• Nenhum resultado encontrado

Aspectos psicológicos da síndrome da fibromialgia juvenil: revisão de literatura.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Aspectos psicológicos da síndrome da fibromialgia juvenil: revisão de literatura."

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

w w w . r e u m a t o l o g i a . c o m . b r

REVISTA

BRASILEIRA

DE

REUMATOLOGIA

Artigo

de

revisão

Aspectos

psicológicos

da

síndrome

da

fibromialgia

juvenil:

revisão

de

literatura

Rubens

Goulart

a,∗

,

Cinthia

Pessoa

b

e

Império

Lombardi

Junior

c

aProgramadePós-Graduac¸ãoInterdisciplinaremCiênciasdaSaúde,UniversidadeFederaldeSãoPaulo,Santos,SP,Brasil

bServic¸odeReabilitac¸ãoeFisioterapia,PrefeituraMunicipaldeSantos,Santos,SP,Brasil

cDepartamentodeCiênciasdoMovimentoHumano,UniversidadeFederaldeSãoPaulo,Santos,SP,Brasil

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo:

Recebidoem23deoutubrode2014 Aceitoem17dejulhode2015 On-lineem14desetembrode2015

Palavras-chave: Fibromialgia Adolescentes Crianc¸as Psicologia Revisão

r

e

s

u

m

o

Asíndromedafibromialgiajuvenil(SFJ)éumacondic¸ãodolorosanãoinflamatóriacrônica queocorreprincipalmenteemmeninasentrenovee15anos.Podesercaracterizadapor doresgeneralizadaseconstantesem váriasregiõesdocorpo,distúrbiosdosono,fadiga diurnaeestadodehumoralterado.Fatorespsicológicosebiológicosconcomitantes resul-taramnadiminuic¸ãodacapacidadedelidarcomador.Aqualidadedevidadascrianc¸as quesofremdedorescrônicas,eadeseuscuidadores,éseveramenteprejudicadaea ocor-rênciadesintomasdeansiedadeedepressãoémaiscomumnessapopulac¸ão.Esteestudo objetivoufazerumarevisãosistemáticadaliteraturadosfatorespsicossociaisrelacionados comaSFJ.Osachadosrevelamumapercepc¸ãodivergenteentrepacienteseparentesem relac¸ãoaosefeitosdacondic¸ão.Asmãesdospacientestendemaclassificaradoenc¸acom umagravidademaiordoqueosprópriospacientes.Ospacientescomfibromialgia pare-cemcompartilharosmesmostrac¸osdepersonalidadeepareceexistirumtipodeambiente familiarfavorávelàocorrênciadadoenc¸a.Asimplicac¸õespsicológicasefuncionaisdevem sertratadascommétodosqueajudempacienteseparentesamodificarsuasestratégiasde enfrentamentodosproblemascotidianos,aaliviarasconsequênciasdisfuncionaisdadore dafadigaeadiminuiroriscodecatastrofizac¸ão.

©2015ElsevierEditoraLtda.Todososdireitosreservados.

EstudofeitonoProgramadePós-Graduac¸ãoInterdisciplinaremCiênciasdaSaúde,UniversidadeFederaldeSãoPaulo,Santos,SP, Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:rubensgoulart@yahoo.com(R.Goulart). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2015.07.008

(2)

Psychological

aspects

of

juvenile

fibromyalgia

syndrome:

