecido 8

adiposo são os grandes responsáveis pelas variações observadas e o tecido ósseo é 9

relativamente constante. 10

Black (1989) citado por Oliveira (1999), evidencia as diferenças entre os grupos 11

genéticos quanto ao modelo de desenvolvimento ou à velocidade de formação dos 12

tecidos e dos órgãos. Estas diferenças parecem estar ligadas a diferenças no tamanho do 13

peso corporal adulto e à produção hormonal dos vários grupos genéticos. 14

Partes do corpo não integrantes da carcaça 15

Durante o abate são obtidos vários subprodutos que não fazem parte da carcaça e 16

são vulgarmente chamados de vísceras devido o seu baixo valor econômico, apesar de 17

constituírem o peso corporal, excetuando-se a carcaça. Participam, entre eles, o trato 18

digestivo e seu conteúdo, a pele, a cabeça, as patas, os pulmões com traquéia, o fígado, 19

o coração, os rins, o baço, a gordura interna, renal e pélvica, os testículos; no caso de 20

machos não castrados (Osório, 1992). Segundo Lawrie (1974), algumas vísceras, como 21

o fígado, constituem fontes valiosas de vitaminas como: vitamina A, B1, B2, B6, B12, 22

(10)

De acordo com Gesualdi Jr. et al. (2001), os estudos sobre o desenvolvimento e 1

enchimento do trato gastrintestinal e o peso dos órgãos internos do gado de corte são 2

escassos na literatura brasileira. Possivelmente, isso se deve ao fato de variáveis não 3

fazerem parte da carcaça comercial (Ribeiro et al., 2001). 4

O estudo das partes não-integrantes da carcaça (órgãos internos, cabeça, couro, 5

sangue, patas e gordura visceral) é importante, variam de acordo com as raças e dietas, 6

influenciam diretamente o rendimento de carcaça e o ganho em peso (Berg & 7

Butterfield, 1979; Jones et al., 1985; Oliveira et al., 1994), uma vez que as diferenças 8

nos tamanhos relativos dos órgãos estão associadas às diferenças nas exigências de 9

mantença (Smith & Baldwin, 1973). 10

Crescimento relativo das partes do corpo não-integrantes da carcaça 11

Segundo Black (1989), existem diferenças entre genótipos quanto ao modelo de 12

desenvolvimento ou velocidade de formação dos órgãos e dos tecidos que constituem a 13

massa do corpo. 14

A proporção e a velocidade com que os tecidos se acumulam no corpo, 15

influenciam o ganho em peso corporal e a eficiência alimentar (Shahin et al., 1993). 16

Desta forma, segundo Smith et al.,(1973), a composição do ganho poderia influir 17

diretamente na eficiência com que os alimentos são utilizados. 18

As taxas de crescimento dos órgãos e dos tecidos são afetadas direta ou 19

indiretamente por diferentes fatores tais como tamanho do corporal adulto, nível 20

nutricional e hormônios. A influência de fatores como temperatura ambiente, 21

comprimento do dia, tipo racial, doenças, parasitas e exercícios sobre o tamanho de 22

certos órgãos durante o crescimento ou à maturidade não está totalmente esclarecida 23

(11)

O estudo do desenvolvimento relativo dos órgãos e tecidos, podem ser realizados 1

segundo vários modelos (Robelin et al., 1974). Huxley (1924) propôs utilização do 2

modelo exponencial Y = a . Xb, transformado logaritmicamente em regressão linear, em 3

que “Y” representa a fração, cujo desenvolvimento se investiga, “X” é o todo que serve 4

de referência, “a” é o valor da ordenada na origem e “b” é o coeficiente de alometria, 5

que indica a velocidade relativa de crescimento de uma parte em relação ao todo. O 6

crescimento é isogônico, indicando as velocidades de desenvolvimento relativo de “X” 7

e “Y” similares no intervalo considerado. Se o crescimento é heterogônico, indicando as 8

velocidades de desenvolvimento de “X” e “Y” diferentes. Um valor de “b” maior que 1, 9

alometria positiva, reflete que “Y” desenvolve-se proporcionalmente menos que “X” . 10

Quando “b” é menor que 1, alometria negativa, a intensidade de desenvolvimento de 11

“Y” é maior a de “X”. 12

O coeficiente alométrico é utilizado com o intuito de conhecer saber a relação da 13

velocidade de crescimento de determinada parte frente ao todo (Robelin et al., 1974; 14

Osório et al., 1994, 1996). 15

Para o peso da maioria dos órgãos, em relação ao peso corporal vazio, o 16

coeficiente alométrico é menor que 1, ao passo que para o peso total de gordura 17

(12)

