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Estudo de 7 cultivares de gladíolos (Gladiolus grandiflorus L.) em duas profundidades de plantio.

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Academic year: 2017

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ESTUDO DE 7 CULTIVARES DE GLADÍOLOS (Gladiolus grandiflorus L.) EM DUAS PROFUNDIDADES DE P L A N T I O *

J.R. M A T T O S * *

R.L.C. BRAGA J R . * * * H. C A M P O S * * * *

RESUMO

Bulbos de 2º ciclo dos , c u l t i v a r e s : H a v a i i , S n o w p r i n c e s s , Han Van Mege¬ ren, Alfred N o b e l , A r i s t o c r a t , Happy end e Rosa de L i m a , foram cultivados a 5 e 1 5 cm de profundidade em latos¬ sol vermelho escuro de boa fértilida¬ de na ESALQ - P i r a c i c a b a , SP. Os re¬ sultados foram analisados para: quan¬ tidade e peso médio dos bulbos e cor¬ m i l h o s ; quantidade e qualidade das hastes e espigas florais. V e r i f i c o u ¬

* Entregue para publicação em 2 0 / 1 2 / 8 3 .

** Departamento de A g r i c u l t u r a e H o r t i c u l t u r a , E.S.A. "Luiz de Q u e i r o z " - USP.

*** Estagiário do Deptº de Matemática e Estatística da E.S.A. "Luiz de Q u e i r o z " - USP.

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-se q u e : a profundidade de 1 5 c m foi a m e l h o r ; a profundidade de 5 c m cau¬ sa excessivo tombamento; a p r e s e n t o u alguma vantagem somente na produção de c o r m i l h o s ; é significativa a dife¬

rença de performance entre o s c u l t i -vares .

INTRODUÇÃO

Das floríferas de c o r t e , s e m dúvida alguma são os gladíolos uma das mais importantes. 0 Estado de S ã o Pau-lo é o grande p r o d u t o r , consumidor e exportador brasilej_ ro. A Cooperativa A g r o - P e c u ã r i a " H o l a m b r a " , q u e é a maior importadora e exportadora d e b u l b o s , abastece o mercado nacional de f l o r e s , bulbos e c o r m i l h o s . Todos os anos novas variedades estrangeiras são colocadas no c o -m é r c i o , na grande -m a i o r i a de co-mporta-mento desconhecido

para as novas c o n d i ç õ e s . Como elas se destacam mais p e -la qualidade a a c e i t a ç ã o das flores, variando m u i t o a possibilidade de continuar a reprodução dos c u l t i v a r e s , procuramos neste trabalho, testar 7 variedades holande-sas d e grande a c e i t a ç ã o nesta região.

GARY ( I 9 8 I ) , comparando cultivares comerciais de

gladíolos para produção de flores, bulbos e cormilhos com preventivos tratamentos fitossanitãrios verificou que o cultivar 'Flórida Flame* tinha melhor performance comercial e de produção.em relação ãs demais com ela c o m pa radas.

M O N G E ( I 9 8 I ) relata a importância das característi

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0 mesmo a u t o r , referindose às qualidades das v a -riedades e dos b u l b o s , considera que o bom desenvol v irner^ to da planta depende essencialmente do bulbo e que na mesma variedade os bulbos de mesmo ciclo m a i o r e s , sio os m e l h o r e s . Cita ainda que o tamanho varia em funçio do manejo.

SOUZA ( I 9 7 3 ) recomenda para plantio dos bulbos pro fundidade de 1 0 a 1 2 cm, para solos argilosos e pesados, enquanto que para solos arenosos recomenda no mínimo 1 5 cm e no máximo 1 8 cm.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado na ESALQ-USP, Piracica ba - SP, nos campos experimentais da H o r t i c u l t u r a , que se apresenta com as seguintes c a r a c t e r í s t i c a s : Latitude 2 2 h ll Sul e Longitude *47°38' O e s t e , com altitude de í

>76 met ros.

0 c l i m a , segundo classificação de KÜPEN, é Cwa-Tro picai úmido, com inverno seco, temperatura do mês mais quente superior a 2 2° C , enquanto a do mês mais frio é iji ferior a 1 8U

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O controle de pragas e doenças foi sistemático e preventivo com tratamentos s e m a n a i s , seguindo-se as reco mendaçòes de CARDOSO íI9 8 0) As irrigações foram contro

ladas seguindo normas de KLAR et a l i i ( 1 9 7 M

Os bulbos plantados foram obtidos de bulbos peque-n o s , peque-n? 5 de 1? c i c l o , em cujo cultivo as hastes florais tinham sido eliminadas visando a obter bulbos de 2 ? c i -clo mais vigorosos para o e x p e r i m e n t o .

0 d e l i n e a m e n t o e s t a t í s t i c o experimental foi o de parcelas s u b d i v i d i d a s , onde as profundidades de plantio c o n s t i t u í r a m as parcelas e as v a r i e d a d e s , as subparcelas.