a

literature

review

Keywords: Fibromyalgia Adolescent Child Psychology Review

a

b

s

t

r

a

c

t

Juvenilefibromyalgiasyndrome(JFMS)isanon-inflammatorychronicpainconditionthat occursmainlyingirlsagednineto15years.JFMSischaracterizedbyconstantwidespread painindifferentpartsofthebody,poorsleepquality,daytimesleepinessandanaltered mood.Concomitantpsychologicalandorganicfactorsresultinadiminishedcapacityto copewithpain.Thequalityoflifeofindividualswithchronicpainandtheircaregiversis severelyrestrictedandtheoccurrenceofsymptomsofanxietyanddepressioniscommon inthispopulation.Theaimofthepresentstudywastoperformasystematicreviewofthe literatureonpsychosocialfactorsrelatedtoJFMS.Thefindingsrevealdifferencesinopinion betweenpatientsandfamilymembersregardingtheeffectofthecondition,asmotherstend toclassifyJFMSasmoreseverethanthepatientsthemselves.IndividualswithJFMSseem tosharethesamepersonalitytraitsandthereseemstobeatypeoffamilyenvironment thatisfavorabletotheoccurrenceofthiscondition.Psychologicalandfunctionalaspects shouldbetreatedwithmethodsthatcanhelppatientsandfamilymembersaltertheir copingstrategiesregardingday-to-dayproblems,attenuatethedysfunctionalconsequences ofpainandfatigueanddiminishtheriskofcatastrophizingthatindividualssubmittedto constantpaindevelopinrelationtotheirsurroundingenvironment.

©2015ElsevierEditoraLtda.Allrightsreserved.

Introduc¸ão

A síndrome da fibromialgia em crianc¸as e adolescentes é umacondic¸ãodolorosanãoinflamatóriacrônicaqueocorre principalmenteemmeninasentrenovee15anos;1assim,a condic¸ãorecebeo nomedesíndromeda fibromialgia juve-nil (SFJ). Trata-se de uma síndrome relativamente pouco estudada,mas quepodesercaracterizada, principalmente, pordores generalizadase constantesem várias regiõesdo corpo, distúrbiosdo sono, fadiga diurna, estado de humor alteradoecondic¸ãopsicológicaafetada.Apesardasgrandes semelhanc¸asentreaSFJeasíndromecorrelatanavidaadulta, a reduc¸ão na atividade física, o absenteísmo escolar e os recursosdeenfrentamentoreduzidosnosjovensjustificama análisediferenciadadafibromialgiaemjovens.2-5Aqualidade devidadascrianc¸ascomdorescrônicaseadeseus cuidado-reséseveramenterestringidaeaocorrênciadesintomasde ansiedadeedepressãoémaiscomum6nessapopulac¸ão.

O objetivodeste estudofoi fazer um levantamento das informac¸õesdisponíveisnaliteraturasobreosfatores psicos-sociaisrelacionadoscom a SFJ. Primeiramente,fez-se uma buscasistemática nas basesde dados eletrônicasPubMed, Scielo,LilacseMedlinecomaspalavras-chave“fibromialgia”, “crianc¸a”,“juvenil”,“fibromialgiaprimária”e“síndrome”eos operadoresbooleanos.Foramselecionadosartigoseminglês, portuguêseespanholcujametodologiaestudasseas caracte-rísticasdescritivasouosfatoresassociadosàocorrênciada SJF,entre1985e2014.Abuscaresultouem108estudos.Foram excluídoseditoriais,cartasaoeditor, resumosde conferên-cias,artigosderevisãosobreoutrostemaseartigoscujofoco eraafibromialgiaemadultosoucujoassuntoprincipaleram instrumentosdiagnósticos,enãoospacientes.Nofimdo pro-cedimento,foramselecionados54artigos.Emseguida,foram excluídos12artigoscujofocoeraotratamento,masquenão

levavamemcontaascaracterísticaspsicossociaisdos indiví-duos.Nofim,foram analisadas42referências pediátricase setetextoscomplementares.

Prevalência

e

etiologia

OdiagnósticodaSFJaindaéobjetodedebatesnaliteratura emrelac¸ãoaqualcritériousar1,6,7(maisespecificamenteos doColégioAmericanodeReumatologia8[ACR]ouosdeYunus eMais9),aaferic¸ãodaforc¸aaseraplicadanaavaliac¸ãodos tender points,6,7,9-11 a definic¸ão de cefaleia7 e quais seriam os instrumentos maisadequados para avaliara ansiedade eadepressão. Umarevisãosistemática alemã7 propôsque o próprio termo “síndromeda fibromialgia juvenil”deveria ser descartado, emrazãoda faltade consistência diagnós-tica.Emparteporcontadessasdificuldadesmetodológicas, a prevalênciadeSFJvaria de 1%8 a6%entreos diferentes estudos.4

(3)

queaSFJocorreagregadaacondic¸õesfamiliaresaindanão geneticamentecomprovadas.OsparentesdejovenscomSFJ relatammaioresníveisdefadiga18etêmdistúrbiosdosono. Alémdisso,Roizenblattetal.19encontraram71%demãescom fibromialgiaemumgrupode35crianc¸ascomSFJ.