Huxley (1924) citado por Vieira (2004), relata que as variações morfogenéticas do 1

animal em crescimento acontecem principalmente por crescimento relativo, isto quer 2

dizer que certos componentes ou partes do organismos aumentam de peso ou de medida 3

a ritmo mais rápido ou mais lento do que outras, ou ainda que o ritmo de crescimento é 4

diferente: a) Fisiologicamente: alometria é expressão da competição das partes do 5

organismo pelos recursos disponíveis. b) Funcionalmente: alometria pode ser 6

considerada como expressão do princípio que o organismo deve permanecer funcional, 7

apesar das variações no seu tamanho absoluto. c) Geneticamente: o crescimento 8

relativo, ou seja, a capacidade de cada órgão ou tecido de tomar parte dos recursos 9

disponíveis está determinada geneticamente, isto é, os genes determinariam reações em 10

cadeia, as quais funcionam em forma simultânea, cuja relação quantitativa determinará 11

qual a parte, órgão ou tecido terá prioridade no uso dos nutrientes, determinando 12

conseqüentemente, as variações no crescimento relativo. O princípio de alometria pode 13

ser aplicado intraespecificamente para comparar indivíduos de mesma espécie, mas de 14

diferentes tamanhos, ou interespecificamente na comparação de animais de diferentes 15

raças e espécies. 16

17

18

19

20

21

22

23

24

(13)

Influência da raça e nível nutricional sobre o tamanho relativo dos órgãos 1

internos 2

O estudo quantitativo das partes não-integrantes da carcaça é importante, pois 3

estas tendem a variar de acordo com o grupo genético, tendo influência direta sobre o 4

rendimento de carcaça, exigências de mantença e ganho em peso. As diferenças que 5

ocorrem nos tamanhos relativos dos órgãos internos, entre grupos genéticos, podem 6

estar associadas a diferenças nas exigências de mantença. Smith e Baldwin (1974) 7

mencionam que o coração, o fígado e o tecido do trato gastrintestinal estão entre os 8

tecidos de maior atividade metabólica nos animais. 9

Alguns autores têm observado menor peso do trato gastrintestinal(TGI) de 10

animais da raça nelore quando comparados a taurinos e/ou mestiços, principalmente de 11

origem leiteira (Gonçalves, 1988; Peron et al., 1993; Jorge, 1999). Estes autores 12

observaram que, de maneira geral, os animais mestiços tendem a apresentar maior 13

massa dos órgãos internos, em porcentagem do peso corporal, do que os animais Nelore. 14

Estas informações sugerem menor capacidade de ingestão de alimentos nos animais 15

nelores em relação aos taurinos e aos mestiços. 16

O regime alimentar e o peso de abate exercem influência sobre as proporções das 17

diferentes partes do corpo não integrantes da carcaça.Tem sido observado menor peso 18

do TGI de bovinos Nelore, submetidos a restrição alimentar, sugerindo possível atrofia 19

(14)

Peron et al. (1993) e Jorge (1999) compararam bovinos Nelore e mestiços 1

abatidos ao início do experimento (mais leves) com animais submetidos à restrição 2

alimentar ou abatidos com maior peso corporal e alimentados "ad libitum" e verificaram 3

que, mesmo quando os animais são submetidos à restrição alimentar, por longo período 4

de tempo, o coração e os pulmões mantêm sua integridade, mostrando terem prioridade 5

na utilização dos nutrientes. No entanto, os autores constataram menor peso do fígado, 6

em relação ao PCVZ, em animais submetidos à baixo nível nutricional. 7

Seguindo metodologia semelhante a descrita acima, Jorge (1999), comparando 8

bovinos Nelore e mestiços e bubalinos, observou que animais, bem nutridos e pesados, 9

apresentaram, em geral, menores proporções dos órgãos internos em relação ao peso 10

corporal vazio. O autor ressalta que a redução da proporção dos órgãos no caso desses 11

animais deveu-se não a redução do tamanho, e sim ao crescimento mais lento, em 12

relação aos músculos e tecido adiposo. 13

Ferreira (2000) em seu trabalho com bovinos F1 Simental x Nelore alimentados 14

com dietas contendo vários níveis de concentrado, constatou que os pesos do coração e 15

do pulmão não foram influenciados pelos níveis de concentrado. Os pesos de baço, 16

fígado, rins, abomaso, intestino delgado, intestino grosso e gordura interna aumentaram 17

e o conteúdo do trato gastrintestinal e o peso do omaso diminuíram linearmente com a 18

inclusão de alimentos concentrado nas dietas. 19

20

21

(15)

Os fatores como raça, ganho em peso diário e dieta afetam a massa de órgãos 1

vitais e a relação entre seu peso e o peso corporal do animal (Lunt et al., 1986). Berg e 2

Butterfield (1976), citaram que os órgãos vitais apresentam maior desenvolvimento nas 3

fases mais precoces da vida do animal e que, à medida que a idade avança, a velocidade 4

de crescimento dos tecidos muscular e, principalmente, do adiposo é maior, passando os 5

órgãos internos a representarem menor proporção do PCVZ. 6

A alimentação distinta dos animais nos processos de produção, é fator que pode 7

influir na velocidade de crescimento e desenvolvimento dos órgãos e tecidos, conforme 8

relatou Callow (1961). Segundo Perón et al. (1993) e Signoretti et al. (1996), os pesos 9

do coração e do pulmão dificilmente são influenciados pelo nível de alimentação, 10

indicando que estes órgãos mantêm sua integridade. 11

Jorge et al. (1999); verificou que não houve redução nos pesos do coração e dos 12

pulmões, diferente do fígado e o trato gastrintestinal, após os animais passarem por 13

restrição alimentar. 14

Estudos têm comprovado que a elevação do nível de concentrado na dieta 15

geralmente resulta em aumento do tamanho dos órgãos internos e redução do tamanho e 16

do conteúdo do trato gastrintestinal (Ferreira et al., 2000; Véras et al., 2001). 17