Instalado em 3 blocos c a s u a1i z a d o s , constando de 2 pro-fundidades e 7 v a r i e d a d e s , totalizando kl sub-parce1 as. Cada subparcela era c o n s t i t u í d a de 9 bulbos. As profun-didades de plantio foram 5 cm e 15 c m , nas quais foram

instalados os bulbos das 7 variedades holandesas a se-g u i r , com os respectivos pesos médios por bulbo plantado, cuja v a r i a ç ã o de peso está em função das c a r a c t e r í s t i c a s do c u11 i var.

Cultivar n? 1 - Havaii - *+0 g Cultivar n? 2 - Snowprincess (Snow) - 36 g Cultivar n? 3 - Han V a n Megeren (H.V.M.) - 29 g Cultivar n? k - A l f r e d Nobel (Alfred) - h\ g Cultivar n? 5 - A r i s t o c r a t - 5*+ g Cultivar n? 6 - Happy End (Happy) - 36 g Cultivar n? 7

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m í n i m o , 7 flores. C l a s s i f i c a ç ã o essa corrente no c o m é r -cio de flores do Estado de Sio Paulo. As hastes que no decorrer do e x p e r i m e n t o tombaram, foram anotadas e ime-d i a t a m e n t e tutoraime-das e recuperaime-das. Os bulbos e c o r m i -lhos foram colhidos todos de uma só v e z , q u a n d o a s folhas a p r e s e n t a r a m - s e plenamente a m a r e l a s e sem função. Após o q u e , foram lavados, secos e classificados por tamanhos e p e s a d o s . Para fins de a n á l i s e e s t a t í s t i c a , considerou -se bulbos os de jumbo até o de n? 5 , e de c o r m i l h o s , os de n ?s

6 , 7 e 8 , segundo M A T T O S et a l i i ( 1 9 8 3 ) .

A N A L I S E S ESTATÍSTICAS DOS RESULTADOS

Foram estruturadas tí análises estatísticas relacio_

nadas a seguir: , - 1 . a n á l i s e - número de bulbos colhidos

- 2. a n á l i s e - peso m é d i o dos bulbos - 3 . a n á l i s e - número médio dos cormilhos - k. a n á l i s e - peso m é d i o dos cormilhos

- 5 . a n á l i s e - número de hastes de 1 ? qualidade - 6 . a n á l i s e - número médio de flores

a — •» - 7« a n a l i s e - c o m p r i m e n t o medio das hastes - 8. a n á l i s e - c o m p r i m e n t o médio de espigas

Os resultados destas análises são apresentados no quadro l.

As médias das variedades com suas respectivas d i -ferenças m í n i m a s significativas calculadas pelo método de T u k e y ã taxa de 5% de p r o b a b i l i d a d e , estão a s e g u i r , na T a b e l a 1 .

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N a s análises de números 3 e 8 e v i d e n c i o u - s e efeito significativo na interação entre profundidades e v a r i e d £ des e, deste m o d o , estes efeitos foram d e s d o b r a d o s , o b -tendo-se os seguintes resultados.

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DISCUSSÃO E RESULTADOS

A n a Iisando-se e s t a t i s t i c a m e n t e os resultados da produção e suas c a r a c t e r í s t i c a s , verificou-se que o plan tio a 15 cm de profundidade teve, de maneira g e r a l , m e -lhor d e s e m p e n h o para todas as v a r i e d a d e s , exceto para a variável peso médio dos c o r m i l h o s , o que era de se

espe-rar, já que na profundidade rasa os bulbos foram menores o que ensejou d e s e n v o l v e r e m - s e mais os c o r m i l h o s . Nas duas profundidades experimentadas os cultivares tiveram praticamente o mesmo c o m p o r t a m e n t o , exceções surgidas pa ra as variedades Havaii e H.V.M. que na profundidade de 5 cm produziram mais c o r m i l h o s . Em c o m p e n s a ç ã o a v a r i e -dade Happy na profundi-dade de 15 cm teve maior produção de c o r m i l h o s . Ainda na profundidade de 5 cm os C.V.

A-ristocrat e'Rosa de Lima produziram espigas florais de maiores c o m p r i m e n t o s , sendo também essas v a r i e d a d e s as que se a p r e s e n t a r a m também com os maiores comprimentos na profundidade de 15 cm. Na a p r e c i a ç ã o geral reveste--se da maior importância para produção de hastes florais c o m e r c i ã v e i s , o fator t o m b a m e n t o , causado pela p r o f u n d i -dade de 5 cm, que foi e x c e s s i v o . Apesar de poder ser corrigido preventivamente com tutores ou outras o p e r a -ç õ e s , trata-se de prática o n e r o s a e inviável em escala

industrial, o que torna prejudicial o plantio a 5 cm de profundidade para produção de hastes florais.

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Conclui-se que somente em casos especialíssimos e não sendo para a produção de flores de c o r t e , mas v i s a n -do a produção de c o r m i l h o s , pode-se estudar o plantio de bulbos ã profundidade de 5 cm. Para os demais c a s o s , a p r o f u n d i d a d e de 1 5 cm é m u i t o s u p e r i o r , o que está de a-cordo com SOUZA ( 1 9 7 3 ) .