Características

ExisteumadiscussãonaliteraturasobreaSFJseruma enti-dadenosológicaindependenteouapenasaversãojuvenilda síndromedafibromialgia emadultos2,6,7,20-22 Buslikaet al.4 encontraramumaremissãoespontâneadossintomasem73% dospacientesavaliados apósumseguimento de30 meses. Emoutroseguimentodeumano, Mikkellson3 relatouuma persistênciadadoenc¸aemapenas26%dapopulac¸ão avali-ada.Ambos osestudosdão oindicativo doque seria uma manifestac¸ãodadoenc¸adiferentedaversãoadulta,queem geralnãoapresentaremissão,23aindaqueospacientes tra-tadosmuitas vezes apresentemmelhorias significativasna funcionalidade.Umasériede casos24 apontouqueos paci-entescomSFJquedesistiramdotratamento,alémdeseros demaisidadedaamostra,tinhamcaracterísticasmais pró-ximas da manifestac¸ão adulta da fibromialgia e, portanto, sediferenciavam doscasos quederam seguimentoao tra-tamento.Poroutrolado,háautoresqueveemasdiferenc¸as entre adultos e jovens como uma gradac¸ão dos sintomas oucomoresultado delongosperíodossemtratamento por partedosadultosquejásofriamdedoresgeneralizadasna infância.5,6,25,26Portanto,adetecc¸ãoprecocedaSFJseriaum indicativodemelhorprognóstico,2comganhossignificativos na qualidade de vida20 efuncionalidade para aqueles que recebemtratamentoadequado.Poroutrolado,aquelescom doresgeneralizadasnãoadequadamentetratadasteriamuma maiorchancededesenvolverfibromialgia.21

Asalterac¸ões nopadrão de sono parecemser umfator comumaospacientescomSFJ.Mikkelsoon3relatouque,em umestudocomseguimentodeumano,todasascrianc¸as ava-liadastinhamdistúrbiosdosono.UmestudofeitonoBrasil27 identificouque43%daamostratinhamsononãorestaurador. Outroestudo28encontrouumagrandesemelhanc¸aentreos padrõesdesono dascrianc¸ascomfibromialgiaeseuspais. Geralmente,paisefilhosnãoapresentavamumaboa quali-dadedosono.Outroestudo,29queusouapolissonografiapara avaliaraqualidadedosonodepacientescomSFJ,identificou queosindivíduosapresentavamdemoraacomec¸aradormir, reduc¸ãonotempototaldesono,sononãorestauradore mai-oresperíodosdevigíliaduranteanoite;alémdisso,42%da populac¸ãoavaliadaapresentavammovimentoexcessivodos membrosduranteosono.

Kashikar-Zucketal.1propuseramummodeloconceitual para a compreensão da SFJ que tem como fator central a percepc¸ão alterada da dor e que considera a fibromial-giacomoaconcorrênciadefatorespsicológicoseorgânicos que resultam em diminuic¸ão na capacidade de lidar com a dor. Isso diferencia a síndrome de outras doenc¸as psi-cossomáticas, umavez que o padrão de expressãoda dor na fibromialgia é relativamente constante e persistente, enquantoasdorespsicossomáticastendemasermuitomais inconstantes.