O uso de diferentes fontes protéicas não influencia o peso dos órgãos internos, o 18

conteúdo do trato gastrintestinal e as medidas biométricas, o que comprova que animais 19

em terminação alcançam o limite de crescimento ósseo, visceral e muscular, 20

apresentando pequena deposição muscular e grande deposição de gordura (Macitelli, 21

(16)

Lunt et al., (1986) trabalhando com novilhos Angus e mestiços Brahman x Angus

1

e Brahman x Hereford, alimentados com forragens ou grãos, observaram que os fatores 2

raça, ganho em peso diário e dieta afetaram a massa dos órgãos vitais e a relação entre o 3

peso e o peso corporal dos animais. Novilhos Angus apresentaram coração e pulmões 4

maiores do que os Brahman e os Brahman X Angus e os novilhos alimentados com 5

forragens tiveram maior massa de coração e de fígado do que aqueles alimentados à 6

base de grãos. 7

Calil (1978) afirmou que o jejum de dois dias em bovinos, antes do abate, resultou 8

em perda de peso do fígado de até 25%, podendo essa perda atingir até 29% no caso de 9

ovinos. As diferenças no tamanhos relativos dos órgãos entre raças podem ocasionar 10

diferenças nas exigências de mantença. 11

Influência do crescimento relativo de órgãos sobre a exigência nutricional 12

O estudo das partes não-integrantes da carcaça é importante por estas terem 13

influência direta sobre o rendimento da carcaça (Oliveira et al., 1994). Além disso, as 14

diferenças no tamanho relativo dos órgãos podem estar associadas às diferenças nas 15

exigências de mantença (Smith e Baldwin, 1974). Smith e Baldwin (1974) 16

demonstraram que o fígado, o coração, as glândulas mamárias e os tecidos do trato 17

gastrintestinal estão entre as partes de maior atividade metabólica nos animais. Ferrell et 18

al. (1976) avaliando as exigências de fêmeas em diferentes estágios de gestação, 19

observaram que os órgãos internos de novilhas de raças leiteiras Jersey e Holandês são, 20

proporcionalmente, maiores que os de novilhas de corte (Hereford). Os mesmos autores 21

concluíram que o total de energia para mantença exigido pelo tecido muscular é menor 22

do que o da energia exigida pelos órgãos internos, o que explica as maiores exigências 23

(17)

Em raças com aptidão leiteira, os maiores depósitos de gordura encontram-se nos 1

tecidos que não fazem parte da carcaça, como órgãos e vísceras, diferentemente das 2

tradicionais raças de corte, em que os depósitos periféricos são mais pronunciados, 3

ocasionado menor exigência para a mantença (Owens et al., 1993). Os órgãos viscerais 4

apresentam elevadas taxas metabólicas e, principalmente, o fígado e o trato 5

gastrintestinal respondem as alterações na ingestão de alimentos (Ferrell e Jenkins, 6

1998) e, juntamente com o aumento no tamanho dos órgãos internos (Fox et al., 1992), 7

respondem em parte pelos maiores requerimentos de animais com potencial para 8

elevada produção de leite. 9

Já Johnson et al. (1990), notaram que o tamanho do fígado de novilhos respondeu 10

rapidamente às mudanças de consumo alimentar, apresentando desenvolvimento linear 11

em resposta ao aumento no consumo de energia metabolizável. Catton e Dhuyvetter 12

(1997) relataram que os tecidos viscerais, embora em menor proporção no corpo dos 13

animais, são de considerável importância para os requisitos energéticos de mantença, 14

pois consomem cerca de 50% do total desta energia. 15

Influência do trato gastrointestinal (TGI) sobre rendimento de carcaça 16

Peron et al. (1993a) compararam bovinos abatidos ao início do experimento (mais 17

leves) com animais submetidos à restrição alimentar ou alimentados à vontade (mais 18

pesados) e concluíram que o regime alimentar influenciou o peso do TGI, que foi menor 19

em animais submetidos à restrição alimentar. Jorge et al. (1997) também observaram 20

redução nos pesos dos compartimentos do TGI e do fígado de bovinos submetidos à 21

(18)

Segundo Preston & Willis (1974) e Ferreira et al. (2000), o conteúdo do TGI 1

diminui linearmente com o aumento do nível de concentrado na ração, uma vez que as 2

rações com menores níveis de concentrado apresentam maiores teores de fibra e menor 3

digestibilidade, aumentando o tempo de retenção no rúmen. Por outro lado, as rações 4

com maiores níveis de concentrado apresentam menores teores de fibra e maior 5

digestibilidade, resultando em menor tempo de retenção. 6

Porém, poucos relatos são encontrados sobre a influência do volumoso no 7

tamanho e conteúdo do TGI, sabe-se apenas que o enchimento do TGI é proporcional ao 8

tamanho das partículas o alimento (Rohr & Daenicke, 1984) e é inversamente 9

proporcional à digestibilidade da forragem. 10

O conteúdo do TGI é medido com o abate dos animais após jejum prévio por 11

período de 16 a 24 horas. A determinação pode ser feita diretamente pela diferença dos 12

pesos do TGI cheio e após o seu esvaziamento e limpeza ou, indiretamente, pela 13

diferença entre o peso corporal e o peso de corpo vazio, sendo este obtido pela soma dos 14

vários componentes do corpo, livre do conteúdo gastrintestinal (Lana et al., 1992). 15