CONCLUSÕES

De m a n e i r a g e r a l , nas condições e x p e r i m e n t a i s , po-demos c o n c l u i r :

1 . Na m a i o r i a dos casos (exceto para o peso médio de c o r m i l h o s ) , a profundidade de 1 5 cm a p r e s e n t o u m e l h o -res -resultados.

2. O b s e r v a - s e diferença no c o m p o r t a m e n t o das varie dades em todas as a n á l i s e s , sendo que a variedade H.V.M. destaca-se na a n á l i s e do número de bulbos c o l h i d o s .

3 . Das análises do número de bulbos e do peso m é -dio de b u l b o s , nota-se que a variedade A l f r e d é a menos produt i v a .

* 4 . As variedades H a v a i i , H.V.M. e Happy foram as mais produtivas em número de c o r m i l h o s , enquanto que a variedade Snowprincess se destaca na análise do peso de c o r m i l h o s .

5 . Quanto ao número de hastes de primeira q u a l i d a -d e , as v a r i e -d a -d e s H.V.M. e A l f r e -d revelaram-se

inferio-res ãs d e m a i s .

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7. Na análise do comprimento médio das hastes cons_ tata-se que a variedade H.V.M. é a menos p r o d u t i v a , sen-do que as variedades Aristocrat e Rosa de Lima são as que produzem maiores hastes.

8. As variedades Aristocrat e Rosa de Lima segui-das da variedade de Snowprincess são as que produzem em m é d i a , os maiores comprimentos de espiga.

9 . Na profundidade de 5 cm o número de cormilhos colhidos é superior nas variedades Havaii e H.V.M., cons tatando-se os piores resultados na variedade A l f r e d No-bel. Por sua v e z , na profundidade de 1 5 cm a maior pro-dução de cormilhos se verificou na variedade Happy, que difere e s t a t i s t i c a m e n t e das variedades S n o w p r i n c e s s , A l -fred Nobel e Rosa de Lima.

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SUMMARY

STUDY OF 7 V A R I E T I E S O F GLADIOLOS (Gladiolus g r a n ¬ diflorus L.) IN TWO DEPTH O F PLANTATION

Corms of second cycle from the following culti¬ vars: H a v a i i , S n o w p r i n c e s s , Han V a n M e g e r e n , A l f r e d N o -b e l , A r i s t o c r a t , Happy E n d , a n d Rosa de L i m a , w e r e culti¬ vated in 5 a n d 15 centimetre depth in dark red "latossol" of good fertility in ESALQ - Piracicaba - SP. T h e re-sults w e r e a n a l y s e d a s : quantity a n d average weight of corms a n d c o r m e l s ; quantity a n d quality of stipe a n d spike floral. It w a s v e r i f i e d : T h e depth of 15

centime-tre w a s the best. T h e depth of 5 centimecentime-tre causes excessive stumbling a n d it presented some advantages o n the prodution of cormels. It is significant the d i f f e -rence of performance among the cultivars.

LITERATURA CITADA

CARDOSO, E.J.B.N., 1 9 8 0 . Doenças das plantas o r n a m e n

-t a i s . I n : Manual d e F i-t o p a -t o l o g i a . E d . A g r o n ô m i c a

C e r e s , São P a u l o , SP. v o l . II, C a p . 30:418-442, 5 8 7 p.

GARY, J.W., 19 8 1 . Florida Flame - A Red Gladiolus for a Cut Flower. Agricultural Experiment S t a t i o n s . U n i -versity o f F l o r i d a . . G a i n e s v i l l e . Circ. S- 2 7 4 , 7 p. KLAR, A . E . ; RANZANI , G.; M A T T O S , J.R., 1 9 7 4 . A v a l i a ç ã o

das necessidades hídricas de uma cultura de gladíolos através de métodos c l i m a t o l ó g i c o s . T u r r i a l b a , vol.24,

n ú m e r o 3 , 2 8 5 - 2 9 7

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fitossanitário preventivo do gladíolo (Gladiolus g r a n ¬ d i f l o r u s L. cv. s n o w p r i n c e s s ) , para produção de bul¬ bos e cormilhos (entregue para publicação para a Rev. 0 S o l o , P i r a c i c a b a , em 1 1 / 1 1 / 8 3 ) .

M O N G E , A . V . , 1 9 8 1 . Variedades de gladíolos para flor c o r t a d a . Hojas D i v u l g a d o r a s . Ministério da A g r i c u l -tura - M a d r i d , num. 5 - 6 , 24p.

R A N Z A N I , G.; F R E I R E , 0 . ; KINJO, T., 1 9 6 6 . Carta de So-los do Município de P i r a c i c a b a . Centro de Estudos de Solos - P i r a c i c a b a , SP. m i m e o g r a f a d o , 85 p.

Referências

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