Aspectos

psicológicos

da

síndrome

da

fibromialgia

juvenil

OspacientescomSFJtêmumapiorqualidadedevida,30 apre-sentammaissintomasdedepressão5,24,25,31eansiedade24,25,32 doquejovenscomoutrostiposdedorcrônica33econtroles. Issoresultaemumamaiorquantidadedecomportamentos disfuncionais eincapacidade34 relacionadascom adoenc¸a, como maiores níveisde absenteísmo escolareconsultas a servic¸osdesaúde.27 Naverdade,umestudosobreotema35 encontrouque12%dospaisoptarampelaeducac¸ão domici-liaremrazãodasdoresfrequentesenfrentadasporseusfilhos, contra2%dapopulac¸ãogeralnosEstadosUnidos.Alémdisso, aquantidadedefaltasnaescoladascrianc¸ascomSFJchegaa 41diasporano,contranovediasporanodapopulac¸ãogeral. OdebateemtornodasorigensdaSFJaindaprecisaelucidar melhorasrelac¸õesentreosaspectosfisiológicosepsicológicos dadoenc¸a.Váriosautorestêmbuscadocaracterizaradoenc¸a com relac¸ãoaessesaspectos,masexistempoucosestudos quetrazemimpactosobreacompreensãodarelac¸ãodecausa ouconsequênciadasváriascomorbidadeseagravantes psico-lógicosencontradosnosjovensquesofremdedores generali-zadas.Acomec¸arpelainfluênciafamiliarnodesenvolvimento dadoenc¸a,váriosestudos19,22,36,37relatamuma concomitân-ciadossintomasentrepaisefilhoscomfibromialgia. Recen-temente, um estudosobre a dorgeneralizada emjovens26 encontrouumaquantidademaiordepaiscomdor, fibromial-giaeproblemasmentais.Contudo,aindanãoháestudosque tenhamsidocapazesdeestabelecerrelac¸õesdecausalidade.

Emrelac¸ãoàsevidênciasdeenvolvimentodefatores gené-ticos,ainfluênciadospaisnocomportamentoaprendidodas crianc¸aséamplamenteconhecidaepodeestarassociadaao acréscimodereac¸õespoucofuncionaisàdore,portanto, con-tribuir para o desenvolvimento dos fatoresque colaboram paraodiagnóstico deSFJ,comoaansiedadeeadepressão. Porexemplo,opadrãodesonosemelhante19,27 dos pacien-teseparentespodeserinfluenciadoporfatoressociaisoude moradiaquenãoforamavaliadosnosestudosqueusarama polissonografiadisponíveisnaliteratura.27,28

(4)

coerente,umavez queambientescontrolados possibilitam menosreac¸õesdefugaeevitac¸ãoelevamaummaiornívelde desamparoe,consequentemente,àdepressão.

Umfator interessantequeaparecenaliteraturasobre a psicologiadaSFJéapercepc¸ãodivergenteentrepacientese parentessobreascondic¸ões devidadosjovens.22 Asmães dospacientestendemaclassificaradoenc¸acommais gravi-dadedoqueosprópriospacientes,37 aindaqueascrianc¸as atuemmaiseficazmentedoqueosadultosparaadiminuic¸ão da dor.34 Libby eGlenwick40 demonstraram que os jovens avaliados sofrem maisem consequênciados aborrecimen-toscotidianosdoqueemfunc¸ãodossintomascardinaisda doenc¸a ou grandes eventos estressantes. O apoio familiar pareceserumgrandefatorprotetordeagravos.Domesmo modo,nodia adia, o temperamentodesses jovensresulta emmaisproblemascomportamentais doqueemcontroles saudáveis.36Portanto,parecequeospacientescomSFJ gas-tammuitaenergianalidacomossintomasdadoenc¸aeestão emdesvantagemsocialfrenteàsoutraspessoas.

Osadultos41ejovens34,42comfibromialgiaparecem com-partilharos mesmos trac¸osde personalidade e estratégias disfuncionaisde enfrentamento de problemas.Além disso, pareceexistirumtipodeambientefamiliarfavorávelà ocor-rênciadadoenc¸a.Portanto,pode-seespecularqueaindaquea doenc¸anãosejadeorigempsicológica,elaproduzumaqueda naqualidadedavidafuncional18dospacientes,oquepode serumfatorcomumparaodesenvolvimentoouagravamento dasíndrome.