O conteúdo do TGI pode ser influenciado pelo peso corporal, pela raça do animal, 16

pelo estado fisiológico e pelo tipo de alimento ingerido (Agricultural Research Council - 17

ARC, 1995). 18

Estudos têm comprovado que a elevação do nível de concentrado na dieta 19

geralmente resulta em aumento do tamanho dos órgãos internos e redução do tamanho e 20

do conteúdo do trato gastrintestinal (Ferreira et al., 2000; Véras et al., 2001), mas 21

poucos relatos são encontrados sobre a influência do volumoso no tamanho e conteúdo 22

(19)

O peso do conteúdo do TGI, em relação ao peso corporal vazio, é alto nos bovinos 1

criados no Brasil. Segundo Gesualdi Jr. et al. (2001), isto decorre por está relacionado à 2

baixa digestibilidade das forragens utilizadas em sistema de pastejo e/ou à alta relação 3

volumoso:concentrado das dietas utilizadas em sistemas de confinamento. A reduzida 4

digestibilidade, associada às características estruturais das gramíneas tropicais, 5

determinam lenta taxa de passagem da dieta e, conseqüentemente, maior enchimento do 6

TGI (Wilson, 1997). 7

Alterações no enchimento do trato digestivo e na composição corporal não 8

permitem que o peso corporal seja bom indicador do crescimento animal (Owens et al., 9

1993). Rohr & Daenicke (1984) relataram que esta afirmação é verdadeira, pois os 10

requisitos para o crescimento são altamente relacionados ao desenvolvimento do corpo 11

vazio e à composição química do ganho em peso. 12

O peso do corpo vazio consiste na soma dos vários componentes do corpo, exceto 13

do conteúdo do TGI, que varia principalmente de acordo com a dieta e o estado 14

fisiológico dos animais. O NRC (1996) sugere que há uma relação entre o peso do corpo 15

vazio e o peso corporal final, expressa pela equação: PCVZ = 0,891 PV em jejum. 16

O índice que pode revelar a influência da dieta sobre o ganho em peso dos animais 17

é o PCVZ, pois a influência do conteúdo do TGI é eliminada. Quando se dispõe do 18

PCVZ antes do início do experimento (abatendo animais testemunha) e do PCVZ ao 19

final do experimento, dado importante a ser calculado é o rendimento de carcaça do 20

corpo vazio (RCPCV). 21

22

23

(20)

Com base nessas considerações e na necessidade de avaliar e caracterizar o 1

crescimento relativo de órgãos de bubalinos, a realização desta pesquisa resultou em um 2

trabalho que se encontra no Capítulo 2 e foi intitulado “Crescimento relativo de 3

órgãos e vísceras de bubalinos Mediterrâneo não-castrados terminados em 4

confinamento”. A redação desse capítulo seguiu as normas de publicação da Revista 5

Brasileira de Zootecnia e o presente estudo foi conduzido com o objetivo acima 6

descrito. 7

No Capítulo 3 estão as implicações do presente estudo. 8

9

10

11

12

13

(21)

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Universidade Estadual Paulista. 8

9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

CAPÍTULO 2

22

23

“Crescimento relativo de órgãos internos de bubalinos mediterrâneos não-24

castrados terminados em confinamento” 25

26

(26)

Crescimento relativo de órgãos e vísceras de bubalinos Mediterrâneo não-1

castrados terminados em confinamento1 2

Luciano Vaz Pinheiro2, André Mendes Jorge3 3

RESUMO: Com o presente estudo objetivou-se avaliar o crescimento relativo de 4

órgãos e vísceras de bubalinos Mediterrâneo não-castrados terminados em 5

confinamento. Utilizou-se 32 bubalinos com idade média de 14 meses de idade e peso 6

corporal médio inicial de 330 kg. Os animais foram divididos aleatoriamente em cinco 7

grupos. Um grupo(AB) foi abatido imediatamente e os outros quatros grupos ( I, II, III e 8

IV ) receberam, em baias individuais, ração contendo 70% de concentrado na matéria 9

seca “ad libtum”, sendo abatidos ao atingirem pesos corporal individual de 450, 480, 10

510 e 540 kg, respectivamente. No abate determinou-se o peso do corpo em função do 11

logaritmo do PCVZ( peso corporal vazio ). Para os ímpetos de crescimento alométrico 12

dos órgãos em relação ao do PCVZ, encontrou-se para o coração e o pulmão 13

crescimento tardio, para o baço crescimento isométrico e crescimento heterogônico 14

negativo para os rins e o fígado, o que demonstra que esses órgãos( rins e fígado) tem 15

prioridade na utilização dos nutrientes. 16

17

Palavras-chave: alométrico, PCVZ, abate 18

1 Parte da dissertação de mestrado do primeiro autor

19

2 Mestrando do programa de Pós graduação em Zooctenia – UNESP

20

3 Prof. Dr. do Departamento de Produção Animal – UNESP

21

22

23

(27)