Tratamento

Háamploconsensonaliteraturadequeotratamentopara a fibromialgia deve ser multiprofissional1,2,6 e focado em intervenc¸õesnãofarmacológicas,comousode medicamen-tosapenasparaocontroledossintomasedascomorbidades.7 O tratamento deve envolver fisioterapia,32 exercícios43 e psicoterapia.44,45 Intervenc¸ões comportamentais33 também sãoeficazes einstruir ospais emrelac¸ão aossintomas da doenc¸afavoreceodiagnósticoprecoce.46

Ainda que não seja possível determinar quais abor-dagens psicológicas são as mais eficazes, Kashikar-Zuck et al. têm usado a terapia cognitivo-comportamental com sucessonotratamentodessespacientes.46atéumestudo randomizado47,48 domesmogrupoquedemonstrou melho-ria funcional nesses pacientes, mas sem um seguimento para comprovar os efeitos do tratamento em longo prazo. O mesmo autor descreve que sua prática clínica em psi-coterapia cognitivo-comportamental consiste em submeter o paciente a treino de relaxamento muscular e técnicas dedistrac¸ão,estimulac¸ãoativaeestratégiascognitivaspara reduziraangústia efortalecer oenfrentamento ativo,uma abordagemquelevaàreduc¸ãodaangústiaedaincapacidade. Contudo, quando o objetivo da terapia cognitivo--comportamental era aumentar os níveis de atividade físicadosjovenscomfibromialgia,49aabordagemfoimenos eficazdoqueintervenc¸õeseducativas.Ambasnãomelhoram a adesão a tais atividades. Outro estudo usou a terapia cognitivo-comportamentalparaotratamentodadoreobteve resultadosmoderadosnopós-intervenc¸ãoenoseguimento.24

Porém, esse estudotem problemasmetodológicos, como a heterogeneidade na idade da amostra usada, que variava entre oito e 18 anos. Os pacientes de mais idade foram justamenteosquedesistiramdotratamento.

Conclusões

Apósestarevisãodeliteratura,otópicosobreadefinic¸ãode aSFJserumadoenc¸adiferenciadadesuacorrelatanavida adultaaindapermaneceindefinido,umavezqueos pesqui-sadoresdaárea levantamevidênciasfavoráveisaambasas posic¸ões.Sobopontodevistadascaracterísticasde persona-lidade,hásemelhanc¸asnomododisfuncionalcomoosadultos ejovenscomfibromialgiaenfrentamseusproblemasdiários enapercepc¸ãoalteradadador.Contudo,apercepc¸ãoda gra-vidadedadoenc¸aindicaumadiferenc¸aimportante,umavez queosjovenstendemacaracterizaradoenc¸acomomenos graveeenfrentammelhorseussintomas.

Ummododeajudarademonstrarumapossívelgradac¸ão da doenc¸acompatívelcomaidadeseria afeituradenovos estudosquediferenciassemcrianc¸asdeadolescentescomSFJ. Amesmalógicaseaplicaàsmodalidadesdetratamento,uma vezqueamaiorpartedosartigosqueabordaotratamentoda doenc¸aofazdemodolimitado,nãochegaaresultados con-clusivos.Ostrabalhosfuturosdeverãosebasearemestudos decoorteeensaiosclínicossobreaSFJ.

Aindaqueafibromialgianãosejaclassificadacomouma doenc¸a psiquiátrica, suasimplicac¸ões psicológicas e funci-onais devem ser tratadas com seriedade e com o uso de métodos próprios da psicologia que ajudem pacientes e parentesamodificarsuasestratégiasdeenfrentamentodos problemascotidianos,aaliviarasconsequências disfuncio-naisdadoredafadigaeadiminuiroriscodecatastrofizac¸ão queaspessoassubmetidasadoresconstantesdesenvolvem emrelac¸ão aoambienteque ascerca.Portanto,nosparece que aavaliac¸ãopsicológica casoacaso dospacientes com SFJsejaessencialparaadefinic¸ãodaestratégiaterapêuticaa serusada,umavezquehápoucasevidênciassobreamelhor abordagem psicológicapara essescasos eapenasaterapia cognitivo-comportamentalécitadanaliteratura.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

r

e

f

e

r

ê

n

c

i

a

s

1.Kashikar-ZuckS,GrahamTB,HuenefeldMD,PowerSW. Juvenileprimaryfibromyalgiasyndrome.ArthritisCareRes. 2000;13(6):388–97.