Relative growth of organs and visceral from Mediterranean buffaloes 1

finished in feedlot 2

Abstract: The objetctive of present study was to evaluate the relative growth of 3

organs fron water buffaloes. Thirty two Mediterranean intact males, averanging, 330 kg 4

initial live fourteen months of age, were used. The animals were divided into five 5

groups(categories). One group was randomly assigned to immediate slaughter (AB), 6

four groups were full-fed a ratio containing 70% concentrate, dry matter basic until 7

reaching the slaughter weights of 450, 480, 510 and 540 kg, respectively(group I, II, III 8

and IV). At slaughter the empty body weights( EBW ) was determined and the weight 9

of internal organs were recorded. Regression equations of log contend studied, with 10

exception of liner and splen, developed slower than in relation to EBW. 11

Key words: alometric, EBW, slaughter 12

Introdução 13

O crescimento e o desenvolvimento são fenômenos básicos para a produção de 14

carne e estão estreitamente relacionados. Butterfield (1988) descreveu o 15

desenvolvimento como sendo troca na forma e nas proporções corporais associado no 16

crescimento. 17

O rendimento dos tecidos da carcaça e daqueles que não pertencem a ela, só 18

podem ser entendidos quando se conhecem as proporções de cada um deles, incluindo 19

as vísceras. A avaliação da composição determina a proporção de cada parte dentro da 20

carcaça, pois um dos critérios de qualidade é a porcentagem dos cortes de qualidade 21

(28)

As diferenças na proporção dos cortes comerciais da carcaça variam em função do 1

peso, raça, sexo e do sistema de criação (Sanañudo, 1980 ; López, 1987). A velocidade 2

de desenvolvimento dos tecidos e órgãos depende da raça, e para cada raça existe um 3

peso ótimo econômico de abate, onde a proporção de músculo é máxima, a de osso é 4

mínima e a de gordura é suficiente para conferir à carcaça as propriedades necessárias 5

conservação sob refrigeração e à carne propriedades organolépticas que satisfaçam ao 6

consumidor. 7

Os estudos de crescimento alométrico examinam o crescimento relativo de um 8

componente corporal em relação a um conjunto de componentes ou ao corpo, 9

identificando sua taxa de desenvolvimento (Seebeck, 1968) 10

Assim, o objetivou-se com este trabalho avaliar o crescimento relativo dos órgãos 11

e das vísceras de bubalinos Mediterrâneo não-castrados terminados em confinamento. 12

Material e Métodos 13

O experimento foi realizado na Unesp, Faculdade de Medicina Veterinária e 14

Zootecnia( FMVZ), Departamento de Melhoramento e Nutrição Animal( DMNA), 15

confinamento experimental, no município de Botucatu/SP. 16

Foram utilizados 32 bubalinos da raça Mediterrâneo, não-castrados e recriados em 17

pastagem nativa do litoral norte de São Paulo, com idade média de 14 meses e peso 18

corporal médio inicial de 330 kg, divididos aleatoriamente em quatro grupos 19

experimentais. 20

Os animais foram divididos aleatoriamente em grupos de sete animais cada um e 21

alocados em quatro baias, possuindo 20 metros de largura por 30 metros comprimento, 22

bebedouro do tipo australiano, com capacidade para 1.500 litros e com acesso a sombra 23

de 6 m2 por animal. 24

(29)

2 - Abate, aos 450 kg PV(grupo I); 1

3 - Abate, aos 480 kg PV(grupo II); 2

4 - Abate, aos 510 kg PV (grupo III); 3

5 - Abate, aos 540 kg PV (grupo IV). 4

No tratamento AB foram alocados quatro animais e nos demais tratamentos 5

(grupos I, II, III e IV) foram alocados sete animais. 6

O período de adaptação teve a duração de 30 dias, fornecendo-se a todos os 7

animais a ração utilizada no período experimental, “ad libitum”. Após o período de 8

adaptação, foram abatidos os animais do grupo AB, servindo como referência no estudo 9

da composição corporal inicial dos animais. 10

Os animais dos grupos I, II, III e IV receberam, durante o período experimental, 11

uma ração balanceada “ad libitum”, em que para estabelecimento das exigências e 12

formulação da dieta utilizou-se o programa do NRC (1996) nível 2, baseando-se em 13

simulação ruminal, para animais não-castrados, com níveis de ganho em peso de 1,40 14

kg/dia. Procurou-se sempre manter a proporção concentrado: volumoso próxima de 15

70:30, na matéria seca (MS). 16

Os alimentos utilizados na formulação da ração foram o feno de coast cross, a

17

silagem de milho, o caroço de algodão, a silagem de grão de milho úmido e os minerais 18

(Tabela 1). 19

20

21

22

23

24

(30)

Tabela 1. Composição percentual da dieta experimental e valores calculados base 1

na matéria seca 2

Ingredientes MS (%)