2.GedaliaA,GarcíaCO,MolinaJF,BradfordNJ,EspinozaLR. Fibromyalgiasyndromeinpediatricpatients.ClinExp Rheumatol.2000;18:415–9.

3.MikkelssonM.Oneyearoutcomeofpreadolescentswith fibromyalgia.JRheumatol.1999;26(3):674–82.

(5)

5. CalabroJJ.Fibromyalgia(fibrositis)inchildren.AmJMed. 1986;81(3A):57–9.

6. SeigelDM,JanewayD,BaumJ.Fibromyalgiasyndromein childrenandadolescents:clinicalfeaturesatpresentation andstatusatfollow-up.Pedriatrics.1998;101(3pt1):377–82. 7. ZernikowB,GerholdK,BürkG,HäuserW,HinzeCH,Hospach

T,etal.Definition,diagnosis,andtherapyofchronic widespreadpainandso-calledfibromyalgiasyndrome inchildrenandadolescents.DerSchmerz.2012;3:1–10. 8. YunusMB,MaisAT.Juvenileprimaryfibromyalgiasyndrome–

Aclinicalstudyofthirty-threepatientsandmatchednormal controls.ArthritisRheum.1985;28(2):138–45.

9. BuskilaD,AblinJ.Pediatricfibromyalgia.Reumatismo. 2012;64(4):230–7.

10.NeumannL,SmytheHA,BuskilaD.Performanceofpoint countanddolorimetryinassessingnon-articulartenderness inchildren.JMusculoskeletalPain.1996;4:29–35.

11.WolfeF,SmytheHA,YunusMB,BennettRM,BombardierC, GoldenbergDL,etal.TheAmericanCollegeofRheumatology 1990CriteriafortheClassificationofFibromyalgia.Report oftheMulticenterCriteriaCommittee.ArthritisRheum. 1990;33(2):160–72.

12.Leal-CerroA,PovedanoJ,AstorgaR,GonzalezM,SilvaH, Garcia-PesqueraF.Thegrowthhormone(GH)-releasing hormone–GHinsulin-likegrowthfactor–1axisinpatients withfibromyalgiasyndrome.JClinEndocrinolMetab. 1999;84:3378–81.

13.RussellIJ,VaeroyH,JavorsM,NybergF.Cerebrospinalfluid biogenicaminemetabolitesinfibromyalgia/fibrositis syndromeandrheumatoidarthritis.ArthritisRheum. 1992;35:550–6.

14.BuskilaD,NeumannL.Geneticsoffibromyalgia.CurrPain HeadacheRep.2005;9(3):313–5.

15.JinongFeng,ZhifangZhang,XiweiWu,AllenMao.Frances changdiscoveryofpotentialnewgenevariantsand inflammatorycytokineassociationswithfibromyalgia syndromebywholeexomesequencing.PLoSOne. 2013;8(6):10.

16.VgontzasAN,MastorakosG,BixlerEO,KalesA,GoldPW, ChrousosGP.Sleepdeprivationeffectsontheactivityofthe hypothalamic-pituitary-adrenalandgrowthaxes:potential clinicalimplications.ClinEndocrinol.1999;51:205–15. 17.SendurOF,GurerG,BozbasGT.Thefrequencyof

hypermobilityanditsrelationshipwithclinicalfindings offibromyalgiapatients.ClinRheumatol.2007;26:485–7. 18.ReidGJ,LangBA,McgrathPJ.Primaryjuvenilefibromyalgia–

Psychologicaladjustment,familyfunctioning,coping,and functionaldisability.ArthritisRheum.1997;41(4):752–60. 19.RoizenblattS,TufikS,GoldnbergJ,PintoLR,HilarioMO.

FeldmanD.juvenilefibromyalgia:clinicaland polysomnographicaspects.JRheumatol.1997;24(3): 579–85.

20.Kashikar-ZuckS,VaughtMH,GoldschneiderKR,GrahamTB, MillerJC.Depression,coping,andfunctionaldisability injuvenileprimaryfibromyalgiasyndrome.JPain. 2002;3(5):412–9.

21.AlfvénG.Recurrentpain,stress,tenderpointsand

fibromyalgiainchildhood:anexploratorydescriptiveclinical study.ActaPædiatrica.2012;101:283–91.

22.SchanbergLE,KeefeFjLefebvreJC,KredichDW,GilKM.Social contextofpaininchildrenwithjuvenileprimaryfibromyalgia syndrome:parentalpainhistoryandfamilyenvironment. ClinJPain.1998;14(2):107–15.

23.CymetTC.Apracticalapproachtofibromyalgia.JNatlMed Assoc.2003;95(4):278–85.

24.WalcoGA,IlowiteNT.Cognitive-behavioralintervention forjuvenileprimaryfibromyalgiasyndrome.JRheumatol. 1992;19(10):1617–9.

25.Kashikar-ZuckS,CunninghamN,SilS,BrombergMH, Lynch-JordanAM,StrotmanD,etal.Long-termoutcomes ofadolescentswithjuvenile-onsetfibromyalgiainearly adulthood.Pediatrics.2014;133(3):e592–600.

26.HassettAL,HilliardPE,GoeslingJ,ClauwDJ,HarteSE, BrummettCM.Reportsofchronicpaininchildhoodand adolescenceamongpatientsatatertiarycarepainclinic. JPain.2013;14(11):1390–7.

27.LiphausBL,LuciaMMA.Sindromedafibromialgiaem crianc¸aseadolescentes.RevBrasReumatol.2001;41(2): 71–4.

28.Tayag-KierCE,KeenanGF,ScalziLV,SchultzB,ElliottJ,Zhao H,etal.SleepandPeriodicLimbMovementinSleepin JuvenileFibromyalgia.Pediatrics.2000;106.Disponívelem: http://pediatrics.aappublications.org/content/106/5/ e70.full.html.

29.AlayliG,DurmusD,AzkayaO,SemHE,GencG,KuruO. Frequencyofjuvenilefibromyalgiasyndromeinchildren withfamilialMediterraneanfever:effectsondepressionand qualityoflife.PaediatricRheumatology.ClinExpRheumatol. 2011;29(69):127–32.

30.MikkelssonM,SouranderA,PihaJ,SalminenJJ.Psychiatric symptomsinpreadolescentswithmusculoskeletalpain andfibromyalgia.Pediatrics.1997;100(2):220–7.

31.Kashikar-ZuckS,FlowersSR,VerkampE,TingVT, Lynch-JordanAM,GrahamTB,etal.Actigraphy-based physicalactivitymonitoringinadolescentswithjuvenile primaryfibromyalgiasyndrome.JPain.2010;11(9):885–93. 32.SchanbergLE,KeefeFjLefebvreJC,KredichDW,GilKM.Pain

copingstrategiesinchildrenwithjuvenileprimary fibromyalgiasyndrome:correlationwithpain,physical function,andpsychologicaldistress.ArthritsCareRes. 1996;9(2):89–96.

33.Kashikar-ZuckS,ZafarM,BarnettKA,AylwardBS,Strotman D,SlaterSK,etal.Qualityoflifeandemotionalfunctioningin youthwithchronicmigraineandjuvenilefibromyalgia.ClinJ Pain.2013;29(12):1066–72.

34.Kashikar-ZuckS,JohnstonM,TingTV,GrahamBT, Lynch-JordanAM,VerkampE,etal.Relationshipbetween schoolabsenteeismanddepressivesymptomsamong adolescentswithjuvenilefibromyalgia.JPediatrPsychol. 2010;35(9):996–1004.

35.ContePM,WalcoGA,KimuraY.Temperamentandstress responseinchildrenwithjuvenileprimaryfibromyalgia syndrome.ArthritisRheum.2003;48(10):2923–30.

36.Kashikar-ZuckS,LynchAM,SlaterS,GrahamTB,SwainNF, NollRB.Familyfactors,emotionalfunctioning,andfunctional impairmentinjuvenilefibromyalgiasyndrome.Arthritis Rheum.2008;59(10):1392–8.

37.Kashikar-ZuckS,ParkinsIS,TingTV,VerkampE,

Lynch-JordanAM,PassoM,GrahamTB.Controlledfollow-up studyofphysicalandpsychosocialfunctioningofadolescents withjuvenileprimaryfibromyalgiasyndrome.Rheumatology. 2010;49:2204–9.