Silagem de milho 7,8

Feno de coast cross 20,6

Caroço de algodão 8,2

Silagem de grão de milho úmido 46,0

Concentrado NUTRUMIN“ 17,4

Proteína Bruta (PB) 13,0

Energia Metabolizável(EM) 2,68

3

O fornecimento das rações completas aos animais foram ad libitum, de forma que

4

as sobras nos cochos, em período de 24 horas, sejam de 5% a 10% da matéria seca 5

fornecida em duas porções, diariamente, as 8 e às 17 horas. 6

A cada pesagem calculou-se o peso médio dos lotes e assim foram realizados os 7

ajustes de consumo de matéria seca (MS). 8

O período experimental não terá duração pré-fixada, uma vez que os animais 9

foram abatidos assim que atingiam os pesos preestabelecidos de 450, 480, 510 e 540kg, 10

correspondentes grupos I, II, III e IV, respectivamente. 11

Antes do período de adaptação, os animais foram pesados, após jejum de sólidos 12

de 16 horas, identificados com brincos numerados, submetidos ao controle de endo e 13

ectoparasitas e receberam 2.000.000 UI de vitamina A injetável. 14

Os animais foram pesados a cada 28 dias e, à medida que um animal aproximou-15

se do peso de abate preestabelecido, foi pesado a intervalos menores, de forma a ser 16

(31)

Antes do abate, os animais foram submetidos a o de jejum de sólidos de 16 horas, 1

com livre acesso à água. Após a pesagem do animal houve a insensibilização por pistola 2

de dardo cativo e posterior seção da veia jugular. De cada animal abatido, peso-se o 3

sangue, rúmen-retículo, omaso, abomaso, intestino delgado, intestino grosso, 4

mesentério, carne industrial, gordura interna, fígado, coração, rins, baço, pulmão, 5

língua, couro, cauda, esôfago, traquéia, aparelho reprodutor, cabeça, pés e couro. 6

A carcaça foi dividida em duas metades, com o auxílio de serra elétrica, e pesadas 7

individualmente. Em seguida, as duas metades da carcaça foram levadas à câmara fria, 8

onde permaneceram por aproximadamente 18 horas, à temperatura de -5oC. Decorrido 9

este tempo, utilizou-se a metade esquerda da carcaça, retirou-se a secção tranversal, 10

incluindo a 9a, 10a e 11a costelas, da qual destacar-se-á a secção segundo Hankins e 11

Howe (1946), secção HH. 12

O PCVZ dos animais referência (AB) foi determinado somando-se peso da 13

carcaça, sangue, cabeça, pés, couro, cauda, vísceras e órgãos. Relações específicas entre 14

o PCVZ e o peso corporal foram determinadas. O valor obtido foi utilizado para se 15

estimar o PCVZ inicial dos animais experimentais dos grupos remanescentes (II, III, IV 16

e V). O PCVZ final destes animais foi determinado de modo semelhante ao obtido pelos 17

animais-referência, por ocasião do abate. 18

As análises estatísticas foram feitas utilizando-se o programa SAS (1995). 19

No estudo do desenvolvimento relativo dos órgãos e vísceras, adotou-se a equação 20

de regressão do logaritmo da quantidade corporal de órgãos, vísceras, em função do 21

logaritmo do peso do corpo vazio, conforme o modelo abaixo: 22

23

(32)

Yij = logarítmo do peso total de órgãos e vísceras, no corpo vazio, do animal j, no

1

tratamento i; 2

P = média (intercepto); 3

b= coeficiente de regressão do logarítmo do peso de órgãos, em função do

4

logarítmo do peso do corpo vazio, para os tratamentos; 5

Xij = logarítmo do peso do corpo vazio, do animal j do tratamento i;

6

eij = erro, pressuposto normalmente distribuído, com média zero e variância V2.

7

Resultados e Discussão 8

Valores do coeficiente b iguais a 1 indicam que a velocidade de crescimento do 9

componente avaliado no tecido ou órgão (parte) é semelhante ao crescimento verificado 10

no todo (PCVZ). Valores menores que 1 indicam que o componente está crescendo, na 11

parte, em taxa mais rápida do que no todo, e valores maiores do que 1 indicam que a 12

taxa de crescimento do componente é mais lenta na parte do que no todo. 13

Os coeficientes de regressão (b) das equações da Tabela 2 revelam a intensidade 14

de desenvolvimento dos órgãos (coração, fígado, baço, pulmão e rins) em relação ao 15

PCVZ. 16

(33)

Tabela 2. Parâmetros das equações de regressão do logarítmo do peso dos órgãos e do 1

peso de carcaça (kg) em função do logarítmo do peso corporal vazio (PCVZ). 2

Table 2. Parameters of logarithm regression equations of organs and carcass weight (kg) on the empty 3

body weight (kg) logarithm 4

** Significativo (P<0,01), * (P<0,05) 5

Esses resultados concordam com os de Jorge et al. (1997) e Vieira (2004), que 6

encontraram para coração e pulmão um crescimento tardio, para baço o crescimento foi 7

isométrico e um crescimento heterogônico negativo para rins e fígado, o que demonstra 8

que esses órgãos terem prioridade na utilização dos nutrientes. De acordo com Berg & 9

Butterfield (1976), os órgãos de maior importância, tem maior crescimento em uma fase 10

mais precoce da vida do animal. 11

12

Componente

Components

Parâmetros das equações de regressão

Regretion equation parameters

Intercepto

Intercept

Coeficiente b

Coeficient b

R2

Coração

Heart

-4,27411 1,71806** 0,4699

Fígado

Liver

-1,15410 0,71586** 0,4593

Baço

Spleen

-2,82535 1,08204** 0,4072

Pulmão

Lungs

-4,10096 1,77667** 0,4828

Rins

Kidney

(34)