38.LibbyCJ,GlenwickDS.Protectiveandexacerbatingfactorsin childrenandadolescentswithfibromyalgia.Rehabilitation Psychology.2010;55(2):151–8.

39.SilS,Lynch-JordanA,TingTV,PeughJ,NollJ,Kashikar-ZuckS. Influenceoffamilyenvironmentonlong-termpsychosocial functioningofadolescentswithjuvenilefibromyalgia. ArthritisCareRes(Hoboken).2013;65(6):903–9.

40.SantosDM,LageLV,JaburEK,KaziyamaHHS,LosifescuDV, LuciaMCS,etal.Theassociationofmajordepressiveepisode andpersonalitytraitsinpatientswithfibromyalgia.Clinics. 2011;66(6):973–8.

41.VandvikIH,ForsethKO.Abio-psychosocialevaluationoften adolescentswithfibromyalgia.ActaPaediatr.

(6)

42.StephensS,FeldmanBM,BradleyN,SchneidermanJ,Wright V,Singh-GrewalD,etal.Feasibilityandeffectivenessofan aerobicexerciseprograminchildrenwithfibromyalgia: resultsofarandomizedcontrolledpilottrial.ArthritisCare Res.2008;59:1399–416.

43.Kashikar-ZuckS,TingTV,ArnoldLM,BeanJ,PowersSW, GrahamTB,etal.Cognitivebehavioraltherapyforthe treatmentofjuvenilefibromyalgia:amultisite;single-blind; randomized;controlledclinicaltrial.ArthritisRheum. 2012;64(1):297–305.

44.Kashikar-ZuckS,GrahamTB,HuenefeldMD,PowersSW. Areviewofbiobehavioralresearchinjuvenileprimary fibromyalgiasyndrome.ArthritisCareRes.2000;13: 388–97.

45.YokotaS,KikuchiM,MiyamaeT.Juvenilefibromyalgia: guidanceformanagement.PediatrInt.2013;55(4):403–9.

46.McLeodJD.Juvenilefibromyalgiasyndromeandimproved recognitionbypediatricprimarycareproviders.JPediatr HealthCare.2014;28(2):e9–18.

47.Kashikar-ZuckS,SwainNF,JonesBA,GrahamTB.Efficacy ofcognitive-behavioralinterventionforjuvenileprimary fibromyalgiasyndrome.JRheumatol.2000;32:1594–602. 48.Kashikar-ZuckS,SilS,Lynch-JordanAM,TingTV,PeughJ,

SchiklerKN,etal.Changesinpaincoping,catastrophizing, andcopingefficacyaftercognitive-behavioraltherapyin childrenandadolescentswithjuvenilefibromyalgia.JPain. 2013;14(5):492–501.

Referências

Documentos relacionados

Quando mudei para o Brasil, uma das grandes diferenças que percebi é que a taxa equivalente ao overdraft, o cheque especial, era dez vezes mais no Brasil do que na

Em relação aos fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da política de capacitação dos TAEs da UFSC, destacaram-se: necessidade de um maior

2.1. Disposições em matéria de acompanhamento e prestação de informações Especificar a periodicidade e as condições. A presente decisão será aplicada pela Comissão e

Para analisar as Componentes de Gestão foram utilizadas questões referentes à forma como o visitante considera as condições da ilha no momento da realização do

Neste estudo foram estipulados os seguintes objec- tivos: (a) identifi car as dimensões do desenvolvimento vocacional (convicção vocacional, cooperação vocacio- nal,

ter se passado tão lentamente como muda uma montanha, aos nossos olhos eternamente parada e cujas mudanças só são percebidas pelos olhos de Deus” (DOURADO, 1999, p.

Method : Longitudinal study was performed with patients referred to drug allergy unit with egg anaphylaxis diagnosis documented by clinical history and skin prick test (SPT)

Dentre as principais conclusões tiradas deste trabalho, destacam-se: a seqüência de mobilidade obtida para os metais pesados estudados: Mn2+>Zn2+>Cd2+>Cu2+>Pb2+>Cr3+; apesar dos