Na figura 1 compara os coeficientes alométricos dos órgãos rins, fígado, baço, 1

pulmões e coração, tendo como referência o número 1, que caracteriza um crescimento 2

isogônico. 3

4 5

6

7

8

9

10

11

Figura 1: Coeficientes alométricos de rins, baço, fígado, pulmão e coração. 12

Neste gráfico, os órgãos internos pulmões e coração mostram-nos uma velocidade 13

mais lenta para crescimento relativo quando comparados ao rins, fígado e ao 14

todo(PCVZ), pois apresentam coeficiente maior que 1, diferente do coeficiente dos 15

outros órgãos, que mostraram valores menores que 1 e, portanto tem uma velocidade de 16

crescimento maior. 17

18 19 20 21

22

23

BAÇO

CORAÇÃO FÍGADO

PULMÕES RINS

(35)

1

2

3

4

5

6

7

Figura 2: Coeficientes alométricos do pulmão, baço, fígado e coração obtidos de 8

Vieira(2004) e Pinheiro(2007) 9

Os resultados deste trabalho, para os órgãos pulmões, coração e fígado diferiram 10

de Vieira (2004), que para as variáveis estudadas mostraram para o crescimento desses 11

órgãos, o valor do coeficiente de alometria apresentou-se negativo (b < 1) indicando que 12

esses órgãos tiveram teve um desenvolvimento precoce em relação ao PCVZ. Porém, o 13

coeficienteobtido para o baço, que teve crescimento isogônico, concorda com 14

Vieira(2004). 15

Huidobro & Villapardierna (1992) em estudo sobre o crescimento e o 16

desenvolvimento de órgãos em cordeiros, obteveram crescimento tardio para o coração, 17

justificando que alguns órgãos perderam a importância dentro do conjunto como a 18

cabeça, patas, coração, baço, rins e timo, sendo que essas variações não foram lineares, 19

ou seja, alguns órgãos aumentaram primeiro para logo diminuir (estômago, intestino 20

delgado e intestino grosso). 21

Rosa (2000) encontrou para o coração e pulmão+traquéia crescimento 22

heterogônico negativo (b<1), caracterizando desenvolvimento precoce em relação ao 23

peso corporal vazio. Roque (1998), citado por Rosa (2001), verificou que coração e 24

CORAÇÃO BAÇO

PULMÃO

FÍGADO

0 0,5 1 1,5 2

VIEIRA(2004)

(36)

pulmão são órgãos de crescimento precoce, diminuindo suas proporções com a elevação 1

do peso animal. 2

Para rúmen – retículo (RURET), omaso e abomaso, intestino delgado e intestino 3

grosso, assim como para intestinos e estômagos o coeficiente de alometria foi negativo 4

(b<1), ou seja, apresentou crescimento precoce em relação ao todo, como pode ser 5

observado na Tabela 3. 6

Tabela 3. Parâmetros das equações de regressão do logarítmo do peso de rúmen - 7

retículo, omaso e abomaso, intestino delgado (INTDEL), intestino grosso (INTGR), 8

estômago (kg) e intestino (INT) em função do logarítmo do peso corporal vazio 9

(PCVZA), para bubalinos Mediterrâneo 10

11

Table 3. Parametric of regression equation of weight logarithmical of rumen-reticulum,

12

omasum and abomasum in relation to weight logarithmical of empty body weight in

13

buffaloes Mediterranean

14

Parâmetros das equações de regressão Componentes

Intercepto b R2

RURET 1(log) -0,98263 0,75761** 0,39

OMASO (log)

Omasum -0,07803 0,21349** 0,0071

ABOMASO (log)

Abomasum -1,68217 0,99055** 0,31

INTDEL2 (log)

Small Intestin -0,26475 0,35721** 0,06

INTGR3 (log)

Large Intestin -0,44750 0,40879** 0,03

EST4(log) -0,70279 0,77606** 0,37

INT5(log) -0,16196 0,42511** 0,09

Continua 15

(37)

Continuação da Tabela 3 1

Parâmetros das equações de regressão Componentes

Intercepto b R2

TGI6(log)

Gastrintestinal Tract

-0,29774 0,67979** 0,38

GORD.VISC. (log)

Visceral Fat

-3,89926 1,78498** 0,45

1RURET= rúmen + retículo

2

2 INTDEL= intestino delgado

3

3 INTGR= intestino grosso

4

4 EST= estômagos= rúmen + retículo + omaso + abomaso

5

5 INT = intestinos 6

6 TGI = intestinos + estômagos

7

** Significativo (P< 0,01) 8

Esses dados corroboram com os dados obtidos de Vieira (2004) e Jorge et al. 9

2001, que também encontraram para o intestino delgado, o intestino grosso, e também 10

para o rúmen-retículo, omaso e abomaso, estômagos e trato gastrintestinal coeficiente 11

de alometria negativo, não obtendo diferenças entre as raças de bovinos Gir, Guzerá, 12

Nelore mocho, Tabapuã e Nelore, concluindo que estes componentes tiveram um menor 13

ímpeto de crescimento em relação ao peso corporal vazio. Apresentando portando maior 14

precocidade em relação ao desenvolvimento do tecido muscular. Yáñez (2002) 15

encontrou crescimento precoce para o trato gastrintestinal em cabritos. 16

17

18

19

(38)

Na figura 3, visualiza-se a alometria dos órgãos internos analisados neste trabalho. 1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

RURET = rúmen + retículo 11

INTDEL = intestino delgado 12

INTGR = intestino grosso 13

TGI = intestinos + estômagos 14

G. Visc.= gordura visceral 15

16

Figura 3: Coeficientes alométricos dos órgãos e vísceras em função do PCVZ 17

A alometria nesta figura mostra que o fígado, os rins, o intestino delgado, o 18

intestino grosso, o rúmen + retículo, o omaso e o TGI na idade em que os animais foram 19

avaliados(14 meses), apresentaram crescimento e desenvolvimento superior em relação 20

ao PCVZ e aos outros órgãos internos. 21

Conclusões 22

O crescimento relativo de órgãos e vísceras de bubalinos Mediterrâneo 23

apresentou-se precoce em relação ao todo para o fígado, os rins, o rúmen-retículo, o 24

omaso, o abomaso, estômagos, intestinos delgado e grosso e trato gastrintestinal vazio. 25

26

27

28

G.Visc.

TGI

Abomaso

Omaso

Ru.Ret.

INTGR

INTDEL

Rins

Pulmões

Baço

Fígado

Coração

(39)

O crescimento foi tardio em relação aos outros órgãos, para o coração, o pulmão e 1

o baço, que apresentaram valores do coeficiente de alometria próximos de 1. A 2

alometria isogônica desses órgãos foi resultante da idade dos animais e da relação 3

volumoso:concentrado da dieta. 4

Referências Bibliográficas 5

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en corderos de raza Manchega, Madrid, 1992. 191p. (Tesis Doctoral) - Facultad 13

de Veterinaria, Unversidade Complutense, 1992. 14

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6.ed. Washington D.C.: Academic Press, 1996. 158p. 25

ROSA, G.T. Proporções e crescimento de osso, músculo, gordura e componentes 26

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(Tese Mestrado em Zootecnia) Universidade Federal de Santa Maria, 84p.,2000. 29

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1980. 337p. Tese (Doutorado em Zootecnia) Universidade de Zaragoza. 31

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Abstr., 36:167-181. Rev. bras. zootec., 29(4):1174-1182, 2000.

33

(40)

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Mediterrêneo terminados em confinamento. Botucatu, SP. 2004. Dissertação 2

(Mestre em Zootecnia) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, 3

Universidade Estadual Paulista. 4

YÁÑEZ, E.A. Desenvolvimento relativo dos tecidos e características da carcaça de 5

cabritos Saanen, com diferentes pesos e níveis nutricionais. Jaboticabal. Tese de 6

Doutorado, Jaboticabal, 99p. 2002. 7

8

9

(41)

CAPÍTULO 3 1

Implicações 2

O crescimento e o desenvolvimento dos animais é influenciado fortemente pela 3

qualidade e pela quantidade de alimento fornecido, tendo efeito sobre a taxa de 4

crescimento e sobre a quantidade de tecidos depositados. Todavia deve-se destacar que 5

a seqüência com que os diferentes tecidos e órgãos são desenvolvidos não será alterada 6

de maneira decisiva pela nutrição, mas pode ser alterada sua proporção. O sexo e o 7

estado fisiológico (machos castrados ou não castrados) são fatores que influenciaram 8

decisivamente na proporção e nos locais de distribuição dos tecidos, afetando o 9

desenvolvimento de algumas regiões anatômicas e refletindo na proporção de cortes 10

comerciais e, principalmente, na deposição de tecido adiposo e em algumas 11

características da carcaça. O conhecimento prévio da qualidade da carcaça, 12

principalmente quanto ao desenvolvimento muscular e a proporção de gordura 13

proporcionará aos produtores melhor conhecimento do rebanho associado aos conceitos 14

de nutrição e fisiologia compensando as melhores condições de criação e manejo. 15

A fase inicial de crescimento é a etapa mais eficiente para a produção de carne, 16

ocorrendo melhor aproveitamento dos nutrientes e, portanto melhor eficiência 17

produtiva, sendo que essa fase deve ser explorada ao máximo para uma melhor 18

rentabilidade do sistema. O abate de animais em um estágio de desenvolvimento 19

fisiológico específico, utilizando como critério de peso adulto fixo, reduz as variações 20

na composição da carcaça e na velocidade de ganho dos animais de raças diferentes, 21

pois a categoria de abate (peso de abate) desse estudo influenciou o peso corporal vazio 22

final. 23

Ao derivar as equações de regressão do logaritmo do peso de órgãos e vísceras em 24

(42)

estimar o aumento de peso de cada parte por unidade de aumento de peso do corpo 1

vazio, levando ao abate a maturidade fisiológica ideal assim como o estudo os 2

requerimentos nutricionais em cada fase do animal, uma vez que pesquisas como estas 3

em bubalinocultura são escassas. 4

O presente estudo pode ser indicador para estudos comparativos do crescimento 5

relativo corporal em bubalinos. 6

7

Referências